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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

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18 de setembro de 2017

Lição 13: Sobre a Família e a sua Natureza


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
3º Trimestre de 2017
Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista: Esequias Soares
Material de apoio gratuito aos professores e alunos de escola dominical que utilizam as revistas da CPAD


Lição 13
24 de Setembro de 2017

Sobre a Família e a sua Natureza

Texto Áureo

Verdade Prática
"Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne." (Gn 2.24)

O casamento foi instituído por Deus e ratificado por nosso Senhor Jesus Cristo como união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea.
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Leitura Diária
Segunda: Gn 1.27: Deus criou a espécie humana
Terça: Gn 2.18: Deus não criou o homem para viver na solidão
Quarta: Mt 19.4-6: O casamento deve ser entre um homem e uma mulher

Quinta: Js 24.15: Minha casa e eu servimos ao Senhor
Sexta: Sl 128.1-4: O segredo de uma família
Sábado: Ef 5.31-33: A sacralidade da família


Leitura Bíblica em Classe
Gênesis 2.18-24
18 E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.
19 Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20 E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.

21 Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar;
22 E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.
23 E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
24 Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

HINOS SUGERIDOS: 150,195, 597 da Harpa Cristã

Objetivo Geral
Apresentar o ensinamento bíblico sobre a origem e o propósito da família.

Objetivos Específicos
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
(I)   Mostrar a formação do ser humano;
(II)    Explicar a origem da família e o papel da mulher na sociedade israelita;
(III)   Especificar os princípios básicos da família;
(IV)   Conscientizar os crentes acerca do desafio da Igreja hoje.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A família é assunto de interesse geral, de cristãos e não-cristãos, de religiosos e não-religiosos. Trata-se de um projeto de Deus para os seres humanos. O livro de Gênesis traz Um breve e singelo relato de como tudo isso começou e também revela o propósito de Deus para a família. Não existe prazo de validade para os princípios estabelecidos nessa narrativa e eles continuam valendo na atualidade. Esse é o enfoque da última lição. [Comentário: A família é muito importante para Deus, é uma instituição sagrada, criada por Ele. Quando o homem foi criado, Deus viu que não era bom que ele estivesse sozinho, e por isso criou a mulher para ser sua companheira. Juntos, eles receberam a ordem de se multiplicar e povoar a Terra em Gênesis 1.28. Mais tarde, foi dito que o homem que se casasse deveria sair da sua casa, deixando pai e mãe para se tornar um com a sua esposa (Gn 2.24). Após a criação do primeiro casal, a Bíblia fala sobre muitas famílias. Gênesis 12 diz que através da família de Abraão, todas as famílias da terra seriam abençoadas1. Quando temos dificuldade com a geladeira, entendemos que o fabricante, que escreveu o manual do usuário, sabe mais sobre o aparelho do que nós. Lemos o manual para resolver o problema. Quando vemos tantos problemas nas famílias de hoje, só faz sentido que nosso Criador, que escreveu o "manual do usuário", sabe mais a respeito da família do que nós. Precisamos ler o manual para achar como construir e manter bons lares. Encontramos estas instruções na Bíblia. Ela nos guia em cada aspecto do serviço a ele, incluindo a realização de nossos papéis na família2.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

PONTO CENTRAL
O casamento entre um homem e uma mulher foi instituído por Deus.

l- A ORIGEM

1. O homem e a mulher. No relato da criação, ambos aparecem juntos, mostrando a igualdade ontológica do homem e da mulher. O texto de Gênesis 1.27 diz: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou". A palavra hebraica usada para "homem" aqui é adam, que serve tanto para o nome do primeiro homem que Deus criou, como também para "homem" no sentido de representante do ser humano, semelhantemente à palavra grega anthropos. A expressão final, "macho e fêmea os criou", mostra que adam, nesse versículo, diz respeito ao ser humano. Isso revela a igualdade de ambos, macho e fêmea, homem e mulher, como portadores da imagem de Deus; a diferença está na sexualidade (l Pe 3.7). Ao reunir esse casal. Deus instituiu o que chamamos hoje de casamento. [Comentário: A instituição divina do casamento está registrada em Gênesis 2.23-24. Deus criou o homem e depois fez a mulher do “osso de seu osso”. O processo, como registrado, nos diz que Deus tomou uma das “costelas” de Adão (Gn 2.21-22). A palavra hebraica literalmente significa “o lado de uma pessoa”. Por isto, Eva foi tomada do “lado” de Adão e é a seu lado que deve ficar. “E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea” (Gn 2.20). As palavras “ajudadora idônea” são a mesma palavra hebraica. A palavra é “ezer” e vem de uma palavra-raiz primitiva que significa ficar à volta, proteger ou auxiliar, ajudar, ajudador, assistir. Por tal razão, significa ajudar, assistir ou auxiliar. Eva foi criada para ficar ao lado de Adão como sua “outra metade”, para ser seu auxílio e sua ajuda. Um homem e uma mulher, quando se casam, se tornam “uma só carne”. O Novo Testamento adiciona um aviso a esta “unidade”: “Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mt 19.6)3. Em termos bem simples, ter a “imagem” e “semelhança” de Deus significa que fomos feitos para nos parecermos com Deus. Adão não se pareceu com Deus no sentido de que Deus tivesse carne e sangue. As Escrituras dizem que “Deus é espírito” (Jo 4.24) e portanto existe sem um corpo. Entretanto, o corpo de Adão espelhou a vida de Deus, ao ponto de ter sido criado em perfeita saúde e não ser sujeito à morte. A imagem de Deus se refere à parte imaterial do homem. Ela separa o homem do mundo animal, e o encaixa na “dominação” que Deus pretendeu (Gn 1.28), e o capacita a ter comunhão com seu Criador. É uma semelhança mental, moral e social4. Deus define o casamento desde o começo: uma íntima relação de aliança entre um homem e uma mulher para toda a vida. (Gn 2.24, Pv 2.16-17, Ml 2.14). Biblicamente, Moisés foi o primeiro a caracterizar o casamento. “Por esta razão (por causa do casamento – minha ênfase) o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gn 2.24). No Novo Testamento, tanto Jesus (Mt 19.5, Mc 10.6-7) quanto Paulo (Ef 5.32) ratificam Moisés e concordam com a definição de Deus para casamento5. O homem e a mulher são ontologicamente iguais: Embora exercem funções diferentes no arranjo familiar, homens e mulheres tem a mesma dignidade e valor diante do Criador. A Bíblia é clara em dignificar a mulher. No casamento, ela tem domínio sobre o corpo do homem (1Co 7.2).]

2. A formação da mulher. A Bíblia nos conta como a mulher surgiu na história humana. Curiosamente, a formação da mulher não aparece nos antigos registros do Oriente Médio. No relato da criação, em Gênesis, a formação do homem só aparece uma vez (Gn 2.7), e seis vezes a da mulher (vv.18-23). O termo "adjutora" (v.18) quer dizer "auxiliadora", conforme vemos na Almeida Revista e Atualizada e "ajudadora", de acordo com o que registra a Tradução Brasileira. Isso não inferioriza a mulher, pois os termos "auxiliador" ou "ajudador" devem ser entendidos à luz do contexto (SI 54.4; Hb 13.6). O termo hebraico, kenegdó, "como diante dele" (v.18b), tem a ideia de "igual e adequado" (Gl 3.28). O relato da criação pressupõe que Deus colocou o homem com prioridade governamental (l Co 11.3), mas que ambos os sexos, homem e mulher, são mutuamente dependentes (l Co 11.11). [Comentário: A criação da mulher em Gênesis 2 tem conseqüências de longo alcance. Ela estabelece a fundamentação para três áreas importantes no relacionamento de um esposo e uma esposa dentro do casamento:1) A mulher como uma auxiliadora idônea para o homem.2) A mulher feita por Deus como Seu trabalho manual especial.3) A mulher feita para ser uma com o homem6 (Leia todo o artigo aqui). Tanto o homem quanto a mulher foi uma criação especial de Deus, não um produto da evolução. O homem e a mulher, igualmente foram criados à 'imagem' e 'semelhança' de Deus. À base dessa imagem, podiam comunicar-se com Deus, ter comunhão com Ele e expressar de modo incomparável o seu amor, glória e santidade. Eles fariam isso conhecendo a Deus e obedecendo-o. Eles tinham semelhança moral com Deus, pois não tinham pecado, eram santos, tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder de decisão para fazer o certo (Ef 4.24). Viviam em comunhão pessoal com Deus, que abrangia obediência moral e plena comunhão. Quando Adão e Eva pecaram, sua semelhança moral com Deus foi desvirtuada. Na redenção, os crentes devem ser renovados segundo a semelhança moral original. Adão e Eva possuíam semelhança natural com Deus. Foram criados como seres pessoais tendo espírito, mente, emoções, autoconsciência e livre-arbítrio. Em certo sentido, a constituição física do homem e da mulher retrata a imagem de Deus, o que não ocorre no reino animal. Deus pôs nos seres humanos a imagem pela qual Ele apareceria visualmente a eles e a forma que seu Filho um dia viria a ter. O fato dos seres humanos terem sido feitos à imagem de Deus não significa que são divinos. Foram criados segundo uma ordem inferior e dependente de Deus. Toda a vida humana provém inicialmente de Adão e Eva"7. Uma linda tradição judaica observa que Deus não tirou Eva do pé de Adão, para que ele não tentasse dominá-la; ou da sua cabeça, para que ela se visse acima. Em vez disso, Deus tirou Eva da costela de Adão, para que os dois pudessem caminhar um ao lado do outro ao longo da vida8. A Mulher que Deus Formou (2.18-25): Havia um aspecto da criação de Deus que não estava totalmente satisfatório. O fato de o homem ainda estar só (18) não era bom. O isolamento é prejudicial. Por dedução, a relação social, ou seja, o companheirismo, é bom. Por conseguinte, Deus determinou fornecer ao homem uma adjutora que esteja como diante dele, literalmente, uma ajudante que lhe correspondesse, alguém que fosse igual e adequada para ele. “Uma ajudante certa que o complete” (VBB). A Bíblia Confraternidade traduz: “Uma ajudante como ele mesmo”. Considerando que não há formas de tempos verbais em hebraico, não se conclui necessariamente que Deus formou os animais depois de ter formado o homem. Pode igualmente significar que depois que o homem foi colocado no jardim, os animais que Deus previamente formara foram trazidos a Adão (19). A seqüência de tempo não é o item importante aqui. Um aspecto da imagem de Deus foi demonstrado pelo poder de Adão discernir a natureza de cada animal e dar um nome certo, pois em hebraico, nome e caráter coincidiam. Quando Adão pôs os nomes (20), ele mesmo foi capaz de discernir que nenhum dos animais era uma adjutora que estivesse como diante dele. Ele, como também Deus, tinha de saber disso para apreciar o que Deus estava a ponto de fazer. O sono pesado (21) é o tipo no qual os sentimentos ou capacidade emotiva deixam de funcionar normalmente. Ver Gênesis 15.12; Jó 4.13; 33.15, onde a frase está ligada com visões; e 1 Samuel 26.12 e Jonas 1.5, onde o termo não está relacionado com visões. Ver também Isaías 29.10, onde a expressão sugere falta de sensibilidade espiritual. A costela (22) pode significar o osso e a carne que a envolve. E a parte do corpo mais próxima do coração, que para os hebreus era o lugar dos afetos. A mulher não foi feita de substância inferior. Para acentuar a singularidade deste ato, é usado um verbo hebraico diferente (yiben), que significa “construir”, detalhe completamente perdido na palavra traduzida por formou. Deus trouxe-a a Adão para sua aprovação e avaliação. Assim, parte da história segue a seqüência dos dias criativos no capítulo 1, isto é, a decisão (18-20), o ato criativo (21,22) e a aprovação (23). De imediato, Adão (23) viu a conveniência desta ajudante. Ela era parte íntima dele, osso dos meus ossos e carne da minha carne e, desta forma, adequada para ele. Mas ele também demonstrou sua posição de autoridade ao lhe dar um nome. Com efeito, esta foi a instituição da relação matrimonial. Desde o princípio, Deus quis que o casamento fosse exclusivo e íntimo. Não era simplesmente para a mulher agarrar-se ao homem como um apêndice. Para deixar clara a responsabilidade do homem, Deus ordenou que o homem se apegasse à sua mulher (24) no compromisso mútuo da verdadeira união. O casamento tem de permanecer irrompível ao longo da vida, pois foi dito: E serão ambos uma carne, ou seja, uma identificação completa entre si. E nisto eles não se envergonhavam (25)9.]
7. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1991, p. 33
8. Ricahrds, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 26.
9. Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.

SÍNTESE DO TÓPICO I
A origem da família remonta a criação do homem e da mulher como a base da formação familiar.



II - A FAMÍLIA

1. Conceito de família entre os antigos hebreus. O lar é parte do clã, este parte da tribo e esta, por sua vez, parte do povo/nação (Js 7.16-18). O lar constitui-se de pai, mãe e filhos (SI 128.1-4), é a família nuclear. Considerando que a base da economia do Antigo Israel era a agricultura e o pastoreio, a família nuclear com poucos membros via-se em dificuldade por falta de mão de obra para o sustento da casa. Por isso, ela poderia se estender com parentes próximos - tios e primos - ou com duas ou mais gerações vivendo juntas (Gn 24.67). As casas descobertas pelos arqueólogos mostram que essa família ampliada era formada, em média, de 15 membros. Quando se tratava de famílias ricas, acrescentavam-se servos e estrangeiros, como no caso de Abraão (Gn 14.14), ou como previsto na legislação mosaica (Êx 23.12). Saul, por exemplo, aparece na Bíblia com a menção de seu pai, avô, bisavô, trisavô, e também da tribo (l Sm 9.1,2). [Comentário: O termo principal para casa no hebraico é tyIb; (bayit). Segundo Goldberg, ele pode ser utilizado para designar a casa, alguma parte interior, o lar, a família, ou ainda um templo ou uma determinada localidade. É usado com o sentido de local onde se mora, ou partes da casa. Pode ser utilizado para referir-se ao local do sepultamento dos pais e, também, com certa frequência, para designar a composição familiar, fazendo-se referência à descendência de alguém (casa de Abraão – Gn 18.19 e casa de Davi – 2 Sm 7.11) ou então para fazer alusão àqueles que viviam juntos (casa de Jacó – Gn 35.2)10. A idéia de família no Antigo Testamento sempre esteve relacionada com aspectos espirituais. Esta idéia não existe como uma entidade independente da vocação divina do povo de Israel. Deus instituiu a primeira família e a possibilitou para a tarefa da procriação, pois tinha o propósito de povoar a terra (Gn 1.28)11.]
10. GOLDBERG, Louis. Bayit In: HARRIS, R. Laird (Organizador); ARCHER, Gleason L. Jr.; WALTKE, Bruce K. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Trad. Márcio Loureiro Redondo, Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. São Paulo: Vida Nova, 1998. p. 174,176
11. Leia mais em: http://webartigos.com/artigos/familia-15-conceito-de-familia-no-antigo-testamento/2781#ixzz4sgKGv6Hz

2. O papel da mulher na sociedade israelita. A tarefa do homem e da mulher era a mesma, sendo que a mulher cuidava da casa e ajudava o marido nos trabalhos diários para sustento da família. A sentença divina por ocasião da Queda no Éden diz: "E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará" (Gn 3.16). Isso significa que a mulher se dedicaria ao trabalho da mesma forma que o homem, e também à maternidade; a mulher não é inferior, mas o homem é o chefe e pastor do lar. Ela levava a criança no ventre e continuava exercendo suas tarefas. Considerando questões médicas, sanitárias e nutricionais, a gravidez era um período de alto risco para a mãe e para o bebê. [Comentário: Brenner, em seu livro A mulher israelita, tendo por base a narrativa do Antigo Testamento, afirma que a posição social das mulheres é regulamentada e está expressa na coleção de leis da Torá12. Entretanto, muito poucas mulheres dos tempos bíblicos procuraram atingir posições proeminentes fora de suas casas e de suas famílias, de acordo com as fontes do Antigo Testamento. Dentre aquelas que o fizeram um número ainda menor conseguiu atingir um grau de reconhecimento público13. Brenner lembra que “em contraste, as mulheres dos Estados próximos do Leste conseguiam um alto grau de envolvimento político real. Na Mesopotâmia, bem como no Egito, existiram rainhas, embora não em grande número”14. Ainda assim, a partir dos textos bíblicos e outros materiais, é possível avaliar um pouco da vida das mulheres no mundo do Antigo Testamento.]
12. BRENNER, Athalya. A mulher israelita: papel social e modelo literário na narrativa bíblica. Tradução de Sylvia Márcia K. Belinky. São Paulo: Paulinas, 2001. p. 08.
13. BRENNER, 2001, p. 12.
14. BRENNER, 2001, p. 17.
SÍNTESE DO TÓPICO II
A família nuclear constitui-se de ti, mãe e seus filhos, onde homem e mulher exercem funções distintas.

Ill - PRINCÍPIOS BÁSICOS

1. Casamento. É a mais fundamental de todas as relações sociais. Trata-se da união íntima e verdadeira entre duas pessoas de sexos opostos que manifestam publicamente o desejo de viverem juntas mediante um pacto solene e legal. Não existe no universo, entre os seres vivos inteligentes, uma intimidade maior do que a que existe entre marido e mulher, exceto apenas entre as três Pessoas da Trindade. Deus estabeleceu a família para companheirismo mútuo e felicidade, para uma convivência amorosa. A declaração: "Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24-), apresenta três princípios básicos sobre o casamento: monogamia (l Co 7.2), heterossexualidade (Gn 4.1,25) e indissolubilidade (Mt 19.6). [Comentário: As uniões conjugais na antiguidade passaram por um processo de desenvolvimento ao longo dos tempos. De uma fase bem simples, na qual o noivo apenas levava sua noiva para a tenda (Gn 24.67), “evoluíram” para cerimoniais bem mais elaborados, com festas que duravam uma semana. Também teve avanço no que diz respeito à sexualidade; pois, segundo Winters, a ética sexual procriativa e dentro do casamento nasceu da necessidade de mais mão de obra, ou seja, pela dificuldade oriunda da necessidade do cultivo cada vez mais intensivo da terra e suas peculiaridades, o casamento passa a ser valorizado e “utilizado” com fins de procriação e de manutenção da casa15.]
15. WINTERS, Alicia. A Mulher no Período Pré-Monárquico. In: RIBLA. n.15. 1993 p. 19

2. Monogamia. O termo diz respeito às sociedades que adotam o princípio do casamento de um homem com uma única mulher e vice-versa, conforme estabelecido pelo Criador. As palavras "e apegar-se-á à sua mulher" (v.24) apontam para o princípio monogâmico; o texto não diz "às suas mulheres", mas, pelo contrário, "à sua mulher". Essa verdade expressa o pensamento bíblico (l Co 7.2; l Tm 3.2). [Comentário: Monogamia - grego μονογαμία - Casamento com uma só parceira(o). mono – 1. Embora a poligamia fosse praticada durante algum tempo no AT, ela só poderia ser aceita pelos ímpios. Ela negava o principio do marido e a esposa serem uma única carne (Gn 2.24; Mt 19.5), e levou a muitos problemas conjugais. Tanto Abraão como Jacó sofreram muitas tristezas por causa disso (Gn 21.9ss.; 30.1-24), e Davi e Salomão se desviaram por causa de suas esposas pagãs (2 Sm 5.13; 1 Rs 11.1-3). Somente através da monogamia é possível evitar o ciúme dentro da família e ilustrar corretamente o relacionamento de Cristo com o crente (Ef 5.23ss.). O modelo de família do AT é monogâmico: A aparição de exemplos que divergem da afirmação acima, como os casos de Abraão, Jacó, Davi, Salomão e outros, não negam a verdade de que a família do Antigo Testamento seja uma família monogâmica. Isto porque a base de sustentação dessa verdade é a intenção original de Deus e, neste sentido, vamos perceber que Deus formou uma família no padrão mais comum, como o conhecemos hoje, onde pai, mãe (marido e mulher) e filhos coabitam em harmonia na busca de satisfação pessoal e da vontade divina. A família monogâmica, aquela em que o homem é marido de uma só mulher e vice-versa, origina-se no Gênesis. Quando percebeu que o homem estava só, embora os animais criados por Deus tivessem sido dados a Adão para cuidar, dar nomes e sobreviver, constatou-se que faltava alguma coisa: "mas para o homem não se achava ajudadora idônea" (Gn 2.20). Com certeza, a falta de uma companheira pesa muito no preenchimento das necessidades do homem. Deus, porém, criou uma mulher só. Adão precisava de uma companheira, portanto Eva era suficiente. Aprendemos então que basta um casal para povoar a terra. É a lei da multiplicação divina, pela reprodução saudável de seres que vivem debaixo da graça de Deus. A bigamia de Abrão (Sara e Agar) conforme Gênesis 16.1-16; de Elcana (Ana e Penina) conforme 1Samuel 1.1-8; bem como a poligamia de Jacó, neto de Abrão (Léia, Raquel, Zilpa e Bila) conforme Gênesis 29.21-30.24 e dos reis: Davi, conforme 2Samuel 5.13-16 e Salomão conforme 1Reis 11.1-13 não são parâmetro para aprovação por parte de Deus deste tipo de comportamento. O que se percebe é que houve uma tolerância por parte de Deus para com as escolhas humanas. O fato de alguns homens bíblicos possuírem duas mulheres (bigamia) ou várias (poligamia), não é indicativo de que Deus aprova tal prática. Se houve tolerância conforme vemos no Antigo Testamento a uma prática diferente da monogamia, por outro lado, percebe-se o quanto isto trouxe sérios prejuízos não só para os relacionamentos envolvidos, mas também para a nação como um todo16.]

3. Heterossexualidade. Um dos propósitos divinos na criação do homem e da mulher é a procriação, visando a conservação dos seres humanos na terra: "[...] macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra" (Gn 1.27,28). Quando Deus formou a mulher da costela de Adão, a Bíblia afirma: "[...] deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher" (Gn 2.24). Isso mostra que a diferenciação dos sexos assegura as particularidades de cada um na união conjugal, postura necessária à formação do casal. O homem se une sexualmente a sua esposa, como resultado do amor conjugal, não só para procriar, mas para uma vivência afetuosa, agradável e prazerosa (Pv 5.18). O relacionamento sexual aprovado na Bíblia é o de um homem e de uma mulher dentro do matrimônio. O pai e a mãe são o referencial para a formação tanto do menino quanto da menina. Acima de qualquer exemplo, o comportamento estabelecido para o homem e para a mulher deve vir da Palavra de Deus. [Comentário: Segundo Marisa Lobo, em sua coluna no Gospel Mais, essa ‘ditadura gay’ existe e está para “desconstruir a família tradicional e com isso afetar o cristianismo”. Marisa Lobo afirma que a sociedade está sendo pressionada por uma militância ideológica política de gênero (gay) com a ajuda da mídia e de políticos em busca de votos. “Convencendo a população e a nós mesmos que nosso Deus é homofóbico, nossa Bíblia é homofóbica, nós cristãos somos homofóbicos, e com a ajuda de nossa omissão, nossa hipocrisia, falta de conhecimento e humildade em reconhecer aqueles que ajudam e enfrentam essas causas”17. A concepção de casamento é monogâmica e heterossexual: A fidelidade deve reger a vida conjugal, de modo que a poligamia e o adultério são claramente contra a vontade divina. A natureza divina estabelece a heterossexualidade do casamento, de modo que os casamentos homoafetivos são contrários a natureza da Lei de Deus. Por isso a homossexualidade é abominável diante do Rei Onipotente e atrai a ira de Deus sobre aqueles que a praticam. Aos indivíduos que sentem atração indesejada por pessoas do mesmo sexo, não estarão pecando se resistirem, pela graça de Deus, a seus impulsos e desejos homossexuais, optar pelo celibato18. Ao invés de se ter um entendimento próprio da sexualidade humana, é preciso voltar à origem da humanidade. No princípio Deus criou um homem (Adão) e uma mulher (Eva). Deus não criou dois homens (e.g., Adão e Antônio) ou duas mulheres (e.g., Eva e Tereza). Deus criou primeiro Adão do pó da terra; Então criou Eva da costela de Adão. Eva foi criada para ser esposa de Adão. A Bíblia diz que eles estavam nus e contudo não se envergonhavam. A criação de Deus de um homem e uma mulher para serem marido e esposa é o padrão ou paradigma para a sanção de Deus das relações sexuais normais, morais e abençoadas. “A união do matrimônio é ordenada por Deus, e estes preceitos sagrados não devem ser poluídos pela intromissão de uma terceira parte, de qualquer sexo” (F.F. Bruce). Jesus Cristo citou Gênesis 2.24 como uma prova clara de que a poligamia (ter mais de uma esposa) e o divórcio (exceto em caso de adultério) são condenados por Deus (Mt 19.5). O apóstolo Paulo, escrevendo sob inspiração do Espírito Santo, disse que há somente uma saída moral e legítima para o caminho deixado por Deus para o sexo – o casamento (1Co 7.2). Monogâmico e heterossexual, o casamento é a única maneira de se ter sexo sem pecado e culpa. “Honrado entre todos seja o matrimônio, e o leito [matrimonial] sem mácula; mas Deus irá os fornicadores e adúlteros” (Hb 13.4 [todas as versões NKJV]). Qualquer coisa contrária a ordenança da criação do casamento entre um homem e uma mulher é pecaminoso e inaceitável perante Deus. A Bíblia condena toda atividade sexual fora do casamento monogâmico e heterossexual: homossexualismo, sexo antes do casamento, poligamia, adultério, bestialismo e assim por diante. “Não deixeis que vos enganem com palavras vãs,” diz Paulo, “porque é em razão destas coisas sobrevêm a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Ef 5.6)19.]
17. http://www.cacp.org.br/heterossexualidade-nao-e-natural/

4. Indissolubilidade. A natureza indissolúvel do casamento vem desde a sua origem: "e serão ambos uma só carne" (v.24b). O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica significa a indissolubilidade do casamento (Mt 19.6). O voto solene de fidelidade um ao outro "até que a morte os separe", que se ouve dos nubentes numa cerimônia de casamento, não é mera formalidade (Ml 2.14). O casamento só termina pela morte de um dos cônjuges (Rm 7.3), pela infidelidade conjugal (Mt 5.32; 19.9) ou pela deserção por parte do cônjuge descrente (l Co 7.15). [Comentário: O ideal de Deus é a indissolubilidade do casamento. O casamento é para sempre. Este é o ideal de Deus. A recomendação de Jesus é bastante clara: "Porquanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem" (Marcos 10.9); "Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem" (Mateus 19.6). Fiel ao propósito da indissolubilidade da união conjugal, Jesus aboliu a lei mosaica que, por causa da maldade humano, acabou admitindo o divórcio por razões banais. À permissão mosaica, Jesus contrapôs um de seus divinos "eu, porém, vos digo". Além de ser injusta para com a mulher, que não tinha direito algum para se divorciar, a lei judaica banalizara o casamento, nos seguintes termos: "Se um homem casar-se com uma mulher e depois não a quiser mais por encontrar nela algo que ele reprova, dará certidão de divórcio à mulher e a mandará embora.  Se, depois de sair da casa, ela se tornar mulher de outro homem, e este não gostar mais dela, lhe dará certidão de divórcio, e a mandará embora. Ou se o segundo marido morrer, o primeiro, que se divorciou dela, não poderá casar-se com ela de novo, visto que ela foi contaminada. Seria detestável para o Senhor. Não tragam pecado sobre a terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá por herança" (Deuteronômio 24.1-4). Jesus reconhece o esforço de Moisés, ao procurar preservar a mulher. Naquela época, uma mulher separada, quer dizer, abandonada, não tinha sequer como sobreviver, porque a sua sobrevivência se dava no interior do casamento. Diante de situações concretas, Moisés queria que, pelo menos, diante do inevitável, que a mulher pudesse ficar liberada para um novo casamento. Jesus também tem o mesmo interesse e, por isto, é ainda mais radical, sempre pensando na proteção das mulheres. “Foi dito: ‘Aquele que se divorciar de sua mulher deverá dar-lhe certidão de divórcio’. Mas eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério" (Mateus 5. 31-32). Longe da banalização verificada na prática do Antigo Testamento, o Novo Testamento admite a existência de situações absolutamente extremas e totalmente fora da vontade de Deus em que o divórcio é admissível. Há, portanto, cláusulas de exceção à indissolubilidade. Estas cláusulas são apresentadas em decorrência do pecado humano20.]

SÍNTESE DO TÓPICO III
Os princípios básicos da família são o casamento monogâmico, sua indissolubilidade e a heterossexualidade.

IV-O DESAFIO DA IGREJA

1. Institucionalização da iniquidade. A tendência humana é desafiar a Deus em tudo; isso vem desde a Torre de Babel (Gn 11.4) e vai continuar até o final dos tempos. E com a sagrada instituição da família não é diferente, uma vez que Deus a instituiu como união entre um homem e uma mulher (Gn 2.24; 1.27,28), o atual sistema de coisas quer institucionalizar a iniquidade ao considerar legítima diante de Deus a união de pessoas do mesmo sexo. É ir longe demais, em uma verdadeira afronta a Deus (Lv 18.22; 20.13). A Bíblia condena a prática homossexual, ou pecado de Sodoma, para usar o termo bíblico (Dt 23.17; Jd 7). O avanço dessa prática é um dos sinais do fim dos tempos (Lc 17.28-30). A Bíblia condena de maneira direta tal estilo de vida (Rm 1.26,27; l Co 6.10; l Tm 1.9,10). [Comentário: Sabemos que a moral determina a ética, e da mesma forma se retirando o fator moral, ou mudando seu conceito, teremos um comportamento ético também afetado. Sem Deus, que é o fator determinante para moralidade, os indivíduos numa sociedade são por outra regra: o situacionismo. No situacionismo, as decisões não são determinadas por uma moral absoluta, mas pela conveniência do momento. Por exemplo: a verdade só é verdade para uma situação, e pode não ser mais verdade em outra situação! No situacionismo político, o divórcio, o casamento gay, a profissionalização da prostituição, o aborto, a liberação das drogas, etc., são temas contrabalanceados não por uma Moral Divina, mas conveniências de situações. O que é mais vantajoso? O que vai gastar menos nos cofres públicos?  Ou, o que vai angariar mais votos? Jesus disse que um dos sinais dos últimos dias seria o aumento da iniquidade. Ele disse: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mt 24:12). Observa que Jesus destaca o amor das pessoas se esfriando diante do aumento da iniquidade. E não é isso que estamos vivendo no Brasil?! Indiferença... Alienação... Depravação. Onde a iniquidade impera, o amor se esfria! Jesus não minimiza a questão. Ele diz que quase todos seriam afetados. Isso não descarta a possibilidade de até alguns crentes se deixarem levar pela frieza e dureza de coração21.]

2. A inversão de valores. O que se vê hoje é a tentativa de tornar o errado certo e o certo, errado (Is 5.20). O mundo atual está invertendo os valores em busca do hedonismo, ou seja, a procura indiscriminada do prazer, gozo sensual, deleite sexual (l Jo 2.16). Mas essas autoridades vão prestar contas de tudo isso (Is 10.1). Esse também era o desafio da Igreja do período apostólico. O apóstolo Paulo denunciou também essa inversão de valores, dizendo que "mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!"(Rm 1.25; ARA). [Comentário: Atualmente, tem havido uma “inversão” de valores: a ética e a moral cristãs, antes aprovadas pela sociedade, vêm sendo sistematicamente substituídas por princípios amorais mundanos (Is 5.18-25; Cl 2.8). Em 2 Pedro 1.3-10, a Palavra de Deus estabelece os princípios éticos, as virtudes e valores necessários à boa conduta dos filhos de Deus. O pluralismo reconhece que há uma multiplicidade de culturas, religiões e posições éticas e morais conflitantes. Essa doutrina filosófica, todavia, diz que essas posições contraditórias podem coexistir, como se cada uma delas trouxesse uma parte da verdade e, nenhuma, a verdade completa ou absoluta. Assim, a verdade encontra-se em cada sistema religioso, filosófico ou moral. Então, segundo esse pensamento, o cristianismo traz uma parte da verdade, o budismo outra e assim sucessivamente. Segundo o pluralismo, assumir e respeitar diferentes valores em uma sociedade em constante mudança é uma manifestação de empatia e tolerância com o outro. O mundanismo faz constante oposição à igreja e aos valores cristãos (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17). A sociedade organizada e rebelada contra Deus, tem estabelecido suas próprias leis, sem a menor consideração aos mandamentos divinos. O que temos visto, infelizmente, é o sagrado e o religioso curvarem-se ante o profano e o secular, até mesmo em certas denominações evangélicas22.]

SÍNTESE DO TÓPICO IV
A Igreja de Cristo está diante da institucionalização da iniquidade e da inversão de valores. O desafio é urgente!

CONCLUSÃO
Diante do exposto, entendemos que Deus criou o homem e a mulher para ser mutuamente dependentes, entretanto, cada um em sua particularidade, para juntos, com os filhos, "a herança do Senhor", formarem um núcleo familiar. Essa é, então, a primeira estrutura social humana. [Comentário: Os valores cristãos estão pautados nas Sagradas Escrituras e são opostos aos do mundo. Enquanto cremos na existência de um só Deus, cujas leis regem não apenas o Universo, mas nossas vidas, planos e vontades, a cultura mundana nega a existência do Altíssimo, e seus adeptos vivem como se o Senhor realmente não existisse (Sl 14.53). Atualmente, em algumas sociedades, já se aceita a união entre pessoas do mesmo sexo. A Bíblia é implacável neste caso: “Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos... herdarão o Reino de Deus” (1 Co 6.9-10 – NVI). Quanto à família, as virtudes cristãs estão sendo substituídas por valores anticristãos: filhos que não respeitam os pais; pais permissivos quanto à moralidade; e a substituição do culto à moralidade; e a substituição do culto doméstico por entretenimentos perniciosos etc. Como Igreja do Senhor, temos a obrigação viver e ensinar os mais elevados princípios éticos e morais do Reino de Deus (Lv 20.7; 1 Pe 1.16). A verdadeira mensagem do evangelho não se conforma aos discursos politicamente corretos, mas aos elevados padrões da santidade divina (Mt 5.20; 48; 1 Tm 3.15; 6.11). Os elevados preceitos exarados na Palavra de Deus são imutáveis e servem de regra para orientar os homens em todas as gerações (Is 30.21; Mt 24.35; 2 Tm 3.16). Esses valores são insubstituíveis, e devem ser coerentes com o testemunho cristão – a igreja deve viver o que prega e pregar o que viveFonte: Casa Publicadora das Assembléias de Deus] “... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Setembro de 2017

PARA REFLETIR

A respeito da família e sua natureza, responda:
• O que aconteceu quando Deus criou o primeiro casal, Adão e Eva?
No relato da criação, ambos aparecem juntos, mostrando a igualdade ontológica do homem e da mulher.
• Qual a ideia de ajudadora "como diante dele"?
O termo "adjutora" quer dizer "auxiliadora", conforme vemos na Almeida Revista e Atualizada e "ajudadora", de acordo com o que registra a Tradução Brasileira. Isso não inferioriza a mulher, pois os termos "auxiliador" ou "ajudador" devem ser entendidos à luz do contexto. O termo hebraico, kenegdó. "como diante dele", tem a ideia de "igual e adequado".
• Quais os três princípios básicos apresentados em Gênesis 2.24?
Monogamia (l Co 7.2), heterossexualidade (Gn 4.1,25) e indissolubilidade (Mt 19.6).
• O que visa a diferenciação dos sexos?
Visa a conservação dos seres humanos na terra:"[...] macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra" (Gn 1.27,28). Quando Deus formou a mulher da costela de Adão, a Bíblia afirma:"[...] deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher" (Gn 2.24). Isso mostra que a diferenciação dos sexos assegura as particularidades de cada um na união conjugal, postura necessária à formação do casal.
• Onde encontramos no Novo Testamento a denúncia contra a inversão de valores?
O apóstolo Paulo denunciou a inversão de valores, dizendo que "mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!" (Rm 1.25; ARA).