LIÇÕES
BÍBLICAS CPAD
JOVENS
3º Trimestre de 2017
Título: Tempo para todas as coisas — Aproveitando as
oportunidades que Deus nos dá
Comentarista: Reynaldo Odilo
Material de apoio gratuito aos professores e alunos de escola dominical
que utilizam as revistas da CPAD
Lição 13: O tempo de Deus está próximo
Data: 24 de Setembro 2017
TEXTO DO DIA
“O
Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia [...]”
(2Pe 3.9).
SÍNTESE
Há sinais
em toda parte que demonstram a proximidade do grande Dia do Senhor.
AGENDA DE LEITURA
Segunda — Ez
30.3: O dia do Senhor está perto
Terça — Hb
10.37: Um poucochinho de tempo
Quarta — Ap
12.12: Pouco tempo para o Diabo
Quinta — 1Jo
2.18: A última hora
Sexta — Hc 2.3:
Certamente virá, não tardará
Sábado — Ap 1.:O
tempo está próximo
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá
estar apto a:
- MOSTRAR que a volta súbita de Jesus é uma verdade basilar para o Cristianismo, e que esse anelado evento acontecerá em breve;
- IDENTIFICAR os sinais que precedem o arrebatamento da igreja;
- CONSCIENTIZAR de que o Dia do Senhor será um dia glorioso para todos os remidos.
TEXTO BÍBLICO
1 Tessalonicenses 4.16-18.
16 Porque
o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a
trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
17 depois,
nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens,
a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
18 Portanto,
consolai-vos uns aos outros com estas palavras.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Muitos
questionam por que Deus não aparece logo na história e destrói, com isso, todo
o materialismo e desobediência. A resposta que alguns apologistas dão é que,
assim como o diretor de uma peça teatral aparece depois do último ato, quando
as cortinas se fecham, assim Deus somente mostrará sua face ao mundo quando o
espetáculo da vida chegar ao fim. [Comentário: O texto de 2 Pedro 3.10 diz: "Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com
grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras
que nela há, serão descobertas." Este é o culminar de uma série de
eventos chamada de "o dia do Senhor",
o momento em que Deus vai intervir na história humana com o propósito de
julgamento. Naquele tempo, tudo o que Deus criou, "os céus e a terra" (Gn 1.1), Ele destruirá. Ninguém sabe a
data quando Jesus voltará. É impossível prever quando esse dia será porque
acontecerá quando não estivermos à espera (Mt 24.36). Se alguém diz que sabe
quando vai acontecer, está enganado. Se alguém disser que Jesus já voltou, não
devemos acreditar porque quando acontecer o mundo todo saberá (Mc 13.21-22). Há
muitas interpretações acerca da volta de Jesus, isso por que as Escrituras dão
margem a estas correntes de pensamento escatológico. A ordem dos eventos da
segunda vinda de Jesus não é clara na Bíblia, dando origem a diversas correntes
de interpretação. O mais importante é que Jesus vai voltar um dia e devemos
estar preparados, porque pode acontecer em qualquer altura. A melhor forma de
preparar para a segunda vinda de Jesus é abandonar o pecado e viver para a
glória de Deus (2 Pd 3.14).] Dito isto, vamos
pensar maduramente a fé cristã?
I.
A VOLTA SÚBITA DE JESUS CRISTO
3. http://biblia.com.br/perguntas-biblicas/segunda-vinda/como-sera-a-segunda-vinda-de-jesus-cristo/
2. O
tempo se abrevia. A vinda
do tempo de Deus para esta geração não tarda. As profecias bíblicas indicam que
Ele certamente virá e não tardará (Hc 2.3; Hb 10.37). Paulo, pelo Espírito,
disse que “o tempo se abrevia” (1Co 7.29), a mesma ideia trazida por Jesus, em
relação ao tempo do fim (Mt 24.22). Essa é uma grande esperança para os
cristãos, que o Senhor retorne logo para buscar sua Noiva, pois este mundo está
indo de mal a pior. [Comentário: Por quê Jesus está demorando tanto? A Bíblia diz em 2
Pedro 3.8-9: “Mas vós, amados, não
ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como
um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia;
porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que
todos venham a arrepender-se.” Como nos preveniu Jesus para que não sejamos
enganados sobre a Sua Segunda Vinda? A Bíblia diz em Mateus 24.23-26: “Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o
Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; porque hão de surgir falsos cristos e
falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível
fora, enganariam até os escolhidos. Eis que de antemão vo-lo tenho dito.
Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que
ele está no interior da casa; não acrediteis.” Alguém sabe a hora exata da
Sua vinda? A Bíblia diz em Mateus 24.36: “Daquele
dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o
Pai.” Sabendo quão humano é adiar tudo, que nos diz Cristo que devemos
fazer? A Bíblia diz em Mateus 24.42: “Vigiai,
pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.”4.]
3. Uma
invasão aguardada. A essa
invasão divina chamada “Arrebatamento da Igreja”, Paulo diz: “aguardando a
bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso
Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13). O momento da chegada do Noivo é aguardado com
toda a expectativa, da mesma forma que havia expectação para o encontro entre
Isaque e Rebeca (Gn 24) — uma bela alegoria. Aliás, foi essa a grande promessa
esperada pelos heróis da fé no Antigo Testamento. Por isso, no Arrebatamento,
eles ressuscitarão primeiro (1Ts 4.16). Está escrito que até mesmo a criação
está em “ardente expectação”, aguardando a sua redenção (Rm 8.19,23).
Inequivocamente, o mais afetuoso desejo dos cristãos é a vinda do Senhor, a
qual deve ser o maior consolo da Igreja. Diante desse justo anelo, o Senhor
prometeu: “[...] Certamente, cedo venho [...]” (Ap 22.20). [Comentário: O Arrebatamento e a
Segunda Vinda de Cristo são frequentemente confundidos. É difícil determinar
quando a Bíblia está se referindo ao Arrebatamento ou à Segunda Vinda. No
entanto, ao estudar as profecias bíblicas do fim dos tempos, é muito importante
poder diferenciar entre os dois. O Arrebatamento é quando Jesus Cristo retorna
para remover a igreja (todos os seguidores de Cristo) da terra. O Arrebatamento
é descrito em 1 Tessalonicenses 4:13-18 e 1 Coríntios 15:50-54. Os crentes que
já morreram serão ressuscitados e, juntamente com os crentes que ainda vivem,
vão se encontrar com o Senhor no ar. Isso acontecerá em um momento, em um
piscar do olho. A Segunda Vinda é quando Jesus retorna para derrotar o
anticristo, destruir o mal e estabelecer o seu Reino Milenar. A Segunda Vinda é
descrita em Apocalipse 19:11-165. Nós entendemos que a
segunda vinda se dará em duas fases, a primeira, invisível ao mundo, somente
para a Igreja - o Arrebatamento vai ser “secreto” e instantâneo (1 Coríntios 15.50-54).
Nesse momento, a ressurreição será apenas para os que morreram na dispensação
da Igreja. O Arrebatamento é a remoção dos crentes da terra como um ato de
libertação (1 Tessalonicenses 4.13-17; 5.9).]
Pense!
O Arrebatamento da Igreja pode, realmente, acontecer a qualquer momento?
Ponto Importante
Paulo, pelo Espírito, disse que “o tempo se abrevia” (1Co 7.29). E essa
foi a mesma ideia trazida por Jesus, em relação ao tempo do fim. O Noivo está
às portas!
II.
SINAIS QUE PRECEDEM A VOLTA DE JESUS
1. A
convulsão da natureza. Aquilo
que se deu na natureza enquanto Jesus estava na cruz acontecerá, em grande
escala, neste tempo, como princípio de dores. Assim como durante o drama do
Calvário “ao meio-dia começou a escurecer, e toda a terra ficou três horas na
escuridão [... ]. A terra tremeu, e as rochas se partiram” (Mt 27.45,51b — NTLH),
também no fim dos tempos haverá convulsão da natureza, em maiores proporções. Jesus
falou sobre isso no sermão profético, alertando que, antes de sua vinda,
sobreviriam fomes, pestes e terremotos, em vários lugares (Mt 24.7). Isso
denota a abrangência do juízo que pairaria sobre a humanidade. Nos últimos
anos, a revolta da Natureza causou grande destruição. Estudos especializados
demonstram que o número de terremotos no Século XX foi superior ao total de
terremotos acontecidos em todos os tempos e que, somente entre 2000 e 2010,
aconteceram mais de 200 mil terremotos na Terra. Por causa dos terremotos que
aconteceram na Indonésia (2004), Haiti (2010), Japão (2011) e Nepal (2015)
aproximadamente 500 mil pessoas foram mortas. Por outro lado, segundo agências
da ONU, em 2015, 795 milhões de pessoas passaram fome no mundo. Nos últimos 25
anos, o número de países africanos que enfrentam crises alimentares duplicou.
Com relação às pestes, elas, ao longo da história, já vitimaram mais pessoas
que todas as guerras juntas. Nos séculos XX e XXI inúmeras foram as epidemias
que atingiram o mundo: gripe aviária, gripe suína, ebola, aids, dengue, zika...
E os cientistas avisam: as próximas epidemias podem ser com “supervírus”. O
mundo está sendo preparado para o início do grande dia do Senhor. Estes são o
princípio de dores. [Comentário: A Bíblia nos ensina que os dias que antecedem a volta de
Jesus haverá muitos sinais. Quando Jesus voltará? E como? E o que acontecerá,
quando Cristo voltar? Como as árvores brotando indicam a chegada do verão, os
sinais descritos por Jesus prevenirão sobre a sua chegada. O Rev Hernandes Dias
Lopes escreve: “A segunda vinda de Cristo é o assunto mais enfatizado em toda a
Bíblia. Há cerca de 300 referências sobre a primeira vinda de Cristo na
Escritura e 8 vezes mais sobre a segunda vinda, ou seja, há mais de 2.400
referências sobre a segunda vinda em toda a Bíblia. A segunda vinda de Cristo é
o assunto mais distorcido e o mais desacreditado. Muitos falsos mestres negam
que Jesus voltará. Outros tentam enganar as pessoas marcando datas. Mas outros,
dizem crer na segunda vinda de Cristo, mas vivem como se ele jamais fosse
voltar.”6. Estamos presenciando
uma convulsão da natureza sem precedentes na história. Furacões arrasam a
America Central e do Norte, terremotos devastadores, temperaturas elevadas,
degelo nos pólos, nível dos oceanos subindo, poluição do ar, rios e mares; secas,
escassez de alimentos, guerras e rumores de guerra, doenças, sinais nos céus; os
falsos cristos e falsos profetas... “Porque
sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora”
(Rm 8.22). “Cristo começa o seu sermão com uma longa lista de calamidades que
Ele compara com as dores de parto que precedem o nascimento de uma criança (Mt
24.4-8). A palavra ‘dores’ no versículo 8 é do grego Ùdin, que fala do trabalho
e da dor de parto. As aflições que Cristo relaciona aqui são como as dores de
parto. A princípio, são relativamente moderadas e não frequentes, porém à
medida que a hora se aproxima, elas vêm em ondas implacáveis, mais rápidas e mais
severas. A ilustração de dores de parto é bastante comum na literatura
apocalíptica judaica. O apóstolo Paulo usou uma figura similar para descrever o
dia do Senhor (1Ts 5.3). O contexto indica que esses sinais se aplicam de um
modo particular à era da Tribulação. No entanto, esses próprios males (guerras
e rumores de guerras, falsos cristos, desastres naturais e perseguição) são
aflições que têm caracterizado a totalidade da era cristã. Características
similares estão presentes neste exato momento em diversos graus, e
coletivamente parecem estar piorando de modo grosseiro e mais preponderante,
exatamente como dores de parto. Isso não significa que a era em que estamos
vivendo seja a que Cristo descreve. Mas realmente sublima a iminência da volta
de Cristo para a Igreja. O mundo no qual vivemos já está maduro para a
Tribulação. Elementos como os sinais das dores de parto já estão sendo
sentidos. As aflições atuais podem meramente ser como as contrações
Braxton-Hicks — dores de parto prematuras; entretanto, significam que a hora do
trabalho difícil, e então o parto em si, é inevitável e se aproxima
rapidamente”7 .]
7. MACARTHUR, John. A Segunda Vinda. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2013, pp.89-90
2.
Aumento da rebelião. Uma das
características dos dias que antecedem a volta de Jesus é o aumento das
rebeliões. Jesus mencionou “guerras, rumores de guerras, nação contra nação e
reino contra reino” (Mt 24.6,7), o que demonstra uma crescente rebelião nas
pessoas. Em 2014, pesquisa realizada entre 162 países demonstrou que somente
onze não estavam envolvidos em guerras. A Bíblia também menciona que essa
rebelião alcançaria as pessoas individualmente, pois esse tempo trabalhoso
seria marcado pela apostasia da fé, bem como pelo egoísmo, traições,
desobediência aos pais,etc. Porventura não é isso que se vê cotidianamente? Os
homens em rebelião contra o Altíssimo, e em profundo desamor, fazendo a vontade
da carne e dos pensamentos? Hoje foram inventadas novas formas de pecar, que
não existiam no passado. O homem se tornou, em regra, menos sensível e mais
perverso. A violência familiar e social cresceu de maneira vertiginosa. É o fim
dos tempos. [Comentário: O século passado
experimentou, certamente, mais do que todos os outros, profundas mudanças em
todas as áreas. Muitos desses acontecimentos são de enorme significado para a
Igreja. Olhar a história recente é ver o desenrolar do plano divino através dos
séculos, é atentar para os sinais dos tempos, é colocar-se em guarda para
aquilo que virá. Desde a antiguidade, passando pela idade média, e chegando a
nossa idade contemporânea, muitos perderam a vida guerreando ou sendo apenas
vítimas de guerra. Nunca o ser humano guerreou tanto como nos séculos XX e XXI.
Somente no século XX, cerca de 191 milhões de pessoas morreram em combates ao
redor do mundo. Se ligamos a televisão para acompanhar algum jornalístico,
ficaremos absortos como esta declaração de Jesus Cristo (Mt 24.7), é uma
impressionante descrição do que está acontecendo agora mesmo no mundo. Apesar
do incrível cumprimento das palavras de Cristo, devemos levar em conta que
embora elas anunciem que Ele vem, estes sinais não são os últimos nem os
definitivos. Se lermos esta passagem com cuidado notaremos que Jesus Cristo
disse: "mas ainda não é o fim" e "tudo isto é só o princípios
das dores". Ao analisarmos Mateus 24.7-8 e Lucas 21.11 mais
cuidadosamente, o Senhor Jesus diz que as guerras serão seguidas de fomes, de
pestes, de terremotos em vários lugares. O versículo nos diz que não
necessariamente as epidemias, as fomes e os terremotos acontecem por causa da
guerra. Mas são vários eventos que acontecem sucessivamente e simultaneamente.8]
3.
Tensões generalizadas. Nesta
época, o conflito cósmico alcançou uma tensão nunca vista antes, porque “o
diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo” (Ap
12.12). Por tal razão, Jesus previu o aumento da atividade diabólica, com o
aparecimento de falsos cristos e falsos profetas (Mt 24.5,11) e perseguições
aos crentes (Mt 24.9). A lista dos falsos cristos e falsos profetas é grande, e
não para de crescer. Somente nos últimos tempos, pessoas como Vissarion
(Rússia), David Shayler (Inglaterra), Ernest L. Norman (EUA), Jim Jones
(Guiana), Shoko Asahara (Japão), Marshall Applewhite (EUA), José Luís de Jesus
Miranda (EUA) dentre muitos outros, intitularam-se Cristo ou seu profeta. De
outro lado, no Oriente Médio, em 1910, cerca de 13,6% da população era cristã,
mas em 2010, esse percentual caiu para 4,3%, diante da ferrenha perseguição.
Muitos têm sido mortos, fugiram, ou mesmo foram forçados a renegar à fé.
Recentemente, alguns grupos terroristas têm assassinado cristãos e publicado o
feito nas redes sociais. Satã está ativo no planeta Terra. A Igreja precisa
despertar, pois o Noivo está às portas. [Comentário: Mateus 24.5: “Porque virão muitos em meu nome [...] e
enganarão a muitos”. Centenas de falsos mestres apareceram em cena desde o
primeiro século até agora. O Rev Hernandes Dias Lopes [que é
pós-tribulacionista] escreve em seu artigo intitulado “Jesus Cristo virá em
breve, você está preparado?”: “É significativo que o primeiro sinal que Cristo
apontou para a sua segunda vinda tenha sido o surgimento de falsos messias,
falsos profetas, falsos cristãos, falsos ministros, falsos irmãos, pregando e
promovendo um falso evangelho nos últimos dias. Cristo declarou que um falso
cristianismo vai marcar os últimos dias. Estamos vendo o ressurgimento do
antigo gnosticismo, de um novo evangelho, de um outro evangelho, de um falso
evangelho nestes dias. A segunda vinda será precedida por um abandono da fé
verdadeira. O engano religioso vai está em alta. Novas seitas, novas igrejas,
novas doutrinas se multiplicarão. Haverá falsos profetas, falsos cristos,
falsas doutrinas e falsos milagres. Vivemos hoje a explosão da falsa religião.
O Islamismo domina mais de um bilhão de pessoas. O Catolicismo Romano também
tem um bilhão de seguidores. O Espiritismo Kardecista e os cultos
afro-brasileiros proliferam-se. As grandes religiões orientais: Budismo,
Hinduísmo mantém milhões de pessoas num berço de cegueira espiritual. As seitas
orientais e ocidentais têm florescido com grande força. Os desvios teológicos
são graves: Liberalismo, Misticismo, Sincretismo. Os grandes seminários que
formaram teólogos e missionários hoje estão vendidos aos liberais. Muitas igrejas
históricas já se renderam ao liberalismo. Há igrejas mortas na Europa, na
América e no Brasil, vitimadas pelo liberalismo. Há aqueles que negam a
ressurreição e dizem que os milagres são mitos. O misticismo está tomando conta
das igrejas hoje. A verdade é torcida. A igreja está se transformando numa
empresa, o púlpito num balcão, o templo numa praça de barganha, o evangelho num
produto de consumo, e os crentes em consumidores”9.] 9. http://hernandesdiaslopes.com.br/2012/06/jesus-cristo-vira-em-breve-voce-esta-preparado/#.VopsHk8afIV
Pense!
Será que os fatos que tomam conta do noticiário cotidianamente refletem,
por assim dizer, um solene aviso sobre a volta de Jesus?
Ponto Importante
O conflito cósmico
alcançou uma tensão nunca vista antes, porque “o diabo desceu a vós e tem
grande ira, sabendo que já tem pouco tempo” (Ap 12.12).
III.
UM DIA GLORIOSO PARA OS REMIDOS
1.
Vitória sobre a morte. A morte,
o mais impiedoso e, ao mesmo tempo, justo e benevolente evento deste lado da
vida, tem assombrado os homens desde o início. Ela é impiedosa porque não
retroage em face de súplicas, é justa porque retribui corretamente o pecado e é
benevolente por evitar que o mal do pecado dure em nós para sempre. Se não
fosse a morte, como dizia C.S. Lewis, o pecado “transformaria” os homens em
demônios. O fato é que, mesmo diante de tudo isso, ninguém aceita a morte,
porque Deus colocou no coração do homem o “anseio pela eternidade” (Ec 3.11 — NVI).
No dia do Arrebatamento da Igreja, porém, o corpo físico, sujeito a doenças e à
morte, será transformado em corpo glorioso para, só assim, poder se relacionar,
na dimensão do Céu, com o Senhor. Essa será a chancela da vitória sobre a morte
(1Co 15.54).
[Comentário: A mais fantástica de
todas as afirmações cristãs é que Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos.
Ela força a nossa credulidade ao limite. Os seres humanos têm tentado da
maneira mais ingênua possível desafiar e negar a morte. Contudo, somente Cristo
afirmou tê-la conquistado, ou seja, tê-la derrotado em sua própria experiência
e destruído seu poder sobre os outros 10. Em toda a Bíblia ninguém escreveu tanto sobre a ressurreição
do corpo como Paulo, aquele a quem o Senhor, depois de ressuscitado, apareceu
por último. O texto mais longo, mais explícito, mais encorajador e mais
entusiasta sobre a ressurreição de Cristo e dos mortos é da lavra de Paulo.
Assim como o mais bonito texto sobre o amor é o capítulo 13 de 1 Coríntios e o
mais bonito texto sobre a fé é o capítulo 11 da Epístola aos Hebreus, nada
supera o que o apóstolo escreveu sobre a ressurreição do corpo no capítulo 15
de 1 Coríntios. Ele começa de mansinho e termina com um grito de enfrentamento
com a morte: “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu
aguilhão?” (1 Co 15.55). Por pouco o profeta Oséias não se levanta do túmulo
para cobrar seus direitos autorais sobre a frase de vitória (Os 13.14) ou para
fazer um dueto com o ex-torturador dos cristãos (At 26.11)11. A ressurreição do
corpo no final dos tempos não será a ressurreição do corpo anterior, como
aconteceu com o fi lho da viúva de Sarepta (1 Rs 17.17-24), com o filho da
sunamita (2 Rs 4.32-35), com o fi lho da viúva de Naim (Lc 7.11-17), com a fi
lha de Jairo (Lc 8.51-56), com Lázaro (Jo 11.38-44) e com Dorcas (At 9.36-42).
Não será um mero prolongamento ou repetição da vida terrena. Será algo
absolutamente novo. Paulo tenta explicar: “Nossos corpos terrenos, que morrem e
apodrecem, são diferentes dos corpos que teremos quando voltarmos novamente à
vida, pois estes nunca morrerão. Os corpos que agora possuímos causam-nos
tropeço, pois fi cam doentes e morrem; entretanto, estarão cheios de glória
quando voltarmos à vida novamente. Sim, são fracos porque agora são corpos
mortais, mas quando revivermos, eles serão cheios de força. Quando morrem são
apenas corpos humanos, porém, quando voltarem à vida, serão corpos
sobre-humanos. Como existem corpo naturais, humanos, assim também há corpos
sobrenaturais, espirituais” (1 Co 15.42-44, BV)12.]
10. http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2017/08/24/autor/john-stott/a-vitoria-sobre-a-morte/
12. Ibdem.
2.
Cerimônia festiva. O
momento posterior ao Arrebatamento será marcado por grande alegria. A Igreja
encontrará Alguém que almejava há muito tempo. Está escrito, em linguagem
amorosa e poética, o sentimento desse encontro (Ct 2.9-12). Não há palavras
mais sensíveis para descrever um encontro amoroso, que não se concretizara
antes pelo impedimento das “grades” da corruptibilidade, as quais, naquele
instante, já não existem. Será um eterno dia de primavera. [Comentário: Dois eventos aguardam
a igreja arrebatada ao céu, o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro.
Enquanto na terra acontece a grande tribulação a igreja tem um período de
núpcias com seu noivo. Também chamado de Tribunal de Deus em Rm 14.10 (ARA), o
tribunal de Cristo será o próximo acontecimento para a igreja após o
arrebatamento. O texto acima detalha como será o Tribunal, porém com este
titulo é somente encontrado em Romanos 14.10 (RC) e 2Co 5.10. “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe
glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
(…) disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das
bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.”
(Ap 19.7, 9). Uma das mais importantes metáforas a respeito da igreja com
certeza é a de apresentá-la como “noiva”. Existem outras muito usadas e
importantes que apresentam como “corpo de Cristo” e “rebanho”, porém a metáfora
de noiva nos parece ser a mais atraente e define melhor o relacionamento entre
Cristo e sua igreja. João batista apresentou Jesus como o noivo e ele sendo
apenas o amigo que se alegrava em ver a sua alegria (Jo 3.29). Paulo também usa
a metáfora para falar a respeito da vida conjugal, fortalecendo seu ensino com
o exemplo de Jesus, que amou sua igreja (noiva) e deu a vida por ela (Ef 5.21-29).
Nos versículos acima vemos o João, o apóstolo, usando para falar do momento da
celebração da união de Cristo com sua amada igreja. “As bodas do Cordeiro”
serão realizadas no céu, já que é lá que a igreja se encontra após o
arrebatamento, será também após o tribunal de Cristo, e isto pode ser visto
pelas vestes que a “igreja usa” quando é apresentada ao noivo (Jesus)
representando a justiça confirmada pela avaliação do tribunal (Ap 19.8). Vemos
que esta união no céu revela a importância deste evento, pois, para um judeu,
existem três acontecimentos significativos na vida, que são: o nascimento, o
casamento e o dia da morte, sendo que dentre todos o casamento é o mais
importante, já que para um judeu um homem só realmente é considerado como tal,
quando se casa e forma uma família. Por isso vemos o casamento ser usado com
abundância no Velho Testamento, falando do relacionamento entre Deus e Israel
(Jr 3.20; Ez 16.32, 45; Os 2.2, 16); no Novo Testamento, Jesus usa para falar
sobre a rejeição dos judeus ao evangelho (Mt 22.1-14), para alertar quanto à
vigilância devido sua futura vinda (Mt 25.1-13) entre outros, porque era algo
que os Judeus entendiam muito bem e sabiam a responsabilidade que era ser
noiva, seja esta noiva Israel ou a igreja.13]
3. Para
sempre com o Senhor. O desejo
de Jesus em estar perto de sua igreja todos os dias e para todo o sempre será
cumprido no dia do arrebatamento, pois a partir dali “estaremos sempre com o
Senhor” (1Ts 4.17). Cada cristão deve lutar arduamente para, naquele dia
eterno, todos estarmos ali com Ele, em santo gozo e adoração. Maranata. Ora vem
Senhor Jesus! [Comentário: A lição não contempla todo o plano escatológico, é bom
frisar a seqüência de eventos da vinda de Jesus em duas fases: Arrebatamento,
Tribunal de Cristo e Bodas do Cordeiro, início da Grande Tribulação, segunda
fase da volta de Cristo, visível a todos (Ap 1.7), acompanhado da esposa (Jd 14;
Ap 19.14) e pelos anjos (Mt 25.31). A ressurreição dos mártires da grande
tribulação (Ap 20.4) e implantação do reino milenial (Ap 19.15). Satanás será
solto, Juízo final, e por fim, a eternidade com o Senhor! Depois do Milênio
terminar, depois de assistirmos o Julgamento do Grande Branco e a criação de
novos céus e terra, a Jerusalém Celestial pousará sobre a terra e a humanidade
(só de salvos, agora sem a menor possibilidade de jamais cair em nenhum pecado)
passará a interminável eternidade no gozo do nosso Senhor, sobre a nova TERRA
em que não haverá pecado nem morte nem doença. Em Pregação realizada na
Conferência Vida Nova em 2016 em Fortaleza-CE, com base no texto bíblico de
1Pedro 1.17-2.10, o Dr. Russell Shedd fala sobre o caráter eterno da igreja,
uma vez que foi fundada pelo sangue de Cristo, a pedra angular. A Igreja foi
redimida por uma semente imperecível e seus membros são uma raça eleita e
sacerdócio real. Os tempos podem mudar, mas a Igreja de Cristo irá prevalecer.]
Pense!
Como será o momento triunfante em que a morte será absorvida pela Vida?
Que emoções serão sentidas?
Ponto Importante
Palavras não conseguem descreveras emoções da Igreja quando entrar no
Céu com Jesus, mas, sem dúvida, será inexprimível a alegria daquele eterno dia
de primavera.
CONCLUSÃO
Essa
incursão que o Senhor fará sobre a humanidade, embora não seja final e
definitiva, será muito importante, pois culminará com o fim dos sofrimentos da
Igreja, aquela que anunciou a cosmovisão do Evangelho, cumprindo seu mandato
cultural e vivendo a contracultura do Reino. “Porque está perto o dia, sim,
está perto o dia do Senhor, dia nublado; o tempo dos gentios ele será” (Ez
30.3). [Comentário: Segundo o nosso texto
base, Longe de ser um Deus vingativo, procurando alguma razão para nos
condenar, Deus quer que todos os povos, de todas as raças e línguas, O
conheçam, sejam alcançados pelo Seu amor, e recebam a Jesus como Senhor e
Salvador. Nossa paixão pela vinda do Senhor deve ser igualada por nossa paixão
de compartilhar a Sua graça. Se nosso desejo é fazer a vontade do Senhor e
agradá-lo no que fazemos, devemos estar sempre atentos às oportunidades que o
Espírito Santo nos dá, para anunciar o evangelho de Jesus para aqueles que
ainda não foram alcançados. Em Mateus 24.3, Jesus fala sobre o princípio das
Dores, dores de parto, logo em seguida, Ele nos fala sobre a Grande Tribulação
(Mt 24.15-28) e Sobre sua Vinda (Mt 24.29-31). Resumidamente Jesus diz que
viriam muitos em Seu nome dizendo ser Cristo e enganariam a muitos. Diz também
que no Fim dos Tempos ouviremos falar de Guerras, nações se levantarão contra
nações, haverá fome e terremotos, os Cristãos serão perseguidos e odiados, e a
iniquidade se aumentará, com isso o amor de muitos se esfriará. “...tudo isto é
o princípio das dores” (isto é, dores de parto) ou sinais da Sua Vinda.]
“... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando
firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Setembro de 2017
ESTANTE DO PROFESSOR
Comentário
Bíblico Pentecostal. 2ª
Edição. RJ: CPAD, 2004.
HORA DA REVISÃO
1. O que é o tempo do Senhor?
É a volta de Jesus.
2. Cite pelo menos três sinais que
apontam a iminente volta de Jesus.
A convulsão da
natureza, o aumento da rebelião e as tensões generalizadas.
3. A convulsão da natureza aconteceu
antes em qual evento da vida de Jesus?
A crucificação.
4. Por que a morte é o mais impiedoso e,
ao mesmo tempo, justo e benevolente evento deste lado da vida?
Ela é impiedosa porque
não retroage em face de súplicas, é justa porque retribui corretamente o pecado
e é benevolente por evitar que o mal do pecado dure em nós para sempre.
5. Pare e pense: você está preparado para
a volta de Jesus?
Resposta Pessoal.