ANO 10|Nr 1.357|2019
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
ADULTOS - 4º Trimestre de 2019
Título: O Governo
divino em mãos humanas - Comentário das lições: Osiel Gomes
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L I Ç Ã O 12
22 DE NOVEMBRO DE 2019
A REBELIÃO DE ABSALÃO
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“E desta maneira fazia Absalão a todo Israel
que vinha ao rei para juízo; assim, furtava Absalão o coração dos homens de
Israel.” (2 Samuel 15.6)
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VERDADE PRÁTICA
A
rebelião revela uma natureza depravada e apóstata contra Deus, visando apenas
propósitos que contrariam a perfeita vontade divina.
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LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
2 Samuel 15.1-18.
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INTRODUÇÃO
||Nesta
lição, discorreremos sobre a rebelião de Absalão; não se tratava apenas de uma
oposição ou resistência à autoridade, mas da síndrome do poder. O assassinato
de seu irmão, Amnom, não foi apenas um feito vingativo, mas a oportunidade de
excluir um rival que estava na linha de sucessão ao trono (2Sm 13.20-39).
Absalão era oportunista, perspicaz. Valendo-se de sua beleza física e carisma
incomum, procurou derrubar o próprio pai, na esteira das falhas governamentais,
buscando apoio nos descontentes, para reinar, prometendo que julgaria a todos
com equidade e rapidez||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
- A história de Absalão é uma das mais tristes e comoventes do Antigo
Testamento. Ele era um jovem bonito, cheio de vida e de sonhos. Criado no
palácio real, conheceu e experimentou tudo o que há de bom e de ruim no mundo
restrito dos poderosos. Mas os atos pecaminosos da família real foram decisivos
para que o jovem Absalão se transformasse, aos poucos, num homem astucioso,
vingativo e traidor.Neste artigo, veremos como é danoso o pecado numa família.
Quando não é enfrentado e combatido com severidade, suas conseqüências são
imensamente terríveis. Na casa de Davi, por um período, o pecado esteve
presente de forma tão intensa que a vida do jovem Absalão foi tragada
prematuramente. Que a história desse jovem nos ajude a lidar corretamente com
os perigos que a vida nos impõe (abiografiadoshomessdabiblia).
Bom estudo e crescimento maduro na fé cristã!
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I – O HOMEM
ABSALÃO
||1. Descrição. Absalão era o terceiro filho de Davi com Maacá,
filha de Talmai, rei de Gesur, que nascera em Hebrom (2Sm 3.2,3) — Davi teve
seu primeiro filho com Ainoã, Amnon, o primogênito; o segundo com Abigail,
Quileabe. Do hebraico, o nome Absalão significa “o pai é da paz” (2Sm 3.3).
Duas coisas o distinguem: seus longos cabelos e sua aparência física, que era
sem defeito (2Sm 14.25). Absalão era o filho predileto de Davi. Tinha uma vida
de luxo, pois estavam a seu dispor um carro e 50 homens que corriam adiante
dele. Tinha uma personalidade forte e capacidade para furtar o coração do povo
(2Sm 15.1.6). Biograficamente, há muitos detalhes sobre o homem Absalão, em
especial quanto à beleza física, mas nenhum destaque para sua vida espiritual.||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22
Dezembro, 2019]
- Como no caso de Saul (ISm 9.1-2), Absalão tinha o porte de um rei. Sua
extraordinária popularidade aumentou por causa da sua aparência. No seu corte
de cabelo anual, foi determinado que a cabeça de Absalão produzira cerca de 2 quilos
de cabelo que teria de ser cortado. Depois que Absalão reconciliou-se com a
família, tomou posse de carros e cavalos e cinqüenta homens, símbolos da
realeza (1Sm 8.11). O registro de que ‘furtava o coração dos homens’,
aponta para a resolução de pequenas circunstâncias, tratadas com cuidado,
pessoalmente, caso a caso. As audiências públicas a aconteciam sempre pela
manhã num tribunal presidido do lado de fora, à porta da cidade. Absalão ali se
colocava para obter favorecimento. Como o rei estava ocupado com outras
questões ou com as guerras, além de estar envelhecendo, muitas questões ali
ficavam sem solução, o que acabava criando um profundo sentimento de
ressentimento entre o povo. Absalão se aproveitava dessa situação para minar
seu pai, concedendo a todos que podia acordos favoráveis e demonstrando a todos
a sua cordialidade. Desse modo, ele obtinha a afeição das pessoas sem que elas
percebessem sua ambição maligna.
“Absalão foi o terceiro filho do rei Davi. A mãe de
Absalão era Maaca, a filha de Talmai, rei de Gesur. A história de Absalão está
registrada na Bíblia no livro de 2 Samuel no Antigo Testamento (2 Samuel
13-19). A Bíblia diz que Absalão era um homem muito bonito. Ele teve três
filhos e uma filha, que herdou sua beleza (2 Samuel 14:25-27). O nome Absalão
significa “pai é de paz”, mas a paz não foi algo notável em sua biografia.
Absalão ficou conhecido na narrativa bíblica de uma forma muito negativa. Dois
eventos principais marcaram sua vida: o assassinato de seu meio-irmão Amnom por
vingança; e a conspiração e rebelião contra seu próprio pai, o rei Davi. Esses
conhecidos eventos da vida de Absalão também estavam relacionados ao castigo do
Senhor a Davi por causa de seu adultério com Bate-Seba e o assassinato de
Urias. Através do profeta Natã, Deus anunciou três punições ao monarca: 1) seu
filho com Bate-Seba iria morrer (2 Samuel 11:27; 12:14); 2) a espada não se
apartaria de sua casa (2 Samuel 12:10); e 3) alguém de sua própria família iria
possuir suas concubinas e esse escândalo se tornaria público em Israel (2
Samuel 12:11,12). Os dois últimos castigos tiveram participação direta de
Absalão.” (estiloadoracao)
||2. Em que
consistia a causa da revolta de Absalão?
Podemos asseverar que Davi é o grande responsável pelo desastre que aconteceu
no seio de sua família, devido às suas faltas. Sua queda enfraqueceu espiritual
e moralmente sua família. Assim, primeiramente vem o estupro de Tamar por
Amnom, depois a morte deste por Absalão, que teve de fugir e ficar distante do pai
por três anos. O retorno de Absalão, por parte da estratégia de Joabe, não foi
muito bom, pois, ao retornar, Davi fica sem falar com Absalão por
aproximadamente dois anos. Isso resultou em grande ódio e amargura no seu
coração para com o pai. Nada justifica o procedimento errado dos filhos, mas,
por vezes, os pais contribuem para que eles tomem o caminho da rebeldia
deliberada (cf. Ef 6.4).||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
- As Escrituras registram que o ocorrido foi uma conseqüência do adultério
de Davi e do assassinato de Urias (2Sm 11-12).
“Absalão saiu do palácio do pai, disposto a armar uma
conspiração contra ele. Durante quatro anos, furtou o coração do povo e
preparou uma revolta armada contra seu pai. Ao todo, foram nove anos de
pendências entre pai e filho. Foram nove anos em que se fez vistas grossas a
uma situação insustentável de mágoas e ressentimentos. Chegou a um ponto em que
Absalão não queria mais diálogo com o pai, mas decidiu conspirar contra o pai.
Absalão não queria mais o perdão do pai, mas queria matar o pai. Absalão não
queria mais reconciliação com o pai, mas decidiu tomar o trono do pai. Nessa
inglória empreitada, Absalão é assassinado por Joabe, comandante do exército
Davi. O rei se desmancha em lágrimas num choro amargo, dizendo: "Absalão
meu filho, meu filho Absalão". Davi declara seu acendrado amor pelo seu
filho tarde demais, quando ele não podia mais ver suas lágrimas, ouvir sua voz
nem sentir o calor do seu abraço. O pai da paz perdeu sua vida numa decisão
infeliz de conspiração contra seu próprio pai. Absalão negou seu nome e fechou
as cortinas da vida de maneira triste e dolorosa. Sua história é um alerta para
todos nós. Não podemos adiar a solução dos problemas de relacionamento dentro
da nossa casa. O perdão, o diálogo e a lealdade devem reger nossos
relacionamentos!” (hernandesdiaslopes)
Esse período de quatro anos teve início ou no retorno dc Absalão de Gesur (2Sm
14.23) ou com a sua reconciliação com Davi (2Sm14.33). A cidade natal de
Absalão, Hebrom, lugar onde Davi foi ungido pela primeira vez como rei de Judá
e sobre todo o Israel. Absalão disse que quando estivera em Gesur havia feito o
voto de que, se fosse restaurado a Jerusalém, ofereceria um sacrifício de ações
de graças em Hebrom, onde os sacrifícios eram costumeiramente feitos antes da
construção do templo. Davi, que sempre incentivava a devoção religiosa, deu o
seu consentimento. Absalão tramou uma conspiração, que incluía levar alguns dos
líderes para dar a impressão de que o rei apoiava a ação, e que, por causa da
sua idade avançada, estava compartilhando o reinado. Tudo isso era um disfarce
sutil para Absalão ter a liberdade para planejar a sua revolta. Absalão
conseguiu fazer tudo isso não pela sua esperteza, mas pela negligência de seu
pai (1Rs 1.6).
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II - A REVOLTA
DE ABSALÃO
||1. A fraqueza
do reinado de Davi. O que se
desenrola nesse capítulo ainda é resquício do pecado cometido por Davi; como
falou Natã, sua vida seria marcada por inúmeros problemas (2Sm 12.10,12). Davi,
ao ocultar seu duplo pecado, pôs-se a levar uma vida relaxada tanto espiritual quanto
publicamente; ele não estava mais julgando as causas como deveria; os problemas
do reino acumulavam-se, aumentando grandemente a insatisfação do povo. O servo
de Deus deve fazer de tudo para proceder corretamente perante Deus e o povo,
pois a fragmentação de sua vida moral e espiritual pode abrir portas a uma
tempestade incontrolável, levando-o a significativas perdas, daí a exigência de
Paulo: “sejamos irrepreensíveis” (1Tm 3.2).||. [Lições
Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
- No contexto da revolta de Absalão mais uma parte da profecia de Natã se
cumpriu. Aconselhado por Aitofel, Absalão possuiu as concubinas de Davi numa
tenda no terraço perante os olhos de todo o Israel (2Sm 16.22). Esse ato
abominável perante Deus também deixou clara a reivindicação de Absalão pelo
trono de Israel. Nossos pecados não ficarão para sempre escondidos; Colheremos
o resultado de nossa maldade, ainda que mais tarde nos arrependamos. Por estas
razões, vamos viver uma vida digna do Deus a quem servimos! Vamos praticar o
verdadeiro arrependimento, que implica numa mudança completa de vida. Como
dizia Lewis W. Dillwyn: "Arrependimento
sem mudança de vida é como ficar bombeando sem consertar o vazamento".
Cada um de nós tem a sua fraqueza e não estamos isentos de pecar; A Bíblia nos
manda “vigiar e orar” para não entrar em tentação. Os pecados de Davi foram
causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se
humilhou em grande arrependimento na convicção de haver pecado.
||2. O Absalão
político. Há o registro
do plano da insurreição de Absalão em 2 Samuel 15.1-12. Ele trabalhou
incansavelmente durante quatro anos para pôr seu plano em prática — a revolta
contra seu pai. De duas maneiras Absalão procura impressionar o povo: primeira,
se exibindo com carros, cavalos e homens que corriam adiante dele; segunda, a
lisonja. O Absalão político agia da seguinte maneira: demonstrava o espírito de
grandeza. Era comum aos reis do Oriente terem servos que iam adiante de seus
carros, que, por vezes, variavam de três a quatro homens. Mas Absalão
apresentava-se com cinquenta (2Sm 15.1). Ainda, exercia uma função que não era
sua. Ele sentava-se à porta da cidade como juiz, mas não o era. Apresentava as
falhas no setor administrativo do rei, dizendo que não havia pessoas capazes
indicadas pelo rei para atender ao povo. Depois, fazia falsa bajulação. Ele
dispensava algo que era digno a todo filho de rei: reverência, antes
demonstrava falsa humildade; tudo não passava de dissimulação. Ainda, falsa
devoção a Deus. Dizia que havia feito um voto a Deus, mas tudo era apenas uma
ação mentirosa para enganar o rei. Finalmente, habilidade em ser sagaz. As
pessoas se deixaram levar por toda essa ação sagaz sem que percebesse seu real
significado.||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro, 2019]
- O conflito não resolvido entre pai e filho afligia o rei, e a despeito da
séria ameaça que Absalão representava ao seu governo, Davi se relutava em
reconhecer que sua autoridade estava seriamente ameaçada.
- Aqueles que governam de maneira carnal e destituída dos valores cristãos,
utiliza todo tipo de artifícios e dissimulações. Absalão levou 4 anos, desde a
concepção até a realização de seu intento. Partiu para Hebrom, cidade real que
ficava no coração das terras de Judá. Nessa tribo, ele se achava influente.
Note, ainda, a astúcia de Absalão: nessa empreitada de ir até Hebram, se fez
acompanhar de 200 homens, leais a Davi, os quais inocentemente aceitaram o
convite, e foram usados como propaganda – quem visse aquele cortejo
naturalmente entenderiam que eles estavam do lado dele e que Davi havia sido
desertado por alguns dos seus melhores amigos. Não algo novo vermos boas
pessoas sendo usadas por outros para encobrir suas práticas perversas. É útil
aqui a recomendação bíblica: não vamos nos apressar em crer em cada espírito;
mas em provar os espíritos.
- Mas um político não se faz sozinho, Absalão corteja um assessor eficaz e
encontrou em Aitofel as qualidades necessárias para levar a diante seu intento.
Um político sábio e alguém que tinha a mente clara, conselheiro de Davi e seu
guia e amigo íntimo (Sl 5.13; 41.9), que por causa de alguma aversão da parte
de Davi em relação a ele, ou dele em relação
a Davi, ele foi banido da vida pública. A política bem-sucedida de Absalão se
vê quando o povo ia se unindo a ele continuamente, o que tornou a conspiração
forte e temível; todos aqueles que foram beneficiados nos julgamentos por
Absalão, não somente vinham eles próprios, mas buscavam influenciar outros, de
maneira tal que Absalão não precisava de pessoas para apoiá-lo.
||3.
Proclamando-se rei. Absalão foi
para Hebrom com permissão de seu pai, mas ele o fez com falso pretexto, para
comandar, de lá, seus emissários. Ele preparou esses homens e, ao seu sinal, ao
som de trombetas, deveria ser proclamado a todo o Israel: “Absalão reina em
Hebrom!”. Por que Hebrom? Esse jovem sabia que, no seu histórico, Hebrom estava
ligada com a monarquia de Israel; foi nela que seu pai fora coroado rei (2Sm
2.4; 5.3) e que seu reinado durou ali sete anos e meio. Absalão tinha
consciência de que havia da parte de Judá um sentimento muito especial por esse
lugar; estrategicamente, buscava apoio naquela região. Ele fez um convite
especial para duzentas pessoas escolhidas a dedo, que eram de influência, mas
não sabiam de nada, e levou também um dos conselheiros do rei Davi, Aitofel.
Desse modo, estava montado todo o projeto para a conspiração de Absalão.||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22
Dezembro, 2019]
- Hebrom foi a cidade escolhida para o encontro de sua facção. Ali ele
havia nascido e também foi lá que Davi começou a reinar, era portanto uma
cidade real e sua posição estratégica no centro de Judá e Absalão teria ali
muitos velhos amigos para lhe dar apoio ao rebelar-se contra o pai.
||4. A lealdade
dos servos de Davi. Ao tomar
conhecimento da ação de seu filho Absalão, Davi apronta para fugir. Sem dúvida
isso era a consequência da espada que viria sobre sua casa, como fora
profetizado. Ao sair Davi de Jerusalém com seus amigos, a primeira parada que
faz é em frente ao Monte das Oliveiras, que tem ligação com a Via Dolorosa (Lc
22.39). Junto com Davi, vai muita gente, mas o texto faz um destaque à lealdade
de um estrangeiro de Gate, cujo nome era Itai. Davi insistentemente solicita que
ele volte a ter com o rei, Absalão, o que não o faz, mas se coloca à sua
inteira disposição com toda fidelidade, afirmando que ficaria ao seu lado, quer
fosse para vida quer para a morte (2Sm 15.21). Isso tocou profundamente o
coração de Davi, pois tal posicionamento deveria partir, isto sim, do seu filho||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22
Dezembro, 2019]
- Ao ouvir que o povo preferia Absalão, Davi decidiu fugir levando consigo
os homens que lhe eram fiéis em Jerusalém. Notadamente Davi não reuniu um
conselho para decidir que atitude tomar, mas, consultando a Deus em seu
coração, decidiu deixar Jerusalém imediatamente (v. 14). Esta decisão tão
contrária ao seu caráter mostra o quão corajoso era – colocou-se como penitente
submetendo-se ao castigo e debaixo da mão corretora do Senhor. Talvez
lembrou-se do seu encontro com Natã, do seu pecado, e da palavra dita pelo
profeta e acatou os desígnios divinos.
“O principal motivo de sua fuga deve ter sido o seu
reconhecimento, que aquela tribulação estava vindo sobre ele por permissão do
Senhor, em razão do cumprimento da profecia que lhe fora transmitida por Natã,
e assim, não estava se submetendo às forças que se encontravam com Absalão, mas
ao potente braço do Senhor, que não era com ele naquela hora difícil, quanto a
impedir tudo aquilo que estava ocorrendo. E na fuga, deixou dez de suas
concubinas em Jerusalém, para cuidarem da casa (v. 16) e foram estas mulheres
que viriam a ser abusadas por Absalão, seguindo o conselho que lhe fora dado
por Aitofel (v. 20 a 23), não por motivações lascivas, senão políticas, de
maneira que manifestasse a todo Israel até que ponto estava decidido em tomar o
lugar do seu pai, e que não recuaria na decisão de matá-lo.” (livrosbiblia)
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III - A MORTE
DE ABSALÃO
||1. Coração de
pai. Davi teve de
montar seu exército para lutar contra o próprio filho, dividindo-o em três
companhias, uma sob a liderança de Joabe, outra, de Abisai, e a última de Itai.
Ele se propõe a ir para o combate, mas o povo não permite. Duas coisas
importantes devem ser entendidas aqui: a primeira é o valor que o povo via em
Davi; sendo ele um grande guerreiro, uma pessoa capaz, ainda que estivesse
pagando um alto preço, as pessoas sabiam do seu valor (2Sm 18.3; 1Sm 18.7;
29.5), e que por causa disso ele era o alvo principal. A segunda é que o povo
queria evitar que o próprio pai tivesse que confrontar o filho. Todos viam a
dor que Davi sentia ao formar aquele exército, para lutar contra seu filho; por
isso, pediu que se tratasse o jovem com brandura.||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22 Dezembro,
2019]
- O experiente general de guerra resolve fazer um ataque em três frentes, uma
estratégia militar comum naquele tempo (veja Jz 7.16; 1Sm 11.11; 13.17). Como
caberia aos reis de então, Davi queria liderar os seus homens na batalha; entretanto,
o povo reconheceu que a morte de Davi seria a derrota certa e Absalão teria a
garantia do trono. As palavras do povo ecoavam o que Aitofel havia dito antes a
Absalão (17.2-3). Então Davi foi persuadido a permanecer em Maanaim. Davi
ordenou que seus três comandantes não ferissem a Absalão, que o tratassem com
brandura. As quatro vezes em que foi usada a expressão "o jovem Absalão" (vs. 5 ,12,29,32)
sugerem que Davi via Absalão de modo sentimental, como um jovem rebelde que
podia ser perdoado.
||2. O preço da
rebelião de Absalão. A batalha de
Absalão pelo trono, ou seja, sua rebeldia em troca do poder, custar-lhe-ia a
vida. Os homens de Davi entraram em combate. A vitória facilitou a vitória de
Davi, pelo fato de a floresta, na qual os homens de Absalão embrenharam-se, ser
traiçoeira. Em alguns relatos bíblicos, forças naturais contribuíram para que o
povo do Senhor fosse vitorioso, como lama, insetos, doenças, o que prova que
Deus age como Ele quer. Vinte mil homens de Absalão foram abatidos (2Sm 18.7,8).
Vendo que estava perdendo a batalha, fugiu sobre um mulo, mas acabou preso nos
ramos de um grande carvalho, suspenso pelos cabelos entre o céu e a terra. Joabe
tomou conhecimento da situação de Absalão, irando-se, porque o homem que lhe
trouxe a notícia não o matara. O mensageiro lhe disse que não poderia ter feito
isso, ainda que fosse para ganhar mil moedas de prata, pois tinha ouvido o
pedido do rei. Joabe, então, foi até Absalão e traspassa-o com dardos. Depois
disso, o combate termina. O fim de Absalão foi trágico, porque ele agira como
usurpador, rebelde; pela lei, deveria morrer (Dt 21.18,21,23; 2Sm 17.2,4). Toda
rebeldia tem seu preço; por isso o melhor é sempre evitá-la||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22
Dezembro, 2019]
- A batalha se deus no bosque de Efraim, assim chamado por causa de algum
feito dos efraimitas, embora ficasse em Gade. Surpreendentemente, em razão da
densidade das árvores e da natureza acidentada do terreno, a perseguição dentro
do bosque resultou em mais mortes do que o combate em si (veja v. 9), de fato,
era o próprio Deus aplicando sua justiça, os perseguia e não permitia que
vivessem. Isso esclarece como Absalão ficou preso pela cabeça, com o seu longo cabelo,
que tinha sido o seu orgulho, enrascado num emaranhado de galhos mais grossos.
Um dos soldados de Davi, que se recusou a desobedecer à ordem do rei registrada
no versículo 5 de tratar Absalão "com brandura", não havia feito nada
pelo príncipe suspenso, deixando-o vulnerável. A lança de Joabe matou Absalão
enquanto os escudeiros de Joabe o golpearam para terem certeza de que estava mesmo
morto. Nessa ação, Joabe desobedeceu a uma ordem direta de Davi.Foi
desentranhado dos galhos e esquartejado, como ocorre com os traidores; mutilado
impiedosamente, recebe sua morte em terror, sentindo toda a sua dor. Absalão
foi sepultado numa cova profunda coberta por pedras, talvez num simbolismo de
apedrejamento, que era o que a lei prescrevia para um filho rebelde. Muitas vezes,
um montão de pedras demonstrava que o cadáver ali sepultado era de um criminoso
ou inimigo (Js 7.26; 8.29). Absalão havia eternizado a si mesmo ao edificar um
monumento em sua própria honra. Nos dias de hoje, existe ali um monumento, um túmulo,
chamado de túmulo de Absalão (talvez no mesmo local) onde judeus ortodoxos
cospem ao passarem.
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CONCLUSÃO
||Com
este episódio, aprendemos que a rebelião aborrece a Deus. Evitemos, pois, o
pecado da rebeldia; busquemos a sabedoria e a prudência divinas, para que não
experimentemos a ira do Deus justo e verdadeiro. Sejamos fiéis e santos||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 12, 22
Dezembro, 2019]
- Rebeldia é pecar contra Deus de propósito, com a intenção de desobedecer;
é escolher o pecado, conhecendo o que é certo. 1Jo 1.0 diz “Se afirmarmos que não temos cometido pecado,
nós o fazemos mentiroso, e sua Palavra não está em nós”, no entanto, o
pecado de rebelião não é para aqueles que experimentaram a salvação, isso por
que a rebeldia é uma afronta direta a Deus, rejeitando Sua autoridade (At 7.51).
A maior forma de rebeldia é conhecer a verdade do Evangelho mas rejeitar Jesus
como salvador.
Pb Francisco Barbosa