TEMA: As Parábolas de Jesus – As Verdades e Princípios Divinos para uma
Vida Abundante
COMENTARISTA: Pr. Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Lição 10
9 de Dezembro de 2018
Precisamos de Vigilância
Espiritual
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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“Vigiai e orai, para
que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne
é fraca” (Mt 26.41).
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Mesmo com oração, a
ausência de vigilância é terreno propício para que a tentação encontre
brechas e nos conduza à derrota espiritual.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 24.45-51.
45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a
sua casa, para dar o sustento a seu tempo?
46 Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim.
47 Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.
48 Porém, se aquele mau servo disser consigo: O meu senhor tarde virá,
49 e começar a espancar os seus conservos, e a comer, e a beber com os
bêbados,
50 virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera e à hora em que
ele não sabe,
51 e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá
pranto e ranger de dentes.
INTRODUÇÃO
“O texto da leitura bíblica em classe está
inserido no centro de um conjunto de ensinamentos do Senhor Jesus Cristo. A
parábola que vamos estudar é o tema central deste conjunto, ou ciclo, de
ensinamentos que se inicia no versículo três do capítulo 24 e se estende até o
último versículo do capítulo 25. Jesus está trazendo ensino escatológico para
seus discípulos. Ele inicia suas mensagens falando a respeito do princípio das
dores, perseguições, falsos profetas, esfriamento do amor, etc. (24.3-14), e
segue falando sobre a Grande Tribulação (24.15-28), decide então discorrer
sobre sua própria volta e sobre o arrebatamento dos salvos (24.29-31). Neste
momento, visando ilustrar a necessidade da vigilância (24.36-44), Ele aborda a
necessidade de estarmos preparados para sua vinda. Aprofunda-se então o tema
central que é estarmos vigilantes (24.45-51).”(LB
CPAD, 4º Trim 2018, Lição 10, 9 Dez 18).
Esta perícope inicia
em Mateus 24 onde Jesus passa a explicar enfaticamente o ponto de atenção, de
alerta, em que nós devemos estar despertos, esperando por Sua volta. Na seqüência,
esta explicação é ratificada através de três parábolas, enunciadas uma após a
outra, e essa seqüência revela a grande importância que Ele dá ao assunto. A
primeira parábola é a do servo infiel. Nestas parábolas, o Senhor Jesus exalta
a diligência e a vigilância e censura a negligência e a imprudência. Estas
comparações se aplicam àqueles que servem no Reino de Deus. Os servos são
identificados pela prática das ordens do seu senhor e não pelo que sabem que
deve ser feito. Em outras palavras: o atendimento da vontade do senhor é o que
conta no serviço e não apenas o conhecimento dela (Mt 23.3). Com esta parábola
de Mateus 25.45-51, o Senhor Jesus reafirma o ensino dado no Sermão do Monte
quando contou a parábola da construção de duas casas. A diferença entre elas
não estava no que as pessoas viam, mas no que as pessoas não viam, isto é, no
alicerce. As intenções na realização do serviço são mais consideradas pelo
senhor do que a obra em si (1Sm 16.7). Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
I. INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS DOIS
SERVOS
“1. O servo bom e fiel. A parábola é contada tendo como base uma
comparação entre o comportamento de dois servos. O primeiro, fiel e prudente,
confiado em uma posição superior, esforça-se para realizar, zelosamente, a
tarefa recebida, porém, ele sabe que não é administrador geral da casa, mas
apenas um despenseiro. No entanto, por ser um servo fiel e prudente, ele agora
tem a oportunidade de demonstrar, na prática, se realmente é sábio, pois o seu
senhor o premia, promovendo-o a administrador de todos os seus bens (vv.45-47).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 10, 9 Dez 18).
O servo fiel administra
sua vida na expectativa de que seu senhor pode voltar a qualquer momento. Esse
modo de vida é premiado no versículo 46, onde é chamado de bem aventurado ou
feliz. Assim será no arrebatamento da Igreja. A humildade, a obediência e a
renúncia estão presentes na vida de uma pessoa compromissada com Deus. Uma
pessoa humilde deixa-se transformar pelos ensinos de Jesus e a eles se submete
em obediência. Nessa ação renuncia os seus interesses e se submete consciente e
voluntariamente aos interesses de Deus e do Seu Reino. Essa atitude a leva a
viver em excelência a sua humanidade e com isso agrada a Deus do jeito que Ele
deseja ser agradado. Neste mister, temos o exemplo de Paulo, que administrou
sua vida nessa expectativa do breve retorno do Seu Senhor, e também fez o
convite a o imitarmos (At 20. 24; 1Co 11.1; Gl 2.20).
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“2. O mau servo. A parábola não ilustra somente o perfil do
servo fiel e prudente, pois mostra quão antiético um servo pode ser quando
colocado em posição superior a dos serviçais, durante a ausência do senhor.
Conforme a narrativa, o segundo servo, recém-promovido, agindo de forma
antiética, preferiu agir como um tirano em casa alheia, prevalecendo da
momentânea posição e entregando-se à devassidão, age irresponsavelmente
contando com a demora do seu senhor (v.49). Ele parece pensar que o seu senhor
se atrasará (v.48). Por isso, começa a prevalecer-se e resolve se “divertir”,
maltratando seus conservos, amigos de trabalho. Agindo assim, ele revela seu
verdadeiro caráter, isto é, mostra-se maligno. Enquanto o primeiro servo foi
promovido (v.47), este é jogado para fora da casa, ou seja, ele terá a mesma
sorte que está reservada aos servos infiéis (v.51).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 10, 9 Dez 18).
O servo infiel, contrariamente, administra sua vida sem
qualquer senso de responsabilidade, por acreditar que seu senhor irá demorar. Note
que ele se sente melhor na ausência do seu senhor do que na sua presença. Nos
versículos 50 e 51, que representam a vinda de Cristo para reinar, ele é pego
de surpresa; é surpreendido como se um ladrão invadisse sua casa para privá-lo
das coisas que ele mais preza. O mau servo devido a sua negligência,
descompromisso e imprudência será surpreendido pela volta do senhor que o
condenará pelo mau uso da responsabilidade que recebeu e porque se colocou na
posição de senhor diante dos seus conservos. Todas as vezes que tentamos ocupar
o lugar que o Senhor não nos reservou, atraímos a Sua ira e juízo. Ser um bom
ou mau servo depende de nossa escolha (Nm 12.1 – 16; 16.1 – 50; 1Sm 15.1 – 35).
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“3. O destino escatológico. Como vimos, o primeiro servo, por sua
fidelidade e bondade, será promovido, enquanto o outro, por sua maldade e
prevalecimento, será jogado para fora da casa. Ao descrever o castigo reservado
para o servo infiel, o Senhor Jesus abandonou a linguagem parabólica para falar
do destino final dos hipócritas, isto é, no lugar para onde estes irão, “haverá
pranto e ranger de dentes” (v.51). A expressão “hipócrita”, utilizada por
Jesus, indica aqueles que falam, mas não fazem, mas para se mostrarem perante
os outros, observam apenas de forma superficial e exterior a Lei de Deus,
porém, sequer se aproximam do seu cumprimento pleno e genuíno, pois isso só
pode ser feito por aqueles que têm um coração sincero e dedicado. Os
hipócritas, porém, estão preocupados em apenas “parecer” e não em “ser”. O
senhor da parábola requer dos servos o cumprimento fiel da tarefa que lhes foi
confiada. O servo bom e fiel é aquele que se mantém ocupado, procurando sempre
cumprir fielmente as suas tarefas. Dessa forma, o servo estará sempre preparado
para quando o seu senhor retornar. Por outro lado, o mau servo é irresponsável
e, prevalecendo da confiança, abusa da posição e mostra-se indigno da posição
que o seu senhor lhe confiou. O discurso é claramente escatológico e tem como
objetivo advertir os ouvintes da necessidade de se viver de forma vigilante e
prudente enquanto se aguarda o retorno do Senhor (v.50).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 10, 9 Dez 18).
“Há um juízo vindouro em que cada homem será sentenciado a um estado de
felicidade ou miséria eterna. Cristo virá não só na glória de seu Pai, mas em
sua própria glória, como Mediador. o justo e o ímpio aqui habitam juntos, nas
mesmas cidades, igrejas e famílias, e nem sempre são diferenciados uns dos
outros; tais são as fraquezas dos santos, tais as hipocrisias dos pecadores, e
a morte os leva a ambos; porém, naquele dia serão separados para sempre. Cristo
é o grande Pastor; Ele distinguirá dentro de pouco tempo entre os que são seus
e os que não são. Todas as demais distinções serão eliminadas, e a maior delas
é entre os santos e os pecadores, os fiéis e os ímpios; esta diferença
permanecerá para sempre” (Matthew Henry). Haverá uma recompensa futura para
os que servem com fidelidade neste tempo presente. Não somente os galardões a
serem recebidos no céu (1Co 3.8, Ap 22.12), mas também as posições de
autoridade no seu reino (Lc 19.17). Uma vida descompromissada e de hipocrisia
terá como galardão a sua parte com os hipócritas. Veja que essa pessoa não
estará sendo julgada por qualquer falha relacionada ao seu trabalho como servo.
Não! Será julgada por ter vivido uma vida de aparências sem genuína conversão.
O trabalho mal feito foi apenas uma conseqüência natural de uma vida vazia e
sem Deus.
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II – UM CHAMADO À VIGILÂNCIA
“1. Vigilância. O ensino sobre a vigilância é constante no
ministério de Jesus (Mt 26.41). No intuito de demonstrar de que forma devemos
nos manter vigilantes, o Senhor Jesus narrou a parábola dos dois servos,
primeiramente contrastando o perfil de ambos ao mostrar que um era bom e o
outro mau. A ambos os servos o “senhor” da narrativa confiou a tarefa de cuidar
de seus conservos. O bom os alimentava em quantidade e hora corretas. O mau os
espancava, desprezava-os, e como se ainda não fosse o bastante, comia e bebia
com bêbados. O servo bom, além de fiel, era vigilante, administrando bem aquilo
que recebeu do seu senhor. O destaque à vigilância, nesta parábola se manifesta
como sendo o exercício correto da mordomia, ou seja, o homem vigilante pratica
a administração responsável do que recebeu do seu senhor, sabendo que está
lidando com o que não é seu e que brevemente terá de prestar contas. O mesmo
princípio é rememorado pelo apóstolo Paulo quando em 1 Coríntios 4.1,2, diz:
“Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos
mistérios de Deus. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache
fiel”. Jesus nos manda estar acordados, alertas, vigilantes, circunspectos (Mt
25.13; Mc 14.34,37,38), isto é, precisamos estar completamente alertas!”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 10, 9 Dez 18).
Muitos serão
surpreendidos pela vinda do Senhor. Embriagados pelas ânsias desta vida, teimam
em viver como se a vinda de Jesus fosse a mais remota das hipóteses. À
semelhança daqueles escarnecedores referidos pelo apóstolo Pedro, perguntam:
"Onde está a promessa da sua vinda?" O que tais crentes não sabem é
que já estamos em plena era escatológica; vivemos os últimos dias desta
dispensação. Em 1 Tessalonissensses 5.6, diz: “Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios”.
"Vigiar" (gr. gregoreo)
significa "manter-se acordado e
alerta". O contexto (vv. 4-9) indica que Paulo não está exortando seus
leitores a ficarem à espera do "Dia do Senhor" (v. 2), mas a estarem
espiritualmente preparados para escapar da ira do Dia do Senhor (cf. 2.11,12;
Lc 21.34-36). Se quisermos escapar da ira de Deus (v. 3), devemos permanecer
espiritualmente acordados e moralmente alertas, e devemos continuar na fé, no
amor e na esperança da salvação (vv. 8,9; ver Lc 21.36; Ef 6.11). Visto que os
fiéis serão protegidos da ira de Deus, por meio do arrebatamento, não devem
temer o "Dia do Senhor", mas "esperar dos céus a seu Filho... Jesus, que nos livra da ira futura"
(1.10), esperar o arrebatamento que virá antes do dia do Senhor. A palavra
"sóbrio" (gr. nepho) tinha dois significados nos tempos do NT. O
significado primário e literal, conforme explicam vários léxicos do grego, é
"um estado de abstinência de vinho", "não beber vinho",
"abster-se de vinho", "estar totalmente livre dos efeitos do
vinho" ou "estar sóbrio, abstinente de vinho". A palavra tem um
segundo sentido, metafórico, de alerta,
vigilância ou domínio próprio, i.e., estar espiritualmente alerta e controlado,
exatamente como alguém que não toma bebida alcoólica. O contexto deste
versículo deixa ver que Paulo tinha em mente o significado literal. As palavras
"vigiemos e sejamos sóbrios" são contrastadas com as palavras do
versículo seguinte: "os que se embebedam embebedam-se de noite" (v.
7). Sendo assim, o contraste que Paulo fez entre nepho e a embriaguez física
indica que ele tinha em mente o sentido literal: "abstinência do
vinho". Compare com a declaração de JESUS a respeito dos que comem e bebem
com os ébrios, e assim são apanhados desprevenidos na sua volta (Mt 24.48-51).
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“2. Ninguém sabe o dia. A necessidade de vigilância é clara, pois
assim como os servos da parábola não sabiam o momento certo do senhor deles
voltar, ninguém sabe quando Jesus Cristo virá (Mt 24.36). Por isso, antes de
contar a parábola dos dois servos, no versículo 43, Jesus explica isso de
maneira breve, mas cristalina. O Mestre utiliza a figura do pai de família
dizendo que se este soubesse quando o ladrão viria, vigiaria e estaria à sua
espera, impedindo que o malfeitor fizesse mal à família. Como não sabemos
quando Jesus haverá de vir, devemos estar sempre preparados (v.44), pois estar
preparado a qualquer momento para a volta de Cristo é parte da responsabilidade
básica de todo discípulo autêntico (v.46). Devemos fazer exatamente o que o
servo fiel e prudente da parábola fez, pois quando Cristo voltar seremos
felizes se Ele nos “achar servindo assim” (v.46). Não podemos nos esquecer que,
assim como retratado pelo Senhor Jesus Cristo na parábola, o “Dia do Senhor
virá como o ladrão de noite” (1Ts 5.2).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 10, 9 Dez 18).
Myer Pearlman
comentando "A Vinda do Senhor" em 1Ts 5.1-10, escreve: “Paulo já explicava que não poderiam saber
nem o dia nem a hora. Repete esse fato para reprimir aquela curiosidade que é
natural dos homens e que já tinha sido a causa de muita perturbação e desordem
na igreja. É uma verdade muito aplicável hoje. A palavra profética tem sido
muito desprezada por pessoas que fixam datas, bem como todas as coisas absurdas
que alegam "profecias". O "Dia do Senhor" é a expressão
comum no Antigo Testamento que descreve a vinda do juízo divino. Em particular
descreve o julgamento de Israel e das nações, que terá lugar na vinda do
Messias. Paulo declara como esse acontecimento será súbito e inesperado. O
ladrão vem de noite, quando todos dormem e ninguém está preparado; de modo
semelhante, quando Cristo vier, achará o mundo despreparado, e não esperando a
sua vinda (v.3). Certamente, haverá sinais, mas os ímpios não os verão na sua
verdadeira luz. Correrão para a destruição, sem prestar atenção aos sinais de
"pare" deixados por Deus. 2. Os preparos para a sua vinda. Há três
tipos de sono mencionado nas Escrituras: o sono natural, o sono da morte e o
sono do descuido espiritual mencionado no texto (v.6). O que se diz do que
dorme o sono natural pode ser dito do que dorme espiritualmente; não reconhece
que há perigo, esquece-se de qualquer dever, não se comove por apelos e,
talvez, nem reconheça que está dormindo."” (PEARLMAN, Myer. Epístolas
paulinas: semeando as doutrinas cristãs. RJ:CPAD, 1998, p.187-8.). Leia mais
Revista Ensinador Cristão CPAD, no 23, pág. 41.
IIl – VIVENDO COM DISCERNIMENTO
“1. Vida dissoluta. O versículo 49 chama a atenção para a falta
de prudência de alguém que começou a conduzir sua vida de maneira dissoluta.
Infelizmente, a postura do servo infiel de espancar os conservos, além de comer
e beber com os bêbados, revela um desejo que precisava apenas de uma
oportunidade para se manifestar. Tal comportamento nos lembra de um momento
anterior, no mesmo sermão, quando Jesus falou sobre os dias de Noé. O Senhor
disse que, naquele tempo, as pessoas “comiam, bebiam, casavam e davam-se em
casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca” (Mt 24.38). Em outras
palavras, as pessoas do tempo do “pregoeiro da justiça” (2Pe 2.5), viviam sem
compromisso algum com Deus, e foram surpreendidas pelo juízo divino (Mt
24.38,39). De igual forma, a vida dissoluta do mau servo, e de pessoas que se
comportam como ele, terão como destino um lugar onde haverá choro e ranger de
dentes (v.51).”(LB CPAD, 4º
Trim 2018, Lição 10, 9 Dez 18).
Vida dissoluta é viver
de maneira corrupta, libertina e devassa, estas são características de uma vida
descompromissada com Deus. “Nessa
ilustração o Mestre tem uma exortação para todos os seus servos. Nela, como
sempre, Cristo liga a fé ao comportamento. Se cremos em sua vinda, devemos nos
portar de acordo com o que acreditamos. Não podemos viver como desejamos, se
verdadeiramente cremos que ele pode vir a qualquer momento. Essa esperança deve
governar a nossa vida no lar e impedir-nos de viver uma vida sem moderação e
sem disciplina. Se nos conscientizarmos da volta do Mestre, e deixarmos que
essa conscientização impere em todos os aspectos da nossa vida, então
viveremos. Quando o servirmos de maneira a honrá-lo, teremos verdadeira
comunhão uns com os outros, santidade de vida e estaremos vigilantes. Para
aqueles servos maus que escarnecem da verdade de sua vinda e arrogantemente
destratam os outros, e se associam com os glutões, há uma condenação repentina
e veloz. Que a graça nos seja concedida para que possamos viver de tal maneira
que não sejamos envergonhados perante ele em sua vinda!”” (LOCKYER, 2006,
p. 300).
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“2. Vida santa. Desde os tempos de Moisés, o povo de Deus é
exortado a viver uma vida de santidade (Lv 11.44,45), isto é, uma vida separada
e consagrada totalmente ao Senhor. Para o povo da nova aliança — a Igreja —, a
mesma vida de santidade também é requerida (1Pe 1.16), pois temos mais luz e
conhecimento em relação às coisas de Deus do que o próprio povo de Israel. Por
isso, precisamos viver uma vida com discernimento, sabendo separar aquilo que,
como santos e filhos de Deus, convém, ou não, fazer (1Co 6.12; 10.23). Hoje,
mais do que em qualquer outra geração de cristãos, precisamos nos lembrar de
que, sem santificação, “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Devemos ter isso
muito claro em nossos corações, lembrando também que o Senhor Jesus Cristo pode
voltar a qualquer momento (Mt 24.42).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 10, 9 Dez 18).
“Jesus
anunciou que antecipadamente que os dias que antecedem a sua vinda, serão de
extrema corrupção moral, comparando com o período antediluviano e geração de
Sodoma e Gomorra (Mt 24.37; Lc 17.28). Os apóstolos também fizeram a mesma
afirmação (II Tm 3.1-5; II Pe 3.3). Sabedores disto, nós cristãos, devemos no
meio desta geração pervertida, vigiar em santidade, a fim de não contaminarmos
com o pecado (Fp 2.15). A santidade é tipificada na Bíblia como vestes (Ap
19.8,14). Por sua vez, a falta de santidade pode ser retratada como vestes
sujas ou a nudez (Zc 3.3,4; Ap 3.18; 16.15). A exortação bíblica é que devemos
estar vestidos e com vestes limpas em todo tempo (Ec 9.8; Ap 3.4). Já vimos que
a palavra “vigiar” significa: “estar atento”. O contrário da palavra “vigiar” é
justamente “dormir” (Mc 14.37; Ef 5.14; Rm 13.11). Do ponto de vista bíblico, o
sono espiritual, tem conotação negativa, pois leva o homem a um estado de
invigilância. Jesus falou disto quando disse: “Vigiai, pois, porque não sabeis
quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do
galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo” (Mc
13.35,36). Foi quando as dez virgens cochilaram que chegou o esposo “E,
tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram” (Mt 25.5). A “demora” da
volta de Cristo se constitui num teste de resistência e fidelidade para aqueles
que professam segui-lo. Por isso, somos exortados a perseverança (Mt 24.13; Lc
8.15; Rm 2.7; I Tm 4.16; Ap 3.10-11). Devemos também exorta-nos uns aos outros
(Hb 10.25).” (Extraído de: lição 04 - Esteja alerta e vigilante, Jesus
voltará - 1º Trimestre de 2016)
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“3. Administrando os bens. Jesus contou a parábola dos dois servos
para que os ouvintes, e todos nós, optássemos em seguir o exemplo do servo fiel
e prudente, evitando o trágico fim dos hipócritas (v.51). A postura do servo
bom e fiel, que administra os bens de seu senhor conforme a justiça faz jus à
própria expressão “servo”, visto que esta retrata o perfil de um ministro
dedicado, alguém que se sente satisfeito em cumprir o seu dever, que é servir
ao seu senhor. De forma semelhante, a Bíblia nos chama de despenseiros de Deus
e diz que devemos ser “bons” (1Pe 4.10), ou seja, eficientes e dedicados. O
apóstolo Paulo também falou sobre este assunto dizendo ser necessário que “os
homens nos considerem como ministros”, ou seja, servos “e despenseiros”, isto
é, administradores daquilo que Cristo coloca sob nossa responsabilidade,
requerendo apenas que cada um se ache, seja encontrado, fiel (1Co 4.1,2).
Portanto, mais que fidelidade e prudência, o Senhor requer de nós que sejamos
bons e fiéis administradores do que não é nosso (1Pe 5.2).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 10, 9 Dez 18).
Em Coríntios 3.9, a
Bíblia diz dos obreiros: "Nós somos
cooperadores de Deus". Em geral se pensa que o cooperador no trabalho
do Senhor seja um obreiro iniciante, ou um mero auxiliar, mas aqui trata-se de
um obreiro habituado na Seara do Mestre, dando o máximo de si, com todo
esforço, juntamente com os demais, para levar avante o trabalho de Cristo. No
mesmo versículo, a Bíblia diz do rebanho do Senhor: "vós sois lavoura de Deus". Agora a cena muda: em vez do
obreiro, aparece a Seara do Senhor, na qual o obreiro se ocupa. Obreiros vêm e
obreiros vão, mas a Igreja do Senhor permanece, porque ela é obra de Deus e não
de homem. Dela disse Jesus: "A minha Igreja". Desta expressão do
Senhor, concluí-se que há outras aglomerações que levam o nome de igreja, mas
que não são a sua Igreja. Matthew Henry comentando Mateus 25, escreve: “As boas obras feitas por amor a Deus, por
meio de Jesus Cristo, aqui são comentadas como marcas do caráter dos crentes
feitos santos pelo Espírito de Cristo, e como os efeitos da graça concedida aos
que as fazem. o ímpio neste mundo foi frequentemente chamado a ir a Cristo em
busca de vida e repouso, porém, recusaram os seus chamados; e justamente são os
que preferiram afastar-se de Cristo, aqueles que não irão a Ele. Os pecadores
condenados darão desculpas vãs. O castigo do ímpio será um castigo eterno; seu
estado não poderá ser mudado. Assim é a vida e a morte, o bem e o mal, a bênção
e a maldição: estão postos diante de nós, para que possamos escolher nosso
caminho; e nosso fim será de acordo com o nosso caminho.” Quando fala-se em
ser despenseiro dos dons celestiais, fala-se de qualidade no trabalho que se
faz para Deus. O termo despenseiro alude a um administrador que, a serviço de
seu senhor, cuida de sua casa, negócios, recursos, propriedades e pessoal. A
tarefa desse despenseiro não era tanto manual, mas principalmente mental. Deus também
capacita obreiros para tais ministérios (Ver 1Co 12.28 e Rm 12.8).
CONCLUSÃO
“Há pessoas que estão se conduzindo de modo dissoluto e fazendo mau uso
dos bens que o Senhor deixou em suas mãos. São maus servos. Correm o risco de
serem pegos de surpresa e acabarem lançados nas trevas exteriores, onde haverá
choro e ranger de dentes. Por outro lado, o servo vigilante está preparado para
a vinda de Jesus. Ele não apenas está vigilante como prega sobre a vinda de
Jesus, pois como bom ministro e despenseiro sabe que é seu dever anunciar a
vinda de Cristo. O vigilante guarda o que tem, exercitando seus talentos. Ele
administra com fidelidade os bens de seu Senhor, sabendo que um dia será
promovido às mansões celestiais.”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 10, 9 Dez 18).
Somos despenseiros das
coisas celestiais e prestamos contas à Deus, a quem pertence todas as coisas
(SI 24.1; Ag 2.8). No Antigo Testamento o mordomo era encarregado de uma casa
(Gn 39.2-6; 43.19; 44.4). Já no Novo Testamento há duas palavras para definir o
despenseiro: "epitropos" (Mt 20.8; Lc 8.3; Gl 4.2) isto é, alguém a
cujos cuidados de guardião uma propriedade alheia foi confiada; e, que é
traduzida como "administrador", "procurador" e
"curador"; e “oiconomos”, que ocorre por dez vezes, e é traduzido
como "administrador", "despenseiro", "mordomo",
"tesoureiro" e "tutor" (Lc 16.2,3; 1 Co 4.1,2; Tt 1.7; 1a
Pe 4.10). Este último vocábulo provém de “oikos” (casa) e de “nomo” (dispensar
ou gerir), o que da à palavra o sentido de gerente ou superintendente. Que
todos nós sejamos despenseiros fiéis dos bens de nosso Pai Celestial, para que
quando Ele enviar Seu Filho para nos buscar e acertar as contas conosco,
sejamos bem recompensados por Ele na Sua vinda!
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim
o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor
Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco
Barbosa
Campina
Grande-PB
Dezembro
de 2018
PARA REFLETIR
A
respeito de “Precisamos de vigilância espiritual” responda:
• A parábola tem o que
como base?
A parábola é contada
tendo como base uma comparação entre o comportamento de dois servos.
• De acordo com a
lição, o discurso do Senhor é claramente escatológico e tem qual objetivo?
Advertir os ouvintes
da necessidade de se viver de forma vigilante e prudente enquanto se aguarda o
retorno do Senhor.
• O destaque à
vigilância, nesta parábola, se manifesta como o quê?
O destaque à
vigilância, nesta parábola se manifesta como sendo o exercício correto da
mordomia, ou seja, o homem vigilante pratica a administração responsável do que
recebeu do seu senhor, sabendo que está lidando com o que não é seu e que
brevemente terá de prestar contas.
• O que Jesus quis
dizer ao referir-se ao tempo de Noé dizendo que as pessoas “comiam, bebiam,
casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca”?
As pessoas do tempo
do “pregoeiro da justiça” (2Pe 2.5), viviam sem compromisso algum com Deus e
foram surpreendidas pelo juízo divino (Mt 24.38,39).
• De acordo com o
último subtópico da lição, para que Jesus contou a parábola dos dois servos?
Jesus contou a
parábola dos dois servos para que os ouvintes, e todos nós, optássemos em
seguir o exemplo do servo fiel e prudente, evitando o trágico fim dos
hipócritas.