Título: O Tabernáculo — Símbolos da obra redentora de Cristo
Comentarista: Elienai Cabral
- L I Ç Ã O 8 -
26 de MAIO de 2019
O LUGAR
SANTÍSSIMO
TEXTO ÁUREO
“Mas,
depois do segundo véu, estava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos”
(Hb 9.3). - O Santo dos Santos ou Lugar Santíssimo era onde ficavam a arca
da Aliança e o propiciatório — o lugar de expiação (Êx 26.33-34).
VERDADE PRÁTICA
Pelo
sangue de Jesus Cristo, o véu da separação foi rasgado. E, hoje, temos
liberdade e confiança para entrar ao trono da graça de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 26.31-35; Hebreus
9.1-5; Mateus 27.51.
Êxodo 26
31
Depois, farás um véu de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido;
com querubins de obra prima se fará.
32 E o
porás sobre quatro colunas de madeira de cetim cobertas de ouro, sobre quatro
bases de prata; seus colchetes serão de ouro.
33
Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e meterás a arca do Testemunho ali
dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar
santíssimo.
34 E
porás a coberta do propiciatório sobre a arca do Testemunho no lugar
santíssimo,
35 e a
mesa porás fora do véu, e o castiçal, defronte da mesa, ao lado do tabernáculo,
para o sul; e a mesa porás à banda do norte.
Hebreus 9
1 Ora,
também o primeiro tinha ordenanças de culto divino e um santuário terrestre.
2 Porque
um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a
mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o Santuário.
3 Mas,
depois do segundo véu, estava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos,
4 que
tinha o incensário de ouro e a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor,
em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha
florescido, e as tábuas do concerto;
5 e
sobre a arca, os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório; das
quais coisas não falaremos agora particularmente.
Mateus 27
51 E eis
que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e
fenderam-se as pedras.
INTRODUÇÃO
“O Lugar Santíssimo era o local mais
reservado do Tabernáculo. Ele representava a plenitude da presença de Deus que
habitava entre o povo de Israel. Por isso, nesta lição, estudaremos a posição
do véu no Lugar Santíssimo, o propósito desse véu e a dimensão do Lugar
Santíssimo, bem como a sua relação com a obra expiatória de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. De fato, é uma lição que edificará a nossa vida.” [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 8, 26 MAIO, 2019]
- Qual a importância do véu do
templo ter sido partido em dois quando Jesus morreu? A beleza dessas cortinas
somente podia ser observada do lado de dentro, sendo que a espessa coberta
protetora externa feita de pelos de cabrito e pele de carneiro (v. 14), a
ocultavam da visão de Iodos, exceto dos sacerdotes que adentravam. Hebreus 9.1-9
nos diz que no Templo um véu separava o Santo dos Santos – a habitação terrena
da presença de Deus- do resto do Templo onde os homens habitavam. Isso
significava que o homem era separado de Deus pelo pecado (Is 59.1-2). Apenas o
Sumo Sacerdote tinha a permissão de passar pelo véu uma vez por ano (Êx 30.10;
Hb 9.7), de entrar na presença de Deus representando Israel e de fazer expiação
pelos seus pecados (Lv 16). –
Dito isto, convido-o a pensar maduramente a fé cristã!
I. O VÉU DO LUGAR
SANTÍSSIMO
“1. O véu como barreira ao livre acesso à Presença de Deus. O véu era uma cortina feita de linho fino branco
entretecido com fios de cores azul, púrpura e carmesim. O propósito desse véu
era separar o Lugar Santíssimo, no qual estava a Arca da Aliança (Êx 26.33), do
Lugar Santo. No Lugar Santíssimo só podia entrar o Sumo Sacerdote, e somente
uma vez ao ano, no dia da Expiação. O israelita comum não podia entrar nesse
lugar, o que demonstra que o véu era uma barreira para o homem comum. A
narrativa bíblica revela o significado especial do ato, de quando Jesus estava
na cruz, expiando o nosso pecado. Ele ministrou intercessoriamente por nós por
meio de seu sangue no “Lugar Santíssimo”, rasgando o véu da separação. A
ministração de Cristo foi em favor de todo o mundo e não apenas por uma parcela
especial ou étnica da humanidade (Hb 9.11-14 cf. Jo 3.16).” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 8, 26 MAIO, 2019]
- Alan Cole faz um comentário
interessante: “O véu separava um terço da
área do Tabernáculo. A tenda era pequena (digamos 15 metros por 5 metros)
comparada a qualquer templo moderno. Além disso, não possuía aberturas para
ventilação e era escura, a não ser pela luz do candelabro de ouro e a pouca luz
que acidentalmente ali penetrava quando o reposteiro que ficava sobre a porta
da tenda era levantado para permitir a entrada dos sacerdotes. O candelabro
ficava no "santo lugar’’: o santo dos santos ficava absolutamente às
escuras, por detrás do espesso véu. Todavia, a escuridão e o frescor do interior
do Tabernáculo seriam um grande alívio depois do ofuscante calor do deserto
(observe quantas vezes a "sombra" de YHWH é mencionada como um
símbolo de refrigério e salvação, por exemplo, Sl 17:8) e sua extrema
escuridão, a partir do Sinai, passou a ser um símbolo apropriado para Deus (1
Rs 8:12)” (COLE, Alan, Ph.D. Êxodo, Introdução e Comentário. Sociedade
Religiosa Edições Vida Nova. São Paulo, 1963). “O
Templo de Salomão tinha 30 côvados de altura (1 Reis 6:2), mas Herodes tinha
aumentado sua altura para 40 côvados de acordo com as escritas de Josefo, um
historiador do primeiro século. Não temos certeza a que um côvado se compara em
metros e centímetros, mas podemos supor que esse véu tinha mais ou menos 18
metros de altura. Josefo também nos diz que o véu tinha 12 cm de grossura, e
que cavalos puxando o véu dos dois lados não podiam parti-lo. A narrativa no
livro de Êxodo nos ensina que esse grosso véu era feito de material azul, roxo
e escarlate e de linho fino torcido. O tamanho e grossura do véu deram muito
mais importância aos eventos que aconteceram no exato momento da morte de
Cristo na cruz. “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito.
E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo” (Mateus
27:50-51a).” (GOTQUESTIONS). A
missão de Jesus Cristo está ligada de maneira inseparável ao supremo amor de
Deus pelo "mundo" perverso e pecador da humanidade (Jo 6.32,51; 12.47;
Mt 5.44-45), que está em rebelião contra Deus. Em João 3.16, a expressão "de tal maneira” enfatiza a intensidade
ou grandeza do amor de Deus. O Pai deu o seu único e amado Filho para morrer em
favor dos homens pecadores (2Co 5.21).
“2. O véu tinha um bordado especial com a figura de
querubins (Êx 26.31). Deus ordenara que se
bordassem no véu, à mão, as figuras de querubins. Uma pergunta relevante cabe
aqui: qual a razão desses querubins serem bordados no véu? A Bíblia registra a
história da rebelião de um querubim presunçoso e orgulhoso que desejava ser
igual a Deus. Mas ele foi expulso para sempre da presença do Altíssimo (Ez
28.14). O nome desse querubim, hoje, é Satanás, o anjo que rebelou-se contra
Deus e, também, levou com ele uma parte dos seres angelicais. As figuras de
querubins bordadas no véu lembram ao homem que o Trono de Deus está cercado
desses seres angelicais, refletindo a santidade do Altíssimo. Eles também foram
esculpidos sobre o Propiciatório com as asas voltadas para a Arca da Aliança
com o objetivo de protegê-la (Êx 25.18).” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 8, 26 MAIO, 2019]
- Querubins são seres angélicos
envolvidos em adorar e louvar a Deus. Os querubins são mencionados na Bíblia
pela primeira vez em Gênesis 3.24. Antes de rebelar-se, Satanás era um querubim
(Ez 28.12-15). O tabernáculo e o templo, assim como os seus pertences,
continham muitas representações de querubins (Êx 25.17-22; 26.1,31; 36.8; 1Rs 6.23-35;
7.29-36; 8.6-7; 1Cr 28.18; 2Cr 3.7-14; 2Cr 3.10-13; 5.7-8; Hb 9.5). Esses dois
querubins esculpidos são uma representação dos dois querubins que guardaram as
portas do Éden (Gn 3.24). Esses mesmos querubins também eram bordados no véu
que dividia o lugar santo do santo dos santos. Após o véu do templo ser rasgado,
os querubins que guardavam as portas do jardim foram dispensados de suas
posições. O caminho está livre, não existe mais sentinelas na porta do jardim!
“3. O véu e o trançado de seus fios. Para nós, o tabernáculo e seus móveis sagrados tipificam o
Senhor Jesus. Logo, podemos destacar o seguinte: os tecidos que constituíam o
véu que demarcava o Lugar Santo e o Santíssimo é símbolo do caráter santo e
pleno de nosso Senhor. Assim, a cor azul aponta para a sua divindade; a
púrpura, para a sua realeza; a branca, para sua santidade; o carmesim, para a
sua obra expiatória por toda a humanidade. Ainda, o escritor aos Hebreus traz
uma imagem forte e viva do véu, juntamente com seus fios trançados, que
representava, na “carne” de Cristo, a união da natureza humana e divina de
nosso Senhor: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo
sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto
é, pela sua carne” (10.19,20).” [[Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 8, 26 MAIO, 2019]
- “O véu do Tabernáculo representava uma triste verdade: o homem é pecador
e é vedado O caminho para ele ir sozinho a Deus (Ex 26.33; Lv 16.2, “que não
entre no santuário em todo o tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório
que está sobre a arca, para que não morra; porque Eu aparecerei na nuvem sobre
o propiciatório”; Is 59.1-3, “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre
vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que
não vos ouça”; Rm 3.23, “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de
Deus”). O véu do Tabernáculo era feito de linho fino torcido com azul, púrpura,
carmesim, com a imagem de querubins de obra prima bordada nele. Desde que tudo
no Tabernáculo eram sombras ou tipos simbólicos de Cristo, esse material
apontava ao Cristo.
• O azul representava: Natureza Celestial de
Cristo, Cristo O Espiritual, ou homem celestial (1Co 15.47,48; Jo 1.18; Hb
7.26); a origem celestial de Cristo.
• A púrpura representava: Realeza, Soberania
de Cristo, o “Rei dos reis, e Senhor dos senhores” (Ap 19.16; Mc 15.17-18).
• O carmesim representava: Sacrifício (Ap
5.9-10; Nm 19.6; Lv 14.4; Hb 9.11-14, 19, 23, 28).
• O linho fino representava: Justiça, Cristo
é o Justo, e os que são dEle tem a Sua justiça (2Co 5.21; Ap 19.8; 1Co 1.30).
Sendo torcido, era dobrado o fio seis vezes fazendo o véu grosso e pesado
(Gill).
• O branco, do linho fino torcido
representava: perfeição, pureza e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados
no sangue de Cristo (Ap 7.9-17; Sl 132.9).” (PALAVRAPRUDENTE)
Quando a carne de Jesus foi
rasgada em sua crucificação, o mesmo aconteceu com o véu do templo que
simbolicamente separava as pessoas da presença de Deus (Mt 27.51). Quando o
sumo sacerdote no dia da Expiação entrava no Santo dos Santos, o povo aguardava
do lado de fora que ele saísse. Ao entrar no templo celestial, Cristo não
voltou. Pelo contrário, ele abriu a cortina e expôs o Santo dos Santos para que
pudéssemos segui-lo. Em Hebreus 10.20, "carne" é usada como "corpo"
(v. 10) e "sangue" (Hb 9.7,12,14,18,22)
para se referir à morte sacrifical do Senhor Jesus.
II. O PROPÓSITO DO
VÉU INTERIOR
“1. O véu era um símbolo da presença de Deus no Lugar Santíssimo. Ora, ninguém podia ver a Deus e continuar vivo (Êx 33.20),
mas os homens podiam ver o véu que indicava a presença divina no outro lado. Em
Hebreus, o véu tipifica a “carne” de Cristo, que encobria a presença divina em
seu corpo (1Tm 6.16; Jo 1.18; 14.9; Cl 1.15,16).” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 8, 26 MAIO, 2019]
- O propósito de um Véu é
cobrir ou ocultar da vista (2Co 3.13-16, Is 25.7). O véu do tabernáculo
ocultava da vista o Santo dos Santos. Ele formava uma barreira entre a glória
de Deus e o homem pecador (Lv 16.2). Medidas de precaução foram necessárias
para que Deus respondesse apenas parcialmente aos pedidos de Moisés de ver mais
dele do que já estava vendo (cf. Nm 12.8) — de outro modo ele morreria. Muito
embora Deus fosse gracioso e compassivo para qualquer pessoa que escolhesse,
Moisés não poderia ver a face de Deus e viver. Tudo o que viu da natureza de
Deus se transformado em luz ardente é chamado de "costas de Deus" e nunca
foi descrito por Moisés depois (cf. Jo 1.18; 1 Jo 4.12). Deus é invisível em
espírito (1Tm 1.17; Jó 23.8-9; Jo 1.18; 5.37; Cl 1.1.5) e, por essa razão, é
inalcançável no sentido de que o homem pecador nunca viu e nunca poderá ver a
plenitude de sua glória (Êx 33.20; Is 6.1-5). Em Hebreus 10.19-20 aprendemos
que a carne de Cristo foi simbolicamente tipificada pelo véu interno do
tabernáculo. Nosso Salvador tomou sobre Si mesmo a forma humana ocultando assim
a Sua glória (Fp 2.5-11, Rm 8.3). Somente no Monte da Transfiguração é que Sua
glória divina refulgiu (Mt 17.1-2). Da mesma maneira, o véu do tabernáculo
ocultou da vista dos homens a glória e a presença de Deus.
“2. O véu: um impeditivo ao acesso à presença de Deus (Lv 16.2; Hb 9.8).
A separação que o véu interior fazia dos dois lugares sagrados, o Lugar Santo e
Lugar Santíssimo, demarcava também os lugares de atuação dos sacerdotes. No
Lugar Santo, era permitida a entrada dos sacerdotes comuns; no Santíssimo, a do
sumo sacerdote.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 8, 26 MAIO, 2019]
- O sistema Levítico não
fornecia ao povo acesso direto à presença de Deus. Pelo contrário, ele afastava
o povo. A proximidade tinha de ser fornecida de outra maneira. Essa é a lição
primordial que o Espírito Santo dá acerca do tabernáculo. O ensino mostra como
Deus é inacessível sem a morte de Jesus Cristo. Por meio da instrução inspirada
do Espírito dada acerca do Lugar Santíssimo, Deus eslava mostrando que não
havia um caminho para ele no sistema cerimonial. Somente Cristo poderia abrir o
caminho (Jo 14.6). Em Hebreus 10.20 entendemos que Cristo estabeleceu através
de seu sacrifício um “novo” caminho.
No grego, o significado original da palavra “novo” é "recém-imolado", mas foi interpretada como
"recente" quando a epístola foi escrita. O caminho é novo porque a
aliança é nova. Não é um caminho fornecido pelo sistema Levítico. Embora seja o
caminho da vida eterna, ele não foi aberto apenas pela vida impecável de Cristo
— ele exigiu a sua morte. Os hebreus foram convidados a entrar nesse caminho
que é caracterizado pela vida eterna do Filho de Deus que os amou e entregou-se
por eles (Jo 14.6; Gl 2.20). Quando a carne de Jesus foi rasgada em sua
crucificação, o mesmo aconteceu com o véu do templo que simbolicamente separava
as pessoas da presença de Deus (Mt 27.51). Quando o sumo sacerdote no dia da
Expiação entrava no Santo dos Santos, o povo aguardava do lado de fora que ele
saísse. Ao entrar no templo celestial, Cristo não voltou. Pelo contrário, ele
abriu a cortina e expôs o Santo dos Santos para que pudéssemos segui-lo. Aqui
"carne" é usada como "corpo" (v. 10) e "sangue" (9.7,12,14,18,22)
para se referir à morte sacrifical do Senhor Jesus.
“3. O véu indicava o caminho à presença de Deus. Sabemos que o sumo
sacerdote podia entrar no lugar santíssimo, não por méritos pessoais nem pela
formosura do véu, senão mediante o sangue da expiação (Lv 16.15). A única
função dele era expiar o próprio pecado e o do povo. Por isso, toda a
orientação divina quanto à pureza do sumo sacerdote e de sua casa era rigorosa.
Hoje, a obra expiatória de Jesus é o único meio que temos para achegar-nos à
presença de Deus (Ef 2.8,9; Hb 10.19,20). Graças ao nosso amado Senhor, já não
há mais separação nem muro entre nós e Deus, pois Cristo é o perfeito mediador
entre Deus e os homens (1Tm 2.5).” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 8, 26 MAIO, 2019]
- A fé cristã era conhecida
como "o caminho" entre os judeus de Jerusalém (At 9.2), bem como
entre os gentios (At 19.23). Aqueles que receberam essa epístola entenderam com
muita clareza que o escritor os estava convidando a se tornarem cristãos — a se
unirem àqueles que: haviam sido perseguidos por causa da fé que professavam. Os
verdadeiros cristãos no meio deles estavam sofrendo perseguição naquele momento,
e aqueles que não haviam se comprometido com o caminho eram convidados a se
tornarem alvos da mesma perseguição. Assim, Jesus Cristo é o nosso Mediador - refererindo-se
a alguém que intervém entre duas partes para resolver um conflito ou para
ratificar um pacto. Ele é o único "Mediador" que pode restaurar a paz
entre Deus e os pecadores (Hb 8.6; 9.15; 12.24). Cristo Jesus, ele mesmo um homem,
somente o Deus-Homem perfeito poderia juntar o Criador o a raça humana (Jó
9.32-33).
III. COMO ERA O
LUGAR SANTÍSSIMO?
“1. O Lugar Santíssimo tinha o formato quadrangular. O Lugar Santíssimo é conhecido também como o “Santo dos
Santos”. Um lugar quadrangular, na forma de um cubo, que media dez côvados de
altura, dez de largura e dez de comprimento. É importante destacar, aqui, que
as medidas do Lugar Santíssimo, no sistema decimal, possuem números
diferenciados, uma vez que pesos, medidas e valores hebraicos são obscuros, e o
resultado sempre produz algumas pequenas diferenças numéricas. De acordo com a
Bíblia de Estudo Pentecostal, um côvado equivalia à medida de dois palmos ou ao
tamanho de nosso antebraço, o equivalente, portanto, a 45 centímetros. Era
menor que o Lugar Santo. O Lugar Santíssimo tipificava o Trono de Deus em
Israel.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 8, 26 MAIO, 2019]
- Era no Lugar Santíssimo que a
própria presença de Deus, com sua glória manifesta habitava. Era ali que Deus
se comunicava com o homem, habitando no meio do povo de Israel, assim como hoje
Cristo habita no meio de seu povo, a Igreja. Pois onde se reunirem dois ou três
em meu nome, ali eu estou no meio deles (Mt 18.20). Seu formato, como já
explicado, era de uma sala em cubo. Suas medidas foram dadas em Côvados - medida
de comprimento que foi usada por diversas civilizações antigas. Era baseado no
comprimento do antebraço, da ponta do dedo médio até o cotovelo. Ninguém sabe
quando esta medida entrou em uso. O côvado era usado regularmente por vários
povos antigos, entre eles os babilônios, egípcios e hebreus. O côvado real dos
antigos egípcios media 50cm. O dos romanos media 45cm. O Santo dos Santos
estava diretamente relacionado à manifestação da presença de Deus. O Santo dos
Santos significava a própria sala do trono de Deus entre o povo da aliança. No
Santo dos Santos a presença de Deus era revelada mais intensamente. Naquele
lugar o Senhor se encontrava de forma mais íntima e pessoal com seu povo. Mas
como foi dito, esse encontro acontecia através do sumo sacerdote, após rígidos
preparos especiais.
“2. O lugar continha apenas um mobiliário: A Arca da Aliança. A Arca da Aliança tipificava a plenitude da
presença de Deus: sua santidade, glória e majestade. Ali, Deus habitava entre o
seu povo! No Novo Testamento, essa imagem revela o que Paulo escreveu aos
efésios: “para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando
arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os
santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e
conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios
de toda a plenitude de Deus” (Ef 3.17-19).” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 8, 26 MAIO, 2019]
- Dentro desse ambiente ficava
a Arca da Aliança. Somente o sumo sacerdote tinha autorização para entrar no
Santo dos Santos. A única peça de
mobília desse lugar era uma caixa revestida de ouro, indicava a relação de
aliança entre Deus e seu povo. Essa arca, simbolizava que a única maneira do
homem entrar diante de Deus era através de uma aliança com Ele. Cristo é a base
da aliança de nosso acesso a Deus (Hb 12.24; Mt 26.28).
“3. O que podemos aprender por Trono de Deus e a importância do Lugar
Santo? O Lugar Santo era a antessala do Lugar Santíssimo; o que mostra o
caráter santo da presença de Deus representada na Arca da Aliança, porque o
Deus Santo e glorioso ali estava. Não percamos de vista a dimensão da santidade
e da glória de Deus. Sejamos santos e não desprezemos o sacrifício de nosso
Senhor Jesus (Hb 10.26,27). Cuidado! A Palavra de Deus nos alerta que o nosso
adversário “anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”
(1Pe 5.8). Vigiemos! Temamos ao Deus santo e glorioso!” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 8, 26 MAIO, 2019]
- O Santo lugar revelava o ministério
de Cristo tabernaculando entre os homens. O Santo dos Santos ou Lugar Santíssimo,era
onde o divino se encontrava com o humano. Aqui era o lugar onde Sumo-Sacerdote
- principal sacerdote - (Hb 9.7) entrava uma vez por ano para oferecer o sangue
sobre o Propiciatório. Este dia veio a ser conhecido como Yom Kippur (Dia do
Perdão) até hoje celebrado entre os Judeus. O Santo dos Santos era o principal
lugar do Tabernáculo; na verdade ele era a razão da existência do Tabernáculo.
- “O mais solene e importante lugar do tabernáculo, chamado Lugar
Santíssimo ou Santo dos Santos, era quadrado de cerca de cinco metros de cada
lado. Nesse lugar o sacerdote entrava uma vez por ano, no décimo dia do sétimo
mês, levando consigo o sangue da expiação e também o incensário de ouro em que
se queimava o incenso santo. A lingua portuguesa é muito pobre em relação a
hebraica, nós não temos uma palavra para exprimir a santidade de Deus, então
usamos o termos Santo dos Santos. Seguindo o caminho do Santo dos Santos, o
cristão vai experimentar na sua vida espiritual as virtudes da fé (no pátio),
da esperança (no Santuário) e do amor, como maior de todas as virtudes. O amor
se relaciona com Deus Pai, que é quem faz com que se manifestam, no crente, os
efeitos dos dons e ministérios espirituais, dados respectivamente pelo Espírito
Santo. Como as divisões do tabernáculo estão em ordem crescente, o Lugar
Santíssimo representa a plenitude de Deus no crente. Este crente revela, então
resultados dessa posição através de muito fruto. Jesus falou da vara em três
fases distintas de frutificação : fruto, mais fruto e muito fruto. Jo 15.1-5 -
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor. (v.2) Toda vara em mim
que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que
dê mais fruto. (v.3) Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.
(v.4) Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não
pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não
permanecerdes em mim. (v.5) Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece
em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” Isso
corresponde a 30, 60 e 100 por um. O Apóstolo João escreveu aos filhinhos, aos
jovens e aos pais, como crentes em três estágios : No pátio, no Santuário e no
Santo dos Santos.” (EBAH)
CONCLUSÃO
“Nesta lição, percorremos o Lugar Santíssimo.
Ele representa a presença santíssima e gloriosa de Deus no meio do seu povo.
Esse lugar, especial e único do Tabernáculo, mostra o que o Senhor Jesus
Cristo, o Sumo Sacerdote Perfeito, fez ao rasgar o véu da separação.
Diferentemente daqueles dias, onde o Lugar Santo não era aberto a todas as
pessoas, hoje, por meio da obra de Cristo, podemos entrar ao trono de Deus com
ousadia e confiança.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 8, 26 MAIO, 2019]
- O Santo dos Santos, assim
como o Tabernáculo em geral, apontava para uma realidade superior. Tudo isso
era temporário e insuficiente em si mesmo. Somente uma pessoa podia entrar no
Santo dos Santos, e isso significa que não havia uma plena aproximação de Deus.
Então jamais a promessa da Nova Aliança poderia se cumprir no Santo dos Santos
dentro do santuário terreno. Através do profeta Jeremias, Deus prometeu: “Conhecei ao Senhor; porque todos me
conhecerão, desde o menor até o maior deles” (Jr 31.31-34). Como uma
promessa assim poderia se cumprir no Santo dos Santos terreno? Isso era
impossível! Por isso o escritor de Hebreus aplicou essa profecia de forma a
mostrar a superioridade da Nova Aliança (Hb 8.8-13). Durante a crucificação de
Jesus, no momento de sua morte, o véu do Templo que isolava o Santo dos Santos
foi rasgado de cima a baixo (Mt 27.51). Usando uma figura de linguagem, o
escritor de Hebreus identifica o véu dos Santos dos Santos com o corpo de Jesus
Cristo (Hb 10.20). Ele entendeu que quando o véu do Templo foi rasgado, a
entrada no Santo dos Santos foi liberada àqueles que foram redimidos por
Cristo, cujo corpo foi rasgado no Calvário. Através do sangue derramado do
Filho de Deus, o caminho para o Santo dos Santos celestial foi aberto. Hoje,
pelo sangue de Jesus, podemos entrar com plena confiança no verdadeiro Santo
dos Santos e se achegar ao trono da graça de Deus (Hb 4.16; 10.19). (ESTILOADORACAO).
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim
o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor
Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Pb Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Maio de 2019
PARA REFLETIR
A respeito da
lição “O Lugar Santíssimo”, responda:
• Como era o véu do Lugar
Santíssimo?
O véu era uma cortina
feita de linho fino branco entretecido com fios de cores azul, púrpura e
carmesim.
• O que as figuras dos
querubins bordadas no véu lembram?
As figuras de
querubins bordadas no véu lembram ao homem que o Trono de Deus está cercado
desses seres angelicais, refletindo a santidade do Altíssimo.
• Em Hebreus, o que o véu
tipifica?
Em Hebreus, o véu
tipifica a “carne” de Cristo, que encobria a presença divina em seu corpo.
• Qual o único meio, ou
caminho, pelo qual podemos entrar na presença de Deus?
A obra expiatória de
Jesus é o único meio que temos para achegar-nos à presença de Deus (Ef 2.8,9;
Hb 10.19,20).
• Como devemos nos portar
como filhos de Deus?
Como filhos de Deus
não podemos perder de vista a santidade e a glória de Deus. [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 8, 26 MAIO, 2019]