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21 de dezembro de 2018

Lição 12: Esperando, mas Trabalhando no Reino de Deus



REVISTA ADULTOS 4° TRIMESTRE 2018
TEMA: As Parábolas de Jesus – As Verdades e Princípios Divinos para uma Vida Abundante
COMENTARISTA: Pr. Wagner Tadeu dos Santos Gaby


Lição 12
23 de Dezembro de 2018
Esperando, mas Trabalhando no Reino de Deus

TEXTO ÁUREO

VERDADE PRÁTICA
”Cada um administre aos outros o dom como recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus." (1Pe 4.10)

Enquanto vigilantes aguardamos a volta de Cristo, devemos trabalhar diligentemente na causa do Mestre.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 25.14-30
14 Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens,
15 e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.
16 E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles e granjeou outros cinco talentos.
17 Da mesma sorte, o que recebera dois granjeou também outros dois.
18 Mas o que recebera um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor.
19 E, muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.
20 Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei com eles.
21 E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
22 E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles ganhei outros dois talentos.
23 Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
24 Mas, chegando também o que recebera um talento disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
25 e, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
26 Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei;
27 devias, então, ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu com os juros.
28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos.
29 Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado.
30 Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes.

INTRODUÇÃO
A parábola dos talentos retrata um senhor que viaja para fora do país e deixa suas posses sob a responsabilidade de seus servos. Enquanto ele estiver ausente, os servos deverão negociar os seus bens para obter lucro. No dia que o senhor voltar, eles deverão prestar contas. A referência sobre o longo tempo de duração da viagem (Mt 25.19) desperta a questão a saber quem estará pronto para o retorno do senhor.
Assim, uma das grandes lições da parábola dos talentos está na importância de se "remir" o tempo, de maneira sábia, antes que Cristo volte. Não se trata de uma espera desinteressada, pois exige de cada um de nós, seus servos, que levemos adiante a tarefa de cuidar dos "bens" e tiremos o máximo proveito da oportunidade que nos foi confiada. Estar preparado para a volta de Jesus significa também comprometer-se com a tarefa que nos foi designada pelo Senhor (Lc 19.13b).(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
Estamos no Sermão do Monte, Jesus discursa acerca de coisas futuras. No capítulo anterior, ele discorre acerca dos sinais que sucederão à sua volta contando três parábolas, sendo a dos Talentos, a última. Nestas três parábolas, o âmago é a necessidade de vigilância em relação ao nosso comportamento, pois iremos prestar contas de nossos atos ao Senhor, quando este voltar. A parábola da Figueira enfatiza nosso cuidado das pessoas a nós confiadas; a parábola do Servo Fiel, nossa prontidão em relação à espera da vinda do Senhor; e esta, a terceira, quanto ao uso dos bens a nós confiados (os talentos). “Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé” (Tg 2.26). Nesta parábola aprendemos a não desperdiçar as oportunidades que Deus nos dá. Os verdadeiros seguidores de Jesus aproveitam as oportunidades e obtêm bons resultados. Os falsos seguidores desperdiçam tudo que recebem. Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS DEZ TALENTOS

1. O contexto da parábola. A maioria dos estudiosos enfrenta dificuldade para explicar o contexto da parábola dos talentos, pois se trata de uma narrativa que expõe uma realidade econômica muito distinta da nossa. Um ou outro arriscou uma explicação dizendo que o procedimento adotado pelo senhor da parábola era uma das formas que as pessoas de posse adotavam quando se ausentavam por um longo período de tempo. No entanto, tal explicação não é o mais importante, e sim a sua mensagem.(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
O contexto histórico da parábola é naturalmente, o contexto social da época de Jesus. O Mestre fala nessa parábola sobre um homem dono de muitas propriedades. Prestes a viajar, esse homem confiou seus bens a seus servos. Para um servo ele deu cinco talentos; para outro servo deu dois talentos; e para o último servo deu um talento

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2. Conhecendo o sistema financeiro da época. Os estudiosos destacam ainda que embora Jesus usasse, via de regra, em suas parábolas, imagens da vida no campo, dos trabalhadores braçais e até da família, nesta o Senhor tomou exemplos do sistema financeiro, pelo fato de que, naquela época, tal sistema era um assunto corriqueiro e criticado entre as pessoas. Assim, ainda que elas não tivessem posses e fossem pobres, sabiam desse sistema e entendiam também que as pessoas que tinham muito dinheiro eram as que possuíam maiores condições de multiplicar seus bens. Uma vez que desde sempre os juros de empréstimos são elevados, certamente talvez, por isso, os servos bons e fiéis tenham atuado, eles mesmos, como banqueiros, emprestando o dinheiro a altos juros e realizando grandes negócios (v.27).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
Segundo estudiosos, um talento correspondia a certa de 35 quilos de prata pura, o equivalente a 6.000 denários (o denário era uma moeda de prata e valia um dia de trabalho de um soldado romano). Talento era uma moeda antiga na Grécia e Roma, antiga medida de peso grego-romano. Esse “talento” confiado aos servos era uma unidade monetária em uso na época. Estima-se que o talento equivalia a seis mil denários; sendo que um denário era o salário pago pela diária de um trabalhador comum. Logo, um talento equivalia a quase 20 anos de trabalho para a maioria dos trabalhadores da época.


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3. A motivação e o significado da parábola. Pelo contexto escatológico em que foi contada, muito provavelmente a parábola dos talentos tem como finalidade retratar o período que abrange desde a ascensão de Jesus até sua segunda vinda e foi dirigida aos seus discípulos com o objetivo de alertá-los a ter uma vida pautada nos valores do Evangelho (Mt 25.13-15). O homem rico a quem os servos se referiram como "senhor" que iria partir é uma representação do Senhor Jesus Cristo. A viagem a um país distante se refere à sua partida para o céu, após a sua ascensão. Os servos eram, inicialmente, os doze discípulos a quem Jesus dirigiu a parábola, e num sentido mais amplo, refere-se a todas as pessoas nascidas de novo. Os talentos são os dons que o Senhor entregou aos seus servos. Inclusive, a nossa palavra "talento", com o sentido que conhecemos, vem desse uso que o Mestre fez da expressão. A volta do senhor dos talentos seria o equivalente à segunda vinda de Cristo, enquanto a recompensa, ou o castigo, seriam uma representação do destino dos salvos e dos não-salvos (vv.20-27). A aprovação elogiosa que o senhor fez aos servos, no seu retorno, refere-se aos galardões que se podem esperar do julgamento das obras no Tribunal de Cristo (2 Co 5.10). Já a condenação do servo que negligenciou sua responsabilidade em relação ao talento, é uma advertência contra o não uso, ou o uso indevido dos dons (vv.28-30 cf. Mt 7.21-23).(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
Muitas interpretações erradas e alegóricas foram feitas sobre esta parábola. No geral, essas interpretações buscam atribuir significados específicos para cada elemento descrito por Jesus (senhor, servos e talentos). Seja como for, o mais  importante é estar atento para não ignorar a mensagem principal da parábola. Na maioria das vezes o excesso de alegorias acaba distorcendo o ensino fundamental transmitido por Jesus. “A palavra “talento” tem sua origem no latim “talentum”. Significa “inclinação, desejo de fazer, de conquistar”. Quando vem do grego “talenton”, possui o sentido de “pesagem, soma, quantia de dinheiro”. Com o tempo, o vocábulo foi ganhando novos sentidos, principalmente, após a parábola de Mateus, passagem bíblica, que atribuiu o significado da palavra para “aptidão, dom especial”” (GRAMATICA).

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II – USANDO A NOSSA CAPACIDADE PARA O REINO DE DEUS

1. O Senhor reparte seus talentos segundo a nossa capacidade. A parábola dos talentos nos ensina uma grande verdade sobre o nosso potencial, isto é, a aptidão e a possibilidade que cada um possui de realizar uma tarefa. Por isso, o texto fala que a quantidade de talentos foi repartida "a cada um segundo a sua capacidade" (v.15). Deus não concede um talento a uma pessoa sem que esta tenha condições de desenvolver e nem requer de alguém uma tarefa para a qual não a tenha chamado. Qual é o seu talento? Qual é a sua capacidade? Contente-se com o seu talento, pois você o recebeu do Senhor de acordo com a sua capacidade. A esse respeito, a parábola mostra a diferença de responsabilidade, pois diferimos uns dos outros na quantidade de dons recebidos. Note que, apesar de os servos terem recebido uma quantidade diferente de talentos, que foram distribuídos de acordo com a capacidade pessoal de cada um, a recompensa pela dedicação de cada um deles à tarefa foi igual.” (LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
Seja qual for a interpretação, nenhuma delas pode ignorar que o grande significado da Parábola dos Talentos enfatiza o princípio de que cada um recebe dons e oportunidades. O servo fiel é aquele que, independentemente da quantidade de talentos recebida, age com responsabilidade e diligência. Essa distribuição, segundo o texto, foi realizada de acordo com a capacidade de cada servo (v.15). Aquele que havia recebido um talento escondeu-o, provando, pela sua negligência, que seu senhor estava certo em dar-lhe este valor. Os outros duplicaram a importância recebida. Os servos fiéis foram elogiados pelo lucro produzido, ao passo que o infiel, além de perder seu talento, foi considerado mau e negligente. Por meio desta parábola, aprendemos que o Senhor nos concede dons, habilidades e oportunidades para trabalharmos em sua obra, mas em breve, teremos de prestar-lhe contas do que fizemos com todas essas dádivas. O Senhor espera que administremos com fidelidade e diligência todos os talentos que Ele nos concedeu. Nosso Deus nos concede talentos (dons, habilidades, oportunidades) de acordo com nossa capacidade. Ele seria injusto se confiasse a nós algo que não pudéssemos administrar. Por exemplo: uma pessoa sem o preparo necessário jamais pode ser coloca na presidência de uma grande empresa em crise com a finalidade de salvá-la. Seria injusto colocar uma pessoa numa situação tão difícil sem que ela tenha a capacitação necessária. Da mesma forma Deus nos colocaria em situação muito complicada se confiasse a nós uma quantia que não pudéssemos administrar com propriedade.

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2. A capacitação do homem por Deus. Desde o livro de Êxodo, a Bíblia apresenta o agir de Deus na vida de homens com a finalidade de capacitá-los para o exercício de uma atividade (35.30-35). O texto fala da capacitação divina a Bezalel e a Aoliabe, dizendo que Deus lhes deu habilidade para fazerem trabalhos manuais e engenhosos específicos, além de capacidade para criar "invenções". Diante da grande tarefa que tinha diante de si em liderar o povo de Deus, apesar de ter sido escolhido para desempenhar tal papel, Salomão pede ao Senhor que lhe dê sabedoria (1 Rs 3.6-9). Assim também o apóstolo Paulo reconhece, de forma humilde, que não somos "capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus" (2 Co 3.5). Esta é a atitude que se espera de quem realmente tem um chamado da parte de Deus: Reconhecer que a nossa capacidade vem de Deus.” (LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
A divisão dos talentos segue uma proporcionalidade relativa à capacidade de cada indivíduo. Deu mais a quem mais tinha condições de desempenhá-los com maior desembaraço, que por consequência negociou mais e obteve um sucesso maior. Ao recebermos os talentos, em gratidão a Deus por ter depositado em nós tamanha confiança, devemos aperfeiçoá-los a fim de que sejam úteis para a expansão do reino. O resultado dos talentos que recebemos deve glorificar unicamente ao nosso Senhor.


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3. O acerto de contas. A responsabilidade de desempenhar uma missão na obra de Deus é de tal envergadura que a parábola que estamos estudando fala do acerto de contas dos servos de Deus, com o seu Senhor, e mostra algumas verdades interessantes. Entre elas a de que os homens podem até receber dons desiguais, mas devem desenvolvê-los e entregá-los com a mesma diligência, pois os que fizerem a vontade do seu senhor receberão a mesma remuneração (vv.21,23). De igual forma, o negligente, independentemente do quanto recebeu, pela sua maneira de lidar com o talento, também será punido (vv.28,30).” (LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
A Parábola dos Talentos ensina que nada do que temos é de fato nosso. Somos apenas depositários, não somos donos dos talentos que recebemos. Nossa função é administrar e zelar por aquilo que Deus nos dá. Ele é o dono dos talentos e continuará sendo. Podemos encontrar alguns que se vangloriam diante de suas realizações e capacidades. Mas elas não conseguem enxergar que um dia terão que prestar conta de tudo ao verdadeiro dono. O resultado dos talentos que recebemos deve glorificar unicamente ao nosso Senhor. Todos os três homens que receberam talentos foram cobrados pelo que fizeram com eles. Receber talentos é também receber responsabilidades. O último, apesar de ter apenas conservado o seu talento, recebeu dura cobrança por não tê-lo multiplicado. O senhor foi severo com ele, tirando dele aquele talento: “Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? (…) Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez.” (Mt 25.26, 28)

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IIl – TRABALHANDO ATÉ O SENHOR VOLTAR

1. Usando os talentos segundo a nossa capacidade. Assim como a distribuição dos bens foi proporcional à capacidade de cada um dos servos, de igual maneira, espera-se que a sua utilização obedeça à mesma regra, ou seja, os talentos devem ser usados de acordo com a capacidade de cada um. A respeito do trabalho com a expansão do Reino de Deus, o Senhor reparte talentos segundo a nossa capacidade e os requer na mesma medida, pois "a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá" (Lc 12.48b). Cientes de sua obrigação, os dois primeiros servos, não sabendo quanto tempo o seu senhor estaria ausente, tão logo ele se foi, começaram a negociar imediatamente e empregaram seus talentos, ou seja, eles negociaram e não descansaram enquanto não dobraram o que tinham recebido (vv.20,22). Em ambos os casos os talentos foram devidamente empregados. Se o servo que recebera um talento tivesse feito o mesmo, certamente o seu desempenho seria semelhante (vv.26,27).(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
Na Parábola dos Talentos dois servos bons receberam uma promessa de que devido ao sucesso diante das responsabilidades que exerceram, ambos seriam colocados em responsabilidades ainda maiores. Podemos notar a importância dessa promessa quando calculamos o valor do patrimônio que foi confiado ao primeiro servo. Ele ficou responsável por uma quantia que equivalia a cem anos de salários de um trabalhador de sua época. Isso realmente era muito coisa! Porém o senhor dele comparou essa enorme quantia como sendo pouco em relação ao que ele receberia no futuro. Muitas pessoas gostam de fazer alegorias com esse detalhe da parábola, principalmente focando resultados materiais. Mas penso que a melhor interpretação é considerar que nada do que conhecemos ou recebemos nesta terra, por mais valioso que seja, se compara a promessa de que eternamente participaremos da alegria do nosso Senhor. Quando o proprietário convidou os servos fiéis para participarem de sua alegria, ele ofereceu aos empregados a oportunidade de ocuparem uma posição a qual não tinham direito. Eles se sentaram à mesa com seu senhor. Juntamente com ele, os servos regozijaram se lembrando do trabalho que foi desempenhado. O cristão verdadeiro será convidado a participar de uma mesa a qual não tinha direito algum de participar. Porém, não por seus méritos, mas pelos méritos de Cristo, pela infinita misericórdia e bondade do Senhor que confiou a ele os seus talentos, esse servo fiel estará presente no grande banquete celestial.” (ESTILOADORAÇÃO). O Reverendo Hernandes Dias Lopes escreve: “Jesus conta nessa parábola que um servo recebeu cinco talentos, outro dois e o último um. Os talentos são distintos, em quantidades variadas, porque somos diferentes uns dos outros. No corpo tem muitos membros e cada um exerce sua função de acordo com sua capacidade para o bem de todo o corpo. Assim somos nós, não apenas temos aptidões distintas, mas, também, temos capacidades variadas. Cada um recebeu o quanto podia desenvolver. Cada um recebeu na medida da sua capacidade. Deus nunca vai nos cobrar além do que nos deu. A quem muito é dado, muito é exigido. Cada um deve trabalhar na medida das suas forças e conforme o dom que recebeu.(A Mordomia do Talento, Rev Hernandes Dias Lopes. Disponível em: http://hernandesdiaslopes.com.br/a-mordomia-do-talento/. Acesso em: 18 DEZ, 2018)

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2. A advertência de que haverá uma prestação de contas. Por mais que tenha demorado, "o senhor daqueles servos" voltou e chamou-os para ajustar "contas com eles" (v.19). De modo semelhante, Cristo não nos chamou para que fiquemos ociosos, pois Ele chamará cada um a prestar contas de seu trabalho na obra de Deus (Lc 12.48b; 2 Co 5.10). A parábola nos adverte para o fato de que recebemos algo de Cristo, ou seja, dons e talentos, com a finalidade de trabalharmos para Ele, pois a "manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil" (1 Co 12.7). É necessário atentar para esta verdade, pois o dia de prestar contas chegará e todos seremos examinados..(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
A despeito do que muitas pessoas pregam e imaginam, a severidade de Deus se manifestará no dia do Julgamento. Aqueles que não desenvolveram seus talentos sofrerão perda na eternidade e aqueles que não se submeteram ao senhorio de Cristo sofrerão a condenação eterna. Os inimigos do Rei Jesus sofrerão grande derrota e serão envergonhados diante do seu poder, autoridade e soberania.

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3. Recompensa no Tribunal de Cristo. Além de ser uma responsabilidade, trabalhar no Reino de Deus é um privilégio. Os elogios que o senhor fez aos servos no seu retorno (vv.21,23) lembram dos galardões que, como seus servos, podemos esperar no dia do julgamento de nossas obras no Tribunal de Cristo (1 Co 3.12-15 cf. 2 Co 5.10). Alegremo-nos com essa verdade.(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
Certamente todos os crentes, já transformados e com um corpo incorruptível, vão comparecer perante o Tribunal de Cristo (cf. 2Co 5.10; 1Co 1.8). Não se trata de julgamento de pecados, pois os que serão julgados já são salvos. Os ímpios é que passarão pelo julgamento de suas obras e pecados, no juízo do Trono Branco, após o Milênio (cf. Ap 20.11-15). Os salvos em Cristo Jesus, desde que permaneçam fiéis, em santidade, não mais passarão por qualquer tipo de condenação: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1). Estar “em Cristo Jesus” é a condição indispensável para ter sido salvo e permanecer salvo. Neste tribunal serão julgadas as obras dos salvos que foram praticadas na Terra, a fim de que recebam, ou não, o galardão (Ap 22.12). Galardões são prêmios. Lauréis a que o crente fez jus, pois desempenhou bem a função para qual foi vocacionado no Reino de Deus. Agora, note o que diz o versículo 30: “Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes”, este fecho nos leva a outra situação de julgamento que não é o Grande Trono Branco, onde estarão somente os salvos. Existem muitas pessoas que dizem crer em Jesus mas nem todos são verdadeiros seguidores. Aqueles que creem em Jesus aproveitam o que ele lhes dá e usam tudo para expandir o reino de Deus. Cada um faz o que consegue com os recursos que Deus lhe deu e Deus ajuda a multiplicar.


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CONCLUSÃO
Uma vez que Jesus não estabeleceu uma data para a sua volta, Ele pode vir a qualquer momento (Mt 24.36; Mc 13.32; At 1.7). Todavia, sempre há tempo suficiente, antes que Cristo venha, para que os que forem servos bons e fiéis dupliquem os talentos que o Senhor lhes confiou.(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
Jesus conta na parábola que os servos diligentes foram não apenas elogiados, mas recompensados. Eles entraram no gozo do Senhor e tomaram posse de uma riqueza incomparavelmente maior e eterna. Depois do trabalho vem a recompensa. Depois das lágrimas da semeadura, vem a alegria da colheita farturosa. Nossa recompensa não é material, mas espiritual. Nosso tesouro não está aqui, mas no céu. Nossa premiação não é neste mundo, mas no céu, quando ouvirmos daquele que está assentado no trono: “Bom está servo bom e fiel; foste fiel no pouco, agora sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”. O Senhor tem expectativas a nosso respeito. Fidelidade é o que ele espera de nós

Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Dezembro de 2018

PARA REFLETIR
A respeito de "Esperando, mas Trabalhando no Reino de Deus", responda:
• Pelo contexto escatológico, qual é a finalidade da parábola dos talentos?
Pelo contexto escatológico em que foi contada, muito provavelmente a parábola dos talentos tem como finalidade retratar o período que abrange desde a ascensão de Jesus até sua segunda vinda e foi dirigida aos seus discípulos com o objetivo de alertá-los a ter uma vida pautada nos valores do Evangelho (Mt 25.13-15).
• Quem os servos da parábola representam?
Os servos eram, inicialmente, os doze discípulos a quem Jesus dirigiu a parábola, num sentido mais amplo, refere-se a todas as pessoas nascidas de novo.
• Qual é a atitude que se espera de quem realmente tem um chamado da parte de Deus?
Reconhecer que a nossa capacidade vem de Deus.
• Para que recebemos dons da parte do Senhor?
Recebemos algo de Cristo, ou seja, dons e talentos, com a finalidade de trabalharmos para Ele, pois a "manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil" (1 Co 12.7).
• Você tem utilizado seus talentos e dons em prol do Reino de Deus?
Resposta pessoal.