LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
3º Trimestre de 2017
Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista:
Esequias Soares
Material de apoio gratuito aos professores e alunos de escola dominical que
utilizam as revistas da CPAD
- Lição 11 -
10 de Setembro de 2017
A Segunda Vinda de Cristo
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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"Porque, assim
como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será
também a vinda do Filho do Homem." (Mt 24.27)
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A Segunda Vinda de
Cristo será em duas fases distintas: primeira— invisível ao mundo, para
arrebatar a sua Igreja; segunda — visível e. corporal, com a sua Igreja
glorificada.
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda: Jo 14.3 - O Senhor Jesus Cristo
prometeu nos levar para o céu
Terça: Lc 17.34-36 - O arrebatamento da
Igreja acontecerá repentinamente
Quarta: Jd 14 - A vinda de Jesus em glória
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Quinta: Mt 24.21 - Após o arrebatamento da
Igreja se seguirá a Grande Tribulação
Sexta: 2 Co 5.10 - O Tribunal de Cristo
Sábado: Ap 24.21 - Jesus em breve virá
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LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
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l Tessalonicenses 4.13-18; Lucas 21.25-27
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l Tessalonicenses 4.
13 Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca
dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm
esperança.
14 Porque, se cremos que Jesus morreu e
ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer
com ele.
15 Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra
do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não
precederemos os que dormem.
16 Porque o mesmo Senhor descerá do céu
com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que
morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
17 Depois nós, os que ficarmos vivos,
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seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim
estaremos sempre com o Senhor.
18 Portanto, consolai-vos uns aos
outros com estas palavras.
Lucas 21.25 E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na
terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas.
26 Homens desmaiando de terror, na
expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu
serão abaladas.
27 E então verão vir o Filho do homem
numa nuvem, com poder e grande glória.
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HINOS SUGERIDOS: 323, 442, 547 da Harpa
Cristã
OBJETIVO GERAL
Apresentar a doutrina bíblica a respeito da segunda vinda de Cristo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
(I) Analisar
os eventos futuros;
(II) Identificar
os termos bíblicos para a segunda vinda de Cristo;
(III) Explicar os eventos da segunda vinda de Cristo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Bíblia mostra a segunda
vinda de Cristo em duas fases: a primeira é o arrebatamento da Igreja, e a
segunda é a sua vinda em glória. Entre esses dois eventos, haverá na terra a
Grande Tribulação, o julgamento divino sobre todos os moradores do mundo e no
céu o Tribunal de Cristo seguido das bodas do Cordeiro. O nosso enfoque aqui é
a fundamentação bíblica desses eventos. Mas o tema escatológico não se esgota
com o que trataremos e a sua continuação se dará na próxima lição. [Comentário: A Segunda vinda de
Jesus Cristo é a esperança dos crentes de que Deus está em controle sobre todas
as coisas e é fiel às promessas e profecias em Sua Palavra. É tão certa como
foi a sua primeira vinda. As profecias bíblicas sobre o nascimento, morte,
ressurreição e ascensão de Jesus se cumpriram literalmente no tempo determinado
por Deus. Existem mais de 300 referências proféticas só no Novo Testamento
sobre a segunda vinda. É a Palavra inerrante, infalível do Deus que não pode
mentir que certifica a realidade da segunda vinda de Cristo. O Arrebatamento e
a Segunda Vinda de Cristo são frequentemente confundidos. É difícil determinar
quando a Bíblia está se referindo ao Arrebatamento ou à Segunda Vinda. No
entanto, ao estudar as profecias bíblicas do fim dos tempos, é muito importante
poder diferenciar entre os dois. O Arrebatamento é quando Jesus Cristo retorna
para remover a igreja (todos os seguidores de Cristo; Há quem creia que somente
os batizados com o Espírito Santo subirão, não há amparo bíblico para isso.) da
terra. O Arrebatamento é descrito em 1 Tessalonicenses 4.13-18 e 1 Coríntios 15.50-54.
Os crentes que já morreram serão ressuscitados e, juntamente com os crentes que
ainda vivem, vão se encontrar com o Senhor no ar. Isso acontecerá em um
momento, em um piscar do olho. A Segunda Vinda é quando Jesus retorna para
derrotar o anticristo, destruir o mal e estabelecer o seu Reino Milenar. A
Segunda Vinda é descrita em Apocalipse 19.11-16. É importante salientar que
existem três escolas distintas de interpretação a respeito do arrebatamento da
Igreja. Elas abrem espaço para entendermos como e quando ocorrerá esse
grandioso evento.
1. Pós-tribulacionista.
Essa escola interpreta que a Igreja remida por Cristo passará pela
Grande Tribulação.
2. Midi-tríbulacionista.
Ensina que a Igreja entrará no período da Grande Tribulação até a sua
metade. Seus intérpretes se baseiam numa interpretação isolada de Dn 9.27, cujo
texto fala que depois do opressor firmar um concerto com Israel por uma semana,
“na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares”.
3. Pré-tribulacionista. Podemos começar entendendo essa escola de
interpretação com as palavras de Paulo aos tessalonicenses, quando escreveu:
“Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por
nosso Senhor Jesus Cristo”, 1Ts 5.9. Ensina que o arrebatamento da Igreja
ocorrerá antes que se inicie o período da Grande Tribulação. É uma
interpretação que honra as Sagradas Escrituras e ajusta-se devidamente à
esperança cristã da volta do Senhor nos ares.] Dito
isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
A segunda vinda de Cristo se dará em
duas fases: o arrebatamento e a vinda.
l - OS EVENTOS DO PORVIR
1. Fonte de predição. Não há outra fonte de predições
verdadeiras a não ser. Bíblia Sagrada, por meio da qual Deus nos diz tudo o que
precisamos saber sobre os eventos do porvir. Ela é a única fonte confiável. Esses
eventos são uma série de acontecimentos do epílogo da história humana que
envolve o arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.16,17), a vinda de Jesus em glória
(Mt 24.30; Ap 1.7), o juízo de Deus sobre a terra no fim dos tempos (Mt 24.21),
o futuro glorioso de Israel (Is 2.2,3) e o reino milenar de Cristo (Is 9.7;
11.10). São acontecimentos anunciados desde o princípio do mundo, desde Enoque
(Jd 14) até o apóstolo João, o último dos apóstolos, no livro de Apocalipse. [Comentário: Os Profetas do
Antigo Testamento não fizeram distinção entre as duas vindas. Podemos ver isto
em Escrituras como Isaías 7.14; 9.6-7 e Zacarias 14.4. Como resultado das
profecias aparentemente falarem em dois indivíduos, muitos estudiosos judeus
acreditaram que haveria tanto um Messias sofredor quanto um Messias
conquistador. O que falharam em compreender é que o mesmo Messias cumpriria os
dois papéis. Jesus cumpriu o papel do servo sofredor (Isaías capítulo 53) em
Sua Primeira Vinda. Jesus cumprirá o papel do Libertador e Rei de Israel em Sua
Segunda Vinda. Zacarias 12.10 e Apocalipse 1.7, descrevendo a Segunda Vinda,
recordam Jesus sendo transpassado. Israel e o mundo inteiro se lamentarão por
não terem aceitado o Messias em Sua Primeira Vinda. Após a ascensão de Jesus
aos Céus, os anjos declararam aos apóstolos: “Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que
dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o
vistes ir” (At 1.11). Zacarias 14.4 identifica a localização da Segunda
Vinda como o Monte das Oliveiras. Mateus 24.30 declara: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da
terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu,
com poder e grande glória.” Tito 2.13 descreve a Segunda Vinda como “o aparecimento da glória”. A Segunda
Vinda é descrita em seus mínimos detalhes em Apocalipse 19.11-16: “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e
o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja
com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça
havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele
mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se
chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos,
e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada,
para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é
o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto
e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS, E SENHOR DOS SENHORES.” (1)]
2. O destino dos impérios da antiguidade.
As profecias sobre os
impérios antigos, como a queda da Babilônia para nunca mais se erguer no
cenário mundial (Is 13.19,20) e ascensão e queda dos impérios medo-persa, grego
e romano nos capítulos 7 e 8 de Daniel, entre outros profetas, se cumpriram, e
a própria História confirma esses fatos. As profecias messiânicas se cumpriram
com abundâncias de detalhes, como o nascimento do Messias de uma virgem, na
cidade de Belém, seu julgamento diante de Pôncio Pilatos, sua morte, sua
ressurreição e a ascensão ao céu, entre outros. [Comentário: O cumprimento das profecias bíblicas
na Antiguidade e ao longo da história é igualmente a garantia do cumprimento
das coisas futuras. Os profetas anunciaram também de antemão o destino de
Israel e dos grandes impérios da Antiguidade, como Assíria, Babilônia, Grécia,
Roma; tais oráculos se cumpriram no passado e outros se cumprem na atualidade (2). O Antigo Testamento com certeza
profetiza sobre a vinda de Jesus como o Messias. Quanto ao nascimento de Jesus
- Isaías 7.14; 9.6; Miqueias 5.2. Quanto ao ministério e morte de Jesus -
Zacarias 9.9; Salmo 22.16-18. A profecia das “setenta semanas” em Daniel
capítulo 9 predisse a data exata em que Jesus, o Messias, seria “morto”. Isaías
50.6 descreve corretamente a surra que Jesus teria que aguentar. Zacarias 12.10
prediz que o Messias seria “traspassado”, o que ocorreu depois de Jesus ter
morrido na cruz.]
(2) A
razão da nossa fé: Assim cremos, assim vivemos, Por Esequias Soares
3. Sobre as Diásporas judaicas. As profecias apontam, de antemão, as
duas dispersões do povo judeu e as suas respectivas restaurações. A primeira
Diáspora (Jr 16.13) e seu retorno (Ed 1.1-3); a segunda Diáspora, anunciada
pelo próprio Senhor Jesus Cristo: "E cairão a fio de espada e para todas
as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que
os tempos dos gentios se completem" (Lc 21.24), com o seu respectivo retorno
depois de mais de 18 séculos à terra de seus antepassados, tal como fora
anunciado pelos profetas do Antigo Testamento, como Jeremias (Jr 31.17),
Ezequiel (Ez 11.17; 36.24; 37.21), Amos (Am 9.14,15) e Zacarias (Zc 8.7,8). [Comentário: A Bíblia anunciou
de antemão a dispersão dos judeus, mas profetizou seu retorno à terra de seus
antepassados. Depois de cerca de 1.800 anos na diáspora, os filhos de Istarel
retornaram para sua terra, e em um só dia nasceu uma nação (Is 66.8). Essa
Palavra diz respeito à fundação do Estado de Israel logo após a derrota do
nazismo (3). Esta última Diáspora
começou depois da destruição de Jerusalém pelos romanos, no ano 70 d.C. Houve
outra revolta contra Roma, liderada por Simon bar Kokhba, que foi tido como o
Messias judeu, de 132-136 d.C. O imperador romano Adriano desbaratou essa
revolta, devastou Jerusalém totalmente e depois espalhou os judeus, no ano 135
d.C. Como resultado disso, todas as comunidades judaicas, com exceção de
algumas poucas, viveram fora da terra de Israel até o início do moderno retorno
à terra, que se deu nos anos 1880. Durante o tempo da Diáspora os judeus têm
cumprido determinadas profecias relacionadas ao seu destino completo (4).]
(3) A razão da nossa fé: Assim cremos, assim vivemos, Por
Esequias Soares
SÍNTESE DO TÓPICO I
A fonte para todos os eventos do
futuro são as Sagradas Escrituras.
II - TERMOS BÍBLICOS PARA A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. Vinda. A palavra parousia (que se pronuncia
"parussía") significa "vinda, chegada, presença, volta, visita
real, advento, chegada de um rei". No aspecto escatológico, este
substantivo se refere tanto ao arrebatamento da igreja (1Ts 4.15) como à vinda
de Cristo em glória com sua Igreja (2 Ts 2.8). O outro termo é érchomai,
"ir" e também "vir". Duas coisas opostas? Sim, desde que se
considere o movimento entre o ponto de partida e o ponto de chegada. Para quem
está no ponto de partida é "ida", mas, para quem estiver no ponto de
chegada, é "vinda". Esse verbo aparece em referência à vinda de Jesus
(Jo 14.3) e também à sua vinda em glória (At 1.11; Jd 14; Ap 1.7). [Comentário: Parousia é uma
palavra grega formada de pará (ao
lado de) e ousia (o ser ou o estar;
um “ser”; derivada de ei·mí, que significa “ser” ou “estar”). Significa
literalmente “o estar ao lado de”, isto é, uma “presença”. Ela é empregada 24
vezes nas Escrituras (Mt 24.3, 27, 37, 39; 1Co 15.23; 16.17; 2Co 7.6, 7; 10.10;
Fp 1.26; 2.12; 1Ts 2.19; 3.13; 4.15; 5.23; 2Ts 2.1, 8, 9; Tg 5.7, 8; 2Pd 1.16;
3.4, 12; 1Jo 2.28). Na literatura grega secular, parousia tornou-se o termo
oficial para a visita de uma pessoa de grande destaque – um rei ou um imperador.
Érchomai – eu
vou, do verbo érchesthai – de
vai, presente histórico. Nas narrativas do Novo Testamento é utilizado com
sentido pretérito.]
2. Manifestação, aparição. O substantivo grego aqui é epipháneia,
que só aparece seis vezes no Novo Testamento, com uso exclusivamente paulino, e
todas as ocorrências dizem respeito à vinda de Jesus, desde a encarnação do
Verbo (2 Tm 1.10). O apóstolo Paulo exorta os crentes para uma vida irrepreensível
até "à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo" (1Tm 6.14); "e o
aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo" (Tt
2.13). O termo é também traduzido por "vinda" em referência ao
arrebatamento da Igreja (2 Tm 4.8). O apóstolo o emprega ainda para se referir
à segunda vinda de Cristo em glória: "Conjuro-te, pois, diante de Deus e
do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e
no seu Reino" (2 Tm 4.1), ou conforme encontra-se na Almeida Revista e
Atualizada, "pela sua manifestação e pelo seu reino". [Comentário: Epifania significa
aparição ou manifestação de algo, normalmente relacionado com o contexto
espiritual e divino (5). Literalmente
significa “manifestação”, “vir à luz”, “resplandecer” ou “brilhar”. O sentido é
mais específico, porque se refere especialmente à vinda sobre as nuvens. É a
volta pessoal de Cristo à Terra que acontecerá com uma manifestação visível e
gloriosa (2Ts 2.8; 1Tm 6.14; 2Tm 4.6-8). Parousia
é abrangente e pode referir-se tanto à vinda de Cristo para a Igreja como para
o mundo. Entretanto, epiphanéia é um
termo que especifica a volta de Cristo à terra de modo mais direto, porque diz
respeito à Sua manifestação pessoal ao mundo (6).]
3. Revelação. O termo é apokalypsis. O apóstolo Pedro
emprega essa palavra para se referir ao arrebatamento da Igreja (l Pe 1.7).
Esse termo é traduzido ainda como "manifestação", também em
referência ao arrebatamento da Igreja: "De maneira que nenhum dom vos
falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo" (l Co 1.7)
ou de acordo com a versão Almeida Revista e Atualizada, "aguardando vós a
revelação de nosso Senhor Jesus Cristo". [Comentário: As palavras apokalypsis e epiphaneia são
utilizadas para descrever tanto o arrebatamento (1Co 1.7; 1Tm 6.14) quanto o retorno
ou segunda fase da Vinda de Cristo (2Ts 1.7-8, 2.8).]
SÍNTESE DO TÓPICO II
"Vinda", "manifestação", "aparição" e
"revelação" são termos bíblicos que remontam a segunda vinda de
Cristo.
III - OS EVENTOS DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. O arrebatamento da igreja. É o rapto dos santos da terra, um
acontecimento global e simultâneo em todo planeta. A profecia contempla até
fusos horários, pois uns estarão 'dormindo à noite e outros trabalhando nesse
exato momento (Lc 17.34-36). Esse evento será inesperado, algo rápido, em
fração de segundo, e invisível os olhos humanos: num momento, num abrir e
fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados" (l Co 15.52,
ARA). Os mortos salvos, os que "dormiram em Cristo", ressuscitarão
primeiro (l Ts 4.16b); em seguida, nós, os crentes em Jesus que estivermos
vivos nessa ocasião, com o corpo corruptível já revestido da
incorruptibilidade, quando aquilo que é mortal estiver revestido da
imortalidade (l Co 15.53), seremos arrebatados da terra para o encontro com o
Senhor Jesus nas nuvens (l Ts 4.16,17). Essa é a primeira fase da segunda vinda
de Cristo, a esperança da Igreja (Fp 3.21). [Comentário: Existem alguns elementos especiais e
misteriosos indicam a natureza e procedimento do arrebatamento da Igreja na
vinda do Senhor. Surpresa: Esse elemento é rejeitado por alguns grupos que
entendem que não haverá dois eventos distintos: o arrebatamento da Igreja e a
vinda pessoal de Cristo. Ora, o que a Bíblia nos ensina é que, a Igreja,
constituída pelos mortos e vivos em Cristo, se encontrará nas nuvens com o
Senhor. Se por alguns a ideia da surpresa é rejeitada, uma grande maioria
cristã prefere o que declara as Escrituras que destacam o elemento surpresa (Tt
2.13; Mt 24.35,36,42-44; 25.13). Esse elemento é fundamental porque a Igreja
vive na esperança da vinda do Senhor. 2. Invisibilidade (1Ts 4.17). Por que
será um evento invisível e para quem? Será invisível para o mundo material
porque os arrebatados serão constituídos somente dos transformados. A
transformação será tão rápida, que nenhum instrumento cronológico terá condição
de perceber ou marcar o tempo. Quando o crente conquistar esse corpo imaterial,
a matéria perderá totalmente sua força (1Co 15.43,44,49,51,53). 3.
Imaterialidade (1Co 15.42, 52,53). Na verdade, a transformação que ocorrerá na
vinda do Senhor será extraordinária e gloriosa, pois o que é material se
revestirá do imaterial, o corruptível do incorruptível. Todas as limitações da
matéria em nossos corpos serão anuladas completamente, pois, literalmente,
nossos corpos serão revestidos de espiritualidade. 4. Velocidade (1Co 15.52). Para
tentar explicar a velocidade do evento, Paulo usou o termo grego átomos, que
aparece no texto sagrado pela expressão “num momento”, cujo sentido literal é
indivisível (quanto ao tempo, aqui). A palavra átomos era usada para denotar
“algo impossível de ser cortado ou dividido”. Também encontramos outras
expressões bíblicas para denotar velocidade, tais como “abrir e fechar de
olhos”, ou “o piscar de olhos”. Mesmo em época avançada e de velocidade da
cibernética e da tecnologia, nada poderá contar e detectar o momento do milagre
do arrebatamento da Igreja (7). arrebatados, harpadzo; Strong 726: capturar, agarrar, apanhar, pegar à força. A
palavra descreve a ação do Espírito Santo ao transferir Filipe de um lugar para
outro (At 8.39) e de Paulo sendo arrebatado para o Paraíso (2Co 12.2,4). Sugere
o exercício de uma força repentina. O escritor do livro de Hebreus nos diz em
Hebreus 9.28: “assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os
pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para
salvação.” A primeira vinda de Cristo foi humilde, em um estábulo, e foi
crucificado pelos homens, mas em sua segunda vinda, virá à terra para destruir
seus inimigos, para julgar aos homens e estabelecer seu reino eterno. "Porquanto
o Senhor mesmo... descerá dos céus..."(1 Ts 4.16). A ressurreição/o
arrebatamento será o momento em que o Senhor Jesus deixará Seu trono no céu e
virá pessoalmente ao encontro da Sua Igreja a fim de levá-la para a casa do
Pai. Assim como um noivo vai ao encontro da sua noiva, o Salvador virá ao
encontro dos que comprou pelo Seu sangue e os conduzirá para Sua glória. O
Senhor não enviará um anjo ou qualquer outro emissário para fazer isso, Ele
virá pessoalmente. Então se cumprirá literalmente a promessa de João 14.3:
"E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim
mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também." Assim como Ele em
pessoa nos salvou e morreu na cruz por nós, assim como Ele mesmo foi
preparar-nos lugar – Ele voltará pessoalmente para buscar-nos para Si, para que
estejamos onde Ele está. Em inúmeras passagens do Novo Testamento somos
conclamados a esperar a volta de Jesus a qualquer momento (por exemplo, em 1 Co
11.26; 1 Ts 1.10; Hb 10.37) (8).]
2. A vinda de Cristo em glória. Sete anos depois do arrebatamento da
Igreja, o Senhor virá em glória, visível aos olhos humanos (Mt 24.30,31; Lc
21.25-28). Nesse retorno de Jesus à terra, Ele virá acompanhado dos santos (l
Ts 3.13; Jd 14). O propósito aqui é julgar as nações (Jl 3.12-14; Mt 25.31,32),
restaurar o trono de Davi (Zc 12.8-14) em cumprimento à promessa de Deus feita
por meio do anjo Gabriel:"[...] e o Senhor Deus lhe dará O trono de Davi,
seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá
fim" (Lc 1.32,33); destruir a besta e o falso profeta (2 Ts 2.8; Ap
19.19,20) e estabelecer o seu reino de justiça e paz na terra, o reino de Deus
de mil anos (Is 2.4; Ap 20.2,3). [Comentário: Jesus usa uma
linguagem clara, profética e simbólica para descrever sua volta. A lamentação
das nações é uma alusão a Zacarias 12.10-12, e a vinda sobre as nuvens
refere-se à posse do domínio por Cristo, profetizada em Daniel 7.13-14. Quando
Cristo retornar à terra, ao fim do período da Grande Tribulação, Ele Se
estabelecerá como Rei de Jerusalém, sentado no trono de Davi (Lc 1.32,33). Os
pactos incondicionais exigem uma volta literal e física de Cristo para
estabelecer o reino. O pacto de Abraão prometia a Israel uma terra, uma
posteridade, um governante e uma bênção espiritual (Gn 12.1-3). O pacto da
Palestina prometia a Israel a restauração e ocupação da terra (Dt 30.1-10). O
pacto de Davi prometia a Israel perdão: meio pelo qual a nação poderia ser
abençoada (Jr 31.31-34). A segunda vinda de Cristo, ainda que pessoal e
visível, será muito diferente de Sua primeira vinda. Ele não voltará no corpo
de Sua humilhação, mas num corpo glorificado e com vestes reais, Hb. 9.28. As
nuvens do céu serão a Sua carruagem, Mt. 24.30, os anjos o seu corpo da guarda,
2 Ts. 1.7, os arcanjos os seus arautos, 1 Ts 4:16, e os anjos de Deus serão o
seu glorioso séquito, 1 Ts 3:13; 2 Ts 1:10. Ele virá como Rei dos reis e Senhor
dos senhores, triunfante sobre todas as forças do mal, havendo posto todos os
Seus inimigos debaixo dos Seus pés, 1 Co 15:25; Ap 19:11-16. (Teologia
Sistemática: Louis Berkhof). Jesus virá para destruir o Anticristo “E então
será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo sopro da sua boca, e
aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (2Ts 2.8). Depois que Satanás e "o
homem do pecado" realizarem sua obra de engano e maldade (vv. 9,10), serão
aniquilados quando da vinda de Cristo à terra, no fim da tribulação (ver Ap
19.20). “Vi o céu aberto, e apareceu um cavalo branco. O seu cavaleiro chama-se
Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com justiça”. (Ap 19.11). Este versículo
narra o começo da segunda vinda de Cristo à terra, como Rei dos reis e Senhor
dos senhores (v. 16). Ele vem do céu como o Messias-Vencedor (cf. 2 Ts 1.7,8)
para estabelecer a verdade e a justiça (Sl 96.13), julgar as nações e aniquilar
o mal (cf. Jo 5.30), trazendo conSigo os exércitos celestiais - incluem todos
os santos que já estão no céu (cf. 17.14). Suas vestes brancas confirmam esse
fato. É esse o evento que os fiéis de todas as gerações aguardam (9).]
3. A Grande Tribulação. É o período de transição entre a
Dispensação da Igreja e o Milênio, um tempo de angústia e sofrimentos sem
precedentes na história (Dn 12.1; Jl 2.2; Mt 24.21; Mc 13.19), também conhecido
como "o Dia do Senhor" (Jl 1.15; 2 Pé 3.10). A Igreja não passará por
esse período, que é conhecido como a "Grande Tribulação" (l Ts 1.10).
Será a era do anticristo (2 Ts 2.7-9), identificado como a besta (Ap 13.2-8). O
falso profeta será o porta-voz do anticristo, que enganará o povo por meio dos
falsos milagres (Ap 16.13,14). O anticristo fará um concerto com a nação de
Israel por uma "semana de anos" (Dn 9.27), mas na metade deste
período o concerto será rompido, pois os judeus descobrirão que fizeram um
acordo com o próprio Diabo. Só a partir daí é que começa o período da angústia
de Jacó (Jr 30.7). Todos esses horrores estão registrados a partir do capítulo
6 de Apocalipse. Este período foi determinado por Deus para fazer justiça
contra a rebelião dos moradores da terra e para preparar a nação de Israel para
o encontro com o seu Messias (Am 4.12). [Comentário: Segundo o Dicionário de Profecia
Bíblica, a Grande Tribulação é um “período de aflição e angústias incomuns que
terá início após o arrebatamento da Igreja. Deus, o justo Juiz, estará enviando
sobre o mundo o seu juízo” (Is 13.11). Este período de aflição e angústias terá
a duração de sete anos (Dn 9.27 a — “semana de anos”). Ela ocorrerá, entre o
arrebatamento da Igreja e a vinda de Jesus em Glória (segunda fase, para
reinar). Só os santos escaparão desse período tenebroso. Os avisos dos juízos
de Deus são prova do seu amor, visando livrar da destruição aqueles que aceitam
a Cristo e obedecem à sua Palavra. Será uma aflição “como nunca houve” na Terra
(Mt 24.21; Ap 7.13,14). A duração da Tribulação é de sete anos. Isso é
determinado por uma compreensão das setenta semanas de Daniel (Daniel 9.24-27).
A Grande Tribulação, na verdade, acontece na segunda metade desse período, com
uma duração de três e meio. Distingue-se do período da Tribulação porque a
Besta, ou o Anticristo, será revelada e a ira de Deus vai intensificar
enormemente durante este tempo. Assim, é importante neste momento enfatizar que
a Tribulação e a Grande Tribulação não são termos sinônimos. Dentro da
escatologia, a Tribulação se refere ao período completo de sete anos, enquanto
que a "Grande Tribulação" refere-se à segunda metade da Tribulação. A
terra entrará em pânico total com a desaparição dos filhos de Deus, e em meio a
desordem surgirá um ser que aparentemente solucionará os problemas mundiais,
trazendo uma falsa paz. Este período de Grande Tribulação é o cumprimento
literal da última semana de Daniel. (70ª Semana - Daniel 9.24 – 27) (10)]
4. O Tribunal de Cristo e as Bodas do
Cordeiro. Enquanto a Grande
Tribulação acontece na terra; no céu, os santos estarão recebendo a recompensa
por aquilo que cada um fez em vida pela causa do evangelho (l Co 3.12-15; Ap
22.12). É o chamado Tribunal de Cristo (2 Co 5.10), a premiação dos salvos. Não
se trata de um julgamento para a
salvação ou condenação. Todos os presentes já são salvos em Jesus, visto que a
salvação é pela graça; aqui se trata de mais uma bênção aos salvos. Em seguida,
virá a festa das bodas do Cordeiro (Ap 10.9), o grande banquete que celebrará a
união de Cristo com a sua Igreja. [Comentário: Os crentes serão
julgados? A Bíblia diz: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez,
vindo depois disso o juízo...” (Hb 9.27). Até mesmo uma pessoa salva deverá
passar por um julgamento, o julgamento do tribunal de Cristo. O julgamento de 1
Coríntios 3, com ênfase nos versos 13 e 14, refere-se aos cristãos, de modo que
se alguém é salvo – é um filho de Deus – e é aí que ele se encaixa. O Tribunal
de Cristo, desta forma, envolve crentes dando contas de suas vidas a Cristo. O
Tribunal de Cristo não determina salvação; esta foi determinada pelo sacrifício
de Cristo em nosso lugar (1Jo 2.2), e nossa fé Nele (Jo 3.16). Todos os nossos
pecados são perdoados e nunca seremos condenados por eles (Rm 8.1). Não devemos
olhar para o Tribunal de Cristo como Deus julgando nossos pecados, mas sim como
Deus nos galardoando por nossas vidas. Sim, como dizem as Escrituras, teremos
que dar conta de nossas vidas. Parte disto é, certamente, dar conta pelos
pecados que cometemos. Entretanto, este não será o foco principal do Tribunal
de Cristo. No Tribunal de Cristo, crentes são recompensados tomando-se por base
o quão fielmente serviram a Cristo (2Co 9.4-27; 2Tm 2.5). As coisas pelas quais
seremos julgados serão provavelmente o quão fielmente obedecemos à Grande
Comissão (Mt 28.18-20), o quão vitoriosos fomos sobre o pecado (Rm 6.1-4), o
quão bem controlamos nossa língua (Tg 3.1-9), etc. A Bíblia fala dos crentes
recebendo coroas por diferentes coisas com base em quão fielmente serviram a
Cristo (1Co 9.4-27; 2Tm 2.5). As várias coroas são descritas em textos como 2Tm
2.5; 2Tm 2.4-8; Tg 1.12; 1Pd 5.4 e Ap 2.10. Tiago 1.12 é um bom resumo de como
devemos pensar no Tribunal de Cristo: “Bem-aventurado o homem que sofre a
tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor
tem prometido aos que o amam.” (11).
As bodas ou casamento é do filho do Rei, o Senhor Jesus Cristo e sua noiva, a
Igreja, sendo o local do casamento o grande dia final do Tribunal de Cristo,
enquanto na terra, estará se findando a Grande Tribulação. O termo
"bodas" vem do latim "vota", isto é, "votos", em
alusão aos votos matrimoniais por ocasião do casamento. É uma festa de
casamento. O termo é também plural porque tal festa durava sete dias e até 14
dias (Jz 14.12). Na festa, a alegria, solidariedade, entrega de presentes, paz,
comunhão, comida farta, quebra copos e todos os costumes judaicos numa festa de
casamento aconteciam ao som de muita música e com danças típicas. Isto nos leva
a pensar na alegria e gozo imensuráveis que experimentaremos logo após o
Tribunal de Cristo, quando nos sentaremos à mesa com Cristo, o nosso salvador (12).]
SÍNTESE DO TÓPICO III
O arrebatamento, a grande tribulação e vinda em glória são os
eventos da segunda vinda de Cristo.
CONCLUSÃO
Essas amostras proféticas
servem como garantias de que tudo o que está escrito para o fim dos tempos irá
de igual modo se cumprir (Jr 1.12). A nossa esperança não se baseia numa
utopia, mas em fatos revelados na Palavra de Deus e confirmados pela História.
A escatologia bíblica é a continuação do processo histórico. [Comentário: Estudar e meditar
sobre a vinda de Cristo promove nos remidos a fé e a esperança neste evento
prometido pelas Escrituras. Não nos preocupemos demasiadamente com as várias
teorias de interpretação, é importante conhecê-las e se posicionar com aquela
que julgamos mais coerente; de fato, o que nos é preciso é permaneçamos, sim,
atentos ao fato de que Jesus virá. Devemos estar preparados para encontrar com
o Senhor. Diante da revelação acerca do futuro glorioso da Igreja, vale a pena
buscar a santificação para poder participar dessa maravilhosa festa celestial.
Nas Bodas do Cordeiro, só haverá alegria, com a presença de bilhões de crentes
salvos, de todo o mundo, de todos os tempos, rodeados de anjos, do arcanjo, de
querubins, serafins, dos quatro seres viventes e dos vinte e quatro anciãos.] “... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,
olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Setembro de 2017
PARA REFLETIR
A
respeito da Segunda Vinda de Cristo, responda:
• Quais
os termos usados para a segunda vinda de Cristo?
Vinda, manifestação e revelação.
• Quais
os eventos da segunda vinda de Cristo?
O arrebatamento da igreja, a
Grande Tribulação e a vinda de Cristo em glória.
• O que é
o arrebatamento da Igreja?
É o rapto dos santos da terra,
um acontecimento global e simultâneo em Todo o planeta.
• o que é
a Grande Tribulação?
É o período de transição entre a
Dispensação da Igreja e o Milênio, um tempo de angústia e sofrimentos sem
precedentes na história, também conhecido como "o Dia do Senhor".
• O que
são o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro?
É a premiação dos salvos. Não se
trata de um julgamento para a salvação ou condenação. Em seguida, virá a festa
das bodas do Cordeiro (Ap 10.9), o grande banquete que celebrará a união de
Cristo com a sua Igreja.
Fonte:
Lições Bíblicas de Adultos – CPAD – 3° Trimestre de 2017/ Blog: Subsídios
EBD