TEMA: As Parábolas de Jesus – As Verdades e Princípios Divinos para uma
Vida Abundante
COMENTARISTA: Pr. Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Lição 9
2 de Dezembro de 2018
O Perigo da
Indiferença Espiritual
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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“Vós sereis meus
amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15.14).
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As palavras dos filhos
de Deus devem condizer com aquilo que eles praticam.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 21.28-32.
28 Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos e, dirigindo-se ao
primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.
29 Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas, depois, arrependendo-se,
foi.
30 E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele,
disse: Eu vou, senhor; e não foi.
31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro.
Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram
adiante de vós no Reino de Deus.
32 Porque João veio a vós no caminho de justiça, e não o crestes, mas os
publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isso, nem depois vos
arrependestes para o crer.
INTRODUÇÃO
“Na lição de hoje estudaremos uma parábola
conhecida como a “parábola dos dois filhos” (Mt 21.28-32). Uma das curiosidades
desta parábola é que ela ocorre apenas em Mateus. Ela ensina grandes lições e
retrata o perigo da indiferença espiritual e a necessidade de obedecer a
vontade de Deus a fim de que possamos ser participantes do Reino. Conforme
aprenderemos, quando se fala de obediência ao Senhor, não bastam apenas
palavras, pois o que realmente conta é se realmente praticamos aquilo que
professamos.”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 9, 2 Dez 18).
A Parábola dos Dois
Filhos é registrada exclusivamente no Evangelho de Mateus 21.28-32. Embora seja
uma das parábolas mais curtas, ela possui um ensinamento primordial para todos
os cristãos. Neste estudo bíblico conheceremos a explicação e o significado da
Parábola dos Dois Filhos e entenderemos o valor das nossas atitudes, acima das
nossas palavras. Palavras têm poder, mas não acompanhadas de ações, enfraquecem
e se tornam nulas. Vejamos o exemplo dos dois filhos desta parábola. Dito isto, vamos pensar maduramente a fé
cristã?
I – I NTERPRETANDO A PARÁBOLA
DOS DOIS FILHOS
“1. O contexto da parábola. A parábola traz à cena um proprietário em
busca de trabalhadores para a sua vinha que, desta vez, na narrativa, são seus
próprios filhos (v.28). Essa pequena porção bíblica que cabe em poucos
versículos, se não for devidamente estudada, pode passar despercebida das
pessoas “escondendo” o quanto há de trabalho a ser realizado, sua duração ou
sua retribuição, concentrando-se na reação contrastante dos dois filhos ao
pedido do pai. O primeiro filho diz que não vai obedecer, mas, ao final,
arrepende-se e o faz, ao passo que o segundo diz que vai obedecer e não o faz
(vv.29,30). O filho que diz que será obediente à vontade do pai, nessa
parábola, representa Israel, que não fez a vontade de Deus (Rm 10.21). Enquanto
isso, o filho que diz que não vai obedecer, representa os publicanos e os
pecadores, que, por se arrependerem de seus pecados, têm o direito de entrar no
Reino de Deus antes dos judeus (v.31).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 9, 2 Dez 18).
Antes de qualquer coisa,
para falarmos sobre o significado da Parábola dos Dois Filhos, é importante
entendermos melhor o que antecede a narrativa de Jesus. Antes dessa parábola,
ainda no capítulo 21, alguns eventos importantes são descritos, desde a Entrada
Triunfal até a purificação do Templo. Considerando então esse contexto, podemos
notar no versículo 23 os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo (ou
membros do Sinédrio) desafiando a autoridade de Jesus. Claro que com tudo que
havia acontecido anteriormente, principalmente em relação à purificação do
Templo, os líderes judeus não estavam nada satisfeitos. Por isso eles foram
interrogar a Jesus perguntado com que autoridade Ele tinha feito aquilo. O
objetivo deles era buscar uma maneira de comprometer o Senhor. Mas com muita
sabedoria, Jesus disse que também faria uma pergunta a eles. Caso eles
respondessem tal pergunta, então Jesus também responderia o que lhe fora
perguntado. “O significado da Parábola
dos Dois Filhos fica bastante claro quando se percebe que os dois filhos e seus
comportamentos representam dois grupos de pessoas. O primeiro filho que
inicialmente disse não ao pai, mas depois se arrependeu e foi trabalhar em sua
vinha, representa os publicanos e as prostitutas. Essas eram pessoas excluídas
e consideradas indignas perante a religiosidade judaica. Mas embora com seu
modo de viver inicialmente recusavam os mandamentos de Deus, por fim elas se
arrependiam e passavam a fazer a sua vontade. Por outro lado, aqueles
religiosos judeus agiam como o segundo filho. Aparentemente eles concordavam em
seguir a Palavra de Deus, mas no final o resultado real era apenas a
desobediência. No versículo 31, Jesus deixa isso bem claro ao dizer que aqueles
desprezados pecadores, estavam entrando no Reino de Deus antes daqueles que
insistiam em manter uma imagem aparentemente irrepreensível, mas fatalmente
corrompida. Estes últimos diziam que obedeciam a Deus, mas não estavam
obedecendo. Seu falso “sim” nada mais era do que um verdadeiro “não”. Já o
espontâneo “não” dos pecadores rejeitados, era o início de um “sim” de
arrependimento.” (ESTILOADORAÇÃO)
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“2. O assentimento puramente
verbal. Em algumas versões do
texto grego, a ordem do pedido do pai aos filhos aparece diferente, iniciando
de forma invertida, isto é, primeiramente o que disse que aceitaria, mas não
foi e, posteriormente, o que não aceitou, mas arrependeu-se e foi. Assim, no
versículo 30, a resposta — “Eu vou, senhor” —, que não passa de um assentimento
puramente verbal, e está aqui em contraste com a recusa indelicada do primeiro
filho. Porém, como já sabemos, apesar desta concordância imediata do segundo
filho em ir, na prática, transforma-se em nada, pois ele não obedece, de fato,
à ordem do pai.”(LB CPAD,
4º Trim 2018, Lição 9, 2 Dez 18).
O homem em seu estado natural é rebelde e dificilmente
ostenta uma disciplina consciente, obediência sem necessidade de ordens e que não
se rebele contra seus superiores. Todos os eventos históricos da humanidade
envolve, direta ou indiretamente, a rebeldia. A parábola dos dois filhos
trabalha a questão da obediência e da desobediência. No contexto em que Jesus
utiliza a parábola, a cena era comum nos dias do Seu Ministério na terra,
quando o Mestre era frequentemente pressionado pelos fariseus, que buscavam
ocasião de acusá-lo diante do povo e das leis judaicas. O segundo filho desta
parábola revela a princípio, uma atitude de prontidão quanto ao pedido do pai.
“Sim, senhor!” Foi o que ele respondeu quando solicitado a trabalhar na vinha.
Apesar de uma prontidão aparente, porém, suas ações posteriores demonstraram
não estar em linha com as palavras proferidas. Apesar de dizer que ia, acabou
não indo, frustrando totalmente as expectativas do pai. Vemos então que as boas
palavras que não são acompanhadas de ações concretas se convertem em
hipocrisia. Na verdade, o que vem primeiro é a hipocrisia que gera palavras
agradáveis, mas totalmente destituídas de verdadeiras e puras intenções.
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“3. A negação verbal. Apesar de o primeiro filho oferecer ao pai
uma resposta negativa — “Não quero” —, e de ter se recusado a obedecer à ordem
num primeiro momento, o texto esclarece com uma adversativa, “mas” seguida do
verbo grego metamelomai (que ocorre apenas cinco vezes em o Novo Testamento),
cujo significado refere-se a “arrepender-se”, “estar arrependido mais tarde”,
demonstrando que essa negação verbal não representa a verdade, pois o filho,
arrependido, foi trabalhar.”(LB
CPAD, 4º Trim 2018, Lição 9, 2 Dez 18).
“O primeiro filho desta parábola, revela, a princípio, uma atitude de
resistência ao pedido do pai. “Não quero!” Foi o que ele respondeu quando
solicitado a trabalhar na vinha. Ao responder dessa forma, demonstra não estar
interessado pelas mesmas coisas que o pai se interessa, além de não querer se
envolver com os negócios da família. A indiferença quanto aos interesses do
pai, na verdade, é exemplo da atitude natural do homem pecador, alienado dos
interesses do Pai Celestial. Portanto, o primeiro filho da parábola é exemplo
do homem pecador, sem Deus, distante e frio quanto a tudo o que é de interesse
do Pai. Ele representa os pecadores dos dias de Jesus e dos nossos dias também,
que estão distantes do Caminho.Porém, algo maravilhoso aconteceu! Depois de um
tempo de reflexão, esse filho, apesar da recusa inicial, arrepende-se de suas
palavras e vai. Ele cumpre a vontade do pai pondo em prática exatamente o que
ele desejava que fosse feito. Ir para a vinha significa cumprir a vontade de
Deus em Seu Reino. Amar o nosso próximo, perdoar nossos devedores, exercer
misericórdia para com os outros, socorrer os aflitos em suas necessidades, além
de tantas outras coisas, são exemplos de como verdadeiramente nos arrependemos
e queremos cumprir o desejo do nosso amoroso Pai.” (IBEMANUEL)
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“4. Uma adesão operativa. Vimos que a mesma ordem do pai obteve
respostas diferentes. De fato, os dois filhos representam, de forma
emblemática, dois tipos de atitudes. O primeiro deles representa a adesão
operativa precedida por uma negação que é apenas verbal. De forma inversa, o
segundo tipo de resposta trata-se de um assentimento puramente verbal que não
passa à ação. Por isso, logo após contar essa parábola, Jesus pergunta aos
líderes judeus qual dos dois filhos atendeu à vontade do pai (v.31a). Eles
respondem de forma correta, e o Mestre então lhes diz que os publicanos e as
meretrizes entrariam adiante deles no Reino de Deus (v.31). O Senhor disse isso
porque, da mesma forma que no caso dos filhos, ao longo do ministério de Jesus,
muitos publicanos, meretrizes e pecadores de toda espécie tomaram a atitude da
adesão operativa. Passaram boa parte de suas vidas negando verbalmente a fazer
a vontade de Deus, mas quando tiveram a oportunidade de arrepender-se, acabaram
obedecendo, de fato, ao Senhor. Mais que um assentimento verbal, mais que votos
ou promessas, as Escrituras Sagradas nos exortam a aderirmos, na prática, a
vontade do Pai e a sermos obedientes a Ele. Só assim seremos participantes do
Reino de Deus.”(LB CPAD, 4º
Trim 2018, Lição 9, 2 Dez 18).
O primeiro filho representa o
pecador arrependido, que resiste à vontade de seu pai, mas que o obedece
posteriormente. É o que realmente agrada a Deus. O segundo filho, pensa que
agrada ao pai pelo simples fato de dizer que ia para a vinha. Porém, sua
atitude de não ir revela que o seu intuito era apenas o de impressionar com
palavras. Palavras de pessoas assim caem no vazio porque não são acompanhadas
de ações concretas que realmente podem agradar ao coração do Pai Celestial.
II – QUANDO AS PALAVRAS NÃO SE COADUNAM
COM A PRÁTICA
“1. Palavras estéreis. A obediência ao Senhor não consiste em
proferir palavras estéreis e religiosas, mas em praticar a verdade revelada na
Palavra de Deus de forma concreta e precisa (Mt 7.21). Os representantes da
antiga e longa tradição judaica estavam ali diante do Mestre para demonstrar de
maneira bem clara o que a parábola retratava, pois não tiveram dificuldade
alguma para responder a indagação de Jesus: “Qual dos dois fez a vontade do
pai?” (v.31a). O Senhor coloca-os frente a frente com a verdade de modo que, ao
responderem corretamente, eles pronunciaram um juízo de condenação contra si
próprios, pois o tipo de resposta que eles dão a Deus os identificam com o
filho que contradisse com um não de fato e um sim apenas dos lábios. Eles estão
no grupo dos religiosos que nada fazem além de pronunciar palavras bonitas,
porém, descompromissadas.”(LB
CPAD, 4º Trim 2018, Lição 9, 2 Dez 18).
A mensagem era direta
aos fariseus que mascaravam uma obediência a Deus, fingindo cumprir Seus
mandamentos, porém, era tudo da boca pra fora, em verdade eles se rebelavam
contra Deus, já que não aceitavam Seu Filho e nem a pregação de João Batista
que foi o precursor de Jesus. Quando a gente recebe uma ordem, e ordem já
subentende autoridade superior, temos algumas alternativas, podemos dizer que
não vamos cumpri-la e realmente não cumprir, ou podemos dizer que vamos cumprir
a ordem e não cumprir, ou dizer que não vamos cumpri-la e acabar cumprindo a ordem
recebida. A outra alternativa é ficar com cara de paisagem, fingindo não ter
entendido nada.
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“2. O arrependimento conduz à
prática. Muitas pessoas dizem-se
arrependidas, por isso, precisamos compreender o verdadeiro sentido da
expressão “arrepender-se”. Em 2 Coríntios 7.9 o apóstolo Paulo diferencia
categoricamente a mera tristeza, estar “contristado”, do arrependimento ativo,
isto é, estar “contristado segundo Deus”. O caso de Judas, por exemplo, pelo
visto não passara de mero remorso (Mt 27.3-5). Na parábola contada por Jesus, o
primeiro filho se arrependeu tanto por ter se recusado obstinadamente a
obedecer ao seu pai que, imediatamente, foi e obedeceu. A tristeza segundo Deus
opera o arrependimento, e o arrependimento produz mudança de atitude, ou seja, conduz
à prática.”(LB CPAD, 4º
Trim 2018, Lição 9, 2 Dez 18).
Uma ordem exige a
continuação de alguma coisa, ninguém dá uma ordem que não gere alguma
consequência. Até mesmo a ordem de ficar parado e não fazer nada gera
consequência. Jesus estava ensinando, principalmente aos fariseus, a
importância de obedecer a Deus, de ser sincero diante Dele e fazer Sua vontade.
O arrependimento é caracterizado pela ação – pelos frutos conhecereis (Mt
7.18).
A rebeldia foi
plantada no coração do homem ainda no jardim do Éden, foi por rebeldia que
aconteceu a trágica conversa de Eva com a serpente e satanás sabe da natureza
rebelde dos seres humanos e joga isso contra nós, quanto mais nos rebelamos
contra a vontade de Deus, mas agradamos o diabo e mais seremos tentados. Obedecer
a Deus é sinal de inteligência e maturidade cristã. Deus quer exatamente o que
todos os pais e mães deste mundo querem: ter filhos obedientes, que ouvem o bom
conselho e se desviem do mal. O problema é que nossa natureza pecaminosa aponta
em direção oposta, na direção da rebeldia, mas é bem melhor obedecer do que
depois sofrer as consequências da desobediência. A respeito da questão da
obediência a Bíblia é bem clara, veja: “Tem porventura o SENHOR tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que
o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura
de carneiros.” (1Sm 15.22). Obedecer é melhor do que sacrificar. A queixa de
Jesus a respeito dos religiosos da Sua época era a hipocrisia, eles pregavam
uma coisa e faziam outra, eles chamavam Deus de Senhor, mas não faziam Sua
vontade: “E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?”(Lc
6.46). Não adianta fingir obedecer, a consequência da desobediência será
facilmente identificável e trará consigo as dores inerentes ao pecado de
rebelião.
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“3. Palavras e ações devem se
coadunar. Os discípulos de Cristo
são chamados a manifestarem um estilo de vida, na qual as palavras e as ações
se coadunam, isto é, não se contradizem, pois expressam uma coisa só. No Sermão
do Monte, Jesus ensina aos seus discípulos que o falar destes deve ser: “Sim,
sim; não, não” (Mt 5.37b). Infelizmente, a prática de falar e não agir em
conformidade é um triste reflexo do decaído e mau caráter humano. Jesus, porém,
exige honestidade o tempo todo. Como discípulos dEle e cidadãos do Reino, Ele
requer uma equivalência entre aquilo que dizemos e aquilo que vivemos (Sl
15.1-5). Não pode haver um padrão duplo na vida dos discípulos do Mestre, ou
seja, dizer uma coisa e fazer outra e vice-versa (Tg 1.25; 2.12).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 9, 2 Dez 18).
Não adianta bater no
peito na igreja e sair de lá correndo pra bater pernas ligeiras no caminho do
pecado. Não adianta ir à igreja orar e fazer tudo errado, a igreja somos nós,
não é pedra, cimento e tijolo, a Igreja é o ser humano lavado pelo sangue de
JESUS, perdoado, restaurado e feliz. Nunca vi um filho rebelde ser feliz nesta
vida, nunca vi um coração rebelado conseguir descanso. A desobediência é uma
tragédia em nossas vidas, mas tem jeito, tem solução. Primeiro precisamos
aprender com Jesus que ensinou: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não,
não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” (Mt 5.37). O começo é
ter palavra, quem não honra a palavra empenhada não tem crédito nem no Armazém
Paraíba. Segundo é entregar seu coração ao Espírito Santo de Deus, porque
somente o Deus/Consolador é capaz de moldar caráter, transformar vidas, mudar o
curso do futuro e nos dar o fim que desejamos.
IIl – UM CHAMADO A FAZER A VONTADE DE
DEUS
“1. A impossibilidade da obediência
à Lei. As pessoas a quem Jesus
dirige essa parábola estavam de fato muito interessadas em obedecer à Lei, já
que apenas ouvi-la de nada adiantava (Rm 2.13). Contudo, elas não estavam
igualmente preparadas nem para receber Aquele a quem o próprio Deus enviara e
muito menos para aceitar que a Lei já havia cumprido o seu papel e um novo
concerto estava sendo instituído (Jo 1.11; Mt 26.28; Gl 3.23-25; Hb 8.13).
Talvez as pessoas desconhecessem que não se pode praticar apenas uma parte da
vontade de Deus (Tg 2.10). Assim, a obediência a uma parte da Lei, acrescida da
rejeição a Cristo, terminavam descambando para o legalismo e, na parábola que
estamos estudando, tais atitudes equivalem a um “sim” meramente verbal,
contrariando os fatos e, por conseguinte, a vontade de Deus (Jo 5.39-47).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 9, 2 Dez 18).
Gálatas 2.15-21 – “Os
homens são aceitos por Deus, não por causa de suas obras, mas através de um
simples ato de confiança em Jesus Cristo. Diz Martinho Lutero: `Se o artigo da
justificação for alguma vez perdido, então toda a verdadeira doutrina ficará
perdida´”(A Mensagem de Gálatas, John Stott). “... porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela
carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne
pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o
pecado…”. Aqui Paulo está falando que a Lei de Deus não pode ser um meio de
salvação porque a nossa carne está enferma. Por mais que nos esforcemos para
ser obedientes, seremos pecadores. Unicamente Jesus pode, através do seu
sacrifício substitutivo na cruz, livrar-nos da condenação eterna.
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“2. A fé desobediente. Certamente que entre os que ouviam a
parábola, encontravam-se também muitos publicanos, meretrizes e pecadores que,
ao contrário dos outros, alinhavam-se aos religiosos que não se arrependeram de
seus pecados de forma legítima e autêntica. Eles estavam dispostos a receber
algo de Jesus, mas não estavam interessados em obedecer a vontade de Deus. Se
os religiosos são legalistas, estes segundos são os participantes do que
poderiamos chamar de “graça barata”. Porém, como vimos anteriormente, o
verdadeiro arrependimento conduz à mudança de atitude. Quem possui uma fé
genuína, sem dúvida, desejará cumprir a vontade de Deus, ou seja, “escutará”
suas palavras (Jo 8.47).”(LB
CPAD, 4º Trim 2018, Lição 9, 2 Dez 18).
Em Hebreus a desobediência é
comparada a incredulidade (Hb 3.18-19). Como essas duas coisas estão tão
intimamente relacionadas? Paulo explica em Romanos 3.31 que é justamente a fé que
permite que guardemos a lei de Deus. Então, não há possibilidade de existir
algo como “uma fé desobediente”. Mas por outro lado, existem aqueles que
desejam apenas obedecer aos seus próprios desejos. “Esta era a posição do judeu
e do judaizante. Paulo os descreve como `procurando estabelecer a sua própria
justiça´ (Rm 10.3). “Esta tem sido a
religião do povo comum, antes e depois deles. É a religião que se encontra nas
ruas, hoje. De fato, é o princípio fundamental de cada sistema religioso e
moral no mundo, exceto no Cristianismo do Novo Testamento. É um princípio
popular porque é lisonjeiro. Ele diz ao homem que, se ele tão somente conseguir
melhorar um pouco o seu comportamento e se ele se esforçar um pouquinho mais,
conseguirá obter a sua própria salvação” (A Mensagem de Gálatas, John
Stott).
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“3. O discípulo faz a vontade de
Deus. Em João 15.14, Jesus é
enfático ao ensinar que nós seremos seus amigos se fizermos o que Ele manda.
Fazer a vontade de Deus era o eixo sobre o qual, supostamente, girava toda a
religião de Israel. A Lei, ensinada pelos líderes religiosos da nação, era a expressão
clara e escrita dessa vontade. Contudo, agora chegamos a uma revelação plena e
perfeita da vontade de Deus através de Jesus Cristo (Hb 1.1-4). Ele anuncia a
vinda do Reino e chama à conversão (Mt 4.17). Por isso, a vontade de Deus
passa, afinal, através da Pessoa de Cristo Jesus. O Pai quer que os homens
recebam aquEle que Ele enviou, pois quem recebê-lo receberá o próprio Pai (Mt
10.40; Rm 10.9). Não é possível obedecer à Lei sem receber a Cristo, pois Ele é
o cumprimento da Lei (Rm 10.4). Também não se trata de desejar a Cristo, mas
não querer obedecer a seus ensinos, pois os que realmente desejam a Ele e
querem ser seus amigos, obedecem ao que Ele manda (Jo 15.14).”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 9, 2 Dez 18).
“Jesus Cristo veio ao mundo para viver e morrer. Na sua vida a sua
obediência à lei foi perfeita. Na sua morte ele sofreu pela nossa
desobediência. Na terra ele viveu a única vida de obediência imaculada para com
a lei que já foi vivida. Na cruz ele morreu porque nós transgredimos a lei, uma
vez que a penalidade para a desobediência à lei era a morte. Portanto, tudo de
que precisamos para ser justificados é reconhecer o nosso pecado e a nossa
incapacidade, arrepender-nos dos nossos anos de auto-afirmação e justiça
própria, e colocar toda a nossa confiança em Jesus Cristo para nos salvar” (A
Mensagem de Gálatas, John Stott). É a fé em Jesus que nos torna capazes, com o
auxílio do Espírito Santo, de obedecermos o que a Lei requeria. Em Romanos 7.5,
Paulo descreveu a vida na carne. Agora, ele descreve uma vida que segue em
sentido oposto: a vida em novidade de espírito (Rm 7.6). A pessoa controlada
pelo Espírito não está condenada pela Lei porque o seu passado foi perdoado.
Pelo Espírito, o cristão recebe permissão para fazer aquilo que a Lei requer
até que ocorra a sua esperada ressurreição final em glória (v. 1-11). O
Espírito nos faz filhos de Deus (v. 12-17) e assegura a nós uma maravilhosa
esperança futura (v. 18-30).
CONCLUSÃO
“Por intermédio da parábola que estudamos hoje precisamos compreender o
perigo da indiferença espiritual. Alguns pensam que podem confessar que amam a
Deus com seus lábios e, ao mesmo tempo, viverem com o coração distante dEle.
Pensam poder encontrar a Deus prescindindo de Cristo. Outros há que
supostamente vivem na austeridade da Lei, mas não querem receber a Jesus. A
obediência deve estar ligada à vontade de Deus. Para sair da indiferença
espiritual, o ser humano precisa receber aquEle que Deus enviou ao mundo. A
Pessoa de Cristo separa de forma bastante clara a humanidade perdida, composta
até mesmo por religiosos que dizem fazer a vontade de Deus, mas não a fazem,
daqueles que serão admitidos no Reino. O caminho é arrepender-se demonstrando
isso com a consequente mudança de atitude, em direção à obediência a Deus.”(LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 9, 2 Dez 18).
Entendo que a vida
cristã possui altos e baixos, no entanto, não há possibilidade de haver um
crente, nascido de Deus, cheio do Espírito Santo, que haja como o segundo filho
da parábola, isso porque, seria um contracenso. Paulo fala em Romanos 8.2 que “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo
Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”. A lei do Espírito é uma
referência ao Espírito Santo, que potencializa o nosso espírito renovado. O
propósito da vinda de Cristo foi fazer que a justiça da Lei se cumprisse em
nós. O cristão cumpre integralmente a exigência da Lei — o amor (Rm 13.8-10) .
Ou seja, estamos sob a Lei, mas estamos em Cristo e caminhamos segundo o
Espírito.
Existem no mundo dois
tipos de pessoas: os que buscam a face do Senhor e os que vivem como se Ele não
existisse. O primeiro grupo é selado, o segundo é nosso alvo de evangelismo. O
primeiro busca agradar Aquele que o alistou para a guerra, o segundo está sem
poder enxergar o perigo que correm. O primeiro grupo obedece, o segundo grupo,
pode até estar em nosso meio, mas não é capaz de responder com obediência.
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim
o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor
Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco
Barbosa
Campina
Grande-PB
Novembro
de 2018
PARA REFLETIR
A
respeito de “O Perigo da Indiferença Espiritual”, responda:
• A quem representam o
primeiro e o segundo filho da parábola?
O filho que diz que
será obediente à vontade do pai, nessa parábola, representa Israel, que não fez
a vontade de Deus (Rm 10.21). Enquanto isso, o filho que diz que não vai
obedecer, representa os publicanos e os pecadores, que, por se arrependerem de
seus pecados, têm o direito de entrar no Reino de Deus antes dos judeus (v.31).
• Quais são os dois
tipos de atitude que as respostas dos filhos representam?
De fato, os dois
filhos representam, de forma emblemática, dois tipos de atitudes. O primeiro
deles representa a adesão operativa precedida por uma negação que é apenas
verbal. De forma inversa, o segundo tipo de resposta trata-se de um
assentimento puramente verbal que não passa à ação.
• Em que consiste a
obediência ao Senhor?
A obediência ao
Senhor não consiste em proferir palavras estéreis e religiosas, mas em praticar
a verdade revelada na Palavra de Deus de forma concreta e precisa (Mt 7.21).
• O verdadeiro
arrependimento produz e conduz ao quê?
O arrependimento
produz mudança de atitude, ou seja, conduz à prática.
• Você tem sido uma
pessoa que honra a palavra empenhada?
Resposta pessoal.