TEXTO PRINCIPAL
“Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro.” (1 Jo 4.6)
Entenda
o Texto Principal:
- aquele
que conhece a Deus nos ouve. João apresenta a segunda prova de um
verdadeiro mestre: ele fala a palavra de Deus, seguindo a doutrina apostólica.
RESUMO DA LIÇÃO
Na atualidade encontramos muitas ideologias e falsas doutrinas, por isso precisamos
conhecer a Palavra de Deus para não ser enganados por elas.
Entenda
o Resumo da Lição:
- A Bíblia nos alerta a ficar atentos contra
heresias, ou “doutrinas falsas”, que podem nos enganar (1Tm 4.1). Para não ser
enganado por uma heresia é importante estudar a Bíblia.
TEXTO BÍBLICO
1 Timóteo 4.1-5
Entenda
o Texto Bíblico:
1 MAS o
Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;
- o Espírito afirma expressamente. Paulo
repete a Timóteo a advertência que havia feito muitos anos atrás aos
presbíteros de Éfeso (At 20.29-30). O Espírito Santo por meio das Escrituras
advertira repetidas vezes contra o perigo da apostasia (Cf. Mt 24.4-12; At
20.29-30; 2Ts 2.3-12; Hb 3.12; 5.11-6.8:10.26-31; 2Pe 3.3; 1Jo 2.18; Jd 18). nos últimos tempos. O período da
primeira vinda de Cristo até a sua volta (At 2.16-1 7; Hb 1.1-2; 9.26; IPe
1.20; 1Jo 2.18). A apostasia existirá durante todo esse período, atingindo o
auge pouco antes da volta de Cristo (cf. Mt 24.12). apostatarão da fé. Os que forem presas dos falsos mestres
abandonarão a fé cristã. A palavra grega traduzida por "apostatarão”
refere-se a alguém que se afasta de uma posição original; Trata-se de cristãos
professos ou nominais que se associam àqueles que realmente creem no evangelho,
mas o abandonam depois de crerem em mentiras e enganos, revelando, assim, a
verdadeira natureza deles como não convertidos. espíritos enganadores. Aqueles espíritos demoníacos que, de
modo direto ou por meio dos falsos mestres, se desviaram da verdade e levam
outros a fazerem o mesmo. A palavra que melhor define todas as atividades de
Satanás e de seus demônios é "mentira" (cf. Jo 8.44; 1Jo 4.1-6). ensinos de demônios. Não é um ensino
acerca de demônios, mas falsos ensinos que se originam neles. Submeter-se a
esses ensinos é o mesmo que ouvir mentiras provenientes da esfera demoníaca (Ef
6.12; Tg 3.15; 2Jo 7-11). A influência dos demônios alcançará o seu auge
durante a tribulação (2Ts 2.9; Ap 9.2-11; 16.14:20.2-3,8,10). Satanás e os
demônios usam constantemente os enganos que corrompem e pervertem a Palavra de
Deus.
2
Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria
consciência;
- pela hipocrisia dos que faiam mentiras.
Lit., "os hipócritas que falam mentiras". São os falsos mestres
humanos que propagam a doutrina demoníaca (1Jo 4.1). cauterizada. Um termo médico que se refere à cauterização. Os
falsos mestres podem ensinar suas mentiras hipócritas porque a consciência
deles perdeu toda a sensibilidade (Ef 4.19), como se todos os nervos que lhes
permitissem sentir tivessem sido destruídos e reduzidos a cicatrizes pela ação abrasiva
do engano demoníaco.
3
Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus
criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles
com ações de graças;
- que proíbem o casamento e exigem abstinência
de alimentos. Um exemplo do falso ensino em Éfeso. Normalmente,
continha elementos de verdade, uma vez que as Escrituras recomendam tanto o
celibato (1Co 7.25-35) como o jejum (Mt 6.16-17; 9.14-15). O engano consistia
em fazer dessas obras humanas um pré-requisito para a salvação — uma marca
distintiva de toda religião falsa. É provável que esse ensino ascético fosse
influenciado tanto pela conhecida seita judaica dos essênios como pelo
pensamento grego contemporâneo (que via a matéria como algo mau e o espírito
como algo bom). Paulo tratou desse ascetismo em Cl 2.21-23. Nem o celibato nem
qualquer outro tipo de dieta podem salvar ou santificar.
4
Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo
recebido com ações de graças.
- tudo que Deus criou é bom. O
ascetismo dos falsos mestres contradizia o ensino da Escritura segundo o qual
uma vez que Deus criou tanto o casamento como o alimento (Gn 1.28-31; 2.18-24;
9.3), as duas coisas são intrinsecamente boas (Gn 1.31) e devem ser desfrutadas
com gratidão pelos cristãos. É óbvio que alimento e casamento são essenciais
para a vida e a procriação.
5
Porque pela palavra de Deus e pela oração é santificada.
- santificado. Separado ou dedicado a
Deus para ser usado de maneira santa. Os meios para se chegar a essa
santificação são a oração de gratidão e um entendimento de que a Palavra de
Deus pôs de lado as restrições mosaicas temporais com relação à dieta (Mc 7.19:
At 10.9-15; Rm 14.1-12; Cl 2.16-17). Compare isso com o incrédulo cuja
corrupção interior e seus motivos malignos corrompem todas as coisas boas que
Deus criou (Tt 1.15).
INTRODUÇÃO
Esta lição tem como objetivo ressaltar que não podemos nos deixar enganar
pela sutileza das falsas doutrinas. O apóstolo Paulo chama essas de “doutrinas
de demônios”, identificando o espírito do Anticristo que atua por detrás dessas
falsas doutrinas.
- E comum ouvirmos ideias erradas sobre a Bíblia e
Deus. Por isso devemos tomar cuidado para não nos confundirmos com mentiras e
falsidades. Infelizmente, muitos crentes sinceros são enganados e, por
ingenuidade, não conseguem perceber seu erro. Dia após dia surgem novas seitas
e religiões que inventam mentiras sobre Jesus e a salvação. Cada vez mais
cresce o número de livros que apresentam opiniões contrárias à Bíblia. Até
mesmo dentro da igreja você pode ouvir algumas ideias erradas sobre o que fazer
e como agir na vida cristã. Muitos abandonam a fé em Cristo, movidos por falsos
ensinos. Paulo advertiu em 1Tm 4.1: “...nos
últimos tempos, apostatarão alguns da fé...”.
I. DOUTRINA DE DEMÔNIOS
1. Doutrinas de demônios, o que são? Dentre
as muitas expressões que as Escrituras Sagradas utilizam para se referir ao
falso ensino, está “doutrinas de demônios”. Mas, afinal, o que significa
“doutrinas de demônios”? O termo “demônios” aparece somente esta vez nesta
Carta e indica, claramente, tudo aquilo que se opõe a Deus, à sua Palavra e aos
seus princípios (1 Tm 4.1). Na Segunda Carta aos Tessalonicenses, Paulo já
havia falado a respeito do que ele chamou de “mistério da injustiça” (2 Ts
2.7). Portanto, a expressão “doutrinas de demônios” é uma referência a todo
ensino que influencia as pessoas a se posicionarem contra Deus e à sua Palavra.
- Em muitos lugares, as Escrituras nos alertam
contra a falsa doutrina. Uma doutrina é um ensino ou um conjunto de princípios.
As “doutrinas de demônios”, então, são coisas que os demônios ensinam. Pode
haver boas e más doutrinas. A palavra doutrina pode se referir aos ensinos
bíblicos de uma igreja ou pastor. Ou, no caso de 1 Timóteo 4.1, os ensinos
ímpios de Satanás. Aqueles que seguem as doutrinas de demônios “apostatarão da fé”. Ou seja, obedecer à
doutrina dos demônios é um assunto sério porque envolve um afastamento da
verdade do evangelho de Cristo. Como as doutrinas dos demônios são divulgadas?
Elas são transmitidas por instrutores humanos: “pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria
consciência” (1Tm 4.2). Esses falsos mestres são hipócritas; isto é, suas
vidas não evidenciam a santidade que aparentemente defendem. Eles são
mentirosos; isto é, utilizam-se da falsidade e conscientemente levam outros à
apostasia. E eles estão além do alcance da consciência; isto é, encontraram uma
maneira, em suas próprias mentes, de justificar suas mentiras. Esses falsos
mestres podem ser simpáticos, charmosos e persuasivos, mas não recebem sua
mensagem do Espírito Santo; antes, lançam sugestões de espíritos malignos, cujo
trabalho é desviar as pessoas.
2. A doutrina dos demônios e as suas produções. A
“doutrina de demônios” é o ato de se Ler de forma errada as Escrituras
Sagradas, promovendo a inimizade contra Deus. Seus resultados apontam para
isso, conforme a advertência de Paulo a Timóteo a esse respeito. A “doutrina de
demônios” é promovida e produzida por Satanás (1 Tm 4.1) com o propósito de
fazer o crente apostatar da fé e se tomar um hipócrita (v. 2).
- Quais são exatamente as doutrinas de demônios? O
contexto imediato de 1Tm dá uma ideia dos ensinamentos a serem observados: eles
“proíbem o casamento e exigem abstinência
de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos
fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade; pois tudo que Deus criou é
bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de
Deus e pela oração, é santificado” (1Tm 4.2-5). De acordo com esta
passagem, não devemos seguir nenhuma pessoa ou grupo que proíba o casamento ou
que coloque restrições a certos alimentos. Qualquer pessoa ou grupo que diga
que a santidade vem por meio de uma dieta seletiva ou da abstinência sexual
completa está mentindo. No Jardim do Éden, Eva se deparou com as doutrinas de
demônios enquanto a serpente falava com ela: “Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor
Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda
árvore do jardim?” (Gn 3.1). No início da conversa, Satanás questionou o
ensino de Deus e, à medida que continuaram a falar, ele substituiu o ensino de
Deus pelo seu. Satanás continua a usar engano, dúvida e sutileza para desviar
as pessoas. Satanás é o pai da mentira e assassino desde o início (Jo 8.44), e
as doutrinas ensinadas por seus demônios por meio de cúmplices humanos
voluntários continuam a separar as pessoas de Deus e de Sua bênção. Satanás
sabe como nos manipular, e é por isso que as doutrinas dos demônios são tão
eficazes. Podemos identificar as doutrinas dos demônios quando estamos imersos
na verdade. Devemos ler e estudar nossas Bíblias. Quando sabemos o que Deus diz
sobre um determinado assunto, qualquer desvio desse ensino fará soar alarmes de
perigo. Quando estamos em sintonia com a Palavra de Deus, as aberrações de Suas
notas soarão vazias e desafinadas.
3. O enfrentamento às doutrinas de demônios. O texto
no qual Paulo trata sobre “doutrina de demônios” oferece a forma pela qual a
Igreja é orientada a enfrentá-la e vencê-la. O texto foi escrito enquanto a
igreja em Éfeso estava sofrendo com os ataques e os danos das falsas doutrinas.
Paulo incentiva Timóteo a pregar, viver e se desenvolver na Palavra. Logo, a
referência feita às “doutrinas de demônios” é parte da seção em que o jovem
pastor foi desafiado a pregar diante da avalanche de falsos ensinamentos que a
igreja estava recebendo. Observe atentamente as palavras de Paulo: “Propondo
estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as
palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido (v. 6). A expressão
“propondo” tem relação direta com “pregar”, enquanto “criado” se refere a
“alimento”, ou seja, a forma de enfrentar a denominada “doutrinas de demônios”
é pela pregação do Evangelho e da boa doutrina, pois é isso que alimenta e
preserva o rebanho de Deus.
- Paulo advertiu Tito a ficar atento às pessoas que
ensinavam doutrinas erradas e induziam outros ao erro. Alguns falsos
ensinadores são simplesmente confusos: expressam suas opiniões enganosas sem as
confrontarem com a Bíblia. Outros tem motivos malignos: fingem ser cristãos
somente porque podem conseguir mais dinheiro, um negócio adicional ou
sentimento com o fato de ser um líder na igreja. Jesus e os apóstolos
advertiram repetidamente contra os falsos mestres (Mc 13.22) porque os falos
ensinos atacam os fundamentos da verdade e da integridade sobre a qual a fé
cristã está edificada. Você pode reconhecer os falsos ensinadores porque estes
(1) concentrarão mais sua atenção em si mesmos do
que em Cristo;
(2) pedirão para você fazer algo que comprometa ou
enfraqueça sua fé;
(3) não enfatizarão a natureza divina de Cristo ou a
inspiração da Bíblia: ou
(4) incentivarão os crentes a tomarem decisões
baseados mais no julgamento humano do que na oração e nas diretrizes bíblicas.
SUBSÍDIO 1
Professor (a), “uma das maiores necessidades da
presente hora, no seio da Igreja é uma sólida base bíblica doutrinária para a
fé. Doutrina significa literalmente ensino normativo, terminante, como regra de
fé e prática. É coisa séria. É fator altamente influente para o bem e o mal. A
sã doutrina é uma bênção para o crente e para a Igreja, mas a falsa — corrompe,
contamina, ilude e destrói. O plano de Deus é que depois de salvos, ‘todos
cheguem ao pleno conhecimento da verdade’ (1 Tm 2.4). A tragédia espiritual de
inúmeros crentes, é que não atentam para isso. Podemos pagar muito caro por uma
só ignorância espiritual. Há pelo menos três formas de doutrinas. Uma é sublime
e santa. Duas são perniciosas e deletérias.
a- A doutrina de Deus (Pv 4.2; Mt 728; Lc 432).
b- A doutrina de homens (Jr 23.16; Mt 15.9; 16.12).
c- A doutrina de demônios (1 Tm 4.1).
Há, pois, demônios cuja atividade é espalhar
violência e outros males ostensivos, mas ocupar-se com o maléfico, falso,
errôneo e enganoso.
II. A SEDUÇÃO DAS FALSAS DOUTRINAS
1. A sedução da idolatria. A
idolatria é a fonte da sedução das falsas doutrinas. A idolatria é mais do que
a adoração a ídolos; é tudo o que ocupa o Lugar de Deus em nossas vidas. Por
isso, Jesus afirmou que o coração do homem sempre voltará para o seu tesouro
(Mt 6.21). O que domina o coração humano torna-se um objeto de sua adoração.
Conclui-se, portanto, que as falsas doutrinas — que trabalham para desonrar a
Deus — são sedutoras, pois elas sugerem que o homem seja o centro da existência
e não o Todo-Poderoso.
- Na Nova Aliança. Idolatria está mais anexa ao
desejo, às vontades. O Antigo Testamento se concentra na adoração de ídolos
reais, enquanto o Novo Testamento aponta para os desejos subjacentes à
idolatria. Somos pessoas de desejos, amores e antipatias. Nossos desejos podem
ser bons ou idólatras e até naturais. Por exemplo, devemos desejar ou amar a
Deus acima de tudo (Dt 6. 5) – esse é o melhor dos desejos. Estamos propensos a
desejar o que os outros têm, que é um desejo cobiçoso ou idólatra. E o povo de
Deus foi informado de que na terra da promessa eles poderiam comer o que
desejassem (Dt 12.20) – um desejo natural. Desejos idólatras tipicamente partem
de uma semente de desejo que é natural e apropriada quando mantida sob controle.
Esses desejos podem ser por finanças adequadas, saúde, filhos obedientes,
inclusão, prazer, descanso e justiça. O principal “insight” das Escrituras é
que esses desejos normais e até mesmo bons tendem a crescer (Tg 1.15). Assim
que ganham forças, eles lutam contra nós como um gigante desamarrado que nunca
está satisfeito (Ef 4.19; Tg 4. 1). Sempre que nossos desejos forem
direcionados para longe de Deus, nossos corações ficarão menos satisfeitos. Essa
mudança de foco dos ídolos reais para os desejos subjacentes imediatamente nos
leva à armadilha da idolatria. Antes de considerarmos as idolatrias de drogas,
sexo e álcool que mais chamam a atenção, as Escrituras nos lembram dos ídolos
cotidianos das pessoas e do dinheiro. Vivemos pelo respeito e aprovação dos
outros (Pv 29.25), e somos obcecados com a renda pessoal (Mt 6.24). Muitas das
idolatrias mais flagrantes são construídas sobre esses dois objetos de
adoração. Aqueles que ajudam e são mais sábios sabem que eles próprios são
propensos a desejos idólatras e que, como os viciados, se submetem a esse rico
ensinamento sobre o desejo e seu remédio. O povo de Deus recebeu as palavras de
Deus. Essas palavras abrem nossos olhos para que possamos ver como ainda
forjamos ídolos de todos os tipos, e essas palavras nos apontam para Jesus, a
quem podemos proclamar uns aos outros com paciência e bondade, e conhecer o
Deus que fala a verdade e dá vida abundante. Por Edward T.
Welch. Disponível em: https://ibcachoeirinha.org.br/2023/11/24/idolatria-vicio-e-sobre-o-desejo/. Acesso em: 25
JAN 24.
- TIPOS DE AUTOIDOLATRIA
1. Idolatria da
autoimagem. A idolatria é tudo o que se coloca no lugar da adoração a Deus (Êx
20.3-5). Nesse caso, podemos dizer que o culto à autoimagem é uma forma de
idolatria. Enquanto Cristo reflete a imagem de Deus (Hb 1.2,3), o narcisismo
humano reflete a natureza do pecado (Jo 8.34). O apóstolo Paulo retrata o homem
caído como uma pessoa egoísta: amante de si mesmo; avarenta: amante do
dinheiro; odiosa: sem amor para com o próximo; rebelde: sem amor para com Deus;
e hedonista: amante dos deleites (2Tm 3.2-4). Desse modo, uma pessoa não regenerada
tem a necessidade de autopromover-se, desenvolvendo uma opinião elevada de si
mesmo (Lc 18.11). Ela também anseia por reconhecimento e, de modo ilícito,
busca estar sempre em evidência (Lc 22.24-26). Contrária à autoidolatria, a
Bíblia ensina que a primazia é de Cristo, não do homem (Jo 3.30).
2. Idolatria no coração.
O coração se refere às emoções, à vontade e ao centro de toda personalidade (Rm
9.2; 10.6; 1Co 4.5). Ele também é descrito como enganoso e perverso (Jr 17.9),
pois do seu interior saem os maus pensamentos, as imoralidades, a avareza, a
soberba e a insensatez (Mc 7.21,22). Em vista disso, Deus condena a adoração de
ídolos no coração (Ez 14.3). Infelizmente, algumas pessoas chegam aparentar que
adoram a Deus, mas na verdade servem aos ídolos em seus corações (Mt 15.8).
Assim, quem não teme a Deus, traz a idolatria no seu íntimo quando prioriza a
reputação pessoal, busca o prazer como bem maior, nutre tendências
supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais. Ao contrário dessa
postura, a fim de não pecar, somos advertidos a guardar a Palavra de Deus no
coração (Sl 119.11).
3. Idolatria sexual. A
falha no controle dos impulsos sexuais está associada a sensualidade (Rm 1.27),
imoralidade (Rm 13.13 — NVI) e libertinagem (2Co 12.21 — NVI). A concupiscência
da carne caracteriza quem é dominado pelo pecado sexual (Gl 5.19). Não se trata
apenas da prática do ato imoral, mas da busca intencional e compulsiva pelo
prazer sexual ilícito (Rm 1.26,27; 1Co 6.15). É o altar da idolatria sexual
edificado no coração (Mc 7.21). Então, a adoração a Deus é trocada pelo culto
ao corpo a fim de satisfazer o ídolo da perversão e da lascívia por meio de
pecados (1Pe 4.3 — NAA). A orientação bíblica para escapar desse mal é a
seguinte: “vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl
5.16 — NAA).
2. A sedução do relativismo. O relativismo é a crença que afirma não existir
verdades absolutas, pois a verdade depende do ponto de vista de cada pessoa.
Por exemplo, no que se refere aos princípios morais, o relativismo propõe que
não há princípio moral imutável e nem absoluto. O relativismo prega a
inexistência de uma verdade absoluta, e os seus adeptos defendem crenças
relativas e flexíveis, sempre obedecendo à circunstância, ao ambiente e à
necessidade dos envolvidos. O relativismo ataca frontalmente a verdade única e
absoluta da Palavra de Deus, e é aqui que ele se coloca como uma importante
sedução da falsa doutrina e que precisa ser rechaçada e enfrentada, pois a
Bíblia é a genuína fonte doutrinária deixada para a Igreja de Cristo.
- Vivemos em tempos em que as pessoas não gostam de
ser importunadas ou confrontadas com certas questões. Alguns temas que tocam
nossa vida diária, não podem mais ser abordados sem que se corra o risco de ofender
uma consciência aqui e ali; afinal, alguns argumentam, esses assuntos incômodos
encontram-se em um campo de conceitos subjetivos, submetidos ao crivo do
particular. Ou seja, o que é para mim poderá não sê-lo para você. Aliás, essa é
a principal característica de nossos tempos: relativismo. Tudo é relativo. Nas
últimas décadas, essa mentalidade tem alcançado a igreja. Hoje em dia, um outro
evangelho tem sido anunciado. Um evangelho “light”, que não custa nada. Um
evangelho tolerante, amigável, inclusivo e fácil. Assim, os púlpitos estão
sendo esvaziados e não sobra espaço para se abordar temas considerados
controversos e ultrapassados. O evangelho de hoje removeu o escândalo da cruz;
não tem justiça, arrependimento, sacrifício, entrega, auto-negação, as virtudes
da lei, graça… O resultado dessa tendência é o sério comprometimento
doutrinário. Várias doutrinas fundamentais, como as que mencionei, passam a ser
questionadas ou reconstruídas com base em filosofias e pressupostos estranhos
às Escrituras e à ortodoxia cristã. Por outro lado, a agenda evangélica tem sido
cada vez mais ocupada por assuntos do momento – via de regra, de cunho
ecológico, social, filosófico, enfim. Os proponentes desta nova agenda
evangélica, articulistas, escritores, apóstolos e pastores, televangelistas, ao
abandonarem a Escritura para lidar com as questões da vida e do momento,
precisam cooptar com ideologias estranhas ao cristianismo, via de regra com
viés político esquerdista e com as novas hermenêuticas que as filosofias
pós-modernas têm proposto, oferecendo suas fórmulas como panacéia dos males
mais profundos de que padece a humanidade – ignorando que a Queda e seus
efeitos é que de fato causam a mais abissal miséria do homem e que a única
restauração se dá pelo genuíno evangelho do Senhor Jesus Cristo. Mas, uma das
características mais marcantes dos proponentes desta nova agenda entre o povo
evangélico, é a força de sua propaganda e a virulência de sua beligerância –
intolerantes em nome da tolerância, não aceitam o contraditório e rejeitam o
debate na arena bíblica. A defesa da fé é reputada como conduta reacionária e
fundamentalista, ao arrepio das Escrituras e de cartas bíblicas como a de
Judas. O politicamente correto em que vivemos, parece ser incompatível com a
velha idéia de buscar a orientação da Escritura para “ver se as coisas são
mesmo assim”. Isso tudo se constitui num grande desafio para o cristão sincero
hoje. Precisamos reaprender a pensar biblicamente e a submeter as questões mais
complexas da vida ao crivo das Escrituras – no melhor espírito da nobreza
bereana. Leia mais aqui: https://ministeriofiel.com.br/artigos/a-loucura-da-cruz-os-direitos-humanos-e-a-liberdade-de-expressao/.
3. A sedução do hedonismo. O hedonismo é outro importante fenômeno da
pós-modernidade, caracterizando-se pela busca desenfreada e sem critério do
prazer. A cultura pós-moderna incentiva e patrocina o sentir-se bem, que traduz
muito bem a famosa frase “o importante é ser feliz”, ou ainda, “Deus quer o seu
bem e não o seu mal, portanto, faça o que quiser para que você seja feliz e se
sinta bem”. Deus quer o bem das pessoas e que elas desfrutem da felicidade
verdadeira, mas o caminho para isso é obedecer aos princípios absolutos da
Palavra de Deus (Sl 1.1-6). O hedonismo é o termo técnico e atual para aquilo
que Tiago chamou de “deleites” que são os responsáveis pelas “guerras” que há
entre os homens. Os “deleites” desse mundo não são capazes de satisfazer o
anseio da alma do homem; somente o temor e a entrega a Deus levam o homem a
desfrutar da verdadeira felicidade. Portanto, a idolatria, o relativismo e o hedonismo
são elementos bases para toda sorte de falsa doutrina. Vencê-los é desfazer não
somente das consequências dos falsos ensinos, mas principalmente a sua raiz.
- Hedonismo consiste em uma doutrina moral em que a
busca pelo prazer é o único propósito da vida. Hedonismo vem do grego Hedonê —
nome de uma guia, uma daemon ou uma deusa, na mitologia grega, que representa o
prazer. Filha de Eros e Psiquê, Hedonê era a representação encarnada de uma
vida prazerosa. O hedonismo é uma doutrina, ou filosofia de vida, que defende a
busca por prazer como finalidade da vida humana. O hedonismo determina que o
bem supremo, ou seja, o fim último da ação, é o prazer. Neste caso,
"prazer" significa algo mais que o mero prazer sensual. Os
utilitaristas ingleses (Bentham e Stuart Mill) foram os continuadores do
hedonismo antigo. Em muitas ocasiões, o hedonismo é confundido com o epicurismo,
sendo que Epicuro criou o epicurismo visando aperfeiçoar o hedonismo. O
hedonismo de Aristipo se diferencia do pregado por Epicuro na avaliação da
moral do prazer. O primeiro diz que o prazer é um bem em si, podendo ser usado
intensamente. Já Epicuro determina a moderação do prazer no intuito de que se
possa chegar à verdadeira felicidade.
- Dito isto, vejamos o que Pedro escreve em 2Pe 2, no
versículo 12, ele prossegue dizendo que os falsos mestres são “como animais irracionais, feitos para serem
presos e mortos”. Noutras palavras, eles são como bestas selvagens que
seguem o seu próprio instinto. A denúncia do apóstolo é forte, demonstrando a
natureza imoral dos ímpios. Apesar de se dizerem portadoras de um tipo especial
de conhecimento, tais pessoas vivem na completa ignorância, dominadas pelos
seus próprios impulsos. A afirmação de Pedro claramente expõe o hedonismo
praticado e ensinado pelos mestres da impiedade. Enquanto os cristãos são
admoestados a experimentar o sofrimento com sabedoria, dentro do bom propósito
de Deus, conforme vimos na primeira epístola petrina, os hedonistas sustentam
que a coisa mais importante da vida é a conquista do prazer e a fuga ao
sofrimento. O hedonista não é dirigido por aquilo que é correto, mas por aquilo
que lhe trará prazer. Segundo Myer Pearlman, é sobre essa teoria que se baseia
o ensino moderno de “autoexpressão”. Em linguagem técnica, o homem deve
“libertar suas inibições”, em linguagem simples “ceder à tentação porque
reprimi-la é prejudicial à saúde”. Naturalmente, isso muitas vezes representa
um intento para justificar a imoralidade. Mas esses mesmos teóricos não
concordariam em que a pessoa desse liberdade às suas inibições de ira, ódio
criminoso, inveja, embriaguez ou alguma outra tendência similar”6. Segundo
Pearlman, “no fundo dessa teoria está o desejo de diminuir a gravidade do
pecado, e ofuscar a linha divisória entre o bem e o mal, o certo e o errado.
Representa uma variação moderna da mentira antiga: “Certamente não morrerás”. E
muitos descendentes de Adão têm engolido a amarga pílula do pecado, adoçada com
a suposta suavizante segurança: “Isso não fará dano algum”. Não bastasse a luta
interna contra o desejo da carne, o mundo caído também tenta nos convencer de
que seguir tais desejos é a melhor coisa a se fazer. Filmes que valorizam as
relações sexuais irresponsáveis, novelas que defendem a promiscuidade sexual e
propagandas vulgares de mulheres seminuas provam isso. Nas palavras de C. S.
Lewis: “Os demônios que nos tentam e a propaganda a favor da luxúria
associam-se para nos fazer sentir que os desejos aos quais resistimos são tão
naturais, saudáveis e razoáveis que essa resistência é quase uma perversidade e
anomalia. Cartaz após cartaz, filme após filme, romance após romance associam a
ideia da libertinagem sexual com as ideias de saúde, normalidade, juventude,
franqueza e bom humor”. Contudo, diz Lewis: “Essa associação é uma mentira”. É
certo dizer que Deus dotou o ser humano com vários instintos capazes de
habilitá-lo para a vida terrena, a exemplo dos instintos de autopreservação,
aquisição, alimentação, reprodução e domínio. Todavia, apesar de Deus ter
concedido tais instintos ao homem, não quer isso dizer que o homem deva ser
governado por tais impulsos, como se fôssemos reféns de nossos próprios
desejos. E é exatamente aqui que entra a consciência moral implantada por Deus
em cada pessoa, com o senso do certo e do errado. Enquanto os animais vivem
pelo instinto, os seres humanos criados à imagem de Deus devem seguir a
consciência moral, em sintonia com a vontade do Senhor. Portanto, ao comparar
os falsos mestres aos animais irracionais, Pedro tinha em mente o comportamento
hedonista e pervertido demonstrado por eles. Mathew Henry diz que “os homens,
sob o poder do pecado, estão tão distantes de observar a revelação divina que
não exercitam a razão, muito menos agem de acordo com ela”. Segundo Henry,
“animais irracionais seguem o instinto dos seus apetites sensuais, e o homem
pecaminoso segue a inclinação da sua mente carnal; eles se negam a usar a
compreensão e a razão que Deus lhes deu, e assim são ignorantes do que podem e
devem fazer”. Leia mais acessando esse link: https://www.subsidiosdominical.com/2019/09/licao-12-impiedade-decorrente-dos-falsos-ensinos.html?m=0.
SUBSÍDIO 2
Professor (a), explique que “uma das atividades
prediletas do Diabo é subtrair a Palavra de Deus (Mt 13.19), inclusive no
púlpito, onde, muitas vezes ela é substituída por outras coisas vãs. O Diabo é
o autor ou inspirador de todo ensino falso (1 Tm 4.1) e perversão dos
verdadeiros (2 Pe 3.16). A arma exata contra o erro e a mentira, é a verdade
divina quando conhecida e aplicada. É por ela, mediante o Espírito Santo, que
discernimos entre a verdade e o erro. Entre o falso e o verdadeiro. A
admoestação bíblica para nós outros, neste particular é Efésios 4.14).
III. NÃO SE DEIXE ENGANAR
1. A falsa doutrina não pode ser uma surpresa para
a Igreja. A
Igreja sempre foi alertada sobre a realidade, os perigos e a ação dos falsos
ensinadores, pois Jesus e alguns de seus servos advertiram-na a este respeito.
Portanto, as falsas doutrinas não são e nem podem ser uma surpresa para Igreja,
que deve estar vigilante, preparada e não se deixar ser enganada, A advertência
que Timóteo recebeu, enquanto pastoreava a igreja em Éfeso (1Tm 4.1-5), havia
sido predita pelo próprio Paulo. Ele sabia que depois de sua partida, lobos
cruéis iam aparecer para atacar o rebanho (At 20.29,30), logo, o surgimento e a
ação de falsos mestres, no seio da igreja, não era uma novidade para aqueles
irmãos, A Igreja pode até sofrer com os ataques dos falsos mestres, mas o nosso
Deus conhece todas as coisas e Ele bondosamente nos alerta, mediante a sua
Palavra, sobre os perigos que nos cercam. A Igreja tem todas as condições
necessárias para que não venha a ser enganada pelas seduções dos falsos
ensinos.
- A história da igreja de Cristo é inseparável da
história das tentativas de Satanás de destruí-la. Enquanto desafios difíceis
surgiram de fora da igreja, os mais perigosos sempre foram os que surgiram de
dentro. Pois, de dentro surgem os falsos mestres, os mercadores do erro que se
disfarçam como mestres da verdade. Falsos mestres assumem muitas formas,
adaptadas aos tempos, culturas e contextos. Jesus nos advertiu que “falsos
Cristos e falsos profetas” virão e tentarão enganar até mesmo os eleitos de
Deus (Mateus 24:23-27; veja também 2 Pedro 3:3 e Judas 17-18). Para melhor se
prevenir contra a falsidade e contra falsos mestres – conheça a verdade. Para
detectar uma imitação, estude a coisa verdadeira. Qualquer crente que “maneja
bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15) e que faz um estudo cuidadoso da
Bíblia pode identificar falsa doutrina. Por exemplo, um crente que leu as
atividades do Pai, Filho e Espírito Santo em Mateus 3:16-17 irá imediatamente
questionar qualquer doutrina que negue a Trindade. Portanto, o “primeiro passo”
é estudar a Bíblia e julgar todo ensino de acordo com o que diz a Escritura.
2. Desmascarando o engano doutrinário. Em sua
despedida da igreja em Éfeso, o apóstolo Paulo indicou uma característica dos
que, com a sua partida, trabalhariam para disseminar falsos ensinos: a
crueldade (At 20.29,30). Em outra ocasião, esses falsos mestres aparecem como
“homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente” (Ef 4.14). O termo “astúcia”
tem o sentido de “fazer algo que vise benefícios próprios”, e ele aparece em
outro texto no qual indica a decisão do apóstolo em não agir dessa forma, mesmo
diante das muitas pressões que sofria em seus dias. Sendo assim, os que
disseminam engano são desmascarados à medida que são descobertos em sua
maldade.
- Ainda mais perigosos do que ataques de fora da
igreja são as apostasias de pessoas (especialmente líderes) de dentro da igreja
(1Tm 1.20; 2Tm 1.15; 2.17; Jd 3-4,10-13). Falsos mestres torcem a palavra de
Deus em favor de seus propósitos perversos (2Pe 3.16). Jesus disse “pelo fruto
se conhece a árvore” (Mateus 12:33). Ao buscar por “frutos”, aqui estão três
testes específicos para aplicar em qualquer mestre para determinar a precisão
do seu ensino:
1) O que esse mestre diz sobre Jesus? Em Mateus
16:15, Jesus pergunta: “Quem dizeis que
eu sou?”. Pedro responde: “Tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivo”, e por essa resposta Pedro é chamado “bem-aventurado”. Em 2 João 9, lemos: “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de
Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem
tanto o Pai como o Filho”. Em outras palavras, Jesus Cristo e a Sua obra de
redenção são de maior importância; tome cuidado com qualquer um que nega que
Jesus é igual a Deus, desvaloriza a morte de Jesus no nosso lugar ou rejeita a
humanidade de Jesus. 1 João 2:22 diz: “Quem
é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo,
o que nega o Pai e o Filho”.
2) Esse mestre prega o evangelho? O evangelho é
definido como as boas novas concernentes à morte, ao sepultamento e à
ressurreição de Jesus de acordo com as escrituras (1 Coríntios 15.1-4). Por
mais bonitas que soem, as afirmações “Deus te ama”, “Deus quer que alimentemos
os famintos” e “Deus quer que você tenha prosperidade” NÃO são a mensagem
completa do evangelho. Como Paulo adverte em Gálatas 1.7: “Há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo”.
Ninguém, nem mesmo um grande pregador, tem o direito de mudar a mensagem que
Deus nos deu. “Se alguém vos prega
evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” (Gl 1.9).
3) Esse mestre exibe qualidades de caráter que
glorificam ao Senhor? Falando de falsos mestres, Judas 11 diz: “Prosseguiram pelo caminho de Caim, e,
movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá”.
Em outras palavras, um falso mestre pode ser reconhecido pelo seu orgulho (a
rejeição dos planos de Deus por parte de Caim), sua ganância (a profecia de Balaão
por dinheiro) e rebelião (a auto-promoção de Corá contra Moisés).
3. Como se proteger do engano. A recomendação de Paulo aos Líderes da igreja em
Éfeso foi para que, ao contrário dos enganadores que só pensam em si e não amam
a Igreja de Deus, eles — com vigilância — cuidassem do rebanho do Senhor, pois
ele é formado por pessoas que custaram o preço do sangue de Jesus Cristo. Uma
outra recomendação de Paulo para que a Igreja não seja levada pelo engano de
falsas doutrinas é o estímulo ao verdadeiro crescimento espiritual que só pode
ocorrer por meio do equilíbrio entre a verdade e o amor, que também promove a
unidade saudável do Corpo de Cristo (Ef 4.15,16). Finalmente, o apóstolo dos
gentios oferece uma outra arma eficaz contra os ataques dos enganos
doutrinários, que é a não falsificação da Palavra de Deus (2 Co 4.1,2). A
expressão “falsificar” nos tempos de Paulo era usada para se referir aos que –
desonestamente – diluíam vinho com água, enganando assim aos seus compradores.
Desse modo, a lição aqui é de que somente pela mensagem pura a Igreja poderá
não ser levada pelo engano da falsa doutrina.
- Como já vimos, a
Bíblia reconhece a existência de falsos profetas (Mt 7.15). Muitas seitas
declaram ter profetas. A Bíblia exorta a testarmos aqueles que se dizem
profetas (IJo 4.1-3).
Mas, qual a
diferença entre um falso profeta e um verdadeiro profeta de Deus?
- Ele profetizou alguma coisa que não se
cumpriu? (Dt 18.20-22);
- Ele faz contato com os espíritos de mortos?
(Dt 18.11);
- Ele faz uso de meios de adivinhação? (Dt
18.11);
- Ele se envolve com médiuns e feiticeiros? (Dt
18.10);
- Ele segue falsos deuses ou ídolos? (Ex 20.3,4;
Dt 13.2-3);
- Ele nega a divindade de Jesus Cristo? (Cl
2.8-9);
- Ele nega a humanidade de Jesus Cristo? (IJo
4.1-2)
- Suas profecias desviam o foco central da
pessoa de Jesus Cristo? (Ap 19.10);
- Ele advoga a abstenção de certos alimentos e
carnes, por razões de ordem espiritual? (ITm 3);
- Ele reprova ou nega a necessidade do
casamento? (ITm 3);
- Ele promove a imoralidade? (Jd 7);
- Ele encoraja o legalismo caracterizado por
renúncias auto-impostas? (Cl 2.16-23);
- Ele ensina que a guarda do sábado é necessária
para a salvação? (Cl 2.14-17);
Uma resposta
positiva a qualquer uma destas perguntas é uma indicação de que o que o profeta
diz não procede de Deus. Deus não fala nem corrobora com nada que seja
contrário ao seu caráter e aos seus mandamentos. https://www.cacp.app.br/como-posso-reconhecer-um-falso-profeta/
SUBSÍDIO 3
Professor (a), explique que “o Espírito Santo
revelou explicitamente que haverá, nos últimos tempos, uma rebeldia organizada
contra a fé pessoal em Jesus Cristo. Muitos crentes se desviarão da fé porque
deixarão de amar a verdade (2 Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas
dos últimos dias. Por isso, o evangelho liberal dos ministros e educadores
modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas. A popularidade dos
ensinos antibíblicos vem, sobretudo pela ação de Satanás, conduzindo suas hostes
numa posição cerrada à obra de Deus.
A segunda vinda de Cristo será precedida de uma
maior atividade de satanismo, espiritismos. ocultismos. possessão e engano
demoníacos, no mundo e na igreja. A proteção do crente contra tais enganos e
ilusões consistem na lealdade total a Deus e à sua Palavra inspirada, e a
conscientização de que os homens de grandes dons e unção espirituais podem
enganar-se. e enganar os outros com suas misturas de verdade e falsidade. Essa
conscientização deve estar aliada a um desejo sincero do crente praticar a
vontade de Deus (Jo 717) e de andar na justiça e no temor dEle.
Os crentes fiéis não devem pensar que pelo fato de a
apostasia predominar dentro do cristianismo nesses últimos dias, não poderá
ocorrer reavivamento autêntico, nem que o evangelismo segundo o padrão do Novo
Testamento não será bem-sucedido. Deus prometeu que nos ‘últimos dias’ salvará
todos quanto invocarem o seu nome e que se separem dessa geração perversa, e
que Ele derramará sobre eles o seu Espírito Santo.
PROFESSOR(A) , “no decorrer da lição, enfatize que a
Bíblia difere de outros livros. Sabe por que? Pela sua inerrância e
infabilidade. Aquele que crê na inspiração das Escrituras acredita que ela é
inerrante e infalível.” Você crê nessa verdade?
CONCLUSÃO
As falsas doutrinas são uma realidade, e Deus sempre alertou o seu povo
acerca disso, oferecendo recursos poderosos e eficazes para resisti-las,
enfrentá-las e não se deixar levar por elas. Esta lição reafirmou o compromisso
que a Igreja deve ter com o ensino e propagação da sã doutrina.
- O crente da atualidade precisa estar informado de
que pode haver, nas igrejas, diversos obreiros corrompidos e distanciados da
verdade, como os mestres da lei de Deus, nos dias de Jesus (Mt 24.11,24). Jesus
advertiu, que nem toda pessoa que professa a Cristo é um crente verdadeiro, e
hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor, evangelista,
professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser. Esses obreiros “exteriormente parecem justos aos homens”
(Mt 23.28). Aparecem “vestidos como
ovelhas” (Mt 7.15). Podem até ter uma mensagem firmemente baseada na
Palavra de Deus e expor altos padrões de retidão. Podem parecer sinceramente
empenhados na obra de Deus e no seu reino, demonstrar grande interesse pela
salvação dos perdidos e professar amor a todas as pessoas. Parecerão ser
grandes ministros de Deus, líderes espirituais de renome, ungidos pelo Espírito
Santo. Poderão realizar milagres, ter grande sucesso e multidões de seguidores
(Mt 7.21-23; 24.11,24 e 2Co 11.13-15). Todavia, esses homens são semelhantes
aos falsos profetas dos tempos antigos (Dt 13.3; 1Rs 18.40; Ne 6.12; Jr 14.14;
Os 4.15), e aos fariseus do Novo Testamento. Assim, aquilo que nos é
apresentado, muitas vezes, como algo bom e sadio espiritualmente, pode ser na
verdade, um acréscimo à obra de Cristo ou um demérito à Cruz, desde que se
intente conectar a salvação a ordenanças humanas ou a observação de costumes.
Muitas vezes travestidos de zelo pela sã-doutrina, alguns estão diminuindo a
eficácia da Cruz. Cuidado!
_______________
Pb Francisco Barbosa
@Pbassis
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HORA DA REVISÃO
1. O que
são doutrinas de demônios?
A “doutrina de demônios” é uma Leitura errada das
Escrituras Sagradas, capaz de promover a inimizade contra Deus.
2. Quem
produz e promove as falsas doutrinas?
A “doutrina de demônios” é promovida e produzida por
Satanás.
3. Como
enfrentar a chamada “doutrina de demônios”?
A forma de enfrentar a denominada “doutrinas de
demônios” é pela pregação do Evangelho e da boa doutrina, pois é isso que
alimenta e preserva o rebanho de Deus.
4.
Segundo a Lição, o que é relativismo?
O relativismo é a crença que afirma não existir
verdades absolutas, pois a verdade depende do ponto de vista de cada pessoa.
5. O que é hedonismo?
O hedonismo é um fenômeno da pós-modernidade, caracterizando-se pela busca desenfreada e sem critério do prazer.