ANO 10|Nr 1.341|2019
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS
- 4º Trimestre de 2019
Título: Poder, Cura e
Salvação - Comentarista: Henrique Pesch
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L I Ç Ã O 2
13 DE OUTUBRO DE 2019
E TODOS FORAM CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO
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“E todos foram cheios
do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito Santo
lhes concedia que falassem.”
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SÍNTESE
Conforme havia
prometido Jesus, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo veio, todos foram
cheios e falaram em novas línguas.
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TEXTO BÍBLICO
Atos 2.1-13
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INTRODUÇÃO
||Conforme Jesus havia prometido, no
dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi derramado sobre aqueles que aguardavam
a promessa. Esse evento foi a confirmação de que os discípulos seriam cheios de
poder para poderem testemunhar com ousadia e impactar seus ouvintes acerca do
que conheciam. Alguns sinais foram experimentados apenas naquele dia, como o
som semelhante a um vento impetuoso e as línguas partidas como que de fogo
sobre a cabeça deles, mas a promessa da vinda do Espírito Santo como
revestimento de poder, com o falar em línguas estranhas, continua real em
nossos dias. A descida do Espírito Santo marcou o início de um novo tempo em
que aqueles primeiros cristãos seriam capacitados e impelidos a levaram o
Evangelho. A divulgação das Boas Novas não ficaria restrita a Jerusalém ou
somente a Israel, mas para toda a terra (At 1.8). A vinda do Espírito tem essa
finalidade na vida do crente, de fazê-lo testemunhar do amor de Cristo a todos,
sem distinção.||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 2, 13
Outubro, 2019]
- O batismo com o Espírito Santo tem sido uma doutrina bem discutida desde
que surgiu o movimento da Azusa Street.
Nós pentecostais temos ensinado com muita ênfase a atualidade dessa doutrina e
a necessidade de buscarmos o batismo com o Espírito Santo. No entanto, cresce o
número de igrejas pentecostais que já não enfatizam esse ensino e/ou não
experimentam essa realidade. Alguns crentes não têm o entendimento correto
sobre o que é o batismo e por que devemos buscá-lo e acaba sendo confundido com
outras coisas ou recebendo um ensino distorcido. Com esta lição, abordaremos a
importância do batismo com o Espírito Santo para os nossos dias, dentro de uma
perspectiva bíblica e pentecostal. Bom estudo e crescimento maduro na fé
cristã!
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I – A
EXPECTATIVA PARA A PROMESSA
||1. Unidos no mesmo propósito. A partir do momento que Jesus ordenou que os apóstolos não se
ausentassem de Jerusalém, eles permaneceram unidos ali. Voltaram para a cidade
juntos, foram ao cenáculo juntos, decidiram o substituto de Judas juntos (At
1.24,25) e continuaram juntos no dia de Pentecostes quando desceu o Espírito
Santo. Há poder na unidade. O salmista declara que “quão bom e quão suave é que
os irmãos vivam em união!” (Sl 133.1). Deus se agrada quando seus filhos estão
unidos, e Ele se manifesta quando estão imbuídos no mesmo propósito. Certa vez,
Jesus afirmou: “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca
de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos
céus” (Mt 18.19). No cenáculo, todos estavam no mesmo propósito, em concordância
aguardando a promessa do Espírito Santo||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 2, 13
Outubro, 2019]
- “Todos reunidos no mesmo lugar”
(At 2.1) -isso indica não só união, mas unidade no Espírito Santo. Acabaram-se
as diferenças pessoais e ali estavam todos juntos, reunidos. Pedro, João, Tomé,
Felipe, Tiago, todos unidos.
“A Igreja unida, esperançosa e que presta culto passou pelo
batismo do Espírito segundo a promessa de Cristo (1.5). Significou: 1) A
presença e atuação do Espírito dentro do crente (Jo 14.17), não apenas
exteriormente (cf. Jz 6.34; 15.14; Ez 36.26); 2) Presença contínua em vez de
esporádica; 3), Habitou em toda a igreja (1 Co 3.16; 12.12, 13), antes somente
em indivíduos excepcionais; 4) Sua presença enche a Igreja de vida, provendo
poder para propagar o evangelho; (4); confrontar o mundo sem temor (14), ganhar
almas (41) e operar milagres (43). Conclui-se que há apenas um batismo da Igreja
e dos indivíduos, mas repetidas plenitudes para serviço (Ef 5.18) e exercício
dos dons do Espírito (1 Co 12.7-11). Línguas (gr heterais glõssais “línguas
diversas'). Ou ajudou aos apóstolos a comunicarem a mensagem ou aos ouvintes
entenderem, ouvindo seus próprios dialetos (cf. 1 Co 14.23) Estas línguas
“estrangeiras” antecipam a penetração do evangelho em toda tribo, nação, povo e
língua; contraste o julgamento em Babel (Gn 11.7-9)”. (BIBLIOTECABIBLICA)
||2. Oração, indispensável para o
cumprimento da promessa. Alguém já sugeriu que a oração é a
forma que temos de tocar os céus. Sim, a oração do crente é ouvida por Deus,
mesmo naqueles momentos que nos sentimos fracos espiritualmente, o Senhor está
com seus ouvidos atentos à nossa voz. O profeta Isaías nos lembra: “Eis que a
mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido,
agravado, para não poder ouvir” (Is 59.1). A Bíblia relata que aqueles homens e
mulheres “perseveraram unanimemente em oração e súplicas” depois de ter
recebido do próprio Jesus a certeza da vinda do Espírito Santo. Nunca devemos
pensar que somente pelo fato de termos recebido uma promessa divina não
precisamos mais orar. Ao contrário, a oração deve ser a “mola propulsora” do
crente que deseja que Deus realize todos os seus planos em sua vida. Mesmo
aquela oração breve, mas com fervor, é válida. Como disse o pregador e escritor
John Bunyan: “Na oração, é melhor ter um coração sem palavras do que palavras
sem um coração”||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 2, 13
Outubro, 2019]
- Além desta, são de Bunyan outras frases igualmente magistrais, como as
seguintes sobre a oração: "As
melhores orações geralmente têm mais gemidos do que palavras"; "Aquele que corre de Deus pela manhã
dificilmente vai encontra no resto do dia"; "Você pode fazer mais que orar, depois de ter orado, mas você não pode
fazer mais que orar antes de orar", e "A oração faz o homem parar de pecar, mas o pecado leva um homem a parar
de orar".
||3. A imprevisibilidade da sua
chegada. O texto nos mostra que aqueles
homens e mulheres estavam numa grande expectativa pelo cumprimento da promessa.
Todos juntos no mesmo lugar, em oração, e restava apenas a vinda daquEle que é
o Consolador e que os encheria de poder. E, de repente, sem aviso prévio, veio
um som do céu “como de um vento impetuoso” (At 2.2). Embora aquelas pessoas
aguardassem a promessa, elas não tinham ideia de quando ia acontecer de fato.
Deus age assim em nossas vidas; de repente, Ele cumpre e envia sua bênção sobre
nós. E muitas vezes isso acontece quando apenas descansamos nos seus braços e
aguardamos o seu tempo||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 2, 13
Outubro, 2019]
- “um som, como... vento
impetuoso” A símile de Lucas descreve a ação de Deus de enviar o Espírito
Santo. Na Escritura, com freqüência o vento é usado como uma figura do Espírito
(Ez 37.9-10; Jo 3.0).
“O texto esclarece que não ouve vento mesmo, só seus efeitos
sonoros. Vento fala de muitas coisas:
a) Força impulsora, como nas velas dos barcos e nos
moinhos.
b) O vento separa a palha do grão (Sl 1.4 e Mt 3.12). Ele
separa o leve do pesado.
c) O vento move e movimenta águas e árvores.
d) O vento fertiliza, levando o pólen, a vida (Ct 4.16 e Jo
3.5,8).
e) O vento limpa árvores e campos.
f) O vento não tem cor, logo pode significar também a
ausência de favoritismo, individualismo e discriminação.
g) O vento não pertence a um clima único. Ele é universal.
h) O vento move-se continuamente (Ec 1.6 e Gn 1.2).
i) O vento não tem cheiro, mas espalha perfume. Aqui
podemos lembrar do papel do Altar do Incenso no Tabernáculo.
j) O vento quando se move é infalivelmente sentido, notado.
l) O vento refresca e suaviza o calor.
m) O vento (ar) alimenta e vivifica pulmões e a vida
orgânica. Em Ezequiel 37.8-10, vemos nos corpos ossos, nervos, carne, pele, mas
não vida, até que o Espírito assoprou sobre eles. Aleluia! Há muitos crentes
por aí que têm de sobra “ossos”, “nervos”, “carne” e “pele”, mas falta-lhes a
vida abundante do Espírito.
n) O vento é misterioso (Jo 3.8).
Devemos ter cuidados com as falsificações, com os ventos
nocivos (Mt 7.25 e Ef 5.14).” (Pr Antonio Gilberto - CPADNEWS)
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II – CHEIOS DO
ESPÍRITO SANTO
||1. Sinais da presença do Espírito
Santo. Quando da descida do Espírito Santo
no dia de Pentecostes, alguns sinais sobrenaturais aconteceram. Primeiro um
“som” do céu como de um vento. Depois do som, diz o texto diz que foram vistas
“língua repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles”
(At 2.3). João Batista já havia falado do batismo “com o Espírito Santo e com
fogo” (Mt 3.11). Na Bíblia, o fogo simboliza “purificação” e é um sinal da
atuação divina||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º
Trimestre 2019. Lição 2, 13 Outubro, 2019]
- “O Espírito Santo veio primeiramente como um som. Para quê?
Para despertar os dormentes, acordar do sono espiritual, alertar do perigo,
avisar, convocar para o trabalho, reunir (1Co 14.8) e para a Igreja louvar a
Deus com “música de Deus” (1Cr 16.42 e Cl 3.16)” (Pr
Antonio Gilberto - CPADNEWS)
- Os discípulos não podiam compreender o significado da vinda do Espírito sem
que o Senhor ilustrasse soberanamente com um fenômeno visível o que estava
acontecendo. Assim como o som, o vento também era simbólico; não se tratava de
línguas de fogo literais, mas indicadores sobrenaturais, como de fogo, de que
Deus estava enviando o Espírito Santo sobre cada crente. Na Escritura, o fogo
muitas vozes indica a presença divina (Êx 3.2-6). O uso que Deus faz com a
aparência de fogo aqui é paralelo ao que ele fez com a pomba quando Jesus foi
batizado (Mt 3.11; Lc 3.16).
||2. Falando em outras línguas. A Bíblia relata que “todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a
falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”.
Esse sinal, as línguas estranhas, demonstrou claramente que era algo divino
acontecendo naquele local, pois aqueles homens, de repente, começaram a emitir
palavras de uma língua desconhecida. Falavam aquilo que o Espírito Santo
concedia que proferissem. O termo usado no grego refere-se a um falar inflamado
ou entusiasmado. Eles não estão pregando, mas exaltando a Deus no poder do
Espírito naquele momento especial. Não foi a jubilosa oração em línguas do
grupo de discípulos que levou aquelas pessoas ao arrependimento, mas a pregação
poderosa de Pedro. Porém as línguas foram sim um sinal de que aquele
acontecimento era divino. Por isso, afirmamos que o batismo no Espírito Santo
tem, como evidência inicial, o falar em novas línguas||. [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Outubro, 2019]
- Quando o Espírito Santo desceu como um vento forte e línguas de fogo e os
discípulos começaram a falar em outras línguas que não conheciam (At 2.1-4). Os
discípulos foram do alto... revestidos de poder (Lc 24.49; At 1.8), que os
capacitou a testemunhar de Cristo, a produzir nos perdidos grande convicção no
tocante ao pecado, à justiça, e ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado
para a salvação em Cristo (At 1.8; 4.13,33; 6.8; Rm 15.19; Jo 16.8). Os judeus que
moravam em outras nações que ali estavam para celebrar o Pentecostes ficaram
surpreendidos porque cada um ouvia a língua de seu país; Então Pedro pregou o
evangelho para a multidão e nesse dia três mil pessoas se converteram. A
conversão foi fruto da pregação do Evangelho – “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm
10.17). Note que Paulo ensina em 1 Co 14.22 que as línguas são um sinal, e sinal
para os infiéis: “De sorte que as línguas
são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal
para os infiéis, mas para os fiéis”. As línguas dentro da congregação
tornam-se um sinal negativo para os incrédulos, porque os convencem que estão
separados de Deus e portanto não podem compreender o que está acontecendo. As
línguas como um sinal para o crente indica que o Espírito Santo está sendo
derramado (At 10.44-46; 11.15-17) e manifestado entre o povo de Deus (At
12.7,10).
||3. Alcançando outras nações. Interessante perceber que havia naquele dia pessoas de muitas nações,
em torno de 15 regiões do vasto Império Romano. E eles entenderam o que fora
dito em suas línguas maternas. Aquele episódio marcou o começo da Igreja cristã
e o início de uma obra multilíngue de âmbito internacional que continua até os
nossos dias. Mais tarde Pedro, cheio do Espírito Santo, profere um sermão
poderoso que atinge o coração daqueles homens e ao final quase 3 mil pessoa
creem e foram batizadas (At 2.41)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º
Trimestre 2019. Lição 2, 13 Outubro, 2019]
- “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e
ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e
até os confins da terra” (At 1.8). O Principal objetivo do batismo com o
Espírito Santo é a evangelização, pois o batismo é o revestimento de poder para
que o crente possa ganhar almas.
-“Lucas procura enfatizar a variedade de culturas e línguas
da multidão ali reunida. Embora fossem todos judeus da dispersão que estavam em
Jerusalém, eles vinham “de todas as nações do mundo” (v. 5), ou seja, do mundo
greco-romano situado ao redor da bacia do Mediterrâneo. É óbvio que não estavam
presentes pessoas de “todas as nações” no sentido literal, mas representantes
de várias nações, pois Lucas inclui deliberadamente em sua lista os
descendentes de Sem, Cam e Jafé, e apresenta uma “lista de nações” comparável à
encontrada em Gênesis 10. Desde a época dos pais da igreja primitiva a bênção
de Pentecostes tem sido considerada como uma reversão deliberada e dramática da
maldição de Babel. Na torre, os idiomas humanos foram confundidos, e as nações
se espalharam; em Jerusalém, a barreira da língua foi superada de maneira
sobrenatural, como um sinal de que as nações se uniriam em Cristo.” (ULTIMATO)
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III - O
PROPÓSITO DO ESPÍRITO SANTO
||1. Toda pessoa nascida de novo tem o
Espírito Santo. Toda pessoa que aceita a Jesus
Cristo como seu único e suficiente Salvador passa a ser templo, morada do
Espírito Santo (1Co 6.19). É o Espírito Santo que nos dá a certeza de que somos
filhos de Deus pelo amor que nos foi derramado (Rm 5.5). Não existe a possibilidade
de ser um crente sem ser a morada do Espírito Santo. Segundo Tiago, o Espírito
Santo tem ciúmes daqueles em quem habita (Tg 4.5)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º
Trimestre 2019. Lição 2, 13 Outubro, 2019]
- Em 1 Coríntios 3.16-17 Paulo explica que o corpo do crente é o santuário,
ou templo do Espírito Santo. No Antigo Testamento, o santuário era um lugar
sagrado, que Deus abençoava com Sua presença. O corpo do cristão é sagrado
porque Deus está presente com ele. Quem atenta contra o corpo do crente (contra
sua vida), atenta contra Deus. No capítulo 6.19 Paulo diz “não sois de vós mesmos”, para ensinar que o corpo do crente
pertence ao Senhor (v. 13), é um membro de Cristo (v. 15) e templo do Espírito Santo.
Todo ato de fornicação, adultério ou qualquer outro pecado é cometido pelo crente
no santuário, o Santo dos Santos, onde Deus habita. O fato de recebermos o
Espírito Santo em nós é uma prova maravilhosa do amor de Deus por nós
(8.9,14,16-17; Jo 7.38-39. ICo 6.19-20; 12.13; Ef 1.18).
||2. O batismo com o Espírito Santo
como revestimento de poder. No Evangelho de Lucas, Jesus afirma
aos seus discípulos que eles receberiam a promessa do Pai e seriam revestidos
de poder (Lc 24.49). Esse poder os ajudaria a cumprir a missão de pregar a
Palavra de Deus a todas as nações sem a presença visível de Cristo, mas com a
presença invisível do Espírito Santo (Mt 28.18-20). Myer Pearlman declara que
“a característica principal dessa promessa é o poder para o serviço, e não a
regeneração para a vida eterna”. Cremos no batismo com o Espírito Santo como
uma experiência distinta da salvação e que tem o objetivo de capacitar o crente
com poder para que ele testemunhe de Cristo e sirva à Igreja para a edificação
do Corpo de Cristo||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 2, 13
Outubro, 2019]
- Quem primeiro fala sobre o batismo com o Espírito Santo diretamente é
João Batista (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Este conteúdo bíblico deixa
claro sua legitimidade como doutrina fundamental cristã. Os pentecostais
clássicos acreditam no batismo com o Espírito Santo como uma benção distinta da
regeneração e evidenciado no falar em outras línguas. Esta promessa não ficou
restrita somente aos dias dos discípulos, mas está disponível para os crentes de
todas as épocas. “Pois para vós outros é
a promessa,...” (At 4.39). Os crentes de Samaria receberam a promessa (At
8.15,17); na casa de Cornélio, os gentios (At 10.44-48); e na cidade de Éfeso (At
19.2-7). R. C. Sproul diz que “de maneira
geral, as diferentes igrejas concordam que o significado do batismo do Espírito
Santo é capacitar o povo de Deus para cumprir o ministério que Cristo confiou à
sua Igreja”. Ele também afirma que todos os redimidos recebem o Espírito
Santo, não somente através da regeneração e da própria habitação do Espírito em
si mesmo, mas também na dádiva de poder participar no ministério de Cristo como
parte de seu corpo.
“O propósito do batismo com o Espírito Santo também pode ser
visto sob dois aspectos diferentes dentro da visão Pentecostal. No
pentecostalismo clássico o batismo com o Espírito Santo estava diretamente
ligado ao conceito de santificação. Inclusive, em alguns círculos pentecostais
o batismo com o Espírito Santo estava relacionado à ideia de perfeccionismo
cristão. Com o tempo, o entendimento dentro do pentecostalismo sobre o
propósito do batismo com o Espírito Santo mudou. A posição predominante passou
a relacionar o batismo com Espírito Santo à capacitação de crentes com os dons
para o ministério. Então sob este aspecto, o batismo com o Espírito Santo é uma
obra especial operada pelo próprio Espírito de Deus no crente, concedendo-lhe
poder para sua vida e seu ministério cristão. Em outras palavras, essa posição
diz que o batismo com o Espírito Santo implica num revestimento de poder que
auxilia o crente em sua nova vida. Ele edifica o crente interiormente e lhe
ajuda a ter uma conduta vitoriosa que possa testemunhar com autoridade a sua fé
em Cristo. Entretanto, esse revestimento implica numa experiência singular que
eleva os que o recebem a outro nível espiritual.” (ESTILOADORACAO)
- De acordo John W. Wyckoff: "Os pentecostais
acreditam firmemente que o propósito primário do batismo no Espírito Santo é o
poder para o serviço." (HORTON, p. 457). A História do Cristianismo está
repleta de relatos de homens e mulheres que eram comprometidos em fazer a obra
de Deus. Fazer a obra de Deus exige esforço, tempo e dedicação daquele que se
dispõe a fazê-la, porém, aquele que se dispõe a fazê-la, necessita de poder do
alto para desenvolvê-la. Em João 15.5, Jesus revela que sem ele nada podemos
fazer. Que fique claro que Ele é o principal arquiteto desta obra. Aleluia! (ESQUINAPENTECOSTAL)
||3. O Espírito Santo como guia e
santificador. Jesus disse aos seus discípulos que
o Espírito da Verdade os ensinaria todas as coisas e os faria lembrar-se de
tudo que Ele havia dito (Jo 14.26). Ele também disse que o Espírito Santo os
guiaria em toda verdade (Jo 16.13). Em um mundo com tantas atrações, ventos de
doutrina e filosofias, como é bom saber que o Espírito Santo, que habita em
nós, nos guia àquilo que é verdadeiro e que agrada a Deus. Esse mesmo Espírito
também nos santifica, nos alertando toda vez que corremos perigo de pecar
contra Deus. E toda vez que queremos e realizamos algo que agrada ao Senhor
sabemos que não é por vontade nossa, mas procede do próprio Espírito Santo que
efetua em nós tanto o querer como o realizar (Fp 2.13). Que maravilha sabermos
que temos esse tesouro habitando em nós, nos santificando, guiando e nos
ajudando em momentos de fraqueza. E até mesmo quando não sabemos orar Ele nos
ajuda levando ao Pai nossas orações e súplicas (Rm 8.26,27)||. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 4º
Trimestre 2019. Lição 2, 13 Outubro, 2019]
- O entendimento do texto de João 14.26 é que o Espírito Santo energizou o coração
e a mente dos apóstolos no ministério deles, ajudando-os a produzirem a
Escritura do Novo Testamento. Os discípulos não haviam compreendido muitas
coisas sobre Jesus e seus ensinos, mas por causa dessa obra sobrenatural, eles
chegaram a uma compreensão isenta de erros e exata do Senhor e da sua obra, e
registraram isso tanto nos Evangelhos como no restante das Escrituras do Novo Testamento
(2Tm 3.16; 2Pe 1.20-21).
“Quando somos salvos e pertencemos a Deus, o Espírito passa
a residir em nossos corações para sempre, selando-nos com a promessa que
confirma, certifica e assegura nosso estado eterno como Seus filhos. Jesus
disse que enviaria o Espírito para ser nosso Consolador, Conselheiro e Guia. “E
eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para
sempre convosco” (João 14:16). A palavra grega traduzida como “consolador”
significa um que é chamado para o lado de alguém, e dá a ideia de alguém que
encoraja e exorta. A palavra para “esteja” tem a ver com sua residência
permanente nos corações dos crentes (Romanos 8:9; 1 Coríntios 6:19, 20; 12:13).
Jesus enviou o Espírito como uma “compensação” por Sua ausência, para executar
as funções que Ele mesmo teria executado se tivesse permanecido pessoalmente
conosco. Uma dessas funções é revelar a verdade. A presença do Espírito dentro
de nós nos capacita a entender e interpretar a Sua Palavra. Jesus disse aos
seus discípulos: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a
toda a verdade” (João 16:13). Ele revela a nossas mentes o conselho completo de
Deus em relação ao louvor, doutrina e vida cristã. Ele é o verdadeiro guia,
indo na nossa frente, mostrando o caminho, removendo os obstáculos, abrindo as
portas para o entendimento e fazendo todas as coisas claras e evidentes. Ele
nos mostra o caminho que devemos seguir em todas as coisas espirituais. Sem um
guia assim, seríamos propensos a cair em erro. Uma parte crucial da verdade que
Ele revela é que Jesus é quem disse ser (João 15:26; 1 Coríntios 12:3). O
Espírito nos convence da divindade e procedência de Cristo, assim como de Sua
encarnação, de Sua identidade como o Messias, de Seus sofrimentos e morte, de
Sua ressurreição e ascensão, de Sua exaltação à mão direita de Deus e de Sua
função como o Juiz de tudo. Ele dá glória a Cristo em tudo (João 16:14). Uma
outra parte de sua função é distribuir dons. 1 Coríntios 12 descreve os dons
espirituais outorgados aos crentes para que possamos funcionar como o corpo de
Cristo na terra. Todos esses dons, grandes e pequenos, são dados pelo Espírito
para que possamos ser Seus embaixadores ao mundo, mostrando Sua graça e
glorificando a Ele. O Espírito também funciona como o produtor de fruto em
nossas vidas. Quando Ele habita em nós, Ele começa o processo de colher fruto
em nossas vidas - amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gálatas 5:22-23). Esses não são frutos
da carne, que é incapaz de produzir tal fruto, mas são os produtos da presença
do Espírito em nossas vidas. O conhecimento de que o Espírito Santo de Deus
passou a residir em nossas vidas, que Ele executa todas essas funções tão
milagrosas, que Ele habita conosco para sempre e nunca vai nos abandonar ou
deixar – tudo isso é motivo de grande alegria e conforto. Graças a Deus por
esse Presente tão precioso – o Espírito Santo e Seu trabalho em nossas vidas!” (GOTQUESTIONS)
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CONCLUSÃO
||O Espírito Santo desceu para cumprir
a promessa de que seriam cheios de poder para testemunhar por toda a terra.
Essa promessa ainda é válida para a Igreja hoje, pois Deus deseja encher e
capacitar seus filhos para que cumpram a Grande Comissão||. [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Jovens, 4º Trimestre 2019. Lição 2, 13 Outubro, 2019]
- Pedro e muitos outros em Atos 2 foram enchidos novamente com o Espírito Santo
e assim falaram corajosamente a palavra de Deus. A plenitude do Espírito afeta
todas as áreas da vida, não apenas o testemunho ousado por meio de palavras (Ef
5.19-33). Segundo Eurico Bergstén: "O
grande objetivo do batismo com o Espírito Santo é suprir os crentes de poder do
alto para serem testemunhas do Senhor" (BEGSTÉN, página 41). Os discípulos
foram revestidos de poder para pregar o evangelho com mais ousadia e
autoridade. Essa foi uma promessa feita pelo próprio Senhor Jesus (Lc 24.49) e
ele quer batizar todos os salvos no Espírito Santo, no entanto, essa bênção
precisa ser buscada. O Senhor está com as mãos estendidas, assim como no dia de
Pentecostes. É Ele quem batiza o crente; busque essa dádiva com sinceridade e
de todo coração.
Pb Francisco Barbosa