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8 de junho de 2018

Lição 11: Ética Cristã, Vícios e Jogos



LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - ADULTOS
2º Trimestre de 2018
Título: Valores cristãos — Enfrentando as questões morais de nosso tempo
Comentarista: Douglas Baptista

Lição 11
10 de Junho de 2018
Ética Cristã, Vícios e Jogos

Texto Áureo

Verdade Prática
"Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação." (Pv 15.16)

Deus não criou o ser humano para ser escravo dos vícios nem dos jogos, pois segundo a Palavra de Deus, não podemos ser dominados por coisa alguma.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
Provérbios 28.1-10
1 Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão.
2 Pela transgressão da terra muitos são os seus príncipes, mas por homem prudente e entendido a sua continuidade será prolongada.
3 O homem pobre que oprime os pobres é como a chuva impetuosa, que causa a falta de alimento.
4 Os que deixam a lei louvam o ímpio; porém os que guardam a lei contendem com eles.
5 Os homens maus não entendem o juízo, mas os que buscam ao SENHOR entendem tudo.
6 Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o de caminhos perversos ainda que seja rico.
7 O que guarda a lei é filho sábio, mas o companheiro dos desregrados envergonha a seu pai.
8 O que aumenta os seus bens com usura e ganância ajunta-os para o que se compadece do pobre.
9 O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.
10 O que faz com que os retos errem por mau caminho, ele mesmo cairá na sua cova; mas os bons herdarão o bem.


Comentário
   INTRODUÇÃO

A Bíblia Sagrada enaltece a vida moderada, o trabalho honesto e a boa administração da família (1Co 10.23; 1 Tm 5.8). Desse modo, as Escrituras eliminam a possibilidade de o cristão envolver-se na prática dos vícios ou jogos de azar. No entanto, as estatísticas indicam dados alarmantes acerca dos prejuízos provocados pela prática desse mal em nossa sociedade. (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 11, 10 Jun 18)

Como justificar o envolvimento do cristão sincero com a prática dos vícios ou jogos de azar? O cristão entende que seu corpo é o santuário, ou templo do Espírito Santo, e como poderemos entulhar essa ‘casa espiritual’ com aquilo que não condiz com a vida pautada pelo Espírito de Cristo (1Co 3.16-17)? No Antigo Testamento, o santuário era um lugar sagrado, que Deus abençoava com Sua presença. O corpo do cristão é sagrado porque Deus está presente com ele. Quem atenta contra o corpo do crente (contra sua vida), atenta contra Deus. Se levarmos em conta que um abismo chama outro abismo, podemos perfeitamente supor que, ao envolver-se em um tipo de vício, o homem estará perigosamente abrindo uma brecha para que toda espécie de pecados ocupe espaço em sua vida e o domine completamente contaminando assim o templo de Deus. A Bíblia diz: “Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não terá prazer nele” (Hb 10.38). A fé que move o cristão deve estar depositada unicamente nas promessas divinas, nunca nas práticas perigosas, mundanas e carnais que levam à ruína espiritual.
A palavra vício tem dois significados básicos. O primeiro é "a condição de ser fisiologicamente ou psicologicamente dependente de uma substância viciosa." Aqueles que são viciados, "dados a muito vinho" (Tito 1:7, 2:3, 1 Timóteo 3: 3) ou "inclinados a muito vinho" (1 Timóteo 3:8) são desqualificados de ensinar ou manter uma posição de autoridade na igreja. É claro que a liderança da igreja precisa ser sóbria e auto-controlada de modo que, pelo seu exemplo, eles podem ensinar os outros a serem o mesmo, pois sabemos que "bêbados..... não herdarão o reino de Deus" (1 Coríntios 6:10). Os crentes não deve ser dependentes do álcool, e é lógico que isso também se aplica à dependência de qualquer outra substância, ou seja, drogas, pornografia, apostas, gula, tabaco, etc.
A segunda definição de vício é "o estado de se ocupar com ou se envolver em algo de forma habitual ou compulsiva." Isto fala de uma obsessão nada natural (para o cristão, pelo menos) com outra coisa senão Deus: esportes, trabalho, compras e/ou adquirir "coisas", ou até mesmo a família ou filhos. Devemos amar, "pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força" (Deuteronômio 6:5). Isso é, de acordo com Jesus, o primeiro e maior mandamento (Mateus 22:37-38). Podemos concluir, então, que um vício a outra coisa senão o próprio Deus é errado. Deus deve ser a nossa única busca habitual. Ocupar-nos com qualquer outra coisa nos afasta dEle e lhe desagrada. Só Ele é digno de nossa total atenção, amor e serviço. Oferecer essas coisas a qualquer outra coisa ou pessoa é idolatria”. (Como deve um cristão enxergar o vício? Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/vicio-cristao.html. Acesso em: 7 Jun, 2018) Dito isto, convido-o a pensarmos maduramente a fé cristã!

   TÓPICO l - VÍCIOS: A DEGRADAÇÃO DA VIDA HUMANA

Tudo o que escraviza o homem e o faz perder seus valores é denominado de vícios que resultam na degradação da essência humana.
Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz” (Romanos 8.5-6)
1. O pecado do alcoolismo. O consumo do álcool é tanto um vício como um pecado (Lc 21.34; Ef 5.18; 1Co 6.10). Como consequência, a embriaguez altera o raciocínio e o bom senso (Pv 31.4,5). Além de retirar a inibição da pessoa, o álcool faz com que ela perca "a motivação para fazer o que é certo" (Os 4.11), levando-a a pobreza e a graves problemas de saúde (Pv 23.21,31,32). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam o alcoolismo como a terceira causa de morte no mundo. Pesquisas de 2015 indicam que no Brasil a cada 36 horas um jovem morre vítima do consumo abusivo do álcool. Cerca de 60% dos índices de cirrose hepática entre os brasileiros têm relação com o álcool. Diante desses fatos a igreja deve posicionar-se contra o alcoolismo e trabalhar na prevenção ao vício. O problema é de ordem espiritual, médica e psicológica. Infelizmente, muitas pessoas fazem uso da bebida alcoólica como um meio de fugir de seus problemas. Por isso, precisamos sair da clausura dos templos e anunciar que Cristo produz vida (Jo 10.10) e concede paz à alma (Jo 14.27). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 11, 10 Jun 18)

Em Genesis 9.21 temos o relato da primeira embriaguez (E bebeu do vinho e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda). Esta primeira menção de vinho nas Escrituras está ligada à embriaguez, ao pecado, à vergonha e à maldição (vv. 21-25). Por causa dos males que acompanham as bebidas embriagantes, Deus fez da abstinência total o reto padrão para o seu povo (Lv 10.9; Jz 13.4-7; Pv 31.4; veja ainda Nm 6.3; Pv 23.31; 1 Ts 5.6; Tt 2.2).
Vários versículos encorajam as pessoas a que se mantenham longe do álcool (Levítico 10:9; Números 6:3; Deuteronômio 14:26; 29:6; Juízes 13:4,7,14; I Samuel 1:15; Provérbios 20:1; 31:4,6; Isaías 5:11,22; 24:9; 28:7; 29:9; 56:12; Miquéias 2:11; Lucas 1:15). Entretanto, as Escrituras não necessariamente proíbem que um cristão beba cerveja, vinho ou qualquer outra bebida alcoólica. Aos cristãos se ordena que evitem a embriaguez (Efésios 5:18). A Bíblia condena a embriaguez e seus efeitos (Provérbios 23:29-35). Aos cristãos também se ordena que não permitam que seus corpos sejam “controlados” por coisa alguma (I Coríntios 6:12, II Pedro 2:19). As Escrituras também proíbem que os cristãos façam qualquer coisa que possa ofender outros cristãos ou que possa encorajá-los a pecar contra sua consciência (I Coríntios 8:9-13). À luz desses princípios, seria extremamente difícil para um cristão dizer que esteja consumindo bebidas alcoólicas para a glória de Deus (I Coríntios 10:31).
Jesus transformou a água em vinho. E em algumas ocasiões, muito provavelmente bebeu vinho (João 2:1-11; Mateus 26:29). No tempo do Novo Testamento, a água não era muito limpa. Sem as modernas conquistas no campo sanitário, a água era cheia de bactérias, vírus e todos os tipos de impurezas (o que ainda acontece na maioria dos países de terceiro mundo). Como resultado, frequentemente as pessoas bebiam vinho (ou suco de uva), pois era muito mais improvável que estas bebidas estivessem contaminadas. Em I Timóteo 5:23, Paulo instruiu Timóteo a parar de beber somente água (que provavelmente estaria causando seus problemas estomacais) e ao invés, beber um pouco de vinho. Na Bíblia, a palavra grega para vinho é a mais corriqueira. Naqueles dias, o vinho era fermentado, mas não tanto quanto hoje. É incorreto dizer que era suco de uva, mas também é incorreto dizer que era o mesmo vinho que usamos hoje em dia. Repetindo, as Escrituras não necessariamente proíbem que os cristãos bebam cerveja, vinho ou qualquer outra bebida alcoólica. O álcool em si não é pecaminoso. Mas é da bebedeira e do vício do álcool que o cristão deve se afastar (Efésios 5:18; I Coríntios 6:12). Entretanto, na Bíblia há princípios que fazem difícil que se aceite que o consumo de bebidas alcoólicas pelo cristão, em qualquer quantidade, agrade a Deus." (O que diz a Bíblia sobre o consumo de bebidas alcoólicas/vinho?. Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/alcool-cristao.html. Acesso em: 7 Jun, 2018)


2. A escravidão das drogas. As drogas são substâncias químicas que provocam alterações no organismo. Essas substâncias causam dependência e o consumo excessivo provoca morte por overdose. As drogas afetam também o funcionamento do coração, do fígado, dos pulmões e até mesmo do cérebro. As drogas ilícitas mais comuns são a maconha, a cocaína, o crack e o ecstasy. As chamadas drogas lícitas ramo o álcool e o cigarro são igualmente prejudiciais à saúde. Em 2016, 3 Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime divulgou que quase 200 pessoas morrem anualmente em todo o mundo devido ao consumo de drogas. O Brasil apresenta uma média de 30 mil mortes por ano devido ao tráfico de drogas. As pessoas usam drogas principalmente para alterar o estado de espírito em busca de paz. Entretanto, as drogas agridem o corpo, que é templo do Espírito Santo (1Co 5.19,20). O cristão não deve usar nem participar de movimentos que visam legalizar as drogas. Seria uma tragédia generalizada!. (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 11, 10 Jun 18)

Não encontramos na Bíblia textos que façam referência direta ao uso de drogas, tais como conhecemos hoje, no entanto, exorta quanto à substâncias que alteram o raciocínio e o comportamento. A Bíblia avisa que perder o controlo do seu comportamento só traz problemas e tristezas (Pv 23.29-35). Devemos ser sóbrios e ter controle sobre aquilo que dizemos e fazemos. O usuário sob efeito de substancias tóxicas tem sua mente afetada e comportamentos destrutivos, maus para a saúde e para os relacionamentos. Entendemos que, além do fato de que o homem é propenso ao pecado, outros fatores podem desencadear o uso de drogas: a curiosidade, imitação do grupo, aventura, o desajuste familiar. Segundo o Pastor David Wilkerson, fundador do Centro Desafio jovem de Nova Iorque, EUA, há muitas razões pelas quais os jovens usam drogas: Como símbolo de independência; Para fugir da infelicidade do lar; Por curiosidade; Para ser aceito num grupo de jovens mais “avançados”; Por causa da influência do grupo; Fuga de problemas emocionais; Por medo de ser tachado de covarde por seus “amigos”. As drogas se apresentam como uma ilusória “válvula de escape”, mas as suas conseqüências são fatais (Pv 23.29-35; 1 Co 3.17).O melhor preventivo: o andar com Deus, o amor cristão entre pais e filhos, o diálogo, o bom relacionamento, o Culto Doméstico desde cedo como está escrito, “Instrui o menino no caminho em que deve andar e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). Note, ainda, que determinados cultos têm feito uso de drogas para induzir estados de ligação com o mundo espiritual. Muitas drogas afetam a mente e deixam a pessoa mais suscetível à influência de espíritos. Além de tudo isso, sustentam o mundo do crime. As drogas movimentam um gigantesco esquema de atividades ilícitas que envolvem desde o contrabando até formas cruéis de assassinatos, corrupção e abuso de poder. E quem sustenta tudo isso é o usuário de drogas (Is 55.2). A Bíblia diz para resistir ao diabo, não para facilitar o seu trabalho (Tiago 4.7). Somente através de graça redentora de Cristo é que se pode viver sem droga ou qualquer tipo de vício que ofenda aos homens e a Deus (At 24.16).  Caso você tenha problemas com drogas ou conviva com algum viciado em sua família, o Todo-Poderoso pode libertá-lo agora mesmo!  (Jo 8.32; 16.24; Sl 37.5)

   TÓPICO II - JOGOS DE AZAR: UMA ARMADILHA PARA A FAMÍLIA

Tudo o que abarca investimento sem retorno garantido, descomprometido com a ética e a moral, resulta em sérios prejuízos para a família.

1. A ilusão do ganho fácil. A sedução dos jogos de azar ocorre pela esperança de se obter lucro instantâneo. As pessoas são atraídas pela ilusão de ganhar dinheiro rápido e fácil sem o esforço do trabalho. Jogam na expectativa de tirar a sorte grande e, assim, resolver problemas financeiros. Ciente dessa realidade, o Estado não consegue ser eficaz no combate à jogatina. E ainda existem os jogos eletrônicos, bem como os ilegais como caça-níqueis e o jogo do bicho, entre outros. É um sistema que lucra e lucra muito. Mas os jogadores tornam-se compulsivos, endividam-se, arruínam a família e a própria vida. Depositar a esperança na sorte é pecado e implica não confiar na providência divina (Jr 17.5-7). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 11, 10 Jun 18)

A propaganda das loterias, dos bingos e outros meios da jogatina, ilude os incautos, prometendo-lhes riqueza fácil. Contudo, nenhum desses jogos é de sorte, mas de azar. Milhares de pessoas jogam, mas só uma ou poucas ganham “a bolada”. E o restante? Fica no azar. Perde dinheiro e energias, esperando o ganho fantástico! Quanto mais pessoas jogam, menos chances cada uma tem de ser sorteada.(3º Trimestre de 2002. Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais. Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima. Lição 12: O cristão, os vícios e os jogos. Data: 22 de setembro de 2002).
Como no tópico anterior, não iremos encontrar na Bíblia nenhuma menção à jogos (apostas) de maneira explícita. Não confunda o costume antigo de ‘lançar sortes’ como se fosse um tipo de jogo. Em nenhum lugar da Bíblia, jogar ou o “jogo de azar” é usado para diversão ou apresentado como prática aceitável para os seguidores de Deus.
Jogar pode ser definido como “arriscar dinheiro na tentativa de multiplicá-lo em algo que é contra as probabilidades”. A Bíblia não condena o jogo especificamente, ou apostar, ou a loteria. A Bíblia, entretanto, nos alerta para que fiquemos longe do amor ao dinheiro (I Timóteo 6:10; Hebreus 13:5). As Escrituras também nos encorajam a que fiquemos longe das tentativas de “enriquecimento fácil” (Provérbios 13:11; 23:5; Eclesiastes 5:10). Certamente o jogo gira em torno do amor ao dinheiro e inegavelmente tenta as pessoas com a promessa de riqueza fácil e rápida”. (O que diz a Bíblia a respeito do jogo? Jogar é pecado?. Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/Biblia-jogo-pecado.html. Acesso em: 7 Jun, 2018)
Talvez alguns encontrem desculpas outras para se envolverem com jogos de azar, tais como poder ofertar à igreja, ajudar outros irmãos, etc... Não sei se estes irmãos têm conhecimento de que Deus é o dono do ouro e da prata e não precisa de nosso dinheiro para subsidiar Sua missão na terra. Para estes, a sugestão é seguir o conselho do Sábio: “A riqueza de procedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará” (Pv 13.11). Paulo orientando o jovem pastor Timóteo, escreve: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (1Tm 6.10); e o escritor de  Hebreus, declara: “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele (Deus) disse: Não te deixarei, nem te desampararei.” (Hb 13.5); ainda, da boca do Senhor: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” (Mt 6.24).

2. Os males dos jogos na família. Os jogos de azar causam destruições irreparáveis no ambiente familiar. O jogo vicia e escraviza a ponto de migrar todos os recursos de uma família para o pagamento de dívidas contraídas pelo jogador. Nele, o benefício de um depende diretamente do prejuízo do outro e, normalmente, são as pessoas de baixa renda que sustentam a jogatina. Esses jogos fomentam a preguiça, a corrupção, a marginalidade, a agiotagem, a violência e a criminalidade. Os jogadores compulsivos descem ao nível mais baixo para continuar alimentando o vício da jogatina. Em muitos casos tais jogadores perdem seus empregos, o respeito de seus amigos e até o amor de suas famílias. As Escrituras nos advertem a zelar pela família (1Tm 3.4,5) e não cair em armadilhas, pois "um abismo chama outro abismo" (SI 42.7). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 11, 10 Jun 18)

O vício do jogo leva a pessoa a uma compulsão, que a obriga a jogar cada vez mais, na esperança de superar as perdas. O indivíduo torna-se um escravo do jogo. Começa com dinheiro, depois entrega a roupa, os sapatos, o relógio, os bens, e por fim, a honra, a dignidade. O cristão quando pensar em se envolver com qualquer tipo de jogo, deve levantar a seguinte questão: Você quer ficar rico para que? Cobiça e inveja são pecado (Ex 20.18; 1Tm 6.9; Hb 13.5), e são a motivação para os jogos de azar na grande maioria das vezes. A atração de ganhar dinheiro fácil tem fascinado a muitos evangélicos.
“(Os jogos de azar são aqueles nos quais os que têm sorte são os que ganham com o azar dos outros jogadores, devido à diferença de probabilidades entre a sorte e o azar. Como as probabilidades da sorte são escassas são muitos mais os que têm azar, daí que tais jogos são sustentáveis através das perdas dos jogadores que financiam os que vão ter a sorte. A sorte de ganhar ou perder não depende da habilidade do jogador, mas exclusivamente de uma contingência natural baseada numa realidade produzida chamada de probabilidades matemáticas. A essência do jogo de azar é a tomada de decisão sob condições de risco, conhecendo-se o regulamento. Assim, a maioria desses são jogos de apostas cujos prêmios estão determinados pela probabilidade estatística de acerto e a combinação escolhida. Quanto menor é a probabilidade de se obter a combinação correta, maior é o prêmio porque aumenta a quantidade ou probabilidade do azar em relação à sorte.)(É pecado jogar na loteria ou jogos de azar? Disponível em: https://artigos.gospelprime.com.br/e-pecado-jogar-na-loteria-ou-jogos-de-azar/. Acesso em: 7 Jun, 2018)
Jogo de azar: - 1) A expressão, para os efeitos penais, é definida como sendo o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusivamente ou principalmente da sorte. É contravenção penal determinada pelo Decreto-lei 3.698/41, Lei das Contravenções Penais, no artigo 50, parágrafo 3º. Consideram-se jogos de azar: a) o jogo dependente de sorte; b) apostas em qualquer outra competição. 2) Constitui justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador a prática de jogo de azar”. (Jogo de Azar. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/289967/jogo-de-azar. Acesso em: 7 Jun, 2018)
Entre os jogos de azar estão aqueles jogos permitidos por lei: loteria, bingos, sorteios. Quem explora este tipo de jogo tem licença de órgão público competente. Mas nem por isso quer dizer que sejam jogos que convêm ao crente.

3. As consequências para a saúde. Os jogos de azar, assim como o álcool, o cigarro e as demais drogas causam dependência psíquica e química respectivamente. Em 1992, a OMS concluiu que jogar os jogos de azar faz mal a saúde, incluindo o jogo compulsivo no Código Internacional de Doenças (CID). Quando em crise de abstinência, o jogador sofre com tremores, náuseas, depressão e graves problemas cardíacos. Cerca de 80% dos viciados em jogos de azar relatam algum tipo de ideação suicida como uma forma de fugir da vergonha moral e de suas dívidas. Tal como outros viciados, os jogadores compulsivos tendem ao desenvolvimento de doenças psiquiátricas. Maltratar o próprio corpo é insensatez e afronta contra o dom da vida outorgado por Deus (1 Sm 2.6; Ef 5.29,30). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 11, 10 Jun 18)

A tentação para jogar começa desde cedo a estimular uma compulsão entre crianças e jovens que começam a adquirir o hábito de “tentar a sorte”. Há milhares de jovens que já são viciados no jogo, especialmente com a vinda da internet e a possibilidade de jogos online com apostas. Não são poucas as histórias de pessoas que se arruinaram financeiramente jogando na bolsa de valores – conheço pelo menos uma pessoa nesta condição – ou apostando em outros tipos de jogo. As chances de se ganhar na loteria são piores do que se pensa. Para efeito de comparação, a probabilidade de uma pessoa morrer em um atentado terrorista durante uma viagem ao exterior é de 1 em 650 mil e atingida por um raio é de 1 em 30 mil. Se uma pessoa compra 50 bilhetes a cada semana, ela irá ganhar o prêmio principal uma vez a cada 5 mil anos. Outra pergunta frequente é se as igrejas deveriam receber ofertas e dízimos de dinheiro ganho em loteria. Minha tendência é dizer que não deveriam. Guardadas as devidas proporções, lembro que no Antigo Testamento o sacerdote era proibido de receber oferta de dinheiro ganho na prostituição (Dt 23:18) e que no Novo, Pedro recusou o dinheiro de Ananias e Safira (At 5) e de Simão Mago (At 8:18-20)”. (Estudo Bíblico Jogos de Azar - Pode ou Não? Disponível em: http://www.estudosgospel.com.br/estudo-biblico-polemico-dificil/jogos-de-azar-pode-ou-nao.html. acesso em: 7 Jun, 2018)


   TÓPICO III - VIVAMOS UMA VIDA SÓBRIA, HONESTA E FIEL A DEUS

A vitória do cristão contra os vícios e os jogos de azar engloba a sobriedade, a honestidade e a fidelidade ao autor da vida.

1. A bênção da sobriedade. A ''expressão grega nephálios refere-se à sobriedade em relação ao consumo de bebidas alcoólicas. O dicionário indica que, ao contrário de embriagado, a palavra se aplica a pessoa que está esperta, consciente e capacitada a discernir. O termo também é usado para identificar a vida equilibrada. Trata-se da virtude do que controla as paixões da carne (Gl 5.24). Desse a sobriedade abrange o comportamento moderado, a mente sã, o bom juízo e a prudência (Rm 12.3; 1Tm 1.5; 2 Tm 1.7). A orientação bíblica é de abstinência de toda a imundícia, inclusive a dos vícios e a dos jogos de azar (Tt 2.12). Observemos a exortação do apóstolo quanto ao vinho (Ef 5.18). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 11, 10 Jun 18)

O grego nephálios dá origem ao adjetivo português nefálio: “Que se relaciona com as sociedades de temperança”. Não está ligada ao estado de sobriedade quanto à abstinência alcoólica. Em textos do Novo Testamento onde aparece esse termo, está ligado a um comportamento moderado e sóbrio. Quanto ao texto de Efésios 5.18, precisamos fazer uma exegese sincera; a proibição de Paulo parece estar contra a embriaguez. Ele está tentando mostrar aos Cristãos em Éfeso quem deve estar em controle das suas vidas desde que entraram em Cristo. Não parece à primeira vista que Paulo esteja proibindo os irmãos de beberem vinho em si, embora a abstinência seja uma boa disciplina contra a possibilidade da embriaguez. Parece que a condenação é mais em relação à própria embriaguez. Logicamente, outros fatores devem ser levados em consideração quando o assunto é permitir ou não o consumo de bebidas alcoólicas, como a cultura e o contexto social.
D.A. Carson, em seu excelente livro sobre falácias da exegese “Os Perigos da Interpretação Bíblica”, define a falha de interpretação de enxergar num texto um elemento limitador injustificado como “especificação injustificada”. Carson mostra que este é o hábito de “enxergar (num texto) um elemento restrito e limitador que não pode ser demonstrado no texto em si.”   Concordamos com Carson de que, a não ser que este elemento possa ser demonstrado no texto em si, não há base para argumentar que o texto de Efésios 5:18-20 tenha como propósito limitar o louvor ou adoração da Igreja de Jesus. O uso desta passagem neste sentido, na verdade, acaba desrespeitando o conteúdo e o propósito do texto inspirado.” (Dennis Downing. Efésios 5:18. "Não vos embriagueis com vinho”. Disponível em: http://www.hermeneutica.com/estudos/efesios5_18.html. Acesso em: 7 Jun, 2018)

2. Honestidade e fidelidade. Uma pessoa honesta não explora o seu próximo, mas conduz seus negócios temendo no Senhor (SI 112.1-5). Não retira seu sustento da jogatina à custa de quem perde dinheiro nos jogos de azar, enganando-o e defraudando-o (1Ts 4.6). O verdadeiro cristão não busca amparo na sorte, mas provê a si e sua família por meio do trabalho honesto, com o "suor do rosto" (Gn 3.19). A fidelidade do cristão é com a Palavra de Deus. Mesmo que alguns vícios e jogos de azar sejam lícitos pelas leis do Estado, o salvo em Jesus não se permite contaminar. Os ensinos e os princípios bíblicos devem pautar a vida dos que são fiéis ao Senhor (SI 119.105). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 11, 10 Jun 18)

Honestidade é o ato, a qualidade, ou a condição de ser honesto. Isto pode incluir ser a pessoa ou instituição verdadeira em seus atos e declarações, não propensa a enganar, mentir ou fraudar; sem malícia. Tanto em seu falar como em seu agir, o servo de Deus deve buscar ser honesto e sincero. Sua palavra precisa ser verdadeira e confiável. Seu viver diário precisa ser regido pelo temor a Deus e pelo respeito às pessoas. Em seus negócios e em seus deveres para com todos, deve sempre buscar agir com correção e honestidade (Caráter) (Ec 5.5; 1Tm 2.2). Integridade é o estado ou característica daquilo que está inteiro, que não sofreu qualquer diminuição; plenitude, inteireza. É a característica ou estado daquilo que se apresenta ileso, intato, que não foi atingido ou agredido. Daniel foi levado cativo a uma terra distante (Babilônia) e mesmo em terra estranha não deixou-se corromper pelos prazeres e ofertas da nova terra. Seu comportamento foi de fidelidade a Deus e isto foi determinante para seu sucesso. Aqueles que são fiéis ao Senhor com certeza serão honrados por Ele.

Fidelidade é caracterizada pela firmeza e pela certeza de propósitos, por uma atitude e conduta justas, pela devoção de alguém a uma pessoa ou a uma causa, pela incorruptibilidade, pela sinceridade, pela confiabilidade, pelo cumprimento das promessas e votos feitos e pela lealdade sincera. Estas características devem fazer parte da vida cristã. Não estamos falando de uma possibilidade, mas, sim de uma qualidade inerente a vida do verdadeiro crente (Nm 12:7; 1 Sm 22:14). Infelizmente, muitos têm caído na tentação de separar a vida cristã de sua vida cotidiana e a consequência é uma vida sem influência e vazia e de aparência. É aqui que Daniel se destacou (Dn 6:4) foi um homem fiel. Sua fidelidade como servo de Deus trouxe bênçãos para sua vida. Além disso, ao não se contaminar com idolatria da Babilônia e nem com os seus manjares (Dn 1:8) o profeta deu-nos o exemplo de que é possível viver uma vida de fidelidade neste mundo”. (Fidelidade cristã. Disponível em: http://www.estudosgospel.com.br/estudo-biblico-evangelico-diversos/fidelidade-crista.html. Acesso em: 7 Jun, 2018)
“A vida do crente deve ser regida e permeada por amor: ao Senhor Deus, ao próximo e a si mesmo. O amor a Deus se manifestará pela obediência aos seus mandamentos (reverência) e em uma postura de entrega total da vida ao Senhor. “Se me amais, guardai os meus mandamentos”. João 14:15. Você pode afirmar que ama a Deus? O amor ao próximo é demonstrado no relacionamento de respeito e solidariedade com todos aqueles com os quais convivemos. “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” João 13:34 e 35. Você tem demonstrado amor ao seu próximo? Você tem se sentido amado pelas pessoas ao seu redor? O amor a si mesmo, se revela no cuidado em todos os aspectos da vida: Físico, psíquico, emocional, material, social e espiritual. Trata-se de um reconhecimento da obra de Deus em nossa vida e de uma boa mordomia daquilo que o Senhor nos tem dado. “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.” I Coríntios 3:16 e 17. Você se ama?” (Princípios do viver cristão. Disponível em: http://www.ibfpatriarca.org.br/macrocelula/27_2010.pdf. Acesso em: 7 Jun, 2018)


   CONCLUSÃO

Os vícios e os jogos de azar, legais ou ilegais, são práticas reprováveis e prejudiciais à sociedade. Os vícios escravizam e destroem as vidas e as famílias. De igual modo o fazem os jogos de azar. Portanto, o cristão deve abster-se da prática de qualquer vício, dedicando-se ao trabalho honesto para o sustento de sua casa. Cabe ao salvo resistir ao pecado e não se deixar dominar por coisa alguma (1 Co 6.12). (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 11, 10 Jun 18)

Este assunto não é simples, sobretudo, pelo fato de que amamos aquilo que muitas vezes nos controlam, nos escravizam. Quando o vício entra na vida de uma pessoa, ela fica dominada por uma força que parece maior do que sua própria vontade. Torna-se escrava de um hábito que pode levar à sua própria destruição. Estas coisas são agradáveis ao paladar, muito atraentes aos olhos (Gn 3.6). Nossa natureza escravizada tortura e humilha; por um lado o viciado quer desesperadamente mudar, por outro, não. Amar e odiar o que nos escraviza ao mesmo tempo parece estranho e inconcebível, mas é o que acontece. É assim que muitos vivem. Por isso o assunto não é simples e de fácil trato. É preciso combater o vício, qualquer que ele seja (o vício - uma forma de idolatria - não necessariamente é relativo a produtos químicos; cigarro, bebida, jogo, pornografia, drogas pesadas, pensamentos, luxúria, pessoas, etc. A lista pode ser infinita). Essa vitória só é possível com a ajuda de Deus. Como diz o Salmista: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores, antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1.1,2). É preciso buscar prazer em Deus; substituir o prazer provocado pelo vício. Para tanto, é necessário procurar um ambiente de alegria na presença do Senhor. Isso satisfaz a vida plenamente não deixando carências. Nunca diga que deixou o vício por que sua religião proíbe e sim que você está satisfeito com Jesus a Água da Vida que te sacia para sempre (Jo 4.11).

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Junho de 2018


   PARA REFLETIR

A respeito do tema "Ética Cristã, Vício e Jogos", responda:
• Qual a consequência da embriaguez?
Como consequência, a embriaguez altera o raciocínio e o bom senso (Pv 31.4,5).
• As drogas causam alterações no organismo. Que alterações são essas?
Sim. Elas afetam também o funcionamento do coração, do fígado, dos pulmões e até mesmo do cérebro.
• O que motiva a sedução dos jogos de azar?
A sedução dos jogos de azar ocorre pela esperança de se obter lucro instantâneo. As pessoas são atraídas pela ilusão de ganhar dinheiro rápido e fácil sem o esforço do trabalho.
• O que os jogos de azar causam no ambiente familiar?
Os jogos de azar causam destruições irreparáveis no ambiente familiar.
• Complete: "Uma pessoa honesta não explora o seu próximo, mas conduz seus negócios temendo ao Senhor (SI 112.1-5)." (LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 11, 10 Jun 18)