LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
2º Trimestre de 2017
Título: O Caráter do Cristão — Moldado pela Palavra de Deus e provado como
ouro. Comentarista: Elinaldo Renovato
- Lição 12 -
18 de Junho de 2017
José, O Pai Terreno de
Jesus – Um Homem de Caráter
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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"E José,
despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua
mulher." (Mtl.24)
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José, pai de Jesus, nos deixou um exemplo
marcante de um caráter
humilde, submisso e amoroso.
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Jo 1.1
O Verbo se fez carne
Terça - Lc 2.4
José era da
descendência de Davi
Quarta - Mt 2.13,14
José fugiu para o Egito
com Maria e Jesus
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Quinta - Mt 13.55
Jesus, "o filho do
carpinteiro"
Sexta - Mc 6.3
Jesus,
"carpinteiro"
Sábado - Mt 1.19
José, um homem justo
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LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
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Mateus 1.18-25
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18 Ora, o nascimento
de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes
de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.
19 Então José, seu
marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la
secretamente.
20 E, projetando ele
isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho
de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado
é do Espírito Santo;
21 E dará à luz um
filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele
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salvará
o seu povo dos seus pecados.
22 Tudo isto
aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo
profeta, que diz;
23 Eis que a virgem
conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que
traduzido é: Deus conosco.
24 E José,
despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua
mulher;
25 E não a conheceu
até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.
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HINOS SUGERIDOS: 3, 41, 412 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Apresentar José como exemplo de caráter humilde, submisso e amoroso.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
·
I. Mostrar alguns aspectos do perfil de José, pai de Jesus;
·
II. Apontar o caráter exemplar de José;
·
III.
Explicar a nobre missão de José..
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
José, assim como Maria, teve um papel importante no plano de redenção
divina. Na Bíblia não encontramos muitas informações a respeito dele.
Acredita-se que quando Jesus foi crucificado e morto, eleja havia falecido.
Porém, analisando os textos bíblicos a respeito de José, podemos ver o quanto
era obediente, humilde e amoroso. Ao saber da gravidez de Maria, até intentou
deixá-la, mas secretamente, para que a jovem não viesse a sofrer. Diferente de
Maria que viu e ouviu do anjo Gabriel que seria a mãe do Salvador, José não
teve uma revelação direta da parte de Deus. Só quando planejou deixar Maria, o
Senhor falou com ele em sonhos e José demonstrou ter fé e comunhão com Deus,
pois não teve dificuldades em discernir que não se tratava de um sonho comum,
mas era a voz de Deus e a sua revelação divina a respeito daquEle que seria o
Salvador.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos
o que a Bíblia revela sobre a vida de José de Nazaré, esposo de Maria, mãe de
Jesus. Homem dotado de um caráter justo, temperante e amoroso. Deus, ao
escolher a mulher em cujo ventre Jesus seria concebido, também escolheu aquele que
haveria de dar apoio e proteção a ela e a seu filho primogénito. Dessa forma.
José passou a ser partícipe do plano salvífico de Deus. [Comentário: “Filho de José”
(Jo 1.45 e 6.42) e “filho do carpinteiro” (Mt 13.55) eram as designações para
Jesus. Em Marcos 6.33 temos um ‘apelido’ para Jesus: “carpinteiro”, herdado de
seu pai, isso, como era comum, por ter aprendido a profissão do pai. Certamente
Deus escolheu um homem íntegro para fazer parte da vida de seu Filho. José
sabia que Jesus não era seu filho fisicamente, mas o amou como um verdadeiro
pai. Características do caráter desse homem sobressaem, não obstante o pouco
que há a seu respeito. Temor a Deus (Mt 1.20 e 2.13,19), responsável (Lc 1.27 e
2.4), obediente (Mt 1.18-25), ] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
José, pai adotivo de Jesus, é
um exemplo de caráter humilde, submisso e amoroso.
I - JOSÉ, O PAI DE JESUS
1. Quem era José? Pouco se sabe a respeito de sua vida.
Assim como a esposa, José era simples, humilde, talvez mais conhecido que ela
por causa de sua profissão de carpinteiro. Ele entrou na genealogia de Jesus,
contribuindo para o cumprimento das profecias, que indicavam que o Messias
viria da descendência de Davi (2 Sm 7.12,16).
[Comentário: São bem poucas as
informações sobre a vida de José. Sabe-se que ele era um descendente legitimo
da casa do rei Davi, conforme registrado na genealogia de Jesus apresentada em
Mateus 1. Segundo a tradição cristã, nasceu em Belém da Judéia, no século I a.C.,
era da tribo de Judá e descendente do rei Davi. Exercia seu ofício de carpinteiro
em Nazaré, uma pequena aldeia na região da baixa Galiléia. Ele já aparece no
relato bíblico como o noivo de Maria, uma virgem que morava no mesmo vilarejo. Dos
quatro Evangelhos, José não é mencionado apenas em Marcos. Ele recebe maior
destaque no Evangelho de Mateus, onde está registrado a revelação dada a José,
onde um anjo do Senhor lhe falou em sonho (Mt 1:20-25).]
2. Pai adotivo de Jesus. José não era o pai biológico de Jesus,
e sim o seu pai adotivo, visto que Jesus foi gerado pela ação do Espírito Santo
no ventre de Maria (Lc 1.35). Também é chamado de "pai-guardião" de
Jesus. Esse fato é de grande importância, pois ele era "da casa e família
de Davi" (Lc 2.4). Perante a Lei, José era pai de Jesus, incluindo-o na
sua família, e também na de Maria, conforme o registro de Lucas 3.23-38. Dessa
forma, ele garantiu a confirmação de Jesus na descendência real de Davi e da
tribo de Judá. Lucas registra a genealogia de Jesus, a partir da descendência de
Davi (Lc 1.27). [Comentário: Segundo o que inferimos da leitura
dos Evangelhos, Maria ficou grávida num período em que já era noiva de José,
mas antes de ter tido qualquer relação com ele. Para aquela cultura o noivado
significava um compromisso matrimonial muito mais sério do que a noção que
temos sobre um compromisso dessa natureza na atualidade. Tal cerimônia
consistia no ato dos noivos jurarem fidelidade mútua na presença de
testemunhas, o que implicava, num certo sentido, ser essencialmente o próprio
matrimônio. É por isso que já naquele momento Maria era chamada de “esposa de
José”, visto que legalmente ambos estavam desposados. A partir daquele momento,
restava apenas a festa de núpcias e o “começar a viver juntos”. Conforme a Lei,
uma mulher desposada que praticasse infidelidade deveria ser castigada com a
morte (Dt 22.23,24). Foi assim que Maria ‘achou-se’ grávida pela ação do
Espírito Santo e temos então, agindo como qualquer homem, José intentando
deixar Maria pois sabia que este filho não era seu; vemos a dificuldade dele em
aceitar Maria. Na verdade José tinha duas opções: iniciar uma demanda judicial
contra Maria, ou despedi-la silenciosamente dando-lhe uma carta de divórcio. A
primeira opção iria expor Maria diante de toda a sociedade, enquanto a segunda
opção lhe preservaria de alguma forma.]
3. José, um sonhador obediente. Ao saber da gravidez de Maria, pensou
em deixá-la secretamente para não infamá-la. Mas Deus entrou em ação, e lhe deu
um sonho tranquilizador para que não saísse do seu lugar (Mt 1.20,21). Deus não
deixou que ele concretizasse seu desejo de fugir às escondidas para não sofrer
as consequências da gravidez inesperada de sua noiva. [Comentário: Com base em Mateus
1:20, pode-se concluir que José estava sofrendo muito com aquela situação, pois
certamente ele amava Maria. Então, durante um sonho, um anjo do Senhor lhe
apareceu para fortalecê-lo e confortá-lo, dizendo que ele não hesitasse em
assumir Maria e a levasse para casa, visto que sua gravidez era uma ação
sobrenatural do Espírito Santo. Nessa ocasião, José foi chamado pelo anjo de
“filho de Davi”, uma expressão também aplicada a Jesus em diversas vezes e que
nesse contexto significava explicitamente que José era o herdeiro legal de
Davi, conforme fica evidente em sua árvore genealógica descrita em Mateus. Diferentemente
de Maria que foi mãe biológica de Jesus, José não foi pai de Jesus no sentido
físico, mas é válido saber que sua paternidade legal também era importante,
visto que principalmente pela linhagem de José, um filho de Davi, o direito ao
trono de Davi foi transmitido para Jesus. Também é interessante notar que o
anjo do Senhor, assim como havia feito com Maria, deu ordem a José dizendo que
o nome a ser dado ao menino seria Jesus (Mt 1.21) Este texto foi extraído na íntegra de: https://estiloadoracao.com/jose-pai-de-jesus/.]
SÍNTESE DO TÓPICO I
José foi escolhido por Deus para ser
o pai adotivo de Jesus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Professor, reproduza o quadro a
baixo e utilize-o para mostrar aos alunos algumas das características do perfil
de José.
JOSÉ
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QUALIDADES E REALIZAÇÕES
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Um homem de integridade. Pai
terreno e legal de Jesus. Sensível à orientação de Deus, e disposto a fazer a
vontade de Deus.
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LIÇÕES DE VIDA
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Deus honra a integridade. Ser
obediente a Deus traz mais orientações dele. Os sentimentos não são medidas
precisas da correção ou do erro de uma ação.
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ESTATÍSTICAS VITAIS
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Locais: Nazaré, Belém.
Ocupação: Carpinteiro. Parentes: Esposa: Maria. Filhos: Jesus, Tiago, José,
Judas, Simão, e filhas.
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VERSÍCULO-CHAVE
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"Então, José, seu marido,
como era justo e não queria infamar, intentou deixá-la secretamente"
(Mt 1.19).
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II - O CARÁTER EXEMPLAR DE JOSÉ
1. Um homem obediente. Ao ter a revelação acerca da natureza
da concepção de Maria, e receber a ordem de Deus para não deixar Maria, José
submeteu-se à vontade divina: "E José, despertando do sonho, fez como o
anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher" (Mt 1.24). Poderia
ter despertado e dado tempo para verificar se não teria tido apenas um sonho
resultante das muitas ocupações (Ec 5.3). Teve porém o discernimento espiritual
de que se tratava de um sonho de origem divina. E obedeceu prontamente tão logo
despertou de seu merecido sono. Com amor, abraçou Maria e contou-lhe a
experiência que Deus lhe proporcionara.
[Comentário: Ao longo do relato
bíblico encontramos uma característica marcante em José, sua obediência a Deus
- por isso foi chamado de “justo” (Mt 1.19). Obedeceu à lei levando Jesus para
ser circuncidado ao oitavo dia (Lc 2.22). Não havia coabitado com sua noiva
antes do casamento (Mt 1.18). Somente depois do nascimento de Jesus é que
recebeu Maria como sua mulher (Mt 1.25). Por um instante José foi tentado a
deixar Maria (Mt 1.19), com as melhores intenções de livrar sua noiva de um
castigo infame. Contudo, assim que recebeu mensagem do anjo, obedeceu
imediatamente recebendo Maria como esposa e o filho como se fosse seu (Mt
1.24). Até o nome da criança José obedeceu e colocou como mandou o anjo (Mt
1.21 e 25). Desde os lugares onde morou com sua família até cada detalhe de sua
vida foram em obediência à orientação de Deus (Mt 2.13, 19,20). Quando o pai é
obediente a Deus, os filhos são obedientes ao pai. Se o pai não obedecer a sua
liderança, os filhos não saberão obedecê-lo. Muitos pais sacrificam seus filhos
por não ensinar obediência, pois “obedecer é melhor que sacrificar” (1Sm
15.22). Por isso é importante buscar em tudo a “boa, gradável e perfeita
vontade de Deus” (Rm 12.2). Um pai sabe o que é melhor para o filho (Mt 7.9-12)
e precisa ensinar a ser obediente em tudo Este texto foi
extraído com alguma modificações de: http://www.esbocosermao.com/2014/08/jose-pai-adotivo-de-jesus.html.]
2. Um homem temperante. No período em que era noivo (desposado)
com Maria, ele não teve relações íntimas com ela. Primeiro, porque era um grave
pecado (Dt 22.23,24). Em segundo lugar, porque era homem de bem, e obediente a
Deus, "justo" (Mt 1.19). José "não a conheceu até que deu à luz
seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de JESUS" (Mt 1.25). Ambos
foram fortes o suficiente para serem fiéis a Deus, nessa área, em que muitos
não resistem nem à primeira investida do Maligno. [Comentário: Além de ser um
homem obediente, José se destaca por sua responsabilidade, primeiramente pelo
fato de estar desposado com Maria (Lc 1.27) assumindo seu compromisso de
constituir uma família. José cumpriu sua obrigação civil e foi fazer o
recenciamento na época e no lugar certo, mesmo diante da dificuldade de ter sua
esposa grávida (Lc 2.4). Além disso, José assumiu a paternidade pública de
Jesus recebendo Maria como esposa (Mt 1.24). Ser conhecido como carpinteiro
também denota que era um homem trabalhador e bom profissional (Mt 13.55) e
também ensinou a profissão para seu filho (Mc 6.33). Deu educação a seus filhos
provavelmente em casa (Jo 7.15-17), pois Jesus sabia ler (Lc 4.16 e 17) e
escrever (Jo 8.8). O exemplo de um pai ensina muito mais que suas palavras.
Todo filho aprende como seu pai “ensina a criança no caminho em que deve andar”
(Pv 22.6) lembra-se de suas atitudes (Lc 15.17). Quando um pai dá exemplo de
responsabilidade, seus filhos o seguem como referencial e mesmo que se desviem
um dia se lembrarão.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
José foi um homem de caráter
exemplar.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"A genealogia de
José é apresentada em Mateus 1. Ele era carpinteiro (Mt 13.55) que vivia em
Nazaré (Lc 2.4). Mas, como descendente de Davi, sua casa ancestral estava em
Belém. Estava noivo de Maria na época em que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo.
Ao saber que Maria estava grávida, quis evitar que ela fosse exposta à vergonha
pública, embora cogitasse divorciar-se e despedi-la secretamente. Mas em um
sonho foi informado por Deus que a concepção de Maria era divina e foi
encorajado a se casar com ela. Para se registrarem e pagarem o imposto real,
ele e Maria foram a Belém, onde Jesus nasceu. José é mencionado juntamente com
Maria e Jesus na visita dos pastores (Lc 2.16) e na apresentação de Jesus no
Templo (Lc 2.27,33). Em um sonho. Deus instruiu José a fugir da ira de Herodes,
ir para o Egito, e lá permanecer durante algum tempo. A última participação de
José é mencionada no evento dos Evangelhos relacionado com a visita feita à
festa anual em Jerusalém, quando Jesus tinha 12 anos de idade (Lc 2.41-52). Ele
não foi incluído com Maria e seus filhos em Mateus 12.46-50. Embora João 6.42
possa indicar que José ainda tivesse vivo durante parte do ministério de Jesus.
José não aparece na crucificação quando Jesus entregou sua mãe aos cuidados do
apóstolo João (Jo 19.26,27), portanto podemos concluir que José havia morrido
antes desse acontecimento. Os judeus da época de Jesus consideravam que Ele era
filho de José (veja Lc 3.23; 4.22; Jo 1.45; 6.42)" (Dicionário Bíblico
Wycliffe. 1.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1092).
III - A NOBRE MISSÃO DE JOSÉ
1. Assegurar a ascendência real de
Jesus. Como visto no primeiro
tópico, perante a lei, José era o pai de Jesus, incluindo-o na sua família, e
também na de Maria, conforme o registro de Lucas (3.23-38). Dessa forma, ele
garantiu a confirmação de Jesus na descendência real de Davi, pela tribo de
Judá: "E Davi era filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá, cujo nome
era Jessé [...] " (1Sm 17.12). Jesus é descrito, no Apocalipse, como
"o Leão da tribo de Judá", o único capaz de abrir o livro selado com
sete selos (Ap 5.5). Mateus registra a genealogia de Jesus, a partir da
descendência de Davi. Jesus foi adotado legalmente por José, que era da tribo
de Judá. [Comentário: Jesus foi o cumprimento da profecia
da descendência de Davi registrada em 2 Samuel 7.14-16, o Messias prometido. Mateus
1 dá uma prova genealógica de que Jesus, na Sua humanidade, foi um descendente
direto de Davi por intermédio de José, o pai legal de Jesus. A genealogia em
Lucas, capítulo 3, dá a linhagem de Jesus através de Sua mãe, Maria. Jesus é um
descendente de Davi, por adoção através de José e pelo sangue por meio de Maria.
Ele era descendente de Davi tanto por parte de José como de Maria e os próprios
judeus da época consideravam Jesus filho de José: "Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus
irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?" (Mt 13.55).]
2. Proteger Jesus em seus primeiros
anos. Alguns fatos relevantes
sobre a vida de Jesus comprovam o amor e o zelo de José pelo menino que não era
seu filho biológico, mas filho de Maria pela intervenção divina. [Comentário: Depois da
revelação que teve, José assumiu Maria como sua esposa e desempenhou o papel de
“pai” para o menino Jesus. Após o nascimento de Jesus em Belém, José o levou a Jerusalém
para a purificação (Lc 2.22), e depois, como chefe da família, fugiu com ele
para o Egito a fim de escapar da perseguição invejosa de Herodes, conforme a
instrução recebida do anjo do Senhor (Mt 2.13-15).]
a) No nascimento de Jesus. "E subiu da Galileia também José,
da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi chamada Belém (porque era da
casa e família de Davi), a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava
grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela
havia de dar à luz. E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos,
e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem"
(Lc 2.4-7). Naquela situação, sem dúvida, José participou dos procedimentos no
parto de Jesus, ajudando Maria em todos os detalhes, amparando o bebê, no corte
do cordão umbilical, e em sua limpeza pós-parto, no envolvimento em panos e a
colocação da criança na manjedoura.
[Comentário: Desconsiderando as
conjecturas do subtópico, temos que os romanos obrigaram o recenseamento de
todos os povos que lhes eram sujeitos a fim de facilitar a cobrança de
impostos, o que se tornou numa valiosa ajuda na localização temporal dos fatos,
uma vez que ocorreu exatamente 4 anos antes da morte de Herodes, no ano 8 a.C..
Entretanto, os Judeus tomaram providência no sentido de dificultar qualquer
tentativa por parte dos ocupantes em contar o seu povo, pelo que, segundo a
história, nas terras judaicas este recenseamento ocorrera um ano depois do
restante império romano, ou seja no ano 7 a.C.. Em Belém, o recenseamento
ocorrera no oitavo mês, pelo que se concluiu que, Jesus nascera provavelmente
no mês de Agosto do ano 7 a.C. Assim nasceu Jesus, de maneira improvisada, no
meio de uma viagem, na estalagem de uma hospedaria lotada. Certamente José fez
o que estava ao seu alcance para oferecer o melhor para sua esposa grávida.]
b) Nas cerimônias exigidas pela Lei. Na circuncisão de Jesus, ao oitavo dia
de nascido e na apresentação no Templo, José estava ao lado de Maria: "E,
quando os oito dias foram cumpridos para circuncidar o menino, foi-lhe dado o
nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. E,
cumprindo-se os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, o levaram a
Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor" (Lc 2.21,22). [Comentário: O casal, além de
cumpridores da lei dos dominadores dos judeus, pois a obedeceram indo ao
recenseamento, também eram cumpridores da lei que Deus deu ao povo, a chamada
Lei de Moisés, nestes versos, é relatado o cumprimento de 3 cerimônias, a
circuncisão, a purificação e a apresentação ao templo. Era no dia do
circuncisão que se dava o nome ao filho.]
c) Na fuga para o Egito. Diante da ameaça de Herodes, de matar o
menino Jesus, Deus determinou que José tomasse Maria e o menino, e fugissem
para o Egito, até que o rei homicida tivesse morrido. Por quase 500 quilômetros
de viagem, em meio a estradas desertas, com risco de assaltos e intempéries,
José conduziu a esposa e seu filho para um lugar seguro. E de lá só voltou por
revelação de Deus, quando o homicida tinha morrido, e foi morar em Nazaré (Mt
2.13-23). [Comentário: O Egito era o lugar ideal para o
refúgio, pois estava fora do domínio do rei Herodes, mas ainda dentro dos
territórios do Império Romano, o que tornava a viagem muito mais fácil e segura,
embora a grande distância torne ainda mais difícil esta fuga obediente.
Permaneceu lá até que outra vez, recebeu ordem para retornar, e isso após a
morte de seu inimigo. Acredita-se que Herodes tenha morrido por volta de 4 a.C.
e, apesar de Mateus não mencionar como, o historiador judeu Flávio Josefo
relata com detalhes a sua horrenda morte.]
3. O zelo pela formação espiritual de
Jesus. Seus pais cumpriam o que
fora determinado quanto à educação dos filhos, através do ensino sistemático e
diário da Palavra de Deus (cf. Dt 11.18-21). Fazia parte de sua educação
conhecer e participar das festas anuais de Israel, das quais a Páscoa era a mais
importante. José Maria levavam o menino a Jerusalém ara essa festividade
nacional. "Ora, dos os anos, iam seus pais a Jerusalém, Festa da Páscoa.
E, tendo eleja doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da
festa" (Lc 2.41,42). Um exemplo eloquente de um verdadeiro pai, que se faz
presente na vida do filho, e não apenas um genitor, que gera e se descuida da
vida do filho. [Comentário: A formação das crianças naquela
época era totalmente religiosa, aprendiam em casa, no Templo e pela obediência
às cerimônias da Lei. O Salmos 119.103 é uma bela metáfora de como as crianças
aprendiam as primeiras letras, escrevendo com o dedo na lousa lambuzada com
mel. Assim Jesus foi educado e quando contava com 12 anos, numa Festa da Páscoa
como era tradição Judaica, festa de preceito com peregrinação a Jerusalém, ele
com sua família foram para a cidade de Jerusalém segundo a narrativa de Lucas.
Jesus se perdeu em Jerusalém durante a festa da Páscoa e como Maria e José o
encontram no Templo, sentado em meio aos doutores, ouvindo-os e interrogando-os
e todos os que o ouviam ficavam extasiados com sua inteligência e com suas
respostas (Lc 2,46-47).]
SÍNTESE DO TÓPICO III
José recebeu de Deus a nobre
missão de ser o pai adotivo de Jesus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
"As famílias judias realizavam várias cerimônias, logo após o
nascimento de um bebê:
(1) circuncisão. Todos os bebês do sexo masculino eram circuncidados e
recebiam seu nome no oitavo dia após o nascimento (Lv 12.3; Lc 1.59-60). A
circuncisão simbolizava a separação entre judeus e gentios, e seu
relacionamento exclusivo com Deus.
(2) Redenção do primogênito. O primogênito era apresentado a Deus, um
mês após o nascimento (Êx 13.2,11-16; Nm 18.15-16). A cerimônia incluía comprar
de volta, ou seja, 'redimir', a criança, de Deus, por meio de uma oferta. Desta
maneira, os pais reconheciam que o bebé pertencia a Deus, que é o único que tem
poder de dar vida.
(3) Purificação da mãe. Durante 40 dias, após o nascimento de um filho,
e 80 dias após o nascimento de uma filha, a mãe permanecia cerimonialmente
impura, e não podia entrar no Templo. No fim do seu período de separação, os
pais deveriam trazer um cordeiro para uma oferta de holocausto, e uma rola ou
um pombo para uma oferta de pecado, O sacerdote sacrificaria esses animais e
declararia que a mulher estava limpa. Se um cordeiro fosse caro demais para a
família, os pais podiam trazer, em seu lugar, uma segunda rola ou pombo. Foi
isso que Maria e José fizeram. Jesus era o Filho de Deus, mas sua família
realizou essas cerimónias de acordo com a lei de Deus. Jesus não nasceu acima
da lei; ao contrário, Ele a cumpriu à perfeição" (Bíblica Cronológica
Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p-1282).
CONCLUSÃO
José foi escolhido por
Deus para uma missão muito elevada, no plano da redenção. Ele foi o homem que
amparou Maria, em sua missão de conceber o Filho de Deus, como Filho do Homem.
Não só a ela, mais ao próprio Jesus, em seu nascimento biológico, em sua
infância, nas ameaças que sofreu. Ele cuidou de sua educação ao lado de sua
mãe. Ele foi um homem santo. Mas, assim como Maria, nunca reivindicou para si
honras e louvores, que só pertencem a Deus.
[Comentário: A última vez que
José é mencionado na Bíblia é quando Jesus tinha doze anos. Retornando de uma
viagem para Jerusalém, Jesus se separou de seus pais, os quais eventualmente o
encontraram no templo conversando com os professores. Ironicamente, foi naquele
tempo - quando Jesus anunciou que tinha de cuidar dos planos do Pai - que toda
menção do seu pai terreno cessa (Lc 2.41-50). Talvez este seja o motivo pelo
qual nos esquecemos dele, ignorando a importância dele na vida de Jesus. Não há
dúvida. José foi escolhido por Deus para ser o homem que abençoaria a vida de
Jesus. Dentro do ventre de Maria estava a profecia que foi entregue desde o
Éden. José precisava entender que aquela mulher era muito especial. José soube
discernir a situação e a tomou como esposa. O temor de José a Deus estava
estampado em cada decisão e atitude dele. Era um homem forjado em Deus.] “Ora,
àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio,
Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o
sempre. Amém”. (Judas 24-25),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Junho de 2017
PARA REFLETIR
A
respeito de José, o pai terreno de Jesus, um homem de ca rate r, responda:
• Que fez
José, ao saber da gravidez de Maria?
Pensou em deixá-la secretamente
para não infamá-la.
• Como
José participou do nascimento de Jesus?
Ajudando Maria em todos os
detalhes.
• Quando
José voltou do Egito com Maria e Jesus?
Quando Herodes morreu.
• Por que
José e Maria levavam Jesus a Jerusalém?
Para a festa da Páscoa.
• Que
preceitos legais José e Maria obedeceram após o nascimento de Jesus?
A circuncisão de Jesus e a
purificação de Maria.
Fonte: Lições Bíblicas adultos, 2°
trimestre de 2017 – CPAD / Divulgação: