Pb Francisco Barbosa
TEXTO PRINCIPAL
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos.” (Sl 139.23).
Entenda o Texto Principal:
- Examina-me, Deus – A
palavra “pesquisa” aqui é a mesma que no Salmo 139:1. Veja as notas desse
versículo. O salmista havia declarado o fato de que é uma característica de
Deus que ele “sonda” o coração; e ele ora aqui para que Deus “exerça” esse
poder em relação a si mesmo; que como Deus poderia saber tudo o que há dentro
do coração, ele o examinaria com o mais minucioso escrutínio, de forma que ele
pudesse estar sob nenhuma ilusão ou auto-engano; que ele não pode se entregar a
quaisquer falsas esperanças; para que ele não acalente quaisquer sentimentos ou
desejos impróprios. A oração denota grande “sinceridade” por parte do salmista.
Também indica autodesconfiança. É uma expressão do que todos devem sentir que
têm uma visão justa de si mesmos – que o coração é muito corrupto; que podemos
nos enganar; e que a pesquisa mais completa “deve” ser feita para que “não”
sejamos enganados e perdidos. e conhece meu coração – conheça ou
veja tudo o que está dentro dele. prova-me – À medida que o metal é
testado ou comprovado, ele é colocado em “teste” para saber o que é. A prova
aqui é aquela que resultaria da inspeção divina de seu coração. e
conhece meus pensamentos – veja o que eles são. A palavra traduzida por
“pensamentos” ocorre apenas em um outro lugar, Salmo 94:19. A ideia
é:examine-me completamente; examine não apenas minha conduta exterior, mas
também o que penso; quais são meus propósitos; o que passa pela minha mente; o
que ocupa minha imaginação e minha memória; o que protege minhas afeições e
controla minha vontade. Ele deve ser um homem muito sincero que ora para que
Deus examine seus pensamentos, pois poucos gostariam que seus semelhantes,
mesmo seus melhores amigos, soubessem tudo em que estão pensando. [Barnes,
aguardando revisão]
RESUMO DA LIÇÃO
Davi foi
escolhido e ungido por Deus para uma grande missão que incluía preservar o povo
escolhido e a linhagem real do Messias.
Entenda o Resumo da Lição:
- O nome Davi, do hebraico
dāwid (דּוד), literalmente, “amado”, está associado à adoração, ao louvor, ao
culto, ao canto, à poesia, à liturgia e à oração. O rei é descrito como dāwid
’îsh hā ’Ĕlōîm (דּויד אישׁ האלהים), “Davi, homem de Deus”, expressão que no
profetismo israelita identifica o sujeito como profeta, enviado especial de
Deus ou alguém que está na presença do Senhor (Dt 33.1; Jz 13.6; 1 Sm 12.27; 2
Rs 1.10ss.). Estas duas características de Davi, músico e homem de Deus, resumem
adequadamente o biografado, bem como a singular vocação do jovem Davi.
TEXTO BÍBLICO
1 Samuel 16.1-13.
1. Então,
disse o Senhor a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado,
para que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei
a Jessé, o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.
- O Senhor disse a Samuel: “Até
quando você irá se entristecer por causa de Saul – o sofrimento de
Samuel por causa da rejeição de Saul, acompanhado, sem dúvida, por sinceras
orações por sua restituição, mostrou os sentimentos amáveis do homem; mas
eles estavam em desacordo com seu dever público como profeta. O propósito declarado
de Deus de transferir o reino de Israel para outras mãos que não as de Saul não
era uma ameaça furiosa, mas um decreto fixo e imutável; de modo que Samuel
deveria ter se submetido mais cedo à manifestação peremptória da vontade
divina. Mas, para não deixar mais espaço para duvidar de ser inalterável, ele
foi enviado em uma missão particular para ungir um sucessor de Saul (ver
1Samuel 10:1). A designação imediata de um rei era da maior importância para os
interesses da nação no caso da morte de Saul, que, a essa época, era temida;
estabeleceria o título de Davi e confortaria as mentes de Samuel e outros
homens bons com um acordo correto, qualquer contingência que pudesse acontecer.
Escolhi
um de seus filhos para ser rei – A linguagem é notável e sugere uma
diferença entre este e o antigo rei. Saul era a escolha das pessoas, o fruto de
seus desejos desobedientes e pecaminosos para sua própria honra e
engrandecimento. O próximo era ser um rei que consultaria a glória divina, e
selecionado daquela tribo para a qual a preeminência tinha sido prometida cedo
(Gênesis 49:10). [Jamieson; Fausset; Brown]
2. Porém
disse Samuel: Como irei eu? Pois, ouvindo-o Saul, me matará. Então, disse o
Senhor: Toma uma bezerra das vacas em tuas mãos e dize: Vim para sacrificar ao
Senhor.
- Como poderei ir? – Este é
outro exemplo de enfermidade humana em Samuel. Como Deus o havia enviado nessa
missão, Ele o protegeria na execução. foi sacrificar ao Senhor – Parece
ter sido costume com Samuel fazer isso nos diferentes circuitos para os quais
ele foi, para encorajar a adoração a Deus. [Jamieson; Fausset; Brown]
3. E
convidarás Jessé ao sacrifício; e eu te farei saber o que hás de fazer, e
ungir-me-ás a quem eu te disser.
- Convide Jessé para o sacrifício
– isto é, a festa social que seguiu a oferta de paz. Samuel, sendo o ofertante,
tinha o direito de convidar qualquer convidado que quisesse. [Jamieson;
Fausset; Brown]
4. Fez,
pois, Samuel o que dissera o Senhor e veio a Belém. Então, os anciãos da cidade
saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda?
- as autoridades da cidade foram
encontrar-se com ele tremendo – Belém era uma cidade obscura, e não
dentro do circuito habitual do juiz. Os anciãos estavam naturalmente
apreensivos, portanto, que sua chegada foi ocasionada por alguma razão
extraordinária, e que isso poderia acarretar o mal em sua cidade, em
consequência do afastamento entre Samuel e o rei. [Jamieson; Fausset; Brown]
5. E disse
ele: É de paz; vim sacrificar ao Senhor. Santificai-vos e vinde comigo ao
sacrifício. E santificou ele a Jessé e os seus filhos e os convidou ao
sacrifício.
- Consagrem-se – pelas
preparações descritas (Êxodo 19:14-15). Os anciãos deviam se santificar. O
próprio Samuel tomou o maior cuidado na santificação da família de Jessé.
Alguns, no entanto, acham que os primeiros foram convidados apenas para
participar do sacrifício, enquanto a família de Jessé foi convidada por eles
mesmos para a festa subsequente. [Jamieson; Fausset; Brown]
6. E sucedeu
que, entrando eles, viu a Eliabe e disse: Certamente, está perante o Senhor o
seu ungido.
- Aqui Samuel, em
consequência de tirar suas impressões da aparência externa, cai no mesmo erro
que antigamente (1Samuel 10:24). [Jamieson; Fausset; Brown]
7. Porém o
Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da
sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem.
Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o
coração.
- porque [o SENHOR] olha não o que
o homem olha. As palavras entre parênteses são corretamente fornecidas
na Septuaginta. Para o pensamento veja 1Crônicas 28:9; Lucas 16:15; Atos 1:24,
etc. Deus primeiro deu ao povo um rei de estatura imponente e aparência
majestosa, como eles teriam escolhido para si mesmos (1Samuel 10:24): agora Ele
escolherá “um homem segundo o seu coração” com base no seu valor moral
interior. [Kirkpatrick, 1896]
8. Então,
chamou Jessé a Abinadabe e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a
este tem escolhido o Senhor.
- (8-10) Quando Jessé então
criou seus outros filhos, um após o outro, diante de Samuel, o profeta disse no
caso de cada um: “Este também Jeová não escolheu”. Como Samuel deve ser o
sujeito do verbo ויּאמר em 1Samuel 16:8-10, podemos supor que ele comunicou o
objetivo de sua vinda a Jessé. [Keil e Delitzsch]
9. Então,
Jessé fez passar a Samá, porém disse: Tampouco a este tem escolhido o Senhor.
- (8-10) Quando Jessé então
criou seus outros filhos, um após o outro, diante de Samuel, o profeta disse no
caso de cada um: “Este também Jeová não escolheu”. Como Samuel deve ser o
sujeito do verbo ויּאמר em 1Samuel 16:8-10, podemos supor que ele comunicou o
objetivo de sua vinda a Jessé. [Keil e Delitzsch]
10. Assim,
fez passar Jessé os seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a
Jessé: O Senhor não tem escolhido estes.
- (8-10) Quando Jessé então
criou seus outros filhos, um após o outro, diante de Samuel, o profeta disse no
caso de cada um: “Este também Jeová não escolheu”. Como Samuel deve ser o
sujeito do verbo ויּאמר em 1Samuel 16:8-10, podemos supor que ele comunicou o
objetivo de sua vinda a Jessé. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]
11. Disse
mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o menor, e eis
que apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e manda-o chamar,
porquanto não nos assentaremos em roda da mesa até que ele venha aqui.
- Ainda tenho o caçula, mas ele
está cuidando das ovelhas – Jessé, evidentemente sem nenhuma ideia da
sabedoria e bravura de Davi, falou dele como o mais inadequado. Deus, em Sua
providência, ordenou que a designação de Davi aparecesse mais claramente como
um propósito divino, e não o desígnio de Samuel ou Jessé. Davi não tendo sido
santificado com o resto de sua família, é provável que ele retornou aos seus
deveres pastorais no momento em que o negócio especial em que ele foi convocado
foi feito. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]
12. Então,
mandou em busca dele e o trouxe (e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa
presença). E disse o Senhor: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é.
- Ele era ruivo… – Josefo
diz que Davi tinha dez anos, enquanto a maioria dos comentaristas modernos é da
opinião de que ele deveria ter quinze anos de idade. [Jamieson; Fausset; Brown,
aguardando revisão]
13. Então,
Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde
aquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi. Então, Samuel
se levantou e se tornou a Ramá.
- Samuel então apanhou o chifre
cheio de óleo e o ungiu – Esta transação deve ter sido estritamente
privada. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]
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INTRODUÇÃO
Ao
enumerarmos os principais estadistas da história, ou os reis mais célebres, ou
ainda os personagens bíblicos mais admirados, provavelmente Davi fará parte da
imensa maioria das listas. Sem dúvida, temos no jovem vindo de Belém, uma das
personalidades mais conhecidas da humanidade. Nessa primeira lição, falaremos
sobre o chamado de Davi, a soberania de Deus e a vocação divina para nossas
vidas.
- O rei David é uma das
figuras mais conhecidas da história judaica, principalmente por matar o gigante
Golias. Davi foi ungido rei, no entanto, a unção real deu-lhe muitas outras
competências e habilidades para a poesia, música, engenharia, guerra, etc.,
tornando-o um líder completo. Davi era o filho mais novo de Jessé, de Belém de
Judá. Há uma ênfase diferenciadora no aspecto físico de Davi: ele era ruivo (Cabelo
ruivo é raro no Oriente Médio e na Ásia; A palavra "admoni", que é
usada na Bíblia para descrever Davi como ruivo, também é usada para descrever
Esaú, seu 9º tio-avô, que é conhecido por ter tido cabelos ruivos. A tradição hebraica
diz que Davi e Esaú eram ambos ruivos) e também é dito que tocava harpa, era
bastante jovem quando cuidava das ovelhas de seu pai. Quando Deus rejeitou Saul
como rei, Ele enviou o profeta Samuel para ungir Davi rei de Israel. Ao
contrário do que o profeta viu na aparência de Saul e dos irmãos de Davi, o
Senhor viu o coração de Davi. Aspectos estes e muitos outros que iremos estudar
com um pouco mais de profundidade neste segundo trimestre com os comentários do
Auxílio ao Mestre!
I. O CHAMADO DE DAVI
1. Tempos difíceis. Nos dias
de Davi, Israel passava por uma série de situações que despertava certa
preocupação. Em uma região bastante disputada por povos vizinhos, os hebreus
mantinham uma vigilância frequente contra os invasores. Essas disputas
territoriais eram constantes e motivadas pela busca de água, de pastagens, de
terras cultiváveis e por incompatibilidade religiosa e cultural. É necessário
enfatizar que muitos desses problemas vieram em decorrência de um constante
esquecimento do povo acerca do que Deus fizera por ele. O Senhor orientou os
israelitas sobre como deveriam buscá-lo e como deveriam ensinar às novas
gerações acerca dos livramentos recebidos e vitórias conquistadas (Dt 11.26-32;
Js 1.7-8). O povo que saiu do Egito tinha um perfil sofrido e pouco preparo
para as batalhas. No deserto, Israel foi pastoreado e conduzido pelo Senhor. A
partir desse cuidado, o povo que estava prestes a cruzar o Jordão era forte e
reconhecido pela sua bravura e postura vitoriosa (Js 2.8-14). No entanto, nos
anos seguintes, os israelitas negligenciaram as orientações divinas a ponto de
se levantar uma geração que não conhecia ao Senhor (Jz 2.10). Tem início uma
sequência lamentável de fatos (que pode ser acompanhada ao longo do Livro de
Juízes): sem Deus, o sofrimento é inevitável; a força e orientação que vinha do
Senhor já não é mais constante; o povo cai nas mãos dos inimigos (os filisteus,
por exemplo), o povo se arrepende e clama, Deus manda juízes, a libertação é
alcançada; o povo se alegra, porém logo esquece e volta aos maus hábitos. E o
ciclo se repete algumas vezes.
- A história de Davi é uma
das mais conhecidas da Bíblia. Ele foi o homem escolhido por Deus para liderar
Seu povo e com certeza foi um homem muito usado por Ele. A história começa a
ser contada, no Antigo Testamento em 1 e 2 Samuel e segue até 1 Reis e 1
Crônicas. Foi caçula de Jessé entre 8 irmãos e pertencia à tribo de Judá. Foi
criado e treinado para exercer a profissão de pastor de ovelhas. Destacava-se
também por inúmeros talentos como ser um grande guerreiro com direito até a
cânticos em sua homenagem, tocar harpa e até por fazer instrumentos musicais
para o louvor na casa do Senhor (1 Crônicas 23:5). Ao descrever Davi, um dos
servos de Saul usou os seguintes termos (1 Samuel 16:18): “filho de Jessé, de
Belém, sabe tocar harpa”; “um rapaz corajoso”; “apto para ir à guerra”; “tem
bom senso”; “de boa aparência”; “o Senhor está com ele”. Antes disso, se diga
que três reis reinaram sobre todo o povo unido de Israel: Saul, Davi e Salomão.
Depois os israelitas se dividiram em "dois países": Judá, a sul, e
Israel, a norte. Os reis de Judá eram descendentes de Davi mas os reis de
Israel vieram de várias famílias e tribos diferentes. A monarquia israelita
atingiu seu apogeu no ato da unção de Salomão por seu pai Davi, proclamando-o
seu sucessor como rei de Israel, de modo que a participação do povo no processo
político e religioso na escolha de seu líder, foi significativamente enfraquecido.
Tanto a Bíblia quanto historiadores e pesquisadores afirmam que um dos pontos
centrais para a decadência da liga tribal israelita, de certo modo, teria sido
a fraca união e falta de força, tecnologia e organização militar da mesma,
perante os ataques filisteus. A Confederação Tribal ou Liga Tribal durou
aproximadamente duzentos anos (cerca de 1210 a 1020/1010 a.C.), tendo recebido
o golpe decisivo responsável pelo seu declínio, aproximadamente, em 1050 a.C.,
na batalha descrita em 1 Samuel, 4, na qual em uma investida frustrada contra
os filisteus, além da morte da maioria dos combatentes, a Arca da Aliança,
símbolo da presença de Yahweh junto ao povo hebreu, foi tomada e levada pelos
filisteus. Assim, os filisteus, segundo John Bright, destruíram o santuário da
Liga Tribal em Silo e espalharam suas guarnições, ocupando assim a terra.
Segundo o mesmo autor, os filisteus afirmaram o seu monopólio do ferro, sendo o
mesmo só abundante entre os hebreus apenas no reinado de Davi. Some-se a isso,
o abandono da fé no SENHOR como Único Deus verdadeiro em Israel, e como
consequência, as tribos estavam dispersas e sendo dominadas.
2. Samuel: um profeta em Israel. Samuel
entra em cena envolto em uma história inspiradora. Um verdadeiro presente de
Deus, fruto de uma oração impressionante de Ana (1Sm 1.9-19). Cresceu servindo
ao Senhor e, ao longo de sua vida, teve uma destacada importância à frente do
povo de Israel. O último líder do período dos juízes, aos poucos foi sendo
visto pelo povo como insuficiente. Com o passar do tempo, os israelitas
começaram a desejar um rei, nos moldes das nações ao seu redor. E Saul foi
escolhido (1Sm 8.20). Ao contrário do que muitos pensam, Saul também foi
escolhido por Deus e ungido pelo profeta para essa grande missão. Assim como
foi com Davi, Deus escolhe os seus. Porém, não basta sermos escolhidos,
precisamos fielmente obedecer ao Senhor e estar sempre no centro da sua
vontade. Deus escolheu Saul, mas Saul aos poucos deixou de escolher e ouvir
Deus. Assim como no tempo dos juízes, com o esfriamento do coração de Saul, o
povo também começou a sofrer, e as consequências estavam tomando grandes proporções.
Enfim, chegou o dia em que o Senhor rejeitou Saul e ordenou a Samuel que fosse
à casa do belemita (1Sm 16.1).
- O profeta Samuel foi o
último líder de Israel antes de o povo ter um rei. Ele escolheu e confirmou
Saul como o primeiro rei de Israel e, depois, fez o mesmo com Davi. A vida de
Samuel nos ensina lições importantes sobre fé, obediência e lealdade a Deus. Samuel
foi um profeta com uma vida cheia de significados e momentos marcantes. Ele
nasceu em uma época em que Israel estava sem liderança forte e passava por
crises espirituais. Sua mãe, Ana, era estéril, mas orou intensamente pedindo a
Deus um filho, prometendo dedicá-lo ao Senhor. Deus atendeu ao pedido, e Ana
deu à luz Samuel. Quando ele ainda era criança, foi levado ao templo para ser
criado pelo sacerdote Eli, cumprindo o voto de sua mãe. Samuel começou a ouvir
a voz de Deus desde jovem. Em uma dessas ocasiões, Deus mostrou a Samuel que a
família de Eli seria punida por causa do comportamento malicioso de seus
filhos. Com o tempo, Samuel cresceu e se tornou um profeta e juiz de Israel,
sendo um dos últimos juízes antes do estabelecimento da monarquia. Em toda a
sua vida, Samuel falou ao povo sobre a importância do arrependimento e da
obediência a Deus. Ele chamou o povo de Israel ao retorno à adoração
verdadeira, afastando-se da idolatria que havia se espalhado. A pedido do povo,
que queria um rei para ser como as outras nações, ele escolheu Saul como o
primeiro rei de Israel, ainda que com certa relutância, pois acreditava que o
povo devia confiar somente em Deus. Mais tarde, quando Saul desobedeceu às
ordens de Deus, Samuel foi encarregado de ungir Davi como o novo rei de Israel.
Mesmo em idade avançada, Samuel permaneceu fiel à sua missão. Sua história é
narrada nos livros de 1 e 2 Samuel, na Bíblia. Samuel morreu em uma fase de
grande turbulência no reino de Israel. Ele foi sepultado em sua casa em Ramá,
sendo amplamente lamentado por todo o povo de Israel.
3. Deus chama Davi. O chamado
de Davi nos traz importantes oportunidades de aprendizado. Primeiramente, ele
atendeu a um propósito divino duplo: preservar o povo escolhido e a linhagem
real do Messias. Deus fala claramente com o profeta Samuel e ordena que ele vá
até a casa de Jessé, o belemita, para ungir o novo rei (1Sm 16.1). Como veremos
mais para frente, Saul estava muito distante dos propósitos divinos. Já não
ouvia mais o Senhor e estava envolto em uma sucessão de erros e fracassos. Samuel
então, mesmo receoso de que Saul descobrisse sobre sua missão em Belém, foi até
à casa de Jessé. Ao chegar, revela sua intenção e começa a buscar a quem
deveria ungir conforme suas próprias referências, alguém que pudesse se
enquadrar nas características desejadas de um rei. Por isso, o velho profeta
procurava alguém apto aos olhos humanos, mas o Senhor já havia escolhido alguém
segundo o seu coração (At 13.22). Samuel esperava ungir o primeiro, mas Deus
escolhera o último.
- Davi não era o
primogênito, mas o caçula, o oitavo filho de Jessé. Se tomarmos como base que o
rei Davi ascendeu ao trono de Judá em 1011 a.C., com cerca de trinta anos (2 Sm
5.4), e, que provavelmente nascera em 1041 a. C., pouco tempo depois de Saul
sagrar-se rei, concluímos que Davi não possuía mais de 13 anos quando foi
consagrado rei de Israel. Logo, a vocação ministerial não se limita à condição
social e à idade do escolhido. É o Senhor quem escolhe. Ele é soberano em suas
escolhas!Todavia, a menoridade de Davi ante seus irmãos colocava-o como o
último na hierarquia familiar e tribal (1 Sm 16.5,11-13). O termo “menor”
(ARC), ou o “mais moço” (RA), do hebraico qātōn (קטן), significa “ser pequeno”,
mas também “ser insignificante”, ou “ser jovem insignificante”.
Essa condição independia do jovem
Davi. Ele era o menor dentre seus irmãos, não apenas na hierarquia familiar,
mas também nos direitos sociais e tribais que pertenciam primeiramente ao
primogênito. O fato de o Senhor escolher a Davi dentre os seus irmãos,
significa que Deus, embora respeite, pouco se preocupa com as condições sociais
do escolhido. É o Senhor quem habilita e capacitada o eleito independente da
classe social do sujeito. Deus não vê como o homem!O Dicionário Internacional
de Teologia do Antigo Testamente afirma que a raiz qtin “denota pequenez de
quantidade ou qualidade”. Davi era o mais moço (1 Sm 17.14, 33) e, segundo a
tradição do núcleo familiar (bayît ’āb), seus irmãos tinham a proeminência
(veja 1 Sm 17.28, 29). Esta é a principal razão pela qual eles são chamados ao
sacrifício e à mesa enquanto Davi permanece no pastorício (v.11; 17.15). Deus,
porém, honrou a Davi diante de seu pai e de todos os seus irmãos (vv.12,13;
17.12,13). Se você é um servo ou serva de Deus, chamado ou escolhido pelo
Senhor, saiba que suas condições sociais não são entraves para a realização da
obra de Deus. Na magnífica história contada por Max Lucado, Hermie é uma lagarta
comum que sempre está a se queixar de sua vulgaridade: não era colorido como as
borboletas, não era forte como uma formiga, não possuía uma casa como um
caracol, não era belo como uma joaninha. Hermie era tão comum que até mesmo
entre os da sua espécie ele era o mais sem graça. Algumas lagartas tinham
pintas, mas Hermie não; algumas lagartas possuíam listras, mas Hermie não.
Diuturnamente Hermie reclamava em suas orações dizendo: “Deus, por que o Senhor
me fez tão comum?” Um dia Deus respondeu as orações de Hermie dizendo: “Não se
preocupe Hermie. Eu amo você. E eu ainda não terminei o trabalho em você!” Assim
como Hermie, muitos vocacionados acham-se uma pessoa comum, no entanto, Deus
ainda não concluiu a obra na vida do escolhido. Da chamada de Davi até sua
ascensão, o jovem passou por muitas vicissitudes. Do poço até o trono do Egito,
José sofreu muitas agruras. No final, enquanto dormia, Deus fez uma grande
transformação na vida de Hermie. A pequena lagarta transformou-se numa bela e
voante borboleta. Deus ergueu Hermie do chão, deu-lhe asas para voar e alçar os
mais belos jardins. A unção de Davi O versículo 11 de 1 Samuel 16 é o clímax
dos versículos antecedentes: Davi é ungido “no meio dos seus irmãos”. Esta
perícope também marca uma nova fase na vida de Davi: “desde aquele dia em
diante, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi”. Esta santa e magnífica unção
é realizada após uma cerimônia ritual para escolher o ungido. À uma, os irmãos
de Davi, a partir do primogênito, foram rejeitados. Eles eram belos, fortes,
guerreiros, mas por alguma razão não agradavam a Deus. Naquele instante, Samuel
manda buscar o garoto Davi; apenas treze anos, com um cajado e uma harpa nas
mãos e os altos louvores no coração. Davi trazia o cheiro das ovelhas e a pele
crestada pelo sol palestinense. Foi ali, na presença de todos que o garoto
comum tornou-se o ungido, mas a obra do Senhor ainda não estava completa em
Davi. A unção de Davi outorga-lhe a presença do RUACH YHWH. O menino
transforma-se no ungido do Senhor e futuro rei teocrático de todo o Israel. É
assim quando Deus nos tira de nosso lugar comum! O versículo 12 apresenta um
movimento oposto na vida do rei Saul: “E o Espírito do Senhor se retirou de
Saul”, o que corresponde à loucura, à imprudência e ao devaneio (1 Sm
18.10-12). De acordo com o hagiógrafo, o sucesso de Davi doravante é consequente
à presença do Espírito Santo nele (Is 11.2), enquanto a loucura de Saul resulta
da falta da presença do Espírito de Deus. Recordemos que em Gênesis 41.8, a o
sucesso de José equivale à presença do Espírito de Deus; o mesmo também se diz
do Messias e seu reinado e ministério gloriosos (Is 11.2 ver Sl 45; 110; Is
9.1-7; 61.1-11). A força de Sansão também é atribuída à presença do Espírito de
Deus (Jz 14.19; 15.14), assim como a fraqueza do juiz resulta da ausência do
Espírito de Deus (Jz 16.20). Ser ungido, portanto, significa ser o escolhido de
Deus. Todo vocacionado é ungido por Deus para realizar os propósitos e
desígnios divinos no mundo.
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SUBSÍDIO I
“As ovelhas precisavam de constante proteção
porque nos tempos bíblicos haviam muitos perigos para o rebanho. Leões e ursos
eram comuns (Jz 14.8; 2Rs 2.25), e as aventuras de Davi para proteger os seus
rebanhos também eram comuns (1Sm 17.34-36). Amós descreve um pastor que tentou
tirar uma ovelha da boca de um leão (Am 3.12). Hienas e chacais também
abundavam. Não foi acidentalmente que Jesus afirmou que o bom pastor tinha de
dar a vida pelas ovelhas (Jo 10.11). O pastor tinha de lutar, porque era seu
dever pagar os proprietários por quaisquer perdas incorridas (Gn 31.39; Êx
22.10-13). Qualquer empregado que o pastor arranjasse não teria a mesma
dedicação (Jo 10.12,13).” (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes
dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.126).
II. A SOBERANIA DE DEUS E A
VOCAÇÃO DIVINA
1. Deus é soberano. Um dos
princípios da vocação divina é a soberania de Deus. Ela consiste no total poder
e domínio de Deus sobre todas as coisas. Tudo que existe, desde as forças da
natureza e todos os seres vivos, estão subordinados a Deus e a Ele devem
obediência. Como servos de Deus, nos conforta saber que nada acontece sem que
haja a permissão divina. Confiemos nos Senhor, pois nada tem força ou poder
para frustrar os seus planos (Jó 42.2). Ele é soberano e todas as coisas foram
criadas conforme a sua permissão (Sl 33.10,11). É Deus que estabelece a forma
como o mundo funciona e também tem o poder para aplicar a sua justiça e
interferir em todas as coisas da forma que quiser. Algo que precisa ser bem
compreendido é a relação entre a soberania divina e o nosso livre-arbítrio.
Essa é uma condição permitida por Deus, ou seja, em acordo com a sua soberania.
Porém, destacamos que as nossas ações trazem consequências sobre nossas vidas
(Rm 2.6-8). Embora tenhamos o livre-arbítrio, destacamos que Deus já sabe tudo
o que acontecerá, por isso devemos sempre estar debaixo de sua orientação.
- A soberania de Deus é a
ideia de que Deus tem poder e domínio sobre toda a criação, sendo o verdadeiro
rei e autoridade suprema. É um princípio fundamental da teologia cristã. A soberania
de Deus é Seu poder e domínio sobre toda a criação. Tudo que existe está
debaixo do poder de Deus. Nada acontece sem a permissão de Deus e nada pode
impedir Deus de cumprir Seus planos. Deus é o soberano, o Rei, a autoridade
suprema sobre tudo que existe e acontece. Ele criou tudo de acordo com Sua
vontade e fez planos que não podem ser destruídos (Salmos 33:10-11). E Como
soberano, Ele estabelece as leis de nosso mundo e garante a aplicação da
justiça. Ele também tem poder para perdoar e interferir no mundo quando e como
quer. Esse é o significado da soberania de Deus. Afirmar a soberania de Deus é
prática recorrente entre os cristãos, especialmente os reformados. Cantamos
hinos e cânticos que enaltecem a soberania de Deus. Mas o que é soberania? O
que isso significa? Segundo o pastor John Piper, significa que: “Deus tem a autoridade, a liberdade, a
sabedoria e o poder legítimos para cumprir tudo o que ele pretende que
aconteça. E, portanto, tudo o que ele pretende que aconteça, acontece. O que
significa: Deus planeja e governa todas as coisas. ” O Salmo 115 diz que
Deus está no céu e faz tudo o que lhe agrada: No céu está o nosso Deus e tudo
faz como lhe agrada. (Salmo 115:3) A soberania de Deus expressa o modo como Ele
age no universo para que tudo e todos cumpram o seu plano divino. Deus é
soberano sobre a natureza. E ele [Jesus], despertando, repreendeu o vento e
disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança.
(Marcos 4:39) Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em
terra sem o consentimento de vosso Pai. (Mateus 10:29) Deus é soberano sobre
cada detalhe da nossa vida. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da
cabeça estão contados. (Mateus 10:30) Deus é soberano sobre o destino das
nações. É ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis… o
Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens” (Dn 2.21, 4.17) Deus é soberano
sobre os nossos planos. Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos
para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós
não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como
neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis
dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou
aquilo. (Tiago 4:13-15) O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta
certa dos lábios vem do Senhor. (Provérbios 16:1).
2. O que é vocação divina? A busca
pela vocação divina deve fazer parte das nossas vidas. É Deus que nos escolhe,
nos chama e nos direciona para que possamos viver os seus propósitos no mundo
criado por Ele. A nossa vocação pode não ser nos moldes de alguns personagens
bíblicos como Abraão (Gn 12.1-3), Moisés (Êx 3.11-14), Davi (Sl 78.70) e
Jeremias (Jr 1.4-10). Talvez não sejamos ungidos por um velho profeta,
surpreendidos por uma sarça ardente, tenhamos nossos lábios tocados ou ainda
ouçamos uma ordem clara nos enviando para longe. Mas, uma coisa é certa: Deus
tem uma vocação para cada um de nós. Esse chamado pode acontecer em nossos
corações, de forma discreta, porém muito clara. Que as nossas ações para com a
nossa vocação estejam sempre de acordo com as diretrizes divinas e para que
possamos ser usados por Deus e assim, sermos canal de bênção na vida de muitos.
Ao analisarmos a história de Davi, aprendemos que nem sempre Deus nos dá as
informações completas acerca de uma vocação a ser desenvolvida, no entanto, a
seu tempo, os frutos serão percebidos se nos permitirmos cumprir totalmente as
orientações recebidas do Senhor.
- Há três pressupostos
fundamentais, nas Escrituras, sobre a Teologia Bíblica da Vocação e Chamada que
devem ser considerados, a priori, em qualquer análise: Primeiro, que as duas
expressões, “Vocação” e “Chamada”, são uma só e a mesma coisa. Ambas provêm do
verbo grego kaleo que significa “chamar ou convocar”. Tanto que, neste artigo,
ambas são tratadas como uma unidade só. Segundo, que a Bíblia se reporta a duas
naturezas diferentes de Vocação e Chamada: A “Vocação e Chamada Geral”, na qual
podemos afirmar que todos os crentes são chamados, ou seja, todos os crentes
são vocacionados e a “Vocação e Chamada Específica”, na qual Deus escolhe, a
dedo, no tempo e no espaço, pessoas especialmente dotadas para trabalhos e
ministérios específicos, na igreja e fora dela. Terceiro, a Chamada e Vocação
Geral, é feita independentemente dos dons, talentos, habilidades e preferências
de cada um. Todos, sejam quais forem os seus dons e capacidades, têm a mesma e
única incumbência. Já, a Chamada e Vocação Específica, aquela que acontece no
tempo e no espaço, leva em conta os dons e talentos de cada um, bem como suas
tendências, suas preferências, e com eles e elas se harmoniza.
3. Buscando a nossa vocação. Quando
atendemos ao chamado de Deus e aceitamos a vocação divina, experimentamos uma
profunda alegria e satisfação. Dessa forma, podemos perceber que as nossas
vidas estão nas mãos do nosso Amado Deus. A Palavra do Senhor convida-nos a
estar atentos à sua voz e prontamente dizermos “sim” ao seu chamado. Também é
importante frisar que a nossa vocação divina pode não ser o “pregar para
multidões”, “pastorear grandes igrejas” ou ainda “ser um famoso ministro de
louvor”. Salomão edificou o templo, mas quem assentou os tijolos? Neemias
reconstruiu os muros (Ne 2.17), mas quais eram as pessoas que estavam ao seu
lado? Busquemos, com sabedoria, a direção do Senhor para as nossas vidas. Nossa
vocação divina pode ser nas mais diversas áreas onde, dirigidos pelo Espírito
Santo, poderemos ser canais de bênção na vida de muitos. Vejamos um exemplo no
Novo Testamento. Tabita, também conhecida como Dorcas, dedicava-se ao cuidado
dos pobres de sua cidade, inclusive costurando túnicas e vestidos para as
viúvas necessitadas. Ela era uma seguidora de Jesus Cristo que se dedicava com
alegria atendendo (Mt 20.27), especialmente, as mulheres desfavorecidas de sua
sociedade (At 9.36-42). Ore com convicção para que o Senhor revele qual a
vocação divina para a sua vida e, sem medo, diga “sim” ao seu chamado.
- É muito comum que pessoas
pensem que os seus chamados acontecerão sempre de uma maneira sobrenatural, com
grande aparato, como por exemplo foi o chamado apóstolo Paulo, quando uma luz
mas forte que a própria luz do sol, em pleno meio-dia, raiou sobre ele e o fez
cair do animal que se encontrava, ouvindo uma voz poderosa que falava em sua
amada língua hebraica. Mas não é assim que acontece, ao contrário, eles
acontecem na proporção que nós estamos engajados na igreja local, servindo ao
Senhor, convivendo com os irmãos, provando e mostrando para os nossos irmãos
que amamos a Deus e gostaríamos de servi-lo. Nós precisamos de luz na mente. Se
você tem servido na igreja local e se existem estes aspectos exteriores que têm
norteado a sua vida, e se há pessoas que convivem com você que têm sugerido a
você que Deus pode estar tratando com você de uma maneira mais amiúde, mais
especial. Nós precisamos crescer em graça porque se nós crescermos apenas em
conhecimento e não crescemos em graça nós estaremos correndo um grande risco de
nos tornarmos pessoas áridas, que tem muita luz na mente mas que tem pouco
calor no coração. Quando nós conciliamos conhecimento a graça aí sim nós
podemos crescer de uma maneira saudável. Mas para você ter certeza de que esses
dois pilares inalienáveis estão crescendo de uma maneira equilibrada, já dizia
o John Knox, procure equilibrar conhecimento e graça através de uma coisa que
se chama quebrantamento. O quebrantamento vai fazer com que você nunca
desconheça qual é seu devido lugar. Que apenas a Deus é devida a honra, que
apenas a Deus é devida a glória, que apenas a Deus é devido todos os louvores. Portanto,
para que você não cresça demais no que diz respeito ao conhecimento e não
cresça demais no que diz respeito à graça, você pode conciliar esses dois
conhecimentos através dessa ponte chamada quebrantamento.
SUBSÍDIO II
“As 4 marcas do Bom Pastor: 1) O Bom Pastor
conhece suas ovelhas e as chama por seus nomes. 2) O Bom Pastor vai adiante do
seu rebanho. 3) O Bom Pastor guarda seguramente, na sua mão, as ovelhas. 4) Dá
a sua vida pelas ovelhas: Pode-se dizer isto de todos os pastores que, como
Davi, feriram o leão e o urso, em defesa das ovelhas. Quantos bispos da Igreja,
durante os primeiros séculos da sua existência, enfrentaram a fúria da
perseguição para salvar as ovelhas entregues ao seu cuidado? Contudo, parece
que Jesus, aqui, se referia à luta, na qual para salvar suas ovelhas, ia render
a sua vida.” (BOYER, Orlando. Espada Cortante. Volume 2. Rio de Janeiro: CPAD,
2011, pp.300-302).
III. O SENHOR VÊ O CORAÇÃO
1. O que o homem vê? O ser
humano tem uma inclinação natural de julgar os seus semelhantes a partir
daquilo que pode ser percebido externamente. A aparência física, as palavras
bem colocadas, um gestual coerente com a ocasião, as roupas bem escolhidas, a eloquência
na argumentação, as causas defendidas, a seleção de fotos e a edição escolhidas
para as redes sociais, tudo é levado em conta na hora de atribuir o juízo de
valor sobre alguém que estamos conhecendo. Se alguém se destaca nesses
critérios, facilmente será admirado, desejado e seguido. O contrário também se
aplica: quantos são rejeitados e alvos de preconceito por conta de sua
aparência? As consequências desse comportamento são bem conhecidas. A aparência
externa não pode determinar o caráter da pessoa que a possui. Podemos, muitas
vezes, olhando para uma pessoa, fazer uma leitura de como achamos que está o
coração dela, mas dessa forma, provavelmente seremos induzidos ao erro. As
palavras bem escolhidas, o porte físico ou os hábitos finos não conseguem
atribuir a alguém o caráter, a integridade e a fidelidade de uma pessoa que
serve ao Senhor. As qualidades externas são, por definição, superficiais. O que
realmente determina se uma pessoa é ou não é alguém que busca estar no centro
da vontade do Senhor são as qualidades espirituais que trazemos em nossos
corações. Lembremos sempre: do nosso coração procedem as saídas da vida (Pv
4.23). O nosso exterior é reflexo do interior, e não o contrário.
- As pessoas tendem a julgar
o caráter e o valor dos outros apenas pelas aparências externas. Se uma pessoa
é alta, bonita, em forma e bem vestida, então ela possui qualidades físicas que
os humanos geralmente admiram e respeitam. Frequentemente, essas são as
qualidades físicas que buscamos em um líder. Entretanto, Deus tem a capacidade
única de ver dentro de uma pessoa. Deus conhece o nosso verdadeiro caráter
porque Ele "vê o coração". Em 1 Samuel 16, tinha chegado a hora de
Samuel ir à casa de Jessé, em Belém, para ungir o próximo rei de Israel. Quando
Samuel viu o filho mais velho de Jessé, Eliabe, Samuel ficou impressionado com
o que viu. "Certamente está diante do Senhor o seu ungido", disse o
profeta (versículo 6). Não obstante, Deus disse a Samuel: "Não olhe para a
sua aparência nem para a sua altura, porque eu o rejeitei. Porque o Senhor não
vê como o ser humano vê. O ser humano vê o exterior, porém o Senhor vê o
coração" (1 Samuel 16:7). Saul, o primeiro rei de Israel, era alto e
bonito. Samuel provavelmente estava procurando alguém como Saul, e a aparência
de Eliabe foi bastante impressionante. Mas Deus tinha um homem diferente em
mente para ungir como o próximo rei de Israel. O Senhor já havia revelado a
Samuel que buscava um homem segundo o Seu próprio coração (1 Samuel 13:14). Samuel
olhou para todos os sete filhos mais velhos de Jessé, mas o Senhor rejeitou-os
todos como a Sua escolha para rei. Deus estava procurando alguém que tivesse um
coração fiel. Davi, o filho mais novo de Jessé, a quem nem se preocuparam em
chamar, estava cuidando das ovelhas. Depois que Samuel rejeitara os outros
filhos, finalmente chamaram Davi e o Senhor disse: "Este é ele" (1
Samuel 16:12). Davi foi a escolha de Deus — imperfeito, mas fiel, um homem
segundo o coração de Deus. Embora a Bíblia diga que era bonito (versículo 12),
Davi não era uma figura impressionante. Mas Davi havia desenvolvido um coração
segundo Deus. Em seu tempo sozinho nos campos, pastoreando os rebanhos, Davi
passou a conhecer a Deus como o seu Pastor (ver Salmo 23). As aparências podem
enganar. A aparência externa não revela como as pessoas são. A aparência física
não mostra o valor, o caráter, a integridade ou a fidelidade de uma pessoa a
Deus. As qualidades externas são, por definição, superficiais. As considerações
morais e espirituais são muito mais importantes para Deus. Deus vê o coração. O
coração nas Escrituras é a vida moral e espiritual no interior de uma pessoa.
Provérbios 4:23 explica que tudo o que fazemos flui de nossos corações. O
coração é o núcleo, a essência interior de quem somos: "A pessoa boa tira
o bem do bom tesouro do coração, e a pessoa má tira o mal do mau tesouro;
porque a boca fala do que está cheio o coração" (Lucas 6:45). Para todos
que o viram, Judas Iscariotes parecia um discípulo fiel, mas a sua aparência
era enganadora. Os outros discípulos não tinham a menor ideia do que estava
acontecendo dentro de Judas. Jesus era o único que conhecia o coração de Judas:
"Não é fato que eu escolhi vocês, os doze? Mas um de vocês é um
diabo" (João 6:70). A perspectiva de Deus é mais alta, mais profunda e
mais sábia que a nossa (Isaías 55:8–9). Segunda Crônicas 16:9 diz que os olhos
de Deus estão continuamente passando por toda a terra para dar força àqueles
cujo coração é totalmente dele. Deus pode examinar os nossos corações, examinar
as nossas motivações e saber tudo o que há para saber sobre nós (Salmo 139:1).
Deus sabe se uma pessoa será fiel. Deus vê o que as pessoas não podem ver. O
Rei Davi estava longe de ser perfeito. Ele cometeu adultério e assassinato (2
Samuel 11). Mesmo assim, Deus viu em Davi um homem de profunda e permanente fé,
totalmente comprometido com o Senhor. Deus viu um homem que dependeria do
Senhor para obter força e orientação (1 Samuel 17:45, 47; 23:2). Deus viu um
homem que reconheceria o seu pecado e fracasso e que se arrependeria e pediria
perdão ao Senhor (2 Samuel 12; Salmo 51). Deus viu em Davi um homem que amava o
seu Senhor; um homem que adorava o seu Senhor com todo o seu ser (2 Samuel
6:14); um homem que havia experimentado a limpeza e o perdão de Deus (Salmo 51)
e passou a entender as profundezas do amor de Deus por ele (Salmo 13:5–6). Deus
viu um homem com um relacionamento sincero e pessoal com o seu Criador. Quando Deus
olhou para o coração de Davi, Ele viu um homem segundo o Seu próprio coração
(Atos 13:22). Como Samuel, não podemos ver o que o Senhor vê, e devemos confiar
nEle para obter sabedoria. E podemos confiar que, quando Deus olha para os
nossos corações, Ele vê a nossa fidelidade, o nosso verdadeiro caráter e o
nosso valor como indivíduos.
2. O que Deus vê? Deus nos
conhece por completo: nosso caráter, nossas intenções, nossa visão de mundo e a
forma como nos dedicamos a buscar intimidade com Ele. Tanto o profeta quanto o
pai do jovem percebiam e viam as coisas com limitações (1Sm 16.7). No entanto,
Deus tinha planos surpreendentes para aquela ocasião e um jovem pastor de
ovelhas seria ungido como o novo rei de Israel. Deus buscava um homem segundo o
seu coração (1Sm 13.14). A escolha do Senhor foi a de um jovem imperfeito, mas
fiel. Davi não se destacava pelo porte físico. Era bem jovem, ainda em formação
e estava muito aquém da forma física dos soldados de Saul. Mas o coração de
Davi agradava ao Senhor. Nós não somos capazes de ver como o Senhor vê, e assim
como Samuel, somos limitados. Por isso mesmo, devemos confiar em Deus para
obter o discernimento correto que vem do alto. Devemos confiar no Senhor
sabendo que quando Deus olha para os nossos corações, Ele consegue ver a nossa
fidelidade, os nossos valores e as nossas intenções.
- Em 1Sm 13.14, as
esperanças que Saul tinha de estabelecer uma dinastia foram desfeitas, mas o
próprio Saul ainda não será deposto (15.23). Também é dito que o SENHOR já tinha
determinado ungir um homem que lhe agrada.
A frase pode ser interpretada "um homem da sua própria escolha,"
ressaltando a eleição soberana da parte de Deus. Mesmo assim, à luz de textos
bíblicos tais como 2.35 e 16.7, o texto também diz que Davi, o escolhido do
Senhor, "era segundo o coração de Deus" no sentido de estar dedicado
à sua vontade e aos seus propósitos. Os olhos de Deus são infalíveis, conseguem
ver além do que somos capazes de imaginar. O Senhor é capaz de ver os nossos
corações. Deus vê tudo, Ele enxerga muito além da nossa aparência física, ele
vê os nossos desejos, as nossas intenções, as nossas frustrações e sentimentos
mais internos. Ele consegue ver o que mais ninguém é capaz de ver nas nossas
vidas.
3. Como somos vistos? Somos
sempre vistos por Deus. O texto sagrado diz que os olhos do Senhor estão
continuamente passando sobre a terra para fortalecer aqueles que tem o coração
voltado para Ele (2Cr 16.9). Também aprendemos que o Senhor examina nossos
corações e nos conhece profundamente. Aos que seguem a Deus, essas são duas
verdades maravilhosas no cumprimento de sua vontade: somos cuidados,
fortalecidos e conhecidos pelo nosso Senhor. Também somos vistos pelas pessoas
que encontramos no nosso dia a dia. Quando elas nos veem, conseguem ver um
seguidor de Jesus? Elas sabem que quando estamos presentes, somos canal das
bênçãos do Senhor? É importante termos em mente que o nosso coração deve
irradiar a presença divina em nossas vidas refletindo em nossos atos, palavras
e pensamentos. Que possamos, com as nossas vidas, anunciar o amor de Deus a
todas as pessoas e assim cumprir o maior propósito de nossas vidas.
- Como Deus nos vê? É uma
pergunta que devemos nos fazer constantemente! O fato é que Deus olha para nós
e o que Ele está contemplando deve estar de acordo com o Seu desejo para nós,
se temos nascido de novo e estamos em Cristo. Vários lugares nas Escrituras
referem-se aos crentes que estão “em Cristo” (1 Pedro 5:14; Filipenses 1:1;
Romanos 8:1). Colossenses 3:3 dá um pouco mais de discernimento: "Porque
vocês morreram, e a vida de vocês está oculta juntamente com Cristo, em
Deus." Quando nos aproximamos de Cristo como pecadores quebrantados, Ele
troca nosso pecado por Sua justiça (2 Coríntios 5:21). Através do
arrependimento e aceitação da morte de Jesus em nosso favor, somos até chamados
de Seus filhos (João 1:12; Gálatas 3:26). Deus não vê mais as nossas
imperfeições. Em vez disso, Ele vê a justiça do Seu próprio Filho (Efésios
2:13; Hebreus 8:12). Porque estamos em Cristo, Deus vê a justiça de Cristo nos
cobrindo. Somente "em Cristo" a nossa dívida de pecado é cancelada, o
nosso relacionamento com Deus é restaurado e a nossa eternidade é garantida (João
3:16-18; 20:31). Em Cristo, Deus me vê como uma nova criação: "E, assim,
se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis
que se fizeram novas" (2 Coríntios 5:17). Temos paz com Deus e somos
considerados justos diante dEle (2 Coríntios 5:17-21). Em vez de ver o meu
pecado, Deus vê a justiça do Seu Filho. Ele me vê como justificado, redimido,
santificado e até mesmo glorificado (veja Romanos 8:30). Em Efésios 1:3–14
aprendemos algumas das maneiras pelas quais Deus nos vê em Cristo. Deus
"nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em
Cristo" (Efésios 1:3). Estamos equipados com tudo de que precisamos. Somos
escolhidos para “sermos santos e irrepreensíveis diante dele [de Deus]”
(Efésios 1:4). Somos vistos como santos e irrepreensíveis porque estamos em
Cristo (cf. 2 Coríntios 3:18). Efésios 1:5 nos diz que, em Cristo, fomos
predestinados "para sermos adotados como seus filhos, por meio de Jesus
Cristo". Isso significa que Deus me vê como Seu filho (cf. João 1:12-13).
Isso é "para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu
gratuitamente no Amado" (Efésios 1:6). Em Cristo, Deus me vê em amor, e
Ele derrama sobre mim Suas abundantes dádivas e "a riqueza da sua
graça" (Efésios 1:7-8). Deus me vê em Cristo como um herdeiro das riquezas
celestiais (Efésios 1:11; cf. Romanos 8:17). Deus me vê como Seu, para sempre.
Ele me selou com o Espírito Santo como "o penhor da nossa herança, até o
resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória" (Efésios 1:13-14). Deus
me vê como obra de Suas mãos (Salmo 139:13-16; cf. Efésios 2:10); como Seu
amigo (Tiago 2:23); e como um escolhido, “santos e amados” (Colossenses 3:12).
Ele me vê como “morto para o pecado” (Romanos 6:11), mas “ressuscitado com
Cristo” (Colossenses 3:1); como o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 3:16);
como uma pedra viva colocada por um Mestre Construtor (1 Pedro 2:5); como parte
de uma “geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus” (1 Pedro 2:9); e como um dos “peregrinos e forasteiros”
neste mundo (1 Pedro 2:11). Deus me vê como parte do seu rebanho: “Ele é o
nosso Deus, e nós somos povo do seu pasto e ovelhas de sua mão” (Salmo 95:7).
CONCLUSÃO
Chamado
para uma grande missão. Davi foi escolhido por Deus e ungido rei para preservar
o povo escolhido e a linhagem real do Messias. Compreendemos que a soberania de
Deus e a vocação divina são conceitos que se relacionam na vida daquele que
busca seguir pelo bom caminho e ser canal da bênção do Senhor na sociedade.
Vamos alegremente obedecer ao Senhor e colocar em prática a vocação divina delegada
a cada um de nós, buscando para nossas vidas as posturas desejadas em alguém
segundo o coração de Deus.
- Fica evidente em toda a
história de Davi a sua paciência para esperar o tempo certo, o seu temor ao
Senhor, agindo apenas sob sua direção, a fé confiante no Deus de Israel que
seria fiel em cumprir sua promessa. Embora tenha passado pelo vale da sombra e
da morte, não temeu, sua convicção e esperança garantiram a vitória. Quando
você confia no Senhor no meio da provação, Deus faz você tão firme quanto o
monte Sião. Apesar de Davi ser um homem segundo o coração de Deus, enfrentou a
retaliação de uma parte do seu povo quanto a unificação do reino. Isso nos
mostra que a dificuldade de o povo de Deus estar unido não é recente, mas um
problema antigo, que demanda esforço e persistência da liderança em sua busca.
Estarmos unidos é a premissa básica para que nossas principais instituições
estejam fortalecidas. Como crentes, nosso valor próprio é baseado no fato de
que Deus nos ama e nos chama de seus filhos. Saber que somos seus filhos nos
encoraja a viver tal qual Jesus viveu entre nós. Não estamos livre das
adversidades e tristeza, mas elas não podem passar do círculo exterior. O
próprio Deus se torna o seu perímetro interno de cuidado e proteção. Momentos
difíceis não são desculpa para má conduta. É importante continuar vivendo retamente,
mesmo quando tudo vai mal.
Tudo já valeu a pena, mas a maior recompensa ainda está por vir.
Que o mundo saiba que Jesus Cristo é o seu Senhor!
Dele seja a glória!
_______________
Francisco Barbosa (@Pbassis)
Non
Nobis Domine, Non Nobis
• Graduado em Gestão Pública;
• Teologia pelo Seminário Martin Bucer
(S.J.C./SP);
• Pós-graduado em Teologia Bíblica e
Exegese do Novo Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);
• Professor de Escola Dominical desde
1994 (AD Cuiabá/MT, 1994-1998; AD Belém/PA, 1999-2001; AD Pelotas/RS,
2000-2004; AD São Caetano do Sul/SP, 2005-2009; AD Recife/PE (Abreu e Lima),
2010-2014; Ig Cristo no Brasil, Campina Grande/PB, 2015).
• Pastor da Igreja de Cristo no Brasil
em Campina Grande/PB
Servo,
barro nas mãos do Oleiro.
_______________
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HORA DA REVISÃO
1. Se Saul também foi escolhido e
ungido por Deus, por que foi rejeitado?
Saul começou a
desobedecer às ordens divinas, a ter atitudes que desagradavam ao Senhor e
desenvolveu um duro coração.
2. Em Belém, por que os filhos mais
velhos de Jessé não foram escolhidos?
O Senhor já havia
escolhido alguém segundo o seu coração. Samuel olhou para a aparência, Deus
conhecia o interior.
3. Como devemos agir diante da
vocação divina?
Prontamente
aceitá-la confiando na soberania divina para ser usados por Deus como canal de
bênçãos na vida de muitos.
4. A vocação divina refere-se a que
áreas da vida?
A vocação divina
pode nos direcionar desde atividades a serem desenvolvidas na igreja (como
pregar ou liderar grupos) até as mais diversas atividades cotidianas, desde que
sejam desenvolvidas com o foco em fazer a vontade do Senhor em nossa sociedade.
5. Qual a postura do cristão no dia
a dia?
Devemos ter em mente
que o nosso coração deve irradiar a presença divina em nossas vidas refletindo
em nossos atos, palavras e pensamentos.