LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
4º Trimestre de 2017
Título: A Obra da Salvação: Jesus
Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida
Comentarista: Pr. Claiton Ivan
Pommerening
Material de apoio gratuito aos
professores e alunos de escola dominical que utilizam as revistas da CPAD
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Lição 5
29 de Outubro de 2017
A Obra Salvífica de Jesus Cristo
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Texto Áureo
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Verdade Prática
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"E, quando Jesus
tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o
espírito." (Jo 19.30)
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A obra salvífica de
Cristo nos deu o privilégio de achegarmo-nos a Deus sem culpa e chamá-lo de
"Pai".
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Leitura Diária
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Segunda - Mt 27.29,30: Um evento de
humilhação em nosso favor
Terça - Mt 27.39,40: Blasfemado por nossa
causa
Quarta - Lc 23.34: O perdão imerecido,
Jesus ofereceu na cruz
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Quinta - Ef 2.13,14: Pelo sangue de Cristo
nos aproximamos de Deus
Sexta - Rm 3.24: Fomos justificados
mediante a obra salvífica de Cristo
Sábado - Gl 2.18-20: Fomos crucificados com
Cristo: vivamos uma vida santa
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Leitura
Bíblica em Classe
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João 19.23-30
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23 Tendo, pois, os soldados crucificado
a Jesus, tomaram as suas vestes, e fizeram quatro partes, para cada soldado
uma parte; e também a túnica. A túnica, porém, tecida toda de alto a baixo,
não tinha costura.
24 Disseram, pois, uns aos outros: Não
a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. Para que
se cumprisse a Escritura que diz: Repartiram entre si as minhas vestes, E
sobre a minha vestidura lançaram sortes. Os soldados, pois, fizeram estas
coisas.
25 E junto à cruz de Jesus estava sua
mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena.
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26 Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que
o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí
o teu filho.
27 Depois disse ao discípulo: Eis aí
tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.
28 Depois, sabendo Jesus que já todas
as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho
sede.
29 Estava, pois, ali um vaso cheio de
vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissope, lha
chegaram à boca.
30 E, quando Jesus tomou o vinagre,
disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
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HINOS SUGERIDOS: 45,196, 533 da Harpa
Cristã
Objetivo Geral
Explicar que a obra
salvífica de Cristo nos deu o privilégio de achegarmo-nos a Deus sem culpa e
chamá-lo de Pai.
Objetivos Específicos
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I - Apresentar o significado do sacrifício de Cristo;
II- Explicar como se deu a nossa reconciliação com Deus;
III- Discutir a respeito da redenção eterna.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A obra salvífica de Cristo custou um alto preço ao nosso Senhor - seu
próprio sangue derramado na cruz. Sua obra nos garante a salvação porque foi
uma oferta completa, perfeita e definitiva. Por causa dessa entrega de amor,
temos a garantia da vida eterna e, antecipadamente, podemos desfrutar, neste
mundo, dos benefícios dessa salvação.
[Comentário: “Porque fostes comprados por bom
preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais
pertencem a Deus” (1Co 6.20). Nesta lição falaremos sobre o preço que foi
pago pela nossa salvação, o sacrifício de Cristo, quando tomou sobre si a
maldição da lei como pagamento pelos nossos pecados. Como escreve Paulo: Cristo morreu por nós, sendo nós ainda
pecadores (Rm 5.8) - O bom Pastor deu a sua vida pelas ovelhas (Jo 10.15).
Jesus morreu para nos conduzir a Deus (1Pe 3.18). O seu sangue derramado nos
purifica de todo pecado (1Jo 1.7). A salvação é oferecida gratuitamente para
nós os crentes, não teríamos como pagar o preço que ela exigia, não estava em
oferta, custou o mais alto preço de todos possíveis ou imagináveis, preço
infinito (1Pe 1.18-19).]
Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
A obra salvífica de Jesus Cristo foi única e perfeita.
l - O SACRIFÍCIO DE JESUS
1. O sacrifício completo. Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), pois
nenhum outro sacrifício, tanto o de animais no Antigo Testamento quanto o de
seres humanos na história das nações pagãs, com vistas a alcançar a salvação do
homem, teve o êxito de apagar os pecados do passado, do presente e do futuro
(Hb 10.1). Somente o sacrifício de Cristo foi completo nesse sentido (Hb 9.26;
10.10), a ponto de anular uma aliança antiga para inaugurar um novo tempo de
relacionamento com Deus, estabelecendo uma aliança nova, superior e perfeita
(Hb 8.6,7,13). Assim, o sistema de sacrifícios de animais e o arcabouço da Lei
serviram como um guia para nos conduzir a Cristo (Gl 3.24). [Comentário: Quando Jesus é chamado de Cordeiro
de Deus em João 1.29 e 36, é uma referência ao fato de que Ele é o sacrifício
perfeito e definitivo pelo pecado. Para podermos compreender quem Cristo era e
o que Ele fez, precisamos começar no Velho Testamento, onde encontramos as
profecias sobre a vinda de Cristo como “expiação do pecado” (Isaías 53.10). Na
verdade, o sistema de sacrifícios estabelecido por Deus no Velho Testamento
preparou o terreno para a vinda de Jesus Cristo – o perfeito sacrifício que
Deus providenciou como expiação pelos pecados de Seu povo (Romanos 8.3; Hebreus
10)1.]
1. ‘O que
significa que Jesus é o Cordeiro de Deus?’; Dispnível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/Jesus-Cordeiro-Deus.html. Acesso em 23 de outubro de 2017.
2. ‘Você
custou um alto preço - O Sangue de Jesus’; Dispnível em http://www.webservos.com.br/gospel/estudos/estudos_show.asp?id=3477. Acesso em 23 de outubro de
2017.
3. O sacrifício remidor. O pecado contradiz a bondade e a autoridade de Deus. Ele se impõe como
dúvida sobre tudo quanto tem a ver com o Criador. Além de ser horrendo, o
pecado faz separação entre o homem e Deus (Is 59.2). Como o pecado deteriora o
ser humano, degenerando seu caráter, deformando nele a imagem divina, o
sacrifício de Cristo aparece nas Escrituras como redenção para trazer de volta
a integridade humana e restabelecer o caráter dele (2 Co 7.9,10; 2 Pé 3.9).
Assim, Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Co 5.19),
já que a humanidade foi criada para viver em comunhão com o Pai, em pleno
relacionamento de dependência com o Criador (At 17.28). [Comentário: Estávamos mortos mas Ele nos deu
vida. Havia uma divida impagável por nós diante de Deus, cujo valor final era a
morte. Contudo Cristo cancelou o escrito de dívida que tínhamos. O escrito da
lei que pairava sobre nós cobrando-nos de nossos pecados foi aniquilado, e
encravado na cruz para que todos vissem que o sangue de Cristo nos perdoou
todos os pecados. A excelência da morte de Cristo está não tanto na vida que
nos gerou, mas que para tal ele se esvaziou de sua glória, como nos diz o
apóstolo Paulo em Fl 2.4,5. É a kenoses
de Cristo, o seu esvaziamento completo, para sentir e viver como homem, e para
poder sofrer o peso do pecado de todos nós3. Cristo veio para dar Sua vida em
resgate de muitos (Mt 20.28; Mc 10.45). Alguns, equivocadamente, sugerem que o
preço foi pago a Satanás; más Cristo nos
resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós (Gl 3.13). O débito que precisa ser pago é o
infinito débito contra o atributo de justiça, de Deus. "A misericórdia de
Deus resgata o homem da justiça de Deus".]
3. ‘A
EXCELÊNCIA DO PREÇO PAGO POR JESUS.’; Dispnível em http://www.dialogocristao.com/node/111. Acesso em 23 de outubro de
2017.
SÍNTESE DO TÓPICO I
O
sacrifício de Jesus foi completo, meritório e remidor.
II - A NOSSA RECONCILIAÇÃO COM DEUS PAI
1. O fim da inimizade. A reconciliação com o Pai só foi
possível porque o Filho nos resgatou, nos redimiu e libertou-nos do poder do
pecado, promovendo assim, a nossa união com Deus (2 Co 5.18,19). Essa
reconciliação foi necessária porque o nosso relacionamento com o Altíssimo
estava rompido, visto que o homem pecador não pode ter comunhão com o Deus
santo (Is 6.5). Por isso, para se voltar a Deus é necessária uma sincera
conversão, por intermédio do Espírito Santo (Jo 16.8-11), para então, ocorrer a
regeneração e a justificação do pecador pela fé em Cristo (Rm 5.1,2). Logo,
todo esse processo de salvação para derrubar a inimizade que havia entre nós e
Deus se deu por intermédio do sacrifício de Cristo que pôs fim a essa separação
(Ef 2.13-16); eliminando, portanto, a causa da inimizade e abrindo-nos um novo
e vivo caminho em direção ao Pai (Hb 10.20). [Comentário: As Escrituras Sagradas revelam que a situação do
homem em relação a Deus é desesperadora. Todo pecado, sendo um ato de rebelião
deliberada contra Deus e sua vontade, torna culpado o pecador, e, por essa
culpa, coloca-o debaixo da ira, do juízo e da condenação de Deus. Como todos os
homens são pecadores, todos eles se acham na incômoda condição de inimigos de
Deus: Porque todos pecaram e destituídos
estão da glória de Deus (Rm 3.23). Sabendo que há inimizade permanente
entre Deus e o ser humano, e sabendo que o homem é incapaz de merecer qualquer
favor divino, só há uma esperança. As Escrituras ensinam que o Todo-Poderoso,
por meio de Cristo, promoveu graciosamente a reconciliação com o homem: E tudo isso provém de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da
reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não
lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação
(2Co 5.18,19)4.]
4. ‘Paz com
Deus.’; Dispnível em http://www.editoracpad.com.br/institucional/integra.php?s=3&i=52. Acesso em 23 de outubro de
2017.
2. A eliminação da causa da inimizade. O pecado é a causa da inimizade entre
Deus e a humanidade (Is 59.1-3). Para que essa condição de culpado fosse
eliminada da vida do ser humano, uma oferta de perdão paga por Cristo, no
Calvário, foi necessária. Esse processo se materializa quando há conversão em
nós e, então, passamos a ser novas criaturas livres do poder do pecado (2 Co
5.17; Rm 6.7-11). Embora seja verdade que não estamos livres de pecar (1Jo
1.8-10), pois ainda não fomos plenamente transformados (1Co 13.12; 1Ts
4.16,17), em Cristo, Deus nos vê como pessoas santas, reconciliadas e amigas
dEle (Tg 2.23; Jo 15.15). Por isso, podemos lutar com ousadia contra a natureza
humana pecaminosa que há em nós (Rm 6.12-14; Gl 5.16-26). [Comentário: A inimizade que o pecado provoca entre nós e Deus
é real e traz consequências devastadoras para todos os seres humanos. A maior
destas consequências e nosso fracasso em cumprirmos o propósito para o qual
fomos criados, que é glorificar a Deus e desfrutar dele para sempre. O
desagrado de Deus por causa do nosso pecado é nosso maior fracasso. Além
disso, o pecado traz consequências graves e danosas também para nossa vida. Por
provocar separação entre nós e nosso Deus, ele nos separa da fonte de toda a
vida e de toda a bem-aventurança, que é o próprio Deus. Em outras palavras, o
pecado nos traz a morte (Rm 6.23) e não somente a morte física e espiritual,
mas também a morte eterna. A boa-nova do evangelho é que Deus, em Cristo,
providenciou um meio totalmente eficaz para solucionar o problema do pecado.
Este meio é a morte substitutiva de Cristo. Tendo morrido em nosso lugar e
suportado, em nosso lugar, a ira de Deus, ele ganhou para nós o perdão para
nossos pecados5.]
5. ‘O
rompimento da comunhão com Deus.’; Dispnível em http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/o-rompimento-da-comunhao-com-deus/. Acesso em 23 de outubro de
2017.
3. A vivificação. Uma vez reconciliados com Deus, fomos
vivificados por Ele quando estávamos mortos em ofensas e pecados (Ef 2.1,5; Rm
5.17), um estado espiritual de quem se encontra longe de Deus. Assim, o
Espírito Santo operou em nós, produzindo vida espiritual como fonte
transbordante, injetando em nós sede pela presença de Deus (5142.1,2; 63.1;
143.6), fazendo-nos uma fonte de água viva (Jo 4.10; 7.38), nos enviando para
produzir muitos frutos no Reino de Deus (Jo 15.5; 20.21,22) e capacitando-nos
para que todos conheçam a salvação em Cristo Jesus (Mt 5.20; Lc 4.19; At 5.42;
20.27; 1Co 9.16). Assim, a maior consequência da vivificação espiritual é a
disposição de pregar o Evangelho (Mt 4.19,20 cf. At 2.1-13,37-47). [Comentário: A palavra
“regeneração” aparece poucas vezes na Bíblia. Na verdade, nos textos originais,
a palavra com esse significado literal aparece apenas em dois textos: Mateus 19.28
e Tito 3.5. A palavra grega que aparece nos dois textos acima é “palingenesia”
(palin=de novo + gênesis=origem, nascimento, vida). Mateus 19:28 refere-se à
nossa regeneração física, que se dará na segunda vinda de Cristo, quando
receberemos corpos glorificados, à semelhança do que Ele mesmo tem (1Co 15.19-23
e 35-54). Em Tito 3.5, Paulo emprega esta palavra falando sobre a regeneração
espiritual, que é o nosso assunto. Essa regeneração espiritual é expressa
também por outros dois termos bem mais citados, que são: “vivificar” e “nascer de novo”6. O apóstolo Paulo entendeu bem
esse processo da regeneração. Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos
delitos e pecados. Efesios 2:1. Se os dois, isto é, Abraão e Sara, não fossem
vivificados sexualmente, primeiro, eles não poderiam gerar o filho. Assim, se a
nós não fosse dada, primeiro, a vida espiritual, nós nunca poderíamos crer em
Jesus e nos arrepender de nós mesmos. A vivificação antecede a conversão. Robert
Leighton diz muito bem: "a mente carnal não vê Deus em coisa alguma, nem
mesmo nas espirituais. A mente espiritual O vê em tudo, mesmo nas coisas
naturais". Tudo isso é questão de natureza: a carne se inclina para as
coisas da carne, porém, o espírito, para as realidades do espírito. A vida
espiritual é um milagre de Deus7.]
6. ‘A
Regeneração’; Dispnível em https://opoderdoevangelho.wordpress.com/2014/07/03/a-regeneracao/. Acesso em 23 de outubro de
2017.
7. ‘APRENDENDO
A DISCERNIR - 7’; Dispnível em http://piblondrina.com.br/mensagem/item/1503-aprendendo-a-discernir-7?tmpl=component&print=1. Acesso em 23 de outubro de
2017.
SÍNTESE DO TÓPICO II
A nossa
reconciliação com o Pai é resultado direto do sacrifício de Jesus Cristo.
Ill - A REDENÇÃO ETERNA
1. O estado perdido do
pecador. O pecado normalmente é
concebido como falha moral e ética, no sentido de errar o alvo proposto por
Deus, mas o seu conceito vai muito além disso. As Escrituras revelam que o
pecado é um estado de alienação (separação) diante de Deus e que as pessoas, ao
não confessarem a Cristo como seu Senhor, são escravas do pecado (Rm 5.12; Jo
8.34). Essas pessoas estão presas e impossibilitadas de, por si mesmas,
livrarem-se dele. Elas "alimentam" constantemente a perversão da
imagem divina no Éden, procurando ídolos e desejos prejudiciais para si mesmas
e os outros (Rm 1.22-25). [Comentário: Para redimir a humanidade da escravatura carnal, o
Verbo se fez carne, a fim de poder crucificar, na carne, toda a estratégia
humana da carne, uma vez que, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
Romanos 8:8. Cristo Jesus é a Divindade encarnada a caminho da cruz, para
crucificar a humanidade carnal. Precisamos de entendimento espiritual para
compreender a obra espiritual feito por Deus em nosso favor. Assim como Isaque
foi concebido pelo poder Divino, através de um casal impotente, assim o novo
nascimento é uma realidade espiritual de Deus, feita do começo ao fim, pelo
próprio Deus, num morto espiritual8. Em Eclesiastes 7.29 lemos: “Eis-que,
só isto achei: que Deus fez o homem direito, mas eles buscaram muitas invenções”.
Nada é mais evidente do que os dois fatos mencionados nesta passagem; a saber,
a justiça original do homem e a sua queda mais tarde. Adão e Eva sofreram a
corrupção de sua natureza, a qual lhes trouxe ao mesmo tempo morte natural e espiritual.
O efeito total da queda de Adão sobre a raça é a corrupção da natureza da raça,
a qual traz a raça a um estado de morte espiritual e a torna sujeita à morte
física9.]
8. ‘APRENDENDO
A DISCERNIR - 7’; Dispnível em http://piblondrina.com.br/mensagem/item/1503-aprendendo-a-discernir-7?tmpl=component&print=1. Acesso em 23 de outubro de
2017.
9. ‘Cap 16
– O estado original e a queda do homem’; Dispnível em http://palavraprudente.com.br/biblia/teologia-sistematica-t-p-simmons/cap-16-o-estado-original-e-a-queda-do-homem/. Acesso em 23 de outubro de
2017.
2. A redenção do pecador.
A redenção é o ato de
remir, isto é, libertar, reabilitar, reparar e salvar algo ou alguém. Por meio
de um valor pago em dinheiro adquire-se algo de novo; esse é o ato de resgatar,
de tirar do poder alheio, de libertar do cativeiro. Na Bíblia, a redenção é a
libertação de um escravo do jugo ou o livramento do mal mediante um resgate (Mt
20.28). O preço do resgate do ser humano foi altíssimo, pois custou a vida do
Filho de Deus. Não haveria nada que pagasse o preço da desobediência de quem
foi criado à imagem e semelhança de Deus, o ser humano. Só o Pai, mediante seu
amor gracioso, poderia prover a remissão do pecador por intermédio de seu único
Filho (Gl 3.13; 1Tm 2.5,6). [Comentário: Todo mundo precisa de redenção. Nossa condição
natural era caracterizada por culpa: “pois todos pecaram e carecem da glória de
Deus.” A redenção de Cristo nos libertou dessa culpa: “sendo justificados
gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”
(Romanos 3:23-24). Os privilégios de redenção incluem vida eterna (Apocalipse
5:9-10), perdão dos pecados (Efésios 1:7), justiça (Romanos 5:17), liberdade da
maldição do pecado (Gálatas 3:13), adoção à família de Deus (Gálatas 4:5),
libertação da escravidão do pecado (Tito 2:14; 1 Pedro 1:14-18), paz com Deus
(Colossenses 1:18-20) e a habitação do Espírito Santo na vida do Cristão (1
Coríntios 6:19-20). Ser redimido, então, é ser perdoado, santo, justificado,
abençoado, livre, adotado e reconciliado. Veja também Salmos 130:7-8; Lucas
2:38 e Atos 20:28. A palavra redimir significa “comprar os direitos”. O termo
era usado especificamente em referência à compra da liberdade de um escravo. A
aplicação desse termo à morte de Cristo na cruz é bem notável. Se somos
“redimidos”, então a nossa condição anterior era uma de escravidão. Deus
comprou nossa liberdade, e não somos mais escravos do pecado ou da lei do Velho
Testamento. Esse uso metafórico de redenção é o ensinamento de Gálatas 3:13 e
4:5. Relacionada ao conceito Cristão de redenção é a palavra resgate. Jesus
pagou o preço da nossa liberação do pecado (Mateus 20:28; 1 Timóteo 2:6). Sua
morte foi uma troca por nossa vida. Na verdade, a Bíblia deixa bem claro que
redenção só é possível “pelo sangue” (quer dizer, por Sua morte), Colossenses
1:14. As ruas do céu vão estar cheias de antigos prisioneiros que, não por
nenhum mérito próprio, encontram-se perdoados e livres. Os escravos do pecado
se tornam santos. Não é de se estranhar que eles cantam uma nova canção – uma
canção de louvor ao Redentor que foi morto (Apocalipse 5:9). Éramos escravos do
pecado, condenados à separação eterna de Deus. Jesus pagou o preço para nos
redimir, resultando em nossa liberdade da escravidão do pecado, e nosso resgate
das consequências eternas do pecado10.]
10. ‘Qual o
significado da redenção Cristã?’; Dispnível em https://www.gotquestions.org/Portugues/redencao-Crista.html. Acesso em 23 de outubro de
2017.
3. Uma redenção plena. A condição de redimido não traz
benefícios somente para o tempo presente, mas garantia de vida eterna, de morar
para sempre com Cristo no paraíso celestial (Ap 19.9; Lc 23.43). Portanto, a
redenção eterna promovida por meio do sacrifício de Cristo extrapola as
dimensões terrenas, temporais e espaciais da vida humana (1Co 15.19). [Comentário: É possível ter certeza da vida eterna e da nossa
salvação porque o próprio Jesus nos dá esta certeza. No texto de João 3:16,
Jesus, conversando com um dos principais da Sinagoga, chamado Nicodemos,
afirmou isso ao dizer que todo aquele que Nele crê tem a vida eterna. Deus, na
Sua Palavra o diz, e Ele não pode mentir (Números 23:19). Se Ele o diz, então
posso ter esta certeza. Ele não diz que pode chegar ter a vida eterna, mas sim,
que já tem, já possui, a vida eterna. A vida eterna é o presente que recebemos
no momento da conversão. Ela é automática. Uma vez que reconheço o meu estado
de pecador e que Jesus Cristo é o Filho de Deus, o salvador do mundo, e o
aceito como meu salvador, já tenho a salvação garantida. Como a vida eterna é
um presente, uma vez que recebemos, já é nosso, ninguém o pode tirar uma vez
que é dado. Em João 10:28 Jesus dá a vida eterna e ninguém a pode arrebatar das
Suas mãos, nem o Diabo o pode fazer. A vida eterna é real, não é só uma
esperança, ela é uma garantia11.]
11. ‘Como
posso ter certeza da vida eterna?’; Dispnível em https://www.respostas.com.br/como-posso-ter-certeza-da-vida-eterna/. Acesso em 23 de outubro de
2017.
SÍNTESE DO TÓPICO III
A redenção eterna nos é oferecida por
intermédio de Jesus Cristo.
CONCLUSÃO
O alto preço do resgate
pago por Cristo (Mc 10.45) em nosso favor leva-nos a glorificar a Deus em todas
as dimensões da vida. Logo, por meio da evangelização, desejamos fazer com que
milhares de pessoas tenham o privilégio de receber essa tão grande salvação. [Comentário: “Ah! Todos
vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro,
vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e
leite” (Is 55.1). O evangelho de Cristo Jesus, inicia-se com a conta paga.
O debito foi saldado e a nota promissória rasgada. Com uma única vez o
pagamento total através do sacrifício suficiente e eficaz de Cristo a nossa
liberdade e libertação foram admitidas diante do Pai celestial. “Graça a vós outros e paz, da parte de Deus,
nosso Pai, e do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se entregou a si mesmo pelos
nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de
nosso Deus e Pai, a quem seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém” (Gl
1.3-5). “A mensagem cristã destina-se aqueles que fizeram o melhor que podiam e
falharam”. A conta do sacado foi inteiramente paga na cruz de Cristo para
sempre. A boa noticia que percorre na terra, é a de um Deus único que ama
homens falidos e distorcidos pelo pecado. A falência espiritual do homem
acentua a gravidade do pecado sobre a raça inteira. Não podemos fazer vista
grossa ao pecado, e consideremos o seguinte: “O pecado não é um brinquedo – é
um tirano” John Blanchard. Este Deus se interessa por gente que não anela
nenhum interesse por ele. O pecado fornece a ruptura; estamos todos alienados
quanto a nossa essência em Deus. A graça é a reconciliação por parte de Deus em
Cristo, superando a alienação. Porque, se nós, quando inimigos, fomos
reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados,
seremos salvos pela sua vida. Romanos 5.1012.] “... corramos, com perseverança,
a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador
da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),
Francisco
Barbosa
Campina
Grande-PB
Outubro
de 2017
12. DA SILVA
, Pr. Alessandro Joel, ‘Evangelho o Preço Já foi pago’; Dispnível em https://ibpalavradacruz.wordpress.com/2015/03/28/evangelho-o-preco-ja-foi-pago/. Acesso em 23 de outubro de
2017.
PARA REFLETIR
A respeito de salvação, o amor e a misericórdia de Deus, responda:
• Como
podemos afirmar que o sacrifício de Jesus foi completo?
Nenhum outro sacrifício, tanto o
de animais no AT quanto o de seres humanos na história das nações pagãs, com
vistas a alcançar a salvação do homem, teve o êxito de apagar os pecados do
passado, do presente e do futuro. Somente o sacrifício de Cristo foi completo
nesse sentido, a ponto de anular uma aliança antiga para inaugurar um novo
tempo de relacionamento com Deus, estabelecendo uma aliança nova, superior e
perfeita.
• Que
ideia foi desenvolvida na sociedade judaica do AT?
Na sociedade judaica do AT,
desenvolveu-se uma ideia de mérito por intermédio do sistema de sacrifícios de
animais. Bastava apresentar uma vítima inocente no Templo e a pessoa satisfazia
a sua própria consciência.
• Por que
foi necessária a nossa reconciliação com Deus?
Essa reconciliação foi
necessária porque o nosso relacionamento com o Altíssimo estava rompido, visto
que o homem pecador não pode ter comunhão com o Deus santo.
• Quando
fomos vivificados por Deus?
Uma vez reconciliados com Deus,
fomos vivificados por Ele quando estávamos mortos em ofensas e pecados, um
estado espiritual de quem se encontra longe de Deus. Assim, o Espírito Santo
operou em nós, produzindo vida espiritual como fonte transbordante, injetando
em nós sede pela presença de Deus, fazendo-nos uma fonte de água viva, nos
enviando para produzir muitos frutos no Reino de Deus e capacitando-nos para
que todos conheçam a salvação em Cristo Jesus.
• O que é
redenção?
A redenção é o ato de remir,
isto é, libertar, reabilitar, reparar e salvar algo ou alguém.
Fonte do conteúdo da lição: https://sub-ebd.blogspot.com.br/2017/08/licao-5-obra-salvifica-de-jesus-cristo.html