TEMA: As Parábolas de Jesus – As Verdades e Princípios Divinos para uma
Vida Abundante
COMENTARISTA: Pr. Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Lição 12
23 de Dezembro de 2018
Esperando, mas
Trabalhando no Reino de Deus
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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”Cada um administre aos
outros o dom como recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de
Deus." (1Pe 4.10)
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Enquanto vigilantes
aguardamos a volta de Cristo, devemos trabalhar diligentemente na causa do
Mestre.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 25.14-30
14 Porque isto é também como um homem
que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os
seus bens,
15 e a um deu cinco talentos, e a outro,
dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo
para longe.
16 E, tendo ele partido, o que recebera
cinco talentos negociou com eles e granjeou outros cinco talentos.
17 Da mesma sorte, o que recebera dois
granjeou também outros dois.
18 Mas o que recebera um foi, e cavou na
terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor.
19 E, muito tempo depois, veio o senhor
daqueles servos e ajustou contas com eles.
20 Então, aproximou-se o que recebera
cinco talentos e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor,
entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei com
eles.
21 E o seu senhor lhe disse: Bem está,
servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no
gozo do teu senhor.
22 E, chegando também o que tinha
recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com
eles ganhei outros dois talentos.
23 Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom
e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo
do teu senhor.
24 Mas, chegando também o que recebera um
talento disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde
não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
25 e, atemorizado, escondi na terra o teu
talento; aqui tens o que é teu.
26 Respondendo, porém, o seu senhor,
disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto
onde não espalhei;
27 devias, então, ter dado o meu dinheiro
aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu com os juros.
28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao
que tem os dez talentos.
29 Porque a qualquer que tiver será dado,
e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado.
30 Lançai, pois, o servo inútil nas
trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes.
INTRODUÇÃO
“A parábola dos talentos retrata um senhor
que viaja para fora do país e deixa suas posses sob a responsabilidade de seus
servos. Enquanto ele estiver ausente, os servos deverão negociar os seus bens
para obter lucro. No dia que o senhor voltar, eles deverão prestar contas. A
referência sobre o longo tempo de duração da viagem (Mt 25.19) desperta a
questão a saber quem estará pronto para o retorno do senhor.
Assim, uma das grandes lições da parábola dos talentos está
na importância de se "remir" o tempo, de maneira sábia, antes que
Cristo volte. Não se trata de uma espera desinteressada, pois exige de cada um
de nós, seus servos, que levemos adiante a tarefa de cuidar dos
"bens" e tiremos o máximo proveito da oportunidade que nos foi
confiada. Estar preparado para a volta de Jesus significa também comprometer-se
com a tarefa que nos foi designada pelo Senhor (Lc 19.13b).”(LB
CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
Estamos no Sermão do
Monte, Jesus discursa acerca de coisas futuras. No capítulo anterior, ele
discorre acerca dos sinais que sucederão à sua volta contando três parábolas, sendo
a dos Talentos, a última. Nestas três parábolas, o âmago é a necessidade de
vigilância em relação ao nosso comportamento, pois iremos prestar contas de
nossos atos ao Senhor, quando este voltar. A parábola da Figueira enfatiza
nosso cuidado das pessoas a nós confiadas; a parábola do Servo Fiel, nossa
prontidão em relação à espera da vinda do Senhor; e esta, a terceira, quanto ao
uso dos bens a nós confiados (os talentos). “Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé”
(Tg 2.26). Nesta parábola aprendemos a não desperdiçar as oportunidades que
Deus nos dá. Os verdadeiros seguidores de Jesus aproveitam as oportunidades e
obtêm bons resultados. Os falsos seguidores desperdiçam tudo que recebem. Dito isto, vamos pensar maduramente a fé
cristã?
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS DEZ
TALENTOS
“1. O contexto da parábola. A maioria dos estudiosos enfrenta
dificuldade para explicar o contexto da parábola dos talentos, pois se trata de
uma narrativa que expõe uma realidade econômica muito distinta da nossa. Um ou
outro arriscou uma explicação dizendo que o procedimento adotado pelo senhor da
parábola era uma das formas que as pessoas de posse adotavam quando se
ausentavam por um longo período de tempo. No entanto, tal explicação não é o
mais importante, e sim a sua mensagem.”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
O contexto histórico
da parábola é naturalmente, o contexto social da época de Jesus. O Mestre fala
nessa parábola sobre um homem dono de muitas propriedades. Prestes a viajar,
esse homem confiou seus bens a seus servos. Para um servo ele deu cinco talentos;
para outro servo deu dois talentos; e para o último servo deu um talento
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“2. Conhecendo o sistema
financeiro da época. Os
estudiosos destacam ainda que embora Jesus usasse, via de regra, em suas
parábolas, imagens da vida no campo, dos trabalhadores braçais e até da
família, nesta o Senhor tomou exemplos do sistema financeiro, pelo fato de que,
naquela época, tal sistema era um assunto corriqueiro e criticado entre as
pessoas. Assim, ainda que elas não tivessem posses e fossem pobres, sabiam
desse sistema e entendiam também que as pessoas que tinham muito dinheiro eram
as que possuíam maiores condições de multiplicar seus bens. Uma vez que desde
sempre os juros de empréstimos são elevados, certamente talvez, por isso, os
servos bons e fiéis tenham atuado, eles mesmos, como banqueiros, emprestando o
dinheiro a altos juros e realizando grandes negócios (v.27).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
Segundo estudiosos, um talento correspondia a certa de 35
quilos de prata pura, o equivalente a 6.000 denários (o denário era uma moeda
de prata e valia um dia de trabalho de um soldado romano). Talento era uma
moeda antiga na Grécia e Roma, antiga medida de peso grego-romano. Esse
“talento” confiado aos servos era uma unidade monetária em uso na época.
Estima-se que o talento equivalia a seis mil denários; sendo que um denário era
o salário pago pela diária de um trabalhador comum. Logo, um talento equivalia
a quase 20 anos de trabalho para a maioria dos trabalhadores da época.
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“3. A motivação e o significado da
parábola. Pelo contexto
escatológico em que foi contada, muito provavelmente a parábola dos talentos
tem como finalidade retratar o período que abrange desde a ascensão de Jesus
até sua segunda vinda e foi dirigida aos seus discípulos com o objetivo de
alertá-los a ter uma vida pautada nos valores do Evangelho (Mt 25.13-15). O
homem rico a quem os servos se referiram como "senhor" que iria
partir é uma representação do Senhor Jesus Cristo. A viagem a um país distante
se refere à sua partida para o céu, após a sua ascensão. Os servos eram,
inicialmente, os doze discípulos a quem Jesus dirigiu a parábola, e num sentido
mais amplo, refere-se a todas as pessoas nascidas de novo. Os talentos são os
dons que o Senhor entregou aos seus servos. Inclusive, a nossa palavra
"talento", com o sentido que conhecemos, vem desse uso que o Mestre
fez da expressão. A volta do senhor dos talentos seria o equivalente à segunda
vinda de Cristo, enquanto a recompensa, ou o castigo, seriam uma representação
do destino dos salvos e dos não-salvos (vv.20-27). A aprovação elogiosa que o
senhor fez aos servos, no seu retorno, refere-se aos galardões que se podem
esperar do julgamento das obras no Tribunal de Cristo (2 Co 5.10). Já a
condenação do servo que negligenciou sua responsabilidade em relação ao
talento, é uma advertência contra o não uso, ou o uso indevido dos dons
(vv.28-30 cf. Mt 7.21-23).”(LB
CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
Muitas interpretações
erradas e alegóricas foram feitas sobre esta parábola. No geral, essas
interpretações buscam atribuir significados específicos para cada elemento
descrito por Jesus (senhor, servos e talentos). Seja como for, o mais importante é estar atento para não ignorar a
mensagem principal da parábola. Na maioria das vezes o excesso de alegorias
acaba distorcendo o ensino fundamental transmitido por Jesus. “A palavra
“talento” tem sua origem no latim “talentum”. Significa “inclinação, desejo de
fazer, de conquistar”. Quando vem do grego “talenton”, possui o sentido de
“pesagem, soma, quantia de dinheiro”. Com o tempo, o vocábulo foi ganhando
novos sentidos, principalmente, após a parábola de Mateus, passagem bíblica,
que atribuiu o significado da palavra para “aptidão, dom especial”” (GRAMATICA).
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II – USANDO A NOSSA CAPACIDADE PARA O
REINO DE DEUS
“1. O Senhor reparte seus talentos
segundo a nossa capacidade. A
parábola dos talentos nos ensina uma grande verdade sobre o nosso potencial,
isto é, a aptidão e a possibilidade que cada um possui de realizar uma tarefa.
Por isso, o texto fala que a quantidade de talentos foi repartida "a cada
um segundo a sua capacidade" (v.15). Deus não concede um talento a uma
pessoa sem que esta tenha condições de desenvolver e nem requer de alguém uma
tarefa para a qual não a tenha chamado. Qual é o seu talento? Qual é a sua
capacidade? Contente-se com o seu talento, pois você o recebeu do Senhor de
acordo com a sua capacidade. A esse respeito, a parábola mostra a diferença de
responsabilidade, pois diferimos uns dos outros na quantidade de dons
recebidos. Note que, apesar de os servos terem recebido uma quantidade
diferente de talentos, que foram distribuídos de acordo com a capacidade
pessoal de cada um, a recompensa pela dedicação de cada um deles à tarefa foi
igual.” (LB CPAD, 4º
Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
Seja qual for a
interpretação, nenhuma delas pode ignorar que o grande significado da Parábola
dos Talentos enfatiza o princípio de que cada um recebe dons e oportunidades. O
servo fiel é aquele que, independentemente da quantidade de talentos recebida,
age com responsabilidade e diligência. Essa distribuição, segundo o texto, foi
realizada de acordo com a capacidade de cada servo (v.15). Aquele que havia
recebido um talento escondeu-o, provando, pela sua negligência, que seu senhor
estava certo em dar-lhe este valor. Os outros duplicaram a importância
recebida. Os servos fiéis foram elogiados pelo lucro produzido, ao passo que o
infiel, além de perder seu talento, foi considerado mau e negligente. Por meio
desta parábola, aprendemos que o Senhor nos concede dons, habilidades e
oportunidades para trabalharmos em sua obra, mas em breve, teremos de
prestar-lhe contas do que fizemos com todas essas dádivas. O Senhor espera que
administremos com fidelidade e diligência todos os talentos que Ele nos
concedeu. Nosso Deus nos concede talentos (dons, habilidades, oportunidades) de
acordo com nossa capacidade. Ele seria injusto se confiasse a nós algo que não
pudéssemos administrar. Por exemplo: uma pessoa sem o preparo necessário jamais
pode ser coloca na presidência de uma grande empresa em crise com a finalidade
de salvá-la. Seria injusto colocar uma pessoa numa situação tão difícil sem que
ela tenha a capacitação necessária. Da mesma forma Deus nos colocaria em
situação muito complicada se confiasse a nós uma quantia que não pudéssemos
administrar com propriedade.
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“2. A capacitação do homem por
Deus. Desde o livro de Êxodo, a
Bíblia apresenta o agir de Deus na vida de homens com a finalidade de
capacitá-los para o exercício de uma atividade (35.30-35). O texto fala da
capacitação divina a Bezalel e a Aoliabe, dizendo que Deus lhes deu habilidade
para fazerem trabalhos manuais e engenhosos específicos, além de capacidade
para criar "invenções". Diante da grande tarefa que tinha diante de
si em liderar o povo de Deus, apesar de ter sido escolhido para desempenhar tal
papel, Salomão pede ao Senhor que lhe dê sabedoria (1 Rs 3.6-9). Assim também o
apóstolo Paulo reconhece, de forma humilde, que não somos "capazes, por
nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de
Deus" (2 Co 3.5). Esta é a atitude que se espera de quem realmente tem um
chamado da parte de Deus: Reconhecer que a nossa capacidade vem de Deus.” (LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
A divisão dos talentos segue uma
proporcionalidade relativa à capacidade de cada indivíduo. Deu mais a quem mais
tinha condições de desempenhá-los com maior desembaraço, que por consequência
negociou mais e obteve um sucesso maior. Ao recebermos os talentos, em gratidão
a Deus por ter depositado em nós tamanha confiança, devemos aperfeiçoá-los a
fim de que sejam úteis para a expansão do reino. O resultado dos talentos que
recebemos deve glorificar unicamente ao nosso Senhor.
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“3.
O acerto de contas. A responsabilidade de desempenhar uma missão na obra de
Deus é de tal envergadura que a parábola que estamos estudando fala do acerto
de contas dos servos de Deus, com o seu Senhor, e mostra algumas verdades
interessantes. Entre elas a de que os homens podem até receber dons desiguais,
mas devem desenvolvê-los e entregá-los com a mesma diligência, pois os que
fizerem a vontade do seu senhor receberão a mesma remuneração (vv.21,23). De
igual forma, o negligente, independentemente do quanto recebeu, pela sua
maneira de lidar com o talento, também será punido (vv.28,30).” (LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
A Parábola dos Talentos ensina
que nada do que temos é de fato nosso. Somos apenas depositários, não somos
donos dos talentos que recebemos. Nossa função é administrar e zelar por aquilo
que Deus nos dá. Ele é o dono dos talentos e continuará sendo. Podemos
encontrar alguns que se vangloriam diante de suas realizações e capacidades.
Mas elas não conseguem enxergar que um dia terão que prestar conta de tudo ao
verdadeiro dono. O resultado dos talentos que recebemos deve glorificar
unicamente ao nosso Senhor. Todos os três homens que receberam talentos foram
cobrados pelo que fizeram com eles. Receber talentos é também receber
responsabilidades. O último, apesar de ter apenas conservado o seu talento,
recebeu dura cobrança por não tê-lo multiplicado. O senhor foi severo com ele,
tirando dele aquele talento: “Respondeu-lhe,
porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e
ajunto onde não espalhei? (…) Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez.”
(Mt 25.26, 28)
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IIl – TRABALHANDO ATÉ O SENHOR VOLTAR
“1. Usando os talentos segundo a
nossa capacidade. Assim como a
distribuição dos bens foi proporcional à capacidade de cada um dos servos, de
igual maneira, espera-se que a sua utilização obedeça à mesma regra, ou seja,
os talentos devem ser usados de acordo com a capacidade de cada um. A respeito
do trabalho com a expansão do Reino de Deus, o Senhor reparte talentos segundo
a nossa capacidade e os requer na mesma medida, pois "a qualquer que muito
for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe
pedirá" (Lc 12.48b). Cientes de sua obrigação, os dois primeiros servos,
não sabendo quanto tempo o seu senhor estaria ausente, tão logo ele se foi,
começaram a negociar imediatamente e empregaram seus talentos, ou seja, eles
negociaram e não descansaram enquanto não dobraram o que tinham recebido
(vv.20,22). Em ambos os casos os talentos foram devidamente empregados. Se o
servo que recebera um talento tivesse feito o mesmo, certamente o seu desempenho
seria semelhante (vv.26,27).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
“Na Parábola dos Talentos dois servos bons receberam uma promessa de que
devido ao sucesso diante das responsabilidades que exerceram, ambos seriam
colocados em responsabilidades ainda maiores. Podemos notar a importância dessa
promessa quando calculamos o valor do patrimônio que foi confiado ao primeiro
servo. Ele ficou responsável por uma quantia que equivalia a cem anos de
salários de um trabalhador de sua época. Isso realmente era muito coisa! Porém
o senhor dele comparou essa enorme quantia como sendo pouco em relação ao que
ele receberia no futuro. Muitas pessoas gostam de fazer alegorias com esse
detalhe da parábola, principalmente focando resultados materiais. Mas penso que
a melhor interpretação é considerar que nada do que conhecemos ou recebemos
nesta terra, por mais valioso que seja, se compara a promessa de que
eternamente participaremos da alegria do nosso Senhor. Quando o proprietário
convidou os servos fiéis para participarem de sua alegria, ele ofereceu aos
empregados a oportunidade de ocuparem uma posição a qual não tinham direito.
Eles se sentaram à mesa com seu senhor. Juntamente com ele, os servos
regozijaram se lembrando do trabalho que foi desempenhado. O cristão verdadeiro
será convidado a participar de uma mesa a qual não tinha direito algum de
participar. Porém, não por seus méritos, mas pelos méritos de Cristo, pela
infinita misericórdia e bondade do Senhor que confiou a ele os seus talentos,
esse servo fiel estará presente no grande banquete celestial.” (ESTILOADORAÇÃO).
O Reverendo Hernandes Dias Lopes escreve: “Jesus
conta nessa parábola que um servo recebeu cinco talentos, outro dois e o último
um. Os talentos são distintos, em quantidades variadas, porque somos diferentes
uns dos outros. No corpo tem muitos membros e cada um exerce sua função de
acordo com sua capacidade para o bem de todo o corpo. Assim somos nós, não
apenas temos aptidões distintas, mas, também, temos capacidades variadas. Cada
um recebeu o quanto podia desenvolver. Cada um recebeu na medida da sua
capacidade. Deus nunca vai nos cobrar além do que nos deu. A quem muito é dado,
muito é exigido. Cada um deve trabalhar na medida das suas forças e conforme o
dom que recebeu.” (A Mordomia do Talento, Rev Hernandes Dias Lopes.
Disponível em: http://hernandesdiaslopes.com.br/a-mordomia-do-talento/.
Acesso em: 18 DEZ, 2018)
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“2. A advertência de que haverá
uma prestação de contas. Por mais
que tenha demorado, "o senhor daqueles servos" voltou e chamou-os
para ajustar "contas com eles" (v.19). De modo semelhante, Cristo não
nos chamou para que fiquemos ociosos, pois Ele chamará cada um a prestar contas
de seu trabalho na obra de Deus (Lc 12.48b; 2 Co 5.10). A parábola nos adverte
para o fato de que recebemos algo de Cristo, ou seja, dons e talentos, com a
finalidade de trabalharmos para Ele, pois a "manifestação do Espírito é
dada a cada um para o que for útil" (1 Co 12.7). É necessário atentar para
esta verdade, pois o dia de prestar contas chegará e todos seremos examinados..”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
A despeito do que muitas pessoas
pregam e imaginam, a severidade de Deus se manifestará no dia do Julgamento.
Aqueles que não desenvolveram seus talentos sofrerão perda na eternidade e
aqueles que não se submeteram ao senhorio de Cristo sofrerão a condenação
eterna. Os inimigos do Rei Jesus sofrerão grande derrota e serão envergonhados
diante do seu poder, autoridade e soberania.
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“3. Recompensa no Tribunal de Cristo. Além de ser uma
responsabilidade, trabalhar no Reino de Deus é um privilégio. Os elogios que o
senhor fez aos servos no seu retorno (vv.21,23) lembram dos galardões que, como
seus servos, podemos esperar no dia do julgamento de nossas obras no Tribunal
de Cristo (1 Co 3.12-15 cf. 2 Co 5.10). Alegremo-nos com essa verdade.”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
Certamente todos os
crentes, já transformados e com um corpo incorruptível, vão comparecer perante
o Tribunal de Cristo (cf. 2Co 5.10; 1Co 1.8). Não se trata de julgamento de
pecados, pois os que serão julgados já são salvos. Os ímpios é que passarão
pelo julgamento de suas obras e pecados, no juízo do Trono Branco, após o
Milênio (cf. Ap 20.11-15). Os salvos em Cristo Jesus, desde que permaneçam
fiéis, em santidade, não mais passarão por qualquer tipo de condenação: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para
os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”
(Rm 8.1). Estar “em Cristo Jesus” é a condição indispensável para ter sido
salvo e permanecer salvo. Neste tribunal serão julgadas as obras dos salvos que
foram praticadas na Terra, a fim de que recebam, ou não, o galardão (Ap 22.12).
Galardões são prêmios. Lauréis a que o crente fez jus, pois desempenhou bem a
função para qual foi vocacionado no Reino de Deus. Agora, note o que diz o
versículo 30: “Lançai, pois, o servo
inútil nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes”, este
fecho nos leva a outra situação de julgamento que não é o Grande Trono Branco,
onde estarão somente os salvos. Existem muitas pessoas que dizem crer em Jesus
mas nem todos são verdadeiros seguidores. Aqueles que creem em Jesus aproveitam
o que ele lhes dá e usam tudo para expandir o reino de Deus. Cada um faz o que
consegue com os recursos que Deus lhe deu e Deus ajuda a multiplicar.
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CONCLUSÃO
“Uma vez que Jesus não estabeleceu uma data para a sua volta, Ele pode
vir a qualquer momento (Mt 24.36; Mc 13.32; At 1.7). Todavia, sempre há tempo
suficiente, antes que Cristo venha, para que os que forem servos bons e fiéis
dupliquem os talentos que o Senhor lhes confiou.”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 12, 23 Dez 18).
Jesus conta na
parábola que os servos diligentes foram não apenas elogiados, mas
recompensados. Eles entraram no gozo do Senhor e tomaram posse de uma riqueza
incomparavelmente maior e eterna. Depois do trabalho vem a recompensa. Depois
das lágrimas da semeadura, vem a alegria da colheita farturosa. Nossa recompensa
não é material, mas espiritual. Nosso tesouro não está aqui, mas no céu. Nossa
premiação não é neste mundo, mas no céu, quando ouvirmos daquele que está
assentado no trono: “Bom está servo bom e fiel; foste fiel no pouco, agora
sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”. O Senhor tem
expectativas a nosso respeito. Fidelidade é o que ele espera de nós
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim
o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor
Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco
Barbosa
Campina
Grande-PB
Dezembro
de 2018
PARA REFLETIR
A
respeito de "Esperando, mas Trabalhando no Reino de Deus", responda:
• Pelo contexto
escatológico, qual é a finalidade da parábola dos talentos?
Pelo contexto
escatológico em que foi contada, muito provavelmente a parábola dos talentos
tem como finalidade retratar o período que abrange desde a ascensão de Jesus
até sua segunda vinda e foi dirigida aos seus discípulos com o objetivo de
alertá-los a ter uma vida pautada nos valores do Evangelho (Mt 25.13-15).
• Quem os servos da
parábola representam?
Os servos eram,
inicialmente, os doze discípulos a quem Jesus dirigiu a parábola, num sentido mais amplo, refere-se a todas as pessoas nascidas
de novo.
• Qual é a atitude que se
espera de quem realmente tem um chamado da parte de Deus?
Reconhecer que a
nossa capacidade vem de Deus.
• Para que recebemos dons
da parte do Senhor?
Recebemos algo de
Cristo, ou seja, dons e talentos, com a finalidade de trabalharmos para Ele,
pois a "manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for
útil" (1 Co 12.7).
• Você tem utilizado seus
talentos e dons em prol do Reino de Deus?
Resposta pessoal.