LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
3º Trimestre de 2017
Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos - Comentarista:
Esequias Soares
- Lição 1 -
2 de Julho de 2017
Inspiração divina e
autoridade da Bíblia
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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“Porque a profecia
nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus
falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21).
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Cremos na inspiração divina, verbal e
plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida
e o caráter cristão.
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Jr 36.1,2
Deus mandou que suas palavras
fossem escritas em um rolo
Terça - 2Pe 3.2
As Escrituras
inspiradas por Deus dizem respeito ao Antigo e ao Novo Testamento
Quarta - Mc 7.13
O Senhor Jesus disse que
a Bíblia é a Palavra de Deus
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Quinta - Jo 10.35
As Escrituras Sagradas
jamais falharão
Sexta - Hb 4.12
A Palavra de Deus é
viva, poderosa e capaz de transformar vidas
Sábado - Js 1.8
A Bíblia é o manual de
Deus para o nosso bem
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LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
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2 Timóteo 3.14-17.
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14 Tu, porém,
permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o
tens aprendido.
15 E que, desde a tua
meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação,
pela fé que há em Cristo Jesus.
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16 Toda Escritura
divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça,
17 para que o homem
de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.
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HINOS SUGERIDOS: 306, 322 e 499 da
Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Conscientizar a respeito da inspiração divina, verbal e plenária da Bíblia
Sagrada.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
- I. Reconhecer a revelação e inspiração da Bíblia Sagrada;
- II. Mostrar a inspiração divina na Bíblia Sagrada;
- III. Explicar a inspiração plena e verbal da Bíblia Sagrada;
- IV. Saber que a Bíblia Sagrada é a nossa única regra de fé e prática.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste terceiro trimestre do ano estudaremos as
principais doutrinas da fé cristã. O comentarista do trimestre é o pastor
Esequias Soares, autor de diversos livros, graduado em Letras, Mestre em
Ciência da Religião, presidente da Comissão de Apologética Cristã da CGADB
(Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil) e líder da Assembleia de
Deus em Jundiaí, SP.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Bíblia é a revelação de
Deus escrita para a humanidade. Disso decorre o fato de ela ser nossa exclusiva
fonte de autoridade espiritual. Sua inspiração divina e sua soberania como
única regra de fé e prática para a nossa vida constituem a doutrina basilar da
fé cristã. Essa inspiração é um fato singular que ocorreu na história da
redenção humana. O enfoque da presente lição é sobre a importância e o
significado dessa inspiração divina. [Comentário: O que significa
dizer que a Bíblia é inspirada? Ou Única regra de fé e prática? Quando afimamos
que a Bíblia foi inspirada, estamos nos referindo ao fato de que Deus
divinamente influenciou os autores humanos das Escrituras de modo tal que
aquilo que escreveram foi a própria Palavra de Deus. No contexto das
Escrituras, a palavra inspiração simplesmente significa “Divinamente
inspirada”. Inspiração comunica a nós o fato da Bíblia verdadeiramente ser a
Palavra de Deus, e faz com que a Bíblia seja única dentre todos os outros
livros. Deus é seu Autor. Mesmo a Bíblia sendo registrada por homens, falando
do pecado do homem, descrevendo a desobediência circunstancial de seus autores
secundários, ela é prioritariamente um livro divino. Paulo diz que “toda Escritura e inspirada por Deus”
(2Tm 3.16), indicando a sua procedência: toda a Escritura Sagrada é soprada,
exalada por Deus. Esta Palavra não foi apenas entregue aos homens, mas, foi
preservada por Deus; Deus preservou quanto ao seu registro e quanto à sua
conservação. Mesmo havendo diferentes opiniões a respeito de até que ponto a
Bíblia é inspirada, não pode haver dúvidas de que a própria Bíblia afirma que
cada palavra, em cada parte sua, ela é inspirada por Deus (1Co 2.12-13; 2Tm 3.16-17).
B.B. Warfield (1851-1921), comentando o texto de 2Tm 3.16, diz: "Numa palavra, o que se declara nesta
passagem fundamental é, simplesmente, que as Escrituras são um produto divino,
sem qualquer indicação da maneira como Deus operou para as produzir. Não se
poderia escolher nenhuma outra expressão que afirmasse, com maior saliência, a
produção divina das Escrituras, como esta o faz. (...) Paulo (...) afirma com
toda a energia possível, que as Escrituras são o produto de uma operação
especificamente divina" B.B. Warfield,
The Inspiration of the Bible: In: The Works of Benjamin B.
Warfield, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1981, Vol. I, p. 79. Não são somente
algumas partes da Bíblia que lidam com doutrinas religiosas que são inspiradas,
mas cada uma e todas as partes, desde Gênesis até Apocalipse, são a Palavra de
Deus. É por essa razão que as Escrituras são a nossa única autoridade no
tocante a estabelecer doutrinas, e suficientes para ensinar ao homem (instruir
em justiça) como estar em um correto relacionamento com Deus. A Bíblia afirma
ser não apenas inspirada por Deus, mas também ter a capacidade de nos
transformar e nos fazer “completos”, totalmente equipados para toda boa obra.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
Cremos na inspiração divina e
autoridade da Bíblia Sagrada.
I. REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
1. Revelação. A palavra “revelação”, apocalipsis, em
grego, significa o ato e o efeito de tirar o véu que encobre o desconhecido.
Nas Escrituras, essa palavra é usada em relação a Deus, pois é Ele quem revela
a si mesmo, a sua vontade e natureza e os demais mistérios. Ele “não fará coisa
alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Am 3.7).
Deus conhece tudo aquilo que está fora do alcance dos seres humanos. A busca da
verdade, sem Deus, é vã e está destinada ao fracasso (1Co 1.21). [Comentário: Sendo as Escrituras
o produto de uma operação especificamente divina, nele Deus Se revelou
"expirando" os homens que Ele mesmo separou para registrarem esta
revelação. Revelação é o que temos na Palavra de Deus. Nas Escrituras Deus
revelou tudo o que quis revelar. Se quisermos saber qualquer assunto, ele está
revelado para nós na Palavra de Deus. Tudo que Deus tem para o homem e requer
do homem, e tudo que o homem precisa saber espiritualmente da parte de Deus
quanto à sua redenção, conduta cristã e felicidade eterna, está revelado na Bíblia.
Deus não tem outra revelação escrita além da Bíblia. Como escreve o Pr Antonio
Gilberto em sua obra A Bíblia através dos Séculos (CPAD): “Deus se tem revelado através dos tempos por meio de suas obras, isto é,
da criação (SI 19.1-6; Rm 1.20). Porém, na Palavra de Deus temos uma revelação
especial e muito maior. É dupla esta revelação: a) na Bíblia, que é a PALAVRA
DE DEUS ESCRITA, e b) em Cristo, que é PALAVRA DE DEUS VIVA (Jo 1.1). Esta
dupla revelação é especial, porque tornou-se necessária devido à queda do homem.”
A Bíblia através dos séculos : uma introdução /
Antônio Gilberto da Silva. Pág 16.]
3. A forma de comunicação. O processo de comunicação divina aos
profetas do Antigo Testamento se desenvolveu por meio da palavra e da visão, do
som e da imagem (Jr 1.11-13). A revelação aos apóstolos no Novo Testamento veio
diretamente do Senhor Jesus Cristo (Gl 1.11,12; 2Pe 1.16-18; 1Jo 1.3) e do
Espírito Santo (Ef 3.4,5). A frase “veio a palavra do SENHOR a”, “veio a mim a
palavra do SENHOR” ou fraseologia similar, tão frequente no Antigo Testamento,
diz respeito a uma revelação direta, externa e audível. Essa forma de comunicação
não aparece no Novo Testamento na comunicação divina aos apóstolos, exceto uma
única vez no ministério de João Batista: “veio no deserto a palavra de Deus a
João, filho de Zacarias” (Lc 3.2), pois ele é o último profeta da dispensação
da lei (Lc 16.16). [Comentário: A Bíblia está
repleta de afirmações do tipo “assim diz o Senhor” ou “está escrito”. Trata-se
de uma evidência interna conhecida como “autoridade [bíblica] que se
autoconfirma” GEISLER; NIX, 2006, p. 64. Em 2Pe 1.21 temos:
“Porque a profecia nunca foi produzida
por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados
pelo Espírito Santo.” Literalmente o que o versículo está dizendo é que a
inspiração é o processo pelo qual o Espírito Santo “se moveu” ou dirigiu os
escritores das Escrituras para que o que eles escreveram não fossem suas
palavras, mas a própria Palavra de Deus. Deus nos está dizendo que Ele é o
autor da Bíblia, e não o homem. Esse texto mostra que Deus usou autores
humanos, movendo-os para esse fim pelo Espírito Santo. O mesmo verbo “mover” é
também usado em At 27.15 e nos ajuda a entender seu sentido. Durante a
tempestade, os marinheiros não estavam dormindo nem inativos, mas era o vento
quem, de fato, os levava. Outro fator importante revelado nesse texto é que não
foi a vontade humana quem produziu as Escrituras. A vontade humana pode falhar
e pode produzir erros. Porém, não é assim com a vontade de Deus. Isso atesta a
inerrância bíblica. “A palavra correspondente a “movidos” (pherõ) em 2 Pedro é
a mesma usada em Atos 27:15, que diz que o navio que levava Paulo foi tomado
por uma tempestade em que eles não podiam resistir ao vento. Eles cessaram toda
manobra, e deixaram-se “levar” pela tempestade. Assim também foi com relação ao
Espírito inspirando os autores das Escrituras quando escreveram a Palavra de
Deus. Mas se todos os autores da Escritura foram movidos por Deus, então as
palavras da Bíblia foram como que ditadas por Ele, sem erros, já que Deus não
pode errar (Hb 6:18; Tt 1:2; Jo 17:17)” http://www.cacp.org.br/a-inspiracao-das-escrituras/.Resumindo, 2Pe
1.21 diz que Deus usou homens e deixou para nós uma Bíblia totalmente
confiável.]
SÍNTESE DO TÓPICO I
A Bíblia é a revelada e inspirada
Palavra de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[...] Um resumo a respeito do que a Bíblia
alega sobre si mesma pode ser encontrado em duas passagens principais. Pedro
disse que os autores foram impelidos pelo Espírito Santo, e Paulo declarou que
seus escritos foram soprados pelo próprio Deus. Portanto, a Bíblia alega que
autores movidos pelo Espírito Santo expressaram as palavras inspiradas por Deus
(2Pe 1.20,21). Em suma, os escritos proféticos (do Antigo Testamento) não
tiveram sua origem nos homens, mas em Deus, que agiu por meio de alguns homens
chamados de profetas de Deus” (GEISLER, Norman. Teologia Sistemática:
Introdução à Teologia Sistemática, a Bíblia, Deus, a Criação. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 2011, pp.213,214).
CONHEÇA MAIS
A Septuaginta (LXX)
“A versão padrão em grego [do Antigo Testamento], produzida em
Alexandria, é conhecida como Septuaginta (LXX), que é a palavra latina para
‘setenta’. Essa tradução foi, sem dúvida, realizada durante os séculos III e II
a.C.,” e “não foi projetada para ter as mesmas finalidades funcionais do AT
hebraico, pois seu propósito era para ser lida publicamente nas Sinagogas, ao
contrário dos propósitos educativos daqueles que precisavam do texto hebraico”.
Para conhecer mais, leia Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, pp.1994-95.
II. A INSPIRAÇÃO DIVINA
1. A inspiração divina. “Toda a Escritura é inspirada por
Deus” (v.16, ARA). A palavra grega, aqui traduzida por “inspirada por Deus” ou
“divinamente inspirada”, é theopneustos. Ela só aparece uma única vez na
Bíblia, vinda de duas palavras gregas: theos, “Deus”, e pneo, “respirar,
soprar”. Isso significa que o texto sagrado foi “soprado por Deus”. A palavra
teopneustia significa “inspiração divina da Bíblia”. Segundo o Dicionário
Contemporâneo da Língua Portuguesa, de Caudas Aulete, o termo quer dizer
“inspiração divina que presidiu à redação das Sagradas Escrituras”. Josefo, o
historiador judeu, e Fílon de Alexandria, disseram que as Escrituras são
divinamente inspiradas, mas usaram outros termos. [Comentário: O termo grego
utilizado para se referir à expressão “inspirado por Deus” é “theopneustos,
[que significa] soprado por Deus, ‘Inspirado por Deus’” (COENEN; BROWN, 2009,
p. 713). Embora “a terminação –tos indique um significado passivo, uma tradução
ainda mais precisa seria ‘soprada [ou expirada] por Deus” (CHEUNG, 2001, p. 5,
colchete do autor). Segundo Warfield: “A palavra grega representada por ela
[inspirado ou soprada por Deus] e que aparece nesta passagem [2 Tm 3:16] como
um epíteto ou predicado de ‘Escritura’ – theopneustos – embora ocorrendo
somente no Novo Testamento e não encontrada antes em nenhum ponto em toda a
literatura grega [...], não pareceu ser de interpretação duvidosa. Sua forma,
seu uso posterior, as implicações dos termos paralelos e a analogia da fé se
combinaram com as sugestões do contexto para atribuir-lhe um significado que
tem sido constantemente atribuído a ela a partir do primeiro registro de
interpretação cristã até estes dias” (2009, p. 196, colchete nosso). A
interpretação do termo theópneustos como “inspiração” não é incorreta, pois
transmite a ideia bíblica do que é a Escritura, mas a tradução literal do termo
grego para “inspiração” é incorreta, pois seu uso baseia-se, em última análise,
no seu emprego na Bíblia Latina (Vulgata), e não significa de maneira alguma
“inspirado por Deus”. Utilizá-lo dessa forma pode dar margem a possíveis
equívocos. Cheung analisa a tradução do termo theópneustos por “inspiração”
afirmando que: “mesmo que concordemos que a palavra não signifique ‘inspirar’
quando usada no sentido teológico — mas amplamente se refira ao que a Escritura
ensina sobre sua própria origem” (2001, p. 6). Este texto foi extraído de: http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=379.]
2. Uma avaliação exegética. Estamos acostumados com duas
traduções: “toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa” e “toda
Escritura é divina inspirada e proveitosa”. Ambas as versões são permitidas à
luz da gramática grega. Mas a primeira é mais precisa, pois a conjunção grega
kai, “e”, aparece entre os dois adjetivos “inspirada” e “proveitosa”. Isso
significa que o apóstolo está afirmando duas verdades sobre a Escritura, a
saber: divinamente inspirada e proveitosa; e não somente uma dessas duas
coisas. Dizer que “toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa” pode
dar margem para alguém interpretar que nem toda Escritura é inspirada. [Comentário: “Toda a Escritura
é inspirada por Deus”. Alguns comentaristas seguem a tradução da Vulgata: “Toda
Escritura, inspirada por Deus, é útil.” Essa tradução tem uma implicação: nem
toda a Escritura é útil, mas somente aquela que foi inspirada por Deus. Assim,
somente algumas partes da Escritura teriam sido inspiradas. Entretanto, a
melhor construção gramatical é aquela que considera o termo “inspirada” não
como um atributivo, mas como predicativo do sujeito γραφη graphe,
“Escritura”.3 “Inspirada”, como o termo
“útil”, é um adjetivo de “Escritura”. Entre esses dois adjetivos existe um
conetivo “e” (grego kai), o que significa que
“Paulo está afirmando duas verdades sobre a Escritura, a saber: que ela
é inspirada e que ela é útil, não somente uma dessas duas coisas”. Portanto, o texto está afirmando a inspiração
plenária das Escrituras, ou seja, cada uma das partes da Palavra provém do
sopro de Deus, e tem autoridade definitiva sobre a nossa conduta e fé. http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=203.]
3. Autoridade. A autoridade da Bíblia deriva de sua
origem divina. O selo dessa autoridade aparece em expressões como “assim diz o
SENHOR” (Êx 5.1; Is 7.7); “veio a palavra do SENHOR” (Jr 1.2); “está escrito”
(Mc 1.2). Isso encerra a suprema autoridade das Escrituras com plena e total
garantia de infalibilidade, pois a Bíblia é a Palavra de Deus (Mc 7.13; 1Pe
1.23-25). [Comentário: “Uma das “reformas” mais marcantes
da Reforma Protestante foi no seu conceito das Sagradas Escrituras. O grito
protestante (era mesmo um protesto!), sola Scriptura, era o anúncio inequívoco
da suprema autoridade e plena inspiração da Bíblia e, ao mesmo tempo, uma
denúncia da autoridade da tradição eclesiástica que se colocava no mesmo pé de
igualdade com as Escrituras.” Timóteo Carriker em
http://ultimato.com.br/sites/timcarriker/categoria/autoridade-das-escrituras/. “Os Reformadores
recuperaram a doutrina da autoridade das Escrituras canônicas que havia sido
soterrada durante a Idade Média. Ele rejeitaram a autoridade e infalibilidade
papal e re-estabeleceram a autoridade e infalibilidade das Escrituras.
Entenderam que este conceito é derivado da própria escritura e tem raízes nos
profetas do AT, no Senhor Jesus e seus apóstolos. Assim, a Escritura passou a
ser o Juiz Supremo nas Igrejas protestantes e na vida individual, pelo qual
todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas, todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores e as
doutrinas de homens e opiniões particulares têm de ser examinados.” Augustus Nicodemus em: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/03/augustus-nicodemus-confiabilidade-e-autoridade-das-escrituras/]
SÍNTESE DO TÓPICO II
Toda a Bíblia é inspirada por Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Existem muitas palavras
ou frases que a Bíblia utiliza para se auto-descrever e que sugerem uma
reivindicação de autoridade divina. Jesus disse que a Bíblia é indestrutível e
que ela jamais passará (Mt 5.17,18); ela é infalível, ou ‘não pode ser anulada’
(Jo 10.35); ela tem a autoridade final (Mt 4.4,7,10); e ela é suficiente para a
nossa fé e prática (Lc 16.31)” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma
perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.218).
III. INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL
1. Inspiração plenária. Tal expressão significa que todos os
livros das Escrituras são inspirados por Deus. O apóstolo Paulo deixa isso
muito claro quando afirma que “toda a Escritura é divinamente inspirada”. A
inspiração da Bíblia é especial e única. Não existe na Bíblia um livro mais
inspirado e outro menos. Todos têm o mesmo grau de inspiração e autoridade. A
Bíblia que Jesus e seus apóstolos usavam era formada pela Lei de Moisés, os
Profetas e os Escritos; essa terceira parte é encabeçada pelos Salmos (Lc
24.44). O termo “Escritura” ou “Escrituras” que aparece no Novo Testamento
refere-se a esse Cânon tripartido, que é o mesmo Antigo Testamento de nossa
Bíblia. Cabe ressaltar que o apóstolo Paulo, ao afirmar que “toda a Escritura é
divinamente inspirada”, se referia também aos escritos apostólicos. Os
escritos dos apóstolos se revestiam da mesma autoridade dos livros do Antigo
Testamento já desde a Era Apostólica. Inclusive, “profetas e apóstolos”, às
vezes, aparecem como termos intercambiáveis (2Pe 3.2). O apóstolo Pedro
considera ainda as epístolas paulinas como Escrituras (2Pe 3.15,16). O apóstolo
Paulo ensinava: “Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha.
E: Digno é o obreiro do seu salário” (1Tm 5.18). O apóstolo aqui coloca lado a
lado citações da lei de Moisés (Dt 25.4) e dos Evangelhos (Mt 10.10; Lc 10.7),
chamando ambas de “Escritura”. Outras vezes, ele deixa claro que seus escritos
são de origem divina (2Co 13.3; 1Ts 2.13). Isso nos permite afirmar que a frase
“Toda Escritura é divinamente inspirada” se refere à Bíblia completa, aos 66
livros do Antigo e Novo Testamento. [Comentário: Porque toda a
Escritura é plenamente expirada. De Gênesis ao Apocalipse, tudo o que foi
registrado, o foi pela vontade de Deus (2Tm 3.16; 2Pe 1.20,21). Desse modo
cremos que a inspiração foi plenária,
dinâmica, verbal e sobrenatural. a
palavra plenária significa “plena”. Essa é uma verdade que precisa de muita
ênfase hoje, pois há aqueles que, embora alegando crer na inspiração da
Escritura, negam que tudo da Escritura seja inspirado. Talvez eles não aceitem
a história da criação de Gênesis 1-3, ou o que Paulo diz sobre o lugar da
mulher na igreja. Talvez eles aleguem que a Escritura é acurada em questões de
doutrina e salvação, mas não nas questões de geografia, biologia, ciência e
história. Eles não crêem que tudo da Escritura foi dado por inspiração. Contra
todas essas alegações, cremos na inspiração plenária, o que significa várias
coisas: Primeiro, inspiração plenária significa que todos os livros da
Escritura (e nenhum outro) são inspirados por Deus. Não há nenhum deles que
tenha qualquer autoridade ou necessidade menor que outro. Segundo, significa
que a Escritura é inspirada nos diferentes tipos de literatura que apresenta.
História, poesia, cartas, profecias: tudo foi “dado por inspiração de Deus, e
[é]... proveitos[o]” (2Tm. 3:16). Terceiro, inspiração plenária significa que a
Escritura é inspirada também em todas as questões de ciência, biologia,
história e geografia. De fato, existem alguns exemplos notáveis disso. A
Escritura sempre ensinou, por exemplo, que a Terra é circular, mesmo quando os
homens não acreditavam nisso (Is. 40:22). Ela ensinava o ciclo hidrológico
antes desse ser entendido pela ciência (Sl. 104:5-13). A crença que Deus é o
inspirador da Escritura e o grande Criador exclui qualquer possibilidade da
Escritura ser incorreta, mesmo nos seus mínimos e mais insignificantes
detalhes. A Inspiração Plenária da Escritura, Rev.
Ronald Hanko; Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto, disponível em: http://www.monergismo.com/textos/bibliologia/a-inspiracao-plenaria-escritura_dag_r-hanko.pdf]
2. Inspiração verbal. Essa característica bíblica significa
que cada palavra foi inspirada pelo Espírito Santo (1Co 2.13); e também que as
ideias vieram de Deus (2Pe 1.21). O tipo de linguagem, o vocabulário, o estilo
e a personalidade são diversificados nos textos bíblicos porque Deus usou cada
escritor em sua geração e em sua cultura, com seus diversos graus de instrução.
Isso mostra que quem produziu esses livros sagrados eram seres humanos que
viveram em várias regiões e pertenceram a diversas gerações desde Moisés até o
apóstolo João, passaram-se cerca de mil anos. Eles não foram tratados como
meras máquinas, mas como instrumentos usados pelo Espírito Santo. Deus “soprou”
nos escritores sagrados. Uns produziram som de flauta e outros de trombetas,
mas era Deus quem soprava. Assim, eles produziram esse maravilhoso som que são
as Escrituras Sagradas. [Comentário: A doutrina da
inspiração verbal está intimamente relacionada com a doutrina da inspiração
plenária. Ela enfatiza que as próprias palavras da Escritura foram inspiradas
por Deus. A Escritura não é apenas a Palavra de Deus, mas também as palavras de
Deus. Ensinamos e enfatizamos isso contra aqueles que devotamente tagarelam
sobre a Escritura sendo inspirada em seus ensinos e doutrinas, mas não em suas
palavras e detalhes. Tal ensino é, sem dúvida, simplesmente absurdo, pois é
impossível que a Escritura seja a Palavra de Deus inspirada em seus ensinos e
pensamentos, se as palavras nas quais aqueles ensinos são dados não são elas
mesmas inspiradas e infalíveis. A doutrina da inspiração verbal é ensinada na
Escritura em passagens tais como Salmo 12:6, Provérbios 30:5 e Apocalipse
22:18, 19, bem como muitas passagens da Escritura que se referem às palavras
que Deus falou e fez serem escritas (Sl. 50:17; Sl. 119:130). A Inspiração Verbal da Escritura, Rev. Ronald Hanko, Tradução: Felipe
Sabino de Araújo Neto, Disponível em: http://www.monergismo.com/textos/bibliologia/a-inspiracao-verbal-escritura_dag_r-hanko.pdf. Cada palavra é
inspirada: “Toda palavra dos autógrafos [os manuscritos originais] é inspirada.
Isso era necessário, pois a revelação escrita de Deus consiste de proposições
que são comunicadas por meio de palavras. Verificamos isso também a partir de
uma consideração inteligente das citações do Antigo pelo Novo Testamento. Em Mt
22.32, o argumento de Cristo descansa sobre o fato que as palavras de Deus em
Ex 3.6 não estão no tempo passado. Em Gl 3.16, Paulo prova seu ponto apontando
que Gn 12.7 fala de “descendência” (singular) e não “descendências” (plural).” (Stewart) https://teologiaebiblia.wordpress.com/2016/10/09/inspiracao-verbal-e-plenaria/]
SÍNTESE DO TÓPICO III
A inspiração da Bíblia Sagrada
é plena e verbal.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Apesar do mistério que ronda o modo como Deus fez com que sua palavra
fosse fiel sem destruir a liberdade e a personalidade dos autores humanos,
existem algumas coisas que ficam muito claras. Os autores humanos não eram
simplesmente secretários que anotavam algo que estava sendo ditado a eles; a
sua liberdade não foi suspensa nem negada. Eles não foram autômatos. As suas
palavras correspondiam ao seu desejo, no estilo em que estavam acostumados a
escrever. Na sua providência, Deus promoveu uma concordância divina entre as
palavras deles e as suas” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma
perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.222).
IV. ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ E PRÁTICA
1. "Proveitosa para ensinar". O propósito das Escrituras é o ensino
para a salvação em Jesus, pois elas “podem fazer-te sábio para a salvação, pela
fé que há em Cristo Jesus” (2Tm 3.15). São ensinos espirituais que não se
encontram em nenhum lugar do mundo. A Bíblia revela os mistérios do passado
como a criação, os do futuro como a vinda de Jesus, os decretos eternos de
Deus, os segredos do coração humano e as coisas profundas de Deus (Gn 2.1-4; Is
46.10; Lc 21.25-28). [Comentário: A Escritura é
inspirada e útil “para o ensino”. Atentemos para o termo διδασκαλια didaskalia, “ensino”. A Escritura tem
autoridade divina para reger nosso ensino e doutrina. Ela é a nossa única regra
de fé e prática. Nas epístolas pastorais, Paulo preocupava-se com a falsa
doutrina que se infiltrava na Igreja (1Tm 1.3), e convocou tanto Timóteo como
Tito a zelarem pelo ensino e sã doutrina (1Tm 1.10; 4.13; 5.17; Tt 2.1). A
Escritura é inspirada e útil “para a repreensão”. A palavra grega ελεγχος
elegchos “repreensão” alude à “verificação, pela qual algo é provado ou
testado” . Em Mt 18.15 e 1Tm 5.20 o
mesmo termo é usado, sugerindo arguição ou convencimento a respeito do pecado.
Essa deveria ser nossa postura com a Bíblia: quando confrontados com a Palavra,
somos provados e verificados a tal ponto que, caso haja em nós algo que
desabone a vontade de Deus, somos convencidos do erro. Mas não somente nosso
pecado é confrontado. O texto continua: A Escritura é inspirada e útil “para a
correção”. O termo aqui ( επανορθωσις
epanorthosis) denota “restauração a um estado correto”. “Se repreensão
enfatiza o aspecto negativo da obra pastoral, a correção enfatiza o lado
positivo. O pecador deve não só ser advertido a abandonar a vereda errada, mas
ser também guiado na vereda certa ou reta (Dn 12.3). Isto também ‘toda
Escritua’ é capaz de fazer.” A Escritura é inspirada e útil “para a educação na
justiça”. O termo παιδεια paideia tem um sentido muito rico. Pode ser traduzido
por “instrução”; “disciplina”, como em 2.25 e Ef 6.4. Para alguns
comentaristas, “corresponde a ‘corrigir’, em seu aspecto positivo”11 . Mas em
Tt 2.11-14 paideia ganha o sentido de treinamento para uma vida santa e reta. A
“justiça”, pois, teria o sentido de “boas obras”, como em 2.21-22. Isso ficará
mais explícito no verso 17. Portanto, as Escrituas são o nosso manual de
doutrina (“para o ensino”); Ela examina se há em nossa vida algum pecado (“para
repreender”), nos dirige a um caminho reto (“para a correção restaura um”), e
nos prepara para vivermos a vida marcada por um caráter segundo o coração de
Deus (“para a educação na justiça”). http://bereianos.blogspot.com.br/2012/10/toda-escritura-e-inspirada-por-deus.html.]
2. A conduta humana. A Bíblia corrige o erro e é útil para
orientar a vida sendo “proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir,
para instruir em justiça” (v.16b). Uma das grandezas das Escrituras é a sua
aplicabilidade na vida diária, na família, na igreja, no trabalho e na
sociedade. Deus é o nosso Criador e somente Ele nos conhece e sabe o que é bom
para suas criaturas. E essas orientações estão na Bíblia, o “manual do
fabricante”. [Comentário: Provavelmente não existe texto mais
claro quanto à autoridade das Escrituras quanto este. Acredito que ao chegar
nestas palavras de Paulo, aquele que professa ou não a fé cristã tem apenas
duas opções - aceitar toda a Escritura como inspirada por Deus e única
suficiente como regra de fé e prática do crente ou rejeitá-la. Quem aceita isto
positivamente é um verdadeiro seguidor de Cristo. Aquele que não aceita esta
idéia simplesmente não é. Alguns dizem que existem textos nas Escrituras que
são declaradamente não-inspirados. Quase sempre são textos em que Paulo está no
meio de uma argumentação, falando “como homem”. Ou seja, em seu próprio
raciocínio, Paulo apresenta afirmações que ímpios fariam e as responde. Por
exemplo: “Mas, se a nossa injustiça ressalta de maneira ainda mais clara a
justiça de Deus, que diremos? Que Deus é injusto por aplicar a sua ira? (Estou
usando um argumento humano.)” (Romanos 3.5, NVI). Se quisermos ignorar o
versículo seguinte, e todo o contexto da carta aos Romanos, realmente teremos
uma passagem “não-inspirada” na Bíblia. Porém, qualquer ser humano com o mínimo
de inteligência perceberá que Paulo responde sua pergunta na continuação do
texto, demonstrando que o argumento humano é falho. Outra idéia, tolamente
acatada pelos ateus, em especial, é um bizarro pensamento de que o texto
bíblico foi pneumografado (neologismo usado pelo professor e pastor Marcos
Alexandre), um equivalente a dizer que a Bíblia é algo psicografado, como se o
Espírito Santo tomasse o corpo da pessoa, quando esta ia escrever e Ele próprio
fosse o escritor. Assim, os pobres caçadores de falhas bíblicas tentam achar
contradições, diferenças de um texto pra outro, entre outras coisas. Adoram
encontrar erros astronômicos e geológicos em suas interpretações superficiais,
mas dificilmente algum deles tenha se dado ao trabalho de pesquisar o Evangelho
de Marcos no original grego, por exemplo. Se algum dia os acusadores do texto
sagrado fossem além do que suas capacidades permitem, talvez dissessem “o
Espírito Santo é analfabeto?”. Isto é apenas uma prova de sua argumentação
limitada a buscas em sites da internet e leitura de reportagens
sensacionalistas. A seguir, desenvolverei mais o assunto, mas as duas citações
abaixo já nos mostram quão antiga e, sinceramente, repetitiva é qualquer
acusação contra a Palavra de Deus: “Deve-se lembrar que Moisés não fala com
perspicácia filosófica sobre mistérios ocultos, mas relata as coisas que são
observadas em todos os lugares (...) A desonestidade daqueles homens é
suficientemente repreensível, por censurarem Moisés por não falar com maior
exatidão. Porque, como se tornou um teólogo, ele tinha
/; 56mais respeito por nós do que
pelas estrelas (...) Se o astrônomo indaga a respei to da dimensão real das
estrelas, ele vai descobrir que a lua é menor que Saturno. Deixemos os
astrônomos com seu conhecimento mais elevado; mas, nesse ínterim, aqueles que
percebem pela lua o esplendor da noite são condenados por seu uso de perversa
ingratidão, a menos que reconheçam a beneficência de Deus. Aquele que deseja
aprender astronomia (...) deixe-o ir aonde quiser.” http://www.monergismo.com/textos/bibliologia/autoridade_biblica.htm.]
3. As traduções da Bíblia. A autoridade e as instruções das
Escrituras valem para todas as línguas em que elas forem traduzidas. É vontade
de Deus que todos os povos, tribos, línguas e nações conheçam sua Palavra (Mt
28.19; At 1.8). Em que idioma essa mensagem deve ser pregada? Hebraico? Grego?
Aramaico? Não! Na língua do povo. Os apóstolos citam diversas traduções gregas
da Septuaginta no Novo Testamento. Isso mostra que a mesma inspiração do Antigo
Testamento hebraico se manteve na Septuaginta. A citação de Salmos 8.4-6 em
Hebreus 2.6-8 é um bom exemplo. A inspiração divina se conserva em outras
línguas. Desde os tempos do Antigo Testamento, até hoje, Deus se manifestou e
se manifesta a cada um de seus servos e suas servas no seu próprio idioma. [Comentário: No Site da SBB
temos: “A Bíblia é traduzida desde, pelo menos, a época de Esdras e Neemias
(leia Ne 8.8 ). Naquela época, era necessário fazer uma tradução oral ou falada
para o aramaico, necessidade sentida ainda nos tempos de Jesus. No entanto, a
mais antiga tradução da Bíblia em forma escrita é a Septuaginta, que foi feita
ao longo dos últimos 200 ou 300 anos antes de Cristo.” Leia todo o artigo
acessando: http://www.sbb.org.br/a-biblia-sagrada/destaques-da-historia-da-traducao/.
As Escrituras foram traduzidas em muitos idiomas, traduções estas dignas de
confiança. Ao dizer dignas de confiança, queremos dizer, "Traduções da
Bíblia em todas as línguas baseadas nas línguas originais da Bíblia, isto é, do
Velho Testamento usando o Texto Massorético, e do Novo Testamento usando o
texto grego conhecido como Textus Receptus. Este texto é conhecido como Texto
Tradicional, por ser o texto tradicionalmente aceito, e é também conhecido como
o Texto Majoritário, por estar de acordo com mais de noventa e oito por cento
(98%) de todos os manuscritos que existem! Outras traduções baseadas em fontes
que não estas citadas, podem conter algum erro. Leia mais sobre isso acessando:
http://www.biblias.com.br/traducoes.asp.]
SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
A Bíblia Sagrada é a nossa única regra de
fé e prática.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Através do mundo inteiro, qualquer crente, ao ler a Bíblia, recebe sua
mensagem como se esta fora escrita diretamente para ele. Nenhum crente tem a
Bíblia como livro alheio, estrangeiro, como acontece aos demais livros
traduzidos. Todas as raças consideram a Bíblia como possessão sua. Por exemplo,
ao lermos ‘O Peregrino’ sabemos que ele é inglês; ao lermos ‘Em seus passos que
faria Jesus?’ sabemos que é norte-americano, porque seus autores são oriundos
desses países. É assim com a Bíblia? Não! Nós a recebemos como ‘nossa’. Isso
acontece em qualquer país onde ela chega. Ninguém tem a Bíblia como livro ‘dos
outros’. Isto prova que ela procede de Deus — o Pai de todos” (GILBERTO, Antonio.
A Bíblia através dos Séculos: A história e formação do Livro dos livros. 14ª
Edição. RJ: CPAD, 2003, p.46).
CONCLUSÃO
Cremos que a Bíblia é a
única revelação escrita de Deus para toda a humanidade e que seu texto foi
preservado e sua inspiração divina é mantida nas 2.935 línguas em que ela é
traduzida (segundo dados da Sociedade Bíblica do Brasil). Que cada um possa
receber a Bíblia sem restrição alguma, pois ela é a Palavra de Deus em qualquer
língua em que vier a ser traduzida.
[Comentário: Vimos um pequeno
esboço de Bibliologia, a revista da EBD não comporta um estudo mais
aprofundado, devendo o aluno esmerar-se em buscar mais informações. Na língua
portuguesa, a tradução mais lida e aceita é a do Pastor calvinista João
Ferreira Annes d'Almeida, ou simplesmente João Ferreira de Almeida (Torre de
Tavares, Portugal, 1628 - Batávia, Indonésia, 1691), ministro pregador da
Igreja Reformada nas Índias Orientais Holandesas, que usou o Textus Receptus
para fazer sua tradução. Mesmo havendo diferenças de idiomas, do estilo de cada
escritor, dos objetivos específicos de cada livro e do tempo e circunstâncias
em que foram escritos, há em todos estes livros que compõem a Bíblia, uma
unidade que desafia as tentativas antigas e principalmente modernas de negar a
agência de Deus na formação e preservação da Sua Palavra escrita. A unidade e
coesão bíblica atestam de forma incontestável a ação de uma mente única, a
mente sábia e soberana do próprio Deus, dirigindo os escritores sagrados, sem
anular as suas personalidades, para a concretização de Sua vontade. Devido a
esta unidade coesa a Escritura se auto-elucida (interpreta) por meio da comparação
dos textos (At 15.12-21; Jo 5.46). Foi justamente isto que fizeram os crentes
de Beréia, que receberam a pregação de Paulo e Silas com avidez e entretanto, conferiram
o que era pregado com as Escrituras para ver se coincidiam (At 17.11). O
resultado foi que: por intermédio deste exame sincero e criterioso, sob a
iluminação do Espírito Santo, muitos se converteram (At 17.12). O Espírito não
encerrou o Seu Ministério Escriturístico na Inspiração e no registro da Bíblia;
cremos que Ele continuou guiando o Seu povo à verdade (Jo 16.13), fazendo isto
de forma evidente, no 3º Sínodo de Cartago (397), quando foi oficialmente reconhecido
o Cânon Bíblico, como temos hoje. Ele continua hoje aplicando a verdade bíblica
aos nossos corações. O conhecimento de Deus e da Sua Palavra não visa
satisfazer a nossa curiosidade pecaminosa mas, sim, conduzir-nos a Ele em
adoração e louvor: A Escritura é perfeita em seu propósito! Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa,
A Inspiração da Escritura: Sua Perfeição e Harmonia. Este estudo está disponível
em: http://www.mackenzie.br/fileadmin/Graduacao/EST/DIRETOR/A_Inspiracao_da_Escritura__sua_Perfeicao_e_Harmonia.pdf] “Ora,
àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio,
Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o
sempre. Amém”. (Judas 24-25),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Junho de 2017
PARA REFLETIR
A
respeito da inspiração divina e a autoridade da Bíblia, responda:
Qual o
significado da palavra teopneustia?
A palavra teopneustia significa
“inspiração divina da Bíblia”.
De onde
deriva a autoridade das Escrituras?
A autoridade da Bíblia deriva de
sua origem divina.
O que
significa a expressão “inspiração plenária”?
Tal expressão significa que
todos os livros das Escrituras são inspirados por Deus.
O que
significam as palavras “inspiração verbal”?
Significa que cada palavra foi
inspirada pelo Espírito Santo (1Co 2.13).
Segundo a
lição, qual é o propósito das Escrituras?
O propósito das Escrituras é o
ensino para a salvação em Jesus.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Inspiração
divina e autoridade da Bíblia
Propósito
do Trimestre
Com o advento da Declaração de
Fé das Assembleias de Deus no Brasil, um documento inédito para a denominação
brasileira, tem-se a oportunidade de estudar as doutrinas bíblicas fundamentais
para a edificação da igreja. Também no campo “Verdade Prática”, ao longo
revista, você perceberá os artigos de um belo documento que resume a nossa fé:
o Cremos, também reformulado. Seguindo o esquema das principais teologias
sistemáticas, inauguraremos o estudo deste trimestre tendo como tema a Bíblia:
sua formação, autoridade e inspiração divina.
A
Bíblia, Palavra de Deus
No tempo dos apóstolos ainda não
havia a formação final do Novo Testamento. Quando se reunia para cultuar a
Deus, a igreja neotestamentária lia o Antigo Testamento. E quando recebia as
cartas apostólicas, as lia nas reuniões semanais. Posteriormente, essas cartas,
e os evangelhos, foram paulatinamente aceitos pela igreja como escritos
inspirados por Deus. Ora, havia alguns critérios para isso: como a autoria apostólica
ou de pessoas que tivessem andando com os apóstolos que viram Jesus. Por
direção divina, temos hoje os 27 livros reunidos em o Novo Testamento, mais os
39 do Antigo. Totalizando 66 livros na Bíblia.
O teólogo pentecostal, John R.
Higgins, remonta os primórdios da formação da Bíblia Sagrada, mostrando que a
composição dos livros da Bíblia está fechada e o que temos em mãos foi
milagrosamente nos dado por Deus:
“O cânon bíblico está fechado. A
revelação infalível que Deus fez de si mesmo já foi registrada. Hoje, Ele
continua falando através dessa Palavra. Assim como Deus revelou a si mesmo, e
inspirou os escritores a registrar essa revelação, Ele mesmo preservou esses
escritos inspirados, e orientou o seu povo na escolha destes, a fim de garantir
que a sua verdade viesse a ser conhecida. Não se deve acrescentar outros
escritos às Escrituras canônicas, nem se deve tirar delas nenhum escrito. O
cânon contém as raízes históricas da Igreja Cristã, e ‘o cânon não pode ser
refeito assim como a história não pode ser mudada’” (Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. CPAD, p.115).
Hoje, se temos uma Bíblia em
mãos é milagre de Deus! Devemos agradecê-lo por nos entregar a Sua Palavra. E a
melhor maneira de fazer isso é meditar nas Escrituras dia e noite (Js 1.8), de
modo que ela esteja “encarnada” em nossa mente e coração.
Fonte: Lições Bíblicas adultos, 3°
trimestre de 2017 – CPAD / Divulgação: