LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
2º Trimestre de 2017
Título: O Caráter do Cristão — Moldado pela Palavra de Deus e provado como
ouro. Comentarista: Elinaldo Renovato
- Lição 13 -
25 de Junho de 2017
Jesus Cristo, o Modelo
Supremo de Caráter
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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"[...] E o seu
nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da
Paz." (Is 9.6)
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Como Homem, Jesus encarnou e demonstrou ter
um caráter perfeito, suportando as fraquezas humanas, sem dar lugar ao
pecado.
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Jo 1,2
Jesus, o Verbo de Deus
Terça - Gn 3.15
Jesus, a semente da
mulher
Quarta - Jo 1.14
Jesus, o Unigênito do
Pai
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Quinta - At 10.38
Jesus, ungido por Deus
Sexta - Jo 14.6
Jesus, o caminho, a
verdade e a vida
Sábado - Mt 24.30
Jesus voltará "com
poder e grande glória"
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LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
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Mateus 1.18, 21-23; 3.16,17
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18 Ora, o nascimento
de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes
de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.
21 E dará à luz um
filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus
pecados.
22 Tudo isto
aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo
profeta, que diz;
23 Eis que a virgem
conceberá, e dará à luz
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um
filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.
MATEUS 3.16,17:
16 E, sendo Jesus
batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o
Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
17 E eis que uma voz
dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
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HINOS SUGERIDOS: 3,41, 412 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que Jesus encarnou e demonstrou ter um caráter perfeito.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
·
Apresentar Jesus de Nazaré como Filho do Homem;
·
Apontar o ministério e caráter supremo de Jesus;
·
Explicar a respeito da morte, ressurreição e volta de
Cristo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, vamos concluir o trimestre estudando a respeito do Homem
mais importante de todos os tempos — Jesus. Sua vinda a este mundo se deu de forma
sobrenatural e foi tão significativa e marcante que a História foi dividida em
duas partes: antes de Cristo e depois. Como Homem, Jesus teve um
desenvolvimento e um caráter perfeito que refletia a sua natureza divina. Até
os 30 anos, Ele viveu como todo judeu. Foi apresentado no Templo por seus pais,
participou das festas judaicas, trabalhou como carpinteiro, pagou impostos e
teve uma vida sociável, indo a jantares na casa dos amigos e a festas de
casamento. Por isso, Jesus deve ser nosso modelo e referência como Homem e
servo. Que possamos seguir sempre os seus passos, glorificando o seu nome.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, refletiremos
a respeito de Jesus, o Homem de caráter perfeito. É impossível descrever a
grandeza de sua personalidade e do seu caráter com palavras meramente humanas.
Sua entrada no seio da raça humana, que se achava em miséria espiritual, não
somente significou Deus entre nós, o Emanuel (Mt 1.23), mas o cumprimento da
promessa do Criador de redimir o homem no Éden. Ele se humanizou como "a
semente da mulher" que haveria de ferir a cabeça do Diabo (Gn 3.15). [Comentário: No antigo Israel
havia o costume de associar o nome ao caráter da pessoa. Podemos ver em algumas
passagens Deus substituindo nomes de pessoas em razão de uma mudança de caráter:
Jacó (usurpador) para Israel (príncipe de Deus); Abrão (pai exaltado) para
Abraão (pai de uma multidão), entre outros. No Novo Testamento achamos Jesus aplicando
a Simão (aquele que vacila) o nome de Pedro (pequena rocha). Segundo o Dr. Tim
Lahaye, em seu livro “Temperamentos
Transformados”, Simão era sanguíneo
e, como tal, estava pronto para tudo. Por isso sempre vacilava. Você já parou
para imaginar como seria o caráter de Jesus? Como seria seu temperamento? Será
que nossas ações estão semelhantes às de Jesus? “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós
também” (Jo 13.15). A Bíblia afirma que o Senhor Jesus Cristo despiu-se de
sua glória e revestiu-se de toda natureza humana (Jo 1.14; Fp 2.5-8; Hb 4.15),
mas sem pecado. Como homem, o Mestre foi irrepreensível (Jo 8.46; 18.38; Hb
4.15). Era submisso, manso, humilde, amoroso, entre outras qualidades (Mt
11.29; Jo 15.9; Fp 2.8). O Senhor disse certa vez que todo discípulo perfeito
seria como o seu mestre (Lc 6.40 cf. Jo 13.13,14). Uma vez que somos discípulos
de Cristo, e Ele, como instrui-nos o apóstolo Paulo, é o “último Adão” (Rm
5.14; 1 Co 15.45), ou seja, é o novo representante da humanidade e, por
conseguinte, a nova referência de ser humano a quem, os que nEle creem, devem
imitar e procurar parecer (Ef 4.13; 5.1,2), nessa lição vamos estudar um pouco
acerca do seu caráter. Seu caráter é o padrão que todos os crentes devem
seguir.] Dito
isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
Como Homem, Jesus demonstrou
ter um caráter perfeito.
I - JESUS DE NAZARÉ, O FILHO DO HOMEM
1. Sua origem humana. Jesus se fez homem a fim de remir o
homem perdido, através do mistério da encarnação. Ele, o Verbo Divino se fez
carne "e habitou entre nós" (Jo 1.14). Ele nasceu como homem no tempo
(gr. Kairós) de Deus. Diz Paulo: "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus
enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que
estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos" (Gl 4.4,5). [Comentário: Tão admirável como
a Doutrina da Trindade é a Doutrina da Encarnação, ou seja, que Jesus é Deus e
Homem ao mesmo tempo, eternamente, numa só Pessoa. Conforme disse o teólogo
contemporâneo J. I. Packer: “Temos aqui
dois mistérios pelo preço de um - a pluralidade de Pessoas na unidade de Deus e
a união de Deus com a humanidade, na Pessoa de Jesus Cristo... Nada na ficção é
tão fantástico como o que acontece na verdade da Encarnação.” J.I. Packer, Knowing God (Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press,
1993 edition), p. 53. Deveria ser óbvio que Jesus é Deus e que Ele
sempre foi Deus. Jamais houve um tempo em que Ele tenha Se tornado Deus, pois
Deus é eterno. Mas Jesus nem sempre foi Homem. O fantástico milagre é que este
Deus eterno Se tornou Homem, na Encarnação. Isto aconteceu há 2.000 anos.
Portanto, a Encarnação é Deus Se tornando Homem. E por causa deste grande
evento é que (muitos) celebram o Natal. Mas, o que exatamente queremos dizer
quando informamos que Deus o Filho Se tornou Homem? Certamente não queremos
dizer que Ele Se transformou num homem, no sentido de ter deixado de ser Deus,
para começar a ser homem. Jesus não renunciou à Sua Divindade, quando da
Encarnação, conforme foi visto nos versos anteriores. Em vez disso, conforme
disse um antigo teólogo, “Permanecendo o que Ele era, Jesus Se tornou no que
não era”. Cristo “não era agora Deus, com menos elementos de Sua Divindade, mas
Deus, acima de tudo, ao fazer a escolha de assumir Ele mesmo a humanidade” Packer, p. 57. Desse modo, Jesus não renunciou a qualquer dos
Seus atributos na Encarnação. Ele continuou possuindo todos eles, pois se
precisasse desistir dos Seus atributos divinos, Ele teria deixado de ser Deus. A
verdade sobre a humanidade de Jesus é tão importante como a verdade sobre a Sua
Divindade. O apóstolo João fala claramente sobre qualquer pessoa que nega que
Jesus é Homem, chamando-a anticristo. (1Jo 4.2-3; 2Jo 1.7). A humanidade de
Jesus é mostrada no fato de que Ele nasceu como um bebê, de mãe humana (Lc 2.7;
Gl 4.4); que Ele se cansava (Jo 4.6); tinha sede (Jo 19.28); teve fome (Mt 4.2)
e experimentou todas as emoções humanas, tais como Se maravilhar (Mt 8.10),
entristecer-Se e chorar (Jo 11.35). Ele viveu na Terra exatamente como todos
nós vivemos. É essencial sabermos que Jesus não teve uma natureza pecaminosa e
que Ele jamais cometeu pecado algum, mesmo tendo sido tentado de todas as
maneiras (Hb 4.15); Jesus é total e perfeitamente Homem e também passou por
todas as experiências humanas. Temos um Salvador que verdadeiramente pode Se
identificar conosco, porque Ele é Homem e pode nos ajudar nas tentações, visto
como jamais cometeu pecado algum. Esta é uma espantosa verdade que separa o
Cristianismo de todas as outras religiões. Leia mais sobre
este assunto acessando: http://solascriptura-tt.org/Cristologia/ComoPodeJesusSerHomemEDeus-JPiper.htm]
3. Seu desenvolvimento humano e
espiritual. Seu caráter singular é
modelo e referência para todos os homens em todos os lugares e em todos os
tempos. Em sua infância e adolescência, sua criação foi esmerada: "E o
menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de
Deus estava sobre ele. Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa
da Páscoa" (Lc 2.40,41). Dos doze aos trinta anos, Jesus exerceu o ofício
de carpinteiro, aguardando o momento de iniciar seu ministério terreno em prol
da salvação da humanidade. Seu caráter humano refletia a sua natureza divina. Ele
foi apresentado ao mundo como "O Verbo" que "era Deus",
sendo Criador de todas coisas, pois "Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se
fez" (Jo 1.1-3). [Comentário: O comentarista
discorre sobre a fase da vida de Jesus que não há registros, ele conjectura que
Jesus tenha desempenhado a profissão de carpinteiro até iniciar seu ministério.
Lucas 2 esclarece que ele cresceu como toda criança normal cresceria,
alimentada por comida e água. Seu corpo não era sobre-humano, e não tinha
características especiais, diferentes de qualquer ser humano normal. Intelectualmente,
Jesus possuía um conhecimento que se destacava em relação aos outros homens.
Ninguém na História Humana disse palavras tão belas, de grande profundidade e
de maior alcance. Não só isso, Jesus deu claras demonstrações de um
conhecimento além da capacidade humana. Sabia o que pensava os seus amigos e
inimigos(Lc 6.8; 9.47). Conhecia coisas sobre o presente, pois sabia que Lázaro
estava morto (11.14), o passado, uma vez que conhecia o fato da mulher
samaritana ter tido cinco maridos (Jo 4.18) e o futuro das pessoas, ilustrado
no fato de antemão ter avisado a Simão Pedro de sua negação (Lc 22.33). Seu
conhecimento não era ilimitado: em algumas passagens vemos Jesus fazendo
perguntas retóricas a fim de reforçar algum ensinamento (Mt 22.41-45), contudo
há outras passagens em que Jesus pergunta sinceramente em busca de informações
às quais não possuía. Um exemplo claro foi o caso do garoto acometido de um
espírito de surdez e mudez, onde Jesus pergunta ao pai dele "Há quanto
tempo isto lhe sucede?" (Mt 9.20,21). Há nesta passagem uma clara alusão
que Jesus não tinha tal informação, e a julgava útil e necessária para promover
a restauração daquele garoto. Um outro caso ainda mais explícito foi no
discurso apocalíptico em Mc 13.32, quando ao ser interpelado sobre quando
voltaria uma segunda vez, Jesus respondeu francamente: "Mas a respeito daquele dia ou da hora
ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai". Foi uma
declaração clara de sua falta de conhecimento sobre essa informação É
importante dizer que, quando afirmamos que Jesus é verdadeiro Homem, não
queremos dizer que Ele seja parcialmente Homem, mas que Ele é totalmente Homem.
Tudo que pertence à essência da verdadeira humanidade é verdadeiro nEle. Ele é
tão exatamente Homem como cada um de nós. O fato de que Jesus é verdadeira e
totalmente Homem está claro pelo fato de que Ele tem um corpo humano (Lc 24.39),
uma mente humana (Lc 2.52) e uma alma humana (Mt 26.38). Jesus não Se assemelha
a um homem, nem tem alguns aspectos do que seja essencial à humanidade, mas não
outros. Ele possui completa humanidade.]
SÍNTESE DO TÓPICO I
Jesus de Nazaré foi e é o Filho do
Homem.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Filho do Homem
De todos os seus títulos, 'Filho
do Homem' é o que Jesus preferia usar a respeito de si mesmo. E os escritores
dos evangelhos sinóticos usam a expressão 69 vezes. O termo 'filho do homem'
tem dois possíveis significados principais. O primeiro indica simplesmente um
membro da humanidade. E, neste sentido, cada um é um filho do homem. Tal
significado era conhecido nos dias de Jesus e remonta (pelo menos) aos tempos
do livro de Ezequiel, onde é empregada a fraseologia hebraica bem' adam, com
significado quase idêntico. Essa expressão, na realidade, pode até mesmo
funcionar como o pronome da primeira pessoa do singular, 'eu' (cf. Mt 16.13).
Por outro lado, a expressão é
usada também a respeito da personagem profetizada em Daniel e na literatura
apocalíptica judaica posterior. Essa personagem surge no fim dos tempos com uma
intervenção dramática, a fim de trazer a este mundo a justiça de Deus, o seu
Reino e o seu julgamento. Daniel 7.13,14 é o texto fundamental para esse
conceito apocalíptico"! (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma
perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 310).
II - SEU MINISTÉRIO E CARÁTER SUPREMO
1. O caráter exemplar de Jesus. Em seu ministério, Jesus demonstrou
aspectos do seu caráter que são referência e modelo para todos os que o aceitam
como Senhor e Salvador. Suas ações revelam tanto o lado divino como o lado
humano de sua personalidade marcante e singular. [Comentário: Pelos tópicos
acima está claro que Jesus assumiu completamente a humanidade, sujeito a todos
os reveses que o estado de humanidade poderia lhe trazer, contudo Jesus não um
homem qualquer, igual a todos os homens. Um aspecto de seu caráter, que não foi
explorado pelo comentarista, nos ensina muito: seu caráter religioso. Participava
regularmente dos cultos na sinagoga (Lc 4.16): era de seu costume ensinar nas
sinagogas e visitar e participar dos cultos no templo quando estava em
Jerusalém. Humanamente mantinha um padrão de vida religioso irrepreensível
quanto aos parâmetros de Deus. Mantinha uma vida de oração (Lc 6.12; 22.41,42;
Jo 6.15): várias ocasiões vemos Jesus sair para orar sozinho ou em grupo. Sua
dependência humana do Pai era total e a oração era uma prova disso. Em todas as
coisas Jesus se mostrou plenamente humano, tanto no aspecto físico, como no
mental. Não havia dúvidas para os autores do Novo Testamento que Jesus era
plenamente homem.]
a) Humildade e mansidão. Para iniciar o seu ministério, foi até
o rio Jordão para ser batizado por João Batista. Este sentiu-se constrangido,
dizendo que Jesus é que deveria batizá-lo. Mas Jesus insistiu com João para que
o balizasse, a fim de cumprir "toda a justiça" (Mt 3.13-15). Ele
implantou a "escola da mansidão e da humildade", convidando a todos
para aprenderem com Ele (Mt 11.28-31). Sendo Deus, Criador e Senhor,
despojou-se de seus atributos divinos, tornou-se homem e servo, humilhando-se
"até à morte" (Fp 2.6-8). Jesus surpreendeu os discípulos quando fez
um trabalho de escravo, lavando os pés de todos eles (Jo 13.3-5). Mansidão e
humildade são requisitos indispensáveis para quem quer ser discípulo de Jesus. [Comentário: No chamado hino
cristológico de Filipenses 2.5-11, vemos que Jesus, mesmo sendo divino, não se
apegou a sua igualdade com o Pai, mas esvaziou-se de forma voluntária e
sacrifical, assumindo a condição de servo, tornando-se como nós. Depois de
tornar-se como um de nós, humilhou-se e submeteu-se à morte de cruz que era uma
das piores formas de execução do mundo antigo (Dt 21.22,23). Além disso,
durante o tempo de sua vida terrena, como filho, foi obediente aos seus pais
(Lc 2.51), como adulto, soube reconhecer o ministério de seu primo, João
Batista (Mt 3.13,14), e foi igualmente responsável com questões cívicas (Mt
17.24-27; 22.15-22). O simples fato de abrir mão dos traços dos reis
conquistadores do mundo antigo, apresentando-se simples, como uma pessoa do
povo e sem exigir nenhum tratamento especial, foi o motivo de Jesus ser
rejeitado pelo seu povo, porém, é justamente nessa sua atitude que vemos a
grandeza, pois quando poderia coagir a todos para que nEle cressem, não o faz,
mas oferece amor e deixa-nos livres para optar por segui-lo. Mesmo sendo
perseguido e hostilizado pelo povo, pregado na cruz, sentindo dores
excruciantes, Jesus orava ao Pai pedindo que Deus não lhes imputasse aquele
pecado: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). Não há
amor maior que este (Jo 15.13; 3.16). Contudo, é justamente esse tipo de amor
que Deus espera que tenhamos (1 Jo 3.16) https://sub-ebd.blogspot.com.br/2016/01/licao-4-o-carater-de-jesus.html]
b) Misericórdia e compaixão. Ele teve compaixão das multidões, que
andavam desgarradas como ovelhas sem pastor (Mt 9.36). Curou muitos que sofriam
com enfermidades (Mt 14.14). Ele se compadeceu das pessoas famintas (Mt 15.32).
Na parábola do Bom Samaritano, Jesus pôs em evidência a insensibilidade dos
religiosos que não tinham compaixão pelos caídos à beira do caminho (Lc
10.30-37). Hoje, infelizmente, muitos que se dizem cristãos têm mais
preocupação com riquezas, posições e prestígio pessoal do que com as almas
atacadas pelo Maligno. [Comentário: No latim,
compaixão (cum + patior) significa “sofrer com”, no sentido de “suportar com”,
“lutar com”, “importar-se com”. Indica o movimento de partilhar com outros em
momentos de fome, nudez, solidão, dor, perdas, ou mesmo sonhos partidos. Jesus
moveu-se por íntima compaixão pelas multidões (Mt 9.36, 14.14, 15.32; Mc 6.34,
8.2) por pequenos grupos (Mt 20.34), ou mesmo por uma única pessoa (Mc 1.41; Lc
7.13). Jesus ensinou a respeito de compaixão em algumas de suas mais marcantes
parábolas que condenou o credor incompassivo (Mt 18.27), pôs em destaque o bom
samaritano (Lc 10.33) e revelou o coração do pai do filho pródigo (Lc 15.20).
Jesus estava aberto a ouvir pedido por compaixão (Mc 9.22), porque seu coração
não conseguiria ser diferente disso. Em Lucas 10.25 encontramos Jesus ensinando
acerca da compaixão. A parábola do Bom Samaritano destaca a verdade de que
compaixão e cuidado são coisas intrínsecas à fé salvadora e à obediência a
Cristo. Amar a Deus deve ser também amar ao próximo. (1) A vida e a graça que
Cristo transmite aos que o aceitam produzem amor, misericórdia e compaixão
pelos necessitados e aflitos. Esse amor é um dom da graça de Deus através de
Cristo. O crente tem a responsabilidade de viver à altura do amor do Espírito
Santo tendo, dentro dele, um coração não endurecido. (2) Quem afirma ser cristão,
mas tem o coração insensível diante do sofrimento e da necessidade dos outros,
demonstra cabalmente que não tem em si a vida eterna (vv. 25-28; 31-37; cf. Mt
25.41-46; 1 Jo 3.16-20).]
c) Espírito pacificador. Jesus conhecia bem a natureza humana
sujeita as desavenças e desentendimentos, mesmo entre os irmãos. Por isso,
Exortou: "Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares
de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua
oferta, vai reconciliar-te primeiro com teu Irmão, e depois vem, e apresenta a
tua oferta" (Mt 5.23,24). De forma mais prática, ele reproduziu a mensagem
do salmo 133, tão esquecida nos dias atuais. Paulo aconselha-nos a ter paz com
todos, sempre que possível (Rm 12.8; Hb 12.14). [Comentário: Transcrevo a
seguir um artigo de autoria do Rev Jr Vargas: “Se possível, quanto depender de
vós, tende paz com todos os homens. (Rm 12.18). O texto aborda a questão da
limitação humana. Na esfera humana há uma limitação que impede ao homem gerar o
impossível. O que é impossível ao homem continua sendo impossível a ele. A
barreira do impossível está exatamente no homem. É o ser humano o limite, o
obstáculo e o impedimento. Gosto da honestidade com que a Bíblia lida com o
homem regenerado. A Bíblia não afirma que o cristão é perfeito. Ele continua
imperfeito e essas imperfeições dificultam seus relacionamentos. Seja seu
relacionamento com Deus, com ele próprio e com o próximo. Por isso a Bíblia
diz: “quanto depender de vós”. Não se afirma que o outro é tão complicado a
ponto de me impedir de ter um relacionamento saudável com ele, mas sim que quem
me impede sou eu, com as minhas imperfeições. É preciso perceber as suas
imperfeições. Para conhecê-las, basta perguntar a quem convive mais perto com
você. Elas têm mais informações a seu respeito que você possa imaginar.
Contudo, elas também verão sob a ótica da imperfeição. Conhecer e tratar, este
é o caminho melhor. Não basta assumir que é assim. Não adianta fingir que não é
assim. Melhor é saber e buscar melhorar. Para os relacionamentos, quais são as
imperfeições mais agressivas? Egoísmo, vaidade, falta de perdão, desejo de
vingança? Quantas vezes estas imperfeições afloram em nossa vida e nos
prejudicam tanto!” Continue a leitura em http://www.ipamericas.org.br/index.php/igreja-americas/single_entry/se_possivel_quanto_depender_de_vos_tende_paz_com_todos_os_homens/]
2. Na prática, Ele demonstrou o seu
imenso amor pelos pecadores. Os fariseus queriam matar a mulher adúltera. Jesus a perdoou e ordenou que
não pecasse mais (Jo 8.11). Aos seus discípulos, ensinou: "Como o Pai me
amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor" (Jo 15.9). Ele
declarou ao doutor da lei que o maior dos mandamentos é amar a Deus acima de
tudo, e o segundo, é amar ao próximo como a si mesmo (Mt 22.34-40). O amor é
"a marca do cristão" (Jo 13.34,35). [Comentário: Afinal, o que
Jesus via nos pecadores? Ele procurava aqueles a quem a sociedade havia
rotulado como os que não tem méritos, que não podem ser amados, que fossem
coletores de impostos desonestos como Levi (Lc 5.27) e Zaqueu (Lc 19.1-10), uma
mulher adúltera à beira do poço (Jo 4), ou uma possessa de demônios como Maria
Madalena (Lc 8.2). Jesus via potencial nas pessoas menos prováveis. Faça a si
mesmo uma pergunta crítica: Como você vê os pecadores? http://www.chamada.com.br/mensagens/ainda_pecadores.html. ]
3. Seu caráter é referência para a
Igreja. Ele disse: "Porque
eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo
13.15). Em seu aspecto espiritual, como corpo de Cristo, a Igreja não tem
defeito. Ela é "igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível" (Ef 5.27). No aspecto humano,
porém, como organização existem as "igrejas", formadas por homens
mortais, falíveis e sujeitos a erros e pecados. Jesus é "o caminho, e a
verdade, e a vida" (Jo 14.6). [Comentário: Não existe um
pecador que tenha ido longe demais. Nenhum coração é impossível de ser
alcançado. Jesus pode transformar qualquer pecador em uma nova criatura. Levi
deixou a coletoria e se tornou o apóstolo Mateus, que escreveu o Evangelho
Segundo Mateus. A mulher à beira do poço tornou-se uma catalisadora por
apresentar muitos samaritanos a Cristo, e Maria Madalena foi a primeira pessoa
a ver o Salvador ressurreto (Mc 16.9). Contudo, talvez nenhum desses
improváveis convertidos seria captado em nosso visor de radar. Jesus era o
modelo de como amar os pecadores. Imagine o que o Senhor pode fazer na vida do
seu vizinho de coração duro, do membro pródigo da sua família, ou mesmo do seu
companheiro de trabalho que usa linguagem obscena. Os pecadores que entram em
um relacionamento pessoal com Cristo têm um potencial ilimitado porque o grande
amor de Deus muda todas as coisas http://www.chamada.com.br/mensagens/ainda_pecadores.html.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
Como Filho do Homem, Jesus teve um
ministério e caráter supremo.
SUBSÍDIO CRISTOLÓGICO
O Ministério Terreno de Cristo
Cristo se fez Homem e
Servo. Sendo rico, fez-se pobre; sendo santo, foi feito pecado (2 Co 5.21).
Fez-se maldição (Gl 3.13) e foi contado com os transgressores. Sendo digno,
consideraram indigno. Foi, ainda, feito menor que os anjos, que devem ter
ficado espantados ao verem Deus encarnado, como servo, sendo tentado, sofrendo
escárnio e crucificado. Mas, depois de tudo, viram entronizado e glorificado.
Após seu batismo,
Jesus inicia seu ministério. João Batista não via necessidade de que Ele fosse
batizado: sentiu-se inferior e sabia que Jesus não tinha pecado — Ele não
precisaria passar por um batismo de arrependimento nem tinha de que se
arrepender, mas Jesus fez questão de ser batizado, num ato de obediência e para
cumprir toda a justiça, deixando-nos o exemplo (Mt 3.14,15). Seu ministério foi
exercido na plenitude do Espírito. Após ter sido batizado por João, Jesus foi
impelido pelo Espírito Santo, a fim de jejuar quarenta dias e quarenta noites
no deserto. Nesta fase de jejum, oração e meditação num lugar solitário,
preparado pelo Espírito Santo, Ele teve o seu preparo espiritual.
O ministério de Jesus
durou cerca de três anos. O cálculo da duração é feito com base nas festas
pascais em que Ele esteve. O início de seu ministério se deu na véspera de uma
Páscoa; depois, participou de mais duas e morreu na véspera de outra. O primeiro
ano foi o da obscuridade; o segundo, o do favor público e o terceiro, o da
oposição" (SILVA, Severino Pedro da. Teologia Sistemática Pentecostal.
1.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 142).
Ill - A MORTE, RESSURREIÇÃO E VOLTA DE CRISTO
1. A morte de Cristo, exemplo supremo
de amor. O significado de sua
morte pode ser resumido no que Ele próprio disse a Nicodemos: "Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que' deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16).
Através de sua morte, Jesus, fiel Sumo Sacerdote, propiciou a reconciliação do
homem com Deus (Hb 2.17). Na cruz, Ele revelou o auge de seu caráter amoroso e
perdoador. Antes do último suspiro, clamou a Deus: "E dizia Jesus: Pai,
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem [...]" (Lc 23.34). [Comentário: Para muitos
críticos, Jesus não passou de um mártir como foram tantos outros líderes judeus
que viveram antes dEle. Todavia, a teologia lucana depõe contra essa ideia. O
que se espera da morte de um mártir não pode ser encontrado na narrativa da
morte de Jesus. Para Lucas, Jesus morreu vicariamente pela humanidade. A
relação que Lucas faz do relato da paixão com a narrativa do Servo Sofredor de
Isaías 53 mostra isso. O Servo sofredor, Jesus, justifica a muitos. O caráter
universal da salvação presente em Isaías 53 aparece também em Lucas. Jesus,
portanto, é o Servo Sofredor que se humilha até à morte de cruz, mas é exaltado
e glorificado por Deus pela obra que realizou. A ressurreição de Jesus é a base
da fé Cristã. Na carta de Paulo aos Coríntios, ele declara: "E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a
nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados
como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a
Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não
ressuscitam" (1Co 15.14-15). "E,
se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos
pecados" (1Co 15.17). Na verdade, nenhum estudioso ou religião dos
dias de hoje nega que Jesus era uma figura histórica que viveu cerca de 2000
anos atrás, um grande mestre capaz de fazer milagres, e que ele morreu na cruz
pelo crime de blasfêmia. No entanto, a única disputa legítima é se ele era ou
não o Filho de Deus que ressuscitou dos mortos depois de sua crucificação.]
2. A ressurreição de Jesus e a sua
vinda em glória. Na ressurreição, o
caráter humano foi absorvido pelo caráter divino. Se para fazer-se homem
despojou-se de sua glória, na ressurreição retomou a plenitude de sua grandeza
divina, e venceu todas as forças do mal, resultantes da Queda do homem (1Co
15.19-26). [Comentário: A Ressurreição de Jesus é desafiada
hoje em dia por motivos relativos às evidências. Portanto, para ser justo, a
evidência deve ser julgada como qualquer outro evento histórico. Ao seguir
regras padrões de como avaliar evidências, a declaração consistente de várias
testemunhas oculares é considerada a forma mais forte de evidência disponível.
Portanto, se encontrarmos tal testemunho em narrativas confiáveis do registro
histórico da ressurreição de Cristo, temos vencido o maior desafio que existe
sob as regras tradicionais. Na verdade, temos várias narrativas de testemunhas
oculares sobre o nascimento de Jesus. Em 1 Coríntios 15:3-6, Paulo diz: "Antes de tudo, vos entreguei o que também
recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,e que foi
sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a
Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de
uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem."
Os estudos dos manuscritos indicam que esta passagem foi escrita apenas alguns
anos depois da morte de Jesus Cristo. Por isso, é de grande importância
perceber que Paulo termina a passagem com "dos quais a maioria sobrevive
até agora." Paulo estava convidando as pessoas a verificar os fatos. Ele
não teria incluído uma declaração como essa se estivesse tentando esconder algo
parecido com uma conspiração, trote, mito ou lenda. A ressurreição de Jesus
também foi confirmada em diversas outras narrativas, incluindo o aparecimento
de Jesus à Maria Madalena (Jo 20.10-18), a outras mulheres (Mt 28.8-10), para
Cléopas e seu companheiro (Lc 24.13-32), aos onze discípulos e outros (Lc 24.33-49),
para os dez apóstolos e outros (excluindo Tomé) (Jo 20.19-23), para os
apóstolos (incluindo Tomé) (Jo 20.26-30), a sete apóstolos (Jo 21.1-14), para
os discípulos (Mt 28.16-20), e para os apóstolos no Monte das Oliveiras (Lc 24.50-52
e At 1.4-9 ). O grande teste de credibilidade destas testemunhas oculares é que
muitas delas enfrentaram o martírio pelo seu testemunho. Isto é dramático!
Estas testemunhas conheciam a verdade. O que poderiam ganhar ao morrer por uma
mentira? As evidências falam por si mesmas; essas pessoas não eram apenas
fanáticos dispostos a morrer por uma crença religiosa, mas sim seguidores de
Jesus Cristo morrendo por um evento histórico - Sua ressurreição, a qual O
estabeleceu como o Filho de Deus. http://www.allaboutjesuschrist.org/portuguese/ressurreicao-de-jesus.htm]
SÍNTESE DO TÓPICO III
Jesus veio ao mundo, morreu,
ressuscitou e voltará novamente para buscar aqueles que são seus.
CONHEÇA MAIS
Jesus
"O ministério terreno de Jesus começou na cidade de Belém,
na província romana da Judeia. A ameaça à vinda do Rei Jesus, quando menino,
levara José a reunir a família e fugir para o Egito, mas, ao retornarem. Deus
recomendou que se estabelecessem em Nazaré, na Galiléia. Com aproximadamente 30
anos, Jesus foi balizado no rio Jordão e, logo depois, foi tentado por Satanás
no deserto da Judeia. Então, Jesus principiou seu trabalho em Cafarnaum, e
passou a ministrar por toda a Israel, proferindo parábolas, ensinando sobre o
Reino e curando os enfermos." Para conhecer mais leia. Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal, CPAD, p. 1210.
SUBSÍDIO CRISTOLÓGICO
A morte de Cristo foi voluntária
"Jesus não foi forçado à cruz. Nada fez contra a sua vontade.
Submeteu-se à aflição espontaneamente. Humilhou-se até à morte, e morte de
cruz. Deixou-se crucificar. Que graça espantosa por parte daquEle que tudo
podia fazer para evitar tamanho suplício. Ele tinha o poder de entregar a sua
vida e tornar a toma-la — e de fato fez isso. Sim, eterno Salvador não foi
forçado ao Calvário, mas atraído para ele, por amor a Deus e à humanidade
perdida.
Sua morte foi vicária e sem dúvida, o profeta Isaías tinha em mente o
cordeiro pascal, oferecido em lugar dos israelitas pecadores. Sobre a cabeça do
cordeiro sem mancha realizava-se uma transferência dupla. Primeiro,
assegurava-se o perdão divino mediante o santo cordeiro, oferecido e morto.
Segundo, o animal, sendo assado, servia de alimentação para alimentar o povo
eleito. O sacrifício de Cristo foi duplo: morreu para nos salvar, e ressuscitou
para nossa justificação. Cristo também é o Pão da vida, o nosso 'alimento
diário'.
Sua morte foi cruel. Ele foi levado ao matadouro, esta palavra sugere
brutalidade. Não é de admirar que a natureza envolvesse a cruz em um manto de
trevas, cobrindo, assim, a maldade dos seres humanos.
José de Arimateia, conseguiu permissão de Pilatos para tirar o corpo da
cruz. E, com Nicodemos, levando quase cem arráteis dum composto de mirra,
aloés, envolveram o corpo do Senhor em lençóis com as especiarias, como era
costume dos judeus. Havia no horto daquele lugar um sepulcro em que ainda
ninguém havia sido posto. Ali puseram Jesus (Jo 19.38-42). Sepultar os mortos
era considerado um ato de piedade. Também era comum que se sepultassem os
mortos no mesmo dia de seu falecimento. O corpo de um homem executado não tinha
permissão de ficar pendurado na cruz a noite inteira (Dt 21.23), pois isso,
para a mente judaica, poluiria a terra. Às seis horas, começaria o sábado da
semana da Páscoa, durante a qual estava proibida qualquer execução"
(SILVA, Severino Pedro da. Teologia Sistemática Pentecostal. 1.ed, Rio de
Janeiro: CPAD, 2008, p. 156).
CONCLUSÃO
Jesus é o maior e mais
excelente personagem da História. Não é fácil descrevê-lo, não tanto por falta
de dados e informações, mas por causa de sua grandeza, de sua personalidade
singular e de seu caráter inigualável. Não poderia ser diferente. "Porque
nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as
coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo da
igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha
a preeminência" (Cl 1.16-18).
[Comentário: Vimos a evidência
bíblica de que Jesus Cristo é Deus o Filho. Que Ele possui tanto a natureza
divina como a natureza humana e que cada uma das duas naturezas é perfeita e
completa, permanecendo distinta, mas que Cristo é, mesmo assim, uma só Pessoa;
e que as coisas verdadeiras a uma natureza também são verdadeiras à Pessoa de
Cristo. A importância destas verdades deveria existir sem palavras, pois elas
calam exatamente em nosso coração a respeito do que Cristo é. Conhecer estas
verdades afetará grandemente a maneira como vemos Cristo e tornam mais vívidas as narrativa de Sua
vida terrena. E a compreensão destes fatos aprofunda a nossa devoção a Cristo.
Ter uma compreensão melhor da Encarnação de Deus o Filho deveria fortalecer
grandemente a nossa adoração. É motivo de grande admiração e alegria saber que
a eterna Pessoa de Deus Se tornou Homem, para sempre. Nosso reconhecimento da
Pessoa de Cristo será elevado e nossa fé nEle será fortalecida, por termos uma
compreensão mais profunda de Quem realmente Ele é. A união da divindade e humanidade
de Cristo numa só Pessoa faz com que todos nós tenhamos a necessidade do mesmo
Salvador. Como isto é glorioso! Porque Jesus é Deus, Ele é Onipotente e jamais
poderá ser derrotado. Ele é Deus, sendo, portanto, o único Salvador adequado.
Porque Ele é Deus, os crentes estão seguros de que jamais perecerão. Estamos
seguros porque Ele é Deus e todas as pessoas Lhe prestarão contas, quando Ele
regressar para julgar o mundo. Porque Jesus é Homem, Ele experimentou as mesmas
coisas que experimentamos. Porque Ele é Homem, pode vir em nosso socorro, como
o nosso Fiel Sumo Sacerdote, quando chegamos ao limite de nossas fraquezas
humanas. Porque Ele é Homem, podemos nos relacionar com Ele, pois Ele não está
longe de nós e nem fica alheio às nossas necessidades. Porque Ele é Homem, não
podemos nos queixar de que Deus não conheça os problemas pelos quais estamos
passando. Ele os experimentou em primeira mão. Finalmente, devemos estar
preparados para defender a verdade sobre a divindade de Jesus Cristo e a Sua
humanidade, e tornar compreensível aos
outros a união das naturezas divina e
humana numa só Pessoa. Deste modo, consideremos a necessidade de memorizar os
muitos versos que ensinam que Jesus é tanto Deus como Homem, a fim de podermos
explicar aos outros a relação entre as duas naturezas de Cristo. Que possamos
aguardar, até que Ele venha, o dia em que O veremos face a face,
regozijando-nos na bendita esperança desse dia e que isto possa nos inspirar a
ter uma diligência maior em servi-Lo e adorá-Lo. http://solascriptura-tt.org/Cristologia/ComoPodeJesusSerHomemEDeus-JPiper.htm] “Ora,
àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio,
Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o
sempre. Amém”. (Judas 24-25),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Junho de 2017
PARA REFLETIR
A
respeito de Jesus Cristo, o modelo supremo de caráter, responda:
• Para
que Jesus se fez homem?
Para remir o homem perdido.
• Que fez
Jesus dos doze aos trinta anos?
Ele exerceu o ofício de
carpinteiro, aguardando o momento de iniciar seu ministério.
• Que
revelam as ações de Jesus em seu ministério?
O lado divino e o lado humano de
sua personalidade singular.
• Cite
algumas características do caráter de Jesus como homem perfeito.
Humilde, manso, misericordioso,
pacificador.
• Como
Jesus demonstrou seu amor pelos homens?
Ele demonstrou seu amor na
prática.
Fonte: Lições Bíblicas adultos, 2°
trimestre de 2017 – CPAD / Divulgação: