Pb Francisco Barbosa
TEXTO ÁUREO
“E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.11)
Entenda o Texto Áureo:
- E Hamã tomou – Esse
reverso repentino, por mais doloroso que seja para Haman como indivíduo, é
particularmente característico das maneiras persas.
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VERDADE PRÁTICA
Deus
abate e exalta a quem Ele quer. Se humilhados, devemos glorificá-lo. Se
exaltados, a glória continua sendo toda dEle.
Entenda a Verdade Prática:
- O arrogante gosta de pisar nos
mais simples, gosta de escarnecer e humilhar os outros, mas ele se esquece de
que Deus resiste aos soberbos. Esse tipo de pessoa, nunca chega a lugar algum,
pois o que humilha, um dia será humilhado. "Quando vem a soberba, então
vem a desonra; mas com os humildes está a sabedoria". (Provérbios 11:2)
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Ester 6.1-14
1. Naquela mesma noite, fugiu o sono do rei; então,
mandou trazer o livro das memórias das crônicas, e se leram diante do rei.
- o Livro
dos Feitos. Cinco anos (cf. 2.16 com 3.7) haviam se passado desde a
ação leal de Mardoqueu, porém ainda sem recompensa (cf. 2.23). Exatamente no
momento certo, Deus interveio para que o rei tivesse insônia, pedisse o Livro
de Feitos Memoráveis e lesse a respeito dos feitos não recompensados de Mardoqueu
cinco anos antes, desejando, então, recompensá-lo (cf. Dn 6.18).
2. E achou-se escrito que Mardoqueu tinha dado notícia
de Bigtã e de Teres, dois eunucos do rei, dos da guarda da porta, de que
procuraram pôr as mãos sobre o rei Assuero.
- Bigtã
– em Esther 2:21 Bigthan, enquanto o mesmo nome em Esther 1:10 perde mais uma
letra. O Targum diz que o plano era colocar uma cobra venenosa no copo do qual
o rei bebia. [Streane, aguardando
revisão]
3. Então, disse o rei: Que honra e galardão se deu por
isso a Mardoqueu? E os jovens do rei, seus servos, disseram: Coisa nenhuma se
lhe fez.
- Que honra e que condecoração etc.? Não somos
obrigados a supor que Xerxes tenha esquecido o fato de seu livramento ou a
pessoa que salvou sua vida; mas apenas que ele não tinha lembrança de qual
recompensa, se alguma, havia sido feita. Na Pérsia havia uma lista dos que
prestavam serviço ao rei (Herodes viii. 85, 90), e assim uma ênfase especial
foi dada ao dever de reconhecer sua devoção.
[Streane, aguardando revisão]
4. Então, disse o rei: Quem está no pátio? E Hamã
tinha entrado no pátio exterior do rei, para dizer ao rei que enforcassem a
Mardoqueu na forca que lhe tinha preparado.
- Quem está no pátio? O drama se intensificou quando
Hamã chegou na hora errada, pelo motivo errado.
5. E os jovens do rei lhe disseram: Eis que Hamã está
no pátio. E disse o rei que entrasse.
- O fato de Hamã ser encontrado sozinho na corte
sugere que é uma hora incomum, quando nenhum dos outros cortesãos está presente
(cf. v. 4). o rei mandou que ele entrasse, ou seja, no quarto do rei. [Paton,
aguardando revisão]
6. E, entrando Hamã, o rei lhe disse: Que se fará ao
homem de cuja honra o rei se agrada? Então, Hamã disse no seu coração: De quem
se agradará o rei para lhe fazer honra mais do que a mim?
- Que se fará ao homem a quem rei deseja honrar? – Ao
outorgar fichas de seu favor, os reis da Pérsia não decidem imediatamente, e
por vontade própria, determinar o tipo de honra que será concedida; mas eles se
voltam para o cortesão que está próximo, e perguntam o que deve ser feito ao
indivíduo que prestou o serviço especificado; e de acordo com a resposta
recebida, o mandato real é emitido. [Jamieson, aguardando revisão]
7. Pelo que disse Hamã ao rei: Quanto ao homem de cuja
honra o rei se agrada,
- Hamã ironicamente definiu a honra que seria dada a
Mardoqueu à custa -dele próprio. A riqueza pessoal do saque dos bens dos
judeus, ele pensou que teria acrescentada a aclamação pública.
8. traga a veste real de que o rei se costuma vestir,
monte também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a
coroa real na sua cabeça;
- vestes
reais... coroa real. Uma honra que daria ao beneficiado a oportunidade
de ser tratado como o próprio rei (cf. 8.15). Isso lembrava José no Egito (C,n
41.39-45). A História confirma que os cavalos eram adornados com a coroa real.
9. e entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos
príncipes do rei, dos maiores senhores, e vistam dele aquele homem de cuja
honra se agrada; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante
dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!
- pela praça
da cidade. Mardoqueu havia estado ali um dia antes vestido com pano de
saco e cinzas (4.1,6), e agora chegava com honras reais.
10. Então, disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma a veste
e o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está
assentado à porta do rei; e coisa nenhuma deixes cair de tudo quanto disseste.
- o judeu Mardoqueu.
Cf. 8.7; 9.29,31; 10.3. Como o rei não se lembrou do decreto cie Hamã contra os
judeus não se sabe.
11. E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a
Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele:
Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!
- E Hamã tomou – Esse reverso repentino, por mais
doloroso que seja para Haman como indivíduo, é particularmente característico
das maneiras persas. [Jamieson, aguardando revisão]
12. Depois disso, Mardoqueu voltou para a porta do rei;
porém Hamã se retirou correndo a sua casa, angustiado e coberta a cabeça.
- angustiado.
Merecidamente, Hamã herdou a aflição de Mardoqueu (cf. 4.1-2). Que
diferença um dia pode fazer! Sua honra imaginada se transformara numa
humilhação inimaginável, de cabeça coberta. Um sinal extremo de vergonha (cf.
2Sm 15.30; Jr 14.3-4).
13. E contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os
seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido. Então, os seus sábios e Zeres, sua
mulher, lhe disseram: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da
semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás
perante ele.
- certamente,
cairás diante dele. Nem a profecia divina (Êx 17.14), nem a história
bíblica (ISm 15.8-9) estavam a favor de Hamã. O grupo de Hamã parecia ter algum
conhecimento dessa história bíblica.
14. Estando eles ainda falando com ele, chegaram os
eunucos do rei e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester preparara.
- Hamã ao
banquete. Como um cordeiro seguindo para o matadouro, Hamã foi
escoltado para o seu justo fim.
INTRODUÇÃO
Na
lição anterior, Ester recebe Assuero e Hamã para um banquete. Em vez de fazer
seu pedido, ela pede ao rei que compareça a outro banquete, no dia seguinte,
também junto com Hamã. Naquela noite, fatos novos aconteceriam em Susã
alterando totalmente o cenário da história. Deus sabe o que estará nos jornais
de amanhã.
- Depois de três dias de oração e jejum, Ester, leal
à sua promessa, apareceu no pátio interior do palácio, defronte do aposento do
rei, que estava assentado sobre seu trono real. Nenhum convite havia sido feito
a ela, e sua vida estava nas mãos do monarca. Mas sua confiança estava em Deus
e podemos estar certos de que Ele não falharia naquele momento crítico. E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester...
ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de
ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro. Podemos
relacionar isso a uma causa natural e argumentar que "o rei achou a beleza
de Ester irresistível. Mas, no mínimo, é também verdade que vemos nisto, assim
como em todas as experiências do povo de Deus relatadas na Bíblia Sagrada, as
promessas do Senhor serem cumpridas e sua providência exercitada a favor deles.
PALAVRA-CHAVE: HUMILHAÇÃO E HONRA
I. O REI SE LEMBRA DA BOA AÇÃO DE
MARDOQUEU
1. Uma noite decisiva. Dois
cenários distintos: enquanto Assuero foi para seu aposento, Hamã saiu exultante
do banquete oferecido por Ester. Afinal, não apenas o rei, mas também a rainha
estaria lhe prestando honras. Mas seu júbilo logo se converteu em fúria. Na
saída do palácio viu o judeu Mardoqueu, que nem se moveu diante de sua presença
(Et 5.9). Hamã conteve sua ira, mas precisava desabafar. Foi para casa e chamou
seus amigos e sua mulher, Zeres, para falar de sua frustração: a riqueza e a
elevada posição no reino não o satisfaziam enquanto visse Mardoqueu assentado à
porta do rei. Hamã não podia nem mesmo esperar pelo dia da pretendida matança
geral dos judeus. O ódio lhe consumia. Aconselhado pela mulher e pelos amigos,
decidiu pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu no dia seguinte. Hamã foi dormir
com tudo planejado, mas Assuero perdeu o sono (Et 5.10-14; 6.1).
- Cinco anos haviam se passado desde a ação leal de Mardoqueu, porém
ainda sem recompensa. Exatamente no momento certo, Deus interveio para que o
rei tivesse insônia, pedisse o Livro de Feitos Memoráveis e lesse a respeito
dos feitos não recompensados de Mardoqueu, cinco anos antes, desejando, então,
recompensá-lo (cf. Dn 6.18). Pode parecer que nem Hamã nem o rei suspeitavam
que a rainha tivesse qualquer ligação com os judeus, ou que o seu pedido
estivesse relacionado ao decreto para a exterminação deles. Que sabedoria da
rainha ter escondido o assunto, a fim de mantê-lo em suspense! Não é de se
admirar que alguns tenham a opinião de que a história foi manipulada por algum
hábil romancista. Mas a verdade é sempre mais estranha do que a ficção, e
muitas partes da narrativa bíblica seriam suscetíveis a esta crítica.
Escolhemos aceitar a forma como ela nos foi contada, e acreditar que Deus
atuava a favor de uma grande libertação para o seu povo.
2. Forca ou honra. Enquanto
Mardoqueu dormia, duas pessoas planejavam seu futuro. Hamã lhe preparou uma
forca. Assuero, um dia de honra. O que iria prevalecer? Queiramos ou não, o que
outras pessoas pensam e fazem pode produzir consequências em nossa vida. Por
isso, nossos relacionamentos interpessoais devem estar pautados no temor a
Deus. Dar a cada um o que é devido é um dos meios de não nos deixar enganar
pelo individualismo, um estilo de vida antibíblico segundo o qual o indivíduo é
capaz de se realizar sozinho, independente das pessoas que o cercam. A chamada
autossuficiência. A ética cristã, contudo, nos ensina quanto são essenciais os
relacionamentos humanos, e como Deus trabalha através deles (Ef 6.4-6). O Novo
Testamento possui inúmeros versículos com a expressão “uns aos outros” (Jo
13.34; 1 Ts 5.11; Tg 5.16). Coisas boas e ruins podem nos alcançar, vindas de
pessoas que nos cercam. Quando tememos a Deus, Ele intercepta o mal e faz com
que a bênção nos alcance (Sl 91.5-10; Dt 28.2). A maldição não atinge a quem
Deus abençoa (Nm 23.8; Dt 23.5; Pv 26.2).
- No Capítulo 5:9-14, temos o plano de Hamã para enforcar Mardoqueu. O
orgulho de Hamã inflou-se ao ser especialmente convidado com o rei para o banquete
de Ester, e mais ainda quando o convite foi repetido. Mas esta exultação se
transformou em amargura e fúria quando, no caminho para sua casa ele passou por
Mardoqueu que, como sempre, não lhe fez a devida reverência. Quase no mesmo
instante, ele começou a contar para sua esposa Zeres, sobre suas glórias e
honras, e acusar seu inimigo judeu de tirar o prazer de todas as suas
conquistas. Então sua esposa e seus amigos sugeriram: Faça-se uma forca de
cinquenta côvados de altura, e amanhã dize ao rei que enforquem nela Mardoqueu
e, então, entra alegre com o rei ao banquete. E esse conselho bem pareceu a
Hamã, e mandou fazer a forca. Hamã seguiu prontamente o conselho de seus
amigos. Ele estava confiante de que o rei, que já havia concordado com a
destruição dos judeus por todo o império, certamente permitiria que Mardoqueu
fosse punido como o exemplo de um judeu impertinente. Mandou-se levantar a
forca imediatamente, e Hamã planejou fazer seu pedido ao rei bem cedo, na manhã
seguinte.
- A Bíblia nos diz que, “como o
pássaro que foge, como a andorinha no seu voo, assim, a maldição sem causa não
se cumpre” (Pv 26.2b). Isso significa que maldições feitas contra pessoas
inocentes não têm efeito. Aquele que declara uma maldição contra os inocentes
também pode tentar ditar onde um pardal em voo deve pousar. Os filhos de Deus
foram justificados por Deus (Rm 5.1) e, portanto, não merecem punição (Rm 8.1).
Deus não permite que Seus filhos sejam amaldiçoados. Ninguém tem o poder de
amaldiçoar aquele a quem Deus decidiu abençoar. Deus é o único capaz de
pronunciar julgamento. Feitiços na Bíblia são sempre descritos negativamente.
Deuteronômio 18.10–11 enumera aqueles que lançam feitiços com aqueles que
cometem outros atos detestáveis ao Senhor, como o sacrifício de crianças, a
feitiçaria, a bruxaria, a adivinhação ou a necromancia (consultar os mortos).
Miqueias 5.12 diz que Deus destruirá a feitiçaria e os que lançam feitiços.
Apocalipse 18 descreve os feitiços como parte do engano que será usado pelo
Anticristo e sua “grande cidade da Babilônia” (versículos 21–24). Embora o
engano do fim dos tempos seja tão grande que até mesmo os eleitos seriam
enganados se Deus não os protegesse (Mt 24.24), Deus destruirá totalmente
Satanás, o Anticristo e todos os que os seguem (Ap 19–20). Amaldiçoar aqueles a
quem Deus abençoou é um negócio perigoso. Balaão tentou amaldiçoar o povo de
Deus, Israel, e descobriu que não podia (Nm 22–24). A Sabedoria adverte que “Quem abre uma cova nela cairá; e a pedra
rolará sobre quem a revolve” (Pv 26.27). Davi orou pedindo ajuda contra seu
inimigo que o havia amaldiçoado: “Amou a
maldição; ela o apanhe.... Vestiu-se de maldição como de uma túnica... Seja-lhe
como a roupa que o cobre e como o cinto com que sempre se cinge” (Sl 109.17–19).
O cristão não pode ser amaldiçoado. A bênção de Deus é mais poderosa do que
qualquer maldição. O cristão renasceu como uma nova pessoa em Jesus Cristo (2Co
5.17). Como crentes, estamos na presença constante do Espírito Santo que vive
em nós e sob cuja proteção habitamos (Rm 8.11). Não precisamos nos preocupar se
alguém lança algum tipo de feitiço pagão sobre nós. Vodu, feitiçaria, bruxaria
e maldições não têm poder sobre nós porque vêm de Satanás, e Satanás não é
páreo para o Senhor. Sabemos que “maior é
aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1Jo 4.4). Deus
conquistou a vitória, e em Cristo somos vencedores. “... porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória
que vence o mundo: a nossa fé” (1Jo 5.4). O escudo que Deus nos dá pode “apagar todos os dardos inflamados do Maligno”
(Ef 6.16). Somos livres para adorar a Deus sem medo (Jo 8.36). “O Senhor é a minha luz e a minha salvação;
de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?”
(Sl 27.1).
3. Cinco anos depois. Já haviam se
passado cerca de cinco anos de quando Mardoqueu revelou a conspiração contra
Assuero. Tudo ficou (aparentemente) esquecido. Naquela noite, contudo, o Deus
que tem poder sobre todas as coisas, incluindo a fisiologia humana, tirou o
sono do rei (Sl 127.2). Sem dormir, Assuero ordenou que trouxessem e lessem
perante ele o livro de registro dos fatos importantes do reino (Et 6.1).
Certamente não eram poucos os relatos. Só Assuero já estava há cerca de treze
anos no trono. A providência divina fez com que fosse lido exatamente o trecho
que falava do feito de Mardoqueu, que pôs fim à conspiração contra o rei.
Assim, a Palavra de Deus declara: “E sabemos que todas as coisas contribuem
juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por
seu decreto” (Rm 8.28).
- Mardoqueu tinha dado a conhecer um complô para assassinar ao Asuero e
assim tinha salvado a vida do rei (2.21-23). Embora esta boa ação ficou
registrada nos livros de história, Mardoqueu não tinha sido recompensado.
Entretanto, Deus estava guardando a recompensa do Mardoqueu para o momento
adequado. Assim como Amam esteve a ponto de pendurar injustamente ao Mardoqueu,
o rei estava preparado para recompensá-lo. Embora Deus promete recompensar
nossas boas obras, às vezes sentimos que nossa "recompensa" está
muito longe e nos sentimos desalentados com muita facilidade. A mão de Deus é
vista claramente na virada dos acontecimentos registrados no capítulo 6.
Qualquer que fossem as causas naturais da insônia do rei naquela noite, nós
percebemos que o Senhor usava esta circunstância para fazer uma mudança na
sorte dos judeus. Para passar as horas do rei insone, foram lidos para ele os
relatos e as crônicas reais. Eventualmente foi trazida a parte que levava a
informação fornecida por Mardoqueu, o judeu, que causou a prisão e a execução
daqueles que procuravam matar o rei. Imediata-mente ele perguntou que honra e
galardão foram dados a Mardoqueu por tão grande serviço. Foi informado de que
nada lhe foi conferido. Talvez naquele exato momento ele tenha ouvido os passos
lá fora, e perguntado: Quem está no pátio? Quando ouviu que era Hamã, seu
ministro-chefe, que estava ali (pois já era cedo), ele ordenou que entrasse.
SINÓPSE
I
Numa noite em que o sono fugiu do rei, Deus o fez lembrar da boa ação de
Mardoqueu.
II. HAMÃ É CHAMADO PARA HONRAR MARDOQUEU
1. Um ato de
justiça. Quando ouviu a leitura da crônica, Assuero perguntou aos seus
servos que honra e recompensa Mardoqueu havia recebido. “Coisa nenhuma se lhe
fez”, responderam (Et 6.3). A maneira direta como se referiu ao nome de
Mardoqueu demonstra que Assuero o conhecia bem. Logo se interessou em
recompensá-lo, mas ainda não sabia como. Perguntou, então, quem estava no pátio
exterior do palácio. Era Hamã, que buscava uma oportunidade para pedir ao rei
que enforcasse Mardoqueu, na forca que tinha preparado perto de sua casa. O
inimigo seria o definidor da bênção (Gn 50.20).
- Na manhã seguinte, Haman esperou para uma audiência com o rei, a fim de
que ele poderia solicitar o enforcamento de Mardoqueu (Et 6.4). Sem saber que o
rei desejava honrar Mardoqueu, ele entrou na presença do rei. Antes de ser dada
oportunidade para declarar o seu pedido, ele foi causado para ouvir o rei como
ele expressou um desejo de dar honra. Naturalmente, Haman pensava que ele era a
pessoa a quem o rei pretendia elevar. Por conseguinte, o seu espanto foi
esmagadora, quando soube que o rei tinha em mente Mardoqueu (Et 6.10). Ao
voltar para sua esposa e amigos, Haman divulgou o incidente. Houve um acordo
geral de que todo o assunto soou um alerta sobre a segurança da posição de
Haman. Se Mardoqueu, diante de quem tu já começaste a cair, é da descendência
dos judeus, tu não prevalecerás contra ele, mas certamente cairás diante dele
(v. 13). O anti-semitismo, através dos séculos, nunca negou a inteligência ou
argúcia dos judeus; pelo contrário, radica-se no medo inspirado por essas
qualidades.
2. Presunção e
autoconfiança. Hamã
entrou em êxtase. A proposta do rei, que pensava ser para ele (Et 3.6), o levou
a esquecer Mardoqueu e a forca que havia preparado. Hamã precisava de afagos em
seu ego para sobreviver. Um quadro realmente doentio. Presumir-se digno de
honra é uma das manifestações de soberba e orgulho. Esse terrível sentimento,
nutrido originalmente por Lúcifer (Is 14.13,14), foi instilado na mente de Eva
e é lançado constantemente nos corações humanos (Gn 3.1-5; Pv 16.18-19).
Devemos sempre preferir a humildade de Cristo, que nos livra de ambições
egoístas e nos faz considerar os outros superiores a nós mesmos (Fp 2.3-8).
Devemos ser alimentados diariamente pela alegria do Senhor e não condicionar
nossas emoções ao sabor do momento (Jo 15.11; Fp 4.4-7; 1 Pe 5.7).
- Havia entre os persas uma ordem chamada "ordem dos benfeitores do
rei”, constituída por indivíduos que prestaram algum serviço excepcional ao
rei, os quais passaram a ser sobejamente recompensados. Mardoqueu, tendo
denunciado uma conspiração contra a rei, deveria ter sido enquadrado naquele
grupo, mas não foi. A pressa de Hamã era tão grande que já desde a madrugada
estava à espera da primeira chance de trazer uma petição ao rei. Nem Hamã
poderia entrar sem o convite do rei (4.11). ‘Mais do que de mim’, Hamã estava certo que ele mesmo era o alvo de
todos os favores do rei, pois Ester nada revelara. Cada uma das sugestões de
Hamã constituiria uma grande honra para os orientais, tanto o privilégio de
usar vestes reais como montar no cavalo particular do rei. Gramaticalmente
falando, é possível que o cavalo é que deveria ser coroado, além do que, esse costume
já tinha sido obedecido no antigo império da Assíria, mas é mais provável que a
pessoa a ser honrada fosse tratada, por um momento, como a um rei com coroa. O
rei acabou honrando um membro da raça cuja extinção tinha sido decretada.
Alguns acham isto estranho, mas é de perfeito acordo com o caráter impetuoso do
rei Assuero. Hamã, com seu ódio ainda mais inflamado, não sabia como suportar a
espera de mais alguns meses até a data marcada para a destruição dos judeus.
Mas era ainda o favorito do rei, a segunda autoridade no reino, e haveria de
achar meios de derrubar a Mardoqueu daquela posição privilegiada.
3. O devido lugar da
honra. “Que
se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada?” Era a pergunta do rei (Et
6.6). Hamã sugeriu que este homem fosse vestido com a veste real, montasse o
cavalo do rei, recebesse a coroa real e fosse conduzido por um dos príncipes do
rei, “dos maiores senhores”, com uma proclamação pública: “Assim se fará ao
homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.6.7-9). O rei acatou imediatamente
a sugestão. Hamã só não imaginava que o honrado seria Mardoqueu e que ele seria
o puxador do cavalo (Et 6.10,11). Isso o deixou ainda mais enfurecido e muito
envergonhado (Et 6.12). Devemos nos alegrar quando alguém é honrado.
Incomodar-se com isso pode ser expressão de orgulho. Honrar os que são dignos
de honra, agrada a Deus e não deve ser confundido com bajulação (1 Pe 2.17; 1
Ts 5.12,13). Contudo, é preciso considerar sempre que honra não se exige, se
recebe com humildade. Mesmo com toda a honra recebida, Mardoqueu “voltou para a
porta do rei” (Et 6.12). Uma honra efêmera pode nos levar a esquecer nosso
lugar e nos deixar ao vento. É preciso manter os pés no chão.
- Há quem ache muito estranho o rei honrar assim uma pessoa pertencente a
uma raça que acabara de votar à destruição. No entanto, nada há neste incidente
que esteja em desacordo com a mentalidade oriental e muito menos com o caráter
de Assuero. Hamã ironicamente definiu a honra que seria dada a Mardoqueu à
custa dele próprio. A riqueza pessoal do saque dos bens dos judeus, ele pensou
que teria acrescentada a aclamação pública. Hamã obviamente chegou cedo a fim
de pedir ao rei permissão para enforcar Mardoqueu na forca que ele havia
preparado por sugestão de seus amigos e esposa. Mas antes que pudesse fazer o
seu pedido, o rei falou: Que se fará ao
homem de cuja honra o rei se agrada? Ou: Que se fará ao homem a quem o rei
deseja honrar? (6) Embora um pouco surpreso, Hamã não se mostrou
despreparado para esta súbita abordagem. Ele pensou que ele mesmo seria o
objeto de honra e que o rei apenas dava-lhe uma oportunidade de escolher a
maneira pela qual seria honrado. Então ele descreveu ao rei o tipo de honra que
mais o agradaria: a veste real... o cavalo em que o rei costuma andar montado,
e... a coroa real. E então disse: Seja entregue a veste e o cavalo à mão de um
dos príncipes do rei... e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem de
cuja honra o rei se agrada! Mas agora vem o choque: Apressa-te, toma a veste e
o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está
assentado à porta do rei; e nenhuma coisa tu deixes cair de tudo quanto
disseste. E Hamã, embora humilhado, cumpriu a ordem do monarca em detalhes. Ele
levou Mardoqueu, vestido com as vestes reais, montado no cavalo do rei pelas
ruas da cidade, e apregoou diante dele as palavras que ele mesmo havia
prescrito. Vale a pena citar o comentário de F. B. Meyer sobre esta passagem: "Aqui foi, na verdade, uma virada de mesa!
Hamã prestando honras ao humil-de judeu, que se recusou a honrá-lo. Certamente
naquele dia o antigo refrão deve ter tocado no coração de Mardoqueu: 'Levanta o
pobre do pó e, desde o esterco, exalta o necessitado, para o fazer assentar
entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do Senhor são
os alicerces da terra' (1 Sm 2.8). E uma antecipação de outras palavras: —
'Tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Eis que
eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas
mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam
que eu te amo' (Ap 3:8-9). "Como Deus trabalhou tão claramente a favor de
seu filho! A cova de fato esta-va preparada, mas ela seria usada por Hamã;
enquanto que as honras que ele pen-sava estarem preparadas para si mesmo,
seriam usadas para Mardoqueu". O Dr. Meyer conclui o seu sermão: "Permaneça confiante, amado irmão,
mesmo em meio ao escárnio, ao ódio, e às ameaças de morte. Contanto que a tua
causa seja de Deus, ela há de vencer. Ele mesmo a justificará. Aqueles que o
honrarem, serão honrados; enquanto aqueles que o desprezarem serão
desprezados". "Embora os moinhos de Deus trabalhem lentamente, eles
trituram ao máximo; embora Ele espere com paciência, tudo tritura". Depois
de sua experiência de exaltação, Mardoqueu voltou humildemente para a sua
posição comum na porta do rei. Ele não assumiu qualquer relação diferente para
com o rei ou seus subalternos. Ele não fez como Hamã, o qual exigiu que cada
pessoa que passasse se inclinasse diante ele. Ao contrário, seu inimigo foi
para casa com sua cabeça coberta como sinal de grande pesar. Sua esposa e
amigos foram pobres confortadores.
SINÓPSE
II
O rei chama Hamã para honrar Mardoqueu.
AUXÍLIO
VIDA CRISTÃ
A PROVIDÊNCIA
DIVINA POR TRÁS DA HISTÓRIA
“Sem poder dormir, o rei decidiu rever a história do seu reino, e seus
servos leram para ele sobre as boas obras de Mardoqueu. Isso parece
coincidência, mas Deus está sempre trabalhando. Deus também tem trabalhado em
silêncio e pacientemente em sua vida. Os acontecimentos que concorrem para o
bem não são mera coincidência; são resultado do soberano controle de Deus sobre
o curso de nossa vida (Rm 8.28).
[…] Mardoqueu havia descoberto uma conspiração para assassinar o rei
Assuero. Ele agiu com lealdade e salvou a vida do monarca (2.21-23). Embora
suas boas obras estivessem registradas nos livros históricos, Mardoqueu não
havia sido recompensado. Mas Deus estava guardando a recompensa dele para o
momento certo. Assim como Hamã estava prestes a enforcar Mardoqueu
injustamente, o rei estava disposto a recompensá-lo publicamente. Embora Deus
tenha prometido recompensar nossas boas obras, algumas vezes pensamos que a
recompensa está muito distante. Seja paciente. Deus dará no momento mais adequado”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.693).
III. A SÍNDROME DE IMPERADOR
1. A soberba
de Hamã. Quando fez sua sugestão ao rei, imaginando que a honra seria para
ele, Hamã revelou ter a síndrome de imperador. Ele queria roupa de rei, cavalo
de rei e coroa de rei (Et 6.8). Atualmente, tem sido identificado em crianças e
adolescentes a “síndrome do imperador”. São egocêntricos, reinam dentro e fora
de casa, ditam as regras e exigem o que querem. Sem correção, os filhos podem
crescer como um Hamã, cheios de soberba e presunção (Pv 23.13,14; 29.15,17,23;
30.17). Deus quer nos dar famílias saudáveis (Sl 127.1-5; Sl 128.1-6). Nosso
papel é exercer um amor responsável, dedicar tempo de qualidade e viver em
constante vigilância e oração (Hb 12.7-9; Jó 1.5; Sl 144.12).
- Síndrome de Imperador - comportamentos de mando, birras e agressividade
de algumas crianças, que submetem os pais aos seus caprichos. O termo síndrome
do imperador tornou-se popular pelos profissionais da área da saúde,
principalmente por psicólogos, pedagogos e pediatras, para elucidar os comportamentos
de crianças mandonas. O comportamento autoritário começa a se tornar um
problema quando alguns sinais são mais evidenciados, especialmente no que se
refere a educação dos pais aos seus filhos. Pode ser identificado com sinais de
desrespeito, desobediência, birra, maus tratos aos pais e educadores, escolha
do programa da TV, autoridade extrema nas brincadeiras entre crianças, escolha
das comidas, jogar alimentos no chão, escolher o destino dos passeios/férias,
bater a cabeça na parede, escolher o horário de dormir e acordar, entre outras
situações. Hamã chegou cedo a fim de pedir ao rei permissão para enforcar
Mardoqueu na forca que ele havia preparado por sugestão de seus amigos e
esposa. Mas antes que pudesse fazer o seu pedido, o rei falou: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se
agrada? Ou: Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar? Embora um
pouco surpreso, Hamã não se mostrou despreparado para esta súbita abordagem.
Ele pensou que ele mesmo seria o objeto de honra e que o rei apenas dava-lhe
uma oportunidade de escolher a maneira pela qual seria honrado. Então ele
descreveu ao rei o tipo de honra que mais o agradaria: a veste real... o cavalo em que o rei costuma andar montado, e... a
coroa real. E então disse: Seja entregue
a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes do rei... e apregoe-se diante
dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!
2. Um mau prenúncio. Hamã chegou
em casa arrasado e contou para a mulher e os amigos o que lhe havia acontecido.
Que frustração! E se esperava uma palavra de consolo, não foi o que recebeu.
Ouviu uma sentença aterradora: “Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a
cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente
cairás perante ele” (Et 6.13). A declaração da mulher e dos amigos de Hamã pode
indicar que conheciam a história dos judeus, um povo que já havia sobrevivido a
muitos sofrimentos e ameaças. Era um mau prenúncio para Hamã.
- Hamã exigiu que cada pessoa que passasse se inclinasse diante ele. Depois
da “virada de mesa” a favor de Mardoqueu, seu inimigo foi para casa com sua
cabeça coberta como sinal de grande pesar. Sua esposa e amigos foram pobres
confortadores. Aqueles mesmos que haviam lançado a sorte para decidir o dia da
morte dos judeus ainda estavam a aconselhar Hamã. Quando entenderam o que havia
acontecido, aconselharam Hamã, ao informarem que, se Mardoqueu representava os
judeus, ele não poderia esperar vencer em uma competição contra ele. Com este
conselho ainda patente em seus ouvidos, Hamã foi informado pelos mensageiros do
rei que o banquete da rainha Ester estava pronto, e que ele deveria comparecer
rapidamente. A esposa e os conselheiros de Hamã exprimiram a crença de que o
povo judeu é indômito e, talvez, até a crença que o Deus deles era o Deus vivo.
Ver as predições sobre a queda de Amaleque diante de Israel (Êx 17:16; Nm
24:20; Dt 25:17-19; 1Sm 15; 2Sm 1:8-16; conforme Dn 6:26,27; Js 2:11; 9.29; Ez
38:23). 14.3-4). “certamente, cairás
diante dele” Nem a profecia divina (Êx 17.14), nem a história bíblica (1Sm
15.8-9) estavam a favor de Hamã. O grupo de Hamã parecia ter algum conhecimento
dessa história bíblica.
SINOPSE
III
A soberba de Hamã revelou a síndrome de imperador que pode danificar
traços da personalidade.
AUXÍLIO
VIDA CRISTÃ
“HAMÃ
As pessoas mais arrogantes são com frequência as que precisam medir seu
próprio valor pelo poder ou influência que pensam ter sobre as outras pessoas.
Hamã era um líder extremamente arrogante. Ele reconhecia o rei como seu
superior, mas não podia aceitar qualquer outro como igual.
Quando um homem, Mardoqueu, recusou-se a curvar-se em submissão a ele,
Hamã quis destruí-lo. Ele foi consumido pelo ódio a Mardoqueu. O coração dele
já estava cheio de ódio racial por todo o povo judeu devido ao prolongado
atrito entre os judeus e os ancestrais de Hamã, os amalequitas.
A dedicação de Mardoqueu a Deus e sua recusa em dar honras a qualquer
pessoa humana desafiou a religião egoísta de Hamã. Este via os judeus como uma
ameaça a seu poder, e decidiu matar a todos.
Deus estava preparando a queda de Hamã e a proteção do seu povo, muito
antes deste homem assumir o poder durante o reinado de Assuero.
Ester, uma judia, tornou-se rainha, e Mardoqueu demonstrou lealdade ao
denunciar uma conspiração para assassinar Assuero, deixando o rei em dívida
para com ele. Hamã não foi apenas impedido de matar Mardoqueu, como também teve
que sofrer a humilhação de vê-lo ser honrado publicamente.
Após algumas horas, Hamã morreu na forca que havia construído para
Mardoqueu, e seu plano de extermínio dos judeus foi frustrado.
Em contraste com Ester, que arriscou tudo por Deus e venceu, Hamã
arriscou tudo para alcançar seu propósito maligno e perdeu” (Bíblia de Estudo
Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.694).
CONCLUSÃO
Quanta
coisa mudou em Susã em menos de 24 horas! Nosso Deus é grande e poderoso!
Perdemos muito tempo com discussões e debates, e, às vezes, fazendo o que Ele
não nos ordenou fazer, no afã de resolver nossos problemas. O segredo é confiar
no Senhor e viver com humildade, fazendo a sua vontade. Ele permanece no
controle e sempre age no momento certo.
- Confiar em Deus quando tudo vai bem e tudo acontece conforme planejamos
é fácil. Agora, confiar em Deus quando não conseguimos visualizar uma solução
para os nossos problemas é bem complicado. Quando confiamos em Deus, Ele ajuda
a encontrar a solução e dá paz ao nosso coração. Nas dificuldades, é fácil cair
no erro de achar que tudo depende de nós. Mas a verdadeira solução é pôr nossa
confiança em Deus. Podemos ter conhecimento, mas não temos a onisciência do
Todo Poderoso (Is 2.4). A confiança em Deus é possível para alguém que se sente
amado e perdoado por Deus. É prerrogativa de quem já nasceu de novo e
experimentou o seu amor na Cruz de Jesus Cristo. Confiar em Deus é descansar
nele, mesmo não compreendendo os seus planos, pois sabe que ele sempre tem o
melhor para os seus filhos. Confiar em Deus é ter certeza de que ele cuida de
nós mesmo quando tudo está contra nós. É chegar até o vale da sombra da morte e
confiar que ele está ao nosso lado. Ele jamais nos abandonará!
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Francisco
Barbosa (@Pbassis)
Graduado
em Gestão Pública;
Teologia
pelo Seminário Martin Bucer (S.J.C./SP);
Pós-graduando
em Teologia Bíblica e Exegese do Novo Testamento, pela Faculdade Cidade Viva
(J.P./PB);
Pastor da Igreja de Cristo no
Brasil em Campina Grande/PB
Servo, barro nas mãos do Oleiro.
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REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quais os dois cenários distintos na noite que
antecedeu ao segundo banquete oferecido por Ester?
Dois cenários distintos: enquanto
Assuero foi para seu aposento, Hamã saiu exultante do banquete oferecido por
Ester. Afinal, não apenas o rei, mas também a rainha estaria lhe prestando
honras.
2.
O que levou o rei a decidir honrar Mardoqueu?
Quando ouviu a leitura da crônica,
Assuero perguntou aos seus servos que honra e recompensa Mardoqueu havia
recebido. “Coisa nenhuma se lhe fez”, responderam (Et 6.3). […] Logo se
interessou em recompensá-lo, mas ainda não sabia como.
3.
O que Hamã presumiu diante da pergunta do rei e o que isso revela de seu
caráter?
Hamã entrou em êxtase. A proposta do
rei, que pensava ser para ele (Et 3.6), o levou a esquecer Mardoqueu e a forca
que havia preparado. Hamã precisava de afagos em seu ego para sobreviver. Um
quadro realmente doentio. Presumir-se digno de honra é uma das manifestações de
soberba e orgulho.
4. O que
Mardoqueu fez após ser honrado pelo rei? O que aprendemos com isso?
Mardoqueu “voltou para a porta do rei”
(Et 6.12). Uma honra efêmera pode nos levar a esquecer nosso lugar e nos deixar
ao vento. É preciso manter os pés no chão.
5.
O que é a “síndrome do imperador”?
Atualmente, tem sido identificado em
crianças e adolescentes a “síndrome do imperador”. São egocêntricos, reinam
dentro e fora de casa, ditam as regras e exigem o que querem.