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10 de novembro de 2025

JOVENS│ Lição 8: O conselho de Jeremias aos reis │4º Trim 2025

 

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TEXTO PRINCIPAL

Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do SENHOR permanecerá.” (Pv 19.21).

ENTENDA O TEXTO PRINCIPAL:

👉 O livro de Provérbios é parte da literatura sapiencial do Antigo Testamento. Seu propósito é instruir o leitor a viver de forma sábia, justa e piedosa sob o temor do Senhor (Pv 1.7). Provérbios 19 faz parte de uma coleção de sentenças morais e observações práticas sobre a conduta humana, contrastando a sabedoria e a insensatez, a confiança no homem e a confiança em Deus. O versículo 21 se insere nesse contexto como uma reflexão sobre o limite da autonomia humana diante da soberania divina. Ele declara, em forma paralelística, que a vontade de Deus é absoluta, imutável e soberana, enquanto os planos humanos são temporários e contingentes. רַבּוֹת מַחֲשָׁבוֹת (rabbôth machashavoth) Literalmente: “muitos pensamentos / planos / intenções”. “Machashavoth” vem de machashavah, que indica designo, projeto mental, plano estratégico (cf. Is 55.7-8). Aqui, o termo aponta para os raciocínios e intenções humanas, frequentemente múltiplas e contraditórias. בְּלֶב אִישׁ (belev ish) “no coração do homem”, no hebraico, lev não é apenas o centro das emoções, mas da mente, da vontade e das decisões morais. Logo, o texto fala de propósitos deliberados, raciocinados, não meros impulsos. וַעֲצַת יְהוָה (va‘atsath YHWH) “mas o conselho do SENHOR”, ‘atsah refere-se a propósito deliberado, decisão firme e sábia, usada em textos sobre os decretos de Deus (Is 14.24, 46.10-11). Aqui, implica o plano eterno e imutável de Deus. הִיא תָקוּם (hi taqum) Literalmente: “essa permanecerá / subsistirá / se cumprirá”. Qum (קוּם) significa levantar-se, permanecer de pé”. Indica estabilidade e realização garantida. Assim, o contraste é: o homem pensa, projeta, sonha; Deus estabelece.

A tensão entre a liberdade humana e a soberania divina: O texto não nega que o ser humano planeje (Pv 16.9), mas afirma que Deus é o último e supremo determinante dos eventos. Há espaço para ação humana, mas Deus governa o resultado final. “O coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos.” (Pv 16.9). Em termos teológicos reformados, isso expressa a doutrina da providência de Deus, que governa todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade (Ef 1.11).

A imutabilidade dos decretos divinos: O “conselho do Senhor” é um conceito que se repete em toda a Escritura (Sl 33.10-11; Is 46.10). Enquanto os planos humanos sofrem interferência e falham, os decretos de Deus permanecem inalteráveis e irresistíveis. “O conselho do Senhor permanece para sempre, os desígnios do seu coração por todas as gerações.” (Salmo 33.11). Essa verdade é central na teologia calvinista: Deus não apenas prevê, mas ordena o curso de todas as coisas, inclusive o destino dos homens e os caminhos da história (At 2.23).

A limitação da razão humana: O texto também carrega um tom pastoral e moral: a mente humana é frágil, inconstante e sujeita ao erro. Por isso, a sabedoria bíblica convida o crente a submeter seus planos à vontade divina: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te apoies no teu próprio entendimento.” (Pv 3.5). Em contraste com a presunção, o justo planeja, mas sempre com a disposição de dizer: “Se o Senhor quiser...” (Tg 4.13-15)

APLICAÇÕES PRÁTICAS:

1.      Planejar é humano, mas depender é cristão.
A sabedoria bíblica não condena o planejamento, mas o faz depender da orientação divina (Pv 16.3).

2.      O sucesso verdadeiro é fruto da submissão.
Quando nossos planos se alinham com o conselho do Senhor, eles permanecem, porque estão ancorados na eternidade.

3.      Deus é soberano até sobre nossos desvios.
Mesmo quando o homem tenta resistir, Deus transforma o mal em bem (Gn 50.20; Rm 8.28).

4.      A fé madura aprende a descansar no controle de Deus.
Em vez de ansiedade, nasce a confiança: “Tudo está nas mãos do Senhor”.

Provérbios 19.21 é uma sentença de ouro da soberania divina. Ele nos lembra que, embora o homem possua liberdade para desejar, escolher e agir, Deus é quem dirige o fim de todas as coisas. Essa verdade conforta o crente e humilha o orgulho humano. Planejar é sabedoria; submeter-se é adoração. Como disse Matthew Henry (1708): “O homem propõe o que quer, mas Deus dispõe como quer; e o melhor plano humano deve dobrar-se diante da providência divina.”

·         BÍBLIA DE ESTUDO MACARTHUR. Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

·         CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Hagnos, 2002.

·         MATTHEW HENRY. Comentário Bíblico Completo. CPAD, 2005.

·         BRUCE K. WALTKE. The Book of Proverbs: Chapters 15–31. Eerdmans, 2005.

·         CALVINO, João. Institutas da Religião Cristã. CPAD, 2006.

·         SHEPHERD, Michael. A Commentary on Proverbs. Kregel, 2019.

 

RESUMO DA LIÇÃO

À semelhança de alguns reis, o homem que rejeita o conselho divino certamente perecerá.

ENTENDA O RESUMO DA LIÇÃO:

👉 Assim como os reis que desprezaram a voz profética e ruíram sob o peso de sua própria soberba, todo homem que rejeita o conselho do Altíssimo caminha, inevitavelmente, para o colapso de sua própria alma, pois resistir à sabedoria divina é declarar guerra contra o Deus que sustenta o universo.

 

TEXTO BÍBLICO

Jeremias 34.1-6.

O trecho de Jeremias 34.1–6 revela que Deus continua falando mesmo em meio ao juízo, e que Sua Palavra sempre se cumpre, seja para condenação ou para consolo. Zedequias é retrato do homem que resiste à vontade divina, mas ainda assim é alvo de graça em meio à disciplina. Jeremias, por sua vez, é exemplo do servo fiel que fala em nome de Deus sem ceder à pressão dos poderosos. “A voz profética é, muitas vezes, solitária, mas é sempre sustentada pelo Deus soberano que faz cumprir cada palavra que pronuncia.” (Comentário síntese com base em Shedd e MacArthur).

1. A palavra que do SENHOR veio a Jeremias quando Nabucodonosor, rei da Babilônia, e todo o seu exército, e todos os reinos da terra que estavam sob o domínio da sua mão, e todos os povos pelejavam contra Jerusalém e contra todas as suas cidades, dizendo:

👉 Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens (CPAD): Destaca que esta mensagem foi entregue durante o cerco final de Jerusalém (588–586 a.C.). Nabucodonosor já havia tomado as cidades fortificadas de Judá, e Jerusalém estava isolada. A nota enfatiza que Deus ainda fala em meio à crise, e Jeremias permanece fiel mesmo sob hostilidade. 👉 Aplicação: A fidelidade profética não depende de circunstâncias favoráveis, mas da obediência à voz de Deus.

Bíblia de Estudo MacArthur (SBB): Ressalta que o texto está situado no último estágio do Reino de Judá, e Nabucodonosor já dominava quase todo o território. O autor destaca a ironia do juízo divino, o rei Zedequias havia feito aliança com o Egito, mas seria traído por seus próprios planos. 👉 Ênfase: A soberania de Deus sobre as nações e reis.

Bíblia de Estudo Plenitude (SBB): Interpreta este versículo como a manifestação do juízo inevitável de Deus, mas também vê nele um chamado ao arrependimento: Deus ainda envia Sua palavra mesmo quando o castigo é certo. Tema devocional: “Deus fala até o último instante.”

Bíblia de Estudo Shedd (Vida Nova): Shedd sublinha a dimensão escatológica do juízo histórico: o exílio é um tipo do juízo final. O cerco da Babilônia revela como o pecado nacional conduz a uma ruína completa quando o povo abandona a aliança. Aplicação homilética: O juízo de Deus é gradual, mas inexorável.

2. Assim diz o SENHOR. Deus de Israel: Vai, e fala a Zedequias, rei de Judá, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR: Eis que eu entrego esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará.

👉 Pentecostal para Jovens: Enfatiza a expressão “entregarei” como ação direta de Deus, a Babilônia não vence por força militar, mas por permissão divina. Deus continua sendo o Senhor da história. Lição espiritual: o inimigo nunca tem a última palavra; Deus tem.

MacArthur: Observa que “entregarei” traduz o hebraico nathan, indicando ato soberano de entrega judicial. Jerusalém seria queimada porque se tornara símbolo da infidelidade religiosa. Ênfase teológica: a justiça retributiva de Deus.

Plenitude: Interpreta o fogo como símbolo de purificação e juízo, o mesmo Deus que julga é o que deseja purificar Seu povo. Aplicação: às vezes, Deus destrói para reconstruir.

Shedd: Observa o contraste entre o nome “Jerusalém” (cidade da paz) e seu destino de destruição. A paz foi perdida porque os governantes não ouviram os profetas. Reflexão: onde a Palavra é desprezada, a cidade perde sua paz.

3. E tu não escaparás das suas mãos; antes, decerto, serás preso e serás entregue nas suas mãos; e teus olhos verão os olhos do rei da Babilônia, e ele te falará boca a boca, e entrarás na Babilônia.

👉 Pentecostal para Jovens: Ressalta que Zedequias buscava escapar em vez de arrepender-se. O texto ensina que o arrependimento é o único caminho para livramento verdadeiro. 👉 Aplicação prática: quem foge da vontade de Deus acaba caindo nas mãos da própria consequência.

MacArthur: Aponta o cumprimento literal dessa profecia em 2 Reis 25.4-7 Zedequias foi capturado, levado à presença de Nabucodonosor em Ribla, onde viu seus filhos serem mortos antes de ter os olhos furados. 👉 Observação exegética: a profecia foi precisamente cumprida, reforçando a infalibilidade da Palavra.

Plenitude: Interpreta a cena como advertência pessoal; Deus revela detalhes para que Zedequias entenda que o juízo é inevitável. 👉 Aplicação devocional: Deus fala com clareza para evitar a destruição.

Shedd: Ressalta que nenhum poder humano pode anular o decreto divino. O rei que rejeita a correção divina torna-se escravo das circunstâncias que ele mesmo criou. 👉 Aplicação: desobedecer é submeter-se à própria ruína.

4. Todavia ouve a palavra do SENHOR, ó Zedequias, rei de Judá. Assim diz o SENHOR a teu respeito: Não morrerás à espada.

👉 Pentecostal para Jovens: Enfatiza a misericórdia de Deus, mesmo no meio do juízo. Ainda há graça para Zedequias, ele não morreria de forma violenta. 👉 Lição: o juízo de Deus nunca anula Sua compaixão.

MacArthur: Destaca o equilíbrio entre juízo e misericórdia; Deus disciplina, mas preserva. Mesmo um rei ímpio não está fora do alcance da graça divina. Doutrina: a paciência de Deus é longa, mas não infinita.

Plenitude: Interpreta o versículo como uma promessa em meio à dor: mesmo nas consequências do pecado, Deus oferece dignidade ao penitente. Aplicação: há esperança para quem ouve, mesmo tarde.

Shedd: Vê aqui a pedagogia divina, o Senhor ensina que Sua justiça é temperada pela misericórdia. Reflexão: o juízo de Deus é corretivo, não apenas punitivo.

5. Em paz morrerás, e, conforme as incinerações de teus pais, os reis precedentes, que foram antes de ti, assim te queimarão a ti e prantear-te-ão, dizendo: Ah! SENHOR! Porque sou eu que digo a palavra, diz o SENHOR.

👉 Pentecostal para Jovens: Destaca a expressão “em paz” como sinal da longanimidade de Deus: Zedequias, apesar de sua desobediência, teria uma morte digna. Aplicação espiritual: mesmo quando falhamos, Deus ainda concede paz aos que se arrependem.

MacArthur: Observa que a profecia não se refere a ausência de sofrimento, mas à forma de sua morte, não violenta. Isso se cumpriu provavelmente no cativeiro. Enfoque: cumprimento literal e justiça equilibrada.

Plenitude: Interpreta o “queimar de especiarias” como símbolo de honra real e reconciliação final com Deus. Lição: Deus honra até o pecador arrependido que se humilha.

Shedd: Vê o texto como um eco da graça restauradora, mesmo em cativeiro, Deus preserva a dignidade do rei. Aplicação homilética: a paz não depende do trono, mas da reconciliação com Deus.

6. E anunciou Jeremias, o profeta, a Zedequias, rei de Judá, todas estas palavras, em Jerusalém.

👉 Pentecostal para Jovens: Exalta a coragem profética de Jeremias, ele fala a verdade mesmo diante do poder. Aplicação: a verdadeira unção dá ousadia, não popularidade.

MacArthur: Nota que Jeremias foi obediente sem temor do homem, uma marca de integridade profética. Ênfase: a fidelidade ao chamado é superior à autopreservação.

Plenitude: Ressalta que o profeta cumpre sua missão inteiramente, mesmo sabendo que seria rejeitado. Tema devocional: “O mensageiro fiel é fiel até o fim.”

Shedd: Interpreta este versículo como símbolo da constância ministerial, Jeremias prega o que Deus manda, não o que o povo deseja. Aplicação: a autoridade do ministério está na obediência à Palavra, não na aceitação dos homens.

 

INTRODUÇÃO

Na lição deste domingo, vamos aprender a respeito da resposta negativa dos reis Jeoaquim e Zedequias à Palavra de Deus transmitida por Jeremias. Veremos as terríveis consequências que sofreram em decorrência disso.

👉 Há momentos em que Deus não apenas fala; Ele demonstra. Quando a voz profética já não é ouvida, o Senhor leva Seu servo à oficina do Oleiro (Jr 18.1-6). Jeremias vê o barro sendo moldado, desfeito e refeito. E, naquela imagem simples, está a radiografia espiritual de uma nação inteira: Judá havia se tornado um vaso deformado nas mãos do Criador. O texto começa com uma ordem que carrega peso espiritual: “Levanta-te e desce à casa do oleiro” (Jr 18.2). O verbo hebraico yarad (“descer”) não é casual. Ele aponta não apenas para o movimento físico, mas para um ato de humilhação espiritual: descer é o primeiro passo para compreender o agir de Deus. Antes de ensinar o povo, Jeremias precisou descer. O profeta só entende o céu quando se permite ver a terra pelo olhar do Oleiro (ARRINGTON, 1994). E o que ele vê é chocante: um vaso imperfeito. O barro se estragou nas mãos do artesão (Jr 18.4). O texto hebraico usa o termo shachath, que significa “corromper, arruinar, perverter”. Judá não havia sido quebrada por acidente, mas por resistência. O vaso não se deixou moldar. Deus, então, o desfaz, não por crueldade, mas por misericórdia. O Oleiro não abandona o barro; Ele o refaz. Aqui está o coração da mensagem: Deus destrói apenas o que insiste em permanecer deformado. Zedequias e Jeoaquim são o espelho desse vaso rebelde. Ambos ouviram a voz de Deus, mas resistiram ao toque do Oleiro (2Rs 24.17-20). Segundo o Comentário Bíblico Beacon, a teimosia desses reis simboliza a autonomia espiritual que leva à ruína (BEACON, 2005). Enquanto Deus clamava por arrependimento, eles buscavam alianças políticas, não o conserto interior. A consequência foi inevitável: o reino rachou, e o juízo veio pelo fogo babilônico. Mas o texto não fala apenas de uma nação antiga, fala de nós. Quantas vezes o Espírito tenta moldar nossa mente, e nós resistimos? Quantas vezes Deus nos coloca na roda do Oleiro, através de perdas, correções ou silêncios, e tentamos pular fora antes que Ele conclua o processo? O mesmo princípio se aplica hoje: quando o crente rejeita o toque do Oleiro, torna-se vaso rachado, incapaz de conter a unção. O Comentário Esperança observa que a oficina do Oleiro é o lugar onde o caráter é reconstruído à imagem de Cristo (ESPERANÇA, 2016). O Espírito Santo não trabalha com peças prontas; Ele modela corações rendidos. É ali que aprendemos que Deus prefere barro maleável a marfim inflexível. Eis o contraste espiritual: enquanto o mundo admira o brilho do mármore, Deus se agrada da humildade do barro, porque o barro obedece ao toque da mão que o criou (BEVERE, 2006). Portanto, jovem discípulo, esta lição é um chamado à autoavaliação e arrependimento real. O mesmo Deus que quebrou Judá continua moldando a Igreja. O Oleiro ainda trabalha, e Sua roda ainda gira. A pergunta é: você está disposto a permanecer nas mãos dEle até que Sua vontade seja completa? Não fuja da roda; nela, o Espírito transforma o caos em forma, o pecado em propósito e o coração endurecido em vaso de honra. “O vaso que Ele fez de novo era outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do Oleiro” (Jr 18.4). Se você permitir, Deus não apenas consertará o que se quebrou; Ele fará de você algo totalmente novo. Nesta lição, somos confrontados com uma verdade que atravessa os séculos: toda vez que o homem fecha os ouvidos à voz de Deus, abre as portas da própria ruína. A história de reis como Jeoaquim e Zedequias ecoa como um alerta solene: desobedecer à Palavra é escolher o desastre. Mas àqueles que se curvam diante do conselho divino, o Senhor promete direção, proteção e paz. Esta é uma convocação à obediência que salva, preserva e honra a Deus.

·         ARRINGTON, French L. O Espírito Santo na Bíblia: Uma Teologia Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1994.

·         BEACON, Comentário Bíblico. Jeremias e Lamentações. Vol. 5. Kansas City: Nazarene Publishing House, 2005.

·         BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

·         BÍBLIA DE ESTUDO MACARTHUR. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2015.

·         BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL PARA JOVENS. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

·         BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

·         BÍBLIA DE ESTUDO SHEDD. São Paulo: Vida Nova, 1997.

·         CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado. São Paulo: Hagnos, 2010.

·         DICIONÁRIO BÍBLICO BAKER. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

·         ESPERANÇA, Comentário Bíblico. São Paulo: Editora Esperança, 2016.

·         TORRALBO, Elias. Exortação, Arrependimento e Esperança. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

·         LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

·         GILBERTO, Antônio. Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

·         YONG, Amos; KEENER, Craig; PALMA, Anthony D.; OSS, Douglas; FEE, Gordon D.; MENZIES, Robert P.; MACCHIA, Frank D. Diversos comentários teológicos e exegéticos.

 

I. UM PROFETA ENTRE OS REIS

 

1. Jeremias, enviado aos reis. Deus escolheu e enviou Jeremias como profeta às nações. Ele também seria responsável por transmitir a mensagem divina “sobre os reinos” (v.10). A monarquia foi instituída nos dias de Samuel por apelo do povo (1Sm 8.1-22). Entretanto, desde a época de Moisés, Deus já mostrava que o rei deveria ser escolhido dentro de seus critérios, pois teria a missão de cumprir a Sua vontade (Dt 17.15). Na missão de liderar o povo sob a vontade divina, os reis eram orientados pelos profetas de seus dias.

👉 Deus nunca deixa uma geração sem voz profética. Jeremias foi levantado não apenas como mensageiro de consolo, mas como porta-voz do juízo e da esperança. Chamado ainda jovem, ele recebeu uma comissão divina que transcende fronteiras humanas: “para arrancar e derribar, para destruir e arruinar, e também para edificar e plantar” (Jr 1.10). A expressão “sobre as nações e sobre os reinos” revela a amplitude de sua missão, Jeremias não falaria apenas a um povo, mas em nome do Rei dos reis, cuja autoridade governa toda a Terra. O profeta era, portanto, o embaixador do Céu em meio aos tronos corrompidos da Terra. Desde os dias de Samuel, o povo de Israel pediu um rei para “ser como as outras nações” (1Sm 8.5). Aquilo que começou como um desejo de segurança humana tornou-se um dos maiores testes de submissão espiritual: Israel queria uma coroa visível, mas se esquecia que já possuía um Trono eterno sobre si. Mesmo assim, o Senhor, em sua soberania, permitiu a monarquia, não como um fracasso de seu plano, mas como instrumento de disciplina e revelação. Deus não rejeitou o sistema, mas determinou seus limites: o rei deveria ser escolhido “dentre os seus irmãos” e reger debaixo da Lei divina (Dt 17.15). No entanto, ao longo da história, muitos reis transformaram o cetro em símbolo de poder próprio, e não de serviço a Deus. Em vez de governarem sob o “temor do Senhor”, governaram sob o peso da vaidade e da autoconfiança. Foi nesse cenário que Jeremias se levantou. Sua missão não era bajular o trono, mas confrontá-lo com a verdade. Profeta algum se colocava diante de reis com tanta ousadia, lembrando-lhes que a autoridade terrena é apenas um reflexo temporário da autoridade celestial (Rm 13.1). Assim, quando Jeremias admoestou Jeoaquim e Zedequias, não falava como um rebelde político, mas como um servo de Deus confrontando a infidelidade espiritual. A Palavra que saía de sua boca não era sua, era fogo e martelo (Jr 23.29), instrumento do próprio Deus para quebrar a resistência dos corações endurecidos. Jeremias entendia que um rei que se nega a ouvir o profeta está, na verdade, rejeitando o próprio Rei dos reis. Essa verdade ecoa até hoje: quando líderes espirituais ou civis se recusam a submeter-se à voz divina, mergulham suas nações no caos. Toda vez que o homem rejeita a Palavra de Deus, ele entrega sua coroa à idolatria do próprio ego. Como afirmou o pastor Elias Torralbo, “a resistência à voz de Deus é o primeiro passo rumo à ruína espiritual e moral de qualquer povo”¹. Mas há aqui um alerta também para nós: não precisamos de uma coroa na cabeça para agir como reis desobedientes. Cada vez que tomamos decisões sem consultar a vontade do Senhor, repetimos o erro de Israel. Deus ainda fala por meio de Sua Palavra, de Seu Espírito e de Seus servos, a questão é se ainda estamos ouvindo. Portanto, o chamado de Jeremias permanece atual. Ele nos lembra que o coração humano tende a se rebelar contra a direção divina, mas o Espírito Santo continua nos confrontando, moldando e conduzindo, como o oleiro faz com o barro (Jr 18.6). Ouvir e obedecer à voz de Deus é o verdadeiro sinal de maturidade espiritual. Que, ao contrário de Zedequias e Jeoaquim, sejamos encontrados com ouvidos abertos, corações quebrantados e vidas submissas à vontade do Senhor, pois somente sob o governo de Cristo encontramos liberdade e vida abundante (Jo 8.36).

¹ TORRALBO, Elias. Exortação, Arrependimento e Esperança: Livro de Apoio – Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL PARA JOVENS. Rio de Janeiro: CPAD, 2020. BÍBLIA DE ESTUDO MACARTHUR. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2020.

 BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2018.

 BÍBLIA DE ESTUDO SHEDD. São Paulo: Vida Nova, 2017.

CHAMPLIN, R. N. Comentário Bíblico do Antigo Testamento. São Paulo: Hagnos, 2019.

Comentário Bíblico Beacon. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

BAKER, D. W. Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

 

2. O preço por profetizar aos reis. O ministério de Jeremias foi extraordinário, primeiro porque foi chamado por Deus, depois pela mensagem que entregou, pelo contexto histórico no qual estava inserido, pelos efeitos de seu ofício profético e o público a quem foi enviado, composto tanto pelo povo como também pela sua liderança, inclusive os reis de seus dias. Jeremias é conhecido não somente pelas mensagens que entregou durante o seu ministério, mas também pelo sofrimento que isso lhe causou. Isso se confirma em diversos episódios da trajetória deste profeta, especialmente na ordem divina que o privou de “se casar”, “não lamentar os mortos” e “não ir a banquetes” (Jr 16.2,5,8). Por entregar a mensagem de Deus ao povo e principalmente aos reis de seu tempo, Jeremias foi perseguido (Jr 36.26), posto em prisão (37.15-21) e lançado numa cisterna (Jr 38.1-6).

👉 Há um preço em falar em nome de Deus, e Jeremias o conheceu profundamente. Enquanto muitos desejam o prestígio do púlpito, poucos suportariam o peso do chamado profético. Jeremias não foi escolhido para ser aplaudido, mas para ser quebrado e moldado pelo próprio Oleiro antes de se tornar instrumento d’Ele. Sua missão não era conquistar reinos, mas confrontá-los com a verdade. Desde o início, o Senhor deixou claro: o profeta seria Sua voz em tempos de rebeldia, mesmo diante de reis endurecidos e povos que não queriam ouvir (Jr 1.10,18-19). Jeremias foi designado “sobre reinos e nações”, o que em hebraico carrega a ideia de mimshal,domínio ou governo, indicando que sua palavra teria poder espiritual para desestabilizar tronos e expor pecados escondidos. Ser profeta, portanto, era interferir na história dos poderosos, confrontando-os com o Deus que ninguém pode manipular (Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2020). Mas o ministério de Jeremias não foi apenas um ofício, foi uma crucificação lenta. Deus o proibiu de casar (Jr 16.2), de chorar pelos mortos (v.5) e até de se alegrar em festas (v.8). Em outras palavras, Jeremias foi separado não só em missão, mas em solidão. Cada “não” que Deus lhe deu moldava nele a pureza de quem fala com autoridade. Como destaca o Comentário Beacon, “o isolamento de Jeremias não era punição, mas consagração; Deus o apartou do comum para que sua voz ecoasse o incomum.” Ser profeta entre reis era uma sentença de sofrimento. Jeremias foi caçado por dizer a verdade (Jr 36.26), lançado em prisões escuras (37.15-21) e afundado numa cisterna lamacenta (38.6), símbolo do desespero e da rejeição. Ainda assim, o fogo de Deus ardia em seu coração: “Se eu disser: não me lembrarei dele, nem mais falarei em seu nome, então há no meu coração um fogo ardente encerrado nos meus ossos” (Jr 20.9). Esse “fogo” era mais forte que o medo, mais profundo que a dor, era a chama do Espírito que não se apaga em quem foi realmente chamado. Jeremias nos ensina que o verdadeiro ministério não busca aceitação, mas obediência. Ele sabia que falar a verdade a reis e líderes poderia custar-lhe tudo, mas calar-se custaria sua alma. O mesmo acontece hoje: cada vez que o cristão se cala diante do pecado, negocia a fidelidade com o conforto. Deus ainda busca Jeremias modernos, jovens que prefiram ser fiéis a serem populares. Talvez você não fale diante de um rei, mas toda vez que defende a verdade em meio à pressão do mundo, você também está profetizando. O preço pode ser alto: rejeição, zombaria, solidão, mas o resultado é eterno. O Senhor nunca deixa um profeta cair no esquecimento; Ele o sustenta, mesmo na cisterna, e transforma suas lágrimas em sementes de avivamento. Portanto, se Deus o chamou, não fuja. A Palavra que você carrega é mais poderosa que os tronos que tentam silenciá-la. Jeremias foi rejeitado por homens, mas reconhecido por Deus. Que a sua geração escolha o mesmo caminho: antes ser ferido pela verdade do que ser corrompido pelo aplauso.

TORRALBO, Elias. Exortação, Arrependimento e Esperança: Livro de Apoio – Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL PARA JOVENS. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

BÍBLIA DE ESTUDO MACARTHUR. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2020.

BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2018.

BÍBLIA DE ESTUDO SHEDD. São Paulo: Vida Nova, 2017.

CHAMPLIN, R. N. Comentário Bíblico do Antigo Testamento. São Paulo: Hagnos, 2019.

Comentário Bíblico Beacon. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

BAKER, D. W. Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

 

3. Um profeta e cinco reis. O texto de abertura do livro de Jeremias informa que a palavra do Senhor foi a ele nos dias de Josias, e nos dias de Jeoaquim até ao fim do ano undécimo de Zedequias (Jr 1.2,3). O destaque a estes três reis se dá em virtude de que eles reinaram por longo tempo, razão pela qual as suas ações são fundamentais no ministério de Jeremias e para a compreensão de suas lições na atualidade. Jeremias profetizou por aproximadamente 40 anos, compreendendo o governo dos seguintes reis: Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. Destes cinco reis, Joacaz e Joaquim reinaram somente três meses cada um, e ambos “fizeram o que era mal aos olhos do Senhor” (2Rs 23.31,32; 24.8,9).

👉 Há momentos em que Deus levanta uma voz, não para agradar, mas para despertar. Jeremias foi essa voz. Um jovem chamado a falar em nome do Senhor num tempo em que quase ninguém mais queria ouvir. Sua missão começou “nos dias de Josias” e atravessou os reinados de Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias (Jr 1.2–3). Em outras palavras, Jeremias viveu e profetizou durante a decadência final do reino de Judá, quarenta anos de lágrimas, resistência e fidelidade. A Bíblia mostra que cada rei a quem Jeremias pregou representava um tipo de coração diante da Palavra de Deus. Josias foi o rei reformador, que ouviu a voz divina e rasgou as vestes em arrependimento (2Rs 22.11). Ele representa o coração quebrantado, o tipo de solo onde a semente da Palavra realmente floresce (Mt 13.23). Mas, após sua morte, a nação mergulhou novamente no caos. Joacaz e Joaquim, que reinaram apenas três meses, ignoraram os apelos proféticos e “fizeram o que era mal aos olhos do Senhor” (2Rs 23.31–32; 24.8–9). O reinado curto desses dois homens simboliza o quão breve é o caminho de quem se afasta da vontade de Deus. O pecado promete estabilidade, mas entrega ruína. Depois deles veio Jeoaquim, talvez o exemplo mais trágico de dureza espiritual. Quando recebeu o rolo onde Jeremias havia escrito as palavras do Senhor, ele o rasgou e lançou ao fogo (Jr 36.23). O ato era simbólico: ao queimar a Palavra, ele tentava silenciar a própria voz de Deus. Quantos hoje repetem o mesmo gesto, não com fogo literal, mas com indiferença, desprezo ou sarcasmo? Rejeitar a Palavra é rejeitar o próprio Oleiro, que molda o vaso conforme o Seu propósito. Joaquim (ou Conias) e Zedequias completam a sequência dos reis sob quem Jeremias profetizou. O primeiro foi levado cativo a Babilônia; o segundo, mesmo advertido repetidas vezes, não quis ouvir (2Cr 36.12–13). Ambos ilustram o coração dividido, aquele que quer a bênção de Deus, mas sem a obediência. É nesse ponto que a metáfora do oleiro e do vaso (Jr 18.1–6) ganha vida: Deus tenta moldar, corrigir, refazer. Mas, se o vaso insiste em endurecer-se, resta apenas a quebra para que o Oleiro refaça tudo do início. O texto hebraico usa o termo "āa" (חָתַת) “destruir” ou “quebrar”, para indicar o juízo de Deus sobre o vaso que se recusa a ser moldado. Essa imagem revela não um Deus impaciente, mas um Deus pedagogo, que disciplina para restaurar (Hb 12.6). Jeremias entendeu que a verdadeira tragédia não era o exílio, mas o endurecimento do coração. O pecado não é apenas uma transgressão moral; é resistência espiritual à mão que quer nos refazer. E o que essa história tem a ver conosco? Tudo. Assim como Jeremias foi enviado aos reis de seu tempo, Deus ainda levanta vozes para confrontar uma geração que prefere “ouvir o que agrada” (2Tm 4.3). Muitos jovens hoje vivem como os reis de Judá, seduzidos por um evangelho sem cruz, por conselhos sem arrependimento e por uma fé sem transformação. Mas o Oleiro ainda trabalha. Ele não desiste do barro. Mesmo rachado, ainda há esperança, porque “não pode o vaso dizer ao oleiro: Por que me fizeste assim?” (Rm 9.20). Portanto, a pergunta que fica é: qual tipo de vaso você tem sido diante do Oleiro? Moldável ou endurecido? Jeremias nos ensina que não existe neutralidade espiritual, ou Deus molda o coração, ou o coração se quebra por resistir a Ele. Hoje, o Espírito Santo nos convida a voltar ao torno do Oleiro, onde Ele nos refaz, limpa e prepara para o Seu propósito. E é ali, entre lágrimas e rendição, que a verdadeira reforma começa, não nos palácios, mas no coração.

·         BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL PARA JOVENS. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

·         BÍBLIA DE ESTUDO MACARTHUR. São Paulo: SBB, 2015.

·         BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE. São Paulo: SBB, 2016.

·         BÍBLIA DE ESTUDO SHEDD. São Paulo: Vida Nova, 1997.

·         TORRALBO, Elias. Exortação, Arrependimento e Esperança. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

·         BEACON, Comentário Bíblico. Vol. 5. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

·         CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. São Paulo: Hagnos, 2018.

·         DICIONÁRIO BÍBLICO BAKER. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

·         LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

·         BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

·         ARRINGTON, French L. Teologia Pentecostal: Uma Perspectiva Cristocêntrica. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

·         KEENER, Craig S. Comentário Bíblico do Novo Testamento. São Paulo: Vida, 2014.

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SUBSÍDIO I

“O ofício de profeta — [...] Os verdadeiros profetas de Deus foram levantados por Ele para servir como um tipo de terceira ordem, juntamente com o sacerdote e o rei. Seu papel era de origem mais divina e importante do que o rei e o sacerdote: não era, entretanto, ‘oficializado’ no sentido que eram os outros. De fato, ao invés de transitar nos círculos da política e da religião estabelecida, os profetas agiam por fora, como instrumentos de correção ou conselheiros. Todas as sociedades do mundo antigo tinham seus profetas, mas os de Israel destacavam-se em vários sentidos. Em primeiro lugar, eles tinham a total consciência de que eram chamados por Deus e, se de fato eram servos de Yahweh, adaptavam-se aos estritos critérios necessários à função, a fim de provar a sua credibilidade e genuidade.” (MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.401,402).

 

II. JEOAQUIM: O REI QUE REJEITOU A DEUS E À SUA PALAVRA

 

1. Quem foi o rei Jeoaquim. Com a morte de Josias, o rei da maior reforma religiosa da história de Israel, Jeoacaz, seu filho, o substituiu e reinou por três meses (2Rs 23.31). Eliaquim, seu irmão, assumiu o trono em seu lugar e teve o seu nome mudado para Jeoaquim pelo Faraó — Neco a quem serviu como rei vassalo. A expressão “e fez o que era mau aos olhos do Senhor, seu Deus” (2Cr 36.5) define a triste trajetória deste rei, cujas marcas centrais de seu governo foram a introdução de práticas pagãs e idólatras (Jr 7.16-18; 11.9-13; Ez 8), a frouxidão moral (Jr 5.26-29; 7.1-15) e a perseguição a profetas fiéis (Jr 26.20-23). Jeremias profetizou contra a injustiça praticada por este rei na construção de seu palácio. Ele usou mão de obra escrava (Jr 22.13-19), razão pela qual foi perseguido de forma implacável (11.18-23). Jeoaquim contribuiu diretamente com o enfraquecimento dos efeitos positivos da reforma religiosa promovida por Josias, seu pai, e veio a morrer no ano 598 a.C.

👉 Quando o rei Josias, o último grande reformador espiritual de Judá, morreu em combate contra o Faraó Neco (2Rs 23.29), uma nova era começou, marcada não pela devoção, mas pela decadência. Seu filho Jeoacaz assumiu o trono, mas reinou apenas três meses antes de ser deposto pelo próprio Faraó (2Rs 23.31-33). Em seu lugar, Neco colocou Eliakim, outro filho de Josias, mudando-lhe o nome para Jeoaquim, num gesto simbólico que demonstrava domínio político e submissão pois, na cultura antiga, dar um novo nome significava autoridade sobre o outro. Assim, Jeoaquim iniciou seu reinado como um rei vassalo do Egito, dependente e fraco espiritualmente. O texto sagrado não poupa palavras ao descrever sua trajetória: “E fez o que era mau aos olhos do Senhor, seu Deus” (2Cr 36.5). Essa frase, repetida tantas vezes nos livros de Reis e Crônicas, não é mero registro histórico é um diagnóstico espiritual. Sob o governo de Jeoaquim, Judá mergulhou novamente na idolatria, na injustiça e na corrupção moral. Ele reverteu os avanços da reforma de seu pai, reabrindo portas que Josias havia fechado, reerguendo ídolos que Josias havia destruído (Jr 7.16-18; 11.9-13; Ez 8). Jeremias denunciou com coragem os pecados de Jeoaquim. Enquanto o rei vivia em luxo e ampliava seu palácio, o profeta o confrontava publicamente: “Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus altos cômodos sem direito; que usa o serviço do seu próximo sem paga, e não lhe dá o salário do seu trabalho” (Jr 22.13). A Bíblia de Estudo MacArthur comenta que Jeoaquim encarna o tipo de líder que usa o poder para benefício próprio, enquanto ignora o clamor dos oprimidos. Sua arrogância o levou a desafiar não apenas os homens, mas o próprio Deus, um eco da soberba de Nabucodonosor antes de sua queda (Dn 4.30-33). Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens, Jeremias foi implacavelmente perseguido por Jeoaquim por causa de suas mensagens de arrependimento (Jr 11.18-23). O profeta se tornou alvo da fúria real, e seu rolo profético foi rasgado e queimado (Jr 36.23), em uma das cenas mais simbólicas da Escritura: um rei tentando apagar a voz de Deus com fogo. A Bíblia de Estudo Shedd observa que esse gesto foi a culminação da apostasia de Jeoaquim, uma rejeição consciente e insolente da autoridade divina. A Bíblia de Estudo Plenitude destaca que a vida de Jeoaquim nos ensina um princípio espiritual atemporal: quando a liderança se distancia da Palavra, toda a nação sofre. Seu governo foi caracterizado por idolatria (Jr 7.16-18), depravação moral (Jr 5.26-29) e opressão social (Jr 22.13-19). O povo, que deveria ser a luz das nações, tornou-se sombra de si mesmo. Jeoaquim morreu em 598 a.C., provavelmente durante o cerco babilônico, deixando um legado de ruína espiritual e nacional. Segundo o texto de Jeremias 22.19, ele seria sepultado “como se sepulta um jumento”, uma expressão hebraica que significa morte vergonhosa e sem honra. O homem que queimou a Palavra terminou esquecido na poeira da história, enquanto o profeta que ele perseguiu continua sendo lembrado como voz da verdade. E aqui está a lição prática: toda vez que alguém tenta calar a voz de Deus, é a própria vida que começa a se apagar. Jeoaquim representa o tipo de cristão que quer a bênção do Reino, mas não o governo do Rei. Ele ilustra o perigo de uma fé seletiva, aquela que acolhe promessas, mas rejeita confrontos. O mesmo Deus que moldou Josias em arrependimento tentou moldar Jeoaquim em disciplina. A diferença está no coração. Hoje, a advertência ecoa nas igrejas e nas salas da Escola Bíblica Dominical: quem resiste à Palavra, endurece o coração; e quem endurece o coração, perde a forma diante do Oleiro. (Jr 18.6).

·         BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL PARA JOVENS. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

·         BÍBLIA DE ESTUDO MACARTHUR. São Paulo: SBB, 2015.

·         BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE. São Paulo: SBB, 2016.

·         BÍBLIA DE ESTUDO SHEDD. São Paulo: Vida Nova, 1997.

·         TORRALBO, Elias. Exortação, Arrependimento e Esperança. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

·         CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. São Paulo: Hagnos, 2018.

·         BEACON, Comentário Bíblico. Vol. 5. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

·         DICIONÁRIO BÍBLICO BAKER. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

·         LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

·         BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

·         ARRINGTON, French L. Teologia Pentecostal: Uma Perspectiva Cristocêntrica. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

 

2. Jeoaquim, o rei que rejeitou a mensagem de Deus. Jeoaquim reinou por cerca de onze anos, período no qual Jeremias atuou como profeta. O episódio em que Jeoaquim corta e lança ao fogo o pergaminho com a mensagem de Deus enviada por Jeremias através de Baruque, além de ser um dos mais marcantes, mostra de forma clara como o rei lidava, não somente com o profeta, mas principalmente com a Palavra de Deus (Jr 36.1-32). Aproveitando o grande número de pessoas em torno do Templo, por causa da convocação de um jejum, sob a orientação divina, Jeremias, que estava impedido de ir à Casa do Senhor, ditou a mensagem ao escriba Baruque lhe dando a missão de transmiti-la ao povo (Jr 36.5,6). A mensagem proclamada na Casa do Senhor repercutiu junto ao rei que, ao ouvi-la, cortou em pedaços o pergaminho e lançou-os no fogo (vv.22,23). De todos os erros de Jeoaquim, este, certamente, foi o mais grave, pois o texto informa que “não temeram, nem rasgaram as suas vestes o rei e todos os seus servos que ouviram todas aquelas palavras” (v.24). Além de rejeitar a palavra de Deus, o rei ordenou que o mensageiro fosse perseguido, entrando assim para a história como um dos reis que não deu ouvidos ao conselho de Deus pelo profeta (v.26).

👉 Jeoaquim reinou cerca de onze anos em Judá, durante os quais o profeta Jeremias foi a voz profética levantada por Deus para advertir o povo e o trono. O episódio descrito em Jeremias 36.1-32 é um dos mais trágicos e reveladores da postura espiritual desse rei: ele não apenas desprezou o profeta, mas também afrontou o próprio Deus ao destruir o rolo sagrado da profecia. Por ordem divina, Jeremias ditou ao escriba Baruque as palavras de juízo e misericórdia que o Senhor havia lhe revelado (Jr 36.1-4). Impedido de ir ao Templo, o profeta incumbiu Baruque de proclamar a mensagem diante do povo reunido em jejum (Jr 36.5-6). O objetivo divino era provocar arrependimento, para que Judá se desviasse de seus maus caminhos e escapasse da destruição iminente (v.3). Entretanto, quando o conteúdo do pergaminho chegou aos ouvidos do rei Jeoaquim, sua reação foi de desprezo e rebeldia. Sentado em seu palácio, junto ao braseiro aceso no nono mês, Jeoaquim ouviu parte da leitura e, tomado de arrogância, “cortava o rolo com o canivete do escriba e o lançava ao fogo” (Jr 36.23). O texto bíblico ressalta: “Não temeram, nem rasgaram as suas vestes o rei e todos os seus servos que ouviram todas aquelas palavras” (v.24). Esse gesto simboliza o coração endurecido de um homem que, embora assentado no trono de Davi, já havia perdido a sensibilidade espiritual. Ao queimar o rolo, Jeoaquim rejeitou o convite ao arrependimento e selou o juízo sobre sua própria casa (Jr 36.30-31). Sua atitude mostra que o maior perigo não está apenas em ignorar a Palavra, mas em tratá-la como algo descartável. Jeoaquim representa o tipo de líder que resiste à voz profética e tenta silenciar o mensageiro de Deus, esquecendo-se de que a Palavra do Senhor não pode ser destruída pelo fogo dos homens. Jeremias simplesmente reescreveu o rolo, “e ainda se acrescentaram muitas palavras semelhantes” (v.32). Assim, o propósito de Deus permaneceu, enquanto o nome de Jeoaquim tornou-se sinônimo de rebeldia e insensatez espiritual. Este episódio nos adverte que rejeitar o conselho divino é recusar a própria vida (Pv 8.36). Cada geração precisa decidir se rasgará o coração em arrependimento, ou o rolo da Palavra em desprezo.

 

3. A rejeição da Palavra de Deus e as suas consequências. Rejeitar a Palavra de Deus é um ato de insubmissão e de rebeldia. Contudo, aceitá-la e submeter-se a ela é demonstração de amor ao Senhor (Jo 14.15,21,23,24). O rei Jeoaquim rejeitou a Palavra do Senhor, perseguiu o profeta e decidiu andar pelos seus próprios caminhos, como se vê na decisão que tomou em rebelar-se contra Nabucodonosor (2Rs 24.1), vindo a ser duramente punido (2Rs 24.2; Jr 35.11) e, na sua morte não foi honrado e nem por ele houve quem lamentasse (Jr 22.18,19; 36.30). Já o profeta que por ele foi perseguido, experimentou a proteção divina (Jr 36.26), e quanto à Palavra de Deus que Jeoaquim rejeitou, Jeremias ditou o mesmo conteúdo para que Baruque reescrevesse “e ainda se acrescentaram a elas muitas palavras semelhantes” (36.32).

👉 Há poucas coisas mais trágicas na vida espiritual do que ouvir a voz de Deus e, deliberadamente, escolher ignorá-la. Em toda a Escritura, o Senhor nunca ficou em silêncio diante do pecado, mas o homem, frequentemente, tapou os ouvidos. Foi exatamente isso que aconteceu com o rei Jeoaquim: um homem que teve acesso à Palavra viva, mas preferiu queimá-la no fogo da própria arrogância (Jr 36.23). Ao rejeitar a voz profética, Jeoaquim não apenas desprezou Jeremias, mas desafiou o próprio Deus. Rejeitar a Palavra é o ápice da rebelião espiritual. O termo hebraico usado para “rejeitar” em Jeremias 6.19, מָאַס (maas), transmite a ideia de desprezar algo valioso como se fosse lixo. É a atitude de um coração que perdeu o temor e, por isso, já não reconhece a voz que um dia o chamou à vida. Jesus confirmou essa verdade séculos depois, dizendo: “Quem me ama, guardará a minha palavra” (Jo 14.23). Logo, rejeitar o que Deus diz é confessar, ainda que inconscientemente, que o amor por Ele esfriou. Jeoaquim simboliza o homem que confunde trono com autonomia. Sua decisão de rebelar-se contra Nabucodonosor (2Rs 24.1) foi, na verdade, um reflexo da rebelião mais profunda: a recusa de submeter-se ao governo de Deus. Enquanto ele endurecia o coração, Jeremias continuava a proclamar a Palavra com coragem e lágrimas e o Senhor sustentava o profeta em meio à perseguição (Jr 36.26). Há sempre essa tensão: o rebelde que resiste e o servo que permanece fiel. O texto bíblico mostra que o destino de ambos é diferente. O rei que queimou o rolo morreu sem honra, sem pranto, sem memória (Jr 22.18-19; 36.30). Já o profeta, ainda perseguido, foi preservado pela mão invisível de Deus. Isso nos ensina uma verdade imutável: nenhum poder humano pode silenciar a voz divina. O rolo foi queimado, mas a Palavra foi reescrita e “ainda se acrescentaram muitas palavras semelhantes” (Jr 36.32). O fogo de Jeoaquim consumiu o papel, mas não a mensagem. Há, aqui, uma poderosa advertência para a Igreja contemporânea. Muitos desejam ouvir apenas palavras que confortem, e não aquelas que confrontem. Mas, como ensina o pastor Elias Torralbo, “a verdadeira exortação é o instrumento do Espírito para curar a alma enferma do povo de Deus”¹. Quando desprezamos a Palavra, nos tornamos como barro que resiste ao Oleiro e o resultado inevitável é a deformação espiritual (Jr 18.6). Cada cristão precisa se perguntar: o que tenho feito quando a Palavra me confronta? Tenho permitido que o Espírito Santo me molde, ou tenho tentado “queimar” o que não quero ouvir? Jeoaquim representa o perigo de uma fé seletiva, que escolhe o que obedecer. Deus não busca ouvintes passivos, mas corações maleáveis, gente que se deixa transformar, ainda que doa. Por fim, o episódio de Jeoaquim nos lembra de algo essencial: a Palavra de Deus não depende da aceitação humana para permanecer verdadeira. Como escreveu o apóstolo Paulo, “se somos infiéis, Ele permanece fiel; pois não pode negar-se a si mesmo” (2Tm 2.13). Que esta lição desperte em nós o santo temor de nunca brincar com a voz de Deus, pois ela é vida, fogo e martelo que despedaça a pedra (Jr 23.29).

¹ TORRALBO, Elias. Exortação, Arrependimento e Esperança: Livro de Apoio Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL PARA JOVENS. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

BÍBLIA DE ESTUDO MACARTHUR. São Paulo: SBB, 2015.

BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE. São Paulo: SBB, 2017.

BÍBLIA DE ESTUDO SHEDD. São Paulo: Vida Nova, 2000.

CHAMPLIN, R. N. Comentário Bíblico. São Paulo: Hagnos, 2008.

BEACON, Comentário Bíblico. Vol. 4. Kansas City: Beacon Hill, 2006.

BAKER, Warren W. Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

ARRINGTON, French L.; MACCHIA, Frank D.; Menzies, Robert P.; FEE, Gordon D. Teologia Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

 

 

SUBSÍDIO II

 “Jeoaquim. O segundo dos filhos do rei Josias a reinar sobre Judá (r. 609-598 a.C.). A sua mãe era Zebida. Jeoaquim ‘fez o que era mal aos olhos do Senhor’ (2Rs 23.37), e o seu reinado de onze anos está registrado em 2 Reis 23.34-37; 24.1-6 e 2 Crônicas 36.4-8. Ele tinha vinte e cinco anos quando o faraó Neco depôs o seu irmão Jeoacaz e fê-lo rei, mudando o seu nome de nascimento, ‘Eliaquim’, para ‘Jeoaquim’. Inicialmente, pagou tributo ao Egito, mas tornou-se vassalo da Babilônia quando Nabucodonosor derrotou Neco em 605 a.C. Jeremias profetizou exílio e morte por causa da sua ganância e opressão dos pobres (Jr 22.13-19). Jeoaquim queimou o rolo de Jeremias e tentou prender o profeta, mas foi frustrado por Deus (Jr 36.20-26); matou, no entanto, o profeta Urias (Jr 26.20-23). Jeoaquim ignorou o conselho de Jeremias e rebelou-se contra a Babilônia, de modo que Nabucodonosor revidou primeiro, enviando pequenos bandos militares, depois sitiando Jerusalém e capturando Jeoaquim. Provavelmente, morreu no exílio.” (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.270).

 

III. ZEDEQUIAS: O REI DAS INCERTEZAS

 

1. Quem foi o rei Zedequias. Joaquim reinou no lugar de Jeoaquim por apenas três meses e foi substituído por seu tio Matanias, que teve o seu nome mudado pelo rei da Babilônia para Zedequias (2Rs 24.17). De acordo com o registro bíblico, Zedequias andou nos mesmos caminhos de Jeoaquim e “fez o que era mal aos olhos do Senhor” (2Rs 24.19) e o seu governo foi, ao que parece, a aplicação da ira de Deus contra Judá. Zedequias assumiu o trono de Judá aos vinte e cinco anos de idade e reinou por onze anos. Ele não se rendeu à vontade de Deus, nem aceitou a mensagem dEle por meio de Jeremias e, pela dureza de seu coração “não se converteu ao Senhor” (2Cr 36.11-13). Zedequias teve de amargar a experiência da última e mais trágica das invasões da Babilônia em Jerusalém, culminando com a sua destruição total conforme profetizado por Jeremias (Jr 34.1-6). Isso tudo porque, à semelhança de Jeoaquim, Zedequias não deu ouvidos à voz de Deus e padeceu de um grande mal.

👉 Quando o profeta Jeremias anunciou que a Babilônia seria o instrumento da disciplina divina, poucos acreditaram. O rei Zedequias foi um desses poucos, ou melhor, foi um daqueles que ouviram, mas não obedeceram. Ele nasceu Matanias, tio de Joaquim, e foi posto no trono como vassalo do rei Nabucodonosor, que lhe mudou o nome para Zedequias, “o Senhor é justiça” (2Rs 24.17). Ironicamente, o nome que carregava a lembrança da justiça divina seria o prenúncio do juízo que viria sobre ele e sobre Judá. Zedequias começou a reinar aos vinte e cinco anos e governou por onze (2Cr 36.11). Seu reinado marcou o último suspiro do reino de Judá antes da completa destruição de Jerusalém. As Escrituras afirmam que ele “fez o que era mau aos olhos do Senhor” (2Rs 24.19), expressão que, no hebraico רַע (ra), indica algo moralmente perverso, uma disposição interior contrária ao caráter santo de Deus. Assim como seu predecessor Jeoaquim, Zedequias trilhou o caminho da rebeldia um coração resistente à correção espiritual. A Bíblia revela que ele não se humilhou diante da Palavra de Deus transmitida por Jeremias (2Cr 36.12-13). O profeta lhe enviava repetidas advertências, pedindo arrependimento e submissão à vontade divina, mas Zedequias preferia consultar falsos profetas que anunciavam paz, quando a espada já estava às portas (Jr 38.14-23). Essa cegueira espiritual não era apenas política era teológica. Ele confundiu poder com segurança, posição com bênção, trono com presença divina. O rei resistiu até o fim, e a consequência foi trágica. A Babilônia invadiu Jerusalém pela terceira vez, e desta vez não restou pedra sobre pedra (Jr 39.1-8). Zedequias fugiu, mas foi capturado em Jericó. Diante de Nabucodonosor, seus filhos foram mortos diante de seus olhos, e logo em seguida ele teve os próprios olhos vazados (Jr 39.6-7). Assim, a última imagem que o rei viu foi o juízo de Deus se cumprindo, uma poderosa ilustração de que quem rejeita a luz divina termina em total escuridão. A tragédia de Zedequias revela o fim inevitável daqueles que endurecem o coração diante da Palavra. Enquanto Jeremias chorava e intercedia, o rei confiava em alianças humanas, acreditando que o Egito poderia salvá-lo. Sua ruína, portanto, não foi apenas militar, mas espiritual. Ele não perdeu apenas a cidade; perdeu a chance de se humilhar diante do Oleiro e ser restaurado (Jr 18.1-6). Hoje, muitos vivem como Zedequias: conhecem a vontade de Deus, mas hesitam em obedecer; temem o julgamento dos homens mais do que o juízo divino. Porém, o mesmo Deus que anunciou destruição também oferecia misericórdia. Jeremias pregava arrependimento, não condenação. O Oleiro ainda estava disposto a refazer o vaso, mas o barro resistiu. Zedequias nos lembra que quem rejeita o conserto de Deus acabará sendo quebrado pelo mesmo Deus que tentou restaurá-lo. Que esta lição desperte em nós um santo temor e um profundo desejo de obediência. O Senhor não deseja destruir vasos, mas transformá-los, e isso começa quando o coração se dobra diante da Palavra que ele envia.

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL PARA JOVENS. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

BÍBLIA DE ESTUDO MACARTHUR. São Paulo: SBB, 2015.

BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE. São Paulo: SBB, 2017.

BÍBLIA DE ESTUDO SHEDD. São Paulo: Vida Nova, 2000.

CHAMPLIN, R. N. Comentário Bíblico. São Paulo: Hagnos, 2008.

BEACON, Comentário Bíblico. Vol. 4. Kansas City: Beacon Hill, 2006.

TORRALBO, Elias. Exortação, Arrependimento e Esperança: Livro de Apoio Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

BAKER, Warren W. Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

ARRINGTON, French L.; MACCHIA, Frank D.; Menzies, Robert P.; FEE, Gordon D. Teologia Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

 

2. Zedequias, o rei das incertezas. Como se sabe, Zedequias era ainda bem jovem quando assumiu o reinado de Judá e, embora, segundo as Escrituras, tenha trilhado por caminhos que não agradaram a Deus, ele consultou Jeremias por algumas vezes (Jr 21.1-7; 37.3,17-21; 38.7-28), o que demonstra, em alguma medida, um certo interesse por tentar andar pelo caminho correto. Há duas situações por meio das quais é possível notar a fraqueza deste rei: a primeira é que não tinha forças suficientes para liderar os oficiais de seu governo (Jr 38.5) e a segunda é que não tinha medo da opinião popular (Jr 19; 24). Definitivamente, o reino de Zedequias foi marcado por incertezas advindas de sua fraqueza pessoal, como se vê no episódio em que o profeta o aconselha a entregar-se ao governo de Babilônia, como sinal de humilhação e aceitação da disciplina de Deus. No entanto, ainda que por um momento ele tenha pensado em cumprir a ordem divina, todavia, por causa de suas preocupações com os de fora, optou por ir contra a vontade divina (Jr 38.14-23). Zedequias, portanto, foi um rei que sofreu os danos, e ainda submeteu uma nação inteira à vergonha e à destruição, por causa de sua fraqueza, demonstrada na incerteza em relação a aceitar e obedecer a Palavra de Deus.

👉 Zedequias, o último rei de Judá, ascendeu ao trono em um dos períodos mais sombrios da história nacional. Jovem e inexperiente, foi colocado como rei por Nabucodonosor, da Babilônia (2Rs 24.17), e desde o início de seu governo enfrentou o peso de uma liderança marcada pela instabilidade espiritual e política. Embora as Escrituras declarem que ele “fez o que era mau aos olhos do Senhor” (2Rs 24.19), há indícios de que Zedequias possuía certo temor residual por Deus, ou ao menos curiosidade espiritual. Isso se observa em suas repetidas consultas ao profeta Jeremias (Jr 21.1-7; 37.3,17-21; 38.7-28), buscando respostas diante do cerco iminente da Babilônia. Contudo, seu problema não estava na falta de informação divina, mas na ausência de decisão firme para obedecer àquilo que Deus revelava. Duas marcas revelam a fraqueza desse rei. Primeiro, sua falta de autoridade moral e espiritual diante dos príncipes de Judá. Jeremias 38.5 mostra que ele não conseguia conter a influência dos oficiais perversos, que o manipulavam facilmente, levando-o a agir de modo covarde e inconstante. Segundo, o medo da opinião pública, que o impediu de se submeter à vontade de Deus (Jr 38.19). Zedequias era um homem dividido: ouvia o profeta em secreto, mas não tinha coragem de obedecê-lo em público. Sua alma vacilante ecoa o que Tiago denuncia séculos depois “o homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos” (Tg 1.8). O episódio mais revelador de sua fraqueza é narrado em Jeremias 38.14-23, quando o profeta o exorta a render-se ao rei da Babilônia, como expressão de humildade e arrependimento diante da disciplina divina. Por um momento, Zedequias parece inclinar-se à obediência, mas logo recua, preso ao medo de ser zombado pelos exilados e traído pelos príncipes. O resultado foi trágico: ele perdeu o trono, viu seus filhos mortos diante de si e teve os olhos vazados, uma metáfora viva de sua cegueira espiritual (2Rs 25.7). Zedequias, portanto, representa o tipo de líder que ouve a Palavra de Deus, mas não a pratica (Tg 1.22). Seu reinado é o retrato de uma fé indecisa, que tenta conciliar o favor humano com a vontade divina, algo impossível. Ele sofreu, e fez o povo sofrer, por causa de sua hesitação em obedecer a Deus plenamente. Sua história nos alerta para o perigo de uma espiritualidade morna e vacilante, que prefere agradar homens a agradar o Senhor (Gl 1.10). “Não basta ouvir a voz de Deus, é preciso ter coragem para segui-la, mesmo que o preço seja alto. Zedequias teve medo dos homens e perdeu o favor de Deus.”

 

3. A incerteza de um rei e as suas consequências. Uma das qualidades que Deus requer daqueles que lideram sobre o seu povo é “força e coragem” como se vê em suas palavras quando Josué recebeu a incumbência de substituir Moisés (Js 1.9). Estas qualidades são encontradas em Gideão, aliás, elas lhes renderam o elogio que recebeu do próprio Senhor (Jz 6.12,14). Ao contrário disso, o rei Zedequias teve em sua fraqueza a raiz de todos os males em sua trajetória, pois dela resultou a sua incerteza nos momentos nos quais ele teve de tomar decisões importantes. Ele não se submeteu à mensagem de Deus transmitida por meio do profeta Jeremias. Como consequência, o juízo de Deus se manifestou, permitindo que o rei da Babilônia matasse os seus filhos à sua vista, lhe tirasse os seus olhos e destruísse as casas de seu povo e a própria Jerusalém (Jr 39.6-8). Não ouvir os conselhos de Deus por meio de Jeremias custou caro a Zedequias.

👉 Há decisões que revelam a alma de um líder, e outras que a destroem. Zedequias foi o último rei de Judá antes do exílio babilônico, e seu nome ecoa nos anais da história como um símbolo da fraqueza espiritual de quem conhece a vontade de Deus, mas não tem coragem de obedecê-la. Ele viveu num tempo em que o pecado do povo havia alcançado o limite, e o próprio trono de Davi, outrora glorioso, agora vacilava sob o peso da rebelião. Sua vida é uma advertência viva: não há neutralidade diante da voz de Deus. Quando Deus disse a Josué: “Sê forte e corajoso” (Js 1.9), Ele estabeleceu o padrão para todo líder espiritual: coragem não é ausência de medo, mas fidelidade em meio à pressão. Gideão, o menor da casa de seu pai, foi chamado “homem valente” (Jz 6.12) justamente porque ousou crer contra as probabilidades. Em contraste, Zedequias é lembrado não por sua valentia, mas por sua hesitação. Sua alma vacilante fez com que o medo dos homens abafasse o temor de Deus. Ele consultava o profeta Jeremias, mas nunca obedecia (Jr 37.3; 38.14-23). Buscava respostas, mas não conversão. É o retrato de quem se aproxima de Deus por curiosidade, e não por arrependimento. A raiz de sua ruína foi o coração dividido. A expressão em 2Crônicas 36.13 “não se humilhou diante do profeta Jeremias, que falava da parte do Senhor” vem do hebraico kāraʿ, “curvar-se, render-se”. Zedequias ouviu a palavra, mas nunca se curvou a ela. Era um rei de aparência piedosa e decisões mundanas. Assim como o barro nas mãos do oleiro (Jr 18.1–6), Deus lhe ofereceu a chance de ser moldado, mas ele resistiu. E quem resiste ao toque do Oleiro acaba se tornando vaso quebrado. O resultado foi trágico. O juízo de Deus se cumpriu com precisão: o exército da Babilônia invadiu Jerusalém, os filhos de Zedequias foram mortos diante de seus olhos, e logo em seguida seus olhos foram arrancados (Jr 39.6–7). Ele foi levado cativo, cego, humilhado, e distante da presença de Deus. Essa sequência terrível revela uma ironia divina: aquele que não quis ver a vontade do Senhor foi condenado à escuridão literal. A Bíblia de Estudo MacArthur observa que “Zedequias preferiu o caminho da autopreservação ao da obediência, mas ambos se provaram incompatíveis”.¹ O pecado de Zedequias não foi apenas político, mas profundamente espiritual. Ele representa líderes e crentes que desejam o favor de Deus sem o peso da submissão. A Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens destaca que “sua incerteza foi o espelho de uma geração que ouvia as palavras do Senhor, mas não as colocava em prática”.² O Dicionário Bíblico Baker define isso como “rebelião silenciosa” a atitude de quem reconhece a verdade, mas se recusa a se alinhar a ela.³ A história de Zedequias é um espelho para a igreja contemporânea. Quantos de nós conhecem o caminho, mas hesitam em segui-lo por medo da opinião alheia? Quantos ouvem a Palavra, mas não a aplicam? A fraqueza espiritual tem consequências devastadoras destrói famílias, ministérios e até nações. Jeremias, o profeta das lágrimas, viu com os próprios olhos o resultado da desobediência: templos em ruínas, muralhas queimadas e corações endurecidos. Ainda assim, sua mensagem ecoa até hoje: “Voltem-se, cada um, do seu mau caminho, e emendai as vossas ações e obras” (Jr 18.11). Zedequias falhou porque não entendeu que a verdadeira força nasce da rendição. Deus não busca líderes invulneráveis, mas corações ensináveis. Quando o povo de Deus se curva diante do Oleiro, Ele não os quebra, Ele os refaz. Que esta lição desperte em cada aluno o desejo de examinar sua própria vida, renunciar às indecisões e submeter-se totalmente à vontade de Deus. Pois, como lembra o profeta Elias Torralbo: “A esperança renasce quando o povo se arrepende e volta ao centro da vontade divina.”

¹ MACARTHUR, John. Bíblia de Estudo MacArthur. São Paulo: SBB, 2021.

² Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

³ ELWELL, Walter A. Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

TORRALBO, Elias. Exortação, Arrependimento e Esperança. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

SHEED, Russell P. Bíblia de Estudo Shedd. São Paulo: Vida Nova, 2015.

KEENER, Craig S. Comentário Bíblico Beacon: Jeremias. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

 

 

CONCLUSÃO

Ouvir os conselhos divinos e viver de acordo com eles é ter a garantia de uma vida protegida pelo Senhor. Por outro lado, rejeitá-los, à semelhança de Jeoaquim e de Zedequias, é uma escolha insensata, arriscada e perigosa. Vimos nesta lição que o princípio da obediência aos conselhos de Deus serve para todos indistintamente, e que este é o caminho para uma vida longa, sossegada e abençoada.

👉 Ouvir os conselhos divinos e moldar a vida conforme eles não é apenas um dever espiritual é um escudo invisível que guarda o coração e preserva o futuro. Quando o crente decide obedecer à voz de Deus, ele se posiciona sob a sombra protetora do Altíssimo (Sl 91.1). Obediência, portanto, não é limitação, mas liberdade a liberdade de caminhar em segurança, mesmo quando o mundo ao redor desaba. Por outro lado, rejeitar a direção do Senhor é optar por um caminho onde o homem se torna o próprio juiz de seus passos. Foi exatamente isso que fizeram Jeoaquim e Zedequias: ouviram o profeta, mas desprezaram a voz do Oleiro. Jeoaquim queimou o rolo da profecia (Jr 36.23); Zedequias o ignorou. Ambos escolheram o orgulho, e o orgulho sempre termina em ruína. Como diz a Escritura: “Há caminho que parece direito ao homem, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14.12). O princípio que aprendemos nesta lição é universal e atemporal: quem ouve e obedece à Palavra do Senhor vive, quem despreza perece. A obediência é o selo da aliança; a rebeldia, o rompimento dela. Jeremias tentou, até o último instante, conduzir o povo ao arrependimento mas a surdez espiritual de uma nação endurecida fechou as portas da misericórdia. No entanto, o mesmo Deus que julgou Judá é o Deus que ainda hoje molda vidas quebradas. Ele continua chamando: “Volta, ó casa rebelde, e eu sararei as tuas rebeliões” (Jr 3.22). Aqueles que atendem a essa voz experimentam restauração. Aqueles que resistem, colhem as consequências da própria teimosia. Assim, fica a lição: obedecer é viver; desobedecer é quebrar-se. O vaso só permanece inteiro quando se deixa nas mãos do Oleiro. Portanto, aluno, professor, servo do Senhor permita que Deus molde seus pensamentos, decisões e atitudes. Quem se submete à Palavra vive debaixo da proteção divina e experimenta a paz que o mundo jamais poderá oferecer. Obediência é o alicerce da vida espiritual saudável. Quem se deixa moldar por Deus nunca será destruído pelas circunstâncias. O coração que ouve e pratica a Palavra constrói sua história sobre a rocha da fidelidade divina.

 

Viva para a máxima glória do Nome do Senhor Jesus!

Viva conectado a Cristo, adore com sinceridade, sirva com amor e aja com justiça, para que cada atitude reflita a glória de Deus no mundo.

 

HORA DA REVISÃO

1. Segundo a lição, quando foi instituída a monarquia?

A monarquia foi instituída nos dias de Samuel por apelo do povo; entretanto, desde a época de Moisés, Deus já mostrava que o rei deveria ser escolhido dentro de seus critérios, pois teria a missão de cumprir a Sua vontade.

2. Qual deveria ser a missão do rei?

Liderar o povo sob a vontade divina.

3. Quem orientava os reis?

Os reis eram orientados pelos profetas de seus dias.

4. Qual o nome dos 3 reis que aparecem na abertura do livro do profeta Jeremias?

Jeremias profetizou por aproximadamente 40 anos, compreendendo o governo dos seguintes reis: Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias.

5. Qual o nome do escriba para quem Jeremias ditou as palavras do Senhor?

Baruque.