LIÇÕES BÍBLICAS CPAD –
ADULTOS - 1º Trimestre de 2017
Título: As Obras da Carne
e o Fruto do Espírito
Como o crente pode vencer
a verdadeira batalha espiritual travada diariamente
Comentarista: Osiel Gomes
- Lição 10 -
5 de Março de 2017
Mansidão: Torna o Crente
Apto
para Evitar Pelejas
TEXTO ÁUREO
|
VERDADE PRÁTICA
|
|
"[...] que andeis como é digno da vocação com que
fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade
suportando-vos uns aos outros em amor." (Ef 4.1,2)
|
A mansidão, como fruto do Espírito, torna o crente apto
para evitar contendas, pelejas e dissensões.
|
|
[Comentário
do Texto de Ouro: ‘andeis’
Nesta segunda parte da carta, Paulo detalha o ‘caminho’ ou vida de boas
obras, mencionado pela primeira vez em 2.10. Essa figura de linguagem para
conduta moral é comum nas Escrituras. ‘vocação’
Paulo falou acima de uma esperança para a qual os crentes são chamados
(1.18;4.4); agora, concentra-se sobre a vida para a qual são chamados. Ele já
havia indicado claramente qual a forma e o significado dessa vida (1.4;2.10).
Extraído de: nota teológica Ef
4.1,2; Bíblia de Estudo de Genebra. SBB e Ed Cultura Cristã. Pág. 1405.]
|
LEITURA DIÁRIA
|
||
Segunda - Cl 3.12
Revestindo-se de mansidão
Terça - 2Co 10.1
A mansidão e a benignidade
de Paulo
Quarta - Mt
11.29
Jesus, o exemplo
perfeito de mansidão
|
Quinta - 1Tm 6.11
Desejando e seguindo a
mansidão
Sexta - Sf 2.3
Busquem ao Senhor os
mansos
Sábado - 2 Tm 2,25
Mansidão, essencial ao
ensino
|
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
|
Hebreus Efésios 4.1-7.
|
1 ROGO-VOS, pois, eu, o preso do
Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,
2 Com toda a humildade e mansidão, com
longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
3 Procurando guardar a unidade do
Espírito pelo vínculo da paz.
4 Há um só corpo e um só Espírito,
como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;
5 Um só SENHOR, uma só fé, um só
batismo;
6 Um só Deus e Pai de todos, o qual é
sobre todos, e por todos e em todos vós.
7 Mas a graça foi dada a cada um de
nós segundo a medida do dom de Cristo.
|
HINOS SUGERIDOS: 145, 432,434 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a mansidão,
fruto do Espírito, torna o crente apto para evitar as pelejas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Saber que a mansidão é o oposto da
arrogância;
II. Mostrar que o crente precisa evitar as pelejas
e contendas;
III. Compreender que os mansos são bem-aventurados.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na
lição de hoje estudaremos sobre mais um aspecto do fruto do Espírito, a
mansidão. Muitos confundem mansidão com timidez, medo, covardia. Mas, ser manso
é ser corajoso, humilde e saber dominar o nosso temperamento em momentos de
crise. Estêvão, o primeiro mártir da Igreja Primitiva era cheio do Espírito
Santo, de coragem e também cheio de mansidão. Ele não deixou que a ira e a
amargura dominasse seu coração enquanto era apedrejado injustamente pela
multidão. Mesmo ferido e quase morto, ele ora ao Pai pedindo que perdoe os seus
algozes. Isso é mansidão! Como professor, você tem agido com mansidão para com
todos os seus alunos? Que venhamos pedirão Pai um espirito manso, afim de que
possamos, com dedicação, realizamos o nosso ministério de ensino, sendo exemplo
para nossos alunos.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje,
estudaremos mais um aspecto do fruto do Espírito, a mansidão. Veremos também as
peleja como obra da carne e como a o posição à brandura. Para ser manso, o
crente precisa ter outra virtude que é a humildade. A arrogância, assim como as
pelejas, são obras da carne e quem as pratica não pode agradar a Deus, pois Ele
abomina o altivo de coração (Pv 16.5). Na Palavra de Deus, os crentes são
comparados às ovelhas. Por que tal alegoria? Porque as ovelhas são animais
dóceis, mansos e submissos ao pastor (Jo 10.14,15). Se você é ovelha de Jesus,
então aprenda a ser manso e humildade. Ouça a voz do Bom Pastor. [Comentário: A mansidão é um aspecto
do fruto do Espírito que parece esquecido em nossa cultura agressiva e
egocêntrica. A mansidão é mal compreendida e subestimada na sociedade de
extremos de hoje - onde muitas vezes as pessoas tendem a reagir com raiva ou a
reagir passivamente. Talvez por ser associada equivocadamente à fraqueza, hoje
a maioria não admira os outros por serem "mansos". O Dicionário
Online de Português PRIBERAM define assim: 1. Qualidade de manso. 2. Brandura
de .gênio. 3. Quietação. 4. Lentidão, vagar (no .atuar). "mansidão", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em
linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/mansid%C3%A3o [consultado em
27-02-2017. Nem uma só destas palavras se aplica a Jesus Cristo ou mesmo a Moisés,
que a Bíblia afirma que " E era o
homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra."
(Nm 12.3). Esses termos descrevem o rei guerreiro Davi, um homem muito amado
por Deus? Ou Paulo, o apóstolo incansável, que corajosamente enfrentou perseguições
perigosas e dolorosas? Não, porém, uma vez que compreendemos o que é a mansidão
bíblica, podemos facilmente ver que esses homens eram de fato mansos. A
mansidão, sendo um aspecto do fruto do Espírito, é um atributo do próprio Deus
Todo-Poderoso e importante para o nosso ser conformado à Sua imagem e um
verdadeiro testemunho de nossa regeneração. De fato, essa característica
determinará em grande parte quanta paz e satisfação estão em nossas vidas e
quão bem nós fazemos durante as provações.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
I - MANSIDÃO, O OPOSTO DA ARROGÂNCIA
1. Mansidão não é covardia. Ser manso é ser humilde, amável e cortez.
A mansidão, como fruto do Espírito, é uma atitude interior que nos leva a agir
com graça e amor, mesmo diante de situações difíceis. Paulo, ao escrever a
Segunda Epístola aos Coríntios, estava enfrentando uma situação muito difícil.
Alguns falsos apóstolos estavam difamando-o, distorcendo suas mensagens,
enfraquecendo sua autoridade e seu apostolado (2 Co 10—13). Contudo, o apóstolo
agiu com mansidão e bondade para com os irmãos. Ele inicia a epístola falando a
respeito do consolo que recebera de Deus e dos irmãos (2 Co 1.1-6). Muitos
podem pensar que Paulo era um tanto rígido com os irmãos, mas ele era muito
equilibrado. Quando era preciso usava de firmeza para com aqueles que, não
querendo andar na verdade, desafiavam sua autoridade apostólica (1Co 4.21),
mas, no trato com os crentes, era como uma paciente e amorosa ama (1Ts 2.7).
[Comentário: Quando o apóstolo
Paulo lista a "mansidão"
como o oitavo aspecto do fruto do Espírito em Gálatas 5.23, ele usa o
substantivo grego praotes - e "mansidão" é a tradução mais próxima
para a palavra grega usada aqui. A mansidão
é uma parte importante do amor verdadeiro. “O
amor é sofredor, é benigno..., não se irrita,
não suspeita mal” (1Co 13.4,5). É preciso coragem para ser manso e gentil
neste mundo maligno. Se a mansidão não é covardia, então o que significa ser
manso? Os dicionários definem como "gentil,
submisso, manso, ou rendido". Mansidão
não é covardia ou fraqueza, mas sim poder
sob controle. John MacArthur identificou três atitudes primárias que são ligadas
à mansidão (prautēs) no Novo Testamento: (1) a Submissão à vontade de Deus (Cl
3.12); (2) capacidade de ensino (Tg 1.21), e (3) a consideração dos outros (Ef
4.2). A partir daí podemos entender que a mansidão é a atitude de coração que
aceita as situações difíceis como boas, perfeitas e aceitáveis e não estão
abertas para disputa ou resistência. Uma Ilustração que poderia elucidar esta
questão é aquela do treinamento ou doma de um cavalo selvagem que Foi treinado para
seguir as ordens do seu condutor. Diríamos que o cavalo foi "amansado".
O treinador foi capaz de deixar aquele animal forte e poderoso sob controle –
nesse sentido, diríamos que Paulo foi domado (At 22.1-16). O cavalo selvagem,
quando domado, continua tendo tanta força e energia como antes, mas agora pode
ser controlado. Ao defender seu apostolado, Paulo escreve em 2Co 1.12 que a sua
base para alegrar-se e gloriar-se era a sinceridade e a integridade do seu
comportamento. Ele tomara a resolução de que, por toda sua vida cristã,
permaneceria fiel ao seu Senhor; recusar-se-ia a conformar-se com o mundo, que
crucificou seu Salvador, e perseveraria na santidade, até Deus levá-lo para o
lar celestial (Rm 12.1,2). Na vida eterna futura, nossa maior alegria será a
consciência de termos vivido a nossa vida "com simplicidade e sinceridade
de Deus", por Cristo nosso Salvador.]