Data: 27 de Dezembro de 2015
TEXTO ÁUREO
“E
disse Faraó a seus servos: Acharíamos um varão como este, em quem haja o
Espírito de Deus?” (Gn 41.38). [Comentário: José indicou a ação de Deus em dar
o sonho e Faraó reconheceu o poder de Deus atuando em José (Êx 7.1-5). Vindo
dos lábios de Faraó, ele pode tanto estar falando impelido pela providência de
Deus, sem estar de fato ciente do seu conteúdo, ou então a expressão poderia
ser traduzida como "o espírito de um deus". Os exegetas estão
divididos quanto a este ponto].
VERDADE PRÁTICA
Escravo,
ou senhor, José sempre se destacou por uma vida de excelência e fidelidade a
Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Gn
37.3 -
José, o filho amado e preferido do pai
Terça — Gn 37.5 - José, um
jovem que ousou sonhar os sonhos de Deus
Quarta — Gn
37.23-28 -
A angústia de José diante da maldade de seus irmãos
Quinta — Gn
39.7-20 -
José, um jovem que escolheu fazer o que era certo
Sexta — Gn
39.21.23 -
José nos mostra que os que são de Deus prosperam em qualquer lugar
Sábado — Gn
41.38-46 -
De escravo José se torna governador do Egito
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis
45.1-8.
1 — Então, José não se podia
conter diante de todos os que estavam com ele; e clamou: Fazei sair daqui a
todo varão; e ninguém ficou com ele quando José se deu a conhecer a seus
irmãos.
2 — E levantou a sua voz com
choro, de maneira que os egípcios o ouviam, e a casa de Faraó o ouviu.
3 — E disse José a seus irmãos:
Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não lhe puderam responder,
porque estavam pasmados diante da sua face.
4 — E disse José a seus irmãos:
Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então, disse ele: Eu sou José, vosso
irmão, a quem vendestes para o Egito.
5 — Agora, pois, não vos
entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá;
porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face.
6 — Porque já houve dois anos de
fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem
sega.
7 — Pelo que Deus me enviou
diante da vossa face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos
em vida por um grande livramento.
8 — Assim, não fostes vós que me
enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor
de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito.
HINOS SUGERIDOS
225, 304 e 609 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Saber que os sonhos de José foram concedidos pelo
Senhor.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Conhecer a história de
José;
II. Analisar a vida de José
como escravo;
III. Mostrar que Deus
providenciou, por intermédio de José, um lugar de refúgio para Jacó e sua
família.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Com
a graça de Deus chegamos ao final do estudo do livro de Gênesis. Com certeza a
sua fé, e a de seus alunos foram edificadas por intermédio de cada lição. Como
é bom saber que o Deus que tudo criou é o nosso Pai. Um Deus que nos ama, cuida
de nós e nos faz sonhar.
Na
lição de hoje estudaremos a respeito da vida de José. Este jovem foi um
sonhador. Seus sonhos o levaram até uma cova. Mas, a interpretação de alguns
sonhos o levaram ao palácio e o fizeram governador do Egito. Com José
aprendemos que os sonhos que Deus estabelece em nossos corações, não podem ser
frustrados, embora, isso não nos impeça de passarmos por várias situações
difíceis.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste
domingo, veremos como Deus usou José para garantir a sobrevivência de Israel.
Tudo começou com um sonho que, no devido tempo, fez-se realidade. Mas, do sonho
à realidade, o jovem hebreu viu-se reduzido à escravidão até ser exaltado como
governador de toda terra do Egito. José soube esperar com paciência. Quem tem
sonhos dados por Deus não tem pressa. Sabe que tudo haverá de cumprir-se no
tempo estabelecido pelo Eterno. [Comentário: Dentre os doze filhos varões de
Jacó, um tem-se destacado, por demonstrar excelentes virtudes e por refletir
uma beleza interior do coração. É a história de José, o filho mais velho de
Raquel, segunda esposa e primeiro amor de Jacó. "E sabemos que todas as
coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que
são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28) - É impressionante como Deus
cuida do seu povo. Através de toda a Bíblia fica evidente a fidelidade e o amor
do Senhor. Ele é um verdadeiro Pai, que cuida de cada um de uma maneira única e
singular, sempre pensando em nosso benefício e daqueles que nos cercam. Nesta
última lição, veremos como esse cuidade, amor e fidelidade do Senhor se
evidenciou na vida de José, e através deste, de toda a casa de Israel.]
PONTO CENTRAL
José
se destacou, na casa dos seus pais, na casa de Potifar e no palácio de Faraó,
por sua vida de excelência e fidelidade a Deus.
I. A HISTÓRIA DE JOSÉ
José
era bisneto de Abraão, amigo de Deus. À semelhança de seu pai, Jacó, e do avô,
Isaque, era um homem de profundas experiências com o Senhor. A seu modo, era um
profeta e um especialista em sonhos.
1. Filho da
afeição.
José era filho de Raquel, a esposa amada de Jacó (Gn 29.18-20,30). Seu
nascimento foi celebrado por sua mãe (Gn 30.22-24). Em hebraico, José significa
Jeová acrescenta. [Comentário: Nascido em Padã-Arã, depois de muito tempo em que Raquel esperou em vão por
um filho (Gn 30.1,22 a 24). Os filhos da mulher favorita de Jacó foram José e
Benjamim, sendo cada um deles particular objeto da profunda afeição de seus
pais. Acredita-se que, em virtude desta parcialidade, surgiram acontecimentos
de grande importância. Na primeira referência que a José se faz depois do seu
nascimento, é ele um rapaz de dezessete anos, dileto filho de Jacó, tendo já
este patriarca atravessado o rio Jordão, e havendo fixado em Canaã a sua
residência. Raquel já tinha morrido, e por esta razão era de Jacó que pendia o
cuidado dos dois filhos favoritos, e também por ser ainda jovem, servia José de
portador de recados para seus irmãos mais velhos, que estavam longe, guardando
os rebanhos - e, andando ele vestido com roupa superior à deles, era isso
motivo de grande ofensa para os filhos de Jacó. Talvez o seu pai tivesse feito
a ‘túnica de muitas cores’ com as suas próprias mãos, em conformidade com o
costume ainda em voga entre os beduínos. E explica-se assim o ódio e o ciúme
daqueles moços. Tanto a sua mãe como ele próprio tinham sido colocados desde o
princípio em lugar de honra. Era Raquel a verdadeira esposa - e por isso só ela
é nomeada como ‘mulher de Jacó’ na genealogia, que vem no cap. 46 de Gênesis.
Além disso, a retidão de José era tal que eles reconheciam a sua própria
inferioridade, comparando as suas vidas com a de José, mais pura e mais
tranqüila. E então acontecia que ele levava a seu pai notícias dos maus feitos
de seus irmãos (Gn 37.2). Mas parece que foi a ‘túnica talar de mangas
compridas’ que fez que o ódio de seus irmãos se manifestasse em atos (Gn
37.3).]
2. Filho da
decisão.
Talvez o seu nascimento tenha levado Jacó a munir-se de uma firme atitude
diante de Labão, seu sogro: “Deixa-me ir; que me vá ao meu lugar e à minha
terra” (Gn 30.25). O filho do coração mexeu com a alma do patriarca que, por
longos anos, achava-se exilado em Padã-Arã. Enfim, chegara a hora de retornar à
casa de Isaque, seu pai. [Comentário: Raquel, a mãe de José teve a
criança depois de anos de esterilidade (Gn 30.22). Jacó tinha 91 anos quando
José nasceu. Deus, então, manda Jacó voltar à terra de seus pais. Atendendo as
orientações de Deus, Jacó partiu de Padã-Arã com toda a sua família, para
voltar à terra de Canaã (Gn 31.17 e 18). A partida de Jacó e seus filhos de
Padã-Arã prenuncia o Êxodo das doze tribos de Israel do Egito; Eles vão, não
porque o filho do coração mexeu com a alma do patriarca, mas sim, em resposta a
um chamado de Deus para a dorar na terra de Canaã (Êx 3.13-18); eles despojaram
o inimigo de sua riqueza (Êx 12.35-36); eles são perseguidos por forças
superiores e salvos por intervenção divina (Êx 14.5-31). Estes exemplos do
Antigo Testamento apontam para a peregrinação do Novo Israel, a Igreja (veja
1Co 10.1-4). Durante sua viagem de retorno à Canaã, Jacó morou em Sucote e
depois em Siquém (Gn 33.17-19). Mais tarde foi morar em Betel (Gn 35.1, 5 e 6).
Em Betel o próprio Deus anunciou ao idoso Jacó a mudança de seu nome, que
passou a ser chamado de - Israel: “aquele que luta com Deus” (Gênesis 35:10).
Posteriormente, em caminho de Betel para Efrate (Belém), morreu Raquel, mãe de
José, ao dar à luz Benjamim (Gênesis 35:19). ]
3. Filho dos
sonhos.
Já deixando a adolescência, José teve dois sonhos. Assim ele relata o primeiro
deles aos irmãos: “Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que
o meu molho se levantava e também ficava em pé; e eis que os vossos molhos o
rodeavam e se inclinavam ao meu molho” (Gn 37.7). Embora campesinos e rudes,
eles não tiveram dificuldades em interpretar-lhe o sonho: “Tu deveras terás
domínio sobre nós?” (Gn 37.8). Nem sempre nossos sonhos são compreendidos. Mas,
se procedem de Deus, certamente se cumprirão no tempo da oportunidade. O
segundo sonho foi ainda mais significativo: “E eis que o sol, e a lua, e onze
estrelas se inclinavam a mim” (Gn 37.9). Ao ouvir o relato, indagou-lhe o pai:
“Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em
terra?” (Gn 37.10). Por causa disso, seus irmãos vieram a odiá-lo. Jacó,
entretanto, tudo guardava no coração. Na qualidade de profeta e sacerdote de
Deus, sabia que algo grandioso estava para acontecer com o filho sonhador. [Comentário:
A questão retórica foi posteriormente respondida quando José veio a governar
"sobre toda a terra do Egito" (41.43) e, então, sobre a família da
aliança vivendo no Egito. A posição de José como cabeça da família da aliança
foi .confirmada quando ele recebeu o "direito de primogenitura" de
seu pai Jacó (1Cr 5.2). Mais insuportável se tornou José para com os seus
irmãos quando ele lhes referiu os sonhos que tinha tido (Gn 37.5 a 11). Gn
37.11: considerava o caso consigo mesmo: esta declaração talvez antecipe a
decisão posterior de Jacó de dar a José o direito de primogenitura e porção
dobrada. Não tardou muito que se proporcionasse a oportunidade de vingança. os
irmãos de José tinham ido apascentar os seus rebanhos em Siquém, a 80 km de
distância - e querendo Jacó saber como estavam seus filhos, mandou José ali
para trazer notícias dos pastores. Mas como estes já se tinham retirado para
Dotã, para ali também se dirigiu José, andando mais 24 km. Tinha bebido pela
última vez do poço de Jacó. Dotã era uma importante estação, que ficava na
grande estrada para caravanas, que ia de Damasco ao Egito. Havia, por aqueles
sítios, ricas pastagens, estando a terra bem suprida de cisternas ou poços.
Eram estas cisternas construídas na forma de uma garrafa, estreitas por cima e
largas no fundo, estando muitas vezes secas, mesmo no inverno. E também eram
empregadas para servirem de prisão. Naquela região foi encontrar José os seus
irmãos, que resolveram tirar-lhe a vida (Gn 37.19,20). Mas Rúben, ajudado por
Judá, fez todo o possível para o salvar, e isso conseguiu, não podendo,
contudo, evitar que ele fosse vendido como escravo (Gn 37.36). os compradores
eram negociantes ismaelitas ou midianitas, os quais, tendo dado por José vinte
peças de prata, tomaram a direção do Egito (Gn 37.25, 28,36). Entretanto os
irmãos de José levaram a seu pai a túnica de mangas compridas, com manchas de
sangue de uma cabra, para fazer ver que alguma fera o havia devorado. José foi
levado ao Egito e vendido como escravo a Potifar, oficial de Faraó (Gn 39.1).
Bem depressa ganhou a confiança de seu senhor, que lhe entregou a mordomia da
sua casa (Gn 39.4). Depois disto foi José tentado pela mulher de Potifar,
permanecendo, contudo, fiel a Deus e a seu senhor (Gn 39.8,9) - sendo
falsamente acusado pela dona da casa, foi lançado numa prisão (Gn 39.20). o
carcereiro-mor tratava José com certa consideração (Gn 39.21) - e no seu
encarceramento foi o moço israelita feliz na interpretação dos sonhos de dois
companheiros de prisão, o copeiro-mor e o padeiro-mor de Faraó (Gn 40). o
copeiro-mor, quando o rei precisou de um intérprete para os seus sonhos, contou
ao monarca que tinha conhecido na prisão um jovem de notável sabedoria (Gn 41.1
a 13). Em conseqüência disto foi José chamado, afirmando ele que só como
instrumento do Altíssimo Deus podia dar a devida interpretação (Gn 41.16).
Explicado o sonho de Faraó, ele aconselhou o rei a respeito das providências
que deviam ser tomadas, por causa da fome que ameaçava afligir o Egito. Faraó
recebeu bem os seus conselhos, e colocou-o na posição própria do seu tino e
sabedoria, dando-lhe, além disso, em casamento a filha do sacerdote de om (Gn
41.37 a 45). Nesta ocasião foi-lhe dado por Faraó um nome novo, o de
Zafenate-Panéia.]
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A história de José nos mostra que é Deus quem
estabelece alguns sonhos no coração do homem.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A
história de José nos revela como os descendentes de Jacó vieram a ser uma nação
dentro do Egito. Esta seção de Gênesis não somente nos prepara para a narrativa
do êxodo do Egito, como também revela a fidelidade que José sempre teve para
com Deus, e as muitas maneiras como Deus protegeu e dirigiu a sua vida para o
bem doutras pessoas. Ressalta a verdade de que nos justos podem sofrer num
mundo mau e iníquo, mas que, por fim, triunfará o propósito de Deus reservado
para eles” (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.90).
II. UM ESCRAVO CHAMADO JOSÉ
Se
em casa era o mais querido dos filhos, no exílio, José teria de experimentar as
angústias de um escravo. O Senhor, porém, era com ele.
1. O preço de um
jovem.
Os irmãos de José venderam-no a uns mercadores ismaelitas por vinte siclos de
prata (Gn 37.28). Avaliaram-no abaixo da cotação do mercado para a compra de um
escravo (Êx 21.32). As pessoas socialmente aviltantes não tinham muito valor. O
valor de José, entretanto, excedia ao do próprio ouro. [Comentário: Midiã e Medã
eram filhos que Abraão teve com Quetura (25.1-2), e foram posteriormente
considerados por Israel como membros da mesma tribo, assim como o seu meio
irmão Ismael (Jz 8.22-24). Esta ação foi uma espécie de sequestro, que em Êx
21.16 e Dt 24.17 classificam como passível de punição com morte. 20 ciclos de
prata era o preço médio de um escravo à época. Os mercadores levaram José ao
Egito e o venderam a Potifar, comandante da guarda real de Faraó (Gn 37.28, 36;
39.1). Na providência de Deus esta triste viagem rumo à escravidão foi o melhor
que poderia ter acontecido a José. Apesar de José não compreender o que estava
acontecendo, Deus, contudo, estava utilizando essa situação para conduzir José
a um magnífico futuro, que de outra maneira não aconteceria. ]
2. A pureza de
um jovem.
Quem serve a Deus prospera até mesmo na servidão. Não sabemos o preço que
Potifar ofereceu por José. Mas logo descobriria ter adquirido um bem mui
valioso, pois tudo o que o jovem hebreu punha-se a fazer prosperava (Gn
39.6,7). Quem serve a Deus prospera em qualquer circunstância (Sl 1.3). Por ser
um jovem formoso, não demorou a ser cobiçado pela esposa de seu amo (Gn 37.7).
José, porém, temia a Deus, e guiava-se por uma ética superior. Por isso,
respondeu à sua senhora: “Como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria
contra Deus?” (Gn 39.9). Os Dez Mandamentos ainda não haviam sido decretados,
mas a lei de Deus já estava gravada em seu coração (Rm 2.14). [Comentário:
No Egito José mostrou ser um diligente e fidedigno escravo, granjeando o respeito
e a confiança de seu novo dono. Vendo Potifar que Deus era com José, fazendo
prosperar em sua mão tudo quanto ele empreendia (Gn 39.3), decidiu Potifar
promovê-lo a supervisor, com responsabilidade sobre todas as questões
domésticas. Em Gn 39.2, o texto afirma: "O Senhor era com José que veio a
ser homem próspero..." Ainda que isto se refira a tornar-se materialmente
próspero, José era também, certamente, bem sucedido espiritualmente. Uma das
lições que pode ser aprendida conforme a história se desenvolve é que até mesmo
uma pessoa espiritualmente bem sucedida não está isenta da tentação. Paulo
adverte: "Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia"
(1Co 10.12). Precisamos estar sempre em guarda contra as manobras de Satanás ]
3. A prisão de
um jovem.
Embora muito o assediasse, a mulher de Potifar não conseguiu arrastá-lo ao
pecado. Certo dia, porém, estando apenas os dois em casa, ela o agarrou pelas
roupas. Ele, desvencilhando-se, deixou-lhes as vestes nas mãos, e fugiu nu (Gn
39.10-12). Só um homem revestido da graça de Deus é capaz de semelhante reação.
Vendo-se rejeitada, a mulher acusa-o de querer forçá-la. Quanto a Potifar, a
fim de salvar as aparências, manda-o à prisão, onde eram apenados os oficiais
do rei (Gn 39.20). O egípcio poderia ter executado o hebreu. Todavia, apesar de
sua ira, preferiu não matá-lo. Apesar do cárcere, José é bem-sucedido. Por
isso, o carcereiro-mor entrega-lhe o cuidado dos outros presos, pois “tudo o
que ele fazia o Senhor prosperava” (Gn 39.23). [Comentário: Interessante
notar que, tivesse Potifar acreditado na acusação feita pela esposa, de que
José havia tentado contra sua honra, indubitavelmente a punição teria sido a
morte. Há, ainda, outra lição a ser colhida: o registro inspirado informa-nos
que a esposa de Potifar instigou José não uma só vez, mas antes "todos os
dias" (versículo 10). Isto significa que ela tentou seduzi-lo tanto quando
ele estava fraco como quando ele estava forte. Algumas das mais fortes
tentações da vida são aquelas que ocorrem "todos os dias". Na prisão,
José foi tratado com grande severidade pelos seus carcereiros. A respeito dele
disse o salmista: “Feriram-lhe os pés com grilhões; puseram-no a ferros, até o
tempo em que a sua palavra se cumpriu; a palavra de Deus o provou.” (Sl 105.18
e 19). Na prisão Deus mais uma vez intervém. O capitão da guarda, por causa da
conduta exemplar de José, deu-lhe um cargo de confiança sobre os outros presos,
inclusive dois de considerável importância, lançados posteriormente na mesma prisão:
o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros.]
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A inveja e o ciúme levaram os irmãos de José a
vendê-lo como escravo.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“1.
José tipo de Cristo. Muitos tomam José como um tipo de Cristo; uma pessoa inocente
que sofreu por causa da maldade dos outros e, através do qual, o povo escolhido
foi liberto da morte certa. O silêncio de José enquanto seus irmãos deliberam
seu destino (Gn 37.12-35) prefigura o silêncio de Cristo perante seus juízes
(1Pe 2.23).
2.
A mulher de Potifar. O contraste entre Judá e José é forte. Ambos foram
tentados sexualmente. Judá procurou o sexo ilícito, enquanto José recusou
repetidos apelos da mulher de seu senhor. José lembra-nos que nunca podemos
dizer que o sexo nos leva a pecar. A escolha é nossa, agir como Judá ou como
José" (RICAHRDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de
Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.45).
III. UM LUGAR DE REFÚGIO PARA ISRAEL
José
não se limitava a sonhar; também interpretava sonhos. O seu ministério era
parecido com o de Daniel.
1. O intérprete
de sonhos.
Na prisão, José foi designado a cuidar pessoalmente de dois assessores de Faraó
(Gn 40.4). E, certa manhã, ao ouvir-lhes os sonhos, interpretou-os fidedignamente.
De acordo com as suas palavras, o copeiro-mor foi restituído ao cargo; o
padeiro-mor, enforcado (Gn 40.6-22). Quem sonha não despreza os sonhos alheios.
José, porém, atribuía este poder não a si, mas ao Senhor: “Não são de Deus as
interpretações?” (Gn 40.8). Quando atribuímos a glória a Deus, não nos tornamos
arrogantes e jamais seremos esquecidos. [Comentário: Certo dia, quando fazia sua
ronda costumeira, José notou que os prisioneiros mais ilustyres, o chefe dos
copeiros e o chefe dos padeiros de Faraó, ambos tinham uma expressão muito
preocupada. Eles disseram que haviam tido um sonho estranho e que não podiam
compreender o seu significado. Depois de atribuir a interpretação a Deus, José
fez saber a eles a significação: em três dias o chefe dos copeiros seria
reintegrado à sua antiga posição, e daria o copo nas mãos de Faraó, como fazia
antes. O diligente José pediu ao chefe dos copeiros que se lembrasse dele
quando estivesse de volta à corte, pedindo ao Faraó a sua libertação. Quanto ao
chefe dos padeiros, em três dias este seria condenado à morte por ordem do rei.
E assim aconteceu. “No terceiro dia, que era aniversário de nascimento de
Faraó, deu este um banquete a todos os seus servos; e, no meio destes
reabilitou o copeiro chefe, mas ao padeiro chefe enforcou, como José lhes havia
interpretado.” (Gn 40.20-22). ]
2. Um economista
de excelência. Passados
dois anos completos, Faraó teve dois sonhos bem agropecuários. No primeiro, viu
que sete vacas gordas eram devoradas por outras sete magras e feias. E, no
segundo, observou que sete espigas boas e graúdas eram igualmente devoradas por
outras sete mirradas e queimadas pelo vento oriental (Gn 41.2-7). Ao
interpretar o sonho ao rei, entregou-lhe também um plano econômico que, embora
simples, se mostraria eficaz para salvar não somente o Egito, mas os povos
vizinhos, entre os quais, os hebreus (Gn 41.32-36). O plano era bastante
prático: a fartura dos primeiros sete anos deveria ser armazenada para socorrer
a penúria dos sete anos seguintes. Ao ouvi-lo, Faraó constitui imediatamente
José como governador do Egito: “Acharíamos um varão como este, em quem haja o
Espírito de Deus?” (Gn 41.38). Seria muito bom se nossos ministros tomassem
algum conselho com José. [Comentário: O escravo liberto, agora com 30
anos de idade (Gênesis 41:46), após 13 anos de servidão, foi ritualmente
adotado pela corte, recebendo um nome egípcio: Zafenate-Panéia. Também como
recompensa, Faraó deu-lhe por mulher Asenate, filha de um sacerdote de Om
cidade chamada posteriormente de Heliópolis, o centro do culto ao sol. No
devido tempo, os acontecimentos se passaram precisamente como José previra.
Durante os primeiros sete anos, José se assegurou de que as abundantes
colheitas de grãos em seu país de adoção fossem estocadas. Durante esse
período, José tem desfrutado de prestígio e riqueza, bem como de felicidade
pessoal. Asenate, sua mulher, deu à luz dois filhos, que receberam os nomes de
Manassés e Efraim ]
3. O salvador de
seu povo.
Foi como primeiro-ministro do Egito que José acolheu a família. Não somente
perdoou as ofensas aos seus irmãos, como proveu-lhes toda a subsistência. Ele
soube como interpretar as adversidades pelas quais passara. Diante da
perplexidade de seus irmãos, declarou-lhes: “Deus me enviou diante da vossa
face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um
grande livramento” (Gn 45.7). Após encontrar-se com o velho pai, Jacó, instala
seus familiares na terra de Gósen, onde os sustenta. E, ali, distante da
influência dos cananeus e dos egípcios, os hebreus puderam desenvolver-se até
se tornarem uma grande e poderosa nação (Êx 1.6,7). Aquele isolamento seria
benéfico a Israel. [Comentário: Mesmo com a ascensão demorada de
José, que era cárcere e, depois de Deus o usar como intérprete para os sonhos
do Faraó Ramsés, se tornar o 2º na terra do Egito, nunca foi vista uma mudança
de ego em José. Após o encontro com sua família, José arranjou a melhor terra
no Egito para que sua família morasse. José viveu muitos anos no Egito até sua morte
com 110 anos (Gn 50.22), mas nunca se esqueceu da aliança de Deus para o povo
de Israel. Essa aliança foi a de que a terra de Canaã, onde morava seu pai
Jacó, seria dada à Abraão e seus descendentes. Antes de sua morte, José pediu
para que fosse enterrado na Terra de Canaã, pois era a Terra que Deus tinha
dado a Abraão e seus descendentes por herança. ]
[O Faraó da história
de José (gn 37.28 e seg.) foi um dos primitivos Reis Hicsos, ou reis pastores.
sabemos muitas particularidades a respeito deste soberano, mas não o seu nome.
ele reinou cerca do ano 1700 a.c.O fato de ele repentinamente elevar o hebreu
José a um lugar próximo do seu, mostra-nos o seu absoluto poder, que ele pôde
exercer em beneficio do seu favorito ministro e da família deste. a opressão
não principiou na vida de José, mas foi efetuada por um faraó pertencente a uma
dinastia que ‘não conhecera a José’ (êx
1.8).http://iadrn.blogspot.com.br/2012/02/os-faraos-da-biblia.html]
[A Questão da
Primogenitura: A primogenitura era concedida geralmente ao filho mais velho. No
entanto, nem sempre esse critério se consolidava. Dentre os filhos de Jacó,
Rúben era o mais velho, portanto, ele devia ter recebido a bênção mais
importante, por ser o filho primogênito da família. No entanto, por ter se
deitado com Bila, concubina de seu pai (Gên 35:22), ele perdeu o direito de
primogenitura. Ao dirigir sua bênção a Rúben, Jacó disse o seguinte: “Rúben, tu
és meu primogênito, minha força e as primícias do meu vigor, preeminente em
dignidade e preeminente em poder. DESCOMEDIDO COMO A ÁGUA, NÃO RETERÁS A
PREEMINÊNCIA; porquanto subiste ao leito de teu pai; então o contaminaste. Sim,
ele subiu à minha cama.” Gênesis 49:3 e 4. Por essa razão o direito de
primogenitura lhe foi tirada (ver I Crônicas 5:1). Após a queda moral de Rúben,
um outro personagem passou a se destacar naturalmente. Diz o relato bíblico que
Jacó amava mais a José do que a todos os seus filhos. Ele presenteou uma túnica
real a José, que causou inveja por parte de seus irmãos (Gênesis 37:3 e 4).
Tudo leva a crer que Deus o escolheu para desempenhar um papel especial, pois
os sonhos de natureza profética que José teve, indicavam a sua distinção em
relação aos demais membros da família (Gênesis 37:5-11). Os irmãos de José
entenderam o significado daqueles sonhos e responderam-lhe com ódio: “Tu, pois,
deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós?” Gênesis 37:8.
Não desejando ser comandados por José, os irmãos venderam-no para os mercadores
midianitas. Na ausência de José, Judá passou a assumir naturalmente, sem
conflito com os demais irmãos, a liderança da família. Essa liderança de Judá
estendeu-se até o momento do reencontro de José com o seu pai Jacó. Em I
Crônicas 5:2, confirma-se que a primogenitura foi concedida a José: “Pois Judá
prevaleceu sobre seus irmãos, e dele proveio o príncipe; porém A PRIMOGENITURA
FOI DE JOSÉ.” Quando houve o reencontro da família no Egito, as indicações eram
muito claras. José teve a preeminência por tornar-se responsável pelo sustento
de toda a família (Gênesis 47:12) e por ter assumido a obrigação de preparar o
funeral do pai, honrando o desejo dele de enterrá-lo fora do Egito, no campo de
Macpela, na terra de Canaã (Gênesis 47:29 e 30; 50:13). http://verdadeemfoco.com.br/estudo.php?id=98]
[Comparações
Tipológicas entre José e Jesus:
- O pai de José
manda-o á seus irmãos, (Gênesis 37: 13 e 14). Deus enviou Jesus á Israel, (João
3:17 e 1:11).
- Os irmãos de José
conspiraram, para matá-lo, (Gênesis 37:18). Os judeus (irmãos de Jesus)
conspiraram para matá-lo, (João 5:16).
- José era amado pelo
pai, (Gênesis 37: 3 e 4). Jesus também era amado pelo Pai (Lucas 3:22 e Mateus
3:17).
- José foi vendido por
seus irmãos, (Gênesis 37:28). Jesus também foi vendido por seus irmãos,
(judeus) (Mateus 26:14).
- Deus estava com
José, (Gênesis 39:21 a 23 e 41:38 a 39). Deus estava com Jesus, (Lucas 22:43).
- José foi preso,
(Gênesis 39:20). Jesus também foi preso, (Mateus 26:50 e 57).
- José sempre servindo
o pai, (Gênesis 37:13) a Potifar e a Faraó, (Gênesis 39:11 e 41:10) - Jesus
veio para servir, (Mateus 20:28).
- José cumpria a
vontade do pai, (Gênesis 37:14). Jesus realizou a vontade do Pai, (Lucas
22:42).
- José recebeu todo
poder no Egito, (Gênesis 41:41 e 44). Jesus recebeu do pai todo poder, (João
17:4 e Mateus 28:18).
- José tinha uma
túnica, (Gênesis 37:3 e 31). Jesus também tinha uma túnica, (Salmo 22:18 e
Mateus 27:35).
- José foi chamado
Zafenate-Panéia, que significa salvador do mundo, (Gênesis 41:45). Jesus é o
Salvador do mundo, (João 4:42.
- José casa-se com uma
gentílica, (Gênesis 41:45). A noiva de Jesus (Igreja) é também dentre os
gentios, (João 10:16 e 15:14).
- José não foi
reconhecido pelos seus irmãos, (Gênesis 43:3 a 7). Jesus também não foi
recebido pelos judeus, (João 1:10 e 11)
- A bênção de José
chegou no tempo certo para seus irmãos, (Gênesis 45:18 a 23). A bênção de Jesus
também chegará no tempo certo á Israel, (Atos 1:11 e Romanos 11:26).
- José apresenta-se á
seus irmãos que o reconhece, (Gênesis 45:3) Jesus aparecerá no monte das
Oliveiras e será reconhecido pelos judeus (seus irmãos) como Messias prometido
(Zacarias 12:8 a 13, 13:6 e 14:4).
- Os irmãos de José
inclinaram se perante ele, (Gênesis 43:26 e 28). Os irmãos de Jesus (os judeus)
também se inclinarão perante Jesus, (Romanos 14:11).
- Os irmãos de José
suplicaram-lhe, (Gênesis 44:16 a 18). Os judeus, seus irmãos suplicarão a
Jesus, (Zacarias 12:10).
- No momento de grande
aflição os irmãos de José o encontram e ficam livres dos sofrimentos, (Gênesis
42;2 e 43:1 e 2). Os judeus em momento de grande angustia terão encontro com
Jesus e serão livres para sempre. (Zacarias 14:1 a 3)
- José manda seus
irmãos chegarem a si, (Gênesis 45:4). Jesus chamará a si seus irmãos, (os
judeus) (Zacarias 12:7 e 8)
- Todo povo se ajoelhou
perante José, (Gênesis 41:43). Todos os joelhos se dobrarão perante Jesus,
(Filipenses 2:10).
- José estava acima de
todos no Egito, (Gênesis 41:44). Jesus estará acima de todos e estará no Monte
das Oliveiras, (Zacarias 14:4).
- Os irmãos de José
viram sua gloria inclusive seu pai. Todos verão a gloria de Jesus.]
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
José
foi usado pelo Senhor para providenciar livramento para sua família e para o
povo de Deus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“As
Escrituras deixam claro que a separação entre José e o seu povo estava sob o
controle de Deus. O Senhor estava operando através de José e das circunstâncias
deste, a fim de preservar a família de Israel e reuni-la segundo as suas
promessas. Quatro vezes no capítulo 39 está escrito que ‘o Senhor estava com
José’ (vv.2,3,21,23). Porque José honrava a Deus, Deus honrava a ele. Aqueles
que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que
Deus dirigirá todos os seus passos (Pv 3.5,6)” (Bíblia de Estudo Pentecostal.
1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.39).
CONCLUSÃO
Se
fizermos a vontade de Deus, até as adversidades redundarão em bênçãos e
livramentos aos que nos cercam. Todavia, não nos impacientemos se os sonhos que
nos dá o Senhor demoram a se cumprir. Para tudo há um tempo determinado. Há
tempo para sonhar e também para que cada sonho se realize. Que tudo ocorra,
pois, de acordo com a vontade de Deus. [Comentário: José viveu até a idade de
110 anos e morreu no Egito, terra onde passou noventa e três anos da sua vida
longe da terra de sua parentela, sem negar sua fé. Antes de morrer, José disse
a seus irmãos: “Eu morro, mas Deus certamente vos visitará, e vos fará subir
desta terra para a terra que jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó.” (Gn 50.24). Em
seguida ele pediu que os irmãos dele fizessem uma promessa. Disse José: “Quando
Deus vos visitar, levareis os meus ossos daqui.” (Gn 50.25). A história de José
é muito mais que um simples retrato de um homem de grande caráter e de fé
admirável. É também um marco decisivo na história do povo escolhido de Deus e
um modelo de conduta para todos quantos desejam sinceramente ser fiéis ao
Senhor.]“NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé,
e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Dezembro de 2015
PARA REFLETIR
A
respeito do livro de Gênesis:
Quem
foi José?
José era bisneto de
Abraão, amigo de Deus. À semelhança de seu pai, Jacó, e do avô, Isaque, era um
homem de profundas experiências com o Senhor. José era filho de Raquel, a
esposa amada de Jacó (Gn 29.18-20,30).
Qual
o significado dos sonhos de José?
Que ele dominaria
sobre seu pai e seus irmãos.
Como
você descreveria o caráter de José?
Como um caráter
ilibado.
Que
lição traz-nos as tribulações de José?
Quem serve a Deus
prospera em qualquer circunstância (Sl 1.3). Se fizermos a vontade de Deus, até
as adversidades redundarão em bênçãos e livramentos aos que nos cercam.
O
que representou a região de Gósen para Israel?
Distante da
influência dos cananeus e dos egípcios, os hebreus puderam desenvolver-se até
se tornarem uma grande e poderosa nação. Aquele isolamento seria benéfico a
Israel.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
José,
a realidade de um sonho
A
história de José é uma das histórias mais belas e famosas de toda a Bíblia. É a
última história de família da narrativa dos patriarcas de Israel (Gn
37.2-50.26). José é a pessoa que Deus usou para resgatar a nação de Israel da
fome intensa daquela época e, assim, preservar a descendência prometida para
herdar a terra de Canaã.
Se
você lê os capítulos 37.2 a 50.26, perceberá que se trata da narrativa mais
longa de todo o livro e, principalmente, do gênero literário narrativo de toda
a Bíblia. Nesta grande seção narrativa, é possível verificar três interrupções
na história: a história de Judá (Gn 38); a genealogia dos filhos de Israel que
foram ao Egito com Jacó (Gn 46.8-27); e a bênção de Jacó (Gn 49). São três
interrupções que suspenderam momentaneamente a sequência da narrativa, o que é
um recurso comum no gênero literário narrativo.