VOCÊ PODE AJUDAR O BLOG: OFERTE PARA assis.shalom@gmail.com

UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Em 2024, Estará disponível também o comentário da revista de jovens, na mesma qualidade que você já conhece, para você aprofundar sua fé e fazer a diferença.

Classe Virtual:

SEJA MANTENEDOR!

Esse trabalho permanece disponível de forma gratuita, e permanecerá assim, contando com o apoio de todos que se utilizam do nosso material. É muito fácil nos apoiar, pelo PIX: assis.shalom@gmail.com – Mande-me o comprovante, quero agradecer-lhe e orar por você (83) 9 8730-1186 (WhatsApp)
A fim de abençoar meus leitores e seguidores com um pouco mais de conteúdo, com profundidade, clareza e biblicidade, iniciarei uma Pós-Graduação em Teologia Bíblica e Exegética do Novo Testamento, pela Faculdade Internacional Cidade Viva. O curso terá duração de 14 meses. Como sabem, é necessário a aquisição de livros e material afim, o que exige investimentos. Aqui, desejo contar com fiéis colaboradores! Peço gentilmente sua colaboração nesse intuito, enviando sua ajuda para assis.shalom@gmail.com. Deus em Cristo retribua. “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo” (Cl 3:23-24).

14 de maio de 2019

(ADULTOS) Liçâo 7: O SANTO LUGAR



REVISTA ADULTOS 2° TRIMESTRE 2019
Título: O Tabernáculo — Símbolos da obra redentora de Cristo
Comentarista: Elienai Cabral

-  L I Ç Ã O 7  -
19 de MAIO de 2019

O LUGAR SANTO

TEXTO ÁUREO
“Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o Santuário.” (Hb 9.2)

VERDADE PRÁTICA
Através de sua morte expiatória, Jesus nos garantiu o livre acesso ao Santíssimo Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 25.23,30,31; 26.31-37; 30.1,6-8
25.23,30,31:
23 - Também farás uma mesa de madeira de cetim; o seu comprimento será de dois côvados, e a sua largura, de um côvado, e a sua altura, de um côvado e meio,
30 - E sobre a mesa porás o pão da proposição perante a minha face continuamente. 31 - Também farás um castiçal de ouro puro; de ouro batido se fará este castiçal; o seu pé, as suas canas, as suas copas, as suas maçãs e as suas flores serão do mesmo.

26.31-37:
31 - Depois, farás um véu de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido; com querubins de obra prima se fará.
32 - E o porás sobre quatro colunas de madeira de cetim cobertas de ouro, sobre quatro bases de prata; seus colchetes serão de ouro.
33 - Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e meterás a arca do Testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo.
34 - E porás a coberta do propiciatório sobre a arca do Testemunho no lugar santíssimo,
35 - e a mesa porás fora do véu, e o castiçal, defronte da mesa, ao lado do tabernáculo, para o sul; e a mesa porás à banda do norte.
36 - Farás também para a porta da tenda uma coberta de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido, de obra de bordador,
37 - e farás para esta coberta cinco colunas de madeira de cetim, e as cobrirás de ouro; seus colchetes serão de ouro, e far-lhe-ás de fundição cinco bases de cobre.

30.1,6,7,8
1 - E farás um altar para queimar o incenso; de madeira de cetim o farás.
6 - E o porás diante do véu que está diante da arca do Testemunho, diante do propiciatório que está sobre o Testemunho, onde me ajuntarei contigo.
7 - E Arão sobre ele queimará o incenso das especiarias; cada manhã, quando põe em ordem as lâmpadas, o queimará.
8 - E, acendendo Arão as lâmpadas à tarde, o queimará; este será incenso contínuo perante o SENHOR pelas vossas gerações..

INTRODUÇÃO
Local de serviço e de comunhão com Deus, as peças do Tabernáculo denotavam a sacralidade do lugar; os dois véus realçavam a santidade que o local requeria. O Lugar Santo tem muito a nos dizer. Por isso, estudaremos a sua simbologia, pois esta tem muito a ensinar-nos nestes dias difíceis e trabalhosos. Há consolação neste estudo. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 7, 19 MAIO, 2019]
- Como já sabemos, o Tabernáculo possuía duas divisões, sendo a primeira o Lugar Santo, onde haviam três das sete peças de móveis feitas para o Tabernáculo: o Candelabro (Êx. 37:17:23), a Mesa dos Pães (Êx. 37:10-16) e o Altar do Incenso (Êx. 30:1-8). Na mesa eram postos os pães da proposição, em número de doze (um para cada uma das doze tribos), que eram apresentados quentes cada sábado (Êx 25.30). Era uma oferta de ação de graças, e o seu nome provinha de ser posto esse pão continuamente diante da face do Senhor. Aqueles pães só podiam ser comidos legitimamente pelos sacerdotes, e unicamente no pátio do lugar santo (Lv 24.9). Neste primeiro compartimento acontecia todo ritual de ofertas e sacrifícios - "Ora, estando estas coisas assim preparadas, entram continuamente na primeira tenda os sacerdotes, celebrando os serviços sagrados" (Hb 9.6) – Dito isto, convido-o a pensar maduramente a fé cristã!

I - LUGAR SANTO: UM LOCAL DE SERVIÇO E COMUNHÃO COM DEUS

“1. Que lugar é esse? O texto de Êxodo 26.33 mostra a distinção dos dois compartimentos do Tabernáculo. O primeiro é chamado de “Santuário” ou Lugar Santo, e o segundo “Santo dos Santos” ou Lugar Santíssimo. O primeiro aparece como local de serviço, no qual somente os sacerdotes podiam entrar para oficiar diante de Deus (Hb 9.6). Os israelitas limitavam-se a trazer suas ofertas ao altar dos holocaustos. O povo tinha acesso ao Pátio (Átrio), mas não ao Lugar Santo. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 7, 19 MAIO, 2019]
- O tabernáculo era uma tenda retangular muito grande, feita de várias camadas de cortinas apoiadas em colunas de madeira revestidas com metais preciosos. À volta da tenda havia um pátio retangular, delimitado por mais cortinas e colunas. O povo ficava no pátio do tabernáculo, onde os sacerdotes ofereciam os sacrifícios no altar dos holocaustos e abençoavam o povo. Uma bacia de bronze com água ficava à entrada da tenda, para os sacerdotes se lavarem antes de entrarem (Êx 30.19-21). A tenda possuía dois compartimentos, o primeiro, era chamado ‘Lugar Santo’ e dentro, havia um candelabro, que iluminava o local, e uma mesa, onde se colocavam 12 pães. Apenas os sacerdotes podiam entrar. Junto do véu, ficava o altar do incenso.

“2. Um lugar de serviço e adoração. No Tabernáculo, havia uma porta e dois véus. Esses três elementos impediam a entrada de pecadores na presença de Deus. O caminho para Deus começava com o derramamento do sangue inocente dos animais, a fim de restaurar a vida do pecador. Era um lugar de serviço, porque ali eram ministrados sacrifícios ao Senhor. Mas também era um local de adoração e profunda reverência. Nos dias atuais, devemos ter o mesmo espírito quando exercemos um ministério na igreja local ou apresentamos o nosso culto ao Pai Celestial (Rm 12.1,2). Quando nos reunimos, ministramos uns aos outros, mas, sobretudo, todos estão reunidos para adorar ao Criador. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 7, 19 MAIO, 2019]
- Somente os sacerdotes podiam entrar no Lugar Santo do tabernáculo, se aproximando de Deus depois de se purificarem e com roupas especiais. Só podemos nos aproximar de Deus quando somos purificados dos pecados. A Bíblia diz que todos os que são salvos por Jesus são sacerdotes e podem entrar na presença de Deus, porque Jesus nos purificou (1Pd 2.9; Hb 10.21-22). Agora podemos participar das coisas sagradas, sem medo nem culpa. Para aqueles em Cristo, a única adoração aceitável é oferecer a si mesmo completamente ao Senhor. Debaixo do controle de Deus, o corpo ainda não redimido do cristão pode e deve ser rendido a ele como um instrumento de justiça (Hb 6.1,13; 8.11-13). A luz de todas as riquezas espirituais que os cristãos desfrutam exclusivamente como o fruto das misericórdias de Deus (Rm 11.33,36), segue-se logicamente que eles elevem a Deus a sua mais elevada forma de culto.

“3. O propósito do Lugar Santo. Tinha-se como principal função ser o local onde os sacerdotes ministravam sacrifícios pelas diversas espécies de pecados cometidos pelo povo israelita. A cada violação individual, familiar ou nacional, o sacerdote entrava no Lugar Santo e apresentava a Deus um sacrifício. Ali, estava explícita a santidade de Deus, pois esse lugar era o local adequado para restaurar a vida do pecador diante de Deus. Entretanto, a apresentação dos sacrifícios não era perfeita nem suficiente, como registra a Epístola aos Hebreus (Hb 9.11-14). Hoje, sabemos que foi Cristo quem apresentou um sacrifício perfeito e suficiente no “Lugar Santo”, por meio de seu próprio sangue, garantindo-nos, em seu nome, a remissão de todos os nossos pecados. Por isso, quem está em Cristo tem o privilégio de entrar na presença de Deus (Ef 2.18,19; Hb 10.19-22). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 7, 19 MAIO, 2019]
- Como já citando anteriormente, nesta primeira parte da tenda, somente os sacerdotes e sumos-sacerdotes podiam entrar e ministrar, sendo proibida a entrada dos demais levitas, auxiliares do culto, que só podiam trabalhar no pátio. Também já foi dito sobre a mobília que estava nesta parte, três utensílios revestidos de ouro: o candelabro, a mesa dos pães da proposição, com doze pães representando as tribos de Israel e o alimento que Deus era para elas; e o altar do incenso, junto ao véu que separava o Santo do Santíssimo. Diariamente os sacerdotes entravam nesse ambiente para ministrar ao Senhor. Interessante notar que ali, os sacerdotes apenas mantinham o candelabro (Menorah) aceso, substituía os pães e oferecia incenso, não “ministravam sacrifícios pelas diversas espécies de pecados cometidos pelo povo israelita”, como escreveu o comentarista. Os sacerdotes do Velho Testamento entravam diariamente no Lugar Santo, executando o seu serviço. Uma vez por ano, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote entrava no Lugar Santíssimo com o sangue de um touro, por seus próprios pecados e, novamente, com o sangue de um bode, pelos pecados do povo. Ele aspergia o sangue sobre o propiciatório, a cobertura da arca da aliança, oferecendo-o a Deus.

II - AS TRÊS PEÇAS QUE COMPUNHAM O INTERIOR DO LUGAR SANTO
1. Os mobiliários do lugar. O Lugar Santo era o espaço de preparação dos sacerdotes para a entrada na segunda divisão do Tabernáculo, o Lugar Santíssimo. No Lugar Santo, havia três peças que compunham um ambiente perfeito de oração, intercessão, adoração e louvor: o castiçal de ouro (candeeiro ou candelabro), a mesa para os pães da proposição e o altar de ouro para os incensos (este ficava no centro do Lugar Santo e de frente para o véu que dava para o Lugar Santíssimo). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 7, 19 MAIO, 2019]
- A lugar santo continha uma mobília que simbolizavam o nosso relacionamento com o Senhor. “Muitos dos móveis do tabernáculo tinham um propósito funcional. O candelabro iluminava um recinto escuro, enquanto a mesa fornecia um lugar para colocar os pães da proposição. Enquanto isso, o altar de incenso servia ao propósito prático de perfumar agradavelmente o ar. Esses itens eram, em muitos aspectos, peças comuns de mobília, embora feitas de ouro puro e ricamente ornamentadas de forma a se adequarem à mobília de um rei. Todos os cinco sentidos eram ministrados pelo ritual sacerdotal diário: visão, olfato e paladar eram dirigidos através do candelabro, do altar de incenso e da mesa dos pães da proposição, enquanto a audição era ministrada pelos sinos nas vestes do sumo sacerdote. Tudo era concebido como uma rica experiência multissensorial voltada para Deus, não porque ele tenha sentidos como os nossos, mas como um reconhecimento da bondade de cada um dos diversos sentidos que ele nos deu. Somente o melhor de tudo poderia ser bom o suficiente para se oferecer ao Criador do universo.” (MINISTERIOFIEL)

“2. O castiçal de ouro (Êx 25.3137). O castiçal era feito de uma só peça de ouro, e sustentado por uma coluna central, de onde saiam três braços de cada lado, formando assim, sete lâmpadas. Essas lâmpadas eram, interiormente, alimentadas por dutos, nos quais havia uma mecha embebida no azeite, fornecendo dessa forma, um combustível que, uma vez aceso, fazia o Castiçal iluminar todo o ambiente. Ou seja, as sete lâmpadas produziam uma só luz. Nos Evangelhos, o Senhor Jesus é apresentado como “a luz do mundo” (Jo 8.12). Ele, por sua vez, disse aos discípulos: “vós sois a luz do mundo” (Mt 5.16). Da mesma forma que o castiçal de ouro iluminava o ambiente escuro, Jesus é a luz que ilumina o mundo em trevas. A Igreja também tem essa mesma função na Terra até a volta do Senhor (Fp 2.15,16). Ela possui o verdadeiro azeite como a marca da unção do Espírito Santo (Jo 14.26). Assim, somos chamados por Cristo a iluminar o mundo, pregando o Evangelho com poder, autoridade e ousadia (At 1.8). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 7, 19 MAIO, 2019]
- No lado esquerdo do lugar santo estava a menorá (do hebraico מנורה menorah, “lâmpada, candelabro”), um candelabro de ouro batido com sete braços. As sete lâmpadas no candelabro simbolizavam a bênção de Deus brilhando sobre os doze pães da proposição que representavam as doze tribos de Israel. O próprio candelabro era uma espécie de coluna de fogo em miniatura, lembrando a presença de Deus com o seu povo no deserto. De fato, tipificava Jesus como a luz do mundo. A luz da vida é a mesma que deu forma ao mundo no princípio e que iluminará a Jerusalém celestial, nosso novo lar, eternamente “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12)

“3. A Mesa com os Pães da Proposição (Êx 25.30). A mesa era feita com madeira de acácia e recoberta de ouro. Nela, eram colocados os doze pães da proposição (Lv 24.5-9; Êx 35.13). Os pães eram feitos sem fermento (Lv 24.5). Deviam estes ser comidos pelos sacerdotes, a fim de que os ministrantes estivessem nutridos para exercer o ofício na presença de Deus. O Senhor Jesus é o “pão da vida”. E todos os obreiros devem alimentar-se de Cristo. Só assim poderão ministrar com graça e autoridade diante da Igreja de Deus. Nesse sentido, todo crente é um sacerdote. Logo, devemos nutrir-nos do “pão da vida” (Jo 6.35,58). Somos o sacerdócio real feito por Deus (1 Pe 2.9)! [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 7, 19 MAIO, 2019]
- A mesa dos pães da proposição ficava no lado direito do lugar santo. Havia 12 pães da proposição sobre a mesa, representando as 12 tribos de Israel. Os pães da proposição tipificavam Jesus. Ele é o pão que desceu do céu, e todo aquele que comer desse pão, que é o seu corpo, partido na cruz, tem a vida eterna. O pão da vida sustenta a vida espiritual de todos aqueles que Dele se alimentam. Estes já passaram da morte para a vida.

“4. O Altar de Incenso (Êx 30.1-10). O altar de incenso era também identificado como “o altar de ouro” ou “altar do cheiro suave”, em virtude do perfume, feito à base de plantas aromáticas, que queimadas sobre ele, exalavam um agradável perfume (Lv 16.12). Esse altar também ficava diante do véu que dava acesso ao “Lugar Santíssimo”. A Palavra de Deus correlaciona o incenso como uma figura da oração (Sl 141.2; Lc 1.10; Ap 5.8; 8.3). Nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, intercede por nós. Ele cumpriu sua tarefa de intercessor supremo quando, através de sua morte, fez-se nosso único Mediador entre Deus e o homem (Hb 4.14,15; 1 Tm 2.5). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 7, 19 MAIO, 2019]
- O altar de incenso formava a adequada coluna de fumaça para acompanhar a coluna de fogo do candelabro. Ficava no lugar santo, bem em frente do véu que o separava do local santíssimo. Brasas retiradas do altar de bronze eram colocadas sobre o altar de incenso, sobre o qual era derramado um suave incenso diariamente. A fumaça, que subia do incenso sobre as brasas, representava as orações do povo de Deus “Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde” (Sl 141.2). “E ainda mais, a fumaça do próprio incenso, subindo constantemente do altar, passou a simbolizar as orações do povo de Deus subindo constantemente diante do Senhor. No tabernáculo, o incenso só podia ser oferecido pelos sacerdotes, que assim serviam como mediadores entre o povo e Deus, trazendo simbolicamente suas orações à presença do Altíssimo. Essa ideia é expressa no Salmo 141.2, onde Davi ora ao Senhor: “Suba à tua presença a minha oração, como incenso,”. Uma notável violação deste protocolo está registrada em 2 Crônicas, quando o rei Azarias (também conhecido como Uzias) tentou entrar no Santo Lugar e queimar uma oferta de incenso em seu próprio nome, diante dos protestos dos sacerdotes. Em lugar do status elevado que buscava, ele foi atingido pela lepra, o que o tornou impuro e, portanto, incapaz de, no futuro, voltar a entrar em qualquer parte do complexo do templo (26.16-21). O altar de incenso também estava ligado aos rituais de sacrifício de Israel. Quando uma oferta de sacrifício era exigida devido a um pecado do sumo sacerdote, o sangue do novilho ofertado deveria ser colocado nos chifres do altar do incenso e derramado na sua base (Lv 4.3-7). Já uma oferta de sacrifício pelo pecado da comunidade como um todo requeria um sacrifício similar, com o sangue também sendo colocado nos chifres do altar do incenso, entretanto, o sangue do novilho ofertado deveria ser derramado no altar menos sagrado do holocausto (vv. 13-18). Contudo, mesmo essas ofertas regulares de sacrifícios pelos pecados não eram suficientes para lidar com a contaminação acumulada causada pelo pecado das pessoas; a fim de evitar que a terra se tornasse imprópria para a habitação divina, o sumo sacerdote tinha que entrar no Santo dos Santos uma vez por ano no Dia da Expiação. Ele carregava consigo um incensário portátil que forneceria uma nuvem protetora de fumaça, sob a qual ele poderia levar, com segurança, o sangue das ofertas de purificação e aplicá-lo ao propiciatório no topo da arca da aliança (Levítico 16.12-13).” (MINISTERIOFIEL)

lll - O VÉU QUE DEMARCA O LUGAR SANTO E O LUGAR SANTÍSSlMO
1. O primeiro véu (Êx 26.36). Depois de passar pelo Altar dos Holocaustos e pelo Lavatório no Pátio, havia no Tabernáculo um véu que dava acesso ao Lugar Santo. Esse véu ficava na entrada do “Lugar Santo”. Ele era feito com linho torcido bordado. E só depois de passar pelo Altar dos Holocaustos e pela Bacia do lavatório, o sacerdote poderia entrar no Lugar Santo. Logo, esse primeiro véu tinha o objetivo de demarcar o espaço entre o Pátio o Lugar Santo. Aqui, começava a ficar claro os espaços permeados de sacralidade no Tabernáculo. O primeiro véu deixava patente o propósito sacro do lugar. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 7, 19 MAIO, 2019]
- O propósito de um Véu é cobrir ou ocultar da vista (2Co 3.13-16, Is 25.7). O véu do tabernáculo ocultava da vista o Santo dos Santos. Ele formava uma barreira entre a glória de Deus e o homem pecador (Lv 16.2). O primeiro véu era na verdade a porta da estrutura (Êx 26.36-37). Embora suas cores fossem as mesmas do segundo véu não há menção de querubins nele. Ele ficava suspenso em cinco colunas de ouro, que eram fixadas por encaixes de cobre.

“2. O segundo véu (Êx 26.32,33). Esse é o véu que ficava entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo (ou Santo dos santos). No Santuário, somente o sumo sacerdote podia entrar, representando todo o povo de Israel. No Lugar Santíssimo encontramos apenas a Arca da Aliança. O segundo véu tinha objetivo de demarcar o espaço entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. Aqui, a sacralidade inspirava uma consciência de intimidade com o Altíssimo. O segundo véu deixava claro que a partir daquele espaço havia um propósito santo e remidor no lugar sagrado. Os dois véus são uma imagem para nós. Antigamente, havia uma gradação e divisão do propósito sacro no Tabernáculo. Mas em Cristo, o nosso Sumo Sacerdote, por intermédio de seu próprio sangue, o acesso à presença santa de Deus está aberto (Hb 9.6,7). Assim, a Igreja de Cristo tem a liberdade de exercer seu sacerdócio na presença de Deus (1 Jo 1.3,7). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 7, 19 MAIO, 2019]
- O véu interior (Hb 9.3) era confeccionado de azul, púrpura, carmesim e de linho fino torcido bordado com querubins. Ele ficava suspenso em quatro colunas de ouro fixadas por quatro encaixes de prata. Separava o Lugar Santo do Santo dos Santos (Êx 26.33). Em Hebreus 10.19-20 aprendemos que a carne de Cristo foi simbolicamente tipificada pelo véu interno do tabernáculo. Nosso Salvador tomou sobre Si mesmo a forma humana ocultando assim a Sua glória (Fp 2.5-11, Rm 8.3). Somente no Monte da Transfiguração é que Sua glória divina refulgiu (Mt 17.1-2). Da mesma maneira, o véu do tabernáculo ocultou da vista dos homens a glória e a presença de Deus.


CONCLUSÃO
Acheguemo-nos, com ousadia e confiança, diante de Deus. Através do sangue de Jesus, fomos salvos, justificados, adotados como filhos de Deus e santificados. As cortinas que nos separavam do Pai Celeste foram removidas pelo Cordeiro através de sua morte no Calvário. Portanto, não deixe de usufruir desse glorioso privilégio. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 7, 19 MAIO, 2019]
- “Finalmente, note o que está implícito na existência destes símbolos. Durante o tempo em que o véu do Templo permaneceu como um símbolo, isto era uma prova de que Cristo não tinha ainda nos feito o acesso á presença de Deus (Hebreus 9:7-9). Enquanto o sumo sacerdote terreno entrava pelo véu isto era uma prova que a verdadeira expiação ainda não tinha sido feita (Hebreus 10:1-4). Alegramo-nos pelos símbolos, mas somos agradecidos por eles já terem passado. Cristo o grande antítipo cumpriu todos os tipos do Velho Testamento”. (PALAVRAPRUDENTE)
- “Agora não precisamos mais de mediadores sacerdotais para levar nossas orações e petições a Deus, pois podemos nos aproximar dele em nome de Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote. Ele não é apenas nosso advogado mas, ele próprio, o sacrifício expiatório pelos nossos pecados (1Jo 2.2). Como nosso verdadeiro Sumo Sacerdote, ele levou seu próprio sangue ao arquétipo celestial, para o qual o tabernáculo e o templo apontavam e aplicou-o ao propiciatório celestial, purificando assim seu povo para sempre (Hb 9.11-14). Isto é o que nos permite aproximarmo-nos de Deus sem medo, sem uma cobertura protetora de incenso, seguros através do sangue aspergido de Cristo, que é o mediador da nova aliança (12.24). Como o escritor aos Hebreus resume: “Por isso, recebendo, nós, um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor” (v. 28). Que nossas orações de gratidão subam, como incenso, diariamente diante de Deus” (MINISTERIOFIEL).

Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Pb Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Maio de 2019

PARA REFLETIR
A respeito de “O Lugar Santo”, responda
O povo tinha acesso ao Lugar Santo?
O povo tinha acesso ao Pátio (Átrio), mas não ao Lugar Santo.
O que havia no Tabernáculo, segundo a lição?
No Tabernáculo, havia uma porta e dois véus.
Qual é o privilégio de quem está em Cristo?
Quem está em Cristo tem o privilégio de entrar na presença de Deus (Ef 2.18,19; Hb 10.19-22).
Quais são as três peças que compunham o Lugar Santo?
O castiçal de ouro, a mesa com os pães da proposição e o altar de incenso.
Fale sobre o primeiro e o segundo véu.
Primeiro véu: depois de se passar pelo altar dos holocaustos e pela Bacia de Bronze, havia, no Tabernáculo, um véu que dava acesso ao Lugar Santo. Segundo véu: esse é o véu que ficava entre o Lugar Santo e o Lugar Santís­simo (ou Santo dos santos). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 7, 19 MAIO, 2019]