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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Este Blog não é a palavra oficial da Igreja ou da CPAD. O plano de aula traz um reforço ao seu estudo. As ideias defendidas pelo autor do Blog podem e devem ser ponderadas e questionadas, caso o leitor achar necessário. Obrigado por sua visita! Boa leitura e seja abençoado!

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16 de dezembro de 2015

JOVENS - Lição 12: Relacionamentos solidários



Lição 12: Relacionamentos solidários
Data: 20 de Dezembro de 2015

TEXTO DO DIA
A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo(Tg 1.27).

SÍNTESE
A misericordiosa solidariedade de Deus em Cristo motiva os homens a se compadecer e socorrer o próximo em suas necessidades.

AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Sl 103.17 - A misericórdia de Deus é eterna
TERÇA — Sl 106.1-48 - Louvor a Deus por sua infinita misericórdia
QUARTA — Zc 7.9 - Imperativo à justiça e misericórdia humanas
QUINTA — Tg 2.13 - Juízo sem misericórdia aos inclementes
SEXTA — Lc 10.25-37 - Solidariedade em ação
SÁBADO — Hb 2.17 - Jesus misericordioso e fiel sacerdote

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • DEFINIR solidariedade;
  • COMPREENDER a solidariedade na Bíblia;
  • ENVOLVER-SE com atividades voluntárias.

INTERAÇÃO
Esperamos que as lições ministradas tenham trazido renovação na vida dos alunos. Não podemos esperar menos quando a Palavra de Deus está em ação! Ela não retorna a Deus sem antes cumprir seus propósitos. É maravilhoso observar o crescimento espiritual e social dos alunos a partir de um fundamento tão sólido como as Escrituras. Que o Senhor continue abençoando sua vida, dádiva do amor de Jesus.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, solidariedade, bondade e benignidade são o amor em ação. Proponha à classe, a possibilidade de se realizar neste domingo uma atitude bondosa e benigna para alguém ou uma família, seja ela cristã ou não. Esta visita pode ser feita a um aluno da Escola Dominical, ou a um parente necessitado dele. Procure saber qual a necessidade da pessoa ou família e, conforme a necessidade, recolha a contribuição dos alunos. Marque o horário da visita, reúna-se com o grupo na hora marcada, ore, leia Tiago 1.27 e faça a obra do Senhor. Lembre-se, as lições deste trimestre são mais práticas do que teóricas, mais interpessoais do que pessoais. Tratam da vida cristã em sua praticidade diária, e não apenas em suas doutrinas principais.

TEXTO BÍBLICO
Tiago 2.5-17.
5 — Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?
6 — Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais?
7 — Porventura, não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado?
8 — Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
9 — Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores.
10 — Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos.
11 — Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu, pois, não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei.
12 — Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.
13 — Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo.
14 — Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo?
15 — E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano,
16 — e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?
17 — Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO
Solidariedade é o amor em ação. Nestes dias em que o egocentrismo e a competitividade invadem a vida de milhões de pessoas, o cristão é desafiado a “remar contra a maré” do indiferentismo. Estender as mãos ao que tropeça, alimentar a boca faminta, vestir ao maltrapilho e visitar o enfermo são atitudes simples, mas com grande efeito sobre o necessitado. Nesta lição estudaremos os relacionamentos solidários. [Comentário: O termo solidariedade é de origem francesa <solidarité>. É um substantivo feminino que indica a qualidade de solidário e um sentimento de identificação em relação ao sofrimento dos outros, remete para uma responsabilidade recíproca - “Quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos e irmãs, foi a mim que fizeram” (Mt 25.40). A solidariedade cristã não se mede pela quantidade de ajuda financeira que damos aos mais necessitados; mas pelas motivações reais que nos levaram a ajudar. Há caridosos materiais que não são sensíveis nem solidários às necessidades espirituais humanas. A solidariedade é descrita em muitas passagens da Bíblia, há dons espirituais especificamente ligados à prática de atos sociais generosos (Rm 12.8b). Nestes dias corridos, esse é um tema esquecido, os homens são egoístas. Somos ensinados a ignorar as pessoas e se preocupar somente com a nossa vida. Isso dificulta o exercício do amor cristão, pois a Palavra nos diz para amar os outros como amamos a nós mesmos (Mt 22.39). A solidariedade é exatamente deixar de olhar para nós mesmos e contemplar o outro. o mundo não consegue observar o que nós cremos a menos que consigamos evidenciá-lo com as nossas obras.]. Vamos pensar maduramente a fé cristã?


I. O QUE É SER SOLIDÁRIO (Mt 25.34-36)
1. Solidariedade é um ato de amor (Mt 25.40). Amor que doa de seu tempo, de seus recursos, de suas energias a fim de amenizar a dor alheia (Lc 10.25-37). Uma simples visita ao enfermo; um cobertor para cobrir o desabrigado; uma sopa quente faz aquecer a alma e acende a esperança de uma nova realidade (At 9.39). Solidariedade é um ato de empatia. Colocar-se no lugar de outrem; sentir a dor do outro como se fosse a sua própria dor (Mt 9.36). Neste tempo em que os homens buscam apenas aquilo que os interessam, preocupar-se com a necessidade de alguém é uma das mais extraordinárias demonstrações do espírito que move o cristianismo (Gl 2.10 ver Dt 15.4; Mt 19.21; Rm 15.26). Fé e caridade, duas grandes virtudes cristãs (1Co 13.13). A primeira relaciona-se ao nosso compromisso com Deus, a segunda, com o próximo (Lv 19.18; Mt 5.43; 19.19; 22.39; Rm 13.9). [Comentário: Jesus falando do Grande Mandamento em Mt 25.40, rebate o código de moralidade dos fariseus que consistia de inúmeras regras e regulamentos momentâneos. Jesus resumia todas as obrigações morais na palavra amor, expressas na dualidade de Deus e próximo. A Bíblia fala da solidariedade, em primeiro lugar, corno um ato divino. O Senhor Jesus, nosso Deus, foi solidário com as necessidades da humanidade, a ponto de tomar a forma humana. Deus tornou-se como um de nós, para nos dar salvação (Jo 1.14;3.16). Sua identificação com os homens foi tão profunda que, sendo rico, tornou-se pobre e, mesmo santo, foi crucificado como um maldito. Tudo isso, a fim de nos livrar da condenação por causa de nossos pecados. Lembre-se de que o ato solidário de Jesus foi motivado pelo amor e pela sua compaixão e misericórdia (Mt 14.14; 15.32; 20.34), muito diferente dos que fazem alguma coisa esperando receber outra maior em troca - Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade (1Jo 3.17-18).].

2. Três dons solidários. A misericórdia (Lc 6.36) e a compaixão (Mt 14.14) são mandamentos universais a todos os cristãos. É dever de cada crente ser compassivo e misericordioso com o seu próximo. Todavia, há alguns cristãos a quem Deus chama para exercer a solidariedade, misericórdia ou compaixão em níveis sobrenaturais, isto é, muito além do que o mandamento e as possibilidades humanas o permitem. Esta compaixão extraordinária é obtida mediante três dons: de misericórdia (Rm 12.8), socorros (1Co 12.28) e contribuição (Rm 12.8). Exerça os dons solidários conforme a vontade de Deus. [Comentário: Solidariedade é interessarmo-nos pelas necessidades de nossos semelhantes e fazermos alguma coisa para diminuir sua dor; Há dons espirituais especificamente ligados à prática de atos sociais generosos (Romanos 12.8b). “(...) quem exerce misericórdia, com alegria”. (Rm 12.8) - Entre as três listas de dons espirituais feitas por Paulo – Rm 12.3 a 8; 1Co 12.2 a 10 e Ef 4.11 e 12 – nós vamos encontrar o “dom da misericórdia”. Misericórdia, conforme a “Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia” é a atitude de compaixão e de beneficência ativa e graciosa por parte da Igreja de Deus. O ato solidário de Jesus foi motivado pelo amor e pela sua misericórdia (Mt 14.14; 15.32; 20.34).].

3. Jesus, exemplo maior de solidariedade (2Co 8.9; Fp 2.5-8). A Bíblia fala da solidariedade como um ato divino (Is 53.1-12). Jesus foi solidário com as necessidades da humanidade (Lc 4.18,19) e ordenou: “Ide [...] e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício” (Mt 9.13). A solidariedade de Jesus acha-se primeiro na encarnação e morte substituta e sacrifical (Mt 8.16,17). Ele assumiu a natureza humana completa, exceto o pecado (Fp 2.5-8). Revestiu-se de carne, a fim de satisfazer as necessidades espirituais dos homens (Jo 1.14; 3.16). Sua identificação com a humanidade foi tão profunda que, sendo rico, tornou-se pobre; santo, foi crucificado como um pecador, “para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis” (2Co 8.9). Os atos solidários de Jesus foram movidos por íntima compaixão e misericórdia (Mt 14.14; 15.32; 20.34). [Comentário: Entendamos que Misericórdia é não receber aquilo que merecemos - punição impedida, contida; Todos nós pecamos (Ec 7.20, Rm 3.23, 1Jo 1.8) e como resultado do pecado, todos nós merecemos a morte (Rm 6.23) e julgamento eterno do lago de fogo (Ap 20.12-15). Assim, cada dia que vivemos é um ato de misericórdia de Deus. Se Deus nos desse tudo o que merecemos, todos estaríamos, agora, condenados por toda a eternidade. No Salmo 51.1-2, Davi clama: "Tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor; por tua grande compaixão apaga as minhas transgressões. Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado." Um apelo a Deus por misericórdia é pedir a Ele que suspenda o julgamento que merecemos e, ao invés, conceda-nos o perdão que não merecemos. O próprio Cristo pagou o preço desse dom quando não tendo por usurpação ser igual a Deus, aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo...e chegou à morte da cruz (Fp 2.6-8). Paulo discorre sobre isso aos Efésios: “... e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2.3-5 - JFA).].

Pense!
“Solidariedade é enxergar no próximo as lágrimas nunca choradas e as angústias nunca verbalizadas” (Augusto Cury).

Ponto Importante
Jesus foi solidário e diferente daqueles que ajudavam os pobres acompanhados de uma comitiva de músicos para divulgar suas demonstrações de caridade (Mt 6.1-4).

II. A BÍBLIA E A SOLIDARIEDADE
1. Solidariedade no Antigo Testamento. O termo solidariedade não aparece na Bíblia, mas o conceito é abundante. No Antigo Testamento ela é descrita por um vocábulo (rachamîm) que designa “terna misericórdia”, “compaixão”, “ser misericordioso” e “bondade”. Por ser derivada da palavra “ventre” (racham), descreve o mais profundo e íntimo sentimento que Deus tem pelo homem (Êx 33.19; Sl 103.13; Os 2.19; Mq 7.17), o homem por Deus (Sl 18.1) e pelo seu próximo (Jr 50.42). É assim que o Senhor afirma por meio de Zacarias: “Executai juízo verdadeiro, mostrai piedade e misericórdia cada um a seu irmão” (Zc 7.9). O conceito de solidariedade misericordiosa em Deus, expressa o equivalente a graça (charis) em Cristo nas páginas do Novo Testamento. [Comentário: Em Deuteronômio 15.4 ficamos sabendo que Deus não queria que existisse pobre em Israel, para isso, Ele proveu Leis para que, seguindo-as, o povo exercitasse a misericórdia (Êx 23.11; Lv 19.9-10; 25.3-7). Quando Deus distribuiu as terras entre as 10 Tribos, todas as famílias israelitas, sem exceção, receberam uma porção de terra para que pudessem fazer parte da vida comercial de Israel e tivessem condições de viver por conta própria. A palavra portuguesa misericórdia vem do latim mercês, mercedis, «pagamento», «recompensa», que veio a ser associada às recompensas divinas, ou seja, aos atos de compaixão celeste. No Antigo Testamento temos três palavras que devem ser consideradas:
1. Hesed, que aponta para a idéia da sede física da compaixão, e que leva o indivíduo a sentir e exprimir compaixão. Ver Sl 23:5; Js 2:12-14; Jr 3:13, para exemplificar. Essa sede da compaixão eram as entranhas (modernamente atribuímos isso ao «cora­ção») ou o ventre (ver Gn 43:30; I Rs 3:26). É daí que se originam o amor e a misericórdia naturais, que se podem achar nos membros de uma mesma família, uns pelos outros, e que o homem espiritual é capaz de ampliar, envolvendo seus parentes distantes e outras pessoas. Deus estende a sua misericórdia a todas as criaturas vivas, sendo esse o alvo mesmo da espiritualidade, no tocante a esse aspecto. Uma mãe sente compaixão por seu bebê (ver Is 49:15); um pai por seu filho (ver Jr 31:20); um amante por seu objeto amado (ver Os 2:19); um irmão por seu irmão (ver Am 1:11).
2. Rhm, uma raiz hebraica que descreve as atitudes de Deus em relação à miséria e desgraça de seu povo, ou seja, a compaixão que isso provoca nele. O vinculo que une Deus às suas criaturas, leva-o a expressar compaixão para com todos os seres vivos. Até mesmo aqueles que nada merecem da parte dele recebem misericórdia (ver Is 13:18; Jr 6:23; 21:7; 42:12; I Rs 8:50). — Um aumentativo plural dessa raiz, rachamim, fala sobre a piedade, a compaixão, o amor e as emoções associadas (ver Sl 103:4). Na verdade, hesed e rachamim são sinônimos virtuais.
3. A raiz hebraica chnn é usada para indicar a exibição de favor e misericórdia, de alguém mostrar-se gracioso para com outrem. Ver Dt 7:2; Sl 57:1; 123:2,3. A forma substantivada dessa raiz é chen, «favor», «sucesso», «aceitação», «fortuna». Essa palavra também aponta para a idéia de sentir compaixão, de poupar à pessoa favorecida, de não aplicar nenhum castigo a ela. O trecho de Dt 7:2 diz que Israel não deveria poupar seus adversários; não obstante, Deus poupa a todos nós, pois os resultados da aplicação de sua justiça seriam desastrosos para com todos nós. Ver Lm 3:22.

2. Solidariedade em o Novo Testamento. Como no Antigo, o Novo Testamento também não traz o termo, mas a ideia está presente de Mateus a Apocalipse, por meio das expressões “sentir compaixão”, “sentir misericórdia”, “compadecer”, “caridade”, que traduzem uma das palavras gregas mais importantes para solidariedade (eleos). Esse vocábulo expressa o irromper da misericórdia divina no centro da desgraça humana (Mt 9.27; 15.22; 17.15; Mc 10.47, 48; Lc 17.13), tanto para os doentes quanto para os endemoninhados (Mt 15.22; 17.15). A misericordiosa solidariedade de Deus em Cristo motiva os homens a se compadecerem e sentirem as angústias e necessidades do outro (Mt 5.7; 18.33). Por fim, afirma Tiago que a misericordiosa solidariedade demonstrada aqui no mundo terá um grande peso no juízo escatológico que se aproxima (Tg 2.13). [Comentário: No Novo Testamento também precisamos conside­rar três vocábulos, a saber:
1. Éleos, «misericórdia», «compaixão». Essa palavra grega ocorre por vinte e sete vezes: Mt 9:13 (citando Os 6:6); 12:7; 28:23; Lc 1:50,54,58,72,78; 10:37; Rm 9:23; 11:31; 15:9; Gl 6:16; Ef 2:4; I Tm 1:2; II Tm 1:2,16,18; Tt 3:5; Hb 4:16; Tg 2:13; 3:17; I Pe 1:3; II Jo 3: Jd 2,21. A forma eleemosúne aparece por treze vezes: Mt 6:2-4; Lc 11:41; 12:33; At 3:2,3,10; 9:36; 10:2,4,31; 24:17. O verbo, eleéo, figura por vinte e nove vezes: Mt 5:7; 9:27; 15:22; 17:15; 18:33; 20:30,31; Mc 5:19; 10:47,48; Lc 16:24; 17:13; 18:38,39; Rm 9:15 (citando Ex 33:19); 9:16,18; 11:30-32; 12:8; I Co 7:25; II Co 4:1; Fp 2:27; I Tm 1:13,16; I Pe 2:10; Jd 22,23. O adjetivo eleémon ocorre por duas vezes: Mt 5:7 e Hb 2:17. A idéia de misericórdia está sempre relacionada à idéia de «graça» (no grego, eháris).
2. Oiktirmós, «simpatia», «compaixão». Essa palavra grega, que se refere às simpatias e interesses coletivos de Deus pelos homens, aparece por cinco vezes: Rm 12:1; II Co 1:3; Fp 2:1; Cl 3:12; Hb 10:28. Sua forma adjetivada, oiktirmon, foi usada por duas vezes: Lc 6:36 e Tg 5:11. O verbo, oikteíro, aparece só por duas vezes: Rm 9:15 (citando Êx 33:19).
3. Splágchna, «entranhas», está metaforicamente envolvida à idéia de misericórdia. Essa palavra grega aparece por onze vezes: Lc 1:78; At 1:18; II Co 6:12; 7:15; Fp 1:8; 2:1; Cl 3:12; Fm 7,12,20; I Jo 3:17. O verbo, splagchnízomai, aparece por doze vezes: Mt 9:36; 14:14; 15:32; 18:27; 20:34; Mc 1:41; 6:34; 8:2; 9:22; Lc 7:13; 10:33; 15:20.]. “Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais!” (Jo 13,15). Os discípulos eram desafiados a contemplar o agir do Mestre e nele se inspirar. Muito diferente dos fariseus hipócritas, contra os quais foram alertados. “Fazei e observai tudo quanto vos disserem. Mas não imiteis suas ações, pois dizem, mas não fazem” (Mt 23,3-4). Um aprendizado feito como antítese das lições dos mestres. Este exemplo encontrado em Jesus reflete a o próprio Deus: “Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). O farisaísmo praticava os atos de piedade sem qualquer profundidade, por se preocupar com o reconhecimento alheio. A religiosidade exterior escondia o interior cheio de malícia. Jesus denunciou com vigor profética tal esquizofrenia religiosa. “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes a sepulcros caiados, que por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão. Assim também vós: por fora pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mt 23,27). O princípio de solidariedade se formula claramente no evangelho de Mateus 7.12. Ali Jesus resume o Antigo Testamento com uma frase: “Tudo o que você quiser que os outros façam a você, faça a eles, por que isso é o que a Lei e os profetas querem dizer”. Jesus convida os seus ouvintes a serem solidários, colocando-se no lugar dos outros, como se fora eles mesmos. A solidariedade é, portanto, uma das manifestações do amor que leva o cristão a identificar-se com o próximo. Jesus é o exemplo pleno de solidariedade e amor. Ele indica, segundo João 15:12, que o amor ao outro é para ser demonstrado na medida com que ele amou, ou seja, ele entregou-se por meio do dom mais preciso: a vida. Jesus não oferece outro referencial de amor a não ser o de dar a própria vida].

3. Solidariedade descritas na Bíblia (Is 58.6-11; Hb 13.1-8). A Bíblia descreve alguns importantes atos de misericordiosa solidariedade que devem e podem ser desenvolvidos pelos cristãos: hospitalidade (Hb 13.2); vestir os desprovidos (At 9.39); alimentar os famintos (Rm 12.20); visitar os presos (Hb 13.3), os órfãos e as viúvas e socorrer as pessoas em sofrimento (Tg 1.27). A exortação do versículo inicial do capítulo treze de Hebreus é emblemática: “Permaneça o amor fraternal”. Este mandamento cristão estava associado à vida da Igreja Primitiva e ao ensino de Jesus, que resumiu a Lei da Antiga Aliança na dupla ordem de amar a Deus e ao próximo como a si mesmo (Mt 22.37-40; Mc 12.29-31; Rm 13.9,10). Este amor fraterno (philadelphia) designa uma das qualidades do amor agápe (Rm 12.10; 1Pe 1.22; 2.17) que deve ser praticado por todos os filhos de Deus, principalmente entre os domésticos da fé. Os exemplos da manifestação do amor fraterno são claros: Hospitalidade, e solidariedade com os que estão encarcerados e maltratados (vv.1,2). Para que a igreja não se esquecesse do dever de amar fraternalmente aos cristãos estrangeiros, dos que estavam encarcerados por sua fé, e daqueles filhos de Deus que estavam sofrendo maus tratos por causa da piedade e fé em Cristo (Hb 11.25,36-38), o escritor afirma enfaticamente: “Lembrai-vos” (v.3). É dever da comunidade cristã nunca se esquecer daqueles que professam a mesma fé em Cristo e se encontram em dificuldade, seja ela qual for. [Comentário: Como podemos definir amor fraterno? "Disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão?" (Gn 4.9) – Responsabilidade de uns para com os outros. Nós somos responsáveis pela maneira como tratamos os nossos irmãos e irmãs. Para aproximar-se de Deus, é necessário amar o próximo - "O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade." (Sl 15.3). A Epístola de 1º Pedro desafia todo cristão a ser santo como servo e imitador de Jesus Cristo, encontramos uma ênfase especial no amor fraternal. Destaca vários atributos importantes do amor entre irmãos:
a. É de coração (1.22). Este amor não é apenas “da boca para fora”. É uma genuína preocupação com os irmãos.
b. É ardente (1.22) e intenso (4.8). O verdadeiro servo do Senhor ama com fervor.
c. Trata os irmãos como amigos (3.8-11). Este amor se manifesta na compaixão, misericórdia e humildade. Jamais procura a vingança, e não usa a língua para falar mal. O amor fraternal busca a paz.
d. Cobre os pecados dos outros (4.8). A mesma expressão em Tiago 5.19-20 explica o sentido desta linguagem. O amor não minimiza os pecados, nem passa a mão na cabeça do pecador. O verdadeiro amor corrige o pecador para ajudá-lo a se arrepender e voltar para o Senhor. Os pecados perdoados são cobertos e não voltarão para condenar o pecador resgatado.
e. Demonstra a hospitalidade e se dedica no serviço aos outros (4.9-10). O próprio Jesus veio para servir, não para ser servido (Mt 20.28). Devemos imitar a mesma atitude de serviço humilde.
f. Saúda os irmãos com amor (5.14). O cumprimento entre irmãos reflete o amor mútuo que existe na família de Deus.
Todos os que buscam a santificação como discípulos de Jesus devem demonstrar “o amor fraternal não fingido”, amando “uns aos outros ardentemente” (1.22).].

Pense!
“A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana” (Franz Kafka).

Ponto Importante
“Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tg 2.18).

III. TRABALHOS VOLUNTÁRIOS (Lc 14.12-14)
1. O que é ser um voluntário? Um voluntário é a pessoa cujo interesse pessoal e espírito solidário dedica parte de seu tempo e talentos para prestar serviços de utilidade pública e solidária sob a forma de diversas atividades, organizadas ou não, para a promoção do bem-estar social, da atenção e socorro das necessidades humanas, colaborando para o bem de seu semelhante. [Comentário: Segundo a Lei nº 9608/98, serviço voluntariado é a atividade não remunerada prestada à pessoa jurídica que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos ou de assistência social, inclusive mutualidade.  Os voluntários sempre existiram, mas somente agora a lei regulamentou sua existência. Para que haja voluntário, é preciso que a instituição se identifique com o que diz a Lei 9.608/98. “Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário” (Sl 51.12). É estimulante e desafiador olhar para pessoas como Moisés, Paulo e tantos outros grandes nomes das Escrituras que muito fizeram em favor do Reino de Deus. Ficamos impressionados por ver a magnitude da obra que realizaram no cumprimento da Sua vontade, uma vez que, por tudo o que fizeram, tornaram-se referenciais para tantas outras. Talvez pensemos que nós mesmos não temos importância nesse projeto divino, precisamos buscar em personagens bíblicos pouco conhecidos para enxergarmos a importância do trabalho voluntário. Você já ouviu falar em Sifrá e Puá? É bem provável que muitos nunca tenham ouvido falar desses nomes. Fora parteiras hebréias no Egito nos tempos de Moisés ( Êx 1.15-22). O fato é que por uma atitude voluntária e, comprometidas pelo temor de Deus, aquelas mulheres não mataram os recém nascidos das mulheres hebréias de sua época a mando de Faraó. O maravilhoso resultado dessa ação foi que Moisés, até então, um pequeno e frágil recém nascido, teve sua vida preservada. Certamente, aquelas mulheres não imaginavam que, agindo daquela maneira, estariam contribuindo com a futura libertação do povo de Deus dos grilhões do Egito pela condução do sobrevivente Moisés. Que estímulo para nós!].

2. Quem deve realizar trabalhos voluntários. Seja de quem for a iniciativa, de uma instituição ou de uma pessoa, movido por fatores religiosos ou humanistas, a prática da solidariedade misericordiosa expressa o mais nobre e poderoso sentimento cristão: o amor. Todos indistintamente devem realizar atividades que auxiliem e socorram os desprovidos e excluídos sociais. As crianças, adolescentes, jovens e anciãos, obreiros — todos devem envolver-se, inicialmente, nas obras sociais da igreja e, depois, em outras atividades até mesmo fora do âmbito eclesiástico. A igreja é chamada a manifestar o amor de Cristo aos sem esperança e necessitados. Diante do contexto de pobreza, injustiça e exclusão social que as pessoas vivem nas metrópoles e nas áreas rurais, a igreja deve pronunciar-se contra as injustiças, contra o trabalho escravo e infantil, contra os excluídos sociais, e contra as instituições políticas corruptas. Apesar de o Brasil ter avançado no combate à pobreza ainda assim, a insegurança alimentar é uma ameaça que ronda os lares de muitos brasileiros. Por razões semelhantes a essas é que a Bíblia orienta que “nos lembremos dos pobres” e isto devemos fazer com diligência (Gl 2.10). [Comentário: Gl 2.10: procurar com diligência: spoudazo – STRONG 4704: Esforçar-se, fazer todos os esforços, dar diligência, fazer com urgência, ser zeloso, esforçar cada nervo, e incrementar a causa com assiduidade. Spoudazo mescla pensar e agir, planejar e produzir. Vê uma necessidade e imediatamente faz algo a respeito. A palavra engloba começo, ação e prosseguimento. “Ser voluntário” é algo que não atrai tanta gente. Vivemos numa geração que, aos poucos, tem perdido o interesse pelo voluntariado, sob os mais diversos argumentos. No entanto, há um povo que está sendo formado e que precisa encontrar referenciais que lhes sirvam de inspiração ao voluntariado. O voluntariado é fundamental na vida da igreja. Embora todos tenham seus compromissos pessoais e necessitem de recursos financeiros para sobreviver, nem todo serviço eclesiástico poderá ser custeado pela instituição religiosa. Quando há uma conscientização acerca dessa realidade e a convicção de que o que se faz é para Deus, mesmo que homens estejam se beneficiando, alguns gestos que não custam quase nada, como poucas horas do dia, um tempo gasto no cuidado de alguém ou um pequeno investimento na vida de um necessitado, não se mostrarão pesados demais.].

3. Trabalhos sociais. Esses trabalhos são muitos e variados. Vão desde visitação aos orfanatos e distribuição de alimentos e vestimentas até ações sociais que visam mudar a condição de exclusão social do desvalido. No Brasil há muitos bons exemplos de trabalhos sociais praticados por instituições filantrópicas e ONGs, no entanto, cabe à igreja desenvolver e aperfeiçoar seus próprios projetos sociais, dentro dos valores cristãos, com toda pureza e transparência de propósitos. [Comentário: Uma atitude voluntária em favor de uma pessoa que hoje se encontra numa situação menos privilegiada, ou algo aparentemente inexpressivo que fazemos, pode, no futuro, produzir resultados surpreendentes. Existem várias maneiras de exercermos o voluntariado. Quer seja nas obras assistenciais mantidas pela igreja, ou na execução de um trabalho que surge pela necessidade do momento, precisamos estar atentos e sempre prontos a nos oferecer voluntariamente, sem nos importar se vamos “sair na foto”, ou, quanto vamos receber em troca. Deus se alegra quando encontra um coração voluntário. Ele mesmo demonstrou possuir esse espírito entregando Seu único filho em nosso favor. Por esse motivo, é certo que Ele saberá recompensar aquele, que de alguma maneira, exercer o voluntariado e conseguir permanecer tomado por esse mesmo espírito. Portanto, não podemos ficar alheios a essa ideia. Quando buscamos em Deus essa visão, somos tomados por um desejo de nos apresentarmos a Ele, dispostos e disponíveis, para lhe oferecer o que for necessário, a fim de que outras pessoas possam ser abençoadas por Ele através de nós. Nossa inspiração deve vir daqueles que um dia já agiram assim, dentre os quais destacamos o Senhor Jesus, que por uma atitude voluntária, deu Sua própria vida para o resgate de tantas outras, baseado na consciência que tinha de que maior sempre será aquele que serve, sem ficar esperando nada em troca http://www.comcrist.org/edificacao/doze-cestos-cheios/voluntario-eu/.].

Pense!
“A felicidade de grandes Homens consiste em levar amor e solidariedade a quem necessita” (Walyson Garrett).

Ponto Importante
“Houve mestres que ordenaram às pessoas, venderam o que tinham, e muitos tornaram-se fanáticos. Nós, todavia, deixamos o Espírito guiar os crentes e dizer-lhes o que ofertar. Quando alguém fica cheio do Espírito, a sua carteira converte-se e Deus o torna mordomo. Se Deus lhe ordenar: ‘Venda!’, ele vende” (W. Seymour).

CONCLUSÃO
Não encolha a sua mão ao carente, o teu ombro ao lastimador, e não feche os teus olhos aos necessitados, pois ouvirás: “Vinde bendito de meu Pai... porque tive fome e, destes-me de comer; tive sede, e deste-me de beber” (Mt 25.34,42). [Comentário: Nosso trabalho voluntário, assim como nossa oferta, deve ter Deus como fonte. Quando doamos ou servimos, fazemos isso por Jesus. Aqueles que são alcançados por nosso serviço voluntário se tornam como Jesus para nós. A pessoa que visitamos na prisão ou no leito de hospital torna-se como Jesus para nós. Devemos fazer esse trabalho por Ele e para Ele. “Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.” (Sl 51.12). Jesus disse aos fariseus: “Ide e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos”, citando Oséias 6.6 (veja Mt 9.13). Em Mateus 23.23 temos outra afirmação semelhante: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciando os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas sem omitir aquelas”. (Mt 23.23). E, seguindo o ensino de Jesus, o apóstolo Tiago ensina: “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo”. (Tg  1.27). Portanto, o grande segredo do exercício da misericórdia é colocar-se no lugar do outro, e nisso ninguém se igualou a Jesus. Sigamos seus passos (1Pd 2.21-25)]. “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Dezembro de 2015

ESTANTE DO PROFESSOR
LUCADO, Max. Um Amor que Vale a Pena. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2003.
STANLEY, Charles. Paz: Um Maravilhoso Presente de Deus para Você. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004.

HORA DA REVISÃO
1. Defina solidariedade.
Amor que doa de seu tempo, de seus recursos, de suas energias a fim de amenizar a dor alheia.
2. Descreva três dons solidários.
Misericórdia (Rm 12.8), socorros (1Co 12.28) e contribuição (Rm 12.8).
3. Defina solidariedade no Antigo Testamento.
Designa “terna misericórdia”, “compaixão”, “ser misericordioso” e “bondade”.
4. Descreva a solidariedade no Novo Testamento.
“Sentir compaixão”, “sentir misericórdia”, “compadecer”, “caridade”.
5. O que é um voluntário?
É a pessoa cujo interesse pessoal e espírito solidário dedica parte de seu tempo e talentos para prestar serviços de utilidade pública e solidária sob a forma de diversas atividades, organizadas ou não, para a promoção do bem-estar social, da atenção e socorro das necessidades humanas, colaborando para o bem de seu semelhante.

SUBSÍDIO
“Você deseja ser uma pessoa mais amorosa? Comece aceitando o seu lugar como filho muito amado: ‘Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou’ (Ef 5.1,2).
Você quer aprender a perdoar? Então pense em como você foi perdoado: ‘Sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo’ (Ef 4.32).
Você acha difícil pensar nos outros em primeiro lugar: ‘Sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus’ (Fp 2.6).
Você precisa ter mais paciência? Beba da paciência de Deus (2Pe 3.9). Será a generosidade uma virtude ilusória? Pense em como Deus foi generoso com você (Rm 5.8). Você tem dificuldade de suportar parentes ingratos ou vizinhos mal-humorados? Deus lhe suporta quando você age dessa maneira: ‘Porque ele é benigno até para com os ingratos e maus’ (Lc 6.35).
Será que somos capazes de amar desta maneira?” (LUCADO, Max. Um Amor que Vale a Pena. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2003, p.7).