ANO 10|Nr 1.340|2019
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
ADULTOS - 4º Trimestre de 2019
Título: O Governo
divino em mãos humanas - Comentário das lições: Osiel Gomes
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L I Ç Ã O 2
13 DE OUTUBRO DE 2019
O NASCIMENTO DE UM LÍDER PROFÉTICO EM ISRAEL
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“E
sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu
nome Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor.” (1 Sm 1.20)
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VERDADE PRÁTICA
O
surgimento de pessoas vocacionadas, como Samuel, pode ser o resultado da
oração, consagração e ensino dos pais no lar.
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LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
1 Samuel 1.20-28
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INTRODUÇÃO
||Antes
de aparecer no cenário de Israel, Samuel já era consagrado diretamente ao
Senhor (1 Sm 1.11). Nesta lição, veremos que esse homem tinha tudo a seu favor
para ser o que foi. Primeiramente, ele foi fruto de oração de sua mãe. Em
seguida, passou toda a sua juventude sob a mentoria do sacerdote Eli, morando
no Santuário Central. Veremos que Samuel era constante na Casa do Senhor e, por
isso, foi grandemente abençoado. O nosso objetivo é que, a partir desta lição,
você e o seu lar sejam grandemente abençoados. Vale a pena criar os filhos no
temor do Senhor; que eles não se afastem da Casa de Deus!||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019.
Lição 1, 6 Outubro, 2019]
- Nesta aula veremos que podemos conhecer a Deus desde criança. Uma
família, embora imperfeita e manchada pelos costumes contrários à vontade
divina, Elcana e Ana desejaram muito um filho, ainda que Ana era
estéril. Penina, a outra mulher de Elcana afrontava Ana diariamente por sua impossibilidade
de gerar e isso era a pior maldição para uma mulher e motivo inclusive para
divórcio. Ana buscou o Senhor e Deus lhe deu a graça de conceber, nasceu
Samuel.Depois de desmamado, foi consagrado como nazireu a Deus e entregue aos
cuidados de Eli para ser educado no serviço ao Senhor. É esta linda experiência
de Ana, que consagrou seu filho a Deus antes mesmo de ser gerado. Que
privilégio, nós como pais, temos de consagrar nossos filhos a Deus! Bom estudo
e crescimento maduro na fé cristã!
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I – O AMBIENTE
FAMILIAR DE SAMUEL
||1. Onde Samuel nasceu? No capítulo um
de 1 Samuel, vemos que o lar onde ele nasceu não era perfeito. Estudiosos dos
costumes bíblicos afirmam que nas famílias dos homens de Deus do passado havia
os mesmos problemas de hoje: conflitos e maus tratos. Poligamia, rivalidade
entre irmãos e oposição entre pais e filhos também estavam presentes nas
famílias daquela época. Tais fatos, porém, não anularam o projeto de Deus para
a família de Samuel. A Bíblia diz que Elcana, pai do jovem juiz, sacerdote e
profeta, era levita da família de Coate (1 Cr 6.22-28), um homem de elevada
posição social e chefe da família de Zofim, que deu origem ao nome da aldeia,
Ramataim de Zofim, que significa altitude ou elevação dupla, isso por causa de
Ramá (elevação). Foi em Ramá que Samuel nasceu, viveu e morreu (1 Sm 1.19; 7.17;
25.1). Assim como seu pai Elcana, Samuel também era levita e vivia no
território da Tribo de Efraim (1 Sm 1.1)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 1, 6 Outubro, 2019]
- Ramataim possivelmente significa "duas alturas"; esse nome só aparece aqui no Antigo Testamento.
Em outras ocasiões a cidade é simplesmente chamada de Ramá. Ficava 8 km ao
norte de Jerusalém. Elcana significa “Deus criou”; ele era o pai de Samuel, de
Zufe - "Zufe" é tanto um lugar (1Sm 9.5) quanto um nome de pessoa (1
Cr 6.35), como aqui. efraimita. Em 1Cr 6.27 Elcana é identificado como membro
do ramo coatita da tribo de Levi. Os levitas viviam entre as outras tribos (Lv
21.20-22). Efraim era a região tribal onde esse levita vivia. Embora a
poligamia não fizesse parte do plano de Deus para o homem (Gn 2.24), ela era
tolerada, embora nunca tenha sido aprovada em Israel (Dt 21.15-17). É provável
que Elcana tenha se casado com Penina porque Ana era estéril. Ela orou por ele
antes dele ser concebido e ele tornou-se um homem de oração. Não à toa, Ana
significa "graça"; provavelmente, ela era a primeira esposa de Elcana.
Já o significado do nome ‘Penina’ é "rubi"; ela era a segunda esposa
de Elcana e a primeira a lhe dar filhos.
||2. A bigamia presente. O autor do
livro de Samuel pontua que Elcana tinha duas mulheres, uma prática que feria o
princípio bíblico, posto que esse nunca foi o ideal de Deus para a família (Gn
2.24; Mt 19.5,6); embora fosse tolerado pela lei (Dt 21.15-17) – alguns homens
na Bíblia foram polígamos, mas tiveram consequências gravíssimas: Abraão, Jacó,
Gideão, Davi, Salomão. A prática comprometedora de Elcana trouxe problema para
si e para a sua mulher, Ana, a quem amava, pois Penina provocava sua rival,
visto que ela tinha filhos, mas Ana, não. Crê-se que o casamento de Elcana com
Penina se dera por causa da esterilidade de Ana. Por vezes nossos lares se
tornam conflituosos devido à falta de prudência e sabedoria de um dos cônjuges.
Por isso, é imperioso que o esposo e a esposa saibam proceder com verdade e
sinceridade, relacionando-se um com o outro em amor (Ef 4.2) e pedindo
sabedoria do alto para a solução de conflitos (Tg 1.5)||. [Lições
Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º Trimestre 2019. Lição 1, 6 Outubro, 2019]
- Ao leitor das Escrituras não pode pairar dúvida alguma sobre o padrão
divino para o casamento: monogâmico e heterossexual: “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei
uma auxiliadora que lhe seja idônea (...) Por isso, deixe o homem pai e mãe e
se una à sua mulher, tornando- se os dois uma só carne” (Gn 2.18-25). O
desvio desse padrão veio pós queda com Lameque, filho de Caim (Gn 4). Na
sequencia histórica, temos diversos outros motivos pelos quais praticou-se a
poligamia, como o político, onde tratados internacionais eram selados com o
casamento, como Salomão que se casou com a filha de Faraó (1Rs 3.1) e Acabe que
se casou com Jezabel, filha do rei dos sidônios (1Rs 16.31), além das mulheres
que já tinham. Outro caso em que culturalmente era permitido um segundo
casamento acontecia quando a esposa era estéril, como acontece com a família de
Elcana. No entanto, nenhum destes casos justifica a poligamia, pois se trata de
um desvio do padrão monogâmico. Neste caso, não foi falta de prudência ou
sabedoria de um dos cônjuges, já que era algo cultural do Oriente e regulado
pela Lei de Moisés (Ex 21.7-11; Dt 21.15-17; Lv 18.18; cf. Gn 30.1). Como
devemos lidar com esses exemplos de poligamia no Velho Testamento? Há três
perguntas que precisam ser respondidas. (1) Por que Deus permitiu poligamia no
Velho Testamento? (2) Como Deus enxerga poligamia hoje? (3) Por que houve uma
mudança? Leia
aqui.
||3. Uma família piedosa. Apesar de todas
as querelas presentes na família de Samuel, há um destaque especial para o seu
lado piedoso: de ano em ano subiam todos à Casa do Senhor para O adorar. Siló*
era o centro religioso da nação, que distava de Betel 18 quilômetros ao norte.
Essa família subia para prestar culto ao Senhor dos exércitos. Apesar das
dificuldades, pais e filhos não devem deixar de ir à casa de Deus, pois ali,
Deus fala conosco! No tocante à piedade, Paulo diz que ela é proveitosa para
tudo (1 Tm 4.8). A palavra “piedade”, do grego eusebeia, remete à reverência,
respeito, temor e fidelidade a Deus. Assim, se no lar existe a verdadeira
piedade, não haverá desrespeito aos pais nem abandono dos filhos em sua velhice
(1 Tm 5.4).||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 1, 6 Outubro, 2019]
- Todos os homens israelitas eram obrigados a comparecer a três festas
anuais no santuário central (Dt 16.1-17). Elcana comparecia com regularidade a
essas festas com suas esposas. A festa mencionada aqui seria provavelmente
festividades
relatadas em 1.9. Siló localizava-se cerca de 32 km ao norte de Jerusalém, em
Efraim; ali ficavam o tabernáculo e a arca da Aliança (Js 18.1; Jz 18.31).
“Shiloh foi o centro do culto israelita. O povo aqui se
reunia para as festas obrigatórias e sacrifícios, e aqui os lotes foram
sorteados para as diversas áreas tribais e para as cidades levíticas. Este era
um ato sagrado, como Deus revelaria os lotes nos quais ELE iria escolher para
dividir a terra entre as tribos.” (CAFETORAH)
- A piedade de Elcana pode ser vista em seu amor dedicado à Ana, sua esposa
estéril, motivo que garantia o divórcio. No entanto, ele a amava; É o amor é
que sustenta um casamento diante das adversidades da vida. É estranho, mas,
Elcana é um exemplo de marido! Cuidava da vida espiritual da família (1Sm
1.4,5); cuidava da vida emocional de sua esposa estéril (1Sm 1.8); cuidava para
que Ana tivesse maturidade espiritual (1Sm 1.21-23); acreditava e incentiva os
projetos de Ana (1Sm 1.23a). Note, ainda, que de acordo com a Lei, Elcana
poderia ter declarado o voto de Ana uma promessa imprudente e tê-la proibido de
realizá-lo (Nm 30.10-15). O fato de ele não ter feito isso demonstra o seu amor
e estima por ela.
“As palavras piedoso e piedade aparecem poucas vezes no Novo
Testamento; porém a Bíblia toda é um livro sobre piedade. E quando, estas
palavras aparecem, estão carregadas de significado e instrução. O apóstolo
Paulo, falando da essência da vida cristã em um breve parágrafo, concentra-se
na piedade, dizendo que a graça de Deus “nos ensina a renunciar a impiedade e
as paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa”, enquanto
aguardamos a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo (Tito 2.11-13).” (IPCUIABA)
- ‘Piedade’ é demonstrada numa vida de devoção a Deus, é uma atitude
pessoal para com Deus, que resulta em ações agradáveis a Ele.
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II - SAMUEL:
FRUTO DE ORAÇÃO
||1. A humildade de Ana. Descrita no
primeiro capítulo como uma mulher forte, firme, decidida, apesar de toda
provocação de Penina, Ana se mostrou humilde. Penina, sua rival, fazia de tudo
para que Ana se irasse (1 Sm 1.6), perdesse o controle, mas o que esta fazia
era subir à Casa de Deus (1 Sm 1.9,10). Uma mulher cristã, espiritual, sempre
busca sabedoria para proceder com prudência, como mulher piedosa (Pv 31.30).
Ela evita responder aos ataques de outras, mas dirigi-se à pessoa certa, derramando
o seu coração diante de Deus (1 Sm 1.12,13)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 1, 6 Outubro, 2019]
- Interessante que somente nos primeiros capítulo de 1º Samuel Ana aparece,
no entanto, sua história a fez uma das mulheres mais conhecidas da Bíblia.
Certamente ela foi uma mulher humilde, mas a virtude que mais se sobressai é a
sua fé e perseverança. Determinada, não desanimou e derramou toda a sua fé no
Deus do impossível. Note também, depois das palavras ditas por Eli, Ana agiu
como se já tivesse alcançado seu objetivo em Deus. É possível constatarmos a
sua gratidão e a firmeza das suas palavras depois de receber a bênção de Deus.
- Sabedoria é o conhecimento iluminado por Deus, é olhar párea a vida com
os olhos de Deus, é ver a vida como Deus a vê. Não é sinônimo de conhecimento,
mas o uso correto do conhecimento. Esta sabedoria é dada por Deus e deve ser
buscada (Ef 1.17).
||2. Ana e sua amargura de alma. Toda a situação
na qual vivia fez com que sua alma tivesse grande amargura. Aqui, a palavra é a
mesma que aparece em Êxodo 15.23 e Rute 1.20. No caso de Ana, pode ser
entendida como desapontamento, frustração. No santuário, ela orava ao Senhor
apenas com os lábios, o que não era comum para os hebreus. Esse ato incomum fez
Eli pensar que ela estivesse embriagada. Mas com reverência, ela explicou sua
dor, de modo que o sacerdote lhe respondeu: “Vai em paz, e o Deus de Israel te
conceda a tua petição que lhe pediste” (1 Sm 1.17). Assim, aprendemos que as
nossas amarguras e ansiedades devem ser colocadas perante o soberano Senhor.
Ele sabe como tratar conosco (1 Pe 5.7)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 1, 6 Outubro, 2019]
- Como Eli pode pensar que Ana estivesse embriagada? Normalmente, a oração
pública em Israel era audível. Entretanto, Ana orava em silêncio, apenas
mexendo os lábios, e isso fez Eli imaginar que estivesse embriagada. A Bíblia
indica que Ana tinha dois grandes problemas na vida. Sobre o primeiro, ela
tinha pouco controle; e sobre o segundo, nenhum. O seu nome, assim como o seu
modo de ser, nos apresenta uma mulher graciosa, amável, mansa e generosa. Apesar
de possuir estas tão boas características, ela vivia com a alma amargurada.
“Ela estava num casamento polígamo, e a outra esposa de seu
marido a odiava. Além disso, Ana era estéril. Essa situação é difícil para
qualquer mulher que deseja ter filhos, mas na cultura e na época de Ana era
algo ainda pior porque todos esperavam ter descendência para dar continuidade
ao nome da família. Ser estéril era uma grande vergonha. [...] Quer Elcana
soubesse de toda a crueldade de Penina, quer não, uma coisa é certa: Deus sabia
de tudo. Sua Palavra expõe o que aconteceu, dando assim um forte aviso a todos
os que praticam atos aparentemente pequenos de ódio e ciúme. Por outro lado,
pessoas inocentes e pacíficas como Ana podem sentir-se consoladas por saber que
o Deus de justiça resolve todos os assuntos no seu tempo e à sua maneira.
(Deuteronômio 32:4) Ana com certeza sabia disso, pois foi ao Senhor que ela
procurou em busca de ajuda.” (BIBLIOTECABIBLICA)
||3. O pedido de Ana. Ana pediu um
filho para Deus. Nesse pedido ela fez um voto, mencionando duas promessas:
primeira, se o pedido fosse atendido, ela dedicaria o seu filho como levita
para sempre (1 Sm 1.22) – note que o ministério de levita durava até 50 anos
(Nm 4.3); segunda, ele seria um nazireu de Deus (1 Sm 1.11) – observe que o
nazireado tinha um tempo determinado também (Nm 6.2-5). Deus ouviu o pedido de
Ana e agiu em seu favor; a expressão “lembrou-se dela” aponta para o socorro
divino. Como é maravilhoso entregar tudo a Deus, levar-lhe nossas causas, pois
Seu agir é certo! Deus ainda intervém!||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 1, 6 Outubro, 2019]
- Ana prometeu ao Senhor que, se Ele lhe desse um filho, ela o daria a Ele
em troca desse favor. De acordo com Números 30.6-15, o voto de uma mulher
casada podia ser confirmado ou anulado pelo marido. Notemos a maneira humilde e
submissa de falar de si na presença do Soberano – “tua serva”. Ana pediu
atenção e cuidado especial do Senhor, por todos os dias da sua vida. Um contraste
com o voto normal nazireu, que era apenas, por um período de tempo (Nm
6.4-5,8). Embora não esteja especificado nesse capítulo, o voto nazireu é
certamente pressuposto “sobre sua cabeça não passará navalha”. O ato de não
raspar os cabelos da cabeça é um dos três requisitos do voto (Nm 6.5). Essa
expressão foi usada em outra passagem apenas a respeito do nazireu Sansão (Jz
13.5; 16.17).
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III - A
DEDICAÇÃO DE SAMUEL
||1. O nascimento de Samuel. O versículo 20
diz que, passado algum tempo, Ana concebeu, teve um filho, e o nomeou de
Samuel, que pode significar “ouvido de Deus” (do heb. Shemu´á-el) ou “seu nome
é poderoso” (do heb. Shemu-´el). Atente para o sufixo el, tanto no caso de Shemu´á-el
quanto no de Shemu-´el. A ênfase aqui recai para um nome poderoso, ou seja, ao
poder do Eterno, que deve ser adorado para sempre. Isso mostra que Samuel
cresceu, fortaleceu-se e confiou no Deus Todo-Poderoso, como indica o seu
próprio nome||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 1, 6 Outubro, 2019]
- Esse nome significa, literalmente, "nome de Deus", mas soava
como "aquele que foi ouvido por Deus". Para Ana a assonância era o
mais importante, pois Deus ouvira a sua oração.
- “Samuel é o personagem mais importante entre Moisés e Davi.
Ele foi o Lutero ou o João Batista de seu tempo. Toda a sua carreira, desde o
nascimento até a morte, nos eleva acima dos baixos níveis típicos desse
período. A estéril Ana, com o anseio de uma hebréia por um filho, pede-o a Deus
e depois o devolve a Deus. Assim, Samuel foi criado no tabernáculo em Silo. O
sumo sacerdote, Eli, também era o "juiz" daqueles dias. Ele foi o
primeiro a concentrar as duas ocupações numa só pessoa. O idoso Eli, embora pessoalmente
fosse puro, permitiu que os gravíssimos pecados de seus filhos passassem em
branco, sem repreensão. Através do menino Samuel, Deus revelou a sentença
contra a casa de Eli. Esta ocorreu durante a famosa batalha de Afeque, quando
os filisteus mataram os filhos de Eli e capturaram a arca. Eli caiu morto ao
receber a notícia. Os anos de trevas que se seguiram foram amenizados com a
esperança crescente em Samuel, chamado para ser um profeta de Deus” (WEBARTIGOS)
- “O nascimento do filho de Ana é parte de uma longa história
de homens e mulheres de Deus que oraram por uma criança como um presente divino
(Gn 12.1-3). Quando Ana teve o filho, ela o chamou Samuel, que significa ouvido
por Deus. Ela explicou que o chamou assim porque o tinha pedido ao Senhor. Há
um jogo de palavras nesse versículo, pois o nome Samuel soa como as palavras em
hebraico pedido a Deus (1 Sm 1.28).” (BIBLIOTECABIBLICA)
||2. O cumprimento do voto. A partir do
versículo 21, nota-se que Elcana, marido de Ana, subiu à casa de Deus para,
juntamente com toda a sua casa (com a exceção de Ana, que só subiria após
desmamar o menino) apresentar sacrifícios anuais e cumprir o seu voto. Pelo
texto da Septuaginta, Elcana cumpriu seus votos e também entregou os dízimos do
produto da terra (Dt 12.26,27). Esse procedimento consistia em entregar os
dízimos do produto da terra, conforme se esperava que todo levita fizesse (Nm
18.26; Ne 10.38). Após ser desmamado, aproximadamente três anos mais tarde,
Samuel foi levado por seus pais à Casa de Deus, e entregue ao sacerdote Eli
como cumprimento do voto feito por sua mãe. Assim, o casal cumpriu conforme o
prometido: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo” (Ec
5.4a)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 1, 6 Outubro, 2019]
- Elcana apoiou a esposa e se uniu a ela no voto ao Senhor. Depois do
nascimento de Samuel, ele fez a sua oferta voluntária ao Senhor (Lv 7.16). As
promessas feitas a Deus têm sérias implicações. A base no Antigo Testamento
para essa advertência é encontrada em Dt 23.21-23; Jz 11.35. Ananias e Safira
descobriram isso do modo mais difícil (At 5.1-11).
||3. Dedicação de Samuel. Ana lembrou a
Eli de que esteve perante a sua presença, orando ao Senhor para que “se
lembrasse dela”. Assim, Ana dedicou Samuel a Eli para o serviço no templo,
devolvendo-o para o Deus Todo-Poderoso. Era uma dedicação irrevogável. Como é
bom quando os pais se dedicam as coisas de Deus e, consequentemente, mostram
aos seus filhos, na prática, uma vida de devoção sincera. Ao chegarem ao
templo, em reverência, oram a Deus; em casa, fazem o culto doméstico; primam
por viver o Evangelho de Jesus Cristo. Os filhos que crescem, vendo tal
dedicação sincera, naturalmente, são estimulados a temerem a Deus e a amá-lo de
todo o coração. Mostremos, portanto, reverência, humildade e honra ao Senhor
nosso Deus!||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 1, 6 Outubro, 2019]
- As crianças hebreias eram normalmente desmamadas por volta dos dois ou
três anos de idade. Ao cumprir seu voto, Ana deu um testemunho do que Deus
havia feito por ela. Ao contar aos outros, ela exaltou a Deus e o louvou pela
graça que Ele lhe concedeu. Quando no versículo 28 ela diz: “Ao Senhor eu o entreguei”, ela afirma
que fez uma completa entrega da criança a Deus, esta é a idéia do verbo
hebraico traduzido como ‘entreguei’.
“Dentro do contexto da sua oração, Ana fez um voto a Deus.
Ela prometeu que, se Deus lhe desse um filho, a criança seria dedicada a Ele.
Os levitas costumavam trabalhar dos 25 aos 50 anos (Nm4-3; 8.24-26). Ana
dedicou seu filho à obra de Deus enquanto ele vivesse. (A Bíblia fala apenas de
outra pessoa a serviço de Deus por toda a vida, o juiz Sansão — Jz 13— 16.) As
palavras sobre a sua cabeça não passará navalha se referem à lei do nazireado.
O voto do nazireado envolvia um período de tempo determinado (normalmente não
mais do que algumas semanas ou meses), durante o qual havia o comprometimento
de a pessoa se abster completamente do vinho, de cortar o cabelo e de tocar
qualquer corpo morto. Ana prometeu que seu filho seria um nazireu por toda a
vida.” (BIBLIOTECABIBLICA).
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CONCLUSÃO
||Com esta lição, somos estimulados a
apresentar a Deus as nossas petições. Uma vez abençoados, voltarmos à sua Casa,
conforme o exemplo de Ana, para agradecê-lo pelas orações respondidas. Nesse
sentido, nossa vida deve ser um testemunho aberto aos nossos filhos acerca da
dedicação, reverência e humildade ao Deus Todo-Poderoso. Ana teve dois
privilégios: ter um filho e, além disso, vê-lo ungido por Deus para o
ministério. Por intermédio de sua família, Deus pode levantar novos
vocacionados||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 4º
Trimestre 2019. Lição 1, 6 Outubro, 2019]
- “Agora Samuel está morando com o sacerdote Eli. Lá no templo
ele ajudava o sacerdote Eli nos ofícios litúrgicos. Samuel ministrava perante o
Senhor, sendo ainda menino, vestido de uma estola sacerdotal de linho (1 Samuel
2.18). Literalmente um aprendiz de sacerdote. Vestido como ele, fazendo as
coisas que ele fazia. Samuel foi ensinado a amar as coisas de Deus. Assim deve
ser na nossa casa, ensinado os nossos filhos no caminho em que devem andar,
para quando forem mais velhos não se desviarem dele (Provérbios 22.6). As
crianças são a igreja do hoje e do amanhã, elas precisam ser acolhidas e
ministradas em todas as áreas de sua vida. Pr. Rodolfo nos falou há poucas
semanas sobre os trabalhos integrados dos cultos, das células e das famílias
com as revistas de devocionais. Temos uma visão clara de que a responsabilidade
primeira da educação cristã dos filhos é dos pais com o apoio da igreja, por
meio das celebrações e das células. O texto relata que Samuel crescia em
estatura e no favor do Senhor (1 Samuel 2.26). Que Deus nos ajude para que
nossas crianças sejam assim também.” (IPILON)
- Concluindo, vemos a alegria de Ana, no entanto, não esqueçamos que antes
sua alma estava amargurada e desesperançada. Antes da vitória tem as lutas. Mas
importante lembrar que, nós os remidos por Cristo, temos firme esperança, como
Paulo orou em Efésios 1.17-18, precisamos receber de Deus um ‘espírito de sabedoria... coração’, para
que tenhamos a disposição do conhecimento piedoso e a percepção do que uma
mente santificada é capaz, e assim, entender a grandeza da esperança (Rm 8.29;
1 Jo 3.2) e da herança que temos em Cristo. Uma mente iluminada espiritualmente
é o único meio do verdadeiro entendimento e apreciação da esperança e da herança
em Cristo e de viver de maneira obediente a ele.
Pb Francisco Barbosa