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9 de setembro de 2024

EBD ADULTOS| Lição 11: A Humilhação de Hamã e a Honra de Mardoqueu |3° Trim/2024

Pb Francisco Barbosa

 

TEXTO ÁUREO

“E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.11)

Entenda o Texto Áureo:

- E Hamã tomou – Esse reverso repentino, por mais doloroso que seja para Haman como indivíduo, é particularmente característico das maneiras persas.

 

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VERDADE PRÁTICA

Deus abate e exalta a quem Ele quer. Se humilhados, devemos glorificá-lo. Se exaltados, a glória continua sendo toda dEle.

Entenda a Verdade Prática:

-  O arrogante gosta de pisar nos mais simples, gosta de escarnecer e humilhar os outros, mas ele se esquece de que Deus resiste aos soberbos. Esse tipo de pessoa, nunca chega a lugar algum, pois o que humilha, um dia será humilhado. "Quando vem a soberba, então vem a desonra; mas com os humildes está a sabedoria". (Provérbios 11:2)

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ester 6.1-14

1. Naquela mesma noite, fugiu o sono do rei; então, mandou trazer o livro das memórias das crônicas, e se leram diante do rei.

- o Livro dos Feitos. Cinco anos (cf. 2.16 com 3.7) haviam se passado desde a ação leal de Mardoqueu, porém ainda sem recompensa (cf. 2.23). Exatamente no momento certo, Deus interveio para que o rei tivesse insônia, pedisse o Livro de Feitos Memoráveis e lesse a respeito dos feitos não recompensados de Mardoqueu cinco anos antes, desejando, então, recompensá-lo (cf. Dn 6.18).

2. E achou-se escrito que Mardoqueu tinha dado notícia de Bigtã e de Teres, dois eunucos do rei, dos da guarda da porta, de que procuraram pôr as mãos sobre o rei Assuero.

- Bigtã – em Esther 2:21 Bigthan, enquanto o mesmo nome em Esther 1:10 perde mais uma letra. O Targum diz que o plano era colocar uma cobra venenosa no copo do qual o rei bebia.  [Streane, aguardando revisão]

3. Então, disse o rei: Que honra e galardão se deu por isso a Mardoqueu? E os jovens do rei, seus servos, disseram: Coisa nenhuma se lhe fez.

- Que honra e que condecoração etc.? Não somos obrigados a supor que Xerxes tenha esquecido o fato de seu livramento ou a pessoa que salvou sua vida; mas apenas que ele não tinha lembrança de qual recompensa, se alguma, havia sido feita. Na Pérsia havia uma lista dos que prestavam serviço ao rei (Herodes viii. 85, 90), e assim uma ênfase especial foi dada ao dever de reconhecer sua devoção.  [Streane, aguardando revisão]

4. Então, disse o rei: Quem está no pátio? E Hamã tinha entrado no pátio exterior do rei, para dizer ao rei que enforcassem a Mardoqueu na forca que lhe tinha preparado.

- Quem está no pátio? O drama se intensificou quando Hamã chegou na hora errada, pelo motivo errado.

5. E os jovens do rei lhe disseram: Eis que Hamã está no pátio. E disse o rei que entrasse.

- O fato de Hamã ser encontrado sozinho na corte sugere que é uma hora incomum, quando nenhum dos outros cortesãos está presente (cf. v. 4). o rei mandou que ele entrasse, ou seja, no quarto do rei. [Paton, aguardando revisão]

6. E, entrando Hamã, o rei lhe disse: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Então, Hamã disse no seu coração: De quem se agradará o rei para lhe fazer honra mais do que a mim?

- Que se fará ao homem a quem rei deseja honrar? – Ao outorgar fichas de seu favor, os reis da Pérsia não decidem imediatamente, e por vontade própria, determinar o tipo de honra que será concedida; mas eles se voltam para o cortesão que está próximo, e perguntam o que deve ser feito ao indivíduo que prestou o serviço especificado; e de acordo com a resposta recebida, o mandato real é emitido. [Jamieson, aguardando revisão]

7. Pelo que disse Hamã ao rei: Quanto ao homem de cuja honra o rei se agrada,

- Hamã ironicamente definiu a honra que seria dada a Mardoqueu à custa -dele próprio. A riqueza pessoal do saque dos bens dos judeus, ele pensou que teria acrescentada a aclamação pública.

8. traga a veste real de que o rei se costuma vestir, monte também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça;

- vestes reais... coroa real. Uma honra que daria ao beneficiado a oportunidade de ser tratado como o próprio rei (cf. 8.15). Isso lembrava José no Egito (C,n 41.39-45). A História confirma que os cavalos eram adornados com a coroa real.

9. e entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes do rei, dos maiores senhores, e vistam dele aquele homem de cuja honra se agrada; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!

- pela praça da cidade. Mardoqueu havia estado ali um dia antes vestido com pano de saco e cinzas (4.1,6), e agora chegava com honras reais.

10. Então, disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma a veste e o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está assentado à porta do rei; e coisa nenhuma deixes cair de tudo quanto disseste.

- o judeu Mardoqueu. Cf. 8.7; 9.29,31; 10.3. Como o rei não se lembrou do decreto cie Hamã contra os judeus não se sabe.

11. E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!

- E Hamã tomou – Esse reverso repentino, por mais doloroso que seja para Haman como indivíduo, é particularmente característico das maneiras persas. [Jamieson, aguardando revisão]

12. Depois disso, Mardoqueu voltou para a porta do rei; porém Hamã se retirou correndo a sua casa, angustiado e coberta a cabeça.

- angustiado. Merecidamente, Hamã herdou a aflição de Mardoqueu (cf. 4.1-2). Que diferença um dia pode fazer! Sua honra imaginada se transformara numa humilhação inimaginável, de cabeça coberta. Um sinal extremo de vergonha (cf. 2Sm 15.30; Jr 14.3-4).

13. E contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido. Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele.

- certamente, cairás diante dele. Nem a profecia divina (Êx 17.14), nem a história bíblica (ISm 15.8-9) estavam a favor de Hamã. O grupo de Hamã parecia ter algum conhecimento dessa história bíblica.

14. Estando eles ainda falando com ele, chegaram os eunucos do rei e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester preparara.

- Hamã ao banquete. Como um cordeiro seguindo para o matadouro, Hamã foi escoltado para o seu justo fim.

 

 

 

INTRODUÇÃO

Na lição anterior, Ester recebe Assuero e Hamã para um banquete. Em vez de fazer seu pedido, ela pede ao rei que compareça a outro banquete, no dia seguinte, também junto com Hamã. Naquela noite, fatos novos aconteceriam em Susã alterando totalmente o cenário da história. Deus sabe o que estará nos jornais de amanhã.

- Depois de três dias de oração e jejum, Ester, leal à sua promessa, apareceu no pátio interior do palácio, defronte do aposento do rei, que estava assentado sobre seu trono real. Nenhum convite havia sido feito a ela, e sua vida estava nas mãos do monarca. Mas sua confiança estava em Deus e podemos estar certos de que Ele não falharia naquele momento crítico. E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester... ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro. Podemos relacionar isso a uma causa natural e argumentar que "o rei achou a beleza de Ester irresistível. Mas, no mínimo, é também verdade que vemos nisto, assim como em todas as experiências do povo de Deus relatadas na Bíblia Sagrada, as promessas do Senhor serem cumpridas e sua providência exercitada a favor deles.

 

PALAVRA-CHAVE: HUMILHAÇÃO E HONRA

 

I. O REI SE LEMBRA DA BOA AÇÃO DE MARDOQUEU

 

1. Uma noite decisiva. Dois cenários distintos: enquanto Assuero foi para seu aposento, Hamã saiu exultante do banquete oferecido por Ester. Afinal, não apenas o rei, mas também a rainha estaria lhe prestando honras. Mas seu júbilo logo se converteu em fúria. Na saída do palácio viu o judeu Mardoqueu, que nem se moveu diante de sua presença (Et 5.9). Hamã conteve sua ira, mas precisava desabafar. Foi para casa e chamou seus amigos e sua mulher, Zeres, para falar de sua frustração: a riqueza e a elevada posição no reino não o satisfaziam enquanto visse Mardoqueu assentado à porta do rei. Hamã não podia nem mesmo esperar pelo dia da pretendida matança geral dos judeus. O ódio lhe consumia. Aconselhado pela mulher e pelos amigos, decidiu pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu no dia seguinte. Hamã foi dormir com tudo planejado, mas Assuero perdeu o sono (Et 5.10-14; 6.1).

- Cinco anos haviam se passado desde a ação leal de Mardoqueu, porém ainda sem recompensa. Exatamente no momento certo, Deus interveio para que o rei tivesse insônia, pedisse o Livro de Feitos Memoráveis e lesse a respeito dos feitos não recompensados de Mardoqueu, cinco anos antes, desejando, então, recompensá-lo (cf. Dn 6.18). Pode parecer que nem Hamã nem o rei suspeitavam que a rainha tivesse qualquer ligação com os judeus, ou que o seu pedido estivesse relacionado ao decreto para a exterminação deles. Que sabedoria da rainha ter escondido o assunto, a fim de mantê-lo em suspense! Não é de se admirar que alguns tenham a opinião de que a história foi manipulada por algum hábil romancista. Mas a verdade é sempre mais estranha do que a ficção, e muitas partes da narrativa bíblica seriam suscetíveis a esta crítica. Escolhemos aceitar a forma como ela nos foi contada, e acreditar que Deus atuava a favor de uma grande libertação para o seu povo.

2. Forca ou honra. Enquanto Mardoqueu dormia, duas pessoas planejavam seu futuro. Hamã lhe preparou uma forca. Assuero, um dia de honra. O que iria prevalecer? Queiramos ou não, o que outras pessoas pensam e fazem pode produzir consequências em nossa vida. Por isso, nossos relacionamentos interpessoais devem estar pautados no temor a Deus. Dar a cada um o que é devido é um dos meios de não nos deixar enganar pelo individualismo, um estilo de vida antibíblico segundo o qual o indivíduo é capaz de se realizar sozinho, independente das pessoas que o cercam. A chamada autossuficiência. A ética cristã, contudo, nos ensina quanto são essenciais os relacionamentos humanos, e como Deus trabalha através deles (Ef 6.4-6). O Novo Testamento possui inúmeros versículos com a expressão “uns aos outros” (Jo 13.34; 1 Ts 5.11; Tg 5.16). Coisas boas e ruins podem nos alcançar, vindas de pessoas que nos cercam. Quando tememos a Deus, Ele intercepta o mal e faz com que a bênção nos alcance (Sl 91.5-10; Dt 28.2). A maldição não atinge a quem Deus abençoa (Nm 23.8; Dt 23.5; Pv 26.2).

- No Capítulo 5:9-14, temos o plano de Hamã para enforcar Mardoqueu. O orgulho de Hamã inflou-se ao ser especialmente convidado com o rei para o banquete de Ester, e mais ainda quando o convite foi repetido. Mas esta exultação se transformou em amargura e fúria quando, no caminho para sua casa ele passou por Mardoqueu que, como sempre, não lhe fez a devida reverência. Quase no mesmo instante, ele começou a contar para sua esposa Zeres, sobre suas glórias e honras, e acusar seu inimigo judeu de tirar o prazer de todas as suas conquistas. Então sua esposa e seus amigos sugeriram: Faça-se uma forca de cinquenta côvados de altura, e amanhã dize ao rei que enforquem nela Mardoqueu e, então, entra alegre com o rei ao banquete. E esse conselho bem pareceu a Hamã, e mandou fazer a forca. Hamã seguiu prontamente o conselho de seus amigos. Ele estava confiante de que o rei, que já havia concordado com a destruição dos judeus por todo o império, certamente permitiria que Mardoqueu fosse punido como o exemplo de um judeu impertinente. Mandou-se levantar a forca imediatamente, e Hamã planejou fazer seu pedido ao rei bem cedo, na manhã seguinte.

- A Bíblia nos diz que, “como o pássaro que foge, como a andorinha no seu voo, assim, a maldição sem causa não se cumpre” (Pv 26.2b). Isso significa que maldições feitas contra pessoas inocentes não têm efeito. Aquele que declara uma maldição contra os inocentes também pode tentar ditar onde um pardal em voo deve pousar. Os filhos de Deus foram justificados por Deus (Rm 5.1) e, portanto, não merecem punição (Rm 8.1). Deus não permite que Seus filhos sejam amaldiçoados. Ninguém tem o poder de amaldiçoar aquele a quem Deus decidiu abençoar. Deus é o único capaz de pronunciar julgamento. Feitiços na Bíblia são sempre descritos negativamente. Deuteronômio 18.10–11 enumera aqueles que lançam feitiços com aqueles que cometem outros atos detestáveis ao Senhor, como o sacrifício de crianças, a feitiçaria, a bruxaria, a adivinhação ou a necromancia (consultar os mortos). Miqueias 5.12 diz que Deus destruirá a feitiçaria e os que lançam feitiços. Apocalipse 18 descreve os feitiços como parte do engano que será usado pelo Anticristo e sua “grande cidade da Babilônia” (versículos 21–24). Embora o engano do fim dos tempos seja tão grande que até mesmo os eleitos seriam enganados se Deus não os protegesse (Mt 24.24), Deus destruirá totalmente Satanás, o Anticristo e todos os que os seguem (Ap 19–20). Amaldiçoar aqueles a quem Deus abençoou é um negócio perigoso. Balaão tentou amaldiçoar o povo de Deus, Israel, e descobriu que não podia (Nm 22–24). A Sabedoria adverte que “Quem abre uma cova nela cairá; e a pedra rolará sobre quem a revolve” (Pv 26.27). Davi orou pedindo ajuda contra seu inimigo que o havia amaldiçoado: “Amou a maldição; ela o apanhe.... Vestiu-se de maldição como de uma túnica... Seja-lhe como a roupa que o cobre e como o cinto com que sempre se cinge” (Sl 109.17–19). O cristão não pode ser amaldiçoado. A bênção de Deus é mais poderosa do que qualquer maldição. O cristão renasceu como uma nova pessoa em Jesus Cristo (2Co 5.17). Como crentes, estamos na presença constante do Espírito Santo que vive em nós e sob cuja proteção habitamos (Rm 8.11). Não precisamos nos preocupar se alguém lança algum tipo de feitiço pagão sobre nós. Vodu, feitiçaria, bruxaria e maldições não têm poder sobre nós porque vêm de Satanás, e Satanás não é páreo para o Senhor. Sabemos que “maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1Jo 4.4). Deus conquistou a vitória, e em Cristo somos vencedores. “... porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1Jo 5.4). O escudo que Deus nos dá pode “apagar todos os dardos inflamados do Maligno” (Ef 6.16). Somos livres para adorar a Deus sem medo (Jo 8.36). “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?” (Sl 27.1).

3. Cinco anos depois. Já haviam se passado cerca de cinco anos de quando Mardoqueu revelou a conspiração contra Assuero. Tudo ficou (aparentemente) esquecido. Naquela noite, contudo, o Deus que tem poder sobre todas as coisas, incluindo a fisiologia humana, tirou o sono do rei (Sl 127.2). Sem dormir, Assuero ordenou que trouxessem e lessem perante ele o livro de registro dos fatos importantes do reino (Et 6.1). Certamente não eram poucos os relatos. Só Assuero já estava há cerca de treze anos no trono. A providência divina fez com que fosse lido exatamente o trecho que falava do feito de Mardoqueu, que pôs fim à conspiração contra o rei. Assim, a Palavra de Deus declara: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28).

- Mardoqueu tinha dado a conhecer um complô para assassinar ao Asuero e assim tinha salvado a vida do rei (2.21-23). Embora esta boa ação ficou registrada nos livros de história, Mardoqueu não tinha sido recompensado. Entretanto, Deus estava guardando a recompensa do Mardoqueu para o momento adequado. Assim como Amam esteve a ponto de pendurar injustamente ao Mardoqueu, o rei estava preparado para recompensá-lo. Embora Deus promete recompensar nossas boas obras, às vezes sentimos que nossa "recompensa" está muito longe e nos sentimos desalentados com muita facilidade. A mão de Deus é vista claramente na virada dos acontecimentos registrados no capítulo 6. Qualquer que fossem as causas naturais da insônia do rei naquela noite, nós percebemos que o Senhor usava esta circunstância para fazer uma mudança na sorte dos judeus. Para passar as horas do rei insone, foram lidos para ele os relatos e as crônicas reais. Eventualmente foi trazida a parte que levava a informação fornecida por Mardoqueu, o judeu, que causou a prisão e a execução daqueles que procuravam matar o rei. Imediata-mente ele perguntou que honra e galardão foram dados a Mardoqueu por tão grande serviço. Foi informado de que nada lhe foi conferido. Talvez naquele exato momento ele tenha ouvido os passos lá fora, e perguntado: Quem está no pátio? Quando ouviu que era Hamã, seu ministro-chefe, que estava ali (pois já era cedo), ele ordenou que entrasse.

 

SINÓPSE I

Numa noite em que o sono fugiu do rei, Deus o fez lembrar da boa ação de Mardoqueu.

 

 

II. HAMÃ É CHAMADO PARA HONRAR MARDOQUEU

 

1. Um ato de justiça. Quando ouviu a leitura da crônica, Assuero perguntou aos seus servos que honra e recompensa Mardoqueu havia recebido. “Coisa nenhuma se lhe fez”, responderam (Et 6.3). A maneira direta como se referiu ao nome de Mardoqueu demonstra que Assuero o conhecia bem. Logo se interessou em recompensá-lo, mas ainda não sabia como. Perguntou, então, quem estava no pátio exterior do palácio. Era Hamã, que buscava uma oportunidade para pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu, na forca que tinha preparado perto de sua casa. O inimigo seria o definidor da bênção (Gn 50.20).

- Na manhã seguinte, Haman esperou para uma audiência com o rei, a fim de que ele poderia solicitar o enforcamento de Mardoqueu (Et 6.4). Sem saber que o rei desejava honrar Mardoqueu, ele entrou na presença do rei. Antes de ser dada oportunidade para declarar o seu pedido, ele foi causado para ouvir o rei como ele expressou um desejo de dar honra. Naturalmente, Haman pensava que ele era a pessoa a quem o rei pretendia elevar. Por conseguinte, o seu espanto foi esmagadora, quando soube que o rei tinha em mente Mardoqueu (Et 6.10). Ao voltar para sua esposa e amigos, Haman divulgou o incidente. Houve um acordo geral de que todo o assunto soou um alerta sobre a segurança da posição de Haman. Se Mardoqueu, diante de quem tu já começaste a cair, é da descendência dos judeus, tu não prevalecerás contra ele, mas certamente cairás diante dele (v. 13). O anti-semitismo, através dos séculos, nunca negou a inteligência ou argúcia dos judeus; pelo contrário, radica-se no medo inspirado por essas qualidades.

2. Presunção e autoconfiança. Hamã entrou em êxtase. A proposta do rei, que pensava ser para ele (Et 3.6), o levou a esquecer Mardoqueu e a forca que havia preparado. Hamã precisava de afagos em seu ego para sobreviver. Um quadro realmente doentio. Presumir-se digno de honra é uma das manifestações de soberba e orgulho. Esse terrível sentimento, nutrido originalmente por Lúcifer (Is 14.13,14), foi instilado na mente de Eva e é lançado constantemente nos corações humanos (Gn 3.1-5; Pv 16.18-19). Devemos sempre preferir a humildade de Cristo, que nos livra de ambições egoístas e nos faz considerar os outros superiores a nós mesmos (Fp 2.3-8). Devemos ser alimentados diariamente pela alegria do Senhor e não condicionar nossas emoções ao sabor do momento (Jo 15.11; Fp 4.4-7; 1 Pe 5.7).

- Havia entre os persas uma ordem chamada "ordem dos benfeitores do rei”, constituída por indivíduos que prestaram algum serviço excepcional ao rei, os quais passaram a ser sobejamente recompensados. Mardoqueu, tendo denunciado uma conspiração contra a rei, deveria ter sido enquadrado naquele grupo, mas não foi. A pressa de Hamã era tão grande que já desde a madrugada estava à espera da primeira chance de trazer uma petição ao rei. Nem Hamã poderia entrar sem o convite do rei (4.11). ‘Mais do que de mim’, Hamã estava certo que ele mesmo era o alvo de todos os favores do rei, pois Ester nada revelara. Cada uma das sugestões de Hamã constituiria uma grande honra para os orientais, tanto o privilégio de usar vestes reais como montar no cavalo particular do rei. Gramaticalmente falando, é possível que o cavalo é que deveria ser coroado, além do que, esse costume já tinha sido obedecido no antigo império da Assíria, mas é mais provável que a pessoa a ser honrada fosse tratada, por um momento, como a um rei com coroa. O rei acabou honrando um membro da raça cuja extinção tinha sido decretada. Alguns acham isto estranho, mas é de perfeito acordo com o caráter impetuoso do rei Assuero. Hamã, com seu ódio ainda mais inflamado, não sabia como suportar a espera de mais alguns meses até a data marcada para a destruição dos judeus. Mas era ainda o favorito do rei, a segunda autoridade no reino, e haveria de achar meios de derrubar a Mardoqueu daquela posição privilegiada.

3. O devido lugar da honra. “Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada?” Era a pergunta do rei (Et 6.6). Hamã sugeriu que este homem fosse vestido com a veste real, montasse o cavalo do rei, recebesse a coroa real e fosse conduzido por um dos príncipes do rei, “dos maiores senhores”, com uma proclamação pública: “Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.6.7-9). O rei acatou imediatamente a sugestão. Hamã só não imaginava que o honrado seria Mardoqueu e que ele seria o puxador do cavalo (Et 6.10,11). Isso o deixou ainda mais enfurecido e muito envergonhado (Et 6.12). Devemos nos alegrar quando alguém é honrado. Incomodar-se com isso pode ser expressão de orgulho. Honrar os que são dignos de honra, agrada a Deus e não deve ser confundido com bajulação (1 Pe 2.17; 1 Ts 5.12,13). Contudo, é preciso considerar sempre que honra não se exige, se recebe com humildade. Mesmo com toda a honra recebida, Mardoqueu “voltou para a porta do rei” (Et 6.12). Uma honra efêmera pode nos levar a esquecer nosso lugar e nos deixar ao vento. É preciso manter os pés no chão.

- Há quem ache muito estranho o rei honrar assim uma pessoa pertencente a uma raça que acabara de votar à destruição. No entanto, nada há neste incidente que esteja em desacordo com a mentalidade oriental e muito menos com o caráter de Assuero. Hamã ironicamente definiu a honra que seria dada a Mardoqueu à custa dele próprio. A riqueza pessoal do saque dos bens dos judeus, ele pensou que teria acrescentada a aclamação pública. Hamã obviamente chegou cedo a fim de pedir ao rei permissão para enforcar Mardoqueu na forca que ele havia preparado por sugestão de seus amigos e esposa. Mas antes que pudesse fazer o seu pedido, o rei falou: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Ou: Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar? (6) Embora um pouco surpreso, Hamã não se mostrou despreparado para esta súbita abordagem. Ele pensou que ele mesmo seria o objeto de honra e que o rei apenas dava-lhe uma oportunidade de escolher a maneira pela qual seria honrado. Então ele descreveu ao rei o tipo de honra que mais o agradaria: a veste real... o cavalo em que o rei costuma andar montado, e... a coroa real. E então disse: Seja entregue a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes do rei... e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada! Mas agora vem o choque: Apressa-te, toma a veste e o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está assentado à porta do rei; e nenhuma coisa tu deixes cair de tudo quanto disseste. E Hamã, embora humilhado, cumpriu a ordem do monarca em detalhes. Ele levou Mardoqueu, vestido com as vestes reais, montado no cavalo do rei pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele as palavras que ele mesmo havia prescrito. Vale a pena citar o comentário de F. B. Meyer sobre esta passagem: "Aqui foi, na verdade, uma virada de mesa! Hamã prestando honras ao humil-de judeu, que se recusou a honrá-lo. Certamente naquele dia o antigo refrão deve ter tocado no coração de Mardoqueu: 'Levanta o pobre do pó e, desde o esterco, exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do Senhor são os alicerces da terra' (1 Sm 2.8). E uma antecipação de outras palavras: — 'Tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo' (Ap 3:8-9). "Como Deus trabalhou tão claramente a favor de seu filho! A cova de fato esta-va preparada, mas ela seria usada por Hamã; enquanto que as honras que ele pen-sava estarem preparadas para si mesmo, seriam usadas para Mardoqueu". O Dr. Meyer conclui o seu sermão: "Permaneça confiante, amado irmão, mesmo em meio ao escárnio, ao ódio, e às ameaças de morte. Contanto que a tua causa seja de Deus, ela há de vencer. Ele mesmo a justificará. Aqueles que o honrarem, serão honrados; enquanto aqueles que o desprezarem serão desprezados". "Embora os moinhos de Deus trabalhem lentamente, eles trituram ao máximo; embora Ele espere com paciência, tudo tritura". Depois de sua experiência de exaltação, Mardoqueu voltou humildemente para a sua posição comum na porta do rei. Ele não assumiu qualquer relação diferente para com o rei ou seus subalternos. Ele não fez como Hamã, o qual exigiu que cada pessoa que passasse se inclinasse diante ele. Ao contrário, seu inimigo foi para casa com sua cabeça coberta como sinal de grande pesar. Sua esposa e amigos foram pobres confortadores.

 

SINÓPSE II

O rei chama Hamã para honrar Mardoqueu.

 

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

A PROVIDÊNCIA DIVINA POR TRÁS DA HISTÓRIA

“Sem poder dormir, o rei decidiu rever a história do seu reino, e seus servos leram para ele sobre as boas obras de Mardoqueu. Isso parece coincidência, mas Deus está sempre trabalhando. Deus também tem trabalhado em silêncio e pacientemente em sua vida. Os acontecimentos que concorrem para o bem não são mera coincidência; são resultado do soberano controle de Deus sobre o curso de nossa vida (Rm 8.28).

[…] Mardoqueu havia descoberto uma conspiração para assassinar o rei Assuero. Ele agiu com lealdade e salvou a vida do monarca (2.21-23). Embora suas boas obras estivessem registradas nos livros históricos, Mardoqueu não havia sido recompensado. Mas Deus estava guardando a recompensa dele para o momento certo. Assim como Hamã estava prestes a enforcar Mardoqueu injustamente, o rei estava disposto a recompensá-lo publicamente. Embora Deus tenha prometido recompensar nossas boas obras, algumas vezes pensamos que a recompensa está muito distante. Seja paciente. Deus dará no momento mais adequado” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.693).

 

III. A SÍNDROME DE IMPERADOR

 

1. A soberba de Hamã. Quando fez sua sugestão ao rei, imaginando que a honra seria para ele, Hamã revelou ter a síndrome de imperador. Ele queria roupa de rei, cavalo de rei e coroa de rei (Et 6.8). Atualmente, tem sido identificado em crianças e adolescentes a “síndrome do imperador”. São egocêntricos, reinam dentro e fora de casa, ditam as regras e exigem o que querem. Sem correção, os filhos podem crescer como um Hamã, cheios de soberba e presunção (Pv 23.13,14; 29.15,17,23; 30.17). Deus quer nos dar famílias saudáveis (Sl 127.1-5; Sl 128.1-6). Nosso papel é exercer um amor responsável, dedicar tempo de qualidade e viver em constante vigilância e oração (Hb 12.7-9; Jó 1.5; Sl 144.12).

- Síndrome de Imperador - comportamentos de mando, birras e agressividade de algumas crianças, que submetem os pais aos seus caprichos. O termo síndrome do imperador tornou-se popular pelos profissionais da área da saúde, principalmente por psicólogos, pedagogos e pediatras, para elucidar os comportamentos de crianças mandonas. O comportamento autoritário começa a se tornar um problema quando alguns sinais são mais evidenciados, especialmente no que se refere a educação dos pais aos seus filhos. Pode ser identificado com sinais de desrespeito, desobediência, birra, maus tratos aos pais e educadores, escolha do programa da TV, autoridade extrema nas brincadeiras entre crianças, escolha das comidas, jogar alimentos no chão, escolher o destino dos passeios/férias, bater a cabeça na parede, escolher o horário de dormir e acordar, entre outras situações. Hamã chegou cedo a fim de pedir ao rei permissão para enforcar Mardoqueu na forca que ele havia preparado por sugestão de seus amigos e esposa. Mas antes que pudesse fazer o seu pedido, o rei falou: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Ou: Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar? Embora um pouco surpreso, Hamã não se mostrou despreparado para esta súbita abordagem. Ele pensou que ele mesmo seria o objeto de honra e que o rei apenas dava-lhe uma oportunidade de escolher a maneira pela qual seria honrado. Então ele descreveu ao rei o tipo de honra que mais o agradaria: a veste real... o cavalo em que o rei costuma andar montado, e... a coroa real. E então disse: Seja entregue a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes do rei... e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!

2. Um mau prenúncio. Hamã chegou em casa arrasado e contou para a mulher e os amigos o que lhe havia acontecido. Que frustração! E se esperava uma palavra de consolo, não foi o que recebeu. Ouviu uma sentença aterradora: “Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele” (Et 6.13). A declaração da mulher e dos amigos de Hamã pode indicar que conheciam a história dos judeus, um povo que já havia sobrevivido a muitos sofrimentos e ameaças. Era um mau prenúncio para Hamã.

- Hamã exigiu que cada pessoa que passasse se inclinasse diante ele. Depois da “virada de mesa” a favor de Mardoqueu, seu inimigo foi para casa com sua cabeça coberta como sinal de grande pesar. Sua esposa e amigos foram pobres confortadores. Aqueles mesmos que haviam lançado a sorte para decidir o dia da morte dos judeus ainda estavam a aconselhar Hamã. Quando entenderam o que havia acontecido, aconselharam Hamã, ao informarem que, se Mardoqueu representava os judeus, ele não poderia esperar vencer em uma competição contra ele. Com este conselho ainda patente em seus ouvidos, Hamã foi informado pelos mensageiros do rei que o banquete da rainha Ester estava pronto, e que ele deveria comparecer rapidamente. A esposa e os conselheiros de Hamã exprimiram a crença de que o povo judeu é indômito e, talvez, até a crença que o Deus deles era o Deus vivo. Ver as predições sobre a queda de Amaleque diante de Israel (Êx 17:16; Nm 24:20; Dt 25:17-19; 1Sm 15; 2Sm 1:8-16; conforme Dn 6:26,27; Js 2:11; 9.29; Ez 38:23). 14.3-4). “certamente, cairás diante dele” Nem a profecia divina (Êx 17.14), nem a história bíblica (1Sm 15.8-9) estavam a favor de Hamã. O grupo de Hamã parecia ter algum conhecimento dessa história bíblica.

 

SINOPSE III

A soberba de Hamã revelou a síndrome de imperador que pode danificar traços da personalidade.

 

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

“HAMÃ

As pessoas mais arrogantes são com frequência as que precisam medir seu próprio valor pelo poder ou influência que pensam ter sobre as outras pessoas. Hamã era um líder extremamente arrogante. Ele reconhecia o rei como seu superior, mas não podia aceitar qualquer outro como igual.

Quando um homem, Mardoqueu, recusou-se a curvar-se em submissão a ele, Hamã quis destruí-lo. Ele foi consumido pelo ódio a Mardoqueu. O coração dele já estava cheio de ódio racial por todo o povo judeu devido ao prolongado atrito entre os judeus e os ancestrais de Hamã, os amalequitas.

A dedicação de Mardoqueu a Deus e sua recusa em dar honras a qualquer pessoa humana desafiou a religião egoísta de Hamã. Este via os judeus como uma ameaça a seu poder, e decidiu matar a todos.

Deus estava preparando a queda de Hamã e a proteção do seu povo, muito antes deste homem assumir o poder durante o reinado de Assuero.

Ester, uma judia, tornou-se rainha, e Mardoqueu demonstrou lealdade ao denunciar uma conspiração para assassinar Assuero, deixando o rei em dívida para com ele. Hamã não foi apenas impedido de matar Mardoqueu, como também teve que sofrer a humilhação de vê-lo ser honrado publicamente.

Após algumas horas, Hamã morreu na forca que havia construído para Mardoqueu, e seu plano de extermínio dos judeus foi frustrado.

Em contraste com Ester, que arriscou tudo por Deus e venceu, Hamã arriscou tudo para alcançar seu propósito maligno e perdeu” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.694).

 

CONCLUSÃO

Quanta coisa mudou em Susã em menos de 24 horas! Nosso Deus é grande e poderoso! Perdemos muito tempo com discussões e debates, e, às vezes, fazendo o que Ele não nos ordenou fazer, no afã de resolver nossos problemas. O segredo é confiar no Senhor e viver com humildade, fazendo a sua vontade. Ele permanece no controle e sempre age no momento certo.

- Confiar em Deus quando tudo vai bem e tudo acontece conforme planejamos é fácil. Agora, confiar em Deus quando não conseguimos visualizar uma solução para os nossos problemas é bem complicado. Quando confiamos em Deus, Ele ajuda a encontrar a solução e dá paz ao nosso coração. Nas dificuldades, é fácil cair no erro de achar que tudo depende de nós. Mas a verdadeira solução é pôr nossa confiança em Deus. Podemos ter conhecimento, mas não temos a onisciência do Todo Poderoso (Is 2.4). A confiança em Deus é possível para alguém que se sente amado e perdoado por Deus. É prerrogativa de quem já nasceu de novo e experimentou o seu amor na Cruz de Jesus Cristo. Confiar em Deus é descansar nele, mesmo não compreendendo os seus planos, pois sabe que ele sempre tem o melhor para os seus filhos. Confiar em Deus é ter certeza de que ele cuida de nós mesmo quando tudo está contra nós. É chegar até o vale da sombra da morte e confiar que ele está ao nosso lado. Ele jamais nos abandonará!

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Francisco Barbosa (@Pbassis)

Graduado em Gestão Pública;

Teologia pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);

Pós-graduando em Teologia Bíblica e Exegese do Novo Testamento, pela Faculdade Cidade Viva (J.P./PB);

Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina Grande/PB

Servo, barro nas mãos do Oleiro.

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REVISANDO O CONTEÚDO

1. Quais os dois cenários distintos na noite que antecedeu ao segundo banquete oferecido por Ester?

Dois cenários distintos: enquanto Assuero foi para seu aposento, Hamã saiu exultante do banquete oferecido por Ester. Afinal, não apenas o rei, mas também a rainha estaria lhe prestando honras.

2. O que levou o rei a decidir honrar Mardoqueu?

Quando ouviu a leitura da crônica, Assuero perguntou aos seus servos que honra e recompensa Mardoqueu havia recebido. “Coisa nenhuma se lhe fez”, responderam (Et 6.3). […] Logo se interessou em recompensá-lo, mas ainda não sabia como.

3. O que Hamã presumiu diante da pergunta do rei e o que isso revela de seu caráter?

Hamã entrou em êxtase. A proposta do rei, que pensava ser para ele (Et 3.6), o levou a esquecer Mardoqueu e a forca que havia preparado. Hamã precisava de afagos em seu ego para sobreviver. Um quadro realmente doentio. Presumir-se digno de honra é uma das manifestações de soberba e orgulho.

4. O que Mardoqueu fez após ser honrado pelo rei? O que aprendemos com isso?

Mardoqueu “voltou para a porta do rei” (Et 6.12). Uma honra efêmera pode nos levar a esquecer nosso lugar e nos deixar ao vento. É preciso manter os pés no chão.

5. O que é a “síndrome do imperador”?

Atualmente, tem sido identificado em crianças e adolescentes a “síndrome do imperador”. São egocêntricos, reinam dentro e fora de casa, ditam as regras e exigem o que querem.