TÍTULO: Adoração,Santidade e serviço
Subtítulo: Os princípios de Deus para
sua igreja em Levíticos.
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 2
8 de Julho de 2018
A Beleza e a Glória do Culto
Levítico
Texto Áureo
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Verdade Prática
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"Então, entraram Moisés e Arão na tenda da congregação; depois,
saíram e abençoaram o povo; e a glória do SENHOR apareceu a todo o
povo." (Lv. 9.23)
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O verdadeiro culto divino não se impõe pelo ritualismo nem por sua
pompa, mas pelo quebrantamento de coração e pela integridade de espírito. A
glória de Deus não pode faltar.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
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Levítico
9.15-24
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15 Depois fez chegar a oferta do povo, e tomou o
bode da expiação do pecado, que era pelo povo, e o degolou, e o preparou por
expiação do pecado, como o primeiro.
16 Fez também chegar o holocausto, e ofereceu-o
segundo o rito.
17 E fez chegar a oferta de alimentos, e a sua mão encheu
dela, e queimou-a sobre o altar, além do holocausto da manhã.
18 Depois degolou o boi e o carneiro em sacrifício
pacífico, que era pelo povo; e os filhos de Arão entregaram-lhe o sangue, que
espargiu sobre o altar em redor.
19 Como também a gordura do boi e do carneiro, a
cauda, e o que cobre a fressura, e os rins, e o redenho do fígado.
20 E puseram a gordura sobre os peitos, e queimou a
gordura sobre o altar;
21 Mas os peitos e a espádua direita Arão ofereceu
por oferta movida perante o SENHOR, como Moisés tinha ordenado.
22 Depois Arão levantou as suas mãos ao povo e o
abençoou; e desceu, havendo feito a expiação do pecado, e o holocausto, e a
oferta pacífica.
23 Então entraram Moisés e Arão na tenda da
congregação; depois saíram, e abençoaram ao povo; e a glória do SENHOR
apareceu a todo o povo.
24 Porque o fogo saiu de diante do SENHOR, e
consumiu o holocausto e a gordura, sobre o altar; o que vendo todo o povo,
jubilaram e caíram sobre as suas faces.
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Comentário
INTRODUÇÃO
O que é o culto divino? Não é fácil responder a
essa pergunta, pois, no ato da adoração ao Deus Único e Verdadeiro, temos de
evitar dois extremos: a informalidade profana e indecente, e o ritualismo que
mata o genuíno culto bíblico. Por esse motivo, o Senhor deixou à congregação
israelita, nos Livros de Êxodo e de Levítico, ordenanças e instruções quanto à
essência de seu culto. Tendo como exemplo a consagração do Santo Templo, em
Jerusalém, mostraremos, nesta lição, a beleza e a glória do culto levítico. Que
a nossa adoração a Deus conte, igualmente, com a presença do Espírito Santo em
todos os atos. Sem a glória de Deus, nenhum culto tem validade. (LB CPAD, 3º
Trim 2018, Lição 2, 8 Jul 18)
De todos os aspectos da
vida da igreja cristã, o culto é o mais importante. É no culto que a presença
atuante de Deus se focaliza, instruindo, corrigindo, consolando e transformando
vidas, já que o Senhor habita não somente no corpo físico do crente (1Co 6.19), mas também (e
especialmente) na comunidade dos salvos que se une para servir e adorar (1Co 3.16,17; Ef 2.21,22; 1Pe 2.5). Como deve ser a liturgia do culto? Será que Deus
está recebendo a adoração que oferecemos? Podemos adorar de qualquer maneira,
ou como sentimos no ‘coração’? A Bíblia indica que, em nosso culto coletivo, os
crentes deveriam fazer apenas aquelas coisas que Deus positivamente exige de
nós, seja por mandamento ou por inferência. Somente Deus tem o direito de
determinar como ele deve ser adorado (Lv 10.1-3; Jo 4.20-26; 1Co 14). O segundo
mandamento proíbe não apenas adorar outros além do único Deus verdadeiro, mas
também adorar o Deus verdadeiro de um modo que ele não ordenou (Êx 20.2-6). É
no culto que o nome de Deus é exaltado em cânticos e orações, com a força que
decorre da união de vozes, pensamentos e corações: “Engrandecei o Senhor comigo, e todos, à uma, lhe exaltemos o nome”
(Sl 34.3).
“Levítico é
dedicado à adoração de Deus pelo povo resgatado, como se vê pela freqüente
ocorrência das palavras relacionadas com santidade e sacrifício. As cinco
ofertas são descritas nos capítulos 1 a 7 e explicam tudo que foi realizado no
calvário. Não há nenhum livro do Velho Testamento que nos faça melhor
compreender o novo que o de Levítico. Não há em toda a Bíblia nenhum livro que
nos conduza mais diretamente à cruz que o de Levítico. Ele é o “Evangelho do
Velho Testamento”. Se quiser perceber, do modo mais claro possível, a relação
vital entre o velho e o novo Testamento, estude esse livro. Se quiser adquirir
um sentimento mais profundo de horror ao pecado e entender a sua hediondez,
estude Levítico. Se desejar entender mais enfaticamente a necessidade da cruz,
estude Levítico. Se desejar adquirir uma apreciação mais profunda da santidade,
da misericórdia e da graça de Deus, então comece a estudar os fatos a respeito
das cinco ofertas. O livro começa com a voz do Senhor chamando Moisés da Tenda
da Congregação Lv 1.1. Todas as ofertas foram ordenadas ainda que eram
voluntárias. As cinco ofertas em ordem:
1 – O
Holocausto. Com sangue, Lv 1.1-17 e 6.8-13.
2 – A Oferta
de Manjares. Sem sangue, Lv. 2.1-16 e 6.14-23.
3 – A Oferta
Pacífica. Com sangue, Lv. 3.1-17 e 7.11-34.
4 – A Oferta
pelo Pecado. Com sangue, Lv. 4.1-35.
5 – A oferta
pela Culpa. Com sangue, Lv 5.14-19.”
(O CULTO NO
ANTIGO TESTAMENTO - Pr. Ananias Cândido Diniz. Disponível em: https://facteologia.webnode.com.br/estudos-biblicos/o%20culto%20no%20antigo%20testamento%20-%20pr-%20ananias%20c%C3%A2ndido%20diniz/. Acesso em: 3 Jul, 2018).
Dito isto, convido-o a pensarmos
maduramente a fé cristã!
TÓPICO l - O CULTO NO ANTIGO TESTAMENTO
Vejamos o que é o culto divino e o seu
desenvolvimento na era patriarcal, no período de Moisés, no tempo de Davi e de
Salomão, e após o Cativeiro babilônico.
1.
Definição. O culto divino é o serviço
amoroso, voluntário e exclusivo que Deus requer de cada uma de suas criaturas
morais (anjos e homens), mui particularmente de Israel, no Antigo Testamento,
e, agora, da Igreja, para que todos, em todos os lugares e tempos, glorifiquem-no
como o Criador, Senhor e Mantenedor de todas as coisas (SI 100.1; Ap 14. 7).
Culto é homenagem ao que se considera divino ou sagrado;
é o conjunto de atitudes e ritos pelos quais se adora uma divindade. O culto é
a invocação a Deus, feita por seu povo, a fim de glorificar ao próprio Deus. O
culto é a resposta reverente e adoradora que só se torna possível pela graça de
Deus, que nos dá vida (Jo 10.10; Ef 2.1,5; Cl 2.13), capacitando-nos para esse
evento.
“O culto
levítico era bem elaborado. Seus gestos e sons constituíam-se num espetáculo de
raríssima beleza. Haja vista a observação da rainha de Sabá ao visitar o rei
Salomão. A soberana enalteceu a Jeová diante da postura dos israelitas na Casa
de Deus (1Rs 10.5).
Os ministros
do altar não poupavam esforços nem minúcias na condução do culto. Tudo tinha de
sair perfeito; nenhum detalhe haveria de ser esquecido. A apresentação do sumo
sacerdote, dos ministros da música e dos demais levitas não contemplava a menor
hipótese de falha. Nos sacrifícios e oferendas, redobrados desvelos. A atenção
sacerdotal perseguia o menor descuido. Era uma liturgia sublimada.
Na
inauguração do Santo Templo, tamanha foi a majestade divina a baixar no
santuário, que o cronista simplesmente registrou: “E os sacerdotes não podiam
entrar na casa do Senhor, porque a glória do Senhor tinha enchido a sua casa”
(2Cr 7.2).” (O culto cristão e a liturgia.
Disponível em: http://www.cacp.org.br/o-culto-cristao-e-a-liturgia/. Acesso em: 3 Jul, 2018)
2.
Na era patriarcal. O primeiro grande patriarca a
prestar culto a Deus foi Noé (Gn 8.20). Abraão, Isaque e Jacó também
construíram altares para adorar ao Senhor, que os chamara a constituir a nação
profética, sacerdotal e real por excelência (Gn 12.7; 26.25; 35-1-7). (LB CPAD,
3º Trim 2018, Lição 2, 8 Jul 18)
Gênesis 4.3 e 4 traz a primeira
referência a um ato de culto, com Caim e Abel, em borá não explique porque os
rituais tiveram início. Na época de Noé, o sacrifício de animais devia ter sido
reconhecido como a forma aceitável de culto (Gn 8.20). O culto dos patriarcas
era diferente do de seus vizinhos pagãos, porque era baseado não em ritos
agrícolas ou de fertilidade, mas em visitas de Deus aos patriarcas. Eles
edificaram os seus altares e lugares de culto onde Deus se fazia presente (Gn
12.7; 28.18; Êx 17.15). A promessa de Deus a Abraão foi repetida a Isaque, e
ele reagiu de maneira semelhante, em Gênesis 26.24,25. A visão que Jacó teve de
Deus levou-o a dar, ao lugar do encontro, o nome de “Betel” (casa de Deus) e a
fazer o seu voto memorável. Depois da reconciliação de Jacó com Esaú, Deus
chamou aquele para fazer um altar e executar um ritual de purificação e troca
de vestes (Gn 35.1-4). Este acontecimento revela o aspecto familiar do culto
nesse período. Embora pareça primitivo, o culto entre os patriarcas era pessoal
e familiar, e estava ligado, inseparavelmente, com um comportamento reto diante
de Deus. Esses homens criam que Deus lhes estava muito próximo e era mui real
(Gn 18.1).
3.
No período de Moisés. Deus,
através de Moisés, entregou ao seu povo leis e instruções para que o seu culto
passasse da informalidade a uma etapa mais teológica, litúrgica e
congregacional (Êx 12.21-26). A partir daí, estabeleceram-se as festividades
sagradas como a Páscoa e o Dia da Expiação (Êx 12.14,20; Lv 23.27,28). Agora,
não somente as famílias, mas todo o povo é intimado a cultuar ao Senhor. (LB
CPAD, 3º Trim 2018, Lição 2, 8 Jul 18)
“2. Do Egito a Canaã.
Esse senso de percepção imediata da presença de Deus é mostrado na experiência
de Moisés com um arbusto em fogo — a sarça ardente (Êx 3.1-6). Ela o preparou
para a sua confrontação com Faraó, e o culto foi a base de sua exigência de que
os israelitas fossem libertos (Êx 5.1-3). A apoteótica experiência de
libertação da escravidão egípcia foi celebrada na Festa da Páscoa (Êx 12.11; 34.25).
Ela também era conhecida como Festa dos Pães Asmos, e tornou-se o mais
importante dos festivais de Israel. Embora ela possa ser relacionada com
observâncias pré-israelitas, a sua relação com o ato de Deus no Egito tomou-a
central no culto a Yahweh. Sabemos muito mais a respeito de sua celebração da
parte do Novo Testamento do que do Velho. Depois de atravessar o Mar Vermelho,
Moisés e o povo de Israel cantou ao Senhor o cântico que consta em Êxodo 15.1-19.
Era característico de Israel prestar louvor a Deus por seus atos poderosos.
Eles não apenas cantaram, mas Miriã tomou o seu pandeiro e liderou as mulheres
na dança. O período em que o povo de Deus ficou acampado nas cercanias do Monte
Sinai foi também ocasião de memoráveis experiências de culto. O povo foi
instruído a lavar as suas vestes e a evitar, a qualquer custo, qualquer contato
com a montanha, depois que Moisés o consagrou (Êx 19.10-14). E, então, eles
tremeram diante da dramática demonstração da presença de Deus antes de o
Decálogo ser dado a Moisés. Depois disso, atos pactuais de culto foram
executados (Êx 24.3-8). Antes de o povo deixar as fraldas do Sinai, o Senhor
instruiu Moisés para fazer com que eles lhe construíssem “um santuário, para
que eu habite no meio deles” (Êx 25.8), conforme disse. Essa tenda grande com o
seu mobiliário são descritos em Êxodo 25 a 27. Este consistia em altares para
ofertas queimadas e para incenso, entre outras coisas, mas o seu objeto mais
reverenciado era a arca do pacto, que ficava em um compartimento separado da tenda,
chamado o santo dos santos. Essa caixa coberta de ouro provavelmente continha o
Decálogo ou alguma outra lista de requerimentos do pacto. Em cada ponta de sua
tampa de ouro sólido ficava um querubim, com suas asas estendidas para o outro,
e, entre os querubins, ficava o propiciatório, e o lugar de habitação de Yahweh
ficava acima desse propiciatório. Sacrifícios, ofertas e observâncias dos
tempos mosaicos são descritos em Êxodo 29.38-31.17. Depois que o tabernáculo
havia sido edificado, tornou-se centro também de comunhão individual com Deus
(Êx 33.7-11), bem como o foco nacional de culto. De acordo com o livro de
Números, os homens da tribo de Levi foram escolhidos “para fazerem o serviço da
tenda da revelação (8.15). Desta forma, o culto israelita foi uma questão de
desenvolvimento, de acordo com a necessidade e com as ordens divinas. A entrada
de Israel em Canaã e a queda de Jericó podem ser consideradas como pompa
religiosa, tanto quanto procissões militares. Quando Israel se acampou em
Gilgal, na margem oriental do Jordão, doze pedras de memorial foram carregadas
do leito do Jordão, para lembrar, aos seus filhos, que Deus carregara o seu
povo através do Jordão, como o fizera através do Mar Vermelho, “para que todos
os povos da terra conheçam que a mão do Senhor é forte” (Js 4.24). Ê provável
que Gilgal tenha sido o lugar do primeiro ato de culto de Israel na Terra
Prometida. Desta forma, esse local tomou-se um santuário importante; muitos
anos mais tarde, Saul foi coroado ali. Ã medida que conquistou a terra, Israel
também capturou os santuários dos cananeus. Cada aldeia, por menor que fosse,
tinha o seu “lugar alto”. Outros santuários notáveis, desse período, foram Dã,
Berseba, Siquém e Siló. As práticas pagãs começaram a influenciar tanto o culto
quanto a moralidade dos israelitas, mas, depois da terceira distribuição do
território conquistado, o povo “se reuniu em Siló, e ali armou a tenda da
revelação” (Js 18.1)”. (Adoração e Culto segundo Deus. Disponível em: http://botanicochurch.blogspot.com/2015/06/adoracao-e-culto-segundo-deus.html. Acesso em: 3 Jul,
2018).
4.
No tempo de Davi e Salomão. Até
a ascensão de Davi, como rei de Israel, a música não era utilizada no culto
divino. O cântico de Miriã e o de Débora constituíam manifestações espontâneas
que precederam a inserção da música na liturgia do Santo Templo (Êx 15.20,21;
Jz cap. 5). Mas, com o rei Davi, que também era profeta, salmista e músico, a
celebração oficial ao Senhor foi enriquecida com a formação de coros e
instrumentos musicais (l Cr 15.16). Buscando sempre a excelência do culto
divino, o rei Davi inventou e fabricou diversos instrumentos musicais (l Cr
23.5; 2 Cr 7.6). Salomão dedicou-se igualmente ao enriquecimento litúrgico e
musical na adoração divina (2 Cr 5.1-14). No auge do Santo Templo, a Liturgia hebréia
impressionava por sua beleza e arte (2 Cr 5.13). Ezequias também destaca-se
pelo zelo ao culto do Senhor (2 Cr 29.26-28). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 2,
8 Jul 18)
“3. O Culto nos Primórdios da
Monarquia. A contenda com os pagãos foi difícil, tanto em termos de política
quanto de religião. O livro de Juizes revela o quanto o culto a Baal minou a fé
e o comportamento israelita. Na época de Samuel, a arca do pacto foi usada em
vão, como fetiche, na tentativa de Israel de derrotar os filisteus. Quanto a
arca foi capturada, Siló perdeu o seu significado como santuário de Deus. Culto
regular em um lugar central não é mencionado desde Josué até I Samuel. E,
então, em II Samuel, começou um reavivamento do culto a Yahweh, sob a direção
de Davi. Ele levou a arca para Jerusalém (II Sm 6.15) e colocou-a em uma tenda
especial. Mais tarde, ele comprou a eira de Omâ, como local para edificar um
altar a Deus — e mais tarde o Templo de Salomão. Alguns eruditos acham que Davi
combinou várias tradições religiosas para ajudar a fé de Israel a falar à sua
época. Seja o que for que tenha acontecido, “ele elaborou os princípios, o
espírito e algumas das formas” (Davies, p. 880) e foi o principal responsável
pelo desenvolvimento da música no culto israelita (II Sm 6.5; I Cr 24-26) —
desenvolvimento este de tremendo potencial espiritual.” (Adoração e Culto segundo
Deus. Disponível em: http://botanicochurch.blogspot.com/2015/06/adoracao-e-culto-segundo-deus.html. Acesso em: 3 Jul,
2018).
5.
Após o cativeiro babilônico. Em
586 a.C., os judeus foram levados em cativeiro à Babilônia, onde permaneceram
70 anos (Jr 25.11,12). Nesse período, pelo que inferimos do Salmo 137, a
adoração divina foi praticamente esquecida. Mas, com o retorno a Jerusalém, os
repatriados, incentivados por Esdras e Neemias, reavivaram o culto levítico (Ne
12.22-30). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 2, 8 Jul 18)
“Durante os anos do cativeiro,
pararam os rituais sacrificiais. As festas regulares não puderam ser
celebradas, mas um estudioso sugeriu que as suas estações podem ter sido
comemoradas como memoriais, quando as misericórdias de Deus eram renovadas e as
suas esperanças reacendidas para o futuro. O sábado tornou-se o principal dia
de culto regular. Foi também durante esse período que a sinagoga pode ter
começado, como substituta do Templo e como centro local de estudo e culto.
Privado do culto no Templo, o povo apegou-se, cada vez mais à lei de Deus, de
que era o único guardião. Como lugar de leitura e estudo da lei, a sinagoga era
primariamente uma instituição de ensino. Mas o culto ali consistia de oração,
leitura da Lei e dos Profetas, cântico de Salmos e ensino. Podemos presumir com
certeza que o culto na sinagoga refletia bem, como contribuía para o intenso
espírito de nacionalismo, zelo extremo pelas interpretações rabínicas da Lei,
crescente expectativa escatológica e conceitos de devoção religiosa mais
cerimoniais do que morais — características estas que expressavam um judaísmo
em desenvolvimento. A literatura do período vetero- testamentário e suas
implicações, verificadas claramente no ensino de Jesus, expressavam estas
características do culto desse período. Depois do exílio, o povo, que havia
conservado as suas características através das décadas de cativeiro estrangeiro,
continuou a observar as festas principais, mas fez algumas modificações nos
padrões de culto. Os profetas cúlticos provavelmente tornaram-se os corais de
cantores do Templo, que usaram diferentes coleções de salmos. A Festa dos
Tabernáculos foi aumentada e dividida em três festivais: Dia do Ano Novo, Dia
da Expiação e Festa dos Tabernáculos. Presumimos que o segundo Templo não se
comparava com o de Salomão em tamanho e beleza (Ag. 2:3), mas levou vários anos
para ser construído e durou cerca de cinco séculos. Embora o seu santo dos
santos não contivesse mais a arca, o Templo ainda era o centro de culto de
Israel e o símbolo de sua dedicação a Deus.” (Adoração e Culto segundo Deus.
Disponível em: http://botanicochurch.blogspot.com/2015/06/adoracao-e-culto-segundo-deus.html. Acesso em: 3 Jul,
2018).
TÓPICO II - OS ELEMENTOS DO CULTO LEVÍTICO
A fim de mostrarmos a beleza e a glória do culto
divino no Antigo Testamento, tomemos como exemplo a consagração do Santo
Templo, pelo rei Salomão, em Jerusalém.
1.
Sacrifícios. O culto inaugural do Santo
Templo, que teve início com a chegada da Arca Sagrada, foi marcado por uma
grande quantidade de sacrifícios de animais (1Rs 8.5) - Cf. Levítico cap. 1. De
forma sem igual, o rei Salomão e todo o Israel demonstraram sua ação de graças
ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
O holocausto (‘Olah em hebraico,
cujo significado é ‘elevar fumaça’ ou ‘totalmente queimado’), é a oferta por
excelência, de onde todas as demais são decorrência. O holocausto significa
dedicação integral (alma e corpo) a Deus, e tipifica a pessoa e obra de Cristo,
ao se oferecer imaculado a Deus, a fim de cumprir completamente a vontade do
Pai (veja Hb 9.14;Fp 2.6-8). O Templo de Salomão, o Primeiro Templo, destruído em
587 a. C. por Nabucodonosor II; fato narrado pelo historiador judeu Flávio Josefo
que escreveu: "o templo foi queimado
470 anos, 6 meses e 10 dias depois de ter sido construído" [Josephus,
Jew. Ant. 10.8.5]. Em sua inauguração, muitos sacrifícios pacíficos foram
oferecidos, a tal ponto que foi necessário usar o átrio do templo porque o altar
não comportava tudo. As festas duraram duas semanas, incluindo a festa dos
tabernáculos, terminadas as quais o povo voltou feliz para casa.
2.
Cânticos. Em seguida, os cantores e músicos
puseram-se a louvar ao Senhor, entoando provavelmente os cânticos que Davi e
outros salmistas haviam composto (2 Cr 5.12,13). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição
2, 8 Jul 18)
“Acabando Salomão de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e
os sacrifícios; e a glória do SENHOR encheu a casa. E os sacerdotes não podiam entrar
na Casa do SENHOR, porque a glória do SENHOR tinha enchido a Casa do SENHOR. E
todos os filhos de Israel, vendo descer o fogo e a glória do SENHOR sobre a
casa, encurvaram-se com o rosto em terra sobre o pavimento, e adoraram, e
louvaram o SENHOR, porque é bom, porque a sua benignidade dura para sempre”
(2Cr.7.1-3). Levando ao templo a arca da aliança, Salomão fez como seu pai Davi:
a cada seis passos oferecia sacrifícios; e com canto e música e com grande
cerimônia, ‘trouxeram os sacerdotes a
arca do concerto do Senhor ao seu lugar, ao oráculo da casa, à santidade das
santidades’ (2Cr 5.7). Dentro do Templo, os cantores tomaram os lugares que
lhes eram designados – “levitas vestidos
de linho branco, com címbalos, e com alaúdes, e com harpas – permaneceram de pé
para o oriente do altar, e com eles até cento e vinte sacerdotes que tocavam as
trombetas” (2Cr 5.12).
3.
Exposição da Palavra. Logo após.
Salomão dirigiu-se ao povo, fazendo uma síntese da História Sagrada até aquele
instante. Ele mostra a clara intervenção de Deus em cada etapa da existência de
Israel (2 Cr 6.1-13). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 2, 8 Jul 18)
Salomão toma a palavra e
discursa dirigindo-se à multidão. O que Salomão disse sobre a presença de Deus
na escuridão foi o prefácio do seu discurso de consagração. O coração do rei
estava repleto naquele dia. Todas as suas esperanças haviam sido realizadas.
Deus desceu para morar na casa que Salomão havia construído. Salomão discursa
sobre a aliança, as promessas de Deus, Sua fidelidade, abençoa todo o povo,
exalta e agradece a Deus.
4.
Oração. O rei dirige-se, agora, a Deus em
oração, agradecendo-o por aquele momento, e intercede não só por Israel, mas
pêlos gentios que, ouvindo acerca da intervenção divina na vida de seu povo,
para ali acorreriam (2 Cr 6.32,33). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 2, 8 Jul 18)
“A oração de Salomão apresenta
três divisões facilmente identificáveis:
1. Um apelo geral para que DEUS
honrasse sua palavra a Davi e ouvisse a oração de seu servo, Salomão (vv. 22-30).
2. Sete petições especiais (vv.
31-50). Essas petições foram expressas mediante paralelismos poéticos. Suas
colocações foram colocadas de um modo condicional, contrapondo-se o vocábulo
‘quando’ (ou ‘se’) à palavra ‘então’.
Quando um homem for obrigado a
prestar algum juramento, então ouve do céu e age (vv.31,32).
Quando o povo de Israel confessar
o seu pecado, então ouve do céu e perdoa o seu pecado (vv. 31,32).
Quando se converterem do seu mau
caminho, porque os afligiste, então ouve do céu e perdoa-lhes o pecado (vv.
35,36).
Quando o povo enfrentar fome, ou
praga, e voltar-se para ti em oração, então retribui a cada um segundo o seu
coração (vv. 37-40).
Quando chegar um estrangeiro e
orar voltado para o templo, por causa do teu grande nome, então faze tudo o que
ele clamar a ti (vv. 41-43).
Quando enviares o teu povo à
guerra, e eles orarem, então ouve do céu e sustenta a causa deles (vv. 44,45).
Quando forem levados em
cativeiro, se abandonarem o seu pecado e orarem, então ouve a sua oração e perdoa-lhes
o pecado (46-51).
3. Um apelo final, solicitando o
cuidado especial de DEUS sobre o povo que escolhera para que fosse seu, entre
todos os povos da terra (51-53).
Digno de destaque na oração de
Salomão é sua consciência de que as bênçãos e as provisões de DEUS estão
relacionadas a ações concretas no sentido de satisfazer aos requisitos e
condições divinos. Esquecer esse fato é orar em vão.
O versículo 27, ao reconhecer a
onipresença de DEUS como o faz revela a percepção que Salomão tinha da grandeza
e infinidade divinas, certamente um ingrediente vital na oração eficaz. Quão
completamente gratificante é abandonarmos nossas limitações humanas e nos
voltarmos para o DEUS Todo-Poderoso! Pois não há quem se iguale àquEle que é,
ao mesmo tempo, infinito e eterno, que não pode ser contido numa mera casa
terrestre, e tampouco no Céu dos céus. Nosso DEUS não habita nos espaços
limitados do tempo, nem está subordinado à sucessão infinita dos anos. Quão
grande é o Senhor!” (BRANDT,
Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD,
4. ed., 2007, pp. 143-4).
5.
Leitura da Palavra. Após o cativeiro babilônico, já
no tempo de Esdras e Neemias, a Palavra de Deus começou a ser lida publicamente
como parte da liturgia do culto (Ne 8.1-8). Nesse período, os sacerdotes
puseram-se também a explicar a Lei ao povo de Deus. Antes disso, a leitura das
Escrituras limitava-se aos montes Gerizim e Ebal (Dt 29). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 2, 8 Jul 18)
O tópico pode dar a falsa idéia de
que o Livro da Lei passou a ser lido publicamente somente depois de Esdras e
Neemias, o que não é verdade. O Pr Esequias Soares assevera: “A lei foi dada a Israel como legislação para
o povo antes de conquistar a terra de Canaã. Inúmeros preceitos permanecem
ainda hoje na legislação de praticamente todos os países do planeta. Sua origem
divina é indiscutível, pois aparece no relato dessa comunicação de Deus a
Moisés desde Êxodo 20.1 até Levítico 27.34. Além disso, a Bíblia declara esse
fato de maneira direta. O presente trabalho tem por objetivo ajudar o povo de Deus
a distinguir entre lei e evangelho, lembrando que os Dez Mandamentos não são a
lei, mas parte dela, que introduz o sistema legal de Moisés. O Decálogo é o
exemplo mais conhecido da forma categórica ou absoluta que se caracteriza pelo
comando absoluto, geralmente pelo uso da segunda pessoa do singular no futuro
ou no imperativo, e algumas vezes no plural. Isso aparece nos mandamentos
negativos ou positivos. O mandamento com o verbo no particípio hebraico também
é considerado categórico ou absoluto por muitos, como em: “Quem derramar o
sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado” (Gn 9.6); ou: “Quem
ferir alguém, que morra, ele também certamente morrerá” (Êx 21.12). As
expressões “quem derramar” e “quem ferir” estão no particípio, na língua
original. Mas há quem afirme que a referida forma é casuística.” (Esequias Soares. Os dez
Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora
CPAD. pag. 11, 14).
6.
Bênção. O culto levítico era encerrado
com a bênção araônica (Nm 6.22-26). Ao serem assim abençoados, os filhos de
Israel conscientizavam-se de que eram propriedade particular do Senhor (Êx
19-5). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 2, 8 Jul 18)
“O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor faça resplandecer o seu rosto
sobre ti, e tenha misericórdia de ti; O Senhor sobre ti levante o seu rosto e
te dê a paz” (Nm 6.24-26). “Bênção sacerdotal” ou “bênção Arônica” é a
bênção que os sacerdotes impetravam sobre o povo de Israel conforme ordenou o
Senhor. Foi especificada pelo próprio Deus que ordenou que Moisés instruísse
Arão e seus filhos sobre o modo correto de como deveriam proceder ao abençoar o
povo (Nm 6.22,23). [Leia
aqui sobre as Três Lições da Bênção Arônica]
TÓPICO III - FINALIDADES DO CULTO LEVÍTICO
O culto levítico, no Antigo Testamento, tinha
quatro finalidades básicas: adorar a Deus, reafirmar as alianças divinas,
professar o credo mosaico e aguardar o Messias. Era uma celebração teológica e messiânica.
1.
Adorar ao Único e Verdadeiro Deus. Ao
reunir-se para adorar a Deus, a comunidade de Israel demonstrava duas coisas: a
aceitação do Único e Verdadeiro Deus e a rejeição dos deuses pagãos (Lv 19-4;
SI 86.10; 97.9). Enfim, o culto afastava os israelitas da idolatria e
aprofundava sua comunhão com o Senhor (5196.5). Esse era o teor dos cânticos
congregacionais do Santo Templo. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 2, 8 Jul 18)
O culto era centralizado em Deus,
que reivindica e espera isso de Seu povo. Honramos ao Senhor quando O adoramos
pelo que Ele é. Deus não está limitado a experiências humanas, as quais não
podem determinar ou governar o tipo de liturgia do culto prestado ao Senhor. O
Salmo 93 diz que Ele está revestido de majestade. Deus é glorioso, é sublime, é
belo na Sua santidade. Devemos adorá-Lo no Seu esplendor e na Sua beleza. É com
essa concepção que devemos adorar ao Senhor. O culto no AT é a resposta da
criatura:
-
à glória do Criador revelada (Sl
19).Deus é o Altíssimo (Sl 83.12), o Deus que vê (Gn 16.13), escudo (Sl 84.11);
-aos atos salvíficos de Deus (Êx
15;Sl 105);
-à ação bondosa de seu Criador
(Mq 6.8;Is 1.13-17; Lv 10.1,2). (O culto no Antigo Testamento. Disponível em: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/o-culto-no-antigo-testamento/.
Acesso em: 3 Jul, 2018)
2.
Reafirmar as alianças antigas. No
culto Levítico, os filhos de Israel professavam as alianças que o Senhor
firmara com Abraão, Isaque, Jacó e Davi (Lv 26.9,45). Já em seus cânticos,
reafirmavam a fé na presença de Deus em sua vida familiar e comunal (SI 47.9),
como mostra o Salmo 105. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 2, 8 Jul 18)
Instrução (Gn 4.7; Dt 31.9-13;
2Cr 34.30; Ne 8.8). Este é o meio pelo qual Deus revela Sua vontade. A pregação
não pode ser relegada aos momentos finais do culto. Ela não é matéria para ser
apenas descrita ou comentada, mas deve ser explicada (Ne 8.3, 7- 8, 12). Deus
fala, o homem se cala, medita e responde. Com a pregação fiel e revestida de
autoridade da Palavra, Deus é honrado e glorificado, os descrentes são
desafiados, os crentes são edificados e a igreja é fortalecida. A adoração
genuína também deve ser fruto de um correto entendimento da lei, justiça e
misericórdia de Deus, reconhecendo-O assim como Ele Se revela nas Escrituras.
Sem a Palavra não há adoração e não importa quão emocionantes sejam os demais
atos do culto.
(O culto no Antigo Testamento. Disponível em: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/o-culto-no-antigo-testamento/.
Acesso em: 3 Jul, 2018)
3.
Professar o credo divino. Em seus
cultos, os israelitas, guiados pelo ministério levítico, professavam o seu
credo: "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor" (Dt
6.4). Nesta sentença resume-se toda a teologia do Antigo Testamento. Que a
Igreja de Cristo recite a doutrina divina. (LB
CPAD, 3º Trim 2018, Lição 2, 8 Jul 18)
Shemá Israel (em hebraico שמע ישראל;
"Ouça Israel") são as duas primeiras palavras da seção da Torá que
constitui a profissão de fé central do monoteísmo judaico (Devarim / Deuteronômio
6:4-9) [WIKPÉDIA],
tornou-se a grande confissão de fé monoteísta de Israel, sendo recitada todas
as manhãs e finais de tarde pelos judeus (cf Mc 12.29).
“O monoteísmo
– a crença em somente um Deus – era uma característica distintiva da religião
hebraica. Muitas religiões antigas acreditavam em muitos deuses. … Este era um
importante entendimento para a nação judaica porque eles estavam prestes a
entrar em uma terra habitada por muitas pessoas que acreditavam em muitos
deuses” (Life Application Study Bible)
4.
Aguardar o Messias. No livro de Salmos, há uma
elevada cristologia, que descreve a paixão, a morte, a ressurreição e a
glorificação do Senhor Jesus Cristo como Rei dos reis (SI 22.1-19; 16.10;
110.1-4; 2.1-8). Um israelita crente, e predisposto a servir a Deus, jamais
seria surpreendido com a chegada do Messias, pois o culto Levítico era
essencial e tipologicamente cristológico (Lc 2.25-35). (LB CPAD, 3º Trim 2018,
Lição 2, 8 Jul 18)
Antes da vinda de Cristo, aprouve
a Deus ordenar a Seu povo que O servisse por meio do sistema altamente
elaborado do culto oficiado por levitas e sacerdotes no Tabernáculo, e
posteriormente no Templo. A tipologia de Jesus no livro de Levítico está nas
cinco ofertas e nas Festas Judaicas do Lv. 23. Ali, Deus, deu as instruções
sobre o cerimonial de Levítico que representa todos os detalhes da obra de Jesus
Cristo na cruz. (Leia
mais sobre aqui). Sabemos pelo Novo Testamento que após o único e
definitivo sacrifício de Cristo (Hb 10:12), oferecendo a Si mesmo pelos pecados
do Seu povo (Hb 7:27), efetuando uma eterna redenção, por seu próprio sangue
(Hb 9:12), tais ofertas não devem mais ser oferecidas literalmente. Elas eram
apenas sombras da realidade que viria em Cristo (Cl 2:17).
CONCLUSÃO
Os filhos de Israel não souberam
cultuar a Deus como Ele o requer de cada um de nós. Por isso, deixaram-se
contaminar pelo formalismo. Apesar de sua rica e significativa liturgia,
adoravam a Deus apenas com os lábios, pois o seu coração achava-se distante do
Deus de Abraão (Is 29.13). Então, adoremos a Deus em espírito e em verdade (Jo
4.24). Apresentemos ao Senhor o nosso culto racional (Rm 12.1-3). Quando
cultuamos verdadeiramente a Deus, sua glória jamais nos faltará (Lv 9.23,24). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 2, 8 Jul 18)
Nem toda adoração agrada a Deus.
Há o perigo de trazermos “fogo estranho” diante do altar e do trono do Senhor
(Lv 10.1-2). Esse “fogo estranho” consistia em contrariar os mandamentos
divinos quanto à adoração. Não apenas a adoração a falsos deuses é proibida nas
Escrituras, mas também a adoração ao verdadeiro Deus de maneira errada (Ml
1.7-10; Os 6.4-6; Am 5.21).
Somos uma geração centralizada no
homem, mas a igreja não pode tornar-se antropocêntrica. A distração e o
entretenimento da nossa era tecnológica não podem tornar-se o centro. Nosso
desejo por santidade deve ser maior que o nosso desejo por felicidade. O culto
pode e deve, sim, ser agradável às pessoas, mas com base na instrução bíblica
apresentada e não no grau de satisfação pessoal alcançado. Que possamos dizer:
“Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome da glória” (Sl 115.1).
“Achando-se as tuas palavras, logo as
comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo
teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Julho de 2018
PARA REFLETIR
A respeito de "A Beleza e a
Glória do Culto Levítico", responda:
• O que é o culto divino?
O culto divino é o
serviço amoroso, voluntário e exclusivo que Deus requer de cada uma de suas
criaturas morais (anjos e homens), mui particularmente de Israel, no Antigo
Testamento, e, agora, da Igreja, para que todos, em todos os lugares e tempos,
glorifiquem-no como o Criador, Senhor e Mantenedor de todas as coisas.
• Como era o culto no período de Moisés?
Deus, através de
Moisés, entregou ao seu povo leis e instruções para que o seu culto passasse da
informalidade a uma etapa mais teológica, litúrgica e congregacional. A partir
daí, estabeleceram-se as festividades sagradas como a Páscoa e o Dia da Expiação.
Agora, não somente as famílias, mas todo o povo é intimado a cultuar o Senhor.
• Qual a contribuição de Davi ao culto divino?
Até a ascensão de
Davi, como rei de Israel, a música não era utilizada no culto divino. O cântico
de Miriã e o de Débora constituíam manifestações espontâneas que precederam a
inserção da música na Liturgia do Santo Templo. Mas, com o rei Davi, que também
era profeta, salmista e músico, a celebração oficial ao Senhor foi enriquecida
com a formação de coros e instrumentos musicais. Buscando sempre a excelência
do culto divino, o rei Davi inventou e fabricou diversos instrumentos musicais.
• Cite os elementos do culto levítico.
Os elementos são:
sacrifícios, os cânticos, a exposição da Palavra e a bênção.
• Quais os objetivos do culto levítico?
Adorar a Deus,
reafirmar as alianças divinas, professar o credo mosaico e aguardar o Messias. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 2,
8 Jul 18)