TÍTULO: Adoração,Santidade e serviço
Subtítulo: Os princípios de Deus para
sua igreja em Levíticos.
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 7
12 de Agosto de 2018
Fogo Estranho Diante de Deus
Texto Áureo
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Verdade Prática
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“E disse Moisés a Arão: Isto é o que o
SENHOR falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se chegarem a mim, e
serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão calou-se.” (Lv 10.3)
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O Deus santo requer de seus obreiros uma
postura igualmente santa, zelosa e de comprovada excelência; menos que isso é
inaceitável.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
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Levítico 10.1-11
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1 E os filhos de Arão, Nadabe e
Abiú, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e puseram
incenso sobre ele, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que
lhes não ordenara.
2 Então, saiu fogo de diante do
SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.
3 E disse Moisés a Arão: Isto é o
que o SENHOR falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se cheguem a mim
e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão calou-se.
4 E Moisés chamou a Misael e a
Elzafã, filhos de Uziel, tio de Arão, e disse-lhes: Chegai, tirai vossos
irmãos de diante do santuário, para fora do arraial.
5 Então, chegaram e levaram-nos nas
suas túnicas para fora do arraial, como Moisés tinha dito.
6 E Moisés disse a Arão e a seus
filhos Eleazar e Itamar: Não descobrireis as vossas cabeças, nem rasgareis
vossas vestes, para que não morrais, nem venha grande indignação sobre toda a
congregação; mas vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentem este incêndio
que o SENHOR acendeu.
7 Nem saireis da porta da tenda da
congregação, para que não morrais; porque está sobre vós o azeite da unção do
SENHOR. E fizeram conforme a palavra de Moisés.
8 E falou o SENHOR a Arão, dizendo:
9 Vinho ou bebida forte tu e teus
filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para
que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações,
10 para fazer diferença entre o
santo e o profano e entre o imundo e o limpo,
11 e para
ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado
pela mão de Moisés.
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Comentário
INTRODUÇÃO
A história de Nadabe e Abiú faz-nos uma séria
advertência: Deus não se deixa escarnecer (Gl 6.7). Nesta lição, veremos que
esses dois obreiros, apesar de todos os privilégios de que desfrutavam junto à
congregação de Israel, não honraram o seu ministério. Antes, ignorando a
recomendação de Moisés, ofereceram fogo estranho ao Senhor. E, no mesmo instante,
foram exterminados pelo Deus que não se deixa zombar por homem algum. Como
temos nos apresentado diante do Senhor? Enquanto avançamos neste estudo,
respondamos a esta pergunta com temor e tremor, pois Deus não mudou. Ele está a
exigir santidade, pureza e reverência de cada um de seus filhos, principalmente
dos que fazem parte do santo ministério da Palavra. (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 7, 12 Ago 18)
O homem é transformado e
santificado através da revelação da glória de Deus (Êx 29.43). Paulo indica que
a vontade de Deus é a nossa santificação (1Ts 4.3), a nossa separação do
pecado, do mundo e de tudo o que é mau para vivermos e servirmos exclusivamente
a Ele. Portanto, se queremos servir a Deus, não podemos fazê-lo de qualquer
maneira, pois assim não o agradamos. Nadabe e Abiú pagaram com a própria vida
por terem apresentado ao Senhor "fogo estranho" (“brasas vivas
estranhas” no original), em seus incensários. O incensário deveria ser aceso
usando-se as brasas tiradas do próprio altar do sacrifício; Nadabe e Abiú
ignorando as recomendações de Moisés, acenderam seus incensários com fogo que
eles mesmos produziram - o "fogo estranho" era as suas próprias obras
- e foram mortos. O acesso à presença de Deus só pode ser através do altar;
através do sacrifício de Cristo. Qualquer que tentar ter acesso à presença de
Deus com base em suas próprias obras não subsistirá. As brasas tinham que ser
tiradas do altar onde o cordeiro havia sido queimado. A adoração e o louvor, e
as orações, que hoje oferecemos a Deus como incenso de aroma suave, só podem
entrar na Sua presença se forem produzidas em nós pelo sacrifício de Cristo;
pelo fogo que um dia consumiu a oferta: o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo. Veremos nesta lição como é importante a nossa santificação e reverência
diante do Senhor quando estamos no seu serviço. Dito isto, convido-o a pensarmos maduramente a fé cristã!
TÓPICO l - OS PRIVILÉGIOS DE NADABE E ABIÚ
Não basta pertencer a uma família tradicional de
obreiros para usufruir da graça divina. É necessário, antes de comunhão tudo,
ter uma vida de íntima com Deus. Vejamos, pois, a ascendência de Nadabe e Abiú,
e o seu conhecimento da glória divina.
Depois de livrar os
israelitas da escravidão no Egito, Moisés (mandado por Deus) trouxe-os ao Monte
Sinai. Aqui, Deus falou da montanha ao povo todo, e deu os dez mandamentos, que
ele mais tarde inscreveu em duas tábuas de pedra (Dt 5.1-22). Esta, também, é a
montanha em que Moisés subiu para receber o resto da lei de Deus para Israel.
Incluídas nesta lei havia provisões para um sacerdócio: “Faze também vir para
junto de ti Arão, teu irmão, e seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel,
para me oficiarem como sacerdotes, a saber, Arão e seus filhos Nadabe, Abiú,
Eleazar e Itamar” (Êx 28.1). De acordo com a aliança que Deus fez com os
israelitas, e a lei que ele lhes entregou, Arão e seus descendentes masculinos
seriam sacerdotes de Deus enquanto durasse aquela aliança (Êx 29.9). O trabalho
do sacerdote incluía tais coisas como oferecer sacrifícios, manutenção das
lâmpadas, pão e incenso no santuário, e ensinar a lei de Deus ao resto do povo.
1.
Ascendência levítica. Nadabe e
Abiú pertenciam à tribo de Levi, que fora honrada com o sacerdócio divino (Nm
3.1-12). Os homens dessa tribo eram contados entre as primícias do Senhor. O
próprio Deus havia dito: “Os levitas serão meus” (Nm 3.12). Por conseguinte, os
descendentes de Levi eram vistos como os nobres entre os nobres de Israel. (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 7, 12 Ago 18)
“Deus concedeu, a essa família
estendida, a vocação sacerdotal, sem o direito de possuir propriedade de terra.
Os levitas eram vistos como grupos de pessoas ou famílias que se dedicaram
exclusivamente à expansão e realização do culto de Javé. O material bíblico, a
respeito dos levitas, é amplo e diversificado. Cada grupo ligado a uma tradição
de Israel trata o levita de modo diferenciado” (SIQUEIRA, 2007, p. 87).
Conforme Números 8.14, Deus reservou a Levi e sua descendência por estatuto
perpétuo, o exercício das funções do templo e a condução espiritual do povo de
Deus. Deus escolheu os levitas para serem Seus, por isso a tribo de Levi não é
contada entre as tribos de Israel.
2.
Ascendência araônica. Além de pertencerem à tribo de
Levi, Nadabe e Abiú provinham da família de Arão, escolhida por Deus para
exercer o sumo sacerdócio (Êx 6.23; 28.1). Era o ofício mais honroso de todo o
Israel. Nem os reis podiam exercê-lo (2 Cr 26.18). De acordo com a genealogia
de Arão, Nadabe e Abiú eram os sucessores imediatos do pai nesse glorioso
ministério. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 7, 12 Ago 18)
Durante a escravatura dos
israelitas no Egito, nasceram os levitas mais famosos de Israel: Moisés e seus
irmãos Arão e Miriã. Debaixo da liderança de Moisés, os israelitas se
libertaram e saíram do Egito, rumo à terra prometida. Miriã era profetisa e
Arão foi escolhido por Deus para ser Seu sacerdote, a ponte entre o povo e Deus
(Êx 28.1). Apesar da dureza de coração daqueles homens, a escolha de Deus não
foi mudada, como está escrito: "Deus não é homem, para que minta; Nem
filho do homem, para que se arrependa" (Nm 23.19). A escolha de Levi nos
mostra o quanto Deus é gracioso e que as Suas escolhas não dependem da conduta
de homens! Notemos que uma vez determinado algo sobre a vida de alguém, nada
pode fazer a Sua poderosa mão tornar atrás! "Ainda antes que houvesse dia,
eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o
impedirá?" (Is 43.13). Os Levitas foram escolhidos para herdar ao próprio
Deus como herança! O próprio Deus incorruptível, Todo Poderoso, Santíssimo e
Imaculado como Herança para Sempre!
“O
trabalho destes sacerdotes é resumido em Hebreus 5:1-2. Eles deviam ser
descendentes de Arão e tinham de preencher qualificações rígidas (Levítico 21).
O traje deles é descrito em Êxodo. Todo serviço do Tabernáculo estava sob os
cuidados deles. Eles ofereciam sacrifícios, aspergiam sangue, queimavam
incenso, trocavam os pães da proposição e transportavam o Tabernáculo quando
necessário. Muitos dos deveres ligados à pureza cerimonial de Israel estavam
também nas mãos deles (Levítico 12-15 nos dá um exemplo disto). E por fim, os
sacerdotes deveriam instruir a nação na lei de Deus (Dt 33.10)” (O
Sacerdócio. Disponível em:
https://www.palavraprudente.com.br/estudos/ron_c/guiaexodo/cap35.html. Acesso
em: 10 Jul, 2018)
3.
Participantes da glória de Deus.
Quando o Senhor outorgou a Lei a Israel, por intermédio de Moisés, lá estavam
Nadabe e Abiú juntamente com os mais destacados anciãos de Israel (Êx 24.1). E,
ali, no monte sagrado, presenciaram a manifestação da glória divina (Êx
24.9,10). Além disso, foram testemunhas oculares da aliança que o Senhor
firmara com os filhos de Israel (Êx 24.8). Enfim, Nadabe e Abiú tiveram o
privilégio de testemunhar o estabelecimento do pacto entre Deus e o seu
povo. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 7, 12
Ago 18)
Os dois filhos mais
velhos de Arão, Nadabe e Abiú, tiveram o grande privilégio de um dia subir ao
monte de Sinai e ver o Deus de Israel (Êx 24.9-11) e receberam uma grande
responsabilidade: servir ao SENHOR como sacerdotes em estatuto perpétuo (Êx
28.1, 29.9), logo, era de se esperar que, tendo visto a majestade de Deus, eles
iriam servi-Lo fielmente com temor, tremor e santidade. O ministério sacerdotal
israelita era de alta responsabilidade, importando que os sacerdotes cumprissem
rigorosamente as determinações dadas por Deus, sendo algumas vezes mencionada a
pena de morte para as infrações.
“Arão
e seus filhos eram sacerdotes ungidos por Deus e por isso o trabalho de Deus
deveria estar em primeiro lugar e mesmo em caso de morte não poderiam
interromper e nem deixar o serviço a eles confiado. Mateus capítulo 8 e
versículos 21 e 22 deixa bem claro que aquele que é chamado para o ministério
tem que muitas vezes se sacrificar, pois quem põe a mão no arado não deve olhar
mais para trás (Lc 9.62). Devemos ter confiança no Senhor e aceitar quaisquer
que sejam as consequências. Quando Jesus chamou este discípulo (Mt 8.21) ele
disse: “Permite-me primeiramente....” para o verdadeiro cristão, Cristo deve
ser o primeiro em tudo. A chamada divina para o ministério deve estar acima das
relações humanas mais íntimas. No caso de Arão e seus outros filhos deveriam
deixar todo o sinal de luto, e demonstrar sua lealdade a Deus. Devemos buscar
primeiro o reino de Deus (Mt 6.33a). Talvez você ache que isso seja difícil mas
as consolações de Deus para as nossas vidas com certeza são bem maiores que
tudo, e Ele nos diz em Dt 31.6, “Sede fortes e corajosos: não temais, nem vos
atemorizeis diante deles, porque o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco; não
vos deixará, nem vos desamparará.” (Pr. José Antônio Corrêa. O SERVIÇO
A DEUS – NADABE E ABIU. Disponível em: http://revistadominical.sites.uol.com.br/santific6.htm. Acesso em: 6 Ago, 2018)
TÓPICO II - FOGO ESTRANHO NO ALTAR
Três atitudes marcaram o ato leviano e
inconsequente de Nadabe e Abiú: ignoraram a Deus, impacientaram-se e, sem
qualquer temor, apresentaram fogo estranho no altar sagrado.
Quando tratamos das coisas de
Deus, toda reverência que nós mortais lhe mostramos ainda é insuficiente, por
toda a sua santidade e grandeza. É por esta razão que devemos ‘guardar nossos
pés’ quando entrarmos em Sua presença (Pv 5.1). Veremos alguns dos erros
cometidos por Nadabe e Abiú.
1.
Ignoraram a Deus. Ao adentrarem o lugar santo,
Nadabe e Abiú ignoraram a presença de Deus, pois o Senhor encontrava-se não
somente no Tabernáculo como em todo o arraial de Israel (Êx 25.8; Nm 14.14). O
Deus onipresente não se limita ao Santo dos santos, mas se deleita com a
presença de seus queridos e amados santos. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 7, 12 Ago 18)
“Guarda o teu pé, quando entrares
na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer
sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal” (Pv 5.1). Deus se regozija
quando obedecemos a Sua palavra, dar ouvidos à palavra de Deus é o que Ele
requer de todo homem. Dessa assertiva conclui-se que, qualquer que se apresenta
diante de Deus com sacrifícios não ‘guardou o seu pé’. Quando o homem não
pondera a vereda dos seus pés, observa o seu proceder segundo a palavra de
Deus, procede mal. O incenso tinha que ser queimado todas as manhãs, quando as
lâmpadas fossem preparadas (apagadas e enchidas para serem usadas novamente ao
anoitecer) e no final da tarde. Mas Nadabe e abiu não seguiram essa ordem de
Deus e puseram fogo em seus incensários quando o povo estava prostrado diante
da glória do Senhor (9.23-24).
2.
Impaciência profana. De acordo com as instruções que
o Senhor, através de Moisés, transmitira aos filhos de Israel, somente o sumo
sacerdote estava autorizado a oferecer o incenso no altar de ouro (Êx 30.7-9).
Todavia, observa-se que ambos, ignorando tal preceito, entraram no lugar
sagrado e trouxeram um fogo que Deus não ordenara. As coisas de Deus não podem
ser tratadas profanamente. Nadabe e Abiú precipitaram-se e não souberam esperar
a hora de se colocarem no altar. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 7, 12
Ago 18)
Em Levítico 16.12 e 13 temos uma
indicação clara de que o fogo usado para acender o incenso deveria vir do
próprio altar do incenso, que ficava dentro do lugar santo: “Tomará também, de
sobre o altar, o incensário cheio de brasas de fogo, diante do SENHOR, e dois
punhados de incenso aromático bem moído e o trará para dentro do véu. Porá o
incenso sobre o fogo, perante o SENHOR, para que a nuvem do incenso cubra o
propiciatório, que está sobre o Testemunho, para que não morra” (Lv 16.12-13).
A punição sofrida foi conseqüência do trabalho feito de qualquer jeito, sem
observar as ordens de Deus. Levítico 10.8 e 9 talvez nos ajude a entender um
pouco mais esse fato: “Falou também o SENHOR a Arão, dizendo: Vinho ou bebida
forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da congregação,
para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações” (Lv
10.8-9). Isso pode indicar que Nadabe e Abiú poderiam ter cometido todos aqueles
erros na forma de culto a Deus porque estavam embriagados. Essa possibilidade é
muito provável, e explica a atitude (quase que infantil) deles diante das
coisas sagradas de Deus. Nada há nos preceitos pormenorizados do sacrifício que
declarasse que qualquer pessoa senão o próprio sumo-sacerdote devesse colocar
incenso num incensário de brasas e apresentá-lo a Deus. Até mesmo aquela
cerimônia era restrita ao dia da expiação quando, uma vez por ano, o
sumo-sacerdote entrava no Santo dos Santos do santuário para cobrir o
propiciatório com uma nuvem de incenso.
3. Apresentaram fogo estranho ao Senhor. Não
bastava ter o incenso prescrito pelo Senhor; era imperioso ter igualmente a
brasa certa, para que Deus fosse dignamente adorado (Êx 30.9; Lv 16.12). Se o
incenso era exclusivo, a brasa também o era (Êx 30.37). Mas, pelo contexto da
narrativa sagrada, Nadabe e Abiú não estavam preocupados nem com o incenso, nem
com o fogo. Por isso, o Senhor veio a fulminá-los diante do altar. (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 7, 12 Ago 18)
O seu pecado, sem dúvida,
foi pouco-caso e desobediência, pois fizeram “o que o SENHOR não lhes
ordenara”, e morreram “por haverem se aproximado do SENHOR”. Deus é um Deus
zeloso e santo portanto exige que os Seus servos O sirvam à Sua maneira.
Obediência é melhor que sacrifício (Hb 10.5-10).
“Um
dos erros de Nadabe e Abiú foi o de colocar em seus incensários fogo estranho.
O certo seria que o fogo usado no tabernáculo fosse o do altar do holocausto,
pois era o de Deus, e não estranho. Deus assim o havia instituído e este fogo
arderia continuamente sobre o altar, nunca se apagaria (Lv 6.13). Nos dias de
hoje também trazemos fogo estranho à presença de Deus através de doutrinas e
ensinamentos que vão totalmente de encontro a Palavra de Deus, e que aos olhos
de Deus são também “fogo estranho”. Quantas vezes nós que somos hoje o templo
de Deus, nos misturamos com coisas que não agradam a Deus, nos contaminamos com
o mundo e não fazemos diferença entre o santo e o profano (Lv 10.10). Essa
mistura leva a corrupção destrói espiritualmente (Mq 2.10). Não agiram conforme
a Palavra de Deus (v.1). Outro erro de Nadabe e Abiú foi o de agir por vontade
própria, sem se importar com a vontade de Deus. Não podemos nos apresentar a
Deus de qualquer maneira, de acordo com o nosso querer, devemos estar de acordo
sua vontade. Não se sabe ao certo, mas há indícios de que Nadabe e Abiú tenha
entrado no santuário embriagados, perdendo a sobriedade, e oficiando fora dos
parâmetros estabelecidos por Deus. (Lv. 10.9,10)” (Pr. José Antônio
Corrêa. O SERVIÇO A DEUS – NADABE E ABIU. Disponível em: http://revistadominical.sites.uol.com.br/santific6.htm. Acesso em: 6 Ago, 2018)
A punição pela
desobediência vem ainda hoje, e é por isso “que
há entre nós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem” (1Co 11.30),
embora nem sempre imediata como no caso de Nadabe e Abiú, e Ananias e Safira.
TÓPICO III - LUTO NO SANTO MINISTÉRIO
A morte de Nadabe e Abiú abalou
profundamente a casa de Arão. Apesar de haver perdido, num único dia, dois de
seus filhos, ele foi proibido pelo Senhor de observar qualquer luto pelos
mortos.
Nadabe e Abiú estavam usurpando
de maneira espalhafatosa e imperdoável as responsabilidades da pessoa principal
da hierarquia sacerdotal. Suas ações
podem ter sido o resultado do orgulho, da ambição, dos ciúmes, ou da
impaciência, e, se for assim, sua motivação estava muito longe da intenção de
quem procurava viver uma vida de santidade ao Senhor.
1.
A morte de Nadabe e Abiú. Ao se
apresentarem com fogo estranho diante do Senhor, os filhos de Arão, que também
eram ministros do altar, foram consumidos no lugar santo (Lv 10.2). Pelo que
observamos do texto sagrado, Deus os matou pelo fato de eles não terem levado
em conta a santidade divina (Lv 10.3). A obrigação deles era glorificar o nome
do Senhor, mas preferiram buscar a própria glória. Diante do fato, o sumo
sacerdote de Israel calou-se. Não poderia haver momento mais trágico para a sua
família. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 7, 12 Ago 18)
A presunção de Nadabe e Abiú é
assustadora em vista das instruções categóricas que o SENHOR lhes havia dado:
... os sacerdotes, que se chegam ao SENHOR, se hão de consagrar, para que o
SENHOR não os fira (Êx 19.22). Deus é um Deus zeloso e santo portanto exige que
os Seus servos O sirvam à Sua maneira. Obediência é melhor que sacrifício. Isto
é algo de que deveríamos nos lembrar hoje, “pois conhecendo o temor do SENHOR,
persuadimos aos homens...” (2Co 5.11), “e tende cuidado, não recuseis ao que
fala. Pois, se não escaparam aqueles que recusaram ouvir quem divinamente os
advertia sobre a terra, muito menos nós, os que nos desviamos daquele que dos
céus nos adverte” (Hb 12.25). Este é o grande pecado nas igrejas de hoje: seus
membros, todos consagrados sacerdotes de Cristo, não estão ouvindo o que Deus
diz em Sua Palavra.
2.
A remoção dos cadáveres. Moisés,
então, ordena a dois primos de Arão, Misael e Elzafã, a removerem os cadáveres
da Casa de Deus (Lv 10.4). No episódio de Ananias e Safira, os corpos de ambos
foram levados para fora por alguns jovens da igreja recém-inaugurada pelo
Espírito Santo (At 5.1-11). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 7, 12 Ago 18)
Para a tarefa de remover os
cadáveres da área do tabernáculo, Moisés chamou dois primos em primeiro grau de
Arão; Misael e elzafã, acerca dos quais nada mais se sabe senão que não eram
sacerdotes. Nenhuma pessoa consagrada poderia ter tocado nos mortos sem ficar
contaminada, e este fato proibiu o pai desolado de entrar em contato físico com
seus filhos mortos. Presumivelmente os primos de Arão eram os parentes mais
próximos, e, portanto, podiam tratar dos ritos do enterro. Os cadáveres
deveriam ser enterrados nalgum local além do arraial israelita propriamente
dito, porque assim seria evitada a contaminação cerimonial de qualquer pessoa
que acidentalmente chegasse ao local do enterro. Em terreno rochoso o sepulcro
seria marcado por um monte de pedras empilhado sobre os corpos para evitar que
estes fossem mutilados por animais ou aves predatórias. Os mortos estavam sendo
aparentemente enterrados envoltos nas suas túnicas sacerdotais de linho (Heb.
ktonet) tecidos com obra bordada (Ex 28:39), o que indica que, qualquer que
fosse o dano feito a eles pelo fogo na ocasião da morte, não tinha queimado
suas roupas externas até consumi-las. (Expositivo.com)
3.
O luto é proibido. Apesar da tragédia que se abateu
sobre a sua família, Arão é proibido pelo Senhor de guardar luto ou demonstrar
tristeza (Lv 10.6,7). Ele e seus filhos deveriam suportar, com santa discrição,
aquela hora tão difícil. Afinal, era seu dever zelar pela santidade e glória do
nome do Senhor dos Exércitos. Certos tipos de “luto” servem apenas para
enfraquecer o povo de Deus e levá-lo à dispersão (2 Sm 19.1-7). Às vezes, temos
de suportar o insuportável, a fim de preservar a Igreja de Cristo. Ela está
acima de nossa dor. (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 7, 12 Ago 18)
Moisés proibiu Arão e seus dois
filhos sobreviventes, Eleazar e Itamar, de lamentarem a morte súbita de Nadabe
e Abiú. Deixar os cabelos desgrenhados e rasgar as vestes eram indicações
comuns de grande pesar entre os israelitas (cf. Gn 37:29-30; 44:13). Outros
membros da congregação poderiam lamentar a calamidade desta maneira se assim
desejassem, mas se os sacerdotes consagrados sobreviventes fizessem assim,
dariam a entender que não estavam dando prioridade às suas responsabilidades
sacerdotais. Tal atitude traria sobre eles o mesmo tipo de castigo da parte de
Deus, porque pareceria que estavam disputando ou desafiando, de alguma maneira,
o julgamento que fora executado. Esta proibição deve ter colocado uma pressão
tremenda sobre o controle-próprio de Arão e dos seus dois filhos sobreviventes,
especialmente porque os israelitas respondiam de modo muito emotivo à
incidência da morte. Os demais aronitas também foram proibidos de deixar a área
do santuário, porque estavam num estado de consagração ritual. Violar esta
condição santa traria a morte sobre eles, e a ira punitiva sobre o povo de
Israel. Mesmo num tempo de grande calamidade, os sacerdotes do Senhor deviam
dar um exemplo à nação, de rigorosa obediência à vontade de Deus, e da
fidelidade sem desvios às leis que regiam os rituais do tabernáculo. Fossem
quais fossem seus sentimentos pessoais, não deviam permitir que coisa alguma interferisse
com a obra do ministério. Ao cumprir a vontade do Seu Pai, Jesus Cristo não
permitiu que considerações pessoais de qualquer tipo se pusessem no caminho da
Sua obra redentora do Calvário. Como tal. Ele fica sendo um modelo da dedicação
e devoção que se espera que o cristão exemplifique. (Expositivo.com)
CONCLUSÃO
Devemos ter cuidado com a forma como nos
apresentamos diante de Deus. O culto ao Senhor deve ser santo, reverente e
verdadeiro. Portanto, chega de liturgias bizarras, cultos mundanos, teologias
permissivas e costumes que ferem a Palavra de Deus. Se não atentarmos à
santidade e à glória divinas, não subsistiremos, pois o nosso Deus, embora seja
conhecido pelo amor e bondade, é também um fogo devorador (Is 30.27). Portanto,
sejamos puros e santos em toda a nossa maneira de ser, pois o Senhor não se
deixa escarnecer. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 7, 12 Ago 18)
Vimos nesta lição o perigo para
aqueles que trabalham na obra de Deus e não agem conforme as instruções
divinas. Devemos estar sempre prontos a obedecer a Deus em primeiro lugar e
estarmos sempre atentos à Palavra de Deus para não nos contaminarmos com coisas
impuras, não nos esquecendo que Deus é santo e que ele deseja a nossa
santificação a cada dia. “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação”
(1Ts 4.3). O expositor Scofield sugere que nestes trechos existem duas coisas
“estranhas”: incenso comum e fogo não procedente do altar. O incenso comum nos
fala da adoração simulada ou formal. O fogo que não é do altar corresponde à
animação apenas por meio da excitação dos sentidos, e à substituição da devoção
a Cristo por outra devoção qualquer, como a empreendimentos religiosos ou
seitas (1Co 1.11-13; Cl 2.8, 16-19).
“Cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai
inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo, como
filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia
em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também
santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: ‘Sede santos,
porque eu sou santo'” (1Pe 1.13-16)
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua
palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou
chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Agosto de 2018
PARA REFLETIR
A respeito de “Fogo Estranho Diante de Deus”,
responda:
1) Quem eram Nadabe e Abiú?
Eles pertenciam à tribo de Levi
e eram filhos de Arão.
2) Quais os seus privilégios?
Ascendência levítica, araônica e
participantes da glória de Deus.
3) Em que consistiu o pecado de
ambos?
Oferecer fogo estranho. Eles
foram insolentes, blasfemos, sacrílegos e diabolicamente curiosos.
4) Como foram mortos?
Foram consumidos no lugar santo.
5) Por que Arão não pôde observar
o luto por seus filhos?
Apesar da tragédia que se abateu
sobre a sua família, Arão é proibido pelo Senhor de guardar luto ou demonstrar
tristeza (Lv 10.6,7). Ele e seus filhos deveriam suportar, com santa discrição,
aquela hora tão difícil. Afinal, era seu dever zelar pela santidade e glória do
nome do Senhor dos Exércitos. Além disso, eles estavam cientes de que a alma
que pecar esta morrerá (Ez 18.4,20). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 7, 12
Ago 18)