TÍTULO: Adoração,Santidade e serviço
Subtítulo: Os princípios de Deus para
sua igreja em Levíticos.
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 5
29 de Julho de 2018
Santidade ao Senhor
Texto Áureo
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Verdade Prática
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“E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos
povos, para serdes meus.” (Lv 20.26)
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A santidade é a marca distintiva do povo de Deus; sem ela, nosso
testemunho é ineficaz.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
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Levítico
20.1-10
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1 Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
2 Também dirás aos filhos de Israel: Qualquer que,
dos filhos de Israel ou dos estrangeiros que peregrinam em Israel, der da sua
semente a Moloque, certamente morrerá; o povo da terra o apedrejará com
pedras.
3 E eu porei a minha face contra esse homem e o
extirparei do meio do seu povo, porquanto deu da sua semente a Moloque, para
contaminar o meu santuário e profanar o meu santo nome.
4 E, se o povo da terra de alguma maneira esconder
os olhos daquele homem que houver dado da sua semente a Moloque e o não
matar,
5 então, eu porei a minha face contra aquele homem
e contra a sua família e o extirparei do meio do seu povo, com todos os que se
prostituem após ele, prostituindo-se após Moloque.
6 Quando uma alma se virar para os adivinhadores e
encantadores, para se prostituir após eles, eu porei a minha face contra
aquela alma e a extirparei do meio do seu povo.
7 Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu
sou o SENHOR, vosso Deus.
8 E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou
o SENHOR que vos santifica.
9 Quando um homem amaldiçoar a seu pai ou a sua
mãe, certamente morrerá: amaldiçoou a seu pai ou a sua mãe; o seu sangue é
sobre ele.
10 Também o homem que adulterar com a mulher de
outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o
adúltero e a adúltera.
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Comentário
INTRODUÇÃO
O livro de Levítico foi entregue a Israel para que
este, separando-se de entre todos os povos da Terra, viesse a adorar, a servir
e a santificar-se a Deus. A santidade, por conseguinte, tanto naquele tempo
quanto hoje, continua a ser a marca distintiva dos filhos de Deus. Nesta lição,
veremos que Israel, através das leis e ordenanças levíticas, tinha a obrigação
de apresentar-se a Deus e ao mundo como a nação santa, zelosa e servidora por
excelência. Que aprendamos, com os israelitas, a adorar e a servir ao Senhor na
beleza de sua santidade. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 5, 29 Jul 18)
O tema principal de
Levítico é a santidade. A natureza Divina exige santidade do Seu povo; Deus é
perfeito, Ele não tem falha nem erro algum. Santidade é a pureza perfeita de
Deus, que não tem mancha alguma de pecado. A santidade deve ser mantida diante
de Deus, e ela só pode ser alcançada através de uma adequada expiação. Depois
de um cativeiro que durou 400 anos, os judeus receberam uma influência egípcia
pagã e politeísta, o conceito de Deus tinha sido distorcido. Moisés redige este
Livro para fornecer instruções e leis a fim de orientar o povo pecador, mas
redimido, em seu relacionamento correto com um Deus que é caracterizado por Sua
natureza santa. E de fato, os termos “santo”
ou “sagrado” aparecem mais de cem
vezes neste livro, mais vezes do que em qualquer outro livro da Bíblia. Há uma
ênfase em Levítico na necessidade de santidade pessoal em resposta a um Deus
santo. O pecado deve ser expiado através da oferta de sacrifícios próprios (capítulos
8-10). Outros temas abordados no livro são dietas (alimentos puros e impuros),
o parto e doenças que são cuidadosamente regulamentadas (capítulos 11-15). O
capítulo 16 descreve o Dia da Expiação, neste dia um sacrifício anual é feito
pelo pecado cumulativo de todas as pessoas. Além disso, o povo de Deus deve ser
discreto na sua vida pessoal, moral e social, em contraste com as práticas
atuais e pagãs ao seu redor (capítulos 17-22). Dito isto, convido-o a pensarmos maduramente a fé cristã!
TÓPICO l - SANTIDADE, A MARCA DO POVO DE
DEUS
Em Ur dos Caldeus, Abraão não passava de um gentio
entre os demais gentios quando foi chamado por Deus (Gn 11.31). Mas, intimado
novamente por Deus em Harã, obedeceu-o de imediato. Ele creu em Deus, e foi
justificado (Rm 4.3). Foi exatamente aí que começou a história de Israel como o
povo santo do Senhor (Gn 12.1-8).
Abraão nasceu por volta do ano 2000 a.C. na cidade de
Ur, antiga Mesopotâmia, entre a Arábia e a Pérsia. Ur dos caldeus, na Mesopotâmia, próximo ao rio
Eufrates, era um centro cultural e, também, centro de uma religião pagã que
cultuava o deus Sin, simbolizado pela lua crescente, que formava uma tríade com
Xamaxe, o deus-sol e Ishtar, deusa da fertilidade, amante ou consorte de Tamuz.
Sugiro que faça um tour virtual pelo Museu do Iraque: http://www.virtualmuseumiraq.cnr.it/homeENG.htm. (aumente o som).
1.
O estado de santidade. No exato instante
de sua chamada a uma nova realidade espiritual, Abraão, e com ele todo o
Israel, foram elevados ao posto de herança particular e santa do Senhor (Êx
19.5). Essa dignificação, porém, não levou ao aperfeiçoamento imediato dos
hebreus. Tanto o patriarca quanto seus descendentes tiveram de submeter-se a um
longo e doloroso processo de santificação (Gn 17.1). O mesmo pode-se dizer da
Igreja de Cristo. Os irmãos coríntios foram tratados como santos pelo apóstolo
Paulo (2 Co 1.1), mas ainda estavam longe da perfeição (1 Co 3.1). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 5, 29 Jul 18)
A família de Abraão era idólatra (Js 24.2). A
Bíblia não revela o grau de conhecimento de Deus que Abraão possuía antes de
sua chamada. Mais de 350 anos haviam-se passado desde o Dilúvio, quando Noé, o
homem que andava com Deus (Gn 6.9), era o pregoeiro da justiça (2 Pe 2.5). Noé
viveu depois do Dilúvio 350 anos (Gn 9.28). Embora a Bíblia silencie sobre
isto, é possível que Noé tenha continuado a falar do grande Deus, de cuja
justiça ele havia experimentado de modo singular. É possível que conhecimento
de Deus fosse mantido entre as famílias por meio de tradições transmitidas de
pais a filhos. Desse modo, pode ser que Abraão tenha tido conhecimento de Deus
e de sua vontade, apesar de viver em uma sociedade idólatra. A obediência é um
aspecto do caráter cristão indispensável ao cumprimento da vontade Deus na vida
do homem. Não obstante às suas fraquezas, Abraão foi chamado de “O Amigo de
Deus”. O versículo-chave da biografia desse personagem é: “E creu Abraão em
Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus” (Tg
2.23; Gn 15.6). O cristão que deseja fazer a vontade de Deus deve estar
preparado para mudanças profundas em todas as áreas da sua vida. Isso aconteceu
com Jonas, o profeta; com o apóstolo Paulo, Pedro e com muitos outros ao longo
da história.
2.
O processo de santificação. O
processo de santificação de Israel, que teve início com Abraão, foi
interrompido e recomeçado diversas vezes. Haja vista o conturbado período dos
juízes (Jz 2.18-20). Mas, para que o seu povo viesse a atingir o ideal de uma
nação santa, profética e sacerdotal, o Senhor entrega-lhe o livro da Lei (Êx
19.6; Js 23.6). Se lermos atentamente os livros de Êxodo e Levítico,
verificaremos que o processo de santificação, na vida de um crente hebreu,
tinha início com o amor que ele tributava a Deus (Dt 6.5). A partir desse
momento, o fiel passava a cumprir todos os mandamentos do Senhor, pois já não
os achava pesados (cf.1 Jo 5.3). Portanto, não existe processo de santificação
sem o forte, comprovado e excelente amor a Deus. Quanto mais o amamos, mais nos
tornamos santos. E, assim, cumpre-se, em nossa biografia, o que escreveu o
sábio (Pv 4.18). Que a recomendação do apóstolo Paulo seja aplicada na íntegra
em cada etapa de nossa existência neste mundo (1 Ts 5.23). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 5, 29 Jul 18)
O patriarca deixou sua cidade
natal e foi para uma terra que Deus o mostraria. Abraão foi conduzido pela fé.
Embora demonstrasse ter uma fé viva, ele teve que enfrentar muitos impedimentos
em sua jornada até a Terra Prometida. Ter fé não significa que não teremos
obstáculos em nossa marcha. Mas, sem fé não conseguiríamos transpor as
barreiras. Em nossa caminhada neste mundo também temos que enfrentar muitos
entraves, muitas crises. Contudo, não estamos sozinhos. O Deus que guiou e
abençoou Abraão está conosco. Não tema as crises e não permita que venham
impedi-lo de caminhar. Veja as crises
como uma oportunidade para fortalecer a sua fé e conduzi-lo a uma
experiência ainda maior com o Deus de toda a provisão. Abraão fazia parte de um
projeto divino de salvação. A partir dele surgiria uma família que se tornaria
um povo especial do qual, no tempo próprio, sairia o Salvador do mundo, Jesus
Cristo. Deuteronômio 6.5 é a conseqüência direta do versículo 4, o Shemá
Israel, o credo de Israel. Para o cristão, Jesus nunca prometeu que lhe
obedecer seria fácil. Mas o árduo trabalho e a disciplina de servir a Cristo
não é uma carga para quem ama a Deus. E se nossa carga começa a ser pesada,
sempre podemos confiar em que Cristo nos ajudará a levá-la (Mt 11.28-30). O
amor a Deus é o primeiro e o maior dos mandamentos (Dt 6,5; Js 22,5; Mc
12,28-30). É a resposta do ser humano à iniciativa de Deus, que nos amou
primeiro (Os 9,10; 11,1-4; Jr 2,2-4; 31,3; Is 63,9; Gl 2,20; 1Jo 4,19). O amor
imenso de Deus se manifesta na cruz de Cristo (Jo 3,16s; 1Jo 3,1-16; 4,7-19; Rm
5,8; 8,32).
3.
A santidade como marca. O livro de
Levítico tinha como alvo fazer de Israel uma nação distinta por sua pureza e
santidade (Êx 19.6). E, de fato, nenhum outro povo jamais alcançou as
excelências de Israel (Rm 9.4,5). Usufruir de todos esses privilégios, todavia,
acarreta-lhe ainda grande responsabilidade (Rm 2.17-29). Em alguns períodos de
sua história, Israel de fato destacou-se como herança peculiar do Senhor, haja
vista os elogios tecidos pela rainha de Sabá ao rei Salomão (2 Cr 9.1-8).
Todavia, a maior parte de sua história foi marcada pela apostasia. Mas, chegará
o tempo, em que todo o Israel será redimido e salvo (Rm 11.26). Se o povo
hebreu deveria sobressair-se pela santidade, o que não esperar da Igreja de
Cristo? Por essa razão, o apóstolo exorta-nos a andar continuamente em novidade
de vida (Rm 6.4). Sem a santidade requerida por Deus nenhum de nós chegará à
Jerusalém Celeste (Hb 12.14; Ap 21.8). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 5, 29
Jul 18)
Já vimos que o livro de
Levítico é diferente do que os outros livros do Pentateuco porque relata quase
exclusivamente o sistema das leis para governar Israel na sua vida religiosa,
civil, dietética e diária. Não encontraremos nele a história de Israel, mas as
leis dadas por Deus àquela nação. Seu conteúdo é tópico em vez de ser
cronológico. O tema central do livro é a santidade de Deus na separação e na
santificação, logo, a palavra chave é santidade
em suas várias formas: santificar, santíssimo, santo, santuário, limpo e santidade (veja 19.2; 11.44). Este livro é atualíssimo para a
Igreja, nele aprendemos que é necessário pregarmos tanto a expiação pelo sangue
de Cristo quanto a vida de santidade baseada na expiação feita pelo sangue de
Cristo. O salvo tem que saber como andar com Deus na comunhão! Merece uma
explicação a afirmativa do comentarista citando Romanos 11.26: Os
dispensacionalistas têm adotado uma posição onde somente aqueles judeus que
sobreviverão à Grande Tribulação serão salvos. Romanos 11.26 é interpretado por
Zacarias 13:8, onde “dois terços” de Israel serão “eliminados e perecerão”,
enquanto somente “a terceira parte restará nela”. O entendimento dispensacional
de “todo Israel” é restringido para significar “somente alguns de Israel”.
“O
retorno de Israel ao Senhor é certo (Zc 12.7-10; Rm 11.26). Paulo recorre às
profecias para confirmar a declaração de que todo o Israel será salvo (Rm
11.26,27; cf. Is 59.20,21). Isto ocorrerá quando se “completar o tempo dos
gentios” no final da Grande Tribulação (Jr 30.7; Ez 20.34-38; Jo 19.37). Israel
verá a Jesus como o Messias e se arrependerá por havê-lo rejeitado (Jo 1.11; Lc
13.34). Nesse período, os israelitas, como ramos naturais, serão enxertados na
própria oliveira, que é Cristo. E, assim, os descendentes de Abraão receberão novamente
a plenitude das bênçãos divinas (Zc 2.10). A revelação do plano divino da
salvação levou o apóstolo a adorar a Deus. Paulo reconhece o controle
providencial de Deus na história da salvação e da justificação através de
Cristo (Rm 10.33-36). Quanto à eleição, a aliança divina concernente a Israel é
imutável. Deus, em sua soberania, escolheu a Israel dentre todos os povos e
fez-lhe promessas por meio de seus patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó (Gn
12.1-3; 15.1-21; 17.1-22).Da mesma maneira que Deus cumpriu e cumprirá suas
promessas a Israel, assim também tem feito e o fará com a sua Igreja”.(O futuro glorioso de
Israel. Disponível em: http://avivamentonosul21.comunidades.net/romanos-estudo-e-comentario. Acesso em: 23 Jul,
2018)
No capítulo 5.12-21,
Paulo descreve a libertação do crente a partir da ação salvífica e graciosa de
Jesus Cristo. Na desobediência de Adão, o pecado abundou, mas na obediência de
Jesus, a graça superabundou (v.20). Cristo, pelo seu ato, garante a
justificação ao que crê (5.1). No capítulo 6.1-23, entretanto, a salvação
graciosa de Deus é apresentada ao fiel, mas este precisa corresponder à
realidade da nova vida em Cristo. O crente regenerado, cuja graça de Deus
manifestou-se em sua vida, deve rejeitar o pecado e produzir frutos santos
(v.22).
TÓPICO II - A SANTIDADE NO MINISTÉRIO LEVÍTICO
Os sacerdotes deveriam ser uma referência perfeita
à nação de Israel no que tange à santidade e à pureza. Afinal, eram os
responsáveis pela santificação do povo, a fim de torná-lo propício diante de
Deus.
1.
Santidade exterior. Aos ministros do altar, o Senhor
impôs uma série de restrições, para que não viessem a comprometer o santo
ministério. O sumo sacerdote, por exemplo, não poderia desposar uma mulher que
não fosse virgem (Lv 21.7,14). Até mesmo com respeito ao luto, deveriam os
ministros do altar ser precavidos e cuidadosos (Lv 21.1-3). Tendo em vista o
emblema da santidade divina que estava sobre a classe sacerdotal de Israel,
nenhum descendente de Levi poderia ser admitido no serviço divino se portasse
alguma deficiência física (Lv 21.17-21). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 5, 29
Jul 18)
A santidade de Deus deveria estar
presente na vida do sacerdote de forma muito acentuada e destacada porque ele
era o representante de Deus diante do povo e falava em nome de Deus e também era
o representante do povo diante de Deus, que falava pelo povo e oferecia pelo
povo os sacrifícios para expiação dos pecados desse povo. Estas exigências de
conduta para os sacerdotes objetivavam conscientizá-los da imensa
responsabilidade que lhes pesava; A função sacerdotal não podia ser vista como
corriqueira, rotineira ou ingrata. Os deveres sacerdotais deveriam ser vistos
como extrema importância, a ponto de que, se o sacerdote agisse com
negligência, ele traria sobre si a morte.
2.
Santidade interior. O sumo sacerdote deveria portar
uma lâmina de ouro, que, posta em sua mitra, trazia esta advertência:
“Santidade ao Senhor” (Êx 28.36). Portanto, a santidade do ministro não poderia
ser apenas exterior; sua pureza externa deveria ser um perfeito reflexo de sua
santidade interior (Ml 2.7). Infelizmente, a classe sacerdotal deixou-se levar
por um culto formal, o que ocasionaria a destruição de Jerusalém (Jr 5.31;
23.11). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 5, 29 Jul 18)
Não eram os trajes e muito menos
os rituais que faziam o sacerdote, antes, cada sacerdote deveria ser homem
irrepreensível moralmente e sem qualquer, por mínimo que fosse, defeito físico.
Todo o ritual do sacerdócio levítico, evidencia que Deus não recebe um culto
oferecido de qualquer maneira. Tanto a oferta quanto o ofertante devem cumprir
com as exigências divinas. Nosso Deus por ser Santo, não aceita diante de Si,
algo que não venha de um santificado (separado) e o que é ofertado tem que
estar nas mesmas condições de santificação. Deus exigia de Seus sacerdotes, o
mesmo que espera de cada um de nós hoje em dia – santidade (Lv 21.6,8,15,23).
3.
Santidade e glória. A glória que acompanhou Israel em
sua peregrinação, no deserto, tornou-o conhecido como a herança peculiar do
Senhor (Êx 13.21,22;16.10). Atemorizados, os gentios sabiam que era impossível
amaldiçoá-lo (Nm 23). Mas, para que os israelitas continuassem a usufruir a
glória divina era-lhes imprescindível obedecer a Palavra de Deus (Lv 9.6). O
mesmo não requer o Senhor de cada um de nós? (Hb 12.14). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 5, 29 Jul 18)
Santificação, não
significa que o pecado está morto no crente, mas sim que, o crente está
definitivamente morto para ele. Santificação significa que uma mudança radical
deve ser efetuada nos crentes no que diz respeito ao pecado. Antes vivíamos no
pecado e amávamos o pecado, e concordávamos com o pecado, agora estamos mortos
para o pecado de forma que não mais apresentamos nossos membros para servirem à
imundícia e à maldade, mas para servirem à justiça para a santificação. A
glória que acompanhou Israel em sua peregrinação, no deserto, tornou-o
conhecido como a herança peculiar do Senhor só permaneceria presente desde que
o povo fosse obediente. Santidade implica em obediência.
“O que vemos
aqui é Arão e os seus filhos, seguindo tudo o que Moisés instruíra eles da
parte do Senhor, completando as cerimônias com êxito e segundo tudo o que lhes
fora ordenado.
Era assim
que doravante deveria de ser feito para sempre, embora todos saibamos que esse
sacerdócio estava marcado par falhar por causa da imperfeição tanto do
sacerdote que ministrava quanto da oferta que era insuficiente para expiar
todos os pecados de todo o mundo.
Dos vs. 1-7,
vemos Moisés ordenando os sacrifícios, mas não ordenando de si mesmo, antes
porque Moisés seguia o que Deus instruíra ele primeiro. Veja que primeiro Deus
fala com o sacerdote e depois com o povo, por meio do seu escolhido.
Dos vs.
9-23a, vemos Arão e os seus filhos oferecendo os sacrifícios conforme suas
instruções, sem nada de invencionices, nem acréscimos, nem decréscimos, mas
exatamente como instruído.
Finalmente,
do 23b-24, a conclusão do capitulo com Deus se manifestando maravilhosamente,
em reconhecimento a tudo quanto foi feito, segundo tudo o que lhes fora
ordenado e instruído”. (Levítico 9:1-24 – O
Senhor hoje vos aparecerá. Disponível em: http://www.jamaisdesista.com.br/2013/11/levitico-9-1-24-segmentado-e-comentado.html. Acesso em: 23 Jul,
2018)
TÓPICO III - A SANTIDADE DO POVO DE DEUS
O Senhor exige, de cada um de nós, a santificação
de nossos filhos e de nossa vida conjugal, pois a nossa pureza expressa a sua
vontade.
1.
A santificação dos filhos. Deus proíbe
aos israelitas, expressa e energicamente, apresentarem seus filhinhos como
oferenda a Moloque (Lv 20.1-4). A razão é simples: cada um de nossos meninos e
meninas é herança do Senhor (Sl 127.3). Hoje, há pais cristãos, que, sem o
saberem, estão entregando seus filhos a “Moloque”, quando, por exemplo, adotam
a política criminosa do aborto e quando não os educam conforme recomenda a
Palavra de Deus (1 Co 5.8). Ensine, pois, seus pequeninos na admoestação do
Senhor, para que sejam pessoas de bem (Ef 6.4). Finalmente, que seus filhos
venham a honrá-los como a pais e mães; somente assim poderão ser abençoados (Êx
20.12; Lv 20.9; Ef 6.2). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 5, 29 Jul 18)
A santificação tem sido um
elemento essencial na relação entre Deus e seu povo ao longo de todas a Bíblia
e Levítico não é diferente, ele aponta para esta qualidade de ser separado do
pecado como uma característica fundamental da santidade de Deus, que tem que
ser desenvolvida como parte do caráter de seus filhos. Em 2Coríntios 6.14 – 7.1,
Paulo ensinou que o pecado não tem lugar na vida do cristão. Uma das
importantes afirmações do Salmo 127 é o valor dos filhos que Deus nos dá. O
versículo citado (3) trata da construção do lar, e especificamente da atitude
sobre filhos. Como presentes de Deus, os filhos devem ser protegidos,
alimentados e instruídos no caminho que Deus traçou para cada um de nós
(Provérbios 22:6; Efésios 6:4). Pais que cumprem bem seu papel acham conforto
em saber que seus filhos, por sua vez, vão protegê-los. Se inimigos baterem à
porta, os filhos se levantam em defesa do pai. A palavra grega usada em Efésios
6.4 para “disciplina” transmite a ideia de correção que resulta em educação. É
um esforço positivo e altamente valioso.
“O autor de
Hebreus enfatiza esse ponto citando Provérbios 3.11-12 para encorajar seus
leitores que não se fatiguem ou desmaiem em meio ao sofrimento. Ele pede a eles
(e a nós) que nos lembremos de que Deus nos trata como filhos nessa passagem
quando ele diz: “Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem
desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e
açoita a todo filho a quem recebe” (Hb 12.5-6). Da mesma maneira, Deus chama os
pais a serem como ele, amando os próprios filhos o suficiente a ponto de
discipliná-los apropriadamente. Ele faz isso expondo os benefícios positivos
que derivam da disciplina das crianças. “Corrige o teu filho, e te dará
descanso, dará delícias à tua alma” (Pv 29.17). Não apenas os pais se
beneficiam, mas a criança também se beneficiará. “A estultícia está ligada ao
coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela” (Pv 22.15). Uma
criança bem disciplinada terá a sua insensatez exposta e corrigida de forma tão
regular e consistentemente que a beleza e a bondade da sabedoria se tornarão
cada vez mais atrativas a ela”. (Thomas K. Ascol. A Disciplina e A Instrução do
Senhor na Criação dos Filhos. Disponível em: http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/654/a_disciplina_e_a_instrucao_do_senhor_na_criacao_dos_filhos. Acesso em: 23 Jul, 2018)
2.
A santificação conjugal. Deus sempre
teve um forte compromisso com a família, pois Ele próprio instituiu-a no Éden
(Gn 2.24,25). A fim de preservar a integridade familiar, o Senhor proíbe
terminantemente a infidelidade conjugal e o adultério (Lv 20.10). Seu objetivo
era tornar a família israelita um exemplo para os gentios, conforme descreve-a
o Salmista (Sl 128). Hoje, a nossa responsabilidade não é menor. Temos de
observar o sétimo mandamento: “Não adulterarás”, e manter o leito conjugal sem
mácula (Êx 20.14; Mt 5.28; Hb 13.4). O Deus que inspirou o Levítico não mudou. (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 5, 29 Jul 18)
Adultério é toda relação sexual
extraconjugal do homem ou da mulher casados. No Antigo Testamento, a mulher é
considerada propriedade do marido e a virgem, antes do noivado, propriedade do
pai. Por isso o adultério da mulher e a defloração duma virgem são um crime
contra a lei e contra o direito da propriedade (Êx 20.14; 22.15-16), punível
com a morte (Dt 22.22-29). O povo eleito, infiel a Deus, é comparável à mulher
adúltera (Os 1–3; Jr 2–3; Ez 16). Jesus condenou o adultério, até o simples
desejo de cometê-lo (Mt 5.27s; 19.3-9), mas perdoou à mulher adúltera (Jo 8.1-11).
O cristão é membro de Cristo, templo do Espírito Santo e vive uma vida nova na
luz; por isso não deve profanar-se com o adultério e a fornicação (1Cor 5;
6,12-19; Ef 4.17–5.20). Os atos detestáveis mencionados aqui (Lv 20.10-21) eram
muito comuns nas nações pagãs do Canaã; suas religiões estavam infestadas com
deusas sexuais, prostituição no templo e outros pecados graves. As práticas
religiosas imorais dos cananeus refletia uma cultura decadente que tendia a
corromper tudo o que entrasse em contato com ela. Ao contrário, Deus estava
formando uma nação que fora uma influência positiva no mundo. E não queria que
os israelitas adotassem as práticas cananéias e derivassem para a libertinagem.
Dessa maneira preparou ao povo para o que teriam que enfrentar na terra
prometida lhes ordenando que evitassem (tudo o que fora pecado sexual.) (Comentário
da Bíblia Diario Vivir).
3.
A santificação e a vontade de Deus. A
santificação é um processo que exige disciplina, esforço e um profundo amor a
Deus (1 Co 9.27). Nesse processo, lento e doloroso, todo o nosso ser tem de
estar envolvido (Fp 3.12-15;1 Ts 5.23). O santificar-se não é uma opção na vida
do salvo; é uma ordenança divina (Lv 20.7; Js 3.5). A nossa santificação é da
vontade de Deus (1 Ts 4.3). Sem ela, como veremos o Senhor? (Hb 12.14). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 5, 29 Jul 18)
Santidade não é uma opção! Deus é
santo e ele nos salvou para tornar-nos como ele é. Impureza e toda forma de
injustiça faz parte de nossa vida pregressa. Agora, devemos nos revestir do
nosso novo “eu”, criado segundo Deus em justiça e santidade. Deus nos chamou em
santidade. Ele nos concede seu Espírito Santo para fazer-nos santos.
“Vimos então
que o lema da reforma de Lutero era Justificação pela Fé. Foi um passo
fundamental no processo de restauração. Depois John Wesley trouxe a doutrina da
santificação, mostrando que justificação não é tudo que Deus quer fazer nas
nossas vidas. Entretanto, apesar da restauração da importância de santificação
através de Wesley, e do derramamento do Espírito Santo no século XX, a igreja
hoje não vive a realidade de uma vida santa na presença de Deus. Por um lado,
temos as igrejas que mantêm a doutrina da santificação, mas sem manifestação
genuína de Jesus nas suas vidas. Outras enfatizam a experiência da
santificação, de acordo com a teologia de Wesley, que seria uma outra
experiência depois da salvação, em que a pessoa é liberta da raiz do pecado na
sua vida. E ainda existem muitas outras que se esqueceram quase totalmente da
santificação, por causa da grande ênfase que veio no século passado sobre o
batismo no Espírito Santo. Infelizmente, a conseqüência disso tem sido uma
idéia totalmente falsa sobre o que Deus realmente espera de nós.” (Justificação Sem Santificação
Não é Salvação!. Disponível em: https://www.revistaimpacto.com.br/biblioteca/justificacao-sem-santificacao-nao-e-salvacao/. Acesso em: 23 Jul, 2018)
CONCLUSÃO
Num momento de emergência nacional, o
rei Ezequias convocou os levitas, e ordenou-lhes: “Ouvi-me, ó levitas!
Santificai-vos, agora, e santificai a Casa do SENHOR, Deus de vossos pais, e
tirai do santuário a imundícia” (2 Cr 29.5). Foi naquela hora que teve início
um grande avivamento em Israel. Se nos santificarmos, como requer o Senhor de
cada um de nós, em breve experimentaremos uma grande visitação dos céus em
nosso país. Amém! (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 5, 29 Jul 18)
Santificação
não é um conjunto de normas ou regras; é amar. Não é uma doutrina, nem uma
experiência; é um caminho, é andar com Deus. A Abraão Deus falou: “Anda na minha presença e sê perfeito”.
Enoque andava na presença de Deus e foi levado aos céus. Noé andava com Deus e foi
salvo do dilúvio universal. Esse é o nosso destino: andar com Deus.
“Achando-se as tuas palavras, logo as
comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo
teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Julho de 2018
PARA REFLETIR
A
Respeito de “Santidade ao Senhor”, responda:
1) Por que o livro de Levítico foi entregue a
Israel?
O livro de Levítico foi entregue a Israel, para que
este, separando-se de entre todos os povos da Terra, viesse a adorar, a servir
e a santificar-se a Deus.
2) Como começou a história de Israel como povo
santo?
Em Ur dos Caldeus, Abraão não passava de um gentio
entre os demais gentios. Mas, intimado novamente por Deus em Harã, obedeceu-o
de imediato. Ele creu em Deus, e foi justificado. Foi exatamente aí que começou
a história de Israel como o povo santo do Senhor.
3) Que exigências Deus fazia ao Sumo sacerdote?
Santidade exterior, santidade interior, santidade e
glória.
4) Qual a proibição do Levítico aos pais
israelitas?
Deus proíbe aos israelitas, expressa e
energicamente, apresentarem seus filhinhos como oferenda a Moloque. A razão é
simples: cada um de nossos meninos e meninas é herança do Senhor.
5) Como os cônjuges devem portar-se?
Devem portar-se de forma santa, a fim de preservar
a integridade familiar, terminantemente evitar a infidelidade conjugal e o
adultério (Lv 20.10). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 5, 29
Jul 18)