LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
2º Trimestre de 2017
Título: O Caráter do Cristão — Moldado pela Palavra de Deus e provado como
ouro. Comentarista: Elinaldo Renovato
- Lição 11 -
11 de Junho de 2017
Maria, Mãe de Jesus – uma
Serva Humilde
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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"Disse, então,
Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E
o anjo ausentou-se dela." (Lc 1.38)
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Maria, mãe de Jesus, nos deixou um exemplo
elevado de humildade e submissão à vontade de Deus.
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Jo 1.46
Nazaré,
cidade sem importância
Terça - 1Co 1.27-29
Deus usa as coisas sem
importância
Quarta - Tg 4.6
Deus "dá graça aos
humildes"
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Quinta - SI 147.6
Deus "eleva os
humildes"
Sexta - Lc 1.45
Maria, a serva
bem-aventurada
Sábado - Lc 1.28
Maria, a serva
agraciada
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LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
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Lucas 1.46-49.
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46 Disse, então,
Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,
47 e o meu espírito
se alegra em Deus, meu Salvador,
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48 porque atentou na
humildade de sua serva; pois eis que, desde agora, todas as gerações me
chamarão bem-aventurada.
49 Porque me fez
grandes coisas o Poderoso; e Santo é o seu nome.
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HINOS SUGERIDOS: 87, 122, 551 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Apresentar Maria, mãe de Jesus, como exemplo de humildade e submissão à
vontade de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
·
I.
Analisar o perfil de Maria, mãe de Jesus;
·
II.
Explicar a elevada missão de Maria;
·
III.
Apontar o papel de Maria no plano da salvação.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, na lição de hoje estudaremos a respeito do caráter
humilde e submisso de Maria, mãe de Jesus. Maria foi a escolhida, dentre tantas
mulheres que aguardavam a promessa divina, para gerar, pelo Espírito Santo, o
Filho de Deus. Maria ainda era uma menina quando foi chamada para tão nobre
missão, porém ela se colocou submissa à vontade divina, mostrando o quanto
confiava e amava ao Senhor. Ela não pensou o que poderia acontecer com sua
reputação, mas se entregou totalmente aos planos do Pai. Maria não somente deu
à luz o Salvador, como mãe esteve presente em todas as fases da vida do Filho.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Maria foi escolhida por
Deus para protagonizar o papel mais importante que uma mulher poderia receber.
Foi uma missão singular e única na história das mulheres em todos os tempos.
Ela recebeu a missão de ser mãe de Jesus Cristo, o Verbo, que “[…] se fez carne
e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai,
cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Em seu ventre, ela acolheu, sob a graça
do Espírito Santo, aquEle que veio ao mundo para salvar a humanidade perdida. [Comentário: Temos nesta lição,
a oportunidade de estudar, sem silogismos e erros de raciocínio, sobre esta
importante personagem para a Igreja Cristã. Nos três primeiros evangelhos, nos
sinóticos, aparece 11 ocorrências da designação ‘mãe de Jesus’, somente no
Evangelho de João temos 8. Está presente também na primeira comunidade (Atos 2.1).
Foi descrita por Deus como “agraciada” (do grego, significando “muita graça”).
Maria recebeu a Graça de Deus. Graça é “favor imerecido”, que significa que é
algo que recebemos apesar do fato de que não o merecemos. Maria precisava de
graça de Deus, assim como o resto de nós precisa. Maria compreendeu este fato,
como declara em Lucas 1.47, “E o meu
espírito se alegra em Deus meu Salvador.” Maria reconheceu que precisava
ser salva, que ela precisava de Deus como seu Salvador. A Bíblia nunca diz que
Maria foi qualquer coisa além de uma mulher comum que Deus escolheu para usar
de uma forma extraordinária. Sim, Maria era uma mulher correta e favorecida
(agraciada) por Deus (Lc 1.27-28). Ao mesmo tempo, Maria era também um ser
humano pecador como todos os outros, que necessitava de Jesus Cristo como seu
Salvador, como todas as outras pessoas (Ec 7.20; Rm 3.23; 6.23; 1Jo 1.18).
Pouco se verá sobre o caráter desta serva de Deus, o comentarista se alongou
mais em combater os dogmas romanos do que falar sobre a proposta do título, o
caráter humilde de Maria. ] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
Maria, a mãe de Jesus, é um
exemplo de caráter humilde e submisso.
I – MARIA, A MÃE DE JESUS
1. Quem era Maria. O nome de Maria era muito comum em seu
tempo. Deriva do nome hebraico Miriã. Na septuaginta, versão grega do Antigo
Testamento, o nome original é Manam. Ela era da linhagem real, descendente do
rei Davi. Mateus registra a genealogia de Jesus, dizendo: "Livro da
geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão" (Mt 1.1). O texto
prossegue até o versículo quinze que diz: "e Eliúde gerou a Eleazar, e
Eleazar gerou a Mata, e Mata gerou a Jacó, e Jacó gerou a José, marido de
Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo" (Mt 1.15,16). [Comentário: A Genealogia de
Jesus está relatada em dois dos quatro Evangelhos, Mateus e Lucas. Estes
relatos são substancialmente diferentes. A questão da genealogia de Jesus, dada
por Mateus e Lucas, tem deixado perplexos muitos eruditos, desde o principio da
igreja primitiva. A hipotese mais aceita é a que Lucas teria dado a genealogia
de Maria, enquanto Mateus a de José. Essa explicação foi dada pela primeira vez
por Ânio de Viterbo, no ano de 1490, um erudito católico-romano. Essa
explicação foi aceita por Lutero, e também por muitos protestantes desde então.
Porem não é muito aceita pelos eruditos atualmente Acadêmicos modernos
geralmente vêem as genealogias como construções teológicas. Mais
especificamente, sugere-se que as genealogias foram criadas com o objetivo de
justificar o nascimento de uma criança com linhagem real. https://pt.wikipedia.org/wiki/Genealogia_de_Jesus. Não sabemos muito
sobre Maria, mas o pouco que diz a Bíblia é que era uma virgem, de Belém, da
linhagem de Davi, noiva de José, tinha por parente Isabel (a esposa do
sacerdote Zacarias e mãe de João Batista), teve outros filhos depois do
nascimento de Jesus e seguiu-o em seu ministério.]
2. Suas qualidades e seu caráter. Maria foi escolhida para ser mãe do
Salvador, antes de tudo, por decisão divina. Mas também por suas qualidades
espirituais e morais. [Comentário: Por causa da graça
de Deus. Os textos onde Maria é apresentada e que também falam do nascimento de
Jesus Cristo não dizem o motivo da escolha.]
a) Ela era virgem. O anjo Gabriel foi o enviado especial
da parte de Deus à cidade de Nazaré , "a uma virgem", cujo nome era
"Maria" (Lc 1.26,27). Naqueles tempos, a virgindade física de uma
jovem era um valor de grande significado espiritual e moral (Is 62.5). José não
teve relações com ela até que Jesus nascesse. A concepção de Jesus, portanto,
foi divina, virginal e santa (Mt 1.25). Sua virgindade era indispensável para o
cumprimento da profecia de Isaías (7.14), 760 anos antes de Cristo (Mt
1.22,23). [Comentário: O Antigo Testamento traz uma
referência a quem viria a ser a mãe de Jesus. O Messias viria da linhagem de
Davi, nasceria de uma virgem (Isaías 7:14), que seria de Belém (Miquéias 5:2).
Com certeza havia muitas jovens virgens de boa reputação naquela época, que
viviam em Belém. Mas Deus, escolheu-a, e Maria foi agraciada, ou seja, recebeu
o privilégio de dar à luz ao salvador do mundo.]
b) Ela era agraciada. Diz Lucas: "E, entrando o anjo
onde ela estava, disse: Salve, agraciada [...]" (Lc 1.28a). O termo quer
dizer que ela foi honrada por Deus, ou "muito favorecida", e recebeu
a graça divina em sua vida, 'não apenas naquele momento, mas por toda a sua
vida. [Comentário: Maria tinha um coração humilde.
Quando ela foi visitada pelo anjo, ficou perturbada com a saudação dele (Lucas
1:29) mas aceitou o seu papel. Ela louvou a Deus com um cântico, considerou-se
uma serva, literalmente escrava (Lucas 1:48). Ela demonstrou uma atitude de
submissão. A palavra indica que ela recebeu graça e não que ela era fonte de
graça para outros.]
c) Tinha a presença do Senhor. Em sua mensagem, diretamente da parte
de Deus, o anjo disse: "o Senhor é contigo" (Lc 1.28). Ao dizer que o
Senhor era com ela, o anjo declarou o que talvez ela não tivesse consciência de
forma tão clara: Deus estava com ela. [Comentário: Maria precisava de
graça de Deus, assim como o resto de nós precisa. Maria compreendeu este fato,
como declara em Lucas 1:47, “E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador.”
Maria reconheceu que precisava ser salva, que ela precisava de Deus como seu
Salvador. A Bíblia nunca diz que Maria foi qualquer coisa além de uma mulher
comum que Deus escolheu para usar de uma forma extraordinária. Sim, Maria era
uma mulher correta e favorecida (agraciada) por Deus (Lucas 1:27-28). Ao mesmo
tempo, Maria era também um ser humano pecador como todos os outros, que
necessitava de Jesus Cristo como seu Salvador, como todas as outras pessoas
(Eclesiastes 7:20; Romanos 3:23; 6:23; I João 1:18).]
d) Ela era bendita entre as mulheres. O anjo declarou ante o olhar de espanto
de Maria: "[...] bendita és tu entre as mulheres" (Lc 1.28). Com essa
expressão o anjo quis enfatizar que, para Deus, ela era abençoada, ditosa,
feliz. Não era para menos. No meio de tantos milhares de mulheres, em Israel,
ser alcançada por tão grande deferência da parte de Deus era algo acima de
qualquer pensamento humano. [Comentário: As mulheres judias
esperavam por um messias. Elas ansiavam ser a mãe do Salvador. Elas tinham
filhos na esperança de um messias. Por isso mesmo, as estéreis clamavam ao
Senhor para ser mãe de filhos. O fato dela ser declarada ‘bendita entre as
mulheres’ foi a escolha de Deus dela para mãe do Salvador.]
SÍNTESE DO TÓPICO I
Maria, dentre tantas mulheres em
Israel, foi a escolhida para gerar o Filho de Deus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Maria
A maternidade é um
privilégio doloroso. A jovem Maria, de
Nazaré, teve o privilégio único de ser mãe do Filho de Deus. Maria foi o único
ser humano presente no nascimento de Jesus que também testemunhou sua morte. Ela
o viu chegar, como seu bebé, e o viu morrer, como seu Salvador.
Maria achou que a
visita inesperada de Gabriel foi desconcertante e assustadora, a princípio, mas
o que ela ouviu a seguir foi a notícia mais espantosa: filho seria o Messias, o
Salvador prometido de Deus. Maria não duvidou da mensagem, mas perguntou como
possível a gravidez. Gabriel lhe disse que o bebé seria Filho de Deus. A
resposta de Maria foi perfeita: 'Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim
segundo a tua palavra' (Lc 1.38).
Mais adiante, seu
cântico de alegria nos mostra como ela conhecia bem a Deus, pois seus
pensamentos se encheram de palavras do Antigo Testamento.
Quando Maria levou o
menino Jesus, aos oito dias de idade ao Templo, para ser consagrado a Deus,
encontrou duas pessoas devotas, Simeão e Ana, que reconheceram a criança como o
Messias, e louvaram a Deus. Simeão dirigiu a Maria algumas palavras que ela
deve ter recordado muitas vezes, nos anos que se seguiram: 'uma espada
transpassará também a tua própria alma' (Lc 2.35). Uma grande parte de seu
doloroso privilégio da maternidade seria ver seu filho rejeitado e crucificado
pelo povo que Ele tinha vindo para salvar. Podemos imaginar que, mesmo que ela
tivesse sabido tudo o que iria sofrer, como mãe de Jesus, Maria ainda teria
oferecido a mesma resposta. Como Maria, você também está disponível para ser
usado por Deus?" (Bíblica Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro:
CPAD, 2015, p. 1283).
CONHEÇA MAIS
O estado civil de Maria (Lc
1.27)
"Em grego, o estado
específico de Maria era de parthenos, uma virgem. Ela estava comprometida em se
casar com José quando atingisse a maioridade, por meio de um contrato
matrimonial. Conquanto a relação sexual não fosse permitida nesse tipo de
relacionamento, era como se Maria estivesse 'casada' com José." Para
conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 652.
II - A ELEVADA MISSÃO DE MARIA
1. Deus a escolheu para ser a mãe do
Salvador. Ao ouvir tal saudação do
anjo, Maria ficou perplexa: "Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas,
porque achaste graça diante de Deus, e eis que em teu ventre conceberás, e
darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus [...] (Lc 1.30,31)”. [Comentário: Maria recebeu
todas as promessas acerca do nascimento, ministério e reinado espiritual de
Jesus. Mas todas aquelas informações eram espantosas para uma simples jovem
como ela. No entanto, Deus a havia escolhido para ser a mãe do Salvador, aquela
a quem Jesus, o Filho de Deus, obedeceria e honraria aqui na terra. Ela seria
responsável pela criação e educação do Salvador da humanidade! Maria foi
agraciada mais do que todas as outras mulheres, porque lhe foi concedido ser a
mãe de Jesus.]
2. O anúncio de que seria a mãe do
Salvador. Admiração e espanto
perturbaram sua mente ao receber a notícia de que seria a mãe do Salvador (Lc
1.34). Então, o anjo explicou que o menino nasceria pela virtude do Espírito
Santo (Lc 1.35). Assim, Maria demonstrou outra qualidade que lhe era peculiar,
e que muito agradara a Deus - a sua submissão à vontade do Senhor: "Disse,
então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua
palavra. E o anjo ausentou-se dela" (Lc 1.38). [Comentário: Precisamos
entender que o casamento dentro da cultura judaica era diferente do casamento
da nossa cultura ocidental. O termo "desposada" era uma promessa de
casamento, tipo um contrato, e funcionava como um noivado e tinha duração de um
ano, mas na prática, o homem e a mulher já estavam comprometidos. No entanto,
não eram unidos sexualmente. O ato sexual só viria a ser concretizado quando
eles se casassem. Por esse motivo, a Palavra de Deus diz que Maria era uma
virgem "desposada", isto é, em vias de se casar, mas ainda não casada
e, portanto, virgem! Tanto que depois, quando o anjo lhe diz a respeito de
conceber um filho, ela questiona a possibilidade do ato: "— Isso não é
possível, pois eu sou virgem!" (Lc 1.34).]
3. Maria, mulher e mãe. Maria soube comportar-se como
verdadeira mãe. Teve de se deslocar de Nazaré a Belém, para alistar-se com o
esposo num censo decretado pelo governo (Lc 2.1-5). Um tremendo contraste! Um
Rei, nascendo numa manjedoura. Com esmero, ela cuidou da infância de Jesus. Aos
oito dias de nascido, levou-o para ser circuncidado (Lc 2.21); depois, levou-o
para ser apresentado no Templo (Lc 2.22,23; Lv 12.4). Periodicamente o levavam
para a festa da Páscoa (Lc 2.40,41). [Comentário: A benção de Maria,
por ter sido escolhida, trouxe-lhe grande alegria, mas também muita dor e
sofrimento, uma vez que seu Filho seria rejeitado e crucificado. Nesta vida, a
chamada de Deus sempre envolve benção e sofrimento, alegria e tristeza, sucesso
e desilusão" Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD,
1995, p.1501. “... cumpra-se em mim segundo a
tua palavra”(Lc 1:38). Para fazer a vontade de Deus há um preço a cumprir.
Sempre foi assim ao longo da história da igreja àqueles que ergueram a bandeira
de obediência ao Senhor Deus. Maria arriscou tremendo reveses em sua vida
quando se propôs em fazer a vontade do Senhor: ser a Mãe do Salvador do mundo,
o Messias.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
Embora ainda fosse uma menina, Maria
recebeu da parte de Deus uma elevada missão.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Maria tem
dificuldade em entender o que o anjo lhe contou. Sendo virgem, ela não tem
ideia de como ela pode ter um filho. Seu casamento não fora consumado
fisicamente. Gabriel diz que o nascimento de Jesus será provocado pela vinda do
Espírito Santo sobre ela e pela sombra do poder de Deus. Lucas tipicamente
vincula o Espírito Santo com o poder de Deus. O verbo 'descer' (eperchomai, em
Lucas 1.35) também é usado para se referir à promessa do Espírito que vem sobre
os discípulos no Dia de Pentecostes (At 1.8). A sombra (episkiazo) diz respeito
à presença de Deus (Êx 40.35) e nos faz lembrar da nuvem que deu sombra como
sinal da presença divina na transfiguração (Lc 9.34). A presença poderosa de
Deus repousará sobre Maria, de modo que a criança que ela gerar será o Filho de
Deus, Concebido pelo Espírito Santo, Ele será santo como alguém especialmente
ungido pelo Espírito (Lc 4.1). A linguagem de Lucas o claramente trinitária: o
Altíssimo, o Filho de Deus e o Espírito Santo, Lucas não dá indicação exata de
quando Maria concebeu Jesus; esse nascimento milagroso não tem paralelo.
Pessoas como Abraão e Sara e Zacarias e Isabel, que estavam em idade avançada
para gerarem filhos, receberam filhos por Deus. O poder extraordinário de Deus
superou a esterilidade e idade avançada desses casais. Mas o nascimento de
Jesus não se ajusta a esse padrão. No seu caso, Deus não venceu a incapacidade
dos pais terem filhos, mas a engravidou na ausência completa de um pai humano,
O nascimento de Cristo é um acontecimento dos últimos dias e introduz uma nova
era que culminará no julgamento final e na salvação dos redimidos. A glória da
vinda de Deus em carne exigia um milagre como o nascimento virginal para
indicar a coisa poderosa que Deus estava fazendo por nossa salvação" (Comentário
Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Vol. 1, 4.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2009,
p. 322).
Ill - O SEU PAPEL NO PLANO DA SALVAÇÃO
1. Maria deu à luz "a semente da
mulher." Após a tragédia do
pecado, por amor e misericórdia. Deus declarou, na repreensão a Satanás:
"E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua
semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o alcanhar" (Gn 3.15).
Essa declaração divina é considerada o "protoevange-Iho" de Deus. Diz
Paulo: "mas, vindo a plenitude dos tempos. Deus enviou seu Filho, nascido
de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim
de recebermos a adoção de filhos" (Gl 4.4,5). [Comentário: Jesus, como Filho
de Deus foi preexistente à sua mãe. Ele é o Pai da eternidade (Is 9.6). Ele é o
Criador do Universo(Gn 1.1; Jo 1.3). Maria é mãe da natureza humana do Verbo
eterno e divino(Jo 1.1). Quando o catolicismo romano proclama Maria “mãe de
Deus”, deixa de perceber a incongruência lógica e teológica dessa afirmação,
haja vista que Jesus é preexistente à Maria. A simples afirmação de que Maria é
mãe de Deus despoja-O de seus atributos exclusivos de eternidade e divindade, pois
se Deus teve mãe, Ele teve inicio, e se teve inicio, não é eterno, e se não é
eterno, não pode ser Deus.]
2. Maria não é redentora. Nos ensinos do Novo Testamento não
existe nenhuma base para considerar Maria como redentora, ou mediadora entre
Jesus e os homens. Este posicionamento é perigoso, pois a Bíblia diz que não
devemos ir além do que está escrito (1Co 4.6). O ensino de que Maria é
redentora e mediadora provém do dogma, estabelecido no Concílio de Éfeso,
realizado em 431 d.C. Naquele Concílio, chegaram à conclusão de que Maria era
Mãe de Deus, pois Jesus era Deus. Tal conclusão fere a revelação bíblica por
várias razões. Deus é eterno, o Criador. Uma criatura não pode ser sua mãe.
Isso é pecado da mariolatria, o que não condiz com o caráter humilde, submisso
e santo da mãe de Jesus (Lc 1.38). Na verdade, Maria era mãe do Filho de Deus
encarnado, Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem. [Comentário: “(...) A devoção a Maria tem se alastrado
como fogo em palha seca, tanto entre os cristãos do Ocidente como entre os
pagãos do Oriente, onde até certos segmentos do Islamismo estão adorando “Nossa
Senhora de Fátima”, confundindo-a com a filha favorita de Maomé... Sabemos pela Bíblia que só Jesus Cristo
salva, através da fé e aceitação do Seu sacrifício vicário na cruz. Sua mãe
realmente esteve perto da cruz, durante o Seu sacrifício, mas apenas como uma
passiva expectadora, incapaz de um gesto para salvar o único Mediador legítimo
daquela morte crucial, profetizada há mais de 700 anos pelos profetas do Velho
Testamento… Pois, como o próprio Jesus afirmou em João 10:35: “A Escritura não
pode ser anulada”.” http://www.cacp.org.br/maria-e-co-redentora/. Qualquer pessoa
que ler os escritos da igreja primitiva saberá que a palavra traduzida por “Mãe
de Deus” é o termo grego theotokos. Literalmente, a palavra significa
“portadora de Deus”. Ela se tornou um título para Maria, de forma que você
freqüentemente a encontrará sendo chamada de Theotokos em escritos devocionais
e teológicos. Mas, de onde o termo veio? Por volta do começo do século IV,
Alexandre Bispo de Alexandria, usou pela primeira vez o termo quando falando de
Maria. Não é coincidência que foi o ensino de Alexandre que estimulou o
“herege” mais famoso de todos os tempos – Arius, o grande negador da deidade de
Cristo – a começar a propagação de sua heresia. Evidentemente, naquele tempo, e
até mesmo em seus usos mais primitivos, o termo queria dizer algo sobre Jesus,
e não sobre Maria. Isto é, o termo era Cristológico em força. Ele era focado em
Cristo, e tinha a intenção de salvaguardar a verdade sobre Sua absoluta
deidade. O termo entrou realmente no vocabulário “ortodoxo” através de seu uso
nos Concílios de Eféso (431 d.C.) e, com maior importância, no de Calcedônia
(451 d.C.). Podemos aprender mais sobre como este termo foi originalmente
entendido tomando um tempo para entender o porque ele aparece no credo
produzido em Calcedônia. Leia mais acessando http://www.monergismo.com/textos/catolicismo/maria_mae.htm.]
3. Maria não é mediadora. Não se pode negar a honra e os
privilégios que Deus concedeu a Maria de Nazaré, para ser a mãe do Filho de
Deus, encarnado em seu ventre. Mas a ela, não se deve render culto ou adoração.
Jesus disse: "Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás" (Mt
4.10). Abaixo algumas heresias a respeito do culto a Maria.
a) Assunção de Maria. O Papa Pio XII, em sua bula
Munificentíssimo Deus (de 1° de novembro de 1950) diz que Maria "... foi
levada de corpo e alma para a glória do céu". Na verdade, Maria foi
sepultada e, agora, aguarda a ressurreição, no arrebatamento da igreja.
b) Intercessão de Maria. Que absurdo! A Bíblia diz claramente:
"Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus
Cristo, homem" (1Tm 2.5). "... o qual está à direita de Deus, e
também intercede por nós" (Rm 8.34). Só Jesus pode interceder por nós
diante de Deus, porquanto por nós Ele morreu na cruz.
c) Suprema autoridade de Maria! Um ensino como esse jamais honra Maria,
a Mãe de Jesus como Homem. Só pode ser de origem maligna para confundir as
mentes incautas, levando-as à mariolatria. Jesus disse que todo o poder lhe foi
dado no céu e na terra (Mt 28.18). [Comentário: Quando teólogos se
reuniram em Éfeso, uma cidade conhecida por sua exaltação de uma deidade
feminina (veja Atos 19:23-41), não se contentaram em estudar o que as
Escrituras dizem sobre a humanidade e a divindade de Jesus Cristo. Para
defender o fato que Jesus é Deus, eles argumentaram assim: "Emanuel
realmente é Deus, e a santa Virgem é, portanto, Mãe de Deus" (John A.
Hardon, S.J., The Catholic Catechism, 135). Superficialmente, a lógica parece
válida, e assim foi oficializado o dogma de "Theotokos" (Mãe de
Deus), uma doutrina que não se encontra na Bíblia. Depois dessa, vieram várias
outras novas doutrinas sobre Maria. Não contentes com as afirmações bíblicas
que Maria continuou virgem até o nascimento de Jesus, acrescentaram a doutrina
da virgindade perpétua dela. Tentando defender a pureza de Maria enquanto
negavam a inocência e pureza de todas as crianças, inventaram a noção da
imaculada conceição, que se tornou dogma no século XIX. Em 1950, Pio XII tomou
mais um passo, segundo a vontade de milhões de católicos, quando afirmou como
dogma a crença da Assunção de Maria ao céu. Agora, no início do século XXI, o Vaticano
está sendo bombardeado com petições para exaltar Maria ainda mais. Por
enquanto, não foi decidido se Roma ordenará que Maria seja vista como
co-redentora, ao lado de Jesus. De toda essa história, devemos aprender algumas
lições importantes: Não devemos negar nada que a Bíblia afirma sobre Maria, mas
também não devemos criar ou aceitar doutrinas humanas sobre a mãe de
Jesus. Quando refutamos doutrinas
falsas, precisamos ter cuidado para não inventar outros ensinamentos igualmente
errados. Devemos falar de acordo com as
Escrituras, sem acrescentar nada (1 Pedro 4:11; 1 Coríntios 4:6; 2 João 9) http://www.estudosdabiblia.net/bd109.htm.]
SÍNTESE DO TÓPICO III
O papel de Maria no plano da
salvação era de extrema grandeza.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Em Gênesis 3.15, Deus disse à serpente: A Semente da mulher te ferirá a cabeça.
Compare a referência de Paulo a isto em Romanos 16.20. A serpente só poderia
ferir o calcanhar da Semente da mulher. De fato, ferir não é forte o bastante
para traduzir o termo hebraico, que pode significar moer, esmagar, destruir.
Uma cabeça esmagada que leva à morte é contrastada com um calcanhar esmagado
que pode ser curado. O versículo de Gênesis 3.15 é chamado de
'proto-evangelho', pois contém uma promessa de esperança para o casal pecador.
O mal não tem o destino de ser vitorioso para sempre; Deus tinha em mente um
Vencedor para a raça humana. Há um forte caráter neste versículo.
Em 3.14,15, vemos 'Calcanhar Ferido'.
1) O Salvador prometido era a Semente da mulher— o Deus-Homem;
2) Esta Semente Santa feriria a cabeça da serpente— conquistar o pecado;
3) A serpente feriria o calcanhar do Salvador — na cruz, ele
morreu" (Comentário Bíblico Beacon: Génesis a Deuteronômio. led. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p. 41).
CONCLUSÃO
Maria merece todo o
respeito, a honra e o reconhecimento de seu papel, no plano de Deus em relação
à humanidade. Na presciência de Deus, Jesus já era "a semente da
mulher" (Gn 3.15), que haveria de ferir a cabeça da serpente, que é o
Diabo. Ela foi a única mulher que concebeu pelo Espírito Santo. Mas não há
qualquer base bíblica para que lhe rendamos culto, adoração, ou a considerarmos
mediadora entre Deus e os homens, pois esse papel é exclusivo de Jesus Cristo,
Nosso Senhor. [Comentário: Ao longo da sua vida, por sua
limitada humanidade, Maria não entendeu todos os aspectos do ministério do seu
Filho, mas, sempre soube o seu papel e o desempenhou com discrição, jamais
buscando ocupar um lugar central na vida e ministério de Jesus. Os evangelhos
não denunciam nenhuma posição de destaque que coloque Maria acima de qualquer
pessoa. Ela não foi, em momento algum, o centro das atenções. O realce maior
que se dá a essa mulher extraordinária é a posição de serva do Senhor, tomando
como destaque o único mandamento que ela deixou: “Fazei tudo o que ele vos
disser”(João 2:5). Que Deus nos ajude a imitar a essa bem-aventurada mulher, e
jamais colocá-la num pedestal que nunca Deus a colocou, nem ela jamais
aceitaria, mas imitando seu exemplo como humilde serva de Deus. Amém! http://luloure.blogspot.com.br/2010/12/maria-mae-de-jesus-uma-mulher-digna-de.html] “Ora,
àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis,
com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”.
(Judas 24-25),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Junho de 2017
PARA REFLETIR
A respeito
de Maria, mãe de Jesus, uma serva humilde, responda:
• Qual o
valor da virgindade de Maria
Era indispensável para o
cumprimento da profecia de Isaías (7.14).
• Que
contraste se vê no nascimento de Jesus?
Um Rei, nascendo numa
manjedoura.
• Por que
Maria não pode ser "Mãe de Deus"?
Porque uma criatura não pode ser
mãe do Criador.
• Por que
Maria não pode ser Intercessora?
Por que só Jesus é mediador
entre Deus e os homens.
• Por que
Maria não tem autoridade suprema no céu?
Porque só Jesus tem todo o poder
no céu e na terra.
Fonte: Lições Bíblicas adultos, 4°
trimestre de 2016 – CPAD / Divulgação: