TÍTULO: Adoração,Santidade e serviço
Subtítulo: Os princípios de Deus para
sua igreja em Levíticos.
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 6
5 de Agosto de 2018
A Doutrina do Culto Levítico
Texto Áureo
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Verdade Prática
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“Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele
habitam.” (Sl 24.1)
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Tudo quanto existe pertence ao Senhor e ao Senhor deve ser consagrado,
principalmente o nosso ser.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
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Levítico
9.1-14
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1 E aconteceu, ao dia oitavo, que Moisés chamou a
Arão, e a seus filhos, e aos anciãos de Israel
2 e disse a Arão: Toma um bezerro, para expiação
do pecado, e um carneiro, para holocausto, sem mancha, e traze-os perante o
SENHOR.
3 Depois, falarás aos filhos de Israel, dizendo:
Tomai um bode, para expiação do pecado, e um bezerro e um cordeiro de um ano,
sem mancha, para holocausto;
4 também um boi e um carneiro, por sacrifício
pacífico, para sacrificar perante o SENHOR, e oferta de manjares, amassada
com azeite; porquanto hoje o SENHOR vos aparecerá.
5 Então, trouxeram o que ordenara Moisés, diante
da tenda da congregação, e chegou-se toda a congregação e se pôs perante o
SENHOR.
6 E disse Moisés: Esta coisa que o SENHOR ordenou
fareis; e a glória do SENHOR vos aparecerá.
7 E disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar e faze
a tua expiação de pecado e o teu holocausto; e faze expiação por ti e pelo
povo; depois, faze a oferta do povo e faze expiação por ele, como ordenou o
SENHOR.
8 Então, Arão se chegou ao altar e degolou o
bezerro da expiação que era por si mesmo.
9 E os filhos de Arão trouxeram-lhe o sangue; e
molhou o dedo no sangue e o pôs sobre as pontas do altar; e o resto do sangue
derramou ŕ base do altar.
10 Mas a gordura, e os rins, e o redenho do fígado
de expiação do pecado queimou sobre o altar, como o SENHOR ordenara a Moisés.
11 Porém a carne e o couro queimou com fogo fora do
arraial.
12 Depois, degolou o holocausto, e os filhos de
Arão lhe entregaram o sangue, e ele espargiu-o sobre o altar em redor.
13 Também lhe entregaram o holocausto nos seus
pedaços, com a cabeça; e queimou-o sobre o altar.
14 E lavou a fressura e as pernas e as queimou
sobre o holocausto no altar.
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Comentário
INTRODUÇÃO
No livro de Levítico, há uma teologia sublime e
altamente devocional, cujo objetivo é levar o crente israelita a reconhecer
três verdades:
1) tudo quanto existe foi criado por Deus;
2) sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente
Ele deve ser adorado; e
3) tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus Único
e Verdadeiro.
Se observasse esse princípio, o povo de Israel
ver-se-ia livre dos resquícios da idolatria do Egito, prevenindo-se
didaticamente quanto às abominações de Canaã.
Nesta lição, veremos que a essência do culto
levítico é conduzir o crente a adorar a Deus e a consagrar-lhe tudo quanto tem.
Porque tudo pertence ao Senhor, pois Ele tudo criou e tudo preserva. Essa
consagração, porém, só terá eficácia se começar pelo nosso próprio ser (Rm
12.1-3). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
Estamos estudando o culto
no Antigo Testamento aplicado ao nosso tempo, e aqui devemos indagar: “Como
posso adorar a Deus segundo os princípios do Antigo Testamento?” Em Levíticos
ficamos sabendo que nem toda adoração agrada a Deus. Há o perigo de trazermos
“fogo estranho” diante do altar e do trono do Senhor (Lv 10.1-2). Talvez
estejamos oferecendo esse “fogo estranho” contrariando os mandamentos divinos
quanto à adoração! Não apenas a adoração a falsos deuses é proibida nas
Escrituras, mas também a adoração ao verdadeiro Deus de maneira errada e fora
dos padrões bíblicos (Ml 1.7-10; Os 6.4-6; Am 5.21). É interessante notar que
quando a Bíblia descreve a adoração, não usa termos similares aos que se
referiam ao culto em outras religiões, mas descreve como serviço (liturgia); no
Antigo Testamento, a adoração era prescrita e controlada, era litúrgica. Os
sacrifícios, os sacerdotes e o Dia da Expiação abriram caminho para os
israelitas se chegarem a Deus e estas instruções dizem respeito a um caminhar
santo com Deus e a padrões de vida espiritual que ainda se aplicam aos dias de
hoje. A verdadeira adoração e unidade com Deus começa quando nos arrependemos,
confessamos os nosso pecados e aceitamos o Senhor Jesus Cristo como o único que
pode remir-nos do pecado e aproximar-nos de Deus. Dito isto, convido-o a pensarmos maduramente a fé cristã!
TÓPICO l - A TERRA É DO SENHOR
O livro de Levítico reafirma, através de suas ações
litúrgicas, as mensagens do Gênesis e do Êxodo. Ele mostra que Deus, sendo o
Criador dos Céus e da Terra, tem de ser adorado por tudo quanto existe e por
tudo que temos.
1.
Deus é o Criador dos Céus e da Terra. Se
o Gênesis mostra que Deus criou tudo quanto existe, o Levítico reivindica dos
israelitas que consagrem tudo ao Senhor (Gn 1.1; Lv 1.17). Ao mesmo tempo,
exorta-os didaticamente, por meios das ofertas e dos sacrifícios, que nenhum
ídolo pode ser honrado como o nosso Deus (Lv 19.4; Is 42.8). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 6, 5 Ago 18)
O povo deveria imitar Deus na santidade, praticando
vários deveres que reflitam seu comportamento. O capítulo 19 de Levítico
enfatiza vários mandamentos dados ao povo a respeito da vida religiosa, bondade
com o próximo, respeito pelos mais velhos e estrangeiros, e negociações.
2.
Deus é o libertador de Israel. O
livro de Levítico patenteia aos filhos de Israel que Deus é o libertador de seu
povo. Por esse motivo, nenhum israelita poderia comparecer diante do Senhor de
mãos vazias (Êx 23.15; 2 Co 9.7). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5
Ago 18)
Todo homem judeu deveria peregrinar
até Jerusalém, três vezes ao ano (Êx 23.14), a fim de se apresentarem diante do
Senhor. Estas festas tinham a duração de uma semana cada uma. A Festa dos Pães
Asmos, que começava com a Páscoa; a Festa das Colheitas, que era chamada de a
Festa de Pentecostes, pois tinha o seu início cinqüenta dias após a Páscoa; e
por último, a Festa da Colheita, ou a Festa dos Tabernáculos, assim chamada
pelo fato de Israel se mudar para tendas durante esta a festa (Lv 23.39-44). O
propósito destas festas era:
a) manter as tribos de Israel
unificadas como nação: e
b) perpetuar a memória dos
grandes eventos da história de Israel. Nestas ocasiões, exortava-se a que cada
participante desse o que pudesse em proporção ao que Deus lhe tinha dado (Dt
16.16,17).
3.
Israel é o templo de Deus. A teologia
de Levítico tinha por objetivo também conscientizar Israel de sua vocação
divina (Lv 20.26). Logo, toda a nação israelita era (e no futuro o será) um
templo de adoração ao Senhor (Lv.10.3). Isso significa que o povo hebreu não se
limitava a ser uma mera teocracia, mas a comunidade de adoração por excelência
ao Senhor (Lv 9.23). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
Qadosh, separado,
dedicado à propósitos sagrados, limpo, moral ou cerimonialmente puro. A
santidade é a separação de tudo o que é profano e que corrompe, e ao mesmo
tempo, dedicação a tudo o que é santo e puro. Assim, a comunhão desejada (ou
melhor ordenada) pelo Senhor dependia da assimilação de Seu conceito de
santidade pelos israelitas. Esse conceito era radicalmente oposto ao uso do
termo santidade pelos cananeus, para quem ser santo significava envolver-se com
as formas mais degradantes de imoralidade, como ser prostituto ou prostituta
cultual. Desta forma, o propósito primário do livro foi instruir os israelitas
sobre como eles deveriam ser uma nação santa diante da presença do Senhor.
Sendo o povo escolhido de Deus, Israel deveria viver de forma separada do
mundo; a fim de que pudessem receber as bênçãos resultantes da Aliança ao invés
de julgamentos.
TÓPICO II - OS ANIMAIS E OS VEGETAIS SÃO DO SENHOR
A teologia do Levítico mostra a criação como serva
do Criador. Por essa razão, os animais e os vegetais, em Israel, não eram
adorados, mas serviam para adorar a Deus.
1.
No Egito, os animais eram deuses. Os
egípcios não faziam distinção entre o Criador e a criação, nem estavam
preocupados em distinguir os animais limpos dos impuros. Por isso, adoravam o
boi, o crocodilo, o falcão, o gato, etc (Rm 1.25). Eis porque Deus, ao punir o
Egito com as dez pragas, mostrou quão inúteis eram aqueles deuses. (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 6, 5 Ago 18)
A religião no Egito Antigo era
marcada por várias crenças, mitos e simbolismos. A prática religiosa era muito
valorizada na sociedade egípcia, sendo que os rituais e cerimônias ocorriam em
diversas cidades, cada uma com o seu deus. O culto de tais animais era um
aspecto importante da religião popular dos egípcios e remonta a épocas
pré-históricas. É importante que se diga que nem todos os animais tinham alguma
relação com os deuses. Alguns animais que simbolizavam deuses são:
- Babuíno deus Thoth
- Boi deuses Osíris e Ptá
- Cachorro ou Bode deus Seth
- Carneiro deus Knum
- Chacal deus Anúbis
- Crocrodilo deus Sebek
- Escaravelho deus Khepra
- Falcão deus Rá ou Deus Hórus
- Gata deusa Bastet
- Hipopótamo deusa Tueris
- Íbis deus Thoth
- Leoa deusa Sekhmet
- Serpentes demônio Apófis
As dez pragas derramadas pelo
Senhor sobre o Egito tinham por objetivo conduzir Faraó ao arrependimento e
revelar que o Senhor é o único verdadeiro Deus, o Rei soberano no universo.
Faraó significa ‘Filho de Rá’, o ‘embate’ era entre o filho de Deus, Moisés, e
o filho de Rá, o deus do Sol do antigo Egito, representado pelo falcão. Cada
uma das dez pragas foi dolorosamente literal e dirigida contra algum aspecto da
falsa religião:
2.
Os animais e a adoração a Deus. Ao
contrário dos egípcios, os israelitas não se davam ao culto dos animais, mas
entregava-os em sacrifício ao Senhor (Lv 1.2). Além disso, faziam distinção
entre os animais limpos e impuros (Lv cap. 11). Nesse sentido, o povo de Israel
sabia que os animais não são deuses, e, sim, criaturas do Deus, que,
bondosamente, o sustenta (Sl 104.14). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5
Ago 18)
Deus nos revela em Levítico 11 e
Deuteronômio 14 quais os animais - incluindo aves e peixe - são puros e impuros.
As ofertas lembravam a Ele a futura morte de Cristo, pela qual, a misericórdia
seria demonstrada aos pecadores (Ef 5.2).
“A separação
de animais em categorias limpos e impuros veio pelo desejo soberano de Deus.
Ele quer que Seu povo esteja diferente dos outros povos no mundo. Ele fez isso
nessa maneira dando-lhes regras de vestimenta, agricultura, e adoração
diferente. A ciência revelou depois que os animais permitidos são animais mais
saudáveis para o corpo humano do que os impuros. Creio que, além de querer
mostrar o Seu povo diferente que os outros povos no mundo, quis prevenir Seu
povo de doenças e praticas destrutivas ao homem. Deus quer sempre ter o Seu
povo separado em amor para com Ele. Isso se vê hoje no povo DELE não seguindo
os costumes do mundo hoje, comendo e bebendo substancias diferentes, se
vestindo de forma modesta e adorando em espírito e em verdade, por Cristo Jesus.”
(Perguntas e
respostas no livro de Gênesis. Disponível em: https://www.palavraprudente.com.br/estudos/sergio_f/genesis/cap05.html. Acesso em: 30 Jul, 2018)
3.
Os vegetais e a adoração a Deus. Se
por um lado, a Lei de Deus preconiza a preservação da natureza, por outro,
condena a idolatria da natureza como acontecia em algumas antigas culturas
cananeias e no período de apostasia dos judeus (1 Rs 14.23). Em Israel, os
frutos da terra serviam para louvar e enaltecer a Deus (Lv 23.10). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 6, 5 Ago 18)
Em Levítico 23.10, a
Festa das Primícias deveria ser comemorada quando eles estivessem em Canaã. Um
molho das primícias da colheita deveria ser trazido ao Senhor e dessa maneira
eles seriam aceitos diante de Deus (Lv 23.11). um molho das primícias da vossa
sega era uma parte da primeira colheita de cereais, que pertencia a Deus como
oferta especial, reconhecendo que a safra foi uma provisão divina. Essa festa é
o símbolo da ressurreição de Jesus Cristo que, após morrer e ressuscitar, nos
tornou aceitos diante do Senhor Deus. Com a Sua morte e ressurreição Jesus
Cristo torna o homem, que crê na obra que Ele realizou, agradável perante Deus.
Paulo chamou Cristo de as primícias dos que dormem - o primeiro dos mortos a
ser ressuscitado (1Co 15.20).
TÓPICO III - O SER HUMANO É DO SENHOR
A teologia do Levítico preconiza a sacralidade da
vida humana como imagem e semelhança de Deus. Em Israel, ao contrário das
culturas cananeias, estava proibido o sacrifício humano, pois o verdadeiro
sacrifício a Deus é um coração humilde e contrito (Is 57.15).
1.
O ser humano é a imagem de Deus. O
livro de Levítico corrobora a teologia do Gênesis, ao mostrar que o ser humano
foi criado por Deus (Gn 1.26). Portanto, há vários dispositivos, visando
promover o ser humano como a obra prima das mãos divinas. Por esse motivo, o
crente israelita era intimado a cuidar de seu corpo tanto exterior quanto
interiormente (Lv 20.7). Nem marcas nem tatuagens eram admitidas (Lv 19.28). Ou
seja, o ser humano só agradará a Deus se buscar a excelência divina em toda a
sua maneira de ser, existir e pensar. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5
Ago 18)
A Imago Dei é a doutrina de que o
Homem foi criado à Imagem Divina. É a resposta bíblica a como surgiu o Homem,
Criatura singular entre as existentes. O Reformador Lutero afirmou: “De posse desta imagem, o Homem era como os
anjos e, após havê-la perdido inteiramente, tornou-se como os animais e o que o
distingue deles tem pouca significação”. Os luteranos, com isso, aceitam o
traducianismo [doutrina que
postula que os filhos recebem a alma dos pais no momento de sua geração (Há um
traducianismo materialista (linha de Tertuliano) e um espiritualista (de santo
Agostinho), este também dito generacionismo)]. A Imago Dei abrange toda a pessoa do Homem –
corpo, alma e espírito.
Em relação ao texto de Lv 19.28 e
afirmação ‘nem marcas nem tatuagens eram
permitidas’ não traduz corretamente o hebraico, já que não há aqui (e em
nenhum outro texto bíblico) referência à tatuagem. A Bíblia de Estudo Defesa da
Fé trás a seguinte nota de rodapé: "Lacerações
e ferimentos físicos estavam incluídos nos ritos da adoração de fertilidade de
Baal (cf. I Rs 18.28)" e a Bíblia Shedd diz (sobre os vv.27 e 28):
"Os pagãos cortavam os cabelos da
cabeça ou da barba de certas maneiras, para honrar seus ídolos ou para os ritos
fúnebres pagãos, Dt 18.10. Cortar o corpo era praticado para mostrar arrependimento
extremo ou desespero. Condenam-se estas práticas entre o povo de Deus. Estas
proibições eram para guardar o povo de Israel de seguir as práticas
supersticiosas e idólatras dos pagãos que viviam ao seu redor."
Afirmar que tatuagem está incluso neste texto é falta de sinceridade teológica
e um abuso. Todo teólogo honesto e bem instruído sabe bem disso. Assim, é
perigoso usar esse versículo para condenar o uso de tatuagem. Se estiver
disposto a usar este versículo para condenar a prática do uso de tatuagens
(ainda que não se refira à), também deverá estar disposto a usar os outros
versículos de Levítico, tais como a declaração de que toda mulher se torna
imunda ao chegar o tempo da menstruação (Lv 15.19-28), ou quando dá a luz a um
filho (Lv 12.2,5); pessoas que cortam os seus cabelos em redondo e os homens
que fazem o canto das barbas estão em pecado (Lv 19.27), bem como qualquer que comer
animal que rumina e não possui unhas fendidas (Lv 11.6). Percebe o perigo? Com
isto não defendo a prática nem condeno. O ponto é ser sincero com o que o texto
diz e julgando pelo que analisamos deste texto de Levítico, sabemos que não se
trata de tatuagens e sim de culto aos mortos - que continua sendo um pecado,
pois sabemos que os mortos não se comunicam com os vivos (Ec 9.5-6) e que isto
é um ato de feitiçaria (1Sm 28.7-11; Ap 21.8).
2.
A vida humana é sagrada. O crente israelita
é exortado a ver a vida humana como sagrada. Por isso mesmo, não poderia, sob
hipótese alguma, consagrar sua descendência aos ídolos (Lv 18.21). Portanto,
toda a nação de Israel, como propriedade exclusiva do Senhor, ao Senhor tem de
ser consagrada. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
A Bíblia King James Atualizada traz
assim o texto de Levítico 18.21: “Não
entregarás teus filhos para serem sacrificados no fogo ao deus Moloque. Ora,
isso seria profanar o santo Nome do SENHOR Deus. Eu Sou Yahweh!”. Moloque era
um deus criado e especialmente adorado pelo povo amonita. Esses amonitas eram
um povo pagão que foram descendentes de uma das filhas de Ló que se deitou com
o próprio pai (Gn 19.38).
“Tal como
acontece com grande parte da história antiga, a origem exata da adoração a
Moloque não é clara. Acredita-se que o termo Moloque tenha originado com o mlk
fenício, que se refere a um tipo de sacrifício feito para confirmar ou absolver
um voto. Melekh é a palavra hebraica para “rei.” Era comum para os israelitas
combinarem o nome de deuses pagãos com as vogais na palavra hebraica para
‘vergonha’: "bosheth". Foi assim que a deusa da fertilidade e da
guerra, Astarte, tornou-se Ashtoreth. A combinação de mlk, melekh e bosheth
resultou em "Moloque", que poderia ser interpretado como "o
governante personificado de um sacrifício vergonhoso". Ele também foi
grafado como Milcom, Milkim, Malik e Moloch. Ashtoreth era sua consorte, e a
prostituição ritual era considerada uma importante forma de adoração”. (Quem era Moloque? Disponível em:
https://www.gotquestions.org/Portugues/Moloque.html.
Acesso em: 30 Jul, 2018)
3.
O ser humano é servo e adorador a Deus. Sendo
Israel o povo do Senhor, deve, por conseguinte, dedicar-se totalmente ao
serviço divino, oferecendo-lhe sacrifícios, celebrando seus grandes feitos e
adorando-o na beleza de sua santidade (Lv 1.2; 23.2). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 6, 5 Ago 18)
É interessante observar que o
relacionamento correto com Deus passa pelo conhecimento sobre quem Ele é. Diante
da santidade de Deus se exige um modelo organizacional de culto. Outro foco
importante na teologia de Levítico é que o culto ritualístico prestado a Deus é
uma forma prática de santidade. O tema principal de Levítico é a santidade. A
exigência de Deus pela santidade do Seu povo baseia-se na Sua própria natureza
santa. Um tema correspondente é o de expiação. A santidade deve ser mantida
diante de Deus, e ela só pode ser alcançada através de uma adequada expiação. Comunhão
é o propósito de Deus para os Seus filhos, e essa comunhão só será possível
mediante uma vida santa.
“A teologia
de Levítico fala bastante na tensão entre pureza e impureza. A santidade, como
lembra Henry Blackaby, é ver o pecado sob a pespectiva de Deus[8]. Embora Jesus
tenha quebrado tabus sobre até onde poderia se envolver com pessoas impuras e
lugares impuros, o Novo Testamento continua a ensinar que essa divisão existe.
O apóstolo Paulo escreve: “Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para
a santidade” (1 Tessalonicenses 4.7 NVI). Jesus em nenhum momento ensinou que
não existe limite entre o puro e o impuro, mas combateu fortemente o orgulho
religioso pela “posição de puro” e, também, o desprezo pelo próximo lembrando
sempre que a pecaminosidade é uma condição universal na vida do homem.” (Levítico, Adoração e Serviço ao
Senhor. Disponível em: https://teologiapentecostal.blog/2018/06/30/levitico-adoracao-e-servico-ao-senhor/.
Acesso em: 30 Jul, 2018)
4.
O sacrifício pacífico. A teologia
do livro de Levítico tinha por objetivo, antes de tudo, levar o israelita a
servir voluntária e amorosamente a Deus. Esse ideal é realçado pelo salmista
(Sl 100.2). A síntese desse ensinamento está no sacrifício pacífico com que
Israel mostrava a sua gratidão ao Senhor (Lv 7.11-17). Quanto a nós, somos
exortados a oferecer a Deus, na pessoa de Jesus Cristo, por mediação do
Espírito Santo, sacrifícios de louvores (Hb 13.15). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 6, 5 Ago 18)
Uma oferta de paz, a oferta
pacífica, assim que o sangue era derramado, Deus e o adorador podiam estar em
feliz e pacífica comunhão. O que Jesus veio trazer se encontra apenas no Reino
de Deus (Rm 14.17). O mundo tenta promover essa paz, mas todos os meios
empregados para que isso aconteça têm se mostrado completamente inúteis e
frustrantes. No entanto, em Jesus, isso é alcançável para o homem. Em Jesus Cristo
temos nossa oferta pacífica, nEle a paz da consciência é estabelecida e
satisfaz todas as necessidades da alma. No sacrifício pacífico os sacerdotes
viam que podiam oferecer um cheiro suave para Deus e também render uma porção
substancial para si mesmos, da qual podiam alimentar-se em comunhão.
CONCLUSÃO
Nós somos o templo do Espírito Santo (1
Co 6.19). E, como tais, somos intimados a andar em novidade de vida,
consagrando tudo ao Senhor, a começar por nós mesmos (1 Ts 5.23). Se não nos
ofertarmos amorosa e incondicionalmente a Deus, e usarmos o nosso corpo para o
pecado, como estaremos diante de Deus? Seremos réus diante dEle (1 Co 6.18-20).
A essência da teologia do Levítico continua válida ainda hoje. O Deus que
exortou Israel à santidade requer, de igual modo, a nossa santificação (Lv
19.2; 1 Ts 4.3). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
Finalizando,
é importante afirmar que um desejo interior por vida santa é a prova de que
estamos em Cristo. Ser santo não significa ser perfeito. Quem é salvo ainda
peca mas já não é dominado pelo pecado (1Jo 1.8-9). Deus trabalha
progressivamente em sua vida para a santificação. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar
os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 Jo 1:9). Confissão é
a maneira de manter a consciência livre. João não diz, "se orarmos por perdão, ele é benigno e
misericordioso para nos perdoar". Sem dúvida, é sempre um alívio para
qualquer filho fazer chegar aos ouvidos do pai as suas necessidades -
contar-lhe as suas fraquezas, confessar-lhe a sua loucura, defeitos e faltas.
“Achando-se as tuas palavras, logo as
comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo
teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Julho de 2018
PARA REFLETIR
A
respeito de “A Doutrina do Culto Levítico”, responda:
1) Qual é a essência do Culto Levítico?
A essência do culto levítico é conduzir o crente a
adorar a Deus e a consagrar-lhe tudo quanto tem, porque tudo pertence ao
Senhor, pois Ele tudo criou e tudo preserva.
2) Quais os
três pontos doutrinários do Levítico?
(1) Tudo quanto existe foi criado por Deus;
(2) sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente
Ele deve ser adorado; e
(3) tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus
Único e Verdadeiro.
3) Como devemos ver a criação de todas as coisas?
Segundo a teologia de Levítico devemos ver a
criação como serva do Criador.
4) Como o Levítico vê os animais?
Como criaturas do Deus, que, bondosamente, os
sustentam.
5) Qual a melhor oferta que podemos fazer ao
Senhor?
Um coração humilde e contrito. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)