LIÇÕES BÍBLICAS CPAD –
ADULTOS - 1º Trimestre de 2017
Título: As Obras da Carne
e o Fruto do Espírito
Como o crente pode vencer
a verdadeira batalha espiritual travada diariamente
Comentarista: Osiel Gomes
- Lição 10 -
5 de Março de 2017
Mansidão: Torna o Crente
Apto
para Evitar Pelejas
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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"[...] que andeis como é digno da vocação com que
fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade
suportando-vos uns aos outros em amor." (Ef 4.1,2)
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A mansidão, como fruto do Espírito, torna o crente apto
para evitar contendas, pelejas e dissensões.
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[Comentário
do Texto de Ouro: ‘andeis’
Nesta segunda parte da carta, Paulo detalha o ‘caminho’ ou vida de boas
obras, mencionado pela primeira vez em 2.10. Essa figura de linguagem para
conduta moral é comum nas Escrituras. ‘vocação’
Paulo falou acima de uma esperança para a qual os crentes são chamados
(1.18;4.4); agora, concentra-se sobre a vida para a qual são chamados. Ele já
havia indicado claramente qual a forma e o significado dessa vida (1.4;2.10).
Extraído de: nota teológica Ef
4.1,2; Bíblia de Estudo de Genebra. SBB e Ed Cultura Cristã. Pág. 1405.]
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Cl 3.12
Revestindo-se de mansidão
Terça - 2Co 10.1
A mansidão e a benignidade
de Paulo
Quarta - Mt
11.29
Jesus, o exemplo
perfeito de mansidão
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Quinta - 1Tm 6.11
Desejando e seguindo a
mansidão
Sexta - Sf 2.3
Busquem ao Senhor os
mansos
Sábado - 2 Tm 2,25
Mansidão, essencial ao
ensino
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LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
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Hebreus Efésios 4.1-7.
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1 ROGO-VOS, pois, eu, o preso do
Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,
2 Com toda a humildade e mansidão, com
longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
3 Procurando guardar a unidade do
Espírito pelo vínculo da paz.
4 Há um só corpo e um só Espírito,
como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;
5 Um só SENHOR, uma só fé, um só
batismo;
6 Um só Deus e Pai de todos, o qual é
sobre todos, e por todos e em todos vós.
7 Mas a graça foi dada a cada um de
nós segundo a medida do dom de Cristo.
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HINOS SUGERIDOS: 145, 432,434 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a mansidão,
fruto do Espírito, torna o crente apto para evitar as pelejas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Saber que a mansidão é o oposto da
arrogância;
II. Mostrar que o crente precisa evitar as pelejas
e contendas;
III. Compreender que os mansos são bem-aventurados.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na
lição de hoje estudaremos sobre mais um aspecto do fruto do Espírito, a
mansidão. Muitos confundem mansidão com timidez, medo, covardia. Mas, ser manso
é ser corajoso, humilde e saber dominar o nosso temperamento em momentos de
crise. Estêvão, o primeiro mártir da Igreja Primitiva era cheio do Espírito
Santo, de coragem e também cheio de mansidão. Ele não deixou que a ira e a
amargura dominasse seu coração enquanto era apedrejado injustamente pela
multidão. Mesmo ferido e quase morto, ele ora ao Pai pedindo que perdoe os seus
algozes. Isso é mansidão! Como professor, você tem agido com mansidão para com
todos os seus alunos? Que venhamos pedirão Pai um espirito manso, afim de que
possamos, com dedicação, realizamos o nosso ministério de ensino, sendo exemplo
para nossos alunos.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje,
estudaremos mais um aspecto do fruto do Espírito, a mansidão. Veremos também as
peleja como obra da carne e como a o posição à brandura. Para ser manso, o
crente precisa ter outra virtude que é a humildade. A arrogância, assim como as
pelejas, são obras da carne e quem as pratica não pode agradar a Deus, pois Ele
abomina o altivo de coração (Pv 16.5). Na Palavra de Deus, os crentes são
comparados às ovelhas. Por que tal alegoria? Porque as ovelhas são animais
dóceis, mansos e submissos ao pastor (Jo 10.14,15). Se você é ovelha de Jesus,
então aprenda a ser manso e humildade. Ouça a voz do Bom Pastor. [Comentário: A mansidão é um aspecto
do fruto do Espírito que parece esquecido em nossa cultura agressiva e
egocêntrica. A mansidão é mal compreendida e subestimada na sociedade de
extremos de hoje - onde muitas vezes as pessoas tendem a reagir com raiva ou a
reagir passivamente. Talvez por ser associada equivocadamente à fraqueza, hoje
a maioria não admira os outros por serem "mansos". O Dicionário
Online de Português PRIBERAM define assim: 1. Qualidade de manso. 2. Brandura
de .gênio. 3. Quietação. 4. Lentidão, vagar (no .atuar). "mansidão", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em
linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/mansid%C3%A3o [consultado em
27-02-2017. Nem uma só destas palavras se aplica a Jesus Cristo ou mesmo a Moisés,
que a Bíblia afirma que " E era o
homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra."
(Nm 12.3). Esses termos descrevem o rei guerreiro Davi, um homem muito amado
por Deus? Ou Paulo, o apóstolo incansável, que corajosamente enfrentou perseguições
perigosas e dolorosas? Não, porém, uma vez que compreendemos o que é a mansidão
bíblica, podemos facilmente ver que esses homens eram de fato mansos. A
mansidão, sendo um aspecto do fruto do Espírito, é um atributo do próprio Deus
Todo-Poderoso e importante para o nosso ser conformado à Sua imagem e um
verdadeiro testemunho de nossa regeneração. De fato, essa característica
determinará em grande parte quanta paz e satisfação estão em nossas vidas e
quão bem nós fazemos durante as provações.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
I - MANSIDÃO, O OPOSTO DA ARROGÂNCIA
1. Mansidão não é covardia. Ser manso é ser humilde, amável e cortez.
A mansidão, como fruto do Espírito, é uma atitude interior que nos leva a agir
com graça e amor, mesmo diante de situações difíceis. Paulo, ao escrever a
Segunda Epístola aos Coríntios, estava enfrentando uma situação muito difícil.
Alguns falsos apóstolos estavam difamando-o, distorcendo suas mensagens,
enfraquecendo sua autoridade e seu apostolado (2 Co 10—13). Contudo, o apóstolo
agiu com mansidão e bondade para com os irmãos. Ele inicia a epístola falando a
respeito do consolo que recebera de Deus e dos irmãos (2 Co 1.1-6). Muitos
podem pensar que Paulo era um tanto rígido com os irmãos, mas ele era muito
equilibrado. Quando era preciso usava de firmeza para com aqueles que, não
querendo andar na verdade, desafiavam sua autoridade apostólica (1Co 4.21),
mas, no trato com os crentes, era como uma paciente e amorosa ama (1Ts 2.7).
[Comentário: Quando o apóstolo
Paulo lista a "mansidão"
como o oitavo aspecto do fruto do Espírito em Gálatas 5.23, ele usa o
substantivo grego praotes - e "mansidão" é a tradução mais próxima
para a palavra grega usada aqui. A mansidão
é uma parte importante do amor verdadeiro. “O
amor é sofredor, é benigno..., não se irrita,
não suspeita mal” (1Co 13.4,5). É preciso coragem para ser manso e gentil
neste mundo maligno. Se a mansidão não é covardia, então o que significa ser
manso? Os dicionários definem como "gentil,
submisso, manso, ou rendido". Mansidão
não é covardia ou fraqueza, mas sim poder
sob controle. John MacArthur identificou três atitudes primárias que são ligadas
à mansidão (prautēs) no Novo Testamento: (1) a Submissão à vontade de Deus (Cl
3.12); (2) capacidade de ensino (Tg 1.21), e (3) a consideração dos outros (Ef
4.2). A partir daí podemos entender que a mansidão é a atitude de coração que
aceita as situações difíceis como boas, perfeitas e aceitáveis e não estão
abertas para disputa ou resistência. Uma Ilustração que poderia elucidar esta
questão é aquela do treinamento ou doma de um cavalo selvagem que Foi treinado para
seguir as ordens do seu condutor. Diríamos que o cavalo foi "amansado".
O treinador foi capaz de deixar aquele animal forte e poderoso sob controle –
nesse sentido, diríamos que Paulo foi domado (At 22.1-16). O cavalo selvagem,
quando domado, continua tendo tanta força e energia como antes, mas agora pode
ser controlado. Ao defender seu apostolado, Paulo escreve em 2Co 1.12 que a sua
base para alegrar-se e gloriar-se era a sinceridade e a integridade do seu
comportamento. Ele tomara a resolução de que, por toda sua vida cristã,
permaneceria fiel ao seu Senhor; recusar-se-ia a conformar-se com o mundo, que
crucificou seu Salvador, e perseveraria na santidade, até Deus levá-lo para o
lar celestial (Rm 12.1,2). Na vida eterna futura, nossa maior alegria será a
consciência de termos vivido a nossa vida "com simplicidade e sinceridade
de Deus", por Cristo nosso Salvador.]
2. Ser manso é ser corajoso. A mansidão não faz do crente um covarde
ou tímido, mas permite que se oponha ao espírito da arrogância e viva de
maneira que o nome do Senhor seja exaltado. Moisés era manso, mas, ao mesmo
tempo, demonstrou força e coragem (Nm 11.15; 12.3). Jeremias era um forte
proclamador das verdades divinas, mas disse que não passava de um manso
cordeiro (Jr 11.19). [Comentário: Não devemos presumir que aquele que
é identificado como sendo manso, seja incapaz de exercer justa indignação.
Jesus se descreveu como sendo manso (Mt 11.29), no entanto, virou mesas no
templo e distribuiu açoites – que coragem para fazê-lo! (Mt 21.12) - por conta
da perversidade do pessoas. “Certamente
ninguém afirmaria que Jesus estava sendo jactancioso ou orgulhoso quando disse:
“sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29). Jesus estava apenas declarando
fatos. De igual modo, Moisés não estava se vangloriando ou se enchendo de
orgulho pela sua mansidão. Não, ele estava simplesmente declarando um fato,
porque isso era crucial para se Entender o significado dos evento que ele
estava narrando. O capítulo 11 de números relata que depois que o Espírito do
Senhor veio sobre Eldade e Medade, fazendo-os profetizar, Josué aproximou-se de
Moisés e disse: “Moisés, meu senhor, proíbe-lho” (Nm 11:28). A resposta de
Moisés é uma perfeita ilustração de sua mansidão: “Tens tu ciúmes por mim? Quem
dera todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu
Espírito!” (Nm 11:29). Moisés demonstrou ter o caráter de um homem manso, que
não se irou porque Deus estava usando outros para profetizar; demonstrou ser
humilde, não interessado em sua própria glória, mas somente na glória do
Senhor. Quando Moisés foi confrontado por Miriã e Arão (12:1), ele não
respondeu em defesa própria. Esta é uma característica da mansidão. Por que
Moisés não falou com eles? Por que não lhes falou com franqueza? Por que Deus
teve de falar com Miriã e Arão, em favor de Moisés? A explicação encontra-se em
Nm 12:3. Moisés não estava lá para glorificar-se a si mesmo. Se ele tivesse
respondido em sua própria defesa, estaria justificando as queixas que eles
tinham feito contra a sua pessoa. Mas Moisés não era o líder do povo por ter
tido qualquer espécie de ambição, nem por ter confiado em si mesmo, nem por exercer
uma obstinada busca de subir ao poder. Ele foi escolhido por Deus. Assim, a
passagem em questão é uma declaração quanto ao caráter de Moisés, que está
simplesmente atestando um fato. Não é uma afirmação cheia de orgulho. Extraído do livro
MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler –
Thomas Howe”. http://www.cacp.org.br/era-o-varao-moises-mui-manso/.]
3. A mansidão, fruto do Espírito. Como fruto do Espírito, a mansidão faz
parte das qualidades que devem estar presentes na vida dos súditos do Reino de
Deus (Mt 5.11). Jesus ensinou a mansidão e ofereceu o seu fardo a todos aqueles
que estavam sofrendo com as cargas impostas pelo judaísmo, pelos romanos e por
Satanás (Mt 11.29,30). Jesus era simples, humilde e dócil (Mt 11.29). As
pessoas tinham prazer em estar ao seu lado. É muito difícil estar ao lado de
pessoas altivas. Em geral, os altivos gostam de pelejas, pois acreditam que
estão sempre com a razão e que são os donos da verdade. Você conhece alguém
assim? Então, ore por ele (a) para que venha a se arrepender, ser cheio do
Espírito Santo e desenvolver o fruto do Espírito. [Comentário: É perfeitamente
apropriado que na Bíblia o Espírito Santo seja simbolizado pela pomba, Jesus
pelo cordeiro e os Seus seguidores sejam simbolizados pela ovelha. Todos esses
são símbolos que falam de mansidão – o fruto espiritual da mansidão. De todos
os atributos que estamos analisando, provavelmente esse é o mais difícil de
definir, porque estamos falando de uma atitude interior e não de algum ato
externo. Mansidão ou o Amor Humilde é a característica que se opõe ao orgulho e
tem a ver com humildade, mas não com passividade. Como já dito, consiste em moderação,
paz e submissão, sem qualquer ideia de fraqueza ou sentimento de inferioridade.
Nada há de covardia na mansidão. Na Bíblia vemos que ela está relacionada com coragem,
fortaleza moral e resolução. Moisés era homem muito manso; mas, ao mesmo tempo
estava sempre pronto a agir em momentos difíceis. É o Espírito Santo que age permitindo
que os crentes sejam muito mais mansos e gentis do que jamais poderiam ser,
como Paulo mostra em sua carta às igrejas da Galácia. Paulo sabia que os crentes
haviam retrocedido e demonstravam atitudes hostis e conflitos pessoais. Ele
escreveu: "Mas se vocês se mordem e
se devoram uns aos outros, cuidado para não se destruírem mutuamente"
(Gl 5.15). Ele os exortou a "por
meio do amor, servirem uns aos outros" (Gl 5.13), lembrando-lhes:
"Amarás o teu próximo como a ti
mesmo" (Gl 5.14). Somos instruídos a vestir-nos com mansidão. Isto é algo
que devemos buscar ativamente (1Tm 6.11), e usar como uma vestimenta divina.
Paulo disse à igreja Colossense para “Portanto,
como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão,
bondade, humildade, mansidão e paciência”.
(Cl 3.12); A mansidão produzida pelo Espírito Santo não é uma característica
natural da personalidade, nem é ser omisso ou passivo diante dos problemas,
tampouco ser uma pessoa que não tem opinião própria ou vive em cima do muro. Esse
amor humilde, que só o Espírito pode gerar em nós por meio da Sua graça, é
manifesto na nossa vida quando somos completamente submissos à Palavra de Deus (Tg
1.21,22).]
SÍNTESE DO TÓPICO I
Ser manso é ser corajoso e a mansidão é aposta a
arrogância.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor,
para iniciar o primeiro tópico da lição, providencie a figura de uma pomba, de
um cordeiro e de algumas ovelhas. Você pode conseguir as figuras na internet ou
recortar de revistas usadas que não sirvam mais. Mostre a figura da pomba e
pergunte aos alunos: "O que vem a sua mente quando vocês veem a figura de
uma pomba?" Ouça os alunos.
Em
seguida, diga que a pomba é símbolo do Espírito Santo. Depois mostre a figura
de um cordeiro e pergunte novamente o que vem a mente deles quando olham a
figura. Diga que Jesus é apresentado nas Escrituras como o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo (Jo 1.35).
Em seguida, mostre a figura das ovelhas. Diga que somos
ovelhas do rebanho de Cristo, o Bom Pastor (Jo 10.14,15). Depois pergunte aos
alunos: "O que esses animais têm em comum?" Ouça-os e incentive a
participação de todos tornando a aula mais participativa. Explique que eles têm
em comum o fato de serem animais dóceis, mansos. Conclua explicando que a mansidão
é um aspecto do fruto do Espírito Santo que nos ajuda a evitarmos as pelejas e
contendas.
CONHEÇA MAIS
MANSIDÃO
"Este fruto é um dos mais
difíceis de definir, principalmente porque é impossível traduzir prautes
(mansidão) por um único termo em nosso idioma. Ser manso não tem conotação de
ser 'desalentado, desanimado, mole, fraco ou destituído de energia ou força
moral'. Mansidão é a combinação de força e suavidade. Quando temos prautes, tratamos
todas as pessoas com cortesia perfeita, reprovamos sem rancor, argumentamos sem
intolerância, enfrentamos a verdade sem ressentimento, iramos, mas não pecamos,
somos gentis, mas não fracos." Para conhecer mais leia, Comentário Bíblico
Beacon, CPAD, p. 76.
II - EVITANDO AS PELEJAS E CONTENDAS
1. Pelejas e discórdias. Na língua portuguesa, tais palavras
possuem quase o mesmo significado, porém no grego a palavra utilizada para
discórdia é eritheiai que significa desavença e desarmonia. Esta palavra também
é utilizada para descrever um mercenário, pessoa que luta por posição e glória.
Paulo exortou os crentes da Galácia mostrando que as Inimizades, porfias,
emulações, pelejas e dissensões são obra da carne (Gl 5.20). [Comentário: A peleja, da
maneira como aparece na lista das obras da carne, sugere discórdia ou uma
disputa política, busca por primazia, formação de grupos de interesses.
Geralmente acontece quando alguém não concorda com um pensamento, com uma tese,
com um ponto de vista e quer que o seu ponto de vista prevaleça. Então ele
inicia uma campanha para conseguir adeptos de suas idéias. Na igreja em Corinto
haviam os adeptos de Paulo, os de Apolo, os de Pedro e os de Cristo. Esse
comportamento causa o enfraquecimento da unidade da igreja e gera grandes
divisões. Este pecado é mais comumente praticado por líderes, por pastores.
Quem não tem o poder ou não o aspira, dificilmente vai se envolver em pelejas,
facções. Ou seja, pastores e líderes, em geral, podem praticar as obras da
carne, geralmente, revestidos de um sentimento de estar lutando pelo
crescimento da obra de Deus. Onde há peleja, não há corações puros. Um coração
puro age como o de Abraão, que chamou seu sobrinho Ló e disse: "...Não
haja contendas entre nós, porque irmão somos... Se fores para a direita irei
para esquerda, se para a esquerda fores, eu irei para a direita... sem mágoas!" http://www.sandovaljuliano.com.br/site/estudos-biblicos/58-as-obras-da-carne-e-o-fruto-do-espirito/632-inimizades-porfias-emulacoes-e-pelejas. O Comentário do
Novo Testamento: Aplicação pessoal. Vol.2 (CPAD) traz o seguinte: “Quando nos tornamos crentes, a nossa
natureza pecadora continua existindo. Mas Deus nos pede que coloquemos a nossa
natureza pecadora sob o controle do Espírito Santo de modo que Ele possa
transformá-la. Este é um processo sobrenatural. Nunca devemos subestimar o
poder da nossa natureza pecadora, e nunca devemos tentar combatê-la com as
nossas próprias forças. Satanás é um tentador ardiloso, e nós temos uma
capacidade ilimitada de inventar desculpas. Em lugar de tentar superar o pecado
com a nossa própria força de vontade, devemos aproveitar o tremendo poder de
Cristo. Deus permite a vitória sobre a nossa natureza pecadora — Ele envia o
Espírito Santo para residir em nós e nos capacitar. Mas a nossa capacidade de
resistir aos desejos da natureza pecadora irá depender do quanto estamos
dispostos a 'viver de acordo' com o Espírito Santo. Para cada crente, este
processo diário requer decisões constantes.” Comentário do Novo Testamento: Aplicação pessoal. Vol.2. Rio de Janeiro:
CPAD, 2010, p. 294.]
2. Ações do homem carnal. Atualmente, muitos não estão lutando
mais pela causa de Cristo, porém apenas por cargos e posições. Um dos sinais de
que uma pessoa não está preparada para exercer o ministério cristão é quando
manifesta um desejo incontrolável de, passando por cima de todos, alcançar
postos e mandatos. O crente que é sábio, e tem dons ministeriais, espera com
paciência e mansidão o momento de Deus. Ele não promove pelejas e nem faz
politicagem para alcançar aquilo que é divino, pois tem consciência de que tais
atitudes pertencem à velha natureza. [Comentário: O vocábulo grego
“eritheiai” é o plural de “eritheia”, que significa uma distinção requerida, um
desejo de colocar-se acima, um espírito partidário e faccioso, um sentimento de
rancor, hostilidade e oposição baseado em inveja e implicando em rivalidade.
“eritheia” também indica a feitura de algo com propósitos egoístas e com
espírito faccioso. Antes do Novo Testamento, essa palavra é encontrada somente
em Aristóteles, significando uma perseguição egoísta do ofício político por
meios injustos... Tiago falou que a sabedoria terrena que se opõe à sabedoria
do alto é própria da natureza humana e é diabólica (Tg 3.15), a qual se
manifesta por meio dos sentimos de inveja amarga e de ambição egoísta (gr.
“eritheian”) (Tg 3.14), como também mediante o espírito faccioso (gr.
“eritheia”) (Tg 3.16). Em 2 Co 12.20, apóstolo Paulo disse que ia visitar a
igreja de Corinto, mas quando chegasse lá não queria encontrar pecados de
“eritheiai” (palavra grega traduzida por “ambição egoísta” na AS21 e por
“discórdias” na ARA). A exemplo do que ocorrera entre os Filipenses,
infelizmente muitos crentes estão caindo nesse tipo de pecado dentro das
igrejas atuais, ao brigarem por cargos eclesiásticos e por reconhecimentos
humanos, movidos pelos sentimentos de ambição egoísta e de rivalidade. Apóstolo
Paulo afirmou, em Fp 1.17, que alguns pregam a Cristo por “eritheias”, ou seja,
por “ambição egoísta” (NVI), “discórdia” (ARA) ou por “interesse pessoal”
(NTLH). Para nos prevenir desse tipo de pecado, a Bíblia recomenda que a gente
faça a obra de Deus sem interesse pessoal (gr. “eritheian”) e sem vaidade (Fp
2.3) Este texto foi extraído do artigo AMBIÇÕES
EGOÍSTAS E CONTENDAS DE PALAVRAS, de autoria do Ev. Fábio Henrique. disponível
em http://www.admossoro.com.br/reflexoes/ambicoes-egoistas-e-contendas-de-palavras/.]
3. Um espírito aguerrido. Ao crente não convém qualquer tipo de
peleja ou porfia (2 Tm 2.24). Deus exige santidade do seu povo. Precisamos nos
manter incorruptíveis, santos, sinceros e justos em um mundo de trevas (Fp
2.15). Aqueles que estão no mundo têm mentalidade e valores mundanos. Em geral,
as pessoas incentivam os outros a brigarem, a contenderem por seus direitos,
mas o cristão que tem a vida pautada nos ensinos de Jesus é diferente, pois o
Mestre nos manda seguir a segunda milha e amar aqueles que nos perseguem (Mt
5.39-44). A única forma para combater a peleja é ser cheio do Espírito Santo
(Ef 5.18). O Consolador nos ajuda a seguir os passos de Jesus Cristo. Ele
jamais procurou ser famoso, mas era humilde e amoroso (Fp 2.5-8). A única forma
para combater a peleja é ser cheio do Espírito Santo. [Comentário: Ao descrever este
conjunto de opostos, Paulo nos lembra de verdades vitais e maravilhosas. O que
não conseguimos fazer, Deus consegue e fará, tanto em nós quanto para nós. Nunca
nos tornaremos as pessoas verdadeiramente boas que desejamos ser, tentando obedecer
à Lei de Deus. Mas, nos tornamos gradativamente mais justas à medida que
confiarmos no Espírito de Deus para nos orientar e capacitar" RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento,
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 414. Uma peleja que vale a pena é aquela
para se manter incorruptível e justificado diante de Deus (Fp 2.15). Paulo não
deixa dúvida em seu comentário final em Gálatas 5.21: "...a respeito das quais eu vos declaro, como
já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais cousas
praticam". Há uma ligação inegável entre nossa conduta e nossa
salvação eterna. A pessoa que não permite ao Espírito mudar totalmente sua vida
e remover tal carnalidade não receberá o prêmio de um lar eterno com Deus.
Devemos ser transformados de dentro para fora (Rm 12.1-2).]
SÍNTESE DO TÓPICO II
O crente deve evitar toda a forma de pelejas e
contendas.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
CONTENDA
Palavra
muitas vezes utilizada na Bíblia Sagrada. Foi utilizada em 1 Timóteo 1.6 na
expressão 'vãs contendas' (Tt 1.10). Há versões que trazem a expressão
'discursos vãos'. Uma boa tradução da palavra é aquela que transmite a ideia de
discussão. Evidentemente significa orgulho, presunção, faiar contra aquilo que
Deus revelou e faiar contra o próprio Deus.
Várias palavras gr. e heb. são usadas para sugerir
contenda, luta e briga, A contenda pode ser física, oral ou espiritual. Ela
pode descrever a natureza de um homem (Jr 15.10; He 1,3). O orgulho pode trazer
a contenda (Pv 13.10). Os cristãos são admoestados a evitar as brigas
contenciosas (1Co 1.11; Tt 3.9). A intensa disputa entre Barnabé e Paulo (At
15.39) pode referir-se a mais um caso de irritação e incitamento interior do
que a uma expressão exterior de contenda" (Dicionário Bíblico Wycliffe.
1.ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2009, p. 448).
III - BEM-AVENTURADOS OS MANSOS
1. O Sermão da Montanha. Encontramos nos capítulos 5 a 7 do
Evangelho de Mateus os princípios estabelecidos por Jesus para todos os que querem
fazer parte do Reino dos Céus. Um dos princípios do Mestre é a mansidão (Mt
5.5). Os judeus estavam sob o jugo dos romanos, por isso, ansiavam por um
messias que viesse fazer uma revolução e os libertasse da opressão política.
Mas Jesus mostrou que seu reino não era desse mundo, e felizes não eram os que
se envolviam em pelejas e motins, mas os mansos e os pacificadores. O que
significa ser manso? Ser manso significa ser humilde e submisso a Deus.
Significa que entregamos tudo ao Pai. No Sermão do Monte, há uma recompensa
para os mansos: "[...] eles herdarão a terra" (Mt 5.5). [Comentário: “O erudito em
grego W. E. Vine diz que, na Bíblia, a mansidão é uma atitude em relação a Deus
“na qual aceitamos seu trato conosco como algo bom e, portanto, não discordamos
ou resistimos”. Vemos isso em Jesus, que se deleitou em cumprir a vontade de
Seu Pai. Vine prossegue, dizendo: “a mansidão manifestada pelo Senhor e
ordenada àquele que crê é o fruto do poder… O Senhor era ‘manso’ porque tinha
os recursos infinitos de Deus sob Seu controle”. Ele poderia ter chamado anjos
do céu para evitar Sua crucificação. Jesus disse aos Seus seguidores cansados e
sobrecarregados: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou
manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mateus
11:29). Ele foi o modelo perfeito de mansidão. Quando estamos cansados e
atribulados, Jesus nos convida a descobrir a paz de confiar mansamente nele.” Este trecho foi extraído de: http://paodiario.org/2016/03/30/bem-aventurados-os-mansos-2/. A mansidão como
bem-aventurança em Mt 5.5 assemelha-se à do Salmo 37.11 que diz: "Os humildes herdarão a terra e gozarão de
paz e prosperidade" e, talvez esteja baseada nela. A mansidão aqui
referida é de natureza espiritual! É uma atitude de humildade e submissão a
Deus que somente os regenerados podem apresentar como característica. Nosso
modelo de mansidão é Jesus, que se submete à vontade do Pai.]
2. Estêvão um homem manso. Estêvão era cheio de fé e do Espirito
Santo. Diante dos seus algozes, ele se colocou de joelhos e clamou ao Senhor
por eles dizendo:"[...] não lhes imputes este pecado [...]" (At
7.60). Se Estêvão fosse um homem carnal, com certeza desejaria vingança e
agiria com ira diante daqueles que o apedrejavam. Somente cheios do Espírito
podemos permanecer mansos e tranquilos diante daqueles que desejam e executam o
mal contra nós. [Comentário: Quando o trabalho
de Estêvão ficou conhecido, algumas pessoas se levantaram contra esse servo (At
6.8-14). Discutiam com ele, mas não conseguiam resistir seu ensinamento.
Estêvão pregava a verdade, mas esses homens não tinham a humildade bastante
para admitir seus próprios erros. Ao invés de aceitar e apoiar o trabalho desse
servo, os homens usaram táticas desonestas para opô-lo. Subornaram falsas
testemunhas para provocar uma reação popular contra Estêvão. Ele foi um exemplo
de mansidão. Ao invés de praguejar ou vociferar contra seus agressores, orou
por eles enquanto estava sendo apedrejado até morrer (At 7.59,60).]
3. A mansidão de Cristo. O Senhor Jesus sofreu as piores dores
que um homem pode experimentar. Suas dores foram físicas e emocionais, mas em
momento algum Ele abriu a boca para reclamar ou murmurar contra o Pai e contra
aqueles que o maltratavam. O texto de Isaías afirma que "Ele foi oprimido,
mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a
ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca" (Is 53.7).
Como você age diante daqueles que o maltratam e querem o seu mal? Que venhamos
a pedir ao Senhor mansidão. [Comentário: “Porque não temos um sumo sacerdote que não
possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi
tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15-16). “Aquele que nos primeiros dias do
Seu ministério disse: "Bem-aventurados os mansos", mais tarde também
disse "Sou manso" (Mt.5v5; 11v29). Isso foi somente a prerrogativa
dEle em poder dizer: "Sou manso", e ainda permanecer assim. Entre os
homens, tal alegação à mansidão negaria aquela mansidão fingida. Os outros
podem dizer que um homem é manso, mas quando aquele mesmo homem assim fala,
deixa de ser a verdade. Com o amado Salvador era diferente. Ele podia dizer:
"Sou manso" e ainda permanecer manso. Mansidão é o fruto do Espírito
e desejamos ponderá-la na sua perfeição na vida do Senhor Jesus. Os grandes
homens do mundo sempre desprezaram mansidão. Eles a confundiram com moleza e
fraqueza. Os Faraós do Egito, os Reis da Babilônia, os Imperadores de Roma, os
Príncipes da Pérsia, não toleravam mansidão. Mas mansidão não é fraqueza. De
fato, mansidão é a verdadeira força e pode ser vista como tal no ministério do
Salvador. Alguém o descreveu como "excesso de falta de raiva". A
definição pode parecer incômoda, mas é certa. Houve tempos e ocasiões quando o
nosso Senhor poderia estar irado. Houve circunstâncias que O tornaram assim
(Mc3v5). Mas é dito de amor que não é facilmente provocado, e assim foi com o
grande Amante das almas. Existe uma raiva em nós que pode vir de malícia e
amargura. Isto é errado, embora que nós, às vezes, podemos também estar com a
justa ira, sem pecar (Ef.4v26). Aquele Homem amado, manso e humilde era
excessivamente sem ira e sempre desconhecedor da malícia. No Salmo 45, um salmo
Messiânico predizendo os triunfos do Cristo, é profetizado do Messias, que Ele
prosperaria na causa da verdade, mansidão, e retidão. Sem dúvida, há de ter um
cumprimento milenial disso no futuro, mas era verdade durante a Sua estada
entre nós. Ele pregava a verdade e vivia em retidão. Mansidão une os dois. Foi
o Espírito no qual Ele pregava e vivia enquanto esteve aqui na terra. Outra
vez, o profeta havia dito: "Eis que o teu Rei aí te vem, manso e assentado
sobre uma jumenta". (Mt.21v5). Isto se cumpriu no dia em que o Salvador
entrou em Jerusalém na jumenta, com roupas e ramos de árvores estendidos pelo
caminho. "Hosana!" eles clamaram, "Hosana!" Mas o nosso
Senhor sabia que a cruz estava perto, e Ele recebeu os seus louvores em
mansidão. Ele, que um dia reinará e cavalgará em um cavalo branco em triunfo,
assentou mansamente sobre uma jumenta, para ser crucificado dali a alguns dias
(Veja Ap.19). Quão mansamente o Salvador tolerou os escárnios injustos dos Seus
inimigos. "Odiaram-me sem causa", Ele podia dizer (Jo 15.25).
Injustamente o acusavam, eram os Seus inimigos (Sl.69v4). Note quão mansa e
gentilmente Ele respondia mesmo às injustiças. "Não dizemos nós bem que és
samaritano, e que tens demônio?", eles O acusaram (Jo.8v48-49). "Não
tenho demônio", Ele respondeu, mas sem referência aos samaritanos. Bem Ele
podia ter dito "Não sou samaritano", mas em mansidão característica
Ele não ofenderia. Afinal, uma vez ele viajou para Sicar para trazer salvação a
uma samaritana (Jo.4). Mas será que realmente vemos a Sua mansidão quando O
vemos no meio de inimigos cruéis acusando-O durante aquela última noite longa e
solitária? Ele estava como um cordeiro levado ao matadouro. Ele estava como uma
ovelha muda perante os seus tosquiadores. Como eles O despiram de tudo que era
dEle, até as Suas próprias vestes, Ele era como a gentil corça da alvorada de
Sl.22. Os touros de Basã e os cães de Roma O rodearam. Os líderes orgulhosos e
arrogantes da nação e os soldados insensíveis de César O cercaram. No meio de
tudo, o objeto da sua crueldade, Ele permaneceu em silêncio e sem queixa. Um
tempo antes no jardim, Ele tinha dito a Pedro "Ou pensas tu que eu não
poderia agora orar a meu Pai, e que Ele não Me daria mais de doze legiões de
anjos?" (Mt.26v53). Mas, sabendo que tudo estava ao Seu comando, Ele
suportou mansamente tudo que Lhe fizeram. E quando eventualmente eles O levaram
para fora para morrer, e estenderam as Suas Mãos para cravá-las na cruz, em
mansidão Ele disse: "Pai, perdoa-lhes" (Lc.23:34). Não foi isto
verdadeira força? Foi bem cedo mesmo no Seu ministério que Ele tinha ensinado
os Seus discípulos: "Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos
maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos
perseguem" (Mt.5v44). Esta exortação foi parte daquele mesmo ministério no
qual Ele tinha dito "Bem-aventurados os mansos"(Mt.5v5). Quão
literalmente Ele cumpriu as instruções que Ele tinha dado aos Seus, enquanto
Ele orou pelos que estavam fisicamente O pregando naquela cruz. É gostoso notar
que no mesmo Salmo do Seu sofrimento lemos "Os mansos.....se
fartarão" (Sl.22v26). O Príncipe de Sofredores um dia será recompensado
pela Sua mansidão, porque "Os mansos herdarão a terra" (Sl.37v11).
Ele regerá e reinará quando os reis da terra já passaram e são esquecidos. Que
nós, que O amamos e que desejamos ser semelhantes a Ele, sejamos sempre achados
em "humildade e mansidão"; "modestos, mostrando toda a mansidão
para com todos os homens" (Ef.4v2; Tt.3v2). Bem-aventurados são os mansos.”
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-ofrutodoespirito-mansidao-ofrutodaobediencia.htm] Sugiro a leitura da Lição 9 - O
Fruto Do ESPÍRITO - MANSIDÃO - o Fruto Da Obediência, no link: http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-ofrutodoespirito-mansidao-ofrutodaobediencia.htm
SÍNTESE DO TÓPICO III
Jesus declarou no Sermão do Monte que os
mansos são bem-aventurodos.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A mansidão é essencial para o ministério eficaz ao Senhor. Deus nos
escolheu para representá-lo perante um mundo perdido e agonizante. O que o
mundo vê em nós que atrai as pessoas a Jesus Cristo. Todos os aspectos da
mansidão — submissão, elementos necessários de nosso testemunho e serviço
cristão, quer testemunhando para os perdidos, fazendo discípulos para Jesus ou
restaurando um irmão fraco" (GILBERTO, António. O Fruto do Espírito: A
plenitude de Cristo na vida do crente. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD,2004 p. 112).
CONCLUSÃO
Evitemos todo tipo de
peleja, pois já somos novas criaturas (Jo 3.3). Sejamos mansos e humildes de
coração, sempre seguindo o exemplo de nosso Salvador, procurando em tudo
glorificar o seu nome. [Comentário: Como vimos ao longo deste
comentário, mansidão é uma disposição
do caráter que aceita, sem discutir, a verdade e a vontade de Deus. É uma
postura dócil de completa submissão e aprendizado em Cristo (Mt 11.28), logo, só
pode ser fruto da atuação do Espírito Santo no crente. Enfatizo que não se
trata de simples obediência, passividade ou indolência, mas de transformação
moral segundo à obediência de Cristo (1Pe 1.2). Segundo Paulo, aquele que não é
capaz de ser manso e se submeter aos seus pastores não é digno da comunhão
cristã (2Ts 3.14). Uma virtude que faz parte do caráter de Jesus não pode ser
transformada em defeito pelo mundo e pelo diabo. É mentira que o manso é um
covarde, que é uma pessoa de caráter fraco, que se deixa levar pelos outros,
pelo contrário, o manso é uma pessoa dominada pelo Espírito Santo, que tem um
caráter riquíssimo, que sabe dosar as atitudes com a necessária resposta, que
tem domínio próprio e que está mais perto, muito mais perto, do perfeito
caráter de Jesus.] “NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Fevereiro de 2017
PARA REFLETIR
A
respeito da mansidão, torna o crente apto para evitar pelejas, responda:
• De
acordo com a lição, o que é ser manso?
Ser manso é ser humilde, amável
e cortez.
• Cite
exemplos bíblicos de mansidão.
Jesus, Estêvão, Moisés.
• Segundo
a lição, qual a única forma para combater a peleja?
Sendo cheio do Espírito Santo.
• Qual a
palavra utilizada no grego para discórdia? Qual o seu significado?
Na grego a palavra utilizada
para discórdia é eritheiai que significa desavença e desarmonia.
• Qual a
recompensa para os mansos segundo o Sermão da Montanha?
Eles herdarão o Reino dos Céus.
Fonte: O
TEXTO DA LIÇÃO FOI COPIADO DE: