TÍTULO: Adoração,Santidade e serviço
Subtítulo: Os princípios de Deus para
sua igreja em Levíticos.
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 1
1º de Julho de 2018
Levítico, Adoração e Serviço ao
Senhor
Texto Áureo
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Verdade Prática
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“E porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma de vós não se
enfadará.” (Lv 26.11).
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A verdadeira adoração a Deus compreende, necessariamente, o nosso
serviço voluntário, santo e amoroso ao seu Reino.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
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Levítico
27.28-34
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28 Todavia, nenhuma coisa consagrada, que alguém
consagrar ao SENHOR de tudo o que tem, de homem, ou de animal, ou do campo da
sua possessão, se venderá nem resgatará; toda a coisa consagrada será
santíssima ao SENHOR.
29 Toda a coisa consagrada que for consagrada do
homem, não será resgatada; certamente morrerá.
30 Também todas as dízimas do campo, da semente do
campo, do fruto das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR.
31 Porém, se alguém das suas dízimas resgatar
alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela.
32 No tocante a todas as dízimas do gado e do
rebanho, tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR.
33 Não se investigará entre o bom e o mau, nem o
trocará; mas, se de alguma maneira o trocar, tanto um como o outro será
santo; não serão resgatados.
34 Estes são os mandamentos que o SENHOR ordenou a Moisés, para os
filhos de Israel, no monte Sinai.
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Comentário
INTRODUÇÃO
Estudaremos, a partir de agora, o livro de Levítico,
cujo tema pode ser resumido nesta simples, mas atual ordenança divina:”…
portanto vós vos santificareis, e sereis santos, porque eu sou santo” (Lv
11.44). À primeira vista, esse livro da Bíblia Sagrada parece enfadonho e até
desnecessário. Todavia, ele é imprescindível para compreendermos a essência do
culto divino no Antigo Testamento. Nas Lições por virem, constataremos que
ainda temos muito a aprender com a congregação israelita no deserto do Sinai.
Estudemos, pois, com diligência e cuidado. Oremos e
empenhemo-nos por aplicar cada lição ao nosso viver. Finalmente, não nos
esqueçamos de que o Senhor continua a exigir de seus filhos uma vida santa,
pura e consagrada ao seu Reino. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 1, 1º Jul 18)
Iniciamos este trimestre estudando o livro de
Levítico. Todo leitor da Bíblia sente dificuldade, ao ler a Bíblia inteira,
quando se depara com este livro. Sem dúvida, este é livro bíblico é o menos
explorado por todos os cristãos; estamos deixando de conhecer uma das
principais fontes de diretrizes dada por Deus. A palavra chave do livro é
santidade e esta palavra em várias formas é falada muitas vezes; santificar,
santíssimo, santo, santuário, limpo e santidade. O versículo chave é 19.2:
“santos sereis, porque eu, o senhor vosso Deus, sou santo”. Outro versículo que
diz a mesma verdade é 11.44. Podemos ver uma grande verdade neste tema; temos
que pregar tanto a expiação pelo sangue de Cristo quanto a vida de santidade
baseada na expiação feita pelo sangue de Cristo. O salvo tem que saber como
andar com Deus na comunhão. Levítico se diferencia dos outros livros do
Pentatêuco porque relata quase exclusivamente o sistema das leis para governar
Israel na sua vida religiosa, civil, dietética e diária. Seu nome em hebraico é
‘Vaicrá’ (Chamado por Deus), na Septuaginta (Antigo Testamento traduzido para o
grego) é Leuitikon e o Latim toma emprestado transformado-o em ‘Leviticus’, em
referência aos levitas, a tribo de Aarão, os primeiros sacerdotes judaicos. Dito isto,
convido-o a pensarmos maduramente a
fé cristã!
TÓPICO l - SOBRE O LIVRO DE LEVÍTICO
Para compreendermos o Livro de Levítico, temos de
considerar, inicialmente, quatro coisas muito importantes: sua canonicidade,
gênero literário, autoria e data. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 1, 1º Jul 18)
O interessante é observarmos o
nome hebraico do livro de Levítico. Em todo Pentateuco, os israelitas colocavam
como nome do livro as primeiras palavras do mesmo. No caso de Levítico é “
chamou o Senhor”. E é impressionante a riqueza de entendimento que podemos ter
apenas observando o nome em hebraico. Levítico é a chamada do Senhor para a
santidade, serviço e adoração, base de qualquer relacionamento com Deus. O
senhor chama para a santidade que só provem Dele (Lv 11.44-45).
1.
Canonicidade. O Levítico, bem como os demais
livros do Pentateuco, foi reconhecido, desde o princípio, como a Palavra de
Deus, e posto “perante o Senhor”, junto à Arca da Aliança, no Tabernáculo (Dt
31.26). Em várias passagens, ele é chamado, juntamente com outros livros do
Pentateuco, de “Livro do Senhor”, ou “Livro da Lei” (Is 34.16; 2 Rs 22.8).
Portanto, o Levítico tem de ser considerado, à semelhança dos demais Livros da
Bíblia Sagrada, como a Palavra inspirada, inerrante e completa de Deus. (LB
CPAD, 3º Trim 2018, Lição 1, 1º Jul 18)
Canonicidade é a característica
ou qualidade do que é canônico; legitimidade, veracidade. A crença cristã
histórica é que o Espírito Santo, que presidiu à formação de cada um dos livros
bíblicos, também lhes dirigiu a seleção e incorporação, continuando assim a
cumprir à promessa do Senhor de que ele guiaria os discípulos a toda verdade.
“O cânon protestante do Antigo Testamento (composto
pelos trinta e nove livros relacionados acima) é exatamente igual ao cânon
hebraico massorético. O cânon massorético é a Bíblia hebraica em sua forma
definitiva, vocalizada e acentuada pelos massoretas. A ordem dos livros,
entretanto, segue a da Vulgata e da Septuaginta.” (Paulo R. B. Anglada. O Canon
Bíblico. Disponível em:
http://www.monergismo.com/textos/bibliologia/canon_anglada.htm. Acesso em: 25
Jun, 2018)
2.
Gênero literário. Em virtude de seu género
literário, o livro de Levítico pode ser considerado o manual do culto divino do
Antigo Testamento (Lv 23). Ele pode ser visto também como o estatuto da
purificação nacional, social e pessoal do povo hebreu (Lv 17.1-7). (LB CPAD, 3º
Trim 2018, Lição 1, 1º Jul 18)
Gênero literário é uma
categoria de composição literária. A classificação das obras literárias podem
ser feitas de acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos,
formais, contextuais e outros. As distinções entre os gêneros e categorias são
flexíveis, muitas vezes com subgrupos. (Leia mais sobre
aqui). O gênero legal (Legislativo) é representado na Bíblia
principalmente no Pentateuco. Este livro relata as leis levíticas que Deus deu
a Moisés na tenda (tabernáculo) da congregação. Deus deu estas leis a Moisés
logo depois que o tabernáculo foi feito e pronto e a glória de Deus o encheu
(Êx 40.34).
3.
Autoria. Moisés é o autor humano de
Levítico e dos demais livros que compõem o Pentateuco – os cinco primeiros
livros da Bíblia. Por toda a obra, observamos a interação entre os autores
divino e humano: Deus e Moisés (Lv 1.1; 5.14; 8.1; 15.1; 21.1; 27.1). (LB CPAD,
3º Trim 2018, Lição 1, 1º Jul 18)
Como todo o Pentateuco, é
comumente aceito a autoria de Moisés. O maior indicativo desta tese é a própria
Palavra de Deus. Em Neemias 8.1 há a menção ao “Livro da Lei de Moisés”. Em Ne
13.1 e 2Cr 25.4, por exemplo, temos a citação de “Livro de Moisés”. No Novo
Testamento apresentam citações similares em Mt 12.5; Mc 12.26; Lc 16.16; Jo
7.19 e Gl 3.10.
4.
Data. De acordo com a cronologia
bíblica, a saída de Israel do Egito ocorreu no ano 1445 a.C. Um ano mais tarde,
Moisés levantou o Tabernáculo no deserto (ÊX 40.17). Foi exatamente nesse ponto
que o profeta e legislador, inspirado pelo Espírito Santo, passou a registrarás
normas do culto hebreu (Lv 1.1). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 1, 1º Jul 18)
A data exata da compilação de
Levítico é um tanto incerta. O certo é que ela deva ter ocorrido durante a
peregrinação do povo de Israel pelo deserto, nas últimas décadas dos anos 1.400
a.C. A confiança que temos é que foi dada a Moisés, pelo próprio Deus, no Monte
Sinai, quando o povo provavelmente acampou na região por nove meses.
TÓPICO II - A RAZÃO DO LIVRO
O livro de Levítico foi escrito tendo em vista
estes objetivos: purificar Israel das abominações do Egito, preservá-lo das
iniquidades de Canaã e transformá-lo num povo santo, obreiro e adorador.
Porque os israelitas haviam sido
mantidos em cativeiro no Egito durante 400 anos, o conceito de Deus tinha sido
distorcido pelos egípcios pagãos e politeístas. O objetivo de Levítico é
fornecer instruções e leis para orientar um povo pecador, mas redimido, em seu
relacionamento com um Deus santo. Há uma ênfase em Levítico na necessidade de
santidade pessoal em resposta a um Deus santo. O pecado deve ser expiado
através da oferta de sacrifícios próprios (capítulos 8-10). Outros temas
abordados no livro são dietas (alimentos puros e impuros), o parto e doenças
que são cuidadosamente regulamentadas (capítulos 11-15). O capítulo 16 descreve
o Dia da Expiação, neste dia um sacrifício anual é feito pelo pecado cumulativo
de todas as pessoas. Além disso, o povo de Deus deve ser discreto na sua vida
pessoal, moral e social, em contraste com as práticas atuais e pagãs ao seu
redor (capítulos 17-22).
1.
Purificar Israel das abominações do Egito. Além
de arrancar Israel do Egito, a Moisés coube também uma missão ainda mais
difícil: arrancar o Egito de Israel. Embora já livres da servidão de Faraó, os
israelitas não se livraram de imediato das abominações egípcias, haja vista o
Lamentável episódio do bezerro de ouro (Êx 32.1-10).
Para arrancar Israel do Egito bastou um dia; para
arrancar o Egito de Israel, quarenta anos não foram suficientes (Nm 14.33,34).
Por esse motivo, o livro de Levítico fez-se necessário e urgente. O Senhor,
detalhada e didaticamente, ensinou aos israelitas a diferençar o puro do impuro
(Lv 10.10; 15.31; 20.25). Sem esse recurso didático, os hebreus jamais seriam
reconhecidos como nação sacerdotal, profética e real (Êx 19.6). (LB CPAD, 3º
Trim 2018, Lição 1, 1º Jul 18)
O tema principal de Levítico é a santidade. A exigência de Deus pela
santidade do Seu povo baseia-se na Sua própria natureza santa. Um tema
correspondente é o de expiação. A santidade deve ser mantida diante de Deus, e
ela só pode ser alcançada através de uma adequada expiação.
“Deus
se propusera a ter uma nação santa, um povo santificado, colocado à parte para
Seu serviço. Desde os dias de Abel, homens fiéis de Deus vinham oferecendo
sacrifícios a Deus, mas foi primeiro à nação de Israel que Deus deu instruções
específicas sobre ofertas pelo pecado e outros sacrifícios. Estes, segundo
explicado em pormenores em Levítico, deixaram os israelitas cientes da
excessiva pecaminosidade do pecado e incutiu-lhes na mente quão desagradáveis
isto os tornava aos olhos de Deus. Tais regulamentos, como parte da Lei,
serviram como tutor conduzindo os judeus a Cristo, mostrando-lhes a necessidade
de um Salvador, e, ao mesmo tempo, serviam para mantê-los como povo separado do
resto do mundo. Em especial as leis divinas sobre pureza cerimonial serviram
para este último objetivo. Lev. 11:44; Gál. 3:19-25.” (Livro de
Levítico. Disponível em: http://www.nucleodeapoiocristao.com.br/estudos/teologicos/esbocos_livros/velho/levitico.html.
Acesso em: 25 Jun, 2018)
2.
Preservar Israel das iniquidades de Canaã. Ao
deixarem o Egito, um país notoriamente idólatra, os filhos de Israel
peregrinaram durante quarenta anos pelo deserto, para receber, por herança, uma
terra habitada por nações ainda mais idólatras e abomináveis (Lv 18.3). Por
esse motivo, as recomendações divinas eram tão enérgicas (Dt 18.9).
Sem os estatutos, leis e regras do livro de
Levítico, os israelitas corriam o risco de perder as suas características como
povo exclusivo de Deus. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 1, 1º Jul 18)
“Como
nova nação caminhando para uma nova terra, Israel necessitava de direção
correta. Ainda não passara um ano desde o Êxodo, e os padrões de vida do Egito,
bem como as suas práticas religiosas, ainda estavam vivos na mente deles. O
casamento entre irmão e irmã era comum no Egito. Praticava-se a adoração falsa
em honra de muitos deuses, alguns deles sendo deuses animais. Agora esta grande
congregação estava a caminho de Canaã, onde a vida e as práticas religiosas
eram ainda mais degradantes. Mas, observe de novo o acampamento de Israel.
Engrossando a congregação havia muitos egípcios puros ou mestiços, uma multidão
mista que vivia bem no meio dos israelitas e que nascera de pais egípcios e
fora criada e instruída segundo os costumes, a religião e o patriotismo dos
egípcios. Muitos destes, sem dúvida, até bem pouco antes, na sua terra,
entregavam-se a práticas detestáveis. Quão necessário é que recebam agora orientações
pormenorizadas de Deus! Levítico traz em sua inteireza a marca da inspiração
divina. Meros humanos não poderiam ter formulado as suas leis e seus
regulamentos sábios e justos. Os seus estatutos relativos à alimentação,
doenças, quarentena e tratamento de cadáveres revelam um conhecimento de fatos
que os homens da medicina, do mundo, só vieram a conhecer milhares de anos mais
tarde. A lei de Deus sobre animais impuros para alimentação protegeria os
israelitas durante a sua viagem. Ela os protegeria contra a triquinose provinda
de porcos, a febre tifóide e paratifóide de certos tipos de peixe e infecções
provindas de animais encontrados mortos. Estas leis práticas visavam orientar a
religião e a vida deles, para que permanecessem como nação santa e atingissem e
habitassem a Terra Prometida. A história mostra que os regulamentos fornecidos
por Deus resultaram em os judeus levarem definida vantagem sobre outros povos
em questões de saúde.” (Livro de Levítico. Disponível em: http://www.nucleodeapoiocristao.com.br/estudos/teologicos/esbocos_livros/velho/levitico.html.
Acesso em: 25 Jun, 2018)
3.
Transformar Israel num povo santo, adorador e obreiro. A Moisés cabia também educar os filhos de Israel, a
fim de transformá-los num povo santo, adorador e obreiro (Lv 11.45). Sem a
educação minuciosa e eficiente proporcionada pelo Livro de Levítico, os
israelitas jamais teriam cumprido a missão que o Senhor lhes designara por
intermédio de Abraão: ser uma bênção a todas as famílias da Terra (Gn 12.1-3;
Dt 14.2). Afinal, Israel teria de portar-se como nação messiânica, pois tinha
como missão principal, embora inconsciente, revelar Jesus Cristo ao mundo (Jo
4.22). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 1, 1º Jul 18)
“No Livro de Levítico vemos que Deus quer conviver com seu povo e que
por essa razão provê meios para tal intento. Um dos propósitos da lei é revelar
as condições para a comunhão do homem com Deus, pois, por causa do pecado, ela
foi interrompida”(1).
O tema de santidade permeia Levítico, que menciona este requisito mais do que
qualquer outro livro da Bíblia. Os israelitas deviam ser santos porque Deus é
santo. Certas pessoas, lugares, objetos e períodos foram reservados como
santos. Por exemplo, o Dia da Expiação e o ano do Jubileu foram reservados como
períodos de observância especial na adoração de Deus. Em harmonia com a sua
ênfase à santidade, o livro de Levítico frisa o papel que o derramamento de
sangue, isto é, o sacrifício de uma vida, desempenhava no perdão dos pecados.
Os sacrifícios de animais limitavam-se aos animais domésticos e limpos. Para
certos pecados, requeria-se a confissão, a restituição e o cumprimento de uma
penalidade, além do sacrifício. Para outros pecados, a penalidade era a morte.
O Nome do Senhor precisa ser mantido sagrado, e não nos atrevemos a trazer
opróbrio sobre ele mediante palavras ou ações (Lv 22.32; 24.10-16; Mt 6.9).
(1)
Levítico: Instruções para vivermos em santidade e comunhão com Deus, de
Fernando Luis Viana Alves. Betel, 2017. Pág. 11
TÓPICO III - O MANUAL DO SACERDOTE
O livro de Levítico foi entregue mui
particularmente aos filhos de Levi, objetivando orientá-los quanto às
atividades cultuais, santificadoras e intercessoras.
“Chega então o tempo para uma grande
ocasião em Israel, a investidura do sacerdócio. Moisés cuida disso em todos os
pormenores, como Deus lhe ordenara. "E Arão e seus filhos passaram a fazer
todas as coisas que Deus ordenara por meio de Moisés." (8:36) Depois dos
sete dias ocupados com a investidura, há um espetáculo milagroso e fortalecedor
da fé. A assembléia inteira está presente. Os sacerdotes acabam de oferecer
sacrifício. Arão e Moisés já abençoaram o povo. Daí, veja! "A glória de
Deus apareceu ... a todo o povo. E desceu fogo de diante de Deus e começou a
consumir a oferta queimada e os pedaços gordos sobre o altar. Quando todo o
povo chegou a ver isso, irromperam em gritos e prostraram-se sobre as suas
faces." (9:23, 24) Deveras, Deus é digno da obediência e da adoração
deles! Contudo, há transgressões da Lei. Por exemplo, os filhos de Arão, Nadabe
e Abiú, oferecem fogo ilegítimo perante Deus. "Saiu então fogo de diante
de Deus e os consumiu, de modo que morreram perante Deus." (10:2) A fim de
oferecerem sacrifícios aceitáveis e gozarem da aprovação de Deus, tanto o povo
como os sacerdotes têm de seguir as instruções de Deus. Logo depois, Deus dá o
mandamento de que os sacerdotes não devem tomar bebidas alcoólicas enquanto
servem no tabernáculo, dando a entender que a embriaguez talvez tenha contribuído
para a transgressão dos dois filhos de Arão.” (Livro de Levítico.
Disponível em: http://www.nucleodeapoiocristao.com.br/estudos/teologicos/esbocos_livros/velho/levitico.html.
Acesso em: 25 Jun, 2018)
1.
Atividades cultuais. Os levitas tinham como atribuição
exclusiva zelar pela santidade, perfeição e beleza do culto do Deus de Israel
(Nm 3.12). E, para que todas as coisas saíssem de acordo com as recomendações
divinas, obrigavam-se eles a observar rigorosamente as ordenações do Levítico.
Seu ofício deveria refletir a glória de Deus (Lv 9.1-6). Por esse motivo, tudo
neles tinha de estar de acordo com as prescrições do Senhor: ordenação, pureza
moral, espiritual e física (Lv 8.1-36; 10.8-11). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição
1, 1º Jul 18)
O livro de Números no capítulo
quatro nos esclarece perfeitamente as legítimas funções dos levitas. Deus se
refere aos levitas como alguém “apto a servir”, “capazes de servir”, que tenham
“condições de servir”, “aptos a realizar o trabalho” e “realizar funções”. Os
descendentes da tribo de Levi realizavam todo o qualquer tipo de serviço dentro
do templo. Os filhos de Coate zelavam por todas as coisas santíssimas, os de
Arão eram encarregados da Arca e tudo o que dizia respeito aos objetos usados
no serviço do santuário, os gersonitas eram responsáveis pelo transporte das
cortinas do Tabernáculo e os meraritas carregavam as armações de madeira do
Tabernáculo. Existiam também, guardas, porteiros, padeiros, administradores,
escribas, juízes, supervisores de construções, incluindo os que louvavam o
Senhor com instrumentos musicais, como está escrito no livro primeiro das
Crônicas, no capítulo 23. A função primária do sacerdócio levítico,
consequentemente, era manter, assegurar e restabelecer a santidade do povo
escolhido de Deus (Êx 28.38; Lv 10.7; Nm 18.1). O sacerdócio mediava a aliança
de Deus com Israel (Ml 2.4ss.; Nm 18.19; Jr 33.20-26).
2.
Atividades santificadoras. A
reivindicação mais urgente e importante do Livro de Levi é a santificação de
Israel como herança particular do Senhor: “Portanto, santificai-vos e sede
santos, pois eu sou o Senhor, vosso Deus” (Lv 20.7). Os sacerdotes, por
conseguinte, deveriam, em primeiro lugar, cuidar de sua própria santificação
para terem condições de zelar pela santidade de todo o povo (Lv 16.1-11).
Recomendação semelhante faz o apóstolo Paulo aos obreiros de Cristo (1Tm 4.16).
(LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 1, 1º Jul 18)
Levítico consiste na maior parte em escrita legislativa, grande parte dela
sendo também profética. Apresenta as instruções de Deus para o povo de Israel
sobre como deveria se aproximar dEle, ter comunhão com ele, cultuá-Lo e viver
na Terra Prometida. Sua mensagem central é santidade (Lv 19.2). Estabelece a
forma de culto e o comportamento dos sacerdotes através das normas e preceitos,
ritos e ofertas.
“As
cerimônias ligadas com a consagração dos sacerdotes estão descritas em Êxodo 29
e Levítico 8. Elas incluíam um banho de consagração, unção, vestimenta e
sacrifícios. A lavagem simbolizava a limpeza do coração para as obrigações
ligadas à pureza da nação perante Deus. A unção (Lv 8.10,11) envolvia o
derramar óleo na cabeça do sumo sacerdote e respingá-lo nas vestimentas dos
outros sacerdotes (vv. 22-24). As vestimentas dos sacerdotes e especialmente a
do sumo sacerdote eram caras e bonitas (Êx 28.3-5; Lv 8.7-9). Os sacrifícios de
consagração incluíam a oferta pelo pecado (8.14-17), oferta queimada (vv.
18-21) uma oferta de consagração especial (vv. 22-32). O sangue do carneiro era
aplicado na orelha, no dedo polegar e no dedo do pé direitos de Arão e de seus
filhos, para simbolizar consagração física completa ao Senhor”. (SACERDOTES
E LEVITAS. Disponível em: http://antigotestamento-shemaisrael.blogspot.com/2017/11/sacerdotes-e-levitas-historia-funcoes-e.html.
Acesso em: 25 Jun, 2018)
3.
Atividades intercessoras. A principal
atividade do sacerdote era, sem dúvida, fazer a intermediação entre o pecador
arrependido e o Deus Santo, Único e Verdadeiro (Lv 9.7), haja vista o gesto de
Arão quando da apostasia de Core e seu bando. Naquele momento, o povo de Israel
esteve prestes a ser destruído, mas o gesto do sumo sacerdote tornou a nação
propícia a Deus (Nm 16.46).
Hoje, em virtude do sacrifício de Cristo, não mais
necessitamos de intermediários humanos para nos achegarmos a Deus (1 Jo 4.10).
Jesus é o nosso sublime e perfeito Sumo Sacerdote (Hb 7.26,27). Todavia, a
santidade continua a ser exigida daqueles que oram e intercedem; que o façam
“levantando mãos santas” (1 Tm 2.1,8). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 1, 1º Jul
18)
De modo geral as principais
funções do sumo sacerdote eram ensinar a lei de DEUS e interceder pelo povo.
a) Oferecer dons e sacrifícios
pelos pecados (v.1b). Na Antiga Aliança os oferentes não podiam dirigir-se
diretamente a DEUS. Traziam suas dádivas e ofertas e as apresentavam ao
sacerdote. Segundo estudiosos do Antigo Testamento, os dons eram ofertas de
cereais e os sacrifícios eram “ofertas de sangue”. No Novo Testamento, Jesus ,
nosso Sumo Sacerdote quanto a nossa salvação, é tanto o oferente como a própria
oferta vicária: “ofereceu-se a si mesmo [por nós] a Deus”.
b) “Compadecer-se ternamente dos
ignorantes e errados” (v.2). O sumo sacerdote deveria ter simpatia, ou seja,
capacidade para compartilhar as alegrias ou as tristezas das pessoas que lhe
procuravam e, ao mesmo tempo, ter empatia, capacidade para se colocar na
situação do outro. Só quem tem essas qualidades pode de fato ser um
intercessor. Da mesma forma devem proceder os obreiros do Senhor no trato com
os que erram por ignorância ou por fraqueza.
CONCLUSÃO
A principal lição que extraímos do
livro de Levítico é que o Deus santo requer duas coisas básicas de cada um de
seus filhos: que nos separemos do mundo e que nos dediquemos, em pureza e
santidade, ao seu serviço. Este é o nosso culto racional (Rm 12.1-3). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 1, 1º Jul 18)
O livro de Levítico apresenta as
leis do Senhor e como o culto a Deus deveria ser oferecido. Levítico é o livro
da lei de Deus e apresenta os preceitos que Israel teria de que cumprir para
viver segundo o padrão de santidade exigido por Deus. Como discutido acima,
este padrão deveria ser obedecido à risca para que a adoração fosse aceita. É
importante que o cristão entenda os sacrifícios levíticos e como eles se
cumpriram no nascimento, ministério, morte e ressurreição do Senhor Jesus
Cristo. Naqueles sacrifícios e em todos os demais ensinamentos, encontramos
vários aspectos da obra de Jesus e de como o homem deve se conduzir neste mundo
de modo que agrade a Deus. Levítico tem o propósito de ajudar aqueles que amam
a bendita Palavra de Deus.
“Achando-se as tuas palavras, logo as
comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo
teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Junho de 2018
PARA REFLETIR
A
respeito de “Levítico, Adoração e Serviço ao Senhor”, responda:
Como
podemos resumir o tema do livro de Levítico?
O tema pode ser resumido nesta simples, mas
enérgica ordenança divina: “… portanto vós vos santificareis, e sereis santos,
porque eu sou santo” (Lv 11.44).
Quem é o
seu autor e quando foi escrito?
Moisés. Moisés teria escrito Levítico,
aproximadamente, entre 1446 a.C. (uma possível data do êxodo) e 1406 a.C. (ano
da morte de Moisés).
Por que o
Levítico foi escrito?
O livro de Levítico foi escrito, tendo em vista
estes objetivos: purificar Israel das abominações do Egito, preservá-lo das
iniquidades de Canaã e transformá-lo num povo santo, obreiro e adorador.
Quais as
atividades do sacerdote?
Atividades culturais, santificadoras e
intercessoras. Mas, a principal atividade do sacerdote era, sem dúvida, fazer a
intermediação entre o pecador arrependido e o Deus Santo, Único e Verdadeiro
(Lv 9.7).
Hoje,
quem é o nosso Sumo Sacerdote?
Jesus é o nosso sublime e perfeito sumo sacerdote
(Hb 7.26,27). (LB CPAD, 3º
Trim 2018, Lição 1, 1º Jul 18)