Pb Francisco Barbosa
TEXTO
PRINCIPAL
“Guardem-me a sinceridade e a retidão, porquanto espero em ti.” (Sl 25.21).
Entenda o Texto Principal:
- Integridade
e justiça me guardem – A palavra aqui
traduzida por “integridade” significa propriamente “perfeição”. Veja isso
explicado nas notas em Jó 1:1 . O idioma aqui pode se referir a:
(a) a Deus –
denotando Sua perfeição e retidão, e então a oração do salmista seria que Ele,
um Deus justo, o guardasse; ou
(b) à sua
própria integridade e retidão de caráter, e então a oração seria para que isso
pudesse ser o meio de mantê-lo, como base de sua segurança, sob o governo de um
Deus justo; ou,
(c) que penso ser o significado mais
provável, pode ser a expressão de uma oração para que Deus se mostre reto e
perfeito na proteção de quem deposita sua confiança nEle; alguém que foi injustiçado
e ferido por seus semelhantes; alguém que fugiu para Deus em busca de refúgio
em tempo de perseguição e angústia. Não eram exatamente as perfeições divinas,
como tais, nas quais ele confiava; nem foi a integridade e pureza de sua
própria vida; mas era o governo de Deus, considerado justo e igual, com respeito
a si mesmo e àqueles que o injustiçaram. porque
eu espero em ti – Ou seja, eu dependo de ti, ou confio em
ti. Esta é a razão pela qual ele implorou que Deus o preservasse. Veja as notas
no Salmo 25:20 . [Barnes, aguardando revisão]
RESUMO
DA LIÇÃO
A vida de Saul foi marcada pelo ciúme, levando-o a
uma implacável perseguição contra Davi que, por sua vez, foi um homem com
princípios e íntegro.
Entenda o Resumo da Lição:
- O
ciúme de Saul por Davi foi um fator crucial na sua queda, impulsionado pela sua
insegurança e orgulho. A integridade de Davi, no contexto bíblico, refere-se à
sua honestidade, sinceridade e retidão em todos os aspectos da vida, buscando
agradar a Deus em tudo o que faz.
TEXTO
BÍBLICO
1 Samuel 18.7-16.
7.
E as mulheres, tangendo, respondiam umas às outras e diziam: Saul feriu os seus
milhares, porém Davi, os seus dez milhares.
- Comentário
de Keil e Delitzsch: (6-7) “Quando eles vieram”, ou seja, quando os guerreiros
voltaram com Saul da guerra, “quando (como é acrescentado para explicar o que
se segue) Davi voltou da matança”, ou seja, da guerra em que ele havia matado
Golias, as mulheres saiu de todas as cidades de Israel, “para cantar e dançar”,
ou seja, para celebrar a vitória com canto e dança coral (veja as observações
em Êxodo 15:20), “para encontrar o rei Saul com pandeiros, com alegria, e com
triângulos”. שׂמהה é usado aqui para significar expressões de alegria, um fte,
como em Juízes 16:23, etc. A posição marcante em que a palavra fica, em outras
palavras, entre dois instrumentos musicais, mostra que a palavra deve ser
entendida aqui como se referindo especialmente a canções de regozijo, uma vez
que, de acordo com 1Samuel 18:7, sua execução era acompanhada de canto. As
mulheres que “ostentavam” (משׂחקות), ou seja, realizavam danças mímicas,
cantavam em coros alternados (“respondeu”, como em Êxodo 15:21), “Saul matou
seus milhares, e Davi seus dez milhares”. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]
8.
Então, Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos; e
disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares: na verdade, que lhe
falta, senão só o reino?
- Saul
ficou furioso com isso. As palavras o desagradaram, de modo que ele disse:
“Eles deram a Davi dez milhares, e a mim milhares, e resta apenas o reino mais
para ele” (ou seja, deixou para ele obter). “Nesta declaração de mau presságio
de Saul estava envolvida não apenas uma conjectura que o resultado confirmou,
mas uma profunda verdade interior: se o rei de Israel estava impotente diante
dos subjugadores de seu reino em um período tão decisivo como este, e um menino
pastor veio e decidiu a vitória, esta foi uma marca adicional de sua rejeição”
(O. v. Gerlach). [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]
9.
E, desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi em suspeita.
- Daquele
dia em diante, Saul estava olhando de soslaio para Davi. עון, um denom. verbo,
de עין, um olho, olhando de soslaio, é usado para עוין (Keri). [Keil e
Delitzsch, aguardando revisão]
10.
E aconteceu, ao outro dia, que o mau espírito, da parte de Deus, se apoderou de
Saul, e profetizava no meio da casa; e Davi tangia a harpa com a sua mão, como
de dia em dia; Saul, porém, tinha na mão uma lança.
- No dia seguinte, um espírito maligno
mandado por Deus apoderou-se de Saul – Esse pensamento irritante provocou
um súbito paroxismo de sua doença mental. ele
entrou em transe profético – O termo denota um sob a influência de um
espírito bom ou mau. No presente, é usado para expressar que Saul estava em um
frenesi. Davi, percebendo os sintomas, apressou-se com as tensões suaves de sua
harpa, para acalmar a agitação tempestuosa da mente real. Mas antes que sua
influência pudesse ser sentida, Saul arremessou um dardo na cabeça do jovem
músico. Saul estava com uma lança na mão
– se tivesse sido seguido por um resultado fatal, a ação teria sido considerada
o ato de um maníaco irresponsável. Foi repetido mais de uma vez ineficazmente,
e Saul ficou impressionado com um pavor de Davi como sob a proteção especial da
Providência. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]
11.
E Saul atirou com a lança, dizendo: Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se
desviou dele por duas vezes.
- (10-11)
No dia seguinte, o espírito maligno caiu
sobre Saul (“o espírito maligno de Deus”; veja em 1Samuel 16:14), de modo
que ele delirou em sua casa e lançou seu dardo em Davi, que tocava diante dele
“como dia após dia”. “, mas não o acertou, porque Davi se virou duas vezes
diante dele. התנבּא não significa profetizar neste caso, mas “delirar”. Este
uso da palavra é fundamentado nas declarações extáticas, nas quais a influência
sobrenatural do Espírito de Deus se manifestou nos profetas (veja em 1Samuel
10:5). ויּטל, de טוּל, ele arremessou o dardo, e disse (para si mesmo): “Eu
traspassarei Davi e a parede”. Com tanta força ele arremessou sua lança; mas
Davi se afastou dele, ou seja, escapou duas vezes. Fazer isso uma segunda vez
pressupõe que Saul arremessou o dardo duas vezes; isto é, ele provavelmente o
balançou duas vezes sem deixá-lo sair de sua mão – uma suposição que é
levantada com certeza pelo fato de não ser declarado aqui que o dardo entrou na
parede, como em 1Samuel 19:10. Mas mesmo com essa visão יטל não deve ser mudado
para יטּל, como Thénio propõe, uma vez que o verbo נטל não pode ser provado
como tendo o significado de balançar. Saul parece ter segurado o dardo na mão
como um cetro, de acordo com o costume antigo. [Keil e Delitzsch, aguardando
revisão]
12.
E temia Saul a Davi, porque o Senhor era com ele e se tinha retirado de Saul.
- (12-13)
“E Saul teve medo de Davi, porque o
Espírito de Jeová estava com ele, e se retirou de Saul”; ele “removeu-o,
portanto, dele”, ou seja, de sua presença imediata, nomeando-o capitão-chefe
sobre mil. Nesse medo de Davi por parte de Saul, a verdadeira razão de seu
comportamento hostil é apontada com profunda verdade psicológica. O medo surgiu
da consciência de que o Senhor havia se afastado dele – uma consciência que se
forçou involuntariamente sobre ele e o levou a tentar, em um ataque de loucura,
matar Davi. O fato de Davi não ter deixado Saul imediatamente após esse
atentado contra sua vida pode ser explicado não apenas pela suposição de que
ele considerava esse ataque simplesmente uma explosão de loucura momentânea,
que passaria, mas ainda mais de sua firme confiança crente, que o impediu de
abandonar o cargo em que o Senhor o colocou sem nenhum ato próprio, até que viu
que Saul estava planejando tirar sua vida, não apenas nesses acessos de
insanidade, mas também em outros momentos, em calma deliberação (vid., 1Samuel
19:1.). [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]
13.
Pelo que Saul o desviou de si e o pôs por chefe de mil; e saia e entrava diante
do povo.
- Então afastou Davi de sua presença –
mandou-o embora da corte, onde as pessoas principais, incluindo seu próprio
filho, ficaram fascinados com a admiração do jovem e piedoso guerreiro. deu-lhe o comando de uma tropa de mil soldados
– deu-lhe uma comissão militar, que se destinava a ser um exilado honrado. Mas
esse posto de dever serviu apenas para atrair ao público as extraordinárias e
variadas qualidades de seu caráter, e para dar-lhe um domínio mais forte das
afeições do povo. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]
14.
E Davi se conduzia com prudência em todos os seus caminhos, e o Senhor era com
ele.
- (14-16)
Como comandante-chefe sobre mil, ele saiu e entrou diante do povo, ou seja, ele
realizou empreendimentos militares, e isso com tanta sabedoria e prosperidade,
que a bênção do Senhor repousava sobre tudo o que ele fazia. Mas esses sucessos
da parte de Davi aumentaram o medo de Saul por ele, enquanto todo o Israel e
Judá passaram a amá-lo como seu líder. O sucesso de Davi em tudo o que ele
tinha em mãos obrigou Saul a promovê-lo; e sua posição com o povo aumentou com
sua promoção. Mas como o Espírito de Deus se afastou de Saul, isso só o encheu
cada vez mais de pavor de Davi como seu rival. Assim como a mão do Senhor foi
visivelmente exibida no sucesso de Davi, por outro lado, a rejeição de Saul por
Deus se manifestou em seu crescente temor a Davi. [Keil e Delitzsch, aguardando
revisão]
15.
Vendo, então, Saul que tão prudentemente se conduzia, tinha receio dele.
- (14-16)
Como comandante-chefe sobre mil, ele saiu e entrou diante do povo, ou seja, ele
realizou empreendimentos militares, e isso com tanta sabedoria e prosperidade,
que a bênção do Senhor repousava sobre tudo o que ele fazia. Mas esses sucessos
da parte de Davi aumentaram o medo de Saul por ele, enquanto todo o Israel e
Judá passaram a amá-lo como seu líder. O sucesso de Davi em tudo o que ele
tinha em mãos obrigou Saul a promovê-lo; e sua posição com o povo aumentou com
sua promoção. Mas como o Espírito de Deus se afastou de Saul, isso só o encheu
cada vez mais de pavor de Davi como seu rival. Assim como a mão do Senhor foi
visivelmente exibida no sucesso de Davi, por outro lado, a rejeição de Saul por
Deus se manifestou em seu crescente temor a Davi. [Keil e Delitzsch, aguardando
revisão]
16.
Porém todo o Israel e Judá amavam Davi, porquanto saia e entrava diante deles.
- (14-16)
Como comandante-chefe sobre mil, ele saiu e entrou diante do povo, ou seja, ele
realizou empreendimentos militares, e isso com tanta sabedoria e prosperidade,
que a bênção do Senhor repousava sobre tudo o que ele fazia. Mas esses sucessos
da parte de Davi aumentaram o medo de Saul por ele, enquanto todo o Israel e
Judá passaram a amá-lo como seu líder. O sucesso de Davi em tudo o que ele
tinha em mãos obrigou Saul a promovê-lo; e sua posição com o povo aumentou com
sua promoção. Mas como o Espírito de Deus se afastou de Saul, isso só o encheu
cada vez mais de pavor de Davi como seu rival. Assim como a mão do Senhor foi
visivelmente exibida no sucesso de Davi, por outro lado, a rejeição de Saul por
Deus se manifestou em seu crescente temor a Davi. [Keil e Delitzsch, aguardando
revisão]
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INTRODUÇÃO
A partir da derrota de Golias, a vida
de Davi passou a ser ameaçada constantemente por Saul. Em crises crescentes de
ciúmes e revolta, o rei constantemente conspirava para matar o ungido do
Senhor. Nessa lição falaremos sobre os ciúmes e suas características,
desenvolvendo uma análise sobre o que houve nos dias de Davi.
- O
ciúme de Saul por Davi foi um fator crucial na sua queda, impulsionado pela sua
insegurança e orgulho. Saul, inicialmente um rei popular, tornou-se invejoso da
crescente fama e admiração que Davi ganhava após derrotar Golias, especialmente
quando as mulheres cantavam: "Saul
feriu os seus milhares, e Davi, os seus dez milhares". Esta frase, que
enfatizava a importância de Davi, despertou a inveja e o ciúme de Saul,
levando-o a perseguir Davi e tentar matá-lo. Saul, um homem orgulhoso, não
suportava a ideia de que Davi estivesse a ser mais popular e amado do que ele.
A frase das mulheres israelitas sobre Davi foi o ponto de partida para a sua
perseguição a Davi, pois simbolizava a sua própria perda de prestígio. Com a
história de Saul aprendemos que o ciúme, quando excessivo ou patológico, gera
um ciclo de sofrimento que afeta tanto a pessoa que o sente quanto os que estão
a sua volta. Pode manifestar-se como desconfiança, necessidade de controle,
ansiedade, e até agressividade, causando um ambiente tóxico e prejudicial. Vamos
investigar mais?
I. O CIÚME DE SAUL
1. Um rei ciumento. O ciúme é um sentimento danoso que traz tristeza,
frustração e prejudica a capacidade de refletir com clareza (Tg 3.16; Pv 14.30;
Pv 27.4). O dia da vitória de Davi sobre Golias foi celebrado por todos, porém
despertou no rei uma diferente percepção e uma crescente indisposição para com
o jovem. A derrota dos filisteus evidenciou o fato de Deus estar com Davi, e
não mais com o rei (1Sm 18.10-12). Em reconhecimento a tal feito, o jovem foi
elevado à posição de liderança no exército de Israel e passou a ser admirado e
respeitado por muitos. Os cânticos que ecoavam o feito de Davi (1Sm 18.6-8)
traziam inveja e provocava um crescente ciúme em Saul: gradativamente o rei
ficou descontrolado e movido por um desejo de destruir o suposto “adversário”. Como
é triste quando um líder, como Saul, é tomado por ciúmes e inveja de seus
liderados. Todas as suas percepções serão turvadas pela amargura e o medo de
ser ofuscado. Não haverá satisfação nas conquistas, pois sempre será assombrado
pelos temores de sua própria mente doentia. E o seu principal objetivo será
desqualificar os demais, esquecendo-se assim do que deveria ser prioridade.
- O
versículo 6 parece referir-se a uma vitória posterior à derrota de Golias por
Davi, pois o intervalo indicado no versículo 5 seria uma referência a outras
disputas. O rei e os seus soldados receberam as boas-vindas, no seu retorno,
das mulheres das cidades que cantavam e dançavam, tocando adufes (6), um tipo
de pandeiro associado, no Antigo Testamento, à alegria e à felicidade; e
instrumentos de música — em hebraico, shalosh, provavelmente um instrumento de
três cordas. As mulheres... respondiam umas às outras (7), que cantavam em duas
vozes, com um grupo que citava a primeira frase: Saul feriu os seus milhares e
o outro declarava: porém Davi, os seus dez milhares. O rei irou-se ao perceber
a diminuição da sua popularidade e a fama crescente de seu jovem capitão. Para
alguém que prezava a opinião do povo como Saul, parecia que Davi já tinha tudo,
exceto a própria coroa, e, desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi em
suspeita (9), isto é, "vigiava-o com ciúme". A seguir, há o relato de
uma série de atentados de Saul contra a vida de Davi. O primeiro aconteceu um
dia depois do despertar do ciúme do rei. O mau espírito, da parte de Deus (10),
cf. o comentário sobre 1Sm 16:14. Saul profetizava no meio da casa ‑ verbo hebraico, naba, deriva de uma raiz que significa
"borbulhar como uma fonte" e refere-se a um discurso extasiado. É
importante recordar que, no Antigo Testamento, havia tanto profetas falsos como
verdadeiros (cf. I Reis 22:22). A versão RSV em inglês traz a frase "teve
um acesso de cólera" (na expressão "teve uma crise de raiva").
Enquanto Davi tocava para tranquilizá-lo, Saul apanhou uma lança e tentou
encravá-lo na parede. Isto aconteceu duas vezes. Pela expressão se desviou dele
entenda-se "escapou da presença dele" (Berk.). Mesmo em seu estado
alterado, Saul temia Davi, porque o Senhor era com ele e se tinha retirado de
Saul (12). O rei então colocou Davi no comando de uma companhia de soldados (mil
homens, 13 — em hebraico, eleph significa "mil, família, parelha ou
companhia"), sem dúvida na esperança que ele morresse em alguma batalha. O
resultado foi apenas o de tornar o filho de Jessé mais conhecido entre o povo.
Se conduzia com prudência (14), como em 5, "era bem-sucedido". A má
vontade de Saul para com Davi é também mostrada em um plano que envolveu a
promessa de dar Merabe, sua filha mais velha, por esposa ao filho de Jessé, com
a condição de que ele prosseguisse na guerra contra os filisteus (17).
2. Prossigo para o alvo. O ciúme pode ser superado mediante o direcionamento
divino em nossas vidas. No entanto, devemos buscar em Deus sempre uma postura
baseada no amor (1Co 13.4-8) e no desejo que o nosso próximo seja abençoado. Se
negligenciarmos o problema do ciúme, permitiremos uma série de dificuldades
como: a abertura a outros pecados, a ira violenta, o rancor e a falta de
sensibilidade para as questões espirituais (Tg 3.14-17). Como consequência,
famílias sofrerão, amizades serão destruídas, vínculos serão quebrados e
projetos serão desfeitos. O ciúme ofusca nossa visão e nos impede de alcançar
nosso alvo maior.
- Embora
Davi pareça ter cumprido a sua parte no acordo, Saul não realizou o prometido.
Ao invés de Merabe, Mical, a filha mais jovem, que amava a Davi, lhe foi
oferecida pelo incomum dote da prova de morte de cem filisteus (20-25). Com a
outra (21) pode significar: "Com esta segunda serás, hoje, meu genro"
ou "Você agora pode ser meu genro com a segunda" (Berk.). Saul ainda
esperava fazer cair a Davi pela mão dos filisteus (25). Dote — em hebraico,
mohar — era o presente de casamento que o homem dava ao seu sogro pela mão de
sua esposa, como, por exemplo, os anos de trabalho de Jacó para Labão (Gn 19) ;
não se trata do zebed (Gn 30:20) que a mulher recebia de seu pai. Os dias se
não haviam cumprido (26) — antes do vencimento do prazo, Davi e os seus homens
trouxeram a Saul o dobro do dote que ele havia pedido — os prepúcios de
duzentos filisteus. Todos (27) — o hebraico diz simplesmente "todos".
Com o passar do tempo, Davi continuou a prosperar e Saul tinha cada vez mais
medo dele (28,29). A cada combate contra as forças dos filisteus, Davi era mais
bem-sucedido do que todos os servos de Saul (30). O seu nome era mui estimado
(30), "altamente respeitado". Perceba que, o ciúme excessivo pode
gerar:
Sofrimento
emocional: A pessoa que sente ciúme pode experimentar ansiedade, medo, raiva e
insegurança, além de pensamentos obsessivos e paranoicos sobre a infidelidade
do objeto gerador do ciúme.
Problemas
no relacionamento: A desconfiança e a necessidade de controle podem levar a intrigas,
discussões, afastamento e até mesmo ao rompimento do relacionamento.
Comportamentos
agressivos ou de vigilância: Em casos mais extremos, o ciúme pode se manifestar
como agressividade, invasão de privacidade, e vigilância excessiva, criando um
ambiente de medo e desconfiança.
Impacto
na autoestima: A pessoa que sente ciúme pode ter baixa autoestima e sentir-se
insegura, o que contribui para o ciclo do ciúme.
Impacto
na saúde mental: O ciúme excessivo pode estar relacionado a problemas de saúde
mental, como ansiedade e depressão, e até mesmo, ser a causa de doenças mentais
– vide o caso de Saul.
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SUBSÍDIO
I
Professor(a), neste tópico procure enfatizar que o
ciúme é um sentimento danoso, que traz tristeza, frustração e prejudica a
capacidade de refletir com clareza (Tg 3.16; Pv 14.30; Pv 27.4). Explique que o
dia da vitória de Davi sobre Golias foi celebrado por todos, porém despertou no
rei uma diferente percepção e uma crescente indisposição para com o jovem. Diga
que “a estima de Saul por Davi transformou-se em ciúme quando o povo começou a
aplaudir as façanhas do filho de Jessé. Em ciumenta ira, o rei tentou matar
Davi, ao atirar nele sua lança. O ciúme pode não parecer um grande pecado, mas
na realidade, está a um passo do assassinato. Ele começa quando a pessoa se
ressente de um rival; isto leva ao desejo de que ele ou ela seja removido;
então o ciúme se manifesta propriamente através de alguém que busca meios para
prejudicar aquela pessoa com palavras e atitudes. Não permita que este mal
tenha lugar em sua vida.” (Adaptado de Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio
de Janeiro: CPAD, p.395).
II. UM HOMEM COM PRINCÍPIOS
1. Saul, o escolhido de Deus. Muitos, equivocadamente, acreditam que Saul não
foi escolhido por Deus e nem buscava obedecer ao Senhor. A verdade é bem
diferente. O texto sagrado nos informa que Saul foi escolhido por Deus (1Sm
9.16), ungido por Samuel (1Sm 10.1) e foi cheio do Espírito de Deus chegando a
profetizar (1Sm 10.11). Tanto Davi quanto Saul foram ungidos pelo mesmo profeta
e escolhidos por Deus. No entanto um manteve-se fiel (e ao cair, buscou
levantar-se), já o outro, não. Ser escolhido por Deus é uma grande honra. Mas
esse fato não garante o êxito ao longo da caminhada. Precisamos caminhar de
acordo com a vontade do Senhor. Jovem: não basta ser filho de crentes piedosos,
ou membros de uma igreja avivada, é preciso transbordar no amor que vem de Deus
e buscar a real presença do Espírito Santo em sua vida. No início do reinado,
Saul fez o que era correto aos olhos do Senhor. Sempre buscava caminhar na
direção de Deus e agia conforme a vontade divina, porém, próximo ao final de um
reinado chegou até a consultar uma feiticeira e negligenciar as orientações
divinas: literalmente “o fundo do poço”.
- Saul
é apresentado como o escolhido por Deus para ser o primeiro rei de Israel. O
profeta Samuel, guiado por Deus, unge Saul e o apresenta como o novo líder do
povo. Este evento é crucial na história de Israel, marcando a transição de um
governo judiciário para uma monarquia. Essa unção representava a separação para
o serviço do Senhor, que acontece em 10.1. Saul é denominado literalmente como
"aquele a quem é dada preeminência, aquele que é colocado à frente".
O título príncipe refere-se
"àquele que é destinado a governar" (cf. 1 Rs 1.35; 2Cr 11.22). O povo
havia clamado para serem libertos dos filisteus, seus rivais de longa data, do mesmo modo que clamaram para
serem libertos da escravidão no Egito (cf. Êx 2.25; 3.9). Deus identificou Saul
para Samuel assegurando que não havia qualquer engano quanto ao escolhido de
Deus para ser o rei. Saul havia de se tornar o foco da esperança de Israel em
vitórias militares sobre os inimigos (cf. 8.19-20); um benjamita... a menor de
todas as famílias. A humildade e timidez de Saul foram demonstradas pela sua
correta avaliação da tribo à qual pertencia e humilde apreço de sua família. Embora
seja o primeiro rei, Saul não é um líder perfeito, e sua história é marcada por
erros e desobediências, o que leva a sua substituição por Davi.
2. Um reinado de grandes feitos. Saul foi conduzido por Deus e, nos primeiros anos
de seu reinado, foi responsável por trazer muitas vitórias para Israel (1Sm 11)
e um forte combate a idolatria e feitiçaria (1Sm 28.9). Nesse primeiro período
as campanhas militares proporcionaram a integração de uma grande área, os
vínculos entre as tribos foram fortalecidos e o povo alegrou-se com a presença
de um rei. Porém, não basta ser escolhido, é preciso ser conduzido pelo Senhor.
E nesse quesito, o rei foi reprovado. Saul, que começou bem seu reinado, foi
afastando-se de Deus usurpando posições que não eram suas: desobedeceu ordens
claras divinas (1Sm 15.1-35), ofereceu sacrifícios de forma ilegítima (1Sm
13.8-15), fez votos insensatos trazendo sofrimento aos seus (1Sm 14.24-30) e
quase matou o seu próprio filho (1Sm 14.43-45), construiu uma coluna para sua
própria glória (1Sm 15.12), se envolveu com feitiçaria (1Sm 28.7,8), perseguiu
pessoas escolhidas por Deus e, finalmente, desviou-se por completo do bom
caminho.
- Como
líder do povo, Saul teve um bom início, mas a sua trajetória bastante
complicada conduziu-o a perder a coroa. Ele desobedeceu a Deus, tendo uma
conduta reprovável. Saul tinha inveja de Davi e tentou matá-lo inúmeras vezes.
Por fim, Saul cometeu suicídio. Saul era um homem valente, corajoso, decidido e
modesto. Tinha uma figura imponente, de alta estatura – sobressaía a todos
acima dos ombros. Era também popularmente conhecido pela importância da sua
família na tribo benjamita. No encontro para apresentação do rei, o povo foi
separado por tribos e famílias, sendo indicado Saul, filho de Quis, da família
de Matri. Saul, porém, escondeu-se no meio da bagagem, apesar de já ter sido
ungido rei. Ele não queria aparecer. Dado que fisicamente já se destacava, Saul
demonstrou timidez. Era um papel difícil de assumir, honroso, mas cheio de
riscos. Talvez Saul temesse, esquecendo-se de que Deus estaria à frente,
dirigindo tudo. Saul reinou 40 anos sobre Israel (Atos 13:21). No princípio,
teve muitas vitórias, derrotando inimigos de Israel, mas seu comportamento
desobediente acabou levando-o a ser rejeitado por Deus. Como rei, Saul começou
bem, mas sua obstinação o levou ao declínio. Dotado de boa aparência física e
nascido em uma família de posses, Saul começou a reinar com humildade.
Achava-se indigno de ser rei. Chegou a se esconder quando sua tribo e família
foram sorteadas, sendo ele o escolhido por Deus. Nessa primeira fase, Saul
recebeu o Espírito de Deus e, com isso, teve seu coração transformado. Chegou
até a profetizar junto aos profetas. Venceu muitas batalhas, mas, com o passar
do tempo, sua exaltação subiu à cabeça. Seu caráter se deteriorou e suas
práticas se tornaram cada vez mais erradas.
3. Davi, um homem de princípios. Ungido rei entre os seus irmãos mais velhos e
“aparentemente aptos” aos olhos humanos, célebre pela batalha contra Golias,
respeitado e admirado por multidões, perseguido por um rei implacável por
longos anos e convicto de que um dia seria rei: um quadro que levaria muitos à
impaciência e ao desejo de acelerar o tempo. Mas com Davi era diferente:
paciente, temente e fiel ao Senhor, humilde, dedicado em aprender, zeloso em
seus compromissos na corte, fiel ao rei e ao reino. Esse era o perfil de Davi,
um homem que jamais tentou usurpar o trono de Saul e sempre se manteve firme em
seus princípios agindo com muita inteligência emocional: um fator determinante
em um tempo de tamanhas adversidades.
- Samuel
foi então à casa de Jessé, porque o Senhor ordenou que ungisse um de seus
filhos para ser o futuro rei de Israel. Samuel avaliou mal, julgando que
Eliabe, o irmão mais velho de Davi poderia ser o escolhido, mas Deus lhe
ensinou uma preciosa lição nesse dia: o Senhor vê o coração e não a aparência! Davi
é frequentemente descrito na Bíblia como um homem de princípios, um homem
segundo o coração de Deus. A sua vida, com seus acertos e erros, demonstrava
uma busca constante pela vontade divina e uma forte fé. Davi, ao contrário do
seu antecessor, foi compromissado, obediente, fiel à vontade e propósito de
Deus. A Bíblia relata que Davi foi considerado “um homem segundo o coração de
Deus”. Porém, era apenas um modelo com falhas. Da descendência de Davi, nasceu
Jesus, O Filho de Deus, nosso exemplo perfeito. Cristo veio nos ensinar como
ser pessoas segundo o coração de Deus. Ao lermos 1 Samuel 17, percebemos que
Davi cria nas promessas do Senhor. Naquele tempo, havia guerra entre os
israelitas e os filisteus. Nessa ocasião Golias, um gigante filisteu, desafiou
um homem para lutar com ele. Ainda que sem experiência e pouca idade, Davi
aceitou lutar contra Golias. Davi acreditava que o mesmo Deus que já o havia
ajudado a vencer um leão e um urso, também seria com ele no embate contra o
gigante. Em nome de Deus e para Sua glória, ele poderia vencer! Novamente, aos
olhos humanos, o pequeno Davi não tinha hipótese alguma de vencer, mas venceu!
E, não porque era forte, mas por acreditar na força do Senhor!
III. INTEGRIDADE À PROVA DE CIÚMES
1. A lógica humana. Ao olharmos a história de Davi, percebemos por
diversas vezes a lógica humana nitidamente longe dos padrões divinos. A lógica
humana defende autopromoção; a prevalência da força humana e da imagem
vigorosa; da maioria numérica; do direito aos prazeres, à vingança, às
riquezas, aos privilégios e ao domínio sobre o próximo; e muito mais. Fujamos
dessa lógica e nos deixemos ser guiados pelo Senhor (Jo 17.16).
- A
humildade bíblica, essencial para a vida espiritual e para relacionamentos
saudáveis, não é sinônimo de fracasso, mas sim de um caminho para o verdadeiro
sucesso e bem-estar. A Bíblia ensina que a humildade é fundamental para receber
o favor de Deus, para o crescimento espiritual e para a construção de relações
saudáveis. Humildade é reconhecer que seus sucessos vêm de Deus e que é Ele que
lhe capacita. Humildade é não se achar superior aos outros. Cada pessoa é
importante para Deus. Ser humilde é reconhecer o valor de cada pessoa e não ter
vergonha de se associar com pessoas de realidades diferentes. O mundo tem os
seus padrões de sucesso e, para atingi-los, em geral é necessário determinado
conjunto de características. No mundo, normalmente (mas não exclusivamente)
alcança sucesso quem é autoconfiante e agressivo, saindo sempre por cima nos
conflitos, destruindo a reputação do oponente e fazendo o que for preciso para
ganhar. Já ouviu a frase “os fins justificam os meios”? Bem, muita gente pensa
assim quando se trata de alcançar sucesso. Isso não quer dizer que você não
pode querer ser um sucesso no mundo. Mas este sucesso deve ser conseguido
dentro dos padrões de Deus, ou seja:
Sem
mentira;
Sem
bajulação;
Sem
fofoca;
Sem
violência verbal;
Sem
agressividade;
Sem
falsidade;
Sem
abrir mão da família, da igreja e de Deus.
2. O homem dirigido por Deus. Quando estamos sob a direção divina escolhemos a
sobriedade (Mt 23.12); a mansidão (Mt 5.5); a confiança no Senhor (Sl 91.7; Jz
7.4-7); a consolação (Mt 5.4); a satisfação em Deus (Sl 23.1); o amor e a
intercessão (Mt 5.44), por exemplo. Vivemos na contramão da triste realidade
encontrada em nossos dias (1Co 2.16): se a lógica mundana nos pede uma reação,
Cristo nos mostra outro caminho. A forma como vivemos não faz sentido para os
que são do mundo (1Co 1.27), mas reflete uma luz que, a seu tempo, pode
promover uma verdadeira transformação para os que ainda não creem (Mt 5.14).
Quando dirigidos por Deus, somos levados a um padrão elevado tendo em Jesus a
nossa referência maior. Dessa forma, onde estivermos, ali as pessoas sentirão
algo diferente e, por meio da vida dos cristãos, serão alcançadas por uma
bênção especial.
- Deus
conhece aqueles a quem chamou e sabe o que esperar de cada um. Assumir a
fragilidade e ter senso de fracasso permite crescimento, mostrando sinceridade
e discernimento. O evangelho estabelece um estilo de vida muito diferente.
Grande ênfase é dada à compaixão pelos outros e o cuidado com eles,
especialmente com os fracos. O amor desinteressado e verdadeiro deve ser o que
define um cristão. O evangelho desafia os valores do mundo. Quer um exemplo
melhor de falta de sucesso aos olhos do mundo do que Jesus? Ele era o Filho de
Deus, mas não tinha sua própria casa, propriedade, servos ou dinheiro. Dependia
dos outros. Andava com doentes e rejeitados. E morreu em uma cruz, sendo este o
ápice de sua vida terrena. Jesus deixou uma lista de características que os
cristãos devem ter. Podemos aplicá-las em nossa vida na busca do sucesso. As
bem-aventuranças descrevem o caráter equilibrado do povo cristão. São nove
qualidades que todos os cristãos precisam ter e desenvolver em suas vidas,
aplicando-as no dia a dia. Esse é o padrão de Deus para o cristão. Qualquer
sucesso de um cristão no mundo não pode desviar-se desses preceitos ou deturpar
o caráter que Jesus estabeleceu como modelo.
CONCLUSÃO
Ao longo dessa lição, pudemos
refletir acerca de dois homens com perfis bastante distintos. Saul nos mostrou
a lógica do mundo, a inclinação a fazer o mal e a se esquecer do Senhor. Davi
nos mostrou um coração com princípios, integro e desejoso de caminhar na
direção divina. Diante dessas duas histórias de vida, somos chamados a uma
escolha: sigamos o bom exemplo!
- Não
fique ansioso caso se sinta fraco ou despreparado como cristão. O problema real
começa se você pensa que é um sucesso ou que não precisa de Deus, ou se quer
ser um sucesso nos moldes do mundo, dentro e fora da igreja. Se formos
sinceros, perceberemos que, quanto à vida cristã, somos todos fracassados. Por
isso é tão maravilhoso saber que Deus nos ama, nos perdoa e que é capaz de agir
por meio de nós, apesar de nossas falhas.
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DA REVISÃO
1. Como
era o ciúme de Saul?
Era um ciúme do mal, danoso, que traz tristeza, frustração e prejudica a
capacidade de refletir com clareza.
2. Como o ciúme pode ser superado?
O ciúme pode ser superado mediante o direcionamento divino em nossas
vidas.
3. Quais semelhanças podemos apontar entre Saul e
Davi?
Ambos foram escolhidos por Deus, ungidos por Samuel e cheios do
Espírito.
4. Em quais critérios Davi se destacava?
Era paciente, temente e fiel ao Senhor, humilde, dedicado em aprender,
zeloso em seus compromissos na corte, fiel ao rei e ao reino, possuía
inteligência emocional e era íntegro.
5. Aponte algumas de nossas características ao sermos
guiados por Deus.
Sobriedade; mansidão; confiança no Senhor; consolação; satisfação em
Deus; amor e intercessão; entre outras.