ANO 12 | Nr 661| 2020
LIÇÕES
BÍBLICAS CPAD EDIÇÃO ESPECIAL JOVENS e ADULTOS - TERCEIRO TRIMESTRE DE 2020
OS
PRINCÍPIOS DIVINOS EM TEMPOS DE CRISE:
a
reconstrução de Jerusalém e o avivamento espiritual como exemplos para os
nossos dias
COMENTARISTA:
EURICO BÉRGSTEN
Edição Especial 3º TRI Jovens e Adultos Escola Bíblica |
01 |
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5 DE JULHO DE 2020 |
Daniel Ora por um Despertamento
Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trimestre, 2020. Lição 1, 5 de Julho de 2020
TEXTO ÁUREO
“Confessai as vossas culpas
uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um
justo pode muito em seus efeitos.” (Tg 5.16)
VERDADE PRÁTICA
O crente dedicado à oração
pode exercer influência no céu, na Terra e até contra os poderes malignos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Daniel
9.1-3; 6.10; 2.17-19; Esdras 1.1-5
INTRODUÇÃO
||Os crentes fiéis brilham
como a Luz (Mt 5.15) e resplandecem no meio de uma geração corrompida e
perversa (Fp 2.15). Assim era Daniel. Quando no ano 606 a.C. foi levado cativo
para a Babilônia (Dn 1.1-4,6), era ainda muito jovem, tinha cerca de 15 anos.
Muitos anos depois, Daniel gozava de elevado conceito no reino da Babilônia||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed
Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
- Uma vida piedosa dá um
testemunho convincente do poder salvador de Deus. Isso lhe traz glória. (1Pe
2.12). Daniel foi um homem que viveu além do seu tempo. Daniel decidiu em seu
coração (Pv 4.23) não fazer concessões para não ser infiel ao chamado de
compromisso de Deus (Êx 34.14-15). Deus honrou a fidelidade e a lealdade de
Daniel ao soberanamente agir de maneira favorável para com ele entre líderes
pagãos. Naqueles dias difíceis para os cativos do reino do sul, evitou que ele
fosse perseguido e fez com que fosse respeitado, embora, mais tarde, Deus tenha
permitido que Daniel viesse a sofrer oposição, o que também o dignificou (Dn 3.6).
De um modo ou de outro, Deus honra os que o honram (1Sm 2.30; 2Cr 1.69). É
interessante o uso do texto de Fp 2.15 que diz: “para que vos torneis
irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração
pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo”; esmiuçando
esse versículo, temos:
►para que vos torneis – Paulo apresentas as razões pelas quais os crentes devem ter a atitude
correta em buscar uma vida santa;
►Torneis - indica um processo - eles devem
estar crescendo na direção de algo que, como filhos de Deus, ainda não possuem
por completo (Ef 5.1; Tt 2.1);
►irrepreensíveis descreve
uma vida que não pode ser criticada por causa do pecado ou do mal, e
►Sinceros que pode também ser traduzido
por inocentes, descreve uma vida que é pura, sem mistura, limpa do
pecado, semelhante a um metal de alta qualidade sem qualquer liga (Mt 10.16; Rm
16.19; 2Co 11.3; Ef 5.27);
►inculpáveis - pode
também ser traduzido por acima de reprovação. No Antigo Testamento
grego, é usado diversas vezes para se referir ao tipo de sacrifício a ser
levado a Deus, ou seja, sem mancha e sem defeito (Nu 6.14; 19.2; 2Pe 3.14);
►geração pervertida e corrupta - "Corrupta" é a palavra da qual provém a palavra
"escoliose" (encurvamento da coluna vertebral); Descreve algo que é
desviado do padrão, o que é verdadeiro de todos os que se desviaram do caminho
de Deus (Pv 2.15; Is 53.6). "Pervertido" intensifica esse sentido,
referindo-se a alguém que se desviou para tão longe do caminho que o seu desvio
está gravemente deformado e distorcido (Lc 9.41). Paulo aplica essa condição ao
sistema pecaminoso do mundo;
►resplandeceis como luzeiros - uma referência metafórica ao caráter espiritual.
"Resplandeceis" pode ser traduzido, mais precisamente, por
"vocês têm de brilhar", que significa que os cristãos devem mostrar o
seu caráter no meio da cultura das trevas, assim como o sol, a lua e as
estrelas resplandecem no céu que, de outro modo, estaria em trevas (Mt 5.76;
2Co 4.6; Ef 5.8). Daniel gozava de elevado conceito no reino da Babilônia por
que soube aplicar o princípio de Fp 2.15 em sua vida! Vamos pensar
maduramente a nossa fé?
I - DANIEL FOI
DESPERTADO PARA ORAR
||Ao ler o profeta Jeremias
(Jr 29.10), ele observou que os 70 anos de cativeiro na Babilônia estavam para
findar. Todavia, ainda não era possível notar qualquer sinal de que alguma
coisa estivesse acontecendo na direção de uma mudança radical (Dn 9.2). Assim,
Daniel começou a orar com jejum, cobrindo-se de saco e cinza, em sinal de
profunda tristeza (Dn 9.1-3) e orou com perseverança||
- O estudo de Daniel dos rolos
do Antigo Testamento pôs o foco nos atos que haviam sido profetizados por
Jeremias para o cativeiro em Jr 25.11-12; 29.10. Como o final desse período
estava próximo, Daniel orou pelo próximo movimento de Deus em favor de Israel.
Em 2Cr 36.21 está indicado que os 70 anos de exílio tinham a intenção de
restaurar o descanso sabático que Israel havia ignorado por tantos anos (Lv
25.4-5; 26.34-43).
||1. Daniel vivia uma vida
consagrada a Deus. Isto dava-lhe condições de
orar. A Bíblia diz: “A oração dos retos é o seu contentamento” (Pv 15.8) e Ele
escutará a oração dos justos” (Pv 15 29). Daniel não se misturou com o
paganismo, e vivia conforme sua consciência, no temor do Senhor. Daniel é
siderado como um exemplo e um modelo para os crentes de todos os tempos (Dn 1.8)||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed
Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
- O texto de Dn 9.4-19 apresenta
vários aspectos que nos dão rica instrução a respeito da oração. Uma oração
verdadeira é em resposta à Palavra (Dn 9.2), caracterizada pelo fervor e
autonegação (9.3), identificada de maneira desinteressada com o povo de Deus (9.5),
fortalecida pela confissão (9.5-15), dependente do caráter de Deus (9.4,7,9,15)
e tem como seu objetivo a glória de Deus (9.16-19). Não apenas uma vida
consagrada, mas uma vida arraigada na Palavra gerando verdadeiro temor.
||2 A estatura espiritual de
Daniel capacitava-o para enfrentar verdadeiros combates em oração. Muitos crentes não conseguem servir de ajuda decisiva com as suas
orações, porque nunca chegaram a experimentar o que significa combater em
oração, o que significa perseverar firmemente em oração (Rm 12.12; Gl 1.30; Cl
2.1). Somente “visitam”, de vez em quando, culto de oração. Daniel, porém,
tinha por hábito orar três vezes ao dia (Dn 6.10). Quando sua própria vida, bem
como a de seus amigos e a de todos os sábios da Babilônia, estava em perigo,
Daniel alcançou o livramento e a vitória através da oração (Dn 2.18-20). Daniel
era. portanto, experiente na vida de oração||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed
Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
- Neste tópico, é importante que
se esclareça que não é o volume, a quantidade, mas a qualidade de nossa oração.
Como no subtópico anterior, onde temos um exemplo da oração agradável a Deus.
Resta-nos que, muitos de nós, nos esmeramos nas palavras, principalmente quando
oramos publicamente, mas fazemos uma oração desprovida dos elementos elencados.
Em segundo lugar, é preciso lembrar que, quando oramos atestamos nossa
impotência e dependência a Deus. Reconhecemos que precisamos dele. Ele nos
escuta e, de acordo com sua vontade, nos atende. Dito isso, esclareço que a
oração não pode ser o nosso último recurso, quando não nos resta mais opção ou
saída. Não use mais a oração como último recurso para a solução de seus
problemas. Coloque desde o início suas necessidades diante de Deus. É esse o
exemplo dado por Daniel. Ele manteve um padrão intransigente de orar, e fazia
isso de acordo com a oração de Salomão de que o povo de Deus deveria orar voltado
para o templo de Deus (1Rs 8.44-4S), três vezes ao dia, como também estabeleceu
Davi (Sl 55.16-17).
||3. Coincidindo com o
período de oração de Daniel, profundas mudanças estavam para acontecer na
Babilônia. O reino da Babilônia
estava em guerra com medos e persas. O rei da Babilônia era na época Nabonido.
Seu filho Belsazar estava na capital, a cidade da Babilônia, cuidando dos
assuntos administrativos do governo. Belsazar organizou uma festa para seus
grandes. Estando já embriagado, mandou trazer os vasos sagrados que o rei
Nabucodonosor havia trazido do Templo de Deus em Jerusalém, e havia colocado no
templo pagão da Babilônia. Ele e todos os seus convidados beberam vinho nestes
vasos santos (Dn 5.2-4). Houve então uma intervenção divina. O rei viu que
dedos de mão de homem escreviam na parede, defronte do castiçal (Dn 5.5).
Acabou-se a alegria da festa. Os joelhos do rei tremiam. Sábios e astrólogos
não puderam interpretar a mensagem escrita na parede. Finalmente Daniel foi
introduzido na festa (Dn 5.13) e interpretou o texto escrito na parede. Entre
outras coisas, estava escrito: “Dividido foi o teu reino, e deu-se aos medos e
aos persas” (Dn 5.28). “Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos
caldeus” (Dn 5-30)||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e
Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
- Esses acontecimentos se deram
em 539 a.C., cerca de vinte anos depois da morte de Nabucodonosor, cerca de
563/562 a.C.. Belsazar, cujo nome, semelhante ao de Daniel (Dn 4.8) significa
"Bel protege o rei" estava para ser conquistado pelo exército medo-persa.
O Rei Belsazar resolver dar uma festa, uma celebrarão concebida para elevar o
estado de ânimo e superar o sentimento de derrota, porque nesse mesmo tempo os
exércitos medo-persas já tinham a Babilônia completamente sob cerco e sua queda
era iminente. É interessante que mãos babilônias haviam tomado os objetos
sagrados de Deus (mencionado duas vezes) e os mantiveram para desonrá-lo e
desafiá-lo. Nesse momento, no entanto, a mão que controla todos os homens o a
qual ninguém impedir, os desafiava (Dn 4.35). A resposta de Deus aos desafios
que lhe fizeram foi clara, como nos versículos 23-28. No império, embora
imenso, não havia quem pudesse decifrar a escrita, somente o homem de Deus,
Daniel, com a ajuda do Senhor, poderia fazer o que nenhum outro homem, por mais
sábio que pudesse ser, não poderia fazer. Interessante notar que, a rainha-mãe
deu testemunho da vida santa exemplar de Daniel e disse ao rei que se turbasse.
O que Daniel disse ao rei realizou-se. Esse é o teste do verdadeiro profeta!
II – A RESPOSTA ÀS
ORAÇÕES DE DANIEL
||Daniel havia orado,
lembrando-se da promessa de Deus registrada pelo profeta jeremias: “Vos
visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a
este lugar” (Jr 29.10). Com a queda do reino babilônico, e com o início do
governo do rei Ciro, as coisas evoluíram com muita rapidez, deixando todos
surpreendidos e admirados||
- Jeremias profetizou e aconselhou
os israelitas que estavam na Babilônia para que tomassem as providências
necessárias para viverem como colonos naquela terra, tendo em mente que
ficariam ali por um longo tempo (70 anos, Jr 29.10; 25.11). Além disso, eles
deveriam procurar a paz da Babilônia e orar por ela, visto que a prosperidade
deles estava ligada a isso (Jr 29.7; Ed 6.10; 7.2.3).
||1. A Bíblia relata o que
realmente aconteceu. “No primeiro ano de Ciro,
rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de
Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez
passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz
Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra;
e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem
há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém,
que é em Judá, e edifique a Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus que
habita em Jerusalém” (Ed 1.1-3)||Lições
Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2020. Lição 12, 21 Junho, 2020]
- Esdras 1.1-3 são quase
idênticos aos de 2Cr 36.22-23. O Senhor havia profetizado por intermédio de
Isaías, que havia dito de Ciro: "Ele é meu pastor... que digo também de
Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado" (Is 44.28). O
historiador judeu Flávio Josefo registrou um relato do dia em que Daniel leu a
profecia de Isaías para Ciro e, como resposta, ele foi levado a proclamar o
pregão de Ed 1.2-4, cerca de 538 a.C.. Jeremias tinha profetizado o retorno dos
exilados depois de 70 anos de cativeiro na Babilônia (Jr 25.11; 29.10-14; Dn
9.2), e esse não foi um acontecimento isolado, mas o cumprimento das promessas
da aliança feita com Abraão em Gn 12.1-3. A Bíblia relata o que realmente
aconteceu, e o que aconteceu foi uma amostra clara e inequívoca de que Deus age
na história, fato demonstrado pelo termo ‘despertou o SENHOR’ - expressão
forte a respeito do fato de que Deus trabalha soberanamente na vida dos reis
para realizar os seus propósitos (Pv 21.1; Dn 2.21; 4.17).
||2. Conforme esta declaração
de Ciro, estava cumprida a promessa divina dada através do profeta Jeremias. Mas tudo foi como diz a Bíblia: “Tudo muito mais abundantemente além
daquilo que pedimos ou pensamos” (Ef 3.20).
Vejamos, pois, o que estava
para acontecer:
a. Todos os Judeus seriam liberados para
voltarem a Judá, caso quisessem (Ed 1.3).
b. Receberam permissão para reedificar o
templo.
c. Todas as despesas da construção do Templo
poderiam ser tiradas dos tributos de além do rio.
d. Os vasos sagrados devem ser entregues aos
cuidados de Zorobabel, nomeado governador dos judeus pelo rei Ciro, para serem
transportados de volta para Jerusalém (Ed 1.7)||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed
Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
- A principal mensagem
subjacente de Esdras e Neemias é que a soberana mão de Deus trabalha em
perfeita harmonia com o seu plano e o tempo designado por ele. Os 70 anos de
cativeiro foram concluídos, então Deus despertou não só o espírito de Ciro para
fazer o decreto, mas o seu próprio povo para ir e construir Jerusalém e o
templo. Até mesmo os vasos que Nabucodonosor retirou quando saqueou o templo em
605-586 a.C. (2Rs 24.13; 25.14-15; Dn 1.2), Deus os havia preservado (2Cr 36.7)
com os babilônios (Dn.5.1-4) para o retorno, corno profetizado por Jeremias (Jr
27.22). Quando o crente atende as condições necessárias de uma vida santa (veja
Ef 3.16-19), a ação do poder de Deus que opera nos santos e por meio deles é
ilimitado e vai além da compreensão humana!
III – O
RESULTADO DE UM DESPERTAMENTO PROVENIENTE DE DEUS
||1.O rei Ciro foi despertado
em seu espírito. “Despertou o Senhor o
espírito do rei Ciro” (Ed 1.1). Talvez por meio de seu contato com Daniel é que
Ciro veio a conhecer a Deus, e talvez até mesmo o adorasse. Ciro teve uma
experiência pessoal com Deus no seu coração, e passou a compreender as
realidades de Deus que ele antes ignorava.
a. Ciro passou a ver a Deus como o SENHOR DOS
CÉUS (Ed 1.2). - É possível que Daniel tenha
desempenhado um papel nesse tratamento favorável dispensado aos judeus (Dn
6.2.5-28). De ordo com o historiador Josefo, ele era o primeiro ministro de
Ciro e compartilhava as profecias de Isaías com o rei (Is 44.28; 46.1-4). O
Deus de Israel era reconhecido como a suprema autoridade divina (Ed 5.12;
6.9-10; 7.12,21,23), que soberanamente; dispensava autoridade aos monarcas
humanos.
O grande rei Nabucodonosor
demorou a aprender esta lição (Dn 4.30-37). Cada despertamento verdadeiro faz
com que o homem veja a majestade de Deus, sentindo a sua própria pequenez, o
seu pecado e a sua baixeza. Saulo assolava, perseguia, fazia e desfazia, mas
quando se encontrou Jesus, no caminho de Damasco, caiu por terra e apenas pôde
perguntar: “Quem es Senhor?” (At 9.5). A Bíblia diz que ninguém pode dizer que
Jesus é o Senhor se não for pelo Espírito Santo (1 Co 12.3).
b. Ciro teve uma experiência com Deus, que é
Santo.
Os vasos sagrados haviam
sido roubados do Templo de Jerusalém, por Nabucodonosor, e guardados no templo
pagão da Babilônia (2 Cr 36.18). Ciro era, agora, o responsável por eles, e
mesmo sendo esses vasos muito valiosos, ele queria voluntariamente devolvê-los
(Ed 1.7-11)
Assim acontece sempre em cada despertamento
verdadeiro. Quando Zaqueu teve seu encontro com Jesus, quis devolver o que
havia ganho com usura (Lc 19.8)||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e
Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
- O Senhor Deus executa o plano
da redenção no decurso da história, até o seu final determinado. No cumprimento
disto, Deus, às vezes, resolve humilhar governantes poderosos, como fez a
Nabucodonosor (Dn 4), ordenar juízo destruidor contra reis (Faraó, por ocasião
do Êxodo (Êx 14); Belsazar, em Babilônia (Dn 5)), ou elevar um dirigente
internacional (o rei Ciro da Pérsia), a fim de cumprir a sua palavra e realizar
os seus propósitos. Ao despertar o espírito de Ciro, para ser benevolente para
com os vencidos e exilados, Deus fez cumprir-se a tempo a sua promessa feita através
de Jeremias. Provérbios declara que o coração do rei é como ribeiros de águas
na mão do SENHOR; a tudo quanto quer o inclina, a fim de garantir a marcha
contínua da redenção e desfecho da história (Pv 21.1).
||2. O rei Ciro recebeu
bênçãos espirituais. O profeta Isaías, 200 anos
antes, profetizou acerca de Ciro chamando-o de “ungido do Senhor” (Is 45.1).
Isso nos permite entender que o Espírito Santo deve ter-lhe proporcionado
alguma bênção espiritual. Cada Despertamento traz bênçãos para o coração do
crente||.[Fonte:
Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5
Julho, 2020]
- Cerca de 160 anos antes do
aparecimento de Ciro, Isaías predissera a respeito de um governante chamado
Ciro, que permitiria a volta dos judeus à sua pátria, para reedificarem
Jerusalém e o templo (Is 41.2; 44.26-28; 45.1,4,5,13). É interessante que, a
palavra ‘ungido’ em Is 45.1, é a tradução da palavra hebraica por
transliteração — "Messias". Esse é o termo usado para o rei e
redentor messiânico no Sl 2.2 e em Dn 9.25-26, mas em Isaías 45.1 é uma
referência a Ciro, como o rei separado pela providência de Deus para seus
propósitos divinos. É importante dizer que, embora não fosse adorador do Deus
de Israel, o monarca persa desempenhou um papel incomum como pastor de Israel (Is
44.28) e como juiz ungido de Deus sobre as nações. Deus queria que Ciro
soubesse que eia o Deus dos judeus quem estava lhe dando as vitoriosas
conquistas. Segundo Josefo, o historiador judeu que disse que Daniel teria
influenciado Ciro com as profecias de Isaías, o rei sabia que o Deus de Israel
estava com ele. Embora não possamos dizer que Ciro tenha se convertido ao
Senhor e o adorado, aquele rei experimentou as bênçãos de Deus em sua
vida, por que foi exatamente isso que o
Senhor havia dito que faria.
QUESTIONÁRIO
||A respeito de “Daniel Ora por um Despertamento”,
responda:
• Com quantos anos, aproximadamente, foi Daniel
levado à Babilônia?
Daniel era ainda muito jovem, tinha cerca de 15
anos de idade.
• Que escritura profética levou Daniel a orar e
jejuar?
A profecia de Jeremias (Jr 29.10).
• O que esta escritura dizia?
A escritura profética dizia estar chegando ao fim o
cativeiro dos judeus.
• O que aconteceu no primeiro ano de Ciro, rei da
Pérsia?
O Senhor despertou o coração deste rei em favor do
povo de Judá, favorecendo o retorno deste à Terra Prometida.
• Cite um exemplo bíblico de um despertamento
verdadeiro.
Quando Zaqueu teve o seu encontro com Jesus|| [Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e
Adultos - 3º Trim 2020. Lição 1, 5 Julho, 2020]
Pb
Francisco Barbosa