Tempo, Bens e Talentos: Sendo Mordomo
fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado
Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato
Lição 2
14 de Julho de 2019
A MORDOMIA DO CORPO
Texto Áureo
"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o
vosso culto racional." (Rm 12.1)
Verdade Prática
O corpo do cristão é o "templo do Espírito Santo"
e, portanto, deve ser preservado para glória de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios
6.13-20.
13 Os manjares são para o ventre, e o ventre, para os
manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é
para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.
14 Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos
ressuscitará a nós pelo seu poder.
15 Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de
Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma
meretriz? Não, por certo.
16 Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz
faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.
17 Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.
18 Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete
é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.
19 Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do
Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós
mesmos?
20 Porque fostes comprados por bom preço; glorificai,
pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a mordomia do corpo. Nela,
destacaremos o valor espiritual e a grandeza da obra criadora de Deus. A Bíblia
mostra que o Criador fez o homem do pó da terra, dando-lhe vida e tornando-o
sua imagem e semelhança. Quando compreendemos essa verdade bíblica, tornamo-nos
responsáveis pelo zelo do nosso corpo perante o Criador, pois, segundo sua
Palavra, o corpo do cristão é "templo do Espírito Santo" (1 Co 6.19).
[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019.
Lição 1, 7 julho, 2019]
- Sob a antiga aliança, Deus aceitava
os sacrifícios de animais mortos. Entretanto, devido ao sacrifício final de
Cristo, os sacrifícios do Antigo Testamento já não têm mais qualquer efeito (Hb
9.11-12). Para aqueles em Cristo, a única adoração aceitável é oferecer a si
mesmo completamente ao Senhor. Debaixo do controle de Deus, o corpo ainda não
redimido do cristão pode e deve ser rendido a ele como um instrumento de
justiça (Rm 6.1,13; 8.11-13). "Racional" vem do grego
"lógica". A luz de todas as riquezas espirituais que os cristãos desfrutam
exclusivamente como o fruto das misericórdias de Deus (Rm 11.33,36), segue-se
logicamente que eles elevem a Deus a sua mais elevada forma de culto. Aqui está
subentendida a ideia de culto espiritual sacerdotal, o qual era parte integral
da adoração do Antigo Testamento. O corpo do cristão pertence ao Senhor (v.
13), é um membro de Cristo (v. 15) e templo do Espírito Santo. Todo ato de fornicação,
adultério ou qualquer outro pecado é cometido pelo cristão no santuário, o Santo
dos Santos, onde Deus habita. No Antigo Testamento, o sumo sacerdote entrava lá
apenas uma v e z por ano, e somente após uma extensiva limpeza, caso contrário
ele seria morto (Lv 16). – Dito isto, convido-o a pensar
maduramente a fé cristã!
I - A DIMENSÃO MATERIAL DO CORPO
1. A formação
maravilhosa do corpo. A Bíblia relata a criação do corpo do ser humano (Gn
1.26-28; 2.18-25). Foi uma obra maravilhosa, poeticamente expressa nas palavras
do rei Davi: "Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso
fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito
bem" (Sl 139.14). No mesmo salmo, o autor sagrado traz à memória a
contemplação divina do corpo humano ainda informe (Sl 139.15). Louve a Deus por
sua maravilhosa Criação! [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 2, 14 julho, 2019]
- O ponto culminante da criação
acontece com o ser humano vivente, feito à imagem de Deus para governar a
criação. Isso definiu o relacionamento peculiar do homem com Deus. O homem é
ser vivente capaz de incorporar os atributos de comunicação de Deus (Gn 9.6; Rm
8.29; Cl 3.10; Tg 3.9). Na sua vida racional, o homem era semelhante a Deus no
sentido de que era capaz de raciocinar e tinha intelecto, vontade e sentimento.
No sentido moral, ele era semelhante a Deus porque era bom e sem pecado. Na
gravidez, período divinamente planejado, o Senhor observa o desenvolvimento tia
criança ainda no útero de sua mãe.
2. A estrutura do
corpo humano. Quando estudamos a estrutura do corpo humano, percebemos
quão maravilhosa foi a obra do Criador. Por exemplo, o organismo humano se
constitui de 216 tecidos organizados no esqueleto. Este possui 206 ossos. O
cérebro tem um trilhão de células nervosas e seus sinais trafegam ao longo dos
nervos até um máximo de 360 km/h. O corpo se constitui de setenta por cento de
água; tem 96.500km de veias e artérias; 10 bilhões de vasos capilares; 100
trilhões de células. A estrutura humana revela uma complexidade que a teoria da
evolução jamais explicará. Só uma mente onisciente, e um ser infinitamente
supremo, pode dar respostas lógicas à origem da vida e do homem: "No
princípio, criou Deus os céus e a terra [...] E criou Deus o homem à sua
imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou" (Gn 1.1,27). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 2, 14
julho, 2019]
- Conquanto Deus exista eternamente (SI
90.2), o "princípio" marcou o começo do universo no tempo e no espaço.
Ao explicar a identidade de Israel e o propósito do povo nas planícies de
Moabe, Deus quis que o seu povo soubesse a respeito da origem do mundo no qual
eles se encontravam. Gênesis 1 usa o termo criar para referir-se apenas à
atividade criadora de Deus, embora ocasionalmente seja usada em outros lugares
para referir-se à matéria já existente (Is 65.18). O contexto exige
determinantemente que se tratava de uma criação sem material preexistente (como
também acontece em outras referências na Bíblia: cf. Is 40.28; 45.8,12,18; 48.13;
Ir 10.16; At 17.24). Foi assim, que o Eterno trouxe à existência a coroa da
criação, Conquanto essas duas pessoas compartilhassem de modo igual a imagem de
Deus e juntos exercessem domínio sobre a criação, por desígnio divino eles eram
fisicamente diferentes a fim de cumprirem o mandamento de Deus de
multiplicarem-se, ou seja, nenhum deles podia gerar filhos sem a participação
do outro.
- O corpo humano é extremamente
complexo e maravilhoso, funcionando graças a um conjunto de sistemas que
trabalham de maneira coordenada para desempenhar diversas funções. “O corpo humano é constituído por diferentes
partes, entre elas, a pele, os músculos, os nervos, os órgãos, os ossos, etc. Cada
parte do corpo humano é formada por inúmeras células que apresentam formas e
funções definidas. Além disso, existem os tecidos, órgãos e sistemas, os quais
funcionam de modo integrado. Podemos comparar nosso corpo a uma máquina
complexa e perfeita com todas as suas partes funcionando em sincronia.” (TODAMATERIA)
lI - A DIMENSÃO ESPIRITUAL DO CORPO
1. O corpo segundo
as Escrituras. A Bíblia usa várias metáforas para designar espiritualmente
o corpo:
- A Bíblia se refere ao corpo humano
sob alguns aspectos, contrastando o “homem exterior” e “homem interior”: 1Ts.5:23:
“E todo o vosso espírito, e alma (homem
interior) e corpo (homem exterior), sejam plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. Embora
distintos, espírito e alma (Hb 4.12) nunca são separados. Todos os homens, como
seres criados por Deus (Gn 1.26-27). Como escreve o Pr Elienai Cabral: “O homem é um ser tricótomo (1Ts 5.23; Hb
4.12). O termo tricotomia significa “aquilo que é dividido em três” ou “que se
divide em três tomos”. Em relação ao homem, o termo tricotomia refere-se às
três partes do seu ser: corpo, alma e espírito. Há divergência neste ponto
entre alguns teólogos. Há aqueles que entendem o homem como apenas um ser
dicótomo, ou seja, que se divide em duas partes: corpo e alma (ou espírito). Os
defensores da dicotomia do homem unem alma e espírito como sendo uma e a mesma
coisa. Entretanto, parece-nos mais
aceitável o ponto de vista da tricotomia. Esse conceito da tricotomia crê que o
homem é uma triunidade composta e inseparável. Só a morte física é capaz de
separar as partes: o corpo de sua parte imaterial.
a) O corpo: É a parte inferior do homem que se constitui de
elementos químicos da terra como oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio,
cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro, iodo, ferro, cobre, zinco e
outros elementos em proporções menores. Porém, o corpo com todos esses
elementos da terra, sem os elementos divinos, são de ínfimo valor. No hebraico,
a palavra corpo é basar. No grego do Novo Testamento, a palavra corpo é somma.
Portanto, o corpo é apenas a parte tangível, visível e temporal do homem (Lv
4.11; 1Rs 21.27; Sl 38.4; Pv 4.22; Sl 119.120; Gn 2.24; 1Co 15.47-49; 2Co 4.7).
O corpo é a parte que se separa na morte física.
b) A alma: É preciso saber que o corpo sem a alma é inerte.
A alma precisa do corpo para expressar sua vida funcional e racional. A alma é
identificada no hebraico do Velho Testamento por nephesh e no grego do Novo
Testamento por psiquê. Esses termos indicam a vida física e racional do homem.
Os vários sentidos da palavra alma na Bíblia, como sangue, coração, vida
animal, pessoa física; devem ser interpretados segundo o contexto da escritura
em que está contida a palavra “alma”. De modo geral, em relação ao homem, a
alma é aquele princípio inteligente que anima o corpo e usa os órgãos e seus
sentidos físicos como agentes na
exploração das coisas materiais, para expressar-se e comunicar-se com o mundo
exterior. Nephesh dá o sentido literal de “respiração da vida” (Sl 107.5,9; Gn
35.18; 1Rs 17.21; Dt 12.23; Lv 17.14; Pv 14.10; Jó 16.13; Ap 2.23; Ecl 11.5; Sl
139.13-16);
c) O espírito: No hebraico é ruach e no grego, pneuma. O
espírito do homem não é simples sopro ou fôlego, é vida imortal (Ec 12.7; Lc
20.37; 1Co 15.53; Dn 12.2). O espírito é o princípio ativo de nossa vida
espiritual, religiosa e imortal. É o elemento de comunicação entre Deus e o
homem. Certo autor cristão escreveu que “corpo, alma e espírito não são outra
coisa que a base real dos três elementos do homem: consciência do mundo
externo, consciência própria e consciência de Deus.” (CPADNEWS)
1.1. "Corpo do pecado". Note este
versículo: "que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o
corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado"
(Rm 6.6). Nele, a expressão "corpo do pecado" refere-se ao
"velho homem" que, antes de nascer de novo, usava o corpo como "instrumento
de iniquidade" (Rm 6.12-14). Esse corpo também é chamado na Bíblia de
"homem exterior", um corpo que se corrompe, adoece e envelhece. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 2, 14
julho, 2019]
- Os seres humanos
foram criados por Deus com espírito, alma e corpo (Gn 1.27; 1Ts 5.23). Tem sido
dito que não somos corpos com almas, mas almas com corpos. O corpo - o
"homem exterior" - é a nossa habitação física através da qual
experimentamos o mundo. Nossos corpos funcionam essencialmente através dos cinco
sentidos e atendendo às necessidades inatas que nos levam a comer, beber e
dormir. Nossos corpos não são maus, mas são dons de Deus. Ele deseja que
entreguemos esses corpos como sacrifícios vivos para Ele (Rm 12.1-2). Quando
aceitamos o dom da salvação de Deus através de Cristo, nossos corpos se tornam
templos do Espírito Santo (1Co 6.19-20; 3.16). Em Rm 6.6, apóstolo se refere ao
nosso velho homem, ao eu do cristão não regenerado. A palavra grega para
"velho" não diz respeito a algo velho em anos, mas a algo gasto e
inútil, não é referente ao tempo, mas à utilidade. O nosso velho ser morreu com
Cristo, e a vida que desfrutamos agora é uma vida dada de maneira divina, a
vida do próprio Cristo (Gl 2.20). Fomos retirados da presença e do controle do
nosso ser não regenerado, e desse modo não devemos seguir as lembranças
remanescentes de nossos velhos caminhos pecaminosos como se ainda estivéssemos
sob a influência do mal (Ef 4.20-24; GI 5.24; Cl 3.9-10). Ao utilizar o termo “corpo do pecado”, em sua essência, o e
sentido é o mesmo de “nosso velho homem”.
Paulo usa os termos "corpo"
e "carne" para se referir
às tendências pecaminosas interligadas com as fraquezas e os prazeres físicos,
como por exemplo, nos textos de Rm 8.10-11,13,23. Embora o velho ser esteja
morto, o pecado mantém uma posição em nossa carne profana ou em nossa
humanidade não redimida, com seus desejos corrompidos. Agora, é importante que
se entenda e se corrija um erro comum no ensino cristão: O cristão não tem duas
naturezas conflitantes, a velha e a nova, mas uma nova natureza que ainda está encarcerada
numa carne não redimida. Porém, o termo "carne" não equivale ao corpo físico, o qual pode ser um
instrumento de santificação (v. 19; 12.1; 1 Co 6.20).
1.2. "Casa terrestre"(2 Co 5.1). Essa expressão
refere-se à "temporalidade do corpo", isto é, sua constituição
física, a "fôrma" do espírito. Esse corpo é a casa temporária, a
morada passageira, visto que nesta Terra somos "peregrinos e
forasteiros" (1 Pe 2.11). [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 2, 14 julho, 2019]
- Em 2Co 5.1, ‘casa
terrestre... tabernáculo’, é a metáfora de Paulo para o corpo físico (cf. 2Pe
1.13-14). A imagem era perfeitamente natural para esse tempo porque muitas
pessoas eram habitantes nômades de tendas, e Paulo, com o um fazedor de tendas
(At 18.3), sabia muita coisa a respeito das características delas. Também, o
tabernáculo dos judeus havia simbolizado a presença de Deus entre o povo quando
este saiu do Egito e tornou-se uma nação. O que Paulo quer dizer é que, com o
uma tenda temporária, a existência terrena do homem é frágil, insegura e
modesta (1Pe 2.11). Do mesmo modo, o apóstolo utiliza uma poderosa metáfora
para se referir ao nosso corpo glorificado – ‘da parte de Deus um edifício’ (1Co 15.35-50). Um
"edifício" sugere solidez, segurança, certeza e permanência, em
oposição à natureza frágil, passageira e incerta de uma tenda. Assim com o os
israelitas substituíram o taburnáculo pelo templo, do mesmo modo os cristãos
devem desejar substituir o seu corpo terreno pelo corpo glorificado (Rm
8.19-23; Fp 3.20-21).
1.3.
"Templo do Espírito Santo". Essa expressão aparece numa pergunta
retórica de Paulo em 1 Coríntios: "Ou não sabeis que o nosso corpo é o
templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não
sois de vós mesmos?" (6.19). É um alerta do apóstolo aos crentes de
Corinto para não darem lugar ao pecado, ou seja, não deixarem que o corpo fosse
contaminado pela prostituição. [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 2, 14 julho, 2019]
- 1 Coríntios 3.16-17
explica que o corpo do crente é o santuário, ou templo do Espírito Santo. No
Antigo Testamento, o santuário era um lugar sagrado, que Deus abençoava com Sua
presença. O corpo do cristão é sagrado porque Deus está presente com ele. Quem
atenta contra o corpo do crente (contra sua vida), atenta contra Deus. O corpo
do cristão pertence ao Senhor, é um membro de Cristo e templo do Espírito Santo.
Todo ato de fornicação, adultério ou qualquer outro pecado é cometido pelo
cristão no santuário, o Santo dos Santos, onde Deus habita. Ser templo do
Espírito Santo implica responsabilidade. O crente deve tratar seu corpo com
respeito. Pecar contra o corpo é profanar o templo de Deus! Em 1 Coríntios 6.18-20,
esse respeito pelo corpo está diretamente ligado com evitar a imoralidade
sexual. A imoralidade sexual é pecado contra o próprio corpo, que deve ser
guardado puro. O corpo do crente pertence a Deus e não deve ser profanado com
práticas erradas (1 Coríntios 6.15-17).
2. Pecados contra
o corpo. A Bíblia adverte acerca dos pecados contra o corpo:
2.1. Prostituição, adultério, fornicação. Usar o corpo como
mercadoria a ser vendida para fins sexuais é prostituição. A Palavra de Deus
diz aos crentes com muita clareza: “Mas o corpo não é para a prostituição,
senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo" (1 Co 6.13b; cf. 1 Ts
4.3)". A Bíblia também tem graves admoestações contra quem comete o pecado
de adultério - relacionamento sexual extraconjugal-(1Co 6.10; Hb 13.4) e o de
fornicação - relacionamento sexual entre solteiros-(Ef 5.5; 1Tm 1.10; Ap 21.8). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 2, 14
julho, 2019]
Em 1Co 6.13, o
apóstolo se refere a ‘alimentos...
estômago’, que, talvez fosse um provérbio popular para celebrar a ideia de
que o sexo é puramente biológico, como comer. A influência do dualismo
filosófico pode ter contribuído para essa ideia, visto que tornava mal apenas o
corpo; portanto, o que alguém faz fisicamente não podia ser evitado, e assim,
era irrelevante. Como a relação entre esses dois era puramente biológica e temporária,
os coríntios, como muitos de seus amigos pagãos, provavelmente usavam essa
analogia para justificar a imoralidade sexual. Paulo rejeita a conveniente
analogia justificadora.
2.2.
Homossexualidade. O Antigo Testamento condena explicitamente a união
homossexual, considerando-a "abominação" a Deus (Lv 20.13; 18.20). O
Novo Testamento confirma essa condenação, reprovando a homossexualidade de modo
não menos incisivo: "Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os
adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os
avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o
Reino de Deus" (1 Co 6.10; cf. Rm 1.18-32). [Lições
Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 2, 14 julho, 2019]
- 1º Co 6,9-10 apresenta
uma lista de pecados, que embora incompleta, representa os principais tipos de
pecados morais que caracterizam o não salvo. O reino é a esfera espiritual da
salvação em que Deus governa como rei sobre todos aqueles que pertencem a ele
pela fé (Mt 5.3, 70). Todos os cristãos estão nesse reino espiritual, porém
estão aguardando para entrar na plena herança dele no tempo vindouro. As
pessoas caracterizadas por essas iniqüidades não são salvas. Conquanto os
cristãos possam cometer, e cometam, esses pecados, eles não os caracterizam como
um padrão de vida contínuo. Quando isso acontece, fica demonstrado que a pessoa
não está no reino de Deus. Os verdadeiros cristãos que pecam ressentem-se do
seu pecado e buscam conquistar a vitória sobre ele (Rm 7.14-25). Nesta relação
incompleta de pecados apresentada pelo apóstolo, temos ‘efeminados... sodomitas’ - esses termos dizem respeito àqueles que
trocam e corrompem os papéis e as relações sexuais normais entre homem e mulher;
estão incluídos o travestismo, a mudança de sexo e outras perversões quanto ao
gênero (Gn 1.27; Dt 22.5). Os sodomitas são chamados assim porque o pecado do
sexo entre homens dominou a cidade de Sodoma (Gn 18.20; 19.4-5). Essa perversão
pecaminosa é sempre condenada, de qualquer modo, pela Escritura (Lv 18.22;
20.13: Rm 1.26-27; 1Tm 1.10).
2.3.
Transexualidade. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a transexualidade
é um "transtorno de identidade de gênero" ou "disforia de
gênero". Nesse transtorno, um homem "se sente mulher" e, por
isso, não aceita o próprio corpo; uma mulher "se sente homem" e,
igualmente, não aceita o próprio corpo, desejando assim "mudar de
sexo". A tragédia maior é quando se tenta normalizar isso na cabeça de
crianças e de adolescentes, trazendo confusão entre eles. Isso é uma estratégia
de origem satânica para destruir o plano original de Deus da criação da família
como célula mater da sociedade. Trata-se, pois, de uma terrível afronta à
sacralidade do corpo criado por Deus com uma identidade binária: "macho e
fêmea os criou" (Gn 1.27). [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 2, 14 julho, 2019]
- “O transexualismo, também conhecido como
transgeneridade, Transtorno de Identidade de Gênero (TIG) ou disforia de
gênero, é um sentimento de que seu gênero biológico/genético/fisiológico não
corresponde ao gênero com o qual você se identifica e/ou se percebe. Os
transexuais/transgêneros geralmente se descrevem como se estivessem “presos” em
um corpo que não corresponde ao seu verdadeiro gênero. Eles costumam praticar o
travestismo e também podem procurar a terapia hormonal e/ou a cirurgia de
mudança de sexo para adequar seus corpos ao gênero percebido. A Bíblia em
nenhum lugar menciona explicitamente a transgeneridade ou descreve alguém como
tendo sentimentos transgêneros. No entanto, a Bíblia tem muito a dizer sobre a
sexualidade humana. O conceito mais básico para nossa compreensão de gênero é
que Deus criou dois (e apenas dois) gêneros: “homem e mulher os criou” (Gênesis
1:27). Toda a especulação moderna sobre numerosos gêneros ou fluidez de gênero
- ou mesmo um “continuum” de gênero com gêneros ilimitados - é estranha à Bíblia.
O mais próximo que a Bíblia chega de mencionar a transgeneridade é em suas
condenações à homossexualidade (Romanos 1:18-32; 1 Coríntios 6:9-10) e ao
travestismo (Deuteronômio 22:5). A palavra grega frequentemente traduzida como
“homossexuais passivos ou ativos (NVI)” ou “homossexuais (NTLH)” em 1 Coríntios
6:9 significa literalmente “homens efeminados”. Assim, enquanto a Bíblia não
menciona diretamente a transgeneridade, quando menciona outras instâncias de
“confusão” de gênero, identifica clara e explicitamente como pecado.” (Leia
mais em: GOTQUESTIONS.ORG)
3. A santificação
do corpo. É o ponto fundamental na mordomia do corpo. Diz a Bíblia:
"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o
Senhor" (Hb 12.14). A Bíblia mostra os meios de santificação que levam em
conta a ação de Deus e a contribuição do crente:
- “As palavras "santificar",
"sagrado" e "santo" são traduções da mesma palavra grega.
Elas significam estar separado para um serviço especial. Na Bíblia muitas
coisas além de pessoas são apresentadas como santificadas –- os móveis do
Tabernáculo (Ex. 40:10, 11,13); uma montanha (Ex. 19:23); comida (1 Ti. 4:5).
Torna-se até possível para um crente santificar a Deus no seu coração (1 Pe.
3:15). Portanto, santificar, ou tornar sagrado, não significa purificar ou
tornar sem pecado, mas separar alguma coisa para Deus e o serviço a Deus. Em
relação ao Cristão, santificação ou santidade significa estar separado do
pecado e para Deus. Existem três aspectos distintamente diferentes desta
santificação: passado, presente e futuro. Todo Cristão está autorizado a falar,
"fui santificado; estou sendo santificado; ainda serei santificado."
SANTIFICAÇÃO PASSADA significa que o crente já foi
posicionalmente separado em Cristo (At. 20:32; 1 Co. 1:2; 1:30; 6:9-11; He.
10:10, 14). No novo nascimento, cada crente está sendo eternamente santificado
em Cristo, é retirado do poder do diabo para dentro da família de Deus (Jo.
1:14; Ga. 4:4-6), do reino do diabo para dentro do reino de Cristo (Col. 1:12,
13); da velha criação para a nova criação (2 Co. 5:17). Esta santificação é uma
realidade eterna e está baseada numa nova posição spiritual que o Cristão tem
em Jesus Cristo. Os crentes de Corinto não estavam sem pecado, e apesar disso
foram chamados de santos e foi escrito que foram santificados (1 Co. 1:2, 30).
Neste sentido, o Cristão pode dizer, "ESTOU santificado em Cristo."
SANTIFICAÇÃO PRESENTE (ATUAL) indica o processo pelo qual o
Espírito Santo gradualmente muda a vida do crente para dar vitória sobre o
pecado. Esta é a santificação prática. Trata-se do crescimento cristão,
deixando o pecado do lado e vestindo dedicação a Deus (Ro. 6:19, 22; 1 Th. 4:3,
4; 1 Pe. 1:14-16). [Nota do tradutor: A palavra inglesa “godliness”
aparentemente não tem tradução própria em português. Ela significa algo
parecido como “ser semelhante, ser um reflexo de Deus”. O dicionário somente
indica “piedade, dedicação a Deus”.] Este processo atual de santificação nunca
acaba nesta vida (1 Jo. 1:8-10). O Cristão precisa resistir ao pecado até ser
levado deste mundo através da morte ou na volta de Cristo. Neste sentido, o
Cristão pode dizer, "ESTOU SENDO santificado pelo poder de Deus."
SANTIFICAÇÃO FUTURA é a perfeição que o crente vai
desfrutar na ressurreição (1 Tes. 5:23). Na vinda de Cristo, cada crente
receberá um corpo novo que estará sem pecado. O Cristão não terá mais de
resistir ao pecado ou de crescer para a perfeição. Sua santificação estará
completa. Ele estará inteira e eternamente separado do pecado e para Deus.
Neste sentido, o Cristão ESTARÁ santificado na volta de Cristo.” (SOLASCRIPTURA)
3.1.
Os meios da santificação que vêm da parte de Deus. É Deus que age
diretamente na santificação integral do crente: "espírito, e alma, e
corpo" (1 Ts 5.23). O Altíssimo também o santifica através de Cristo (Ef
5.25,26; Hb 9-14; 13.12; 1 Jo 1.7), do Espírito Santo (1 Co 6.11; 2 Ts 2.13; Rm
15.16) e da Palavra de Deus (Jo 17.17).
- “É maravilhoso e ao mesmo tempo confortador
sabermos que Deus tem, pela sua graça, providenciado os recursos para
experimentarmos a vida de santidade. Quais sãos esses meios?
1. O Sangue de Cristo “Se, porém, andarmos na luz, como
ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu
Filho, nos purifica de todo pecado”(1 Jo 1.7). O Sangue fala da nossa posição
perante Deus. É uma obra consumada que concede ao pecador arrependido um lugar
na presença de Deus (Hb 13.12; 10.10, 14; 1 Jo 1.7). Observemos que, como
resultado da obra consumada de Cristo, o pecador arrependido é transformado de
pecador impuro em adorador santo. A santificação é o resultado dessa
maravilhosa obra redentora do Filho de Deus, ao oferecer-se no Calvário para
aniquilar o pecado pelo seu sacrifício. Em virtude desse sacrifício, o crente é
eternamente separado para Deus; sua consciência é purificada e ele próprio é
unido em comunhão com o Senhor Jesus Cristo (Hb 12.11; 9.14). À luz de 1 Jo 1.7
fica claro que o que remove essa barreira, que é o pecado, entre o ser humano e
Deus, para que flua entre ambos a
comunhão, é o Sangue eficaz de Jesus Cristo. Não há ninguém perfeito, mas é
possível andar em comunhão com Deus, desde que o Sangue do Cordeiro esteja nos
purificando. Não há comunhão com Deus se não debaixo do sangue de Cristo (1 Jo
1.9).
2. O Espírito Santo “E não vos embriagueis com vinho, no
qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”(Ef 5.18). É impossível a
santificação sem a operação do Espírito Santo. Diríamos que Ele é o agente, o
dinamizador. O ensino bíblico deixa bem claro este fato (1 Co 6.11; 1 Pe 1.1,
2; Rm 15.16). “Da mesma forma que o Espírito Santo pairava sobre o caos
original (Gn 1.2), seguindo-se o estabelecimento da ordem pelo Verbo de Deus
assim o Espírito paira sobre a alma humana, fazendo-a abrir-se para receber a
luz e a vida de Deus” (2 Co 4.6). O Espírito Santo toma o imundo e o leva ao
santo. Fez o que aconteceu na casa de Cornélio (At 10). E agora os gentios são
aceitos na família de Deus porque foram santificados, separados pelo Espírito
Santo. Para uma vida de santidade o Espírito Santo terá de entrar em cena.
Homens e mulheres santos são aqueles em que o Espírito Santo trabalha.
3. A Palavra de Deus “Eu sou a videira verdadeira, e meu
Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta;
e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais
limpos pela palavra que vos tenho falado”(Jo 15.1-3). Os cristãos são descritos
como sendo gerados pela Palavra de Deus (1 Pe 1.23). A Palavra de Deus desperta
as pessoas para compreenderem a insensatez e impiedade de suas vidas. Quando
dão importância à Palavra, arrependendo-se e crendo em Cristo, são purificados
pela Palavra que lhes fora falada. Esse é o início da purificação, que deve
continuar através da vida do crente. No início de sua consagração ao
ministério, o sacerdote israelita tomava um banho cerimonial completo, banho que
nunca se repetia, era uma obra feita uma vez para sempre. Todos os dias, porém,
era obrigado a lavar as mãos e os pés. Da mesma maneira, o regenerado foi
lavado (Tt 3.5, Jo 13.10); mas precisa de uma separação diária das impurezas e
imperfeições conforme lhe foram reveladas pela Palavra de Deus, que serve como
espelho para a alma (Tg 1.22-25). Deve lavar as mãos, isto é, seus atos devem
ser retos; deve lavar os pés, isto é, “guardar-se das imundícias em que tão
facilmente tropeçam os pés do peregrino, que anda pelas estradas deste mundo.” (ESTUDOSGOSPEL)
3.2.
A responsabilidade humana na santificação. Deus não entrega ao homem "um
pacote" de salvação pronto e acabado. Ele faz a sua parte no lado divino,
mas o homem tem de ser um participante ativo desse processo. Na santificação, o
homem precisa dar lugar à vontade de Deus:"[...] quem é santo seja santificado
ainda" (Ap 22.11). Logo, o crente pode participar do processo de
santificação mediante os seguintes elementos: a fé em Cristo (Rm 1.17);
dedicação a Deus (Rm 12.1,2); andando em espírito (Gl 5.16,17); renunciando ao
pecado (Mt 16.24; Rm 6.18,19). [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 2, 14 julho, 2019]
- “A santificação é o processo pelo qual o
crente se afasta (separa) do pecado para viver uma vida inteiramente consagrada
a Deus, desenvolvendo nele a imagem de Cristo (Rm 8.29). É um processo de
cooperação entre o crente e o Espírito Santo que se inicia no momento da justificação
do salvo, isto é, Deus vê o crente como santo, ainda que a santidade dele
precise ser aperfeiçoada (Ef 4.12). No processo de conversão, a santificação é
outorgada ao cristão porque Deus o vê santo, separado e amado por Ele, o nosso
Pai (Cl 3.12). Nesse sentido estamos firmados em Cristo e os pecados não têm
mais lugar em nossas vidas (1Jo 3.6). As Escrituras revelam que devemos almejar
e priorizar a santificação (Hb 12.14), pois a nossa natureza pecaminosa insiste
em resistir a esse processo (Rm 7.14,21). Deus anela pela santificação dos seus
filhos, não por capricho divino, mas porque o pecado nos fere de morte e o
nosso Pai de amor não quer ver os seus filhos feridos, mortos no pecado, pois
isso contraria sua natureza amorosa. Assim, para sarar a ferida do pecado, Ele
enviou o seu filho para nos libertar do pecado a fim de vivermos uma vida santa.
Às vezes achamos que podemos ser continuamente bons e santos (1Jo 1.10). Na
verdade, a nossa meta deve ser essa, mas não podemos deixar de reconhecer que
somos simultaneamente justos e pecadores, ou seja, em Cristo, Deus nos vê
absolutamente santos; no entanto, em relação à nossa natureza inclinada ao
pecado, nossa santificação sofre revezes (Rm 7.15). Por isso é exigido um
esforço pessoal e dependência contínua do Espírito Santo para sermos santos.” (LIÇÕES
BÍBLICAS CPAD ADULTOS 4º Trimestre de 2017. Título: A Obra da Salvação: Jesus
Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida. Comentarista: Pr. Claiton Ivan
Pommerening. Lição 10:O Processo da Salvação; 3 de Dezembro de 2017)
III - O CULTO RACIONAL E A MORDOMIA DO CORPO
De acordo com as Escrituras, devemos nos apresentar em
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Nesse sentido, o nosso culto a Ele,
segundo Romanos 12.1,2, deve considerar o seguinte tripé:
1. “Um sacrifício
vivo". A imagem do sacrifício, em Romanos, remonta ao Antigo
Testamento. Mas, no Novo Testamento, o cristão deve apresentar-se a Deus como
um sacrifício vivo e agradável - sacrifício de louvor (Hb 13.15) -, pois todos
os que cremos fomos crucificados com Cristo (Gl 2.19). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 2, 14
julho, 2019]
- O texto de Romanos 12.1 trata de
como poderemos experimentar qual a vontade de Deus. E a vontade de Deus é boa,
perfeita e agradável. Mas, como conhecê-la e experimentá-la? O apóstolo Paulo
nos oferece três princípios para conhecermos e experimentarmos a vontade Deus. “Depois de expor sobre a gloriosa salvação
que recebemos pela fé em Cristo, Paulo insta a igreja para demonstrar essa
verdade através de uma vida de consagração. Nossa consagração a Deus é uma
resposta ao seu amor, uma reação à ação da sua misericórdia dispensada a nós.
Na antiga dispensação os animais do sacrifício iam arrastados ao altar,
involuntariamente, mas nós devemos voluntariamente oferecer o nosso corpo a
Deus como um sacrifício vivo, santo e agradável. Nosso corpo foi comprado pelo
sangue de Cristo; é morada do Espírito e habitação de Deus. Portanto, deve ser
oferecido a ele como um sacrifício vivo. Nosso corpo não é destinado à
impureza, por isso sua entrega precisa ser um sacrifício santo. Nosso corpo é
para o Senhor e por isso, seu sacrifício precisa ser agradável, ou seja, sem
mácula. O apóstolo Paulo diz que essa consagração é que constitui o nosso culto
racional. A palavra “racional” significa lógico, coerente, autêntico. O culto
que agrada a Deus é aquele onde há coerência e consistência entre o altar e o
trabalho, entre o templo e o lar, entre a adoração e a vida. O culto que
prestamos a Deus no altar é vazio de significado se não é acompanhado por uma
vida de obediência e fidelidade a Deus (Is 1.15; Am 5.21-23; Ml 1.6-10).” (HERNANDESDIASLOPES)
2. “Um sacrifício
santo". Essa perspectiva leva o crente à santificação. E uma vez que
ele se coloca como sacrifício vivo, demonstra pertencer a Deus, consagrando-se
inteiramente ao Pai, para viver uma vida santa e pura no corpo, na alma e no
espírito (1 Ts 5.23). Uma vida santa é um culto ao Senhor. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 2, 14
julho, 2019]
- Não se trata de sacrifícios de
animais, pois Cristo os invalidou (Hb 10:4,9,10). Trata-se de uma ilustração para
sacrifício de louvor, ação de graças (Sl 50.14). Devemos nos consagrar
totalmente a Deus, vivendo para Sua glória em cada detalhe de nossas vidas. Sacrifício
vivo é a vida do crente que morreu para o pecado e agora vive para Deus, por
meio de Cristo, pela própria vida do Cristo e pela fé nEle. Somos “corpo de
Cristo” (1Co 12.27), e “pedras vivas” (“Vós, também, como pedras vivas, sois
edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios
espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo” – 1Pd 2.5). Isso é agradável
a Deus, pois a justiça e santidade de Cristo são perfeitas, e satisfazem a
perfeita vontade do Deus perfeito.
3. “Um sacrifício
agradável". Oferecendo-se em sacrifício vivo, o salvo é visto pelo
Senhor como oferta de grande valor (Sl 51.17). Uma das coisas mais belas da
vida cristã é quando a nossa vontade está alinhada à vontade de Deus. Esse é o
verdadeiro estágio de total entrega ao Pai. A imagem de sacrifício mostrada
didaticamente em Romanos 12, ensina como deve ser a nossa mordomia no campo
espiritual e material. Ela passa por uma mente renovada, não conformada com o
"espírito" deste mundo, em que o cristão é instado a viver em
"sacrifícios" cotidianamente. Assim, o nosso culto racional. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 2, 14
julho, 2019]
- Deve-se tomar cuidado ao usar essa
linguagem ‘Oferecendo-se em sacrifício vivo’, é importante
lembrar que não podemos oferecer mais sacrifício, Cristo já o fez de uma vez
por todas. O único sacrifício que podemos oferecer agora é o nosso culto
racional. Culto racional significa adoração consciente, com amor mas também com
entendimento. No Antigo Testamento, as regras de adoração centravam muito em
ações exteriores e muitas pessoas se esqueciam que nada disso tinha valor sem
um coração voltado para Deus (Rm 9.30-32). No Novo Testamento, a adoração
começa no coração, que depois se reflete na vida e nas ações exteriores.
CONCLUSÃO
O nosso corpo tem uma dimensão material e outra espiritual.
Nesse aspecto, a Palavra de Deus tem orientações diretas sobre o perigo do
pecado contra o nosso corpo e a necessidade de vivermos em santidade diante de
Deus. Assim, para glorificá-lo, precisamos prestar um culto racional a Deus,
apresentando-nos em sacrifício vivo, santo e agradável ao Eterno. Que Ele nos
faça mordomos fiéis de seus bens tão preciosos em todo o nosso espírito, alma e
corpo! [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019.
Lição 1, 7 julho, 2019]
- O ato de apresentar envolve a
decisão da mente. Entregamos nossas vidas a Deus, e isso racionalmente.
Decidimos que viveremos para Ele, o que só é possível por meio dEle, mas que
também não aconteceria sem a participação da nossa vontade. Existe aqui uma
cumplicidade entre a vontade de Deus e a vontade do homem. É bem verdade que
quase tudo em nossa salvação e espiritualidade depende da vontade dEle, mas
também é verdade que Deus optou por posicionar-se eticamente diante da nossa
vontade/escolha. Em outras palavras, apesar de o culto racional depender de
Deus, ele também requer (em um segundo momento) a nossa contribuição e decisão.
O “sacrifício vivo, santo e agradável”, é o “culto racional”, e ambos podem
também ser chamados de “verdadeira adoração em espírito e em verdade”
Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb
6.19),
Pb Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
JULHO de 2019
PARA REFLETIR
A respeito de "A Mordomia do Corpo", responda:
• Quem que pode dar respostas lógicas à origem da vida e do
homem?
Só uma mente onisciente, um ser infinitamente supremo, pode
dar respostas Lógicas à origem da vida e do homem.
• Quais expressões as Escrituras usam para o “corpo"?
"Corpo do pecado", "Casa terrestre" e
"Templo do Espírito Santo".
• A que se refere a expressão “corpo do pecado"?
Nele, a expressão "corpo do pecado" refere-se ao
"velho homem".
• Por que o corpo é chamado de "casa terrestre"?
Essa expressão refere-se à "temporalidade do
corpo", isto é, sua constituição física, a "fôrma" do espírito.
• De acordo com a Palavra de Deus, como nos devemos
apresentar?
Em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 3º Trimestre 2019. Lição 2, 14
julho, 2019]