ANO 12 | Nr 1.386| 2020
LIÇÕES
BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 2º Trimestre de 2020
Título:
A Igreja Eleita - Redimida Pelo Sangue de Cristo e Selada com o Espírito Santo
da Promessa.
Comentarista:Douglas
Baptista
LIÇÃO 10
7 DE JUNHO DE 2020
A INTERCESSÃO PELOS EFÉSIOS
TEXTO ÁUREO
“Por causa disso, me ponho de joelhos perante o Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra
toma o nome.” (Ef 3.14,15)
VERDADE PRÁTICA
Devemos interceder pelos eleitos de Cristo para que
eles sejam fortalecidos de poder, vivam em comunhão e exercitem o amor de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios
3.14-21
INTRODUÇÃO
||Após revelar o mistério oculto e todas suas dádivas
(3.1-13), apóstolo Paulo passa a orar em favor da Igreja de Cristo (3.16-19).
Na intercessão paulina aprendemos que Deus pode fazer tudo além do que pedimos
ou pensamos, sendo Ele o único que é digno em ser glorificado (3.20,21).
Refletir sobre a oração intercessora do apóstolo é o tema desta lição||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 2º Trimestre 2020. Lição 10, 7 Junho, 2020]
- A partir do versículo 14,
temos a oração mais ousada da história! Esta é a primeira oração de Paulo em
Efésios, e ele está clamando pela necessidade de iluminação, de capacitação. “Nessa
oração, as petições de Paulo são como degraus de uma escada, cada uma delas
subindo mais, porém, baseadas todas no que veio antes. Solidamente
entrelaçadas, cada ideia leva à ideia seguinte. O ponto culminante da oração
está nas últimas palavras do versículo 19: “Para que sejais preenchidos até a plenitude de Deus”” (Vaughan, Curtis.
Efésios, p. 94,95). Essa oração é o ponto culminante da teologia paulina. Vislumbrando
o martírio, quando preso em Roma, inacreditavelmente, o apóstolo dos gentios não
faz nenhum pedido de cunho particular ou mesmo de alívio e/ou liberdade. Preso,
mas não inoperante! Na prisão, seu ministério mais poderoso fica em evidência:
o ministério da intercessão. Esta aula deve nos instigar, nesses tempos de
pandemia e de dispersão por causa dos templos fechados, a voltarmos às origens!
Vamos pensar maduramente a nossa fé
cristã?
I – CORROBORADOS COM O PODER DO ESPÍRITO
||O apóstolo inicia sua oração ao Senhor com um
pedido duplo: o poder do Espírito no homem interior e a presença de Cristo nos
corações dos crentes (3.16,17).
1. As riquezas da sua glória. Paulo
apresenta sua oração confiado “nas riquezas de sua glória [a de Deus]” (3.16).
O apóstolo já havia declarado que Deus é “o Pai da glória” (1.17), cheio de
“abundantes riquezas de sua graça” (2.7; 3.8). O que significa que Ele é
possuidor de todas as glórias e despenseiro de ricas e ilimitadas bênçãos. Em
razão disso, Paulo pede para que a Igreja seja fortalecida com poder, que seja
habitada por Cristo, que compreenda o amor divino e tenha pleno desenvolvimento
espiritual (3.16-19)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º
Trimestre 2020. Lição 10, 7 Junho, 2020]
- As “riqueza(s) da
sua glória” são ilimitadas e estão disponíveis a todo cristão. O poder
espiritual é a marca de todo cristão que se submete à Palavra e ao
Espírito de Deus. Ele não está reservado para uma classe especial de cristão,
mas para todos aqueles que disciplinam a mente e o espírito a estudar a
palavra, compreendê-la e viver por ela. Embora o homem exterior, físico, se
torne; fraco com o decorrer do tempo (2Co 4.16), o homem interior e espiritual
deve se tomar mais forte por meio do Espírito Santo, o qual o energizará, o
revitalizará e fortalecerá o cristão obediente e comprometido (At 1.8; Rm
8.5-9,13; Gl 5.16). Nesse sentido, a leitura da Bíblia e a oração devem
caminhar sempre juntas. A vontade de Deus está revelada nas Escrituras, e é na
oração que pedimos que ele a realize!
||2. Fortalecidos com poder. O primeiro
pedido do apóstolo é para que a Igreja seja corroborada “com poder pelo seu
Espírito no homem interior” (3,16). Essa petição não quer dizer que a Igreja em
Éfeso não tivesse o Espírito de Deus (1.14), mas que ela fosse continuamente
revigorada com poder e, consequentemente, em seu fortalecimento diário (1 Co
16.13). Ainda enfatiza que a única força que habilita o crente a se manter
firme advém do Espírito Santo (Jo 14.16,17), que atua no homem interior e capacita
o crente a perseverar, a manter-se afastado do pecado e a compreender as coisas
espirituais (1 Co 2.12-16)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º
Trimestre 2020. Lição 10, 7 Junho, 2020]
- Paulo ora pedindo poder,
demonstrando sua preocupação com as coisas espirituais. Que exemplo para nós
hoje, que andamos tão preocupados com as coisas desse mundo! Andamos ansiosos por
bênçãos materiais, por curas... como estamos longe do ideal de oração de Paulo.
O agente que concede poder é Espírito Santo. Notemos que a evidência de que
somos salvos é a presença do Espírito em nossa vida (Rm 8.9), mas a capacitação
para uma vida santa é evidenciado pelo poder do Espírito! (At 1.8). O ministério
de Jesus foi evidenciado pelo poder do Espírito Santo (Lc 4.1,14; At 10.38).
||3. Habitados por Cristo. O apóstolo
também orou para que Cristo habitasse pela fé nos corações dos santos (3.17), o
que também não significa dizer que Cristo não estivesse presente na Igreja em
Éfeso. No versículo em questão, o verbo grego é katoikein, significa “habitação
permanente” em oposição à “habitação temporária”. Isso indica que a oração
apostólica era para que Cristo habitasse continuamente na vida da Igreja.
Assim, o ensino apostólico ratifica que sem Cristo, a igreja não pode subsistir
as forças do mal (Mt 16.18)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º
Trimestre 2020. Lição 10, 7 Junho, 2020]
- Todo cristão é habitado por Cristo no momento
da salvação (Rm 8.9; 1Co 12.13); e se torna templo do Espírito Santo, porém,
ele está "em casa", encontrando conforto e satisfação somente onde os
corações estão limpos do pecado e cheios do Espírito (Jo 14.23). A habitação de
Cristo é uma questão de intensidade. O ver Hernandes Dias Lopes escreve em seu
livro Efésios - Igreja, a noiva gloriosa de Cristo, que: “Havia duas
palavras distintas para “habitar”: paroikéo e katoikéo. A primeira palavra quer
dizer habitar como estrangeiro (2.19). Era usada para o peregrino que está
morando longe de sua casa. Katoikéo, por outro lado, tem o sentido de
estabelecer-se em algum lugar. Refere-se a uma habitação permanente em contraste
com a temporária, e é usada tanto para a plenitude da divindade habitando em
Cristo (Cl 2.9) quanto para a plenitude de Cristo habitando no coração do
crente (3.17). A palavra que foi escolhida, katoikein, denota a residência em
contraste com o alojamento; a habitação do dono da casa em seu próprio lar em
contraste com o viajante que sai do caminho para pernoitar em algum lugar e
que, no dia seguinte, já terá ido embora”. (Lopes, Hernandes Dias. Efésios:
igreja, a noiva gloriosa de Cristo / Hernandes Dias Lopes. — São Paulo: Hagnos,
2009. Pág. 90). Pela fé, podemos ter confiança contínua de que Cristo exercerá
o seu senhorio sobre nós. Devemos ter em mente que, uma coisa é ser habitado
pelo Espírito, outra é ser cheio do Espírito, ser totalmente governado por Ele!
II – ARRAIGADOS E FUNDADOS EM AMOR
|| O amor é a mensagem central do Evangelho de Cristo.
Um dos propósitos da oração de Paulo foi para que a Igreja entendesse e
exercitasse o amor de Deus.
1. Amor: a virtude cristã. Nas
Escrituras o amor é atributo divino: “Aquele que não ama não conhece a Deus,
porque Deus é amor” (1 Jo 4.8). Foi por amor que Cristo se entregou para o
resgate da humanidade (5.2). O amor é o resumo da lei e dos profetas (Mt
22.40), o sinal dos discípulos de Cristo (Jo 13.35), a prova de filiação com
Deus (1 Jo 4.7) e deve ser expresso por meio de atitudes concretas (1 Jo 3.17).
O amor é a maior de todas as virtudes e o princípio que norteia o fruto do
Espírito (1 Co 13.13). Ciente dessa relevância, o apóstolo implora a Deus para
que o viver da Igreja seja arraigado e alicerçado no amor||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 2º Trimestre 2020. Lição 10, 7 Junho, 2020]
- “arraigados e alicerçados
em amor”, ou seja, estabelecido sobre um forte fundamento de amor altruísta
e de serviço a Deus e ao seu povo (Mt 22.37-39; 1Jo 4.9-12,19-21). O Amor como
atributo divino é uma daquelas Suas características ditas ‘comunicáveis’, ou
seja, Deus permitiu que o homem também possuísse esse atributo. Devemos
compreender bem a escada dessa oração, cada degrau - para que Paulo pede poder
do Espírito e plena soberania de Cristo em nós? Ora, este segundo degrau
responde: Paulo ora para que os crentes sejam fortalecidos para amar! Esta é a
característica, a virtude mais importante na nova comunidade, a Igreja.
Precisamos do poder do Espírito e da habitação de Cristo para amar uns aos
outros, principalmente atravessando o profundo abismo racial e cultural que,
anteriormente, separava-nos.
||2. Arraigados e fundados em amor. Após rogar
ao pai pelo poder do Espírito e a habitação de Cristo, o apóstolo clama para
que a Igreja possa também compreender e praticar o amor (3.16,17). A expressão
“arraigados e fundados em amor” (3.17) compara os santos como uma planta bem
enraizada e uma casa bem alicerçada. Indica que sem o amor, a vida cristã não
tem sustentação alguma (1 Co 13.1-3). Por causa disso, o apóstolo insiste pela
total compreensão de “qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a
profundidade” do amor divino (3.18). O uso dessas expressões aponta para a
vastidão do amor de Cristo, “que excede todo o entendimento” (3.19) e indica
que a lógica humana não pode mensurar o amor de Deus||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 2º Trimestre 2020. Lição 10, 7 Junho, 2020]
- Como comentei no subtópico 1,
Paulo pediu poder do Espírito para nos capacitar ao amor, aqui não temos um
segundo pedido, como que a parte do anterior, mas uma consequência do pedido
por poder. Veja o que diz Martyn Lloyd-Jones sobre esse ponto: “O propósito
de toda doutrina, o valor de toda instrução, é levar-nos à Pessoa do nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo. A falta de entendimento desse ponto tem sido
uma armadilha para muitos na Igreja através dos séculos. Para alguns cristãos
professos, a armadilha é perturbar-se acerca do conhecimento; essas pessoas já
se acham numa posição falsa. Outros podem ver claramente que é para termos conhecimento
que as Escrituras nos concitam a isso, e, assim, eles se põem a buscar
conhecimento. Então, o diabo entra e transforma isso numa coisa puramente
intelectual. O resultado é que eles têm cabeças repletas de conhecimento e de
doutrina, mas os seus corações são frios e duros como pedras. O verdadeiro
conhecimento cristão é conhecimento de uma Pessoa. E porque é conhecimento de
uma Pessoa, leva ao amor, porque Ele é amor” (Lloyd-Jones, D.M. As
insondáveis riquezas de Cristo, p. 165). O amor é a principal virtude cristã (1Co
13.1-3). O amor é a evidência do nosso discipulado (Jo 13.34,35). O amor é a
condição para realizarmos a obra de Deus (Jo 21.15-17). O amor é o cumprimento
da lei (1Co 10.4). O conhecimento incha, mas o amor edifica (1Co 8.2).
||3. A intensidade do amor de Cristo. Consciente
de que somente o Espírito pode fazer entender e experimentar a grandeza do amor
de Deus, Paulo pede para que os crentes conheçam a intensidade do amor de
Cristo (3.18,19). A ênfase recai em que Cristo nos amou e ainda nos ama e que,
por isso, devemos amar uns aos outros (1 Jo 4.10-11). O apóstolo sabe que o
esforço humano não pode atingir essa meta; assim, ele acrescenta esse pedido à
oração para que os crentes sejam “cheios de toda a plenitude de Deus” (3.19)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos,
2º Trimestre 2020. Lição 10, 7 Junho, 2020]
- O terceiro degrau dessa escada
é uma súplica pela compreensão do amor de Cristo. Paulo agora passa do nosso
amor pelos irmãos para o amor de Cristo por nós. Para compreender o amor de
Cristo nós carecemos de força e poder! O cristão necessita compreender (3.18) e
conhecer (3.19); Paulo ora para que possamos compreender o amor de Cristo em
suas plenas dimensões: largura, comprimento, altura e profundidade (3.18). Assim,
o aposto nos fala da impossibilidade de se mensurar esse amor. O amor de Cristo
é suficientemente largo para abranger a totalidade da humanidade (Ap 5.9,11;
7.9; Cl 3.11), suficientemente comprido para durar por toda a eternidade (Jr
31.3; Ap 13.8; Jo 13.1), suficientemente profundo para alcançar o pecador mais
degradado (Is 53.6,7) e suficientemente alto para levá-lo ao céu (Jo 17.24)!
III – A BÊNÇÃO DE DEUS EXCEDE O PENSAMENTO HUMANO
||Em sua audaciosa intercessão em favor da Igreja, o
apóstolo ensina que Deus é capaz de fazer muito além do que pedimos, e, que o
Eterno deve ser glorificado para sempre.
1. A dimensão das bênçãos divinas. Ao concluir
a ousada oração, Paulo lembra de que a magnitude do poder de Deus é capaz de
fazer “muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” (3.20).
Isso indica que o que Deus pode fazer ultrapassa em muito nossos melhores
anseios e desejos. Quer dizer que a mente humana é incapaz de alcançar a
dimensão das bênçãos divinas. Nesse sentido, Paulo declara que as coisas que
sequer “subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o
amam” (1 Co 2.9). Essa instrução mostra que os pensamentos do Senhor são muito
mais altos do que os nossos (Is 55.9). Desse modo, o poder divino que age na
vida do crente e suas bênçãos disponíveis são impossíveis de dimensionar. A
grandeza do poder de nosso Deus é capaz de responder para além das mais
corajosas orações (1 Rs 3.5-14)||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º
Trimestre 2020. Lição 10, 7 Junho, 2020]
- O conhecimento do amor de
Cristo vai muito além da capacidade da razão e da experiência humana. É
conhecido somente por aqueles que são filhos de Deus (Fp 4.7). Quando as
condições dos versículos 16-19 são atendidas, a ação do poder de Deus que opera
nos crentes e por meio deles é ilimitada e vai além da compreensão deles. Nesse
último degrau dessa magnífica escada, Paula trata da capacidade de Deus de responder
às orações. Discorrendo acerca desse texto, o pastor e teólogo anglicano
britânico John Stott, diz que “a capacidade de Deus de responder às orações
é declarada pelo apóstolo de modo dinâmico numa expressão composta de sete
etapas:
1) Deus é poderoso para fazer, pois ele não está ocioso, inativo nem
morto.
2) Deus é poderoso para fazer o que pedimos, pois escuta a oração e a
responde.
3) Deus é poderoso para fazer o que pedimos ou pensamos, pois lê nossos
pensamentos.
4) Deus é poderoso para fazer tudo quanto pedimos ou pensamos, pois sabe
de tudo e tudo pode realizar.
5) Deus é poderoso para fazer mais do que tudo que pedimos ou pensamos,
pois suas expectativas são mais altas do que as nossas.
6) Deus é poderoso para fazer muito mais do que tudo quanto pedimos ou
pensamos, pois sua graça não é dada por medidas racionadas.
7) Deus é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto
pedimos ou pensamos conforme o seu poder que opera em nós, pois é o Deus da
superabundância” (Stott, John. A mensagem de
Efésios, p. 100).
||2. O convite para adoração. Paulo
encerra esse capítulo com o convite de adoração a Deus, cuja glória é devida
“na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações” (3.21). A conclusão paulina
não poderia ter sido diferente. Nos versículos anteriores ele discorreu acerca
da boa nova do mistério revelado (3.3-5), das muitíssimas riquezas de Cristo
conferidas a Igreja (3.8,9), da grandeza do poder de Deus (3.16), e da
infinitude do amor e de todas as bênçãos divinas que excedem a compreensão
humana (3,19,20). Além dessas e das demais bênçãos, a única coisa a ser
acrescentada era o louvor ao Senhor Deus, detentor de tamanhas dádivas||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 2º Trimestre 2020. Lição 10, 7 Junho, 2020]
- Somente quando seus filhos
chegarem a esse nível de fidelidade Cristo será totalmente glorificado com a
honra que merece de sua igreja. Encerrando a oração, Paulo irrompe numa maravilhosa
Doxologia: “A ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as
gerações, para todo o sempre. Amém”. O ver Hernandes Dias Lopes escreve: “Deus
é o único que tem poder para ressuscitar e fazer com que o sonho se torne
realidade. O poder vem da parte dele; a glória deve ser dada a ele. Conclui o
apóstolo: “A ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as
gerações, para todo o sempre. Amém”. A igreja é a esfera em que a glória de
Deus se manifesta. Concordo com Curtis Vaughan quando diz que nada podemos
acrescentar à inerente glória de Deus, mas podemos viver de tal modo que nossa
vida contribua para que outros também possam contemplar a sua glória.'80 A Deus
seja a glória no corpo e na cabeça, na comunidade da paz e no Pacificador, por
todas as gerações (na História) e para todo o sempre (na eternidade)” (Lopes,
Hernandes Dias. Efésios: igreja, a noiva gloriosa de Cristo / Hernandes Dias
Lopes. — São Paulo: Hagnos, 2009. Pág. 97).
||3. A glória devida a Deus. Finalmente,
Paulo prossegue a ensinar que Deus deve ser glorificado “na Igreja e em
Cristo”. Quer dizer que os atos de louvar e glorificar a Deus fazem parte dos
propósitos da instituição da Igreja (1.6,12,14). A Igreja nunca terá glória em
si mesma, pois toda a glória é exclusivamente tributada para Deus por
intermédio da Obra de Cristo (Sl 115.1; Jo 13.31,32). Em sua oração, o apóstolo
anela que essa postura de adoração e exaltação a Cristo perdure “por todas as
gerações” e enfatiza seu pedido com a frase “para todo o sempre” (3.21), o que
significa que deve ser praticada por todos os crentes||.[Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 2º Trimestre 2020. Lição 10, 7 Junho, 2020]
- Uma vez que Deus é a fonte, o
sustentador de tudo, Ele é o justo fim de tudo o que existe. “Porque dele, e
por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória
eternamente. Amém!” (Rm 11.36).
CONCLUSÃO
||A ousada intercessão de Paulo anelava o fortalecimento
da Igreja. O apóstolo tinha ciência de que o perseverar do cristão dependia de
quatro princípios basilares, os quais ele pediu a Deus em oração: o
fortalecimento de poder, a presença plena de Cristo, o intenso exercício do
amor de Deus e o contínuo crescimento espiritual até encontrar a perfeição.
Durante esse processo, o povo de Deus deve glorificá-Lo em todo o tempo||[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º
Trimestre 2020. Lição 10, 7 Junho, 2020]
- O Espírito Santo é o que
realiza em nós toda a obra do conhecimento de Deus. A nossa parte é deixá-lo
agir. Ele nos limpará daquilo que perturba, como se poda uma planta para que
produza mais.
Pb
Francisco Barbosa