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30 de junho de 2020

ESPECIAL | Lição 1: Daniel Ora por um Despertamento | Pb Francisco Barbosa


ANO 12 | Nr 661| 2020
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD EDIÇÃO ESPECIAL JOVENS e ADULTOS - TERCEIRO TRIMESTRE DE 2020
OS PRINCÍPIOS DIVINOS EM TEMPOS DE CRISE:
a reconstrução de Jerusalém e o avivamento espiritual como exemplos para os nossos dias
COMENTARISTA: EURICO BÉRGSTEN

Edição Especial 3º TRI

Jovens e Adultos

Escola Bíblica

01



5 DE JULHO DE 2020


 

Daniel Ora por um Despertamento

Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trimestre, 2020. Lição 1, 5 de Julho de 2020


TEXTO ÁUREO
“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” (Tg 5.16)
VERDADE PRÁTICA
O crente dedicado à oração pode exercer influência no céu, na Terra e até contra os poderes malignos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Daniel 9.1-3; 6.10; 2.17-19; Esdras 1.1-5

INTRODUÇÃO
||Os crentes fiéis brilham como a Luz (Mt 5.15) e resplandecem no meio de uma geração corrompida e perversa (Fp 2.15). Assim era Daniel. Quando no ano 606 a.C. foi levado cativo para a Babilônia (Dn 1.1-4,6), era ainda muito jovem, tinha cerca de 15 anos. Muitos anos depois, Daniel gozava de elevado conceito no reino da Babilônia||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
- Uma vida piedosa dá um testemunho convincente do poder salvador de Deus. Isso lhe traz glória. (1Pe 2.12). Daniel foi um homem que viveu além do seu tempo. Daniel decidiu em seu coração (Pv 4.23) não fazer concessões para não ser infiel ao chamado de compromisso de Deus (Êx 34.14-15). Deus honrou a fidelidade e a lealdade de Daniel ao soberanamente agir de maneira favorável para com ele entre líderes pagãos. Naqueles dias difíceis para os cativos do reino do sul, evitou que ele fosse perseguido e fez com que fosse respeitado, embora, mais tarde, Deus tenha permitido que Daniel viesse a sofrer oposição, o que também o dignificou (Dn 3.6). De um modo ou de outro, Deus honra os que o honram (1Sm 2.30; 2Cr 1.69). É interessante o uso do texto de Fp 2.15 que diz: “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo”; esmiuçando esse versículo, temos:
para que vos torneis – Paulo apresentas as razões pelas quais os crentes devem ter a atitude correta em buscar uma vida santa;
Torneis - indica um processo - eles devem estar crescendo na direção de algo que, como filhos de Deus, ainda não possuem por completo (Ef 5.1; Tt 2.1);
irrepreensíveis descreve uma vida que não pode ser criticada por causa do pecado ou do mal, e
Sinceros que pode também ser traduzido por inocentes, descreve uma vida que é pura, sem mistura, limpa do pecado, semelhante a um metal de alta qualidade sem qualquer liga (Mt 10.16; Rm 16.19; 2Co 11.3; Ef 5.27);
inculpáveis - pode também ser traduzido por acima de reprovação. No Antigo Testamento grego, é usado diversas vezes para se referir ao tipo de sacrifício a ser levado a Deus, ou seja, sem mancha e sem defeito (Nu 6.14; 19.2; 2Pe 3.14);
geração pervertida e corrupta - "Corrupta" é a palavra da qual provém a palavra "escoliose" (encurvamento da coluna vertebral); Descreve algo que é desviado do padrão, o que é verdadeiro de todos os que se desviaram do caminho de Deus (Pv 2.15; Is 53.6). "Pervertido" intensifica esse sentido, referindo-se a alguém que se desviou para tão longe do caminho que o seu desvio está gravemente deformado e distorcido (Lc 9.41). Paulo aplica essa condição ao sistema pecaminoso do mundo;
resplandeceis como luzeiros - uma referência metafórica ao caráter espiritual. "Resplandeceis" pode ser traduzido, mais precisamente, por "vocês têm de brilhar", que significa que os cristãos devem mostrar o seu caráter no meio da cultura das trevas, assim como o sol, a lua e as estrelas resplandecem no céu que, de outro modo, estaria em trevas (Mt 5.76; 2Co 4.6; Ef 5.8). Daniel gozava de elevado conceito no reino da Babilônia por que soube aplicar o princípio de Fp 2.15 em sua vida! Vamos pensar maduramente a nossa fé?

I - DANIEL FOI DESPERTADO PARA ORAR
||Ao ler o profeta Jeremias (Jr 29.10), ele observou que os 70 anos de cativeiro na Babilônia estavam para findar. Todavia, ainda não era possível notar qualquer sinal de que alguma coisa estivesse acontecendo na direção de uma mudança radical (Dn 9.2). Assim, Daniel começou a orar com jejum, cobrindo-se de saco e cinza, em sinal de profunda tristeza (Dn 9.1-3) e orou com perseverança||
- O estudo de Daniel dos rolos do Antigo Testamento pôs o foco nos atos que haviam sido profetizados por Jeremias para o cativeiro em Jr 25.11-12; 29.10. Como o final desse período estava próximo, Daniel orou pelo próximo movimento de Deus em favor de Israel. Em 2Cr 36.21 está indicado que os 70 anos de exílio tinham a intenção de restaurar o descanso sabático que Israel havia ignorado por tantos anos (Lv 25.4-5; 26.34-43).
||1. Daniel vivia uma vida consagrada a Deus. Isto dava-lhe condições de orar. A Bíblia diz: “A oração dos retos é o seu contentamento” (Pv 15.8) e Ele escutará a oração dos justos” (Pv 15 29). Daniel não se misturou com o paganismo, e vivia conforme sua consciência, no temor do Senhor. Daniel é siderado como um exemplo e um modelo para os crentes de todos os tempos (Dn 1.8)||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
- O texto de Dn 9.4-19 apresenta vários aspectos que nos dão rica instrução a respeito da oração. Uma oração verdadeira é em resposta à Palavra (Dn 9.2), caracterizada pelo fervor e autonegação (9.3), identificada de maneira desinteressada com o povo de Deus (9.5), fortalecida pela confissão (9.5-15), dependente do caráter de Deus (9.4,7,9,15) e tem como seu objetivo a glória de Deus (9.16-19). Não apenas uma vida consagrada, mas uma vida arraigada na Palavra gerando verdadeiro temor.
||2 A estatura espiritual de Daniel capacitava-o para enfrentar verdadeiros combates em oração. Muitos crentes não conseguem servir de ajuda decisiva com as suas orações, porque nunca chegaram a experimentar o que significa combater em oração, o que significa perseverar firmemente em oração (Rm 12.12; Gl 1.30; Cl 2.1). Somente “visitam”, de vez em quando, culto de oração. Daniel, porém, tinha por hábito orar três vezes ao dia (Dn 6.10). Quando sua própria vida, bem como a de seus amigos e a de todos os sábios da Babilônia, estava em perigo, Daniel alcançou o livramento e a vitória através da oração (Dn 2.18-20). Daniel era. portanto, experiente na vida de oração||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
- Neste tópico, é importante que se esclareça que não é o volume, a quantidade, mas a qualidade de nossa oração. Como no subtópico anterior, onde temos um exemplo da oração agradável a Deus. Resta-nos que, muitos de nós, nos esmeramos nas palavras, principalmente quando oramos publicamente, mas fazemos uma oração desprovida dos elementos elencados. Em segundo lugar, é preciso lembrar que, quando oramos atestamos nossa impotência e dependência a Deus. Reconhecemos que precisamos dele. Ele nos escuta e, de acordo com sua vontade, nos atende. Dito isso, esclareço que a oração não pode ser o nosso último recurso, quando não nos resta mais opção ou saída. Não use mais a oração como último recurso para a solução de seus problemas. Coloque desde o início suas necessidades diante de Deus. É esse o exemplo dado por Daniel. Ele manteve um padrão intransigente de orar, e fazia isso de acordo com a oração de Salomão de que o povo de Deus deveria orar voltado para o templo de Deus (1Rs 8.44-4S), três vezes ao dia, como também estabeleceu Davi (Sl 55.16-17).
||3. Coincidindo com o período de oração de Daniel, profundas mudanças estavam para acontecer na Babilônia. O reino da Babilônia estava em guerra com medos e persas. O rei da Babilônia era na época Nabonido. Seu filho Belsazar estava na capital, a cidade da Babilônia, cuidando dos assuntos administrativos do governo. Belsazar organizou uma festa para seus grandes. Estando já embriagado, mandou trazer os vasos sagrados que o rei Nabucodonosor havia trazido do Templo de Deus em Jerusalém, e havia colocado no templo pagão da Babilônia. Ele e todos os seus convidados beberam vinho nestes vasos santos (Dn 5.2-4). Houve então uma intervenção divina. O rei viu que dedos de mão de homem escreviam na parede, defronte do castiçal (Dn 5.5). Acabou-se a alegria da festa. Os joelhos do rei tremiam. Sábios e astrólogos não puderam interpretar a mensagem escrita na parede. Finalmente Daniel foi introduzido na festa (Dn 5.13) e interpretou o texto escrito na parede. Entre outras coisas, estava escrito: “Dividido foi o teu reino, e deu-se aos medos e aos persas” (Dn 5.28). “Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus” (Dn 5-30)||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
- Esses acontecimentos se deram em 539 a.C., cerca de vinte anos depois da morte de Nabucodonosor, cerca de 563/562 a.C.. Belsazar, cujo nome, semelhante ao de Daniel (Dn 4.8) significa "Bel protege o rei" estava para ser conquistado pelo exército medo-persa. O Rei Belsazar resolver dar uma festa, uma celebrarão concebida para elevar o estado de ânimo e superar o sentimento de derrota, porque nesse mesmo tempo os exércitos medo-persas já tinham a Babilônia completamente sob cerco e sua queda era iminente. É interessante que mãos babilônias haviam tomado os objetos sagrados de Deus (mencionado duas vezes) e os mantiveram para desonrá-lo e desafiá-lo. Nesse momento, no entanto, a mão que controla todos os homens o a qual ninguém impedir, os desafiava (Dn 4.35). A resposta de Deus aos desafios que lhe fizeram foi clara, como nos versículos 23-28. No império, embora imenso, não havia quem pudesse decifrar a escrita, somente o homem de Deus, Daniel, com a ajuda do Senhor, poderia fazer o que nenhum outro homem, por mais sábio que pudesse ser, não poderia fazer. Interessante notar que, a rainha-mãe deu testemunho da vida santa exemplar de Daniel e disse ao rei que se turbasse. O que Daniel disse ao rei realizou-se. Esse é o teste do verdadeiro profeta!

II – A RESPOSTA ÀS ORAÇÕES DE DANIEL
||Daniel havia orado, lembrando-se da promessa de Deus registrada pelo profeta jeremias: “Vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar” (Jr 29.10). Com a queda do reino babilônico, e com o início do governo do rei Ciro, as coisas evoluíram com muita rapidez, deixando todos surpreendidos e admirados||
- Jeremias profetizou e aconselhou os israelitas que estavam na Babilônia para que tomassem as providências necessárias para viverem como colonos naquela terra, tendo em mente que ficariam ali por um longo tempo (70 anos, Jr 29.10; 25.11). Além disso, eles deveriam procurar a paz da Babilônia e orar por ela, visto que a prosperidade deles estava ligada a isso (Jr 29.7; Ed 6.10; 7.2.3).  

  ||1. A Bíblia relata o que realmente aconteceu. “No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém” (Ed 1.1-3)||Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2020. Lição 12, 21 Junho, 2020]
- Esdras 1.1-3 são quase idênticos aos de 2Cr 36.22-23. O Senhor havia profetizado por intermédio de Isaías, que havia dito de Ciro: "Ele é meu pastor... que digo também de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado" (Is 44.28). O historiador judeu Flávio Josefo registrou um relato do dia em que Daniel leu a profecia de Isaías para Ciro e, como resposta, ele foi levado a proclamar o pregão de Ed 1.2-4, cerca de 538 a.C.. Jeremias tinha profetizado o retorno dos exilados depois de 70 anos de cativeiro na Babilônia (Jr 25.11; 29.10-14; Dn 9.2), e esse não foi um acontecimento isolado, mas o cumprimento das promessas da aliança feita com Abraão em Gn 12.1-3. A Bíblia relata o que realmente aconteceu, e o que aconteceu foi uma amostra clara e inequívoca de que Deus age na história, fato demonstrado pelo termo ‘despertou o SENHOR’ - expressão forte a respeito do fato de que Deus trabalha soberanamente na vida dos reis para realizar os seus propósitos (Pv 21.1; Dn 2.21; 4.17).
||2. Conforme esta declaração de Ciro, estava cumprida a promessa divina dada através do profeta Jeremias. Mas tudo foi como diz a Bíblia: “Tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” (Ef 3.20).
Vejamos, pois, o que estava para acontecer:
  a. Todos os Judeus seriam liberados para voltarem a Judá, caso quisessem (Ed 1.3).
  b. Receberam permissão para reedificar o templo.
  c. Todas as despesas da construção do Templo poderiam ser tiradas dos tributos de além do rio.
  d. Os vasos sagrados devem ser entregues aos cuidados de Zorobabel, nomeado governador dos judeus pelo rei Ciro, para serem transportados de volta para Jerusalém (Ed 1.7)||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
- A principal mensagem subjacente de Esdras e Neemias é que a soberana mão de Deus trabalha em perfeita harmonia com o seu plano e o tempo designado por ele. Os 70 anos de cativeiro foram concluídos, então Deus despertou não só o espírito de Ciro para fazer o decreto, mas o seu próprio povo para ir e construir Jerusalém e o templo. Até mesmo os vasos que Nabucodonosor retirou quando saqueou o templo em 605-586 a.C. (2Rs 24.13; 25.14-15; Dn 1.2), Deus os havia preservado (2Cr 36.7) com os babilônios (Dn.5.1-4) para o retorno, corno profetizado por Jeremias (Jr 27.22). Quando o crente atende as condições necessárias de uma vida santa (veja Ef 3.16-19), a ação do poder de Deus que opera nos santos e por meio deles é ilimitado e vai além da compreensão humana!

III  – O RESULTADO DE UM DESPERTAMENTO PROVENIENTE DE DEUS
||1.O rei Ciro foi despertado em seu espírito. “Despertou o Senhor o espírito do rei Ciro” (Ed 1.1). Talvez por meio de seu contato com Daniel é que Ciro veio a conhecer a Deus, e talvez até mesmo o adorasse. Ciro teve uma experiência pessoal com Deus no seu coração, e passou a compreender as realidades de Deus que ele antes ignorava.
  a. Ciro passou a ver a Deus como o SENHOR DOS CÉUS (Ed 1.2). - É possível que Daniel tenha desempenhado um papel nesse tratamento favorável dispensado aos judeus (Dn 6.2.5-28). De ordo com o historiador Josefo, ele era o primeiro ministro de Ciro e compartilhava as profecias de Isaías com o rei (Is 44.28; 46.1-4). O Deus de Israel era reconhecido como a suprema autoridade divina (Ed 5.12; 6.9-10; 7.12,21,23), que soberanamente; dispensava autoridade aos monarcas humanos.
O grande rei Nabucodonosor demorou a aprender esta lição (Dn 4.30-37). Cada despertamento verdadeiro faz com que o homem veja a majestade de Deus, sentindo a sua própria pequenez, o seu pecado e a sua baixeza. Saulo assolava, perseguia, fazia e desfazia, mas quando se encontrou Jesus, no caminho de Damasco, caiu por terra e apenas pôde perguntar: “Quem es Senhor?” (At 9.5). A Bíblia diz que ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor se não for pelo Espírito Santo (1 Co 12.3).
   b. Ciro teve uma experiência com Deus, que é Santo.
Os vasos sagrados haviam sido roubados do Templo de Jerusalém, por Nabucodonosor, e guardados no templo pagão da Babilônia (2 Cr 36.18). Ciro era, agora, o responsável por eles, e mesmo sendo esses vasos muito valiosos, ele queria voluntariamente devolvê-los (Ed 1.7-11)
  Assim acontece sempre em cada despertamento verdadeiro. Quando Zaqueu teve seu encontro com Jesus, quis devolver o que havia ganho com usura (Lc 19.8)||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
- O Senhor Deus executa o plano da redenção no decurso da história, até o seu final determinado. No cumprimento disto, Deus, às vezes, resolve humilhar governantes poderosos, como fez a Nabucodonosor (Dn 4), ordenar juízo destruidor contra reis (Faraó, por ocasião do Êxodo (Êx 14); Belsazar, em Babilônia (Dn 5)), ou elevar um dirigente internacional (o rei Ciro da Pérsia), a fim de cumprir a sua palavra e realizar os seus propósitos. Ao despertar o espírito de Ciro, para ser benevolente para com os vencidos e exilados, Deus fez cumprir-se a tempo a sua promessa feita através de Jeremias. Provérbios declara que o coração do rei é como ribeiros de águas na mão do SENHOR; a tudo quanto quer o inclina, a fim de garantir a marcha contínua da redenção e desfecho da história (Pv 21.1).

||2. O rei Ciro recebeu bênçãos espirituais. O profeta Isaías, 200 anos antes, profetizou acerca de Ciro chamando-o de “ungido do Senhor” (Is 45.1). Isso nos permite entender que o Espírito Santo deve ter-lhe proporcionado alguma bênção espiritual. Cada Despertamento traz bênçãos para o coração do crente||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
- Cerca de 160 anos antes do aparecimento de Ciro, Isaías predissera a respeito de um governante chamado Ciro, que permitiria a volta dos judeus à sua pátria, para reedificarem Jerusalém e o templo (Is 41.2; 44.26-28; 45.1,4,5,13). É interessante que, a palavra ‘ungido’ em Is 45.1, é a tradução da palavra hebraica por transliteração — "Messias". Esse é o termo usado para o rei e redentor messiânico no Sl 2.2 e em Dn 9.25-26, mas em Isaías 45.1 é uma referência a Ciro, como o rei separado pela providência de Deus para seus propósitos divinos. É importante dizer que, embora não fosse adorador do Deus de Israel, o monarca persa desempenhou um papel incomum como pastor de Israel (Is 44.28) e como juiz ungido de Deus sobre as nações. Deus queria que Ciro soubesse que eia o Deus dos judeus quem estava lhe dando as vitoriosas conquistas. Segundo Josefo, o historiador judeu que disse que Daniel teria influenciado Ciro com as profecias de Isaías, o rei sabia que o Deus de Israel estava com ele. Embora não possamos dizer que Ciro tenha se convertido ao Senhor e o adorado, aquele rei experimentou as bênçãos de Deus em sua vida,  por que foi exatamente isso que o Senhor havia dito que faria.


QUESTIONÁRIO
||A respeito de “Daniel Ora por um Despertamento”, responda:
Com quantos anos, aproximadamente, foi Daniel levado à Babilônia?
Daniel era ainda muito jovem, tinha cerca de 15 anos de idade.
Que escritura profética levou Daniel a orar e jejuar?
A profecia de Jeremias (Jr 29.10).
O que esta escritura dizia?
A escritura profética dizia estar chegando ao fim o cativeiro dos judeus.
O que aconteceu no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia?
O Senhor despertou o coração deste rei em favor do povo de Judá, favorecendo o retorno deste à Terra Prometida.
Cite um exemplo bíblico de um despertamento verdadeiro.
Quando Zaqueu teve o seu encontro com Jesus|| [Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
Pb Francisco Barbosa