LIÇÕES BÍBLICAS CPAD –
ADULTOS - 1º Trimestre de 2017
Título: As Obras da Carne
e o Fruto do Espírito
Como o crente pode vencer
a verdadeira batalha espiritual travada diariamente
Comentarista: Osiel Gomes
ATENÇÃO! Este comentário é o plano
de aula deste professor, destinado à classe de Adultos da Igreja de Cristo no
Brasil em Campina Grande-PB. Não representa a palavra oficial da editora CPAD
nem de nenhuma Igreja. As opiniões expressas podem não ser as mesmas de outros
professores. Este plano de aula é apenas uma sugestão, além dos vídeos
divulgados, para auxiliar na preparação de sua aula.
- Lição 11 -
12 de Março de 2017
Vivendo de Forma Moderada
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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"Melhor é o longânimo do que o valente, e o que
governa o seu espírito do que o que toma uma cidade." (Pv 16.32)
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A temperança ajuda o crente a ser moderado em todas as
áreas e circunstâncias da vida.
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[Comentário
do Texto de Ouro: O domínio próprio é superior à conquista. O
êxito no trabalho, escola ou vida no lar pode arruinar uma pessoa que perdeu
o controle de seu temperamento. De modo que é uma grande vitória pessoal
controlar o temperamento. Quando sentir que está a ponto de explodir, recorde
que perder o controle pode causar a perda do que mais quer. Extraído de: Provérbios 16:32 - Comentário da Bíblia Diario Vivir.]
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Rm 6.12
Temperança sobre o corpo
Terça - Tg 3.2
Temperança sobre a
língua
Quarta - 2Pe
11.5,6
Temperança e domínio
próprio
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Quinta - Pv 23,2
Temperança na
alimentação
Sexta - Tt 2.2
Temperança na terceira
idade
Sábado - Gl 5.22
Temperança, fruto do
Espírito
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LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
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1João 2.12 - 17.
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12 Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo
seu nome vos são perdoados os pecados.
13 Pais, escrevo-vos, porque
conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque
vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai.
14 Eu vos escrevi, pais, porque já
conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque
sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.
15 Não ameis o mundo, nem o que no
mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
16 Porque tudo o que há no mundo, a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não
é do Pai, mas do mundo.
17 E o mundo passa, e a sua
concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
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HINOS SUGERIDOS: 3, 8, 97 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a temperança
ajuda o crente a ser moderado em todas as circunstâncias.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Saber que a temperança nos ajuda a ter o
domínio das inclinações carnais;
II. Mostrar que a prostituição e a glutonaria são
um descontrole da natureza humana;
III. Compreender que o crente precisa viver em
santidade, deixando os excessos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na
lição de hoje estudaremos a temperança, fruto do Espírito, em contraposição a
prostituição e a glutonaria, obras da carne. Como crentes precisamos ter uma
vida moderada, equilibrada e santa. A prostituição e a glutonaria são um pecado
contra o nosso corpo, que é morada do Espírito Santo. Tudo que agride o nosso
corpo é pecado, pois fere e macula a morada de Deus. Jamais podemos nos
esquecer que o nosso corpo é habitação do Espírito Santo, por isso, precisamos
cuidar bem dele evitando tudo que possa manchá-lo e fazê-lo adoecer.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que
o crente deve ser livre de qualquer intemperança. Ele precisa ter o fruto do
Espírito Santo, vivendo com equilíbrio, em tudo sendo moderado a fim de que o
nome do Senhor seja exaltado mediante suas ações. Estudaremos a temperança como
um dos aspectos do fruto do Espírito em oposição à glutonaria e à prostituição. [Comentário: Temos estudado até
aqui o contraste entre as obras da carne e o fruto do Espírito defendido que
somente aquele que evidencia os aspectos do fruto do Espírito tem a
possibilidade de uma vida digna e honrosa diante de Deus e da sociedade. As
obras da carne vem contrapondo a obra do Espírito, que para Paulo é uma só - o
amor. Paulo usa muito este expediente, na apresentação de suas ideias. Ele
contrapõe conceitos, ideias, jogando uma contra outras segundo características
próprias da literatura de sua época, e no final conclui com seu pensamento.
Estas virtudes do fruto do Espírito torna o crente participante do caráter e da
natureza de Cristo - importante: se é crente, tem que refletir o caráter de
Cristo (o fruto do Espírito). Estas virtudes são demonstradas no relacionamento
com Deus (amor, alegria e paz), no relacionamento com as pessoas
(longanimidade, benignidade e bondade) e na nossa conduta (fé, mansidão e
temperança). Este último aspecto é aquela capacidade dada pelo Espírito Santo
para dominarmos nossas ações em qualquer situação, seja no vestir ou no falar,
ou no agir. Faremos o contraste entre temperança e a glutonaria/prostituição,
aspectos das obras da carne que se são contrarias à temperança. Lemos em 2ª
Pedro 1.6 colocando a temperança como uma das virtudes a ser buscada pelo
cristão, ao lado do conhecimento, da perseverança e da piedade. (2Pd 1.6). Como
os demais aspectos do fruto do Espírito, este também é bastante problemático
para nossa geração, focada no hedonismo, acostumada à ideia de que a felicidade
decorre do desprezo à ideia de disciplina e auto-controle. O cristão, na
contra-mão, não permite que o pecado tenha a primazia em sua vida (Rm 6.14), já
que não estamos mais debaixo da lei, mas sob a graça, que nos deve levar a
frutificar, além do domínio próprio, em alegria, amor, benignidade, bondade,
fidelidade, longanimidade, mansidão e paz.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
I. TEMPERANÇA, O DOMÍNIO DAS INCLINAÇÕES CARNAIS
1. Vivendo de modo sóbrio. Podemos comparar o crente que vive
segundo a carne, dominado pela velha natureza, a um vulcão ativo que está
sempre prestes a entrar em erupção. O que o vulcão lança de seu interior? Gases
venenosos, lava incandescente e fogo. A erupção pode devastar cidades inteiras
e fazer milhares de vítimas. Assim
é o crente que não tem o fruto do Espírito. [??] Do seu interior, procede somente aquilo
que é mau (Lc 6.45). Precisamos ser comedidos
em nossas palavras e atitudes, procurando ser cheios do Espírito Santo diariamente
(Ef 5.18). Fomos salvos pela graça divina e essa graça nos ensina a rejeitar as
obras da carne e a vivermos de modo sóbrio, justo e piedoso (Tt 2.11). No
grego, a palavra temperança é enkráteia, que significa autocontrole, disciplina
(2 Pe 1.6; Tt 1.8). Este vocábulo é também utilizado por Paulo para tratar a
respeito da pureza sexual (1Co 7.9). Já em 1Coríntios 9-25, ele é empregado
para destacar a disciplina de um atleta. Paulo desejava que os crentes
entendessem que é o Espírito Santo que nos ajuda a ser disciplinados e
comedidos. Com a ajuda de Deus, Paulo tinha suas vontades e desejos em sujeição
(1Co 9.27). Talvez você pense que as palavras mansidão e temperança sejam
sinónimas, porém existe diferença entre elas. Mansidão é saber se controlar em
um momento de ira, ou irar-se no momento certo. Já a temperança está
relacionada à questão do impulso sexual, glutonaria e às questões da carne. [Comentário: Não podemos
esquecer, como tenho repetido em nossos comentários, que a vida cristã é aquela
vivida no Espírito Santo. Na verdade, a vida cristã só é possível no Espírito.
Fora dEle, nossa vida é como a de qualquer pessoa. Não existe tal coisa como
‘crente carnal’, que não tem o fruto do Espírito, entendemos que uma vez
selados pelo Espírito Santo, estamos habilitados a produzir fruto. A afirmativa
do subtópico “Assim é o crente que não tem o fruto do Espírito.
Do seu interior, procede somente aquilo que é mau (Lc 6.45)” não pode ser
verdadeira porque o que é nascido do Espírito é espírito, logo vive de modo
equilibrado e não tem prazer nas concupiscências desse mundo (Jo 3.6), logo, não
se aplica à um cristão, a menos que aceitemos há crentes nominais. Quando
relaciona as qualidades de um cristão, Paulo inclui o domínio próprio (Tito 1.8),
junto com hospitalidade, benignidade, sobriedade, justiça e piedade. O apóstolo
dava muita importância ao termo egkrateia,
uma vez que o usa várias vezes. Em 1 Coríntios 9.25, trata-se da virtude de um
atleta em disciplinar seu corpo em busca da vitória; em 1 Coríntios 7.9,
trata-se da capacidade do cristão em controlar sua sexualidade. É curioso que,
quando comparece perante o procurador romano Antonio Felix, que governou a
Judéia de 52 a 60, o acusado apóstolo se defende falando de justiça, de juízo
final e de domínio próprio, para irritação do representante de Nero (At 24.25).
A expressão "domínio próprio" aparece sob diferentes palavras nas
versões bíblicas, tendo então como sinônimos principais auto-controle e
temperança. Podemos entender melhor o que é domínio próprio pensando no seu
oposto. Quem tem domínio próprio se autodomina. Quem não tem é dominado por
algo ou por alguém. Quem tem domínio não permite que sentimentos e desejos o
controlem; antes, controla-os, não se permitindo dominar por atitudes, costumes
e paixões. Domínio próprio, portanto, é a capacidade que o cristão deve ter de
controlar seu corpo e sua mente.]
2. Temperança e qualidade de vida. Temperança significa ter controle sobre
seus desejos e atitudes. Quem tem temperança tem qualidade de vida. Deus não
proíbe você de comer, beber e ter uma vida de conforto e felicidade. Contudo,
Ele deseja que vivamos de modo sóbrio e equilibrado. Uma pessoa que tem domínio
próprio sabe se controlar em toda e qualquer situação. Por não terem a
temperança como fruto do Espírito, muitos estão vivendo sem pudor, cometendo
toda a sorte de excessos, envergonhando o nome de Cristo e a Igreja do Senhor. Sabemos que o que é nascido da carne é carne,
mas o que é nascido do Espírito é espírito, logo vive de modo equilibrado e não
tem prazer nas concupiscências desse mundo (Jo 3.6). Precisamos diariamente nos
encher rio Espírito Santo para não cumprirmos os desejos da carne (Gl 5.16). As
obras da carne são conhecidas, e sua mortificação só é possível quando somos
completamente dominados pelo poder do Espírito Santo. [Comentário: Quando fez o
homem, Deus deu-lhe o privilégio de dominar sobre todas as coisas: também disse
Deus: “Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as
aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os
répteis que rastejam pela terra” (Gn 1.26). O salmista relembra esta
competência humana, ao dizer que Deus deu ao homem domínio sobre todas as obras
das suas mãos e dos seus pés (Sl 8.6). Esta competência, no entanto, nem sempre
se realiza quando se trata de o homem dominar a si mesmo. Embora possa estar em
nós desejar fazer o bem, nem sempre o fazemos. Afinal, como aprendemos também
com Paulo, na nossa carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em
cada um de nós; não, porém, o efetuá-lo, porque não faço o bem que prefiro, mas
o mal que não quero, esse faço (Rm 7.18-19). Por isso, parecemos, por vezes, em
cidades derrubadas, pois que cidade que não tem muros, assim é o homem que não
tem domínio próprio (Pv 25:28). Esta percepção não pode é um convite à
passividade, mas um desafio a nos conhecermos mais e a nos esforçarmos mais
para viver segundo o padrão de Deus, por difícil que seja. http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6discipulado2.htm]
3. A temperança na vida de Cristo. Jesus se fez homem e habitou entre nós
(Jo 1.14), mas Ele não pecou e jamais experimentou as obras da carne. Jesus era
cheio do Espírito Santo (Lc 4.18), razão pela qual pôde vencer as tentações da carne, do mundo e do Diabo
(Hb 4.15). A velha natureza deseja o que é desse mundo: comida, bebida e
prazeres pecaminosos. Porém, quando vivemos orientados e guiados pelo Espírito,
somos equilibrados e não deixamos que as paixões carnais nos vençam.
[Comentário: Há aqui outra
afirmativa que não é verdadeira: “[...] razão pela qual pôde vencer as
tentações da carne, do mundo e do Diabo (Hb 4.15).”. Alguns usam de
linguagem dúbia e deixam uma brecha para a possibilidade de Jesus pecar –
quando ele afirma: “razão pela qual pôde vencer as tentações da carne, do mundo
e do Diabo”. Isso é um erro crasso. Sem deixar claro o que quer dizer, acaba
incorrendo naquilo que o Senhor nos exorta a não fazermos: "Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não,
não; porque o que passa disto é de procedência maligna" (Mt 5.37). O ensinamento
claro das Escrituras é que Jesus era impecável
– Ele não poderia ter pecado. A confusão toda está em não entender que Jesus
nunca deixou de ser Deus, mesmo ao assumir a humanidade. E se perguntarmos se
"Seria possível Deus pecar?", a resposta será um sonoro
"NÃO!". Seria possível Deus mentir? Não! Seria possível Deus roubar,
matar, adulterar, cobiçar... NÃO! Se Ele pudesse ter pecado, Ele poderia pecar
ainda hoje, pois ainda retém a mesma essência de quando estava aqui na terra.
Ele é o Deus-homem – e vai permanecer para sempre assim, possuindo divindade
completa e humanidade completa; ambas fazem parte de Seu ser de tal forma que
não poderiam ser divididas. Acreditar que Jesus poderia pecar é acreditar que
Deus poderia pecar. Paulo escreve em Colossenses 1.19: "porque aprouve a Deus que, nele, residisse
toda a plenitude", e em Colossenses 2.9: "porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade".
Jesus não nasceu com a mesma natureza pecaminosa com a qual nascemos. Mesmo
diante das tentações que foram a Ele apresentadas por Satanás, permaneceu sem
pecado porque Deus é incapaz de pecar. É contra a Sua natureza (Mt 4.1; Hb 2.18,
4.15; Tg 1.13). Pecado é por definição uma transgressão da Lei. Deus criou a
Lei, e a Lei é por natureza o que Deus faria ou não; portanto, pecado é
qualquer coisa que Deus não faria por Sua própria natureza. Para concluir esta
explicação contrária à afirmativa do comentador da revista, transcrevo o que
diz sobre isto Ronald HANKO no artigo “A Natureza Humana Sem Pecado de Cristo”:
“Devemos lembrar que não é uma natureza
que peca, mas uma pessoa, e Cristo é uma pessoa somente, o Filho de Deus. Como
uma pessoa divina, ele não poderia pecar. Dizer que era possível que ele
pecasse em sua natureza humana é dizer que Deus poderia pecar, pois
pessoalmente, mesmo em nossa natureza humana, ele é o Filho eterno de Deus.
Essa, cremos, é uma das verdades ensinadas em 2 Coríntios 5:21, que diz que ele
não conheceu pecado, e em Hebreus 7:26, que diz que ele era “santo, inocente,
imaculado, separado dos pecadores”. HANKO, Ronald. A
Natureza Humana Sem Pecado de Cristo Disponível em
http://www.monergismo.com/textos/cristologia/natureza-humana-sem-pecado-cristo_hanko.pdf.. A temperança a que estamos nos
referindo aqui não se trata de um auto-controle que nos faz doentes, aquele
falso, aquele apenas de aparência, mas aquela resultante de um desejo profundo,
gerada em nós pelo Espírito Santo. É Ele quem gera em nós o fruto e é Ele que
nos fortalece para exercitarmos todos os aspectos do fruto. Assim, desejamos
coisas legítimas e coisas ilegítimas e nem todos os nossos desejos são
pecaminosos. Sejam quais forem, no entanto, se eles nos controlarem, passam a
ser pecaminosos. A maior desgraça do desejo é quando ele se converte em vício.
Nada mais blasfemo do que um cristão viciado. Há cristãos viciados em falar da
vida alheia; até reunião de oração se transforma em espaço privilegiado para a
fofoca. São cristãos que não refreiam as suas línguas. Há cristãos viciados em
guardar dinheiro; eles guardam sempre e de modo tão doentio que nunca usufruem
dele. São cristãos que não refreiam sua cobiça. Há cristãos viciados em mentir;
dizem a Deus que O estão adorando, mas estão apenas buscando uma bençãozinha;
dizem que têm apreço por seu irmão, sendo até capazes de abençoá-los da boca
para fora, mas não têm a menor disposição de ajudá-lo a carregar as suas
cargas. São cristãos escravos da aparência. Ter domínio próprio é controlar os
próprios vícios, não os vícios dos outros, que este já é um outro vício. Extraído de http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6discipulado2.htm..]
PONTO CENTRAL
O crente precisa viver de modo moderado.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A temperança, fruto do Espírito, nos ajuda a termos domínio contra as
inclinações carnais.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
A palavra grega egkrateia significa 'temperança' ou
'domínio próprio' até sobre paixões sensuais. Inclui, portanto, a castidade.
Essa ênfase não aparece nos textos de Romanos 12 e 1Coríntios 12—14. Por outro
lado, o contexto anterior oferece um tratamento completo do assunto. Em Efésios
4-17-22, a vida nova é contrastada nitidamente com a antiga. A imoralidade não
tem lugar na vida de uma pessoa que procura ser vaso de bênçãos nas mãos de
Deus. Se o viver santo não acompanhar os dons, o nome de Cristo é envergonhado.
O ministério verdadeiramente eficaz perde seu impacto. Os milagres talvez
continuem durante algum tempo, mas Deus não recebe nenhuma glória. Os milagres
não garantem a santidade, porém a santidade é vital para o verdadeiro
ministério espiritual (HORTON, Stanley H. Teologia Sistemática: Uma perspectiva
pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 492).
CONHEÇA MAIS
MANSIDÃO
"Este fruto é um dos mais
difíceis de definir, principalmente porque é impossível traduzir prautes
(mansidão) por um único termo em nosso idioma. Ser manso não tem conotação de
ser 'desalentado, desanimado, mole, fraco ou destituído de energia ou força
moral'. Mansidão é a combinação de força e suavidade. Quando temos prautes,
tratamos todas as pessoas com cortesia perfeita, reprovamos sem rancor,
argumentamos sem intolerância, enfrentamos a verdade sem ressentimento, iramos,
mas não pecamos, somos gentis, mas não fracos." Para conhecer mais leia,
Comentário Bíblico Beacon, CPAD, p. 76.
II - PROSTITUIÇÃO E GLUTONARIA, O DESCONTROLE DA NATUREZA HUMANA
1. Fugi da prostituição. O vocábulo prostituição no grego é
porneia e significa imoralidade, relações sexuais ilícitas. Como novas
criaturas, precisamos abster-nos da prostituição e de todo o tipo de
infidelidade conjugal. Vivemos em uma sociedade que aceita e propaga o sexo
antibíblico e profano. Não podemos nos conformar com esse mundo e não podemos
jamais esquecer de que devemos ser "sal" e "luz" neste
mundo (Mt 5.13-16; Rm 12.2). [Comentário: A Bíblia nos diz
que a prostituição é imoral. Provérbios 23.27-28 diz: "Pois cova profunda é a prostituta, poço
estreito, a alheia. Ela, como salteador, se põe a espreitar e multiplica entre
os homens os infiéis." A prostituição não só destrói casamentos,
famílias e vidas, mas destrói o espírito e a alma de uma forma que leva à morte
física e espiritual. O desejo de Deus é que permaneçamos puros e usemos os
nossos corpos como instrumentos para o Seu uso e glória (Rm 6.13). 1º Coríntios
6.13 diz: "O corpo não é para a
impureza, mas, para o Senhor, e o Senhor, para o corpo." Porneia
é um termo abrangente, e tem a ver com "relação sexual ilícita",
"adultério", "fornicação", "homossexualidade",
"lesbianismo", "relação sexual com animais", "relação
sexual com parentes próximos", etc. Tudo isso sem levar em conta que
podemos também praticar a prostituição mental, conforme nos assevera Jesus:
"Porque de dentro, do coração dos
homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os
homicídios, os adultérios" (Mc 7.21). Pela abrangência do termo,
podemos falar do cuidado que devemos tomar, para não sermos envolvidos nela. Ela
é característica dos homens ímpios: "Estando
cheios de toda a iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de
inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade" (Rm 1.29); Sua
abstenção é a vontade de Deus para nós: "Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos
abstenhais da prostituição" (1 Ts 4.3); Não devemos nem fazer menção
dela em nosso meio: "Mas a
prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como
convém a santos" (Ef 5.3); Deve ser mortificada pelos filhos de Deus:
"Mortificai, pois, os vossos
membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, a afeição
desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria" (Cl
3.5). Deus julgará aqueles que dela não se abstêm: "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos
que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará" (Hb 13.4).]
2. A disciplina em casos de
prostituição. Paulo teve sérios
problemas com a imoralidade na igreja em Corinto (1Co 5.1). Um dos crentes
estava mantendo relacionamento sexual com sua madrasta. O apóstolo tratou esse
caso de imoralidade com seriedade e temor. O pecado precisa de disciplina,
pois, caso contrário, haverá a corrupção generalizada (vv. 6-8). O propósito da
disciplina não é humilhar ou ferir aquele que pecou, mas preservar a pureza
moral na igreja. A Palavra de Deus nos adverte a fugir da prostituição: "Fugi
da prostituição [...]" (1Co 6.18). Nosso corpo pertence ao Senhor, pois
Ele nos criou (1Co 6.13). Que jamais venhamos a usar nossos membros para a
prostituição, mas para manifestar a glória de Deus. [Comentário: O texto que trata
da disciplina na igreja é 1 Co 5. O seu contexto: Tendo tratado de problemas
mais “filosóficos” de divisão na igreja, nos capítulos 5 e 6 Paulo fala sobre
problemas bem mais específicos, dificuldades e desgraças na família de Deus. No
final do capítulo 4 Paulo adotou a atitude de um pai espiritual carinhoso, um
pai que ama tanto seus filhos que não admite que fiquem sem disciplina e
correção (4.14,21). Como Provérbios diz, “O
que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina”
(Pv 13.24). A igreja é uma família. Por isso, 1 Coríntios 5 trata do difícil
problema do que fazer com membros da igreja, a família de Deus, que vivem em
pecado. Assim como muitas igrejas hoje, a igreja em Corinto havia optado pelo
caminho mais fácil. Em nome da graça e da tolerância haviam decidido não fazer
absolutamente nada para limpar a igreja do pecado. Talvez pensavam que, pelo
fato de que o espírito já era salvo, não importava o que faziam com seus
corpos. Talvez achavam que, uma vez que chegaram num patamar de compreensão
espiritual da graça, tinham total liberdade para fazer com o corpo o que bem
entendiam. Talvez haviam caído no erro do “pré-modernismo”--uma vida sem
absolutos, sem padrão, mas de tolerância total do pecado. Mas Paulo, quando
ouviu o relatório de pessoas da casa de Cloe (1.13) não se continha. Ele
escreveu esses capítulos do livro justamente para corrigir idéias errôneas
sobre a igreja, seu testemunho na comunidade, e o lugar de disciplina na
família de Deus. Em Corinto, Paulo define o caso específico como sendo de
incesto. “possuir a mulher de seu
próprio pai”—Parece que alguém da igreja, um suposto irmão, estava dormindo
com sua madrasta. Sabemos que foi com a madrasta porque não diz, “com sua
própria mãe.” Também parece que ela ainda era casada com o pai dele, pois é
chamada “a mulher de seu próprio pai”. Alguns acham que houve divórcio ou morte
do pai, mas não sabemos. Mas, conforme lemos no VT, foi um ato de incesto,
confusão e desonra ao pai (Dt. 27.20, 22.30, Lv 18.6,8). O que deixa o apóstolo
ainda mais indignado é o fato de que, nem entre os gentios pagãos, alguém
ousaria fazer tal coisa. Códigos civis
da época proibiam tal besteira. Mas a
igreja em Corinto ficou orgulhosa por esse exemplo de tolerância! (Ler vs. 2).
A denúncia de Paulo nos vss. que seguem deixa claro que pecado público, que
envolve e denigre o nome de Cristo na igreja local, tem que ser tratado publica
e abertamente. O “cristão” é um “pequeno
cristo” na comunidade, intimamente associado com Cristo e com a igreja
local. Somos vigiados pela comunidade ao
nosso redor, gostando ou não! Não
adianta varrer os problemas debaixo do tapete, como tantas igrejas tentam fazer
hoje—ignorar o problema, na esperança de que vá embora. Quando um pecado afeta o bom nome de Cristo
na igreja local, precisa ser tratado aberta e definitivamente. Leia mais sobre isto em: http://www.palavraefamilia.org.br/site1/index.php?option=com_content&view=article&id=153:14-principios-de-disciplina-biblica-na-igreja-1-co-51-13&catid=49:1-corintios&Itemid=111]
3. A glutonaria e seus males. Glutão é aquele que come em excesso e
com voracidade. Tal atitude revela falta de equilíbrio espiritual e emocional.
Até mesmo na hora de nos alimentarmos precisamos ter parcimônia. Enquanto a prostituição é um
pecado com o corpo, a glutonaria é um pecado contra o corpo. Salomão
adverte aos que comem em excesso (Pv 23.2). Nosso corpo é templo do Espírito
Santo, por isso, precisamos cuidar bem dele, tendo uma alimentação saudável e
equilibrada (1Co 6.19). Muitos estão enfrentando sérios problemas de saúde
porque não foram equilibrados em sua alimentação. Sabemos que a gordura, o sal
e o açúcar em excesso trazem sérios prejuízos para a nossa saúde. Porém, muitos
continuam a ingerir tais alimentos, mesmo sabendo que trarão sérios prejuízos à
saúde. Muitos maltratam o corpo e depois ficam a clamar a Deus por um milagre.
Façamos a nossa parte. [Comentário: Confesso não
entendi a afirmativa: “Enquanto a prostituição é um pecado com o corpo, a
glutonaria é um pecado contra o corpo”. Ambas são obras da carne e
praticadas com o corpo e contra o corpo! Romanos 14.17, exorta dizendo: “O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas
justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. E nos versículos 20 e 21
adverte: “Não destruas por causa da
comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que
come com escândalo. Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras
coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.” Observe
a recomendação do Senhor, comer carne ou qualquer outro alimento não é pecado,
mas o hábito de comer em demasia é algo que desagrada a Deus, abomina ao
Senhor. O ajuntamento em festas onde predominam a comilança e a bebedeira é
algo aborrecedor aos olhos de Deus. Devemos evitar a glutonaria não por causa
da saúde, mas por ser ela um pecado! É verdadeiro que muitos enfrentam
problemas de saúde em virtude da falta de controle, mas essa não deve ser a
motivação para evitarmos a glutonaria.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
A prostituição e a glutonaria, obras da velha natureza, são um descontrole
da natureza humana.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Prostituição
A Bíblia defende consistente mente a pureza moral e
mantém urna posição firme contra a prostituição de qualquer tipo. Várias
proibições podem ser encontradas na lei mosaica (Lv 19.29; 21.7,14; Dt 22.21).
O livro de Provérbios está repleto de advertências àqueles que desejam procurar
prostituías. Os mesmos riscos eram enfrentados pelos crentes do Novo
Testamento, pois vários cultos da fertilidade ainda prevaleciam no Império
Romano e o aspecto geral da moralidade no primeiro século era bastante baixo. A
proibição contra a prostituição era incluída nas proibições gerais sobre os
relacionamentos sexuais ilícitos, claramente expressas no Novo Testamento
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2009, p. 1254).
Glutonaria
"Truphe, 'luxo, suntuosidade, afetação, diversão,
festança, folia', é encontrado em 2 Pe 2.13 ('deleites', literalmente,
'contando se divertir no o prazer'). Em Lucas 7.25, é usada com preposição em, 'em', e traduzido por
delícias'.
Komos, 'divertimento, folia, pândega, orgia', a
concomitância e consequências da bebedeira, é traduzido no plural em Romanos
13.13; Gl 5.21 e 1Pe 4.3 (glutonarias).
Gaster (glutão) denota "barriga. É usado em Tito 1.12, com o adjetivo argos ‘ocioso’,
preguiçoso', metaforicamente, para significar glutão; em outro lugar ocorre em
Lucas 1.31.
Ill - VIVENDO EM
SANTIFICAÇÃO E DEIXANDO OS EXCESSOS
1. Agradando a Deus em tudo. Pela graça de Jesus, somos salvos e já
experimentamos a regeneração. Como novas criaturas, precisamos viver de modo a
agradar ao Senhor. Seja santo na sua maneira de vestir, falar, comer, em seus
relacionamentos, etc. Quem ama a Deus, deseja agradá-lo em tudo e tem prazer em
cumprir a sua lei. A Bíblia diz que nos últimos dias, por aumentar a
iniquidade, o amor de muitos esfriaria (Mt 24.12). É o que temos visto. Falta
amor genuíno para com o Pai e, logo, também falta santidade, moderação e bom
senso. [Comentário: A través da Bíblia, a única
abordagem que agrada a Deus é lhe obedecer no que ele manda. Porém esta questão
envolve muito mais do que isso. Deve-se lembrar que ao lidar com a palavra de
Deus, estamos lidando com Deus. A coisa que Deus exige é uma reverência para
com ele que comove até a obediência, seja esta obediência em relação a uma
proibição, ou uma questão de honrar o silêncio de Deus, ou de examinar as
Escrituras para ter certeza daquilo que ele quer. Quando Deus repetiu a Isaque
as promessas dadas a Abraão, ele disse que cumpriria estas promessas, “Porque
Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos,
os meus estatutos e as minhas leis” (Gênesis 26:4-5). Quando Saul falhou em
cumprir o que Deus lhe havia dito, Samuel disse a ele: “Tem, porventura, o
Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua
palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor
do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15:22). O coração de um filho amável
procura obedecer ao pai. Se amarmos a Deus, vamos querer fazer a sua vontade,
independente de como ele expressá-la. Jesus falou daqueles que estavam
dispostos a fazer a vontade do Pai (João 7:17). A prova mais verdadeira da
devoção a Deus não é simplesmente fazer a sua vontade, mas fazer a sua vontade
porque assim desejamos. http://www.estudosdabiblia.net/d156.htm]
2. Santificação. Que venhamos abandonar o pecado e
buscar a santificação, pois sem ela não poderemos ver ao Senhor (Hb 12.14).
Quando falamos em pecado, em geral, as pessoas pensam logo em adultério,
homossexualismo e roubo. Mas pecado significa tudo o que não agrada a Deus. O
Senhor deseja que tenhamos uma vida santa, produzindo o fruto do Espírito. Vida
santa significa honrar o próprio corpo, evitando os pecados sexuais: "Que
cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra" (1Ts
4.4). É importante ressaltar que "vaso" neste contexto significa o
corpo do crente. O sexo entre os cônjuges não é pecado, mas precisamos
compreender que nossos corpos são santos. Marido e a esposa precisam respeitar
um ao outro e cuidar um do outro. [Comentário: Somos movidos
pelos nossos sentimentos. Se, por exemplo, amamos, a Deus, ao próximo ou a nós
mesmos, somos levados a querer bem, adorando a Deus, respeitando o outro e
gostando de nós mesmos. Se, doutro lado, em nós o ódio é forte, seja a Deus
pela figura do pai que representa, seja ao próximo, por ser a fonte de nosso
sofrimento (o inferno são os outros, já dizia Sartre), seja a nós mesmos, pela
incapacidade ser o que gostaríamos de ser, somos levados ao vale do vazio.
Ter domínio próprio é fazer com que os sentimentos bons sejam
fortalecidos e canalizados para que possam ser aperfeiçoados. Assim, o amor
deve alcançar o seu objeto. Desde Platão, existe uma modalidade de amor
silencioso. Há homens que amam mulheres que jamais retribuirão o seu amor pelo
simples fato de não saberem que sem amadas. Há, pois, um amor erótico
platônico. Há também um amor fraternal platônico, que é aquele que nunca passa
ao campo da ação. Há ainda um amor espiritual platônico. Há gente que só Deus,
que sonda os corações, sabe que é amado por ela, porque dos lábios desse tipo
de adorador não sai um cântico, não sai uma palavra de gratidão ou de exaltação
a Deus. Quando temos domínio sobre o sentimento do amor, fazemos com que ele se
torne operativo. Quando ao ódio, bem, simplesmente não devemos odiar e
poderíamos encerrar a discussão aqui. No entanto, somos também capazes de
odiar; este é um gigante da alma, como o descreveu um antigo psicólogo (Emílio
Mira y Lopez). Se o Espírito Santo habita em nosso coração, ele não pode
conviver com o ódio. Contudo, sabemos que, embora não o desejando, nós odiamos.
Por isto, a recomendação bíblica é que, mesmo nos irando, não devemos pecar e
nem permitir que o sol se ponha sobre a nossa raiva. Antes, consultemos nosso
travesseiro e sosseguemos (Salmo 4.4). Em outras palavras, o ódio não pode ser
um sentimento permanente em nós, para que não nos destrua. O ódio é, portanto,
um sentimento a ser controlado ou ele nos dominará e nos levará a fazer o que
não queremos. A ambição é um sentimento que também deve ser controlado. Não
devemos ser acomodados; antes, devemos querer o máximo para nós. A ambição
destrói quando não vê métodos e se baseia na comparação com o que os outros são
ou alcançaram. Controle a sua ambição e ela não controlará você. A vaidade é um
sentimento que também deve ser controlado. Não devemos nos achar que nada
valemos e que os outros são melhores ou fazem as coisas melhores que nós. Nem
sempre... A vaidade mata quando nos leva a nos achar onipotentes e oniscientes,
acima da média humana. Controle a sua vaidade e ela não controlará. http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6discipulado2.htm.]
3. Deixando os excessos. Viver de maneira que agrade a Deus é
difícil, mas é possível. É possível porque não estamos sozinhos. O Espírito
Santo, que habita em nós, deseja nos ajudar a abandonar todo excesso e todo o
pecado. Ele nos ajuda a ter uma vida equilibrada, sadia e santa. [Comentário: Há certas ocasiões
que, antes de perceber o que está fazendo, você perde o controle, e passa ser
vítima do seu descontrole, velada ou violentamente. Os resultados são
prostituição, impureza, lascívia, que nos sobrevêm quando perdemos o controle
sobre a paixão e nos deixamos levar por ela; idolatria e feitiçarias, quando
desesperamos diante das circunstâncias e buscamos bênçãos de todo tipo;
inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções e invejas,
que nos dominam quando damos lugar aos desejos de superação do outro; bebedices
e glutonarias, quando nos deixamos escravizar pelo desejo do nosso ventre.
(Gálatas 5.19-20)
O fruto do Espírito, no entanto, é o auto-controle.
1. Conheça-se e use o conhecimento a seu respeito a seu próprio favor.
Tendemos a não perceber como somos, mas devemos nos esforçar para tal. Se você,
no trânsito, é um pé de chumbo, vigie seu comportamento, para que controle o
seu ímpeto de sair em disparada. A velocidade não é mais importante que você.
Se você se ira com facilidade, evite as situações que a provocam a sua raiva.
Desenvolva métodos para que a irritação fique em níveis aceitáveis. Use o que
você sabe a seu próprio respeito para se dominar melhor.
2. Aprenda a tomar atitudes diferentes das que toma hoje. Faça com que
seus sentimentos e desejos não redundem sempre nos mesmos atos. Você nasceu
assim, mas não precisa morrer assim. Abra-se para o diferente. Faça o que nunca
fez antes.
3. Valorize a disciplina. Quando Jesus disse que, se o nosso olho nos
levar ao escândalo, devemos arrancá-lo, ele estava lembrando que precisamos
subjugar o nosso corpo, quando este nos subjuga. Ponha objetivos na vida e se
empenhe para alcançá-los. O autocontrole é o resultado da disciplina e do
esforço próprio.
4. Deixe-se conduzir pelo Espírito de Deus. O domínio próprio é um
esforço de quem vive pelo Espírito. Os homens em geral não pensam em
disciplina, mas os cristãos nos esforçamos para viver de modo organizado,
coordenado e harmônico. Neste ministério, o Espírito Santo quer nos apoiar, para
nos conduzir. Deixe-se dirigir pelo Espírito. O domínio próprio só é possível
por meio de Sua ação em nós. http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6discipulado2.htm]
SÍNTESE DO TÓPICO III
Precisamos viver em santidade, deixando os excessos, em todas as
áreas da nossa vida, de lado.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Embora vivessem numa sociedade onde o pecado sexual era comum e
aceitável, os apóstolos não transigiam com a verdade e a santidade de Deus. Não
rebaixaram os padrões morais para acomodá-los às ideias e tendências daquela
sociedade. Sempre que se deparavam com baixo padrões morais em alguma igreja (
Ap 2.14,15,20), repreendiam-na e procuravam corrigi-la. Considerando padrões a
baixa moralidade que prevalece em nossos dias, precisamos de dirigentes do tipo
dos apóstolos, para conclamar a igreja a obedecer aos padrões divinos de
retidão (Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1847).
CONCLUSÃO
A temperança, como fruto
do Espírito Santo, nos ajuda a ter uma vida disciplinada e feliz. Que venhamos
ser cheios do Espírito, aprendendo com Ele a disciplina espiritual em todas as
áreas de nossa vida. [Comentário: Como foi definido acima, a
temperança em nós produzida não é apenas de aparência, mas resulta de um desejo
profundo gerado em nós pelo Espírito Santo. Por isto, evite começar a fazer aquilo
que o controla. Se você perde o controle da sua língua, quando o assunto é a
vida alheia ou quando a conversa descamba para assuntos pouco edificantes, não
entre na conversa. Recuse participar desde o princípio. Se já começou,
deixando-se dominar por sentimentos, desejos e atitudes, procure parar. O
Espírito Santo o ajudará, se houver arrependimento no seu coração. Afinal, a
vida cristã é aquela vivida no Espírito Santo. Na verdade, a vida cristã só é
possível no Espírito. Fora dEle, nossa vida é como a de qualquer pessoa.] “NaquEle que me garante: "Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Fevereiro de 2017
PARA REFLETIR
A respeito de vivendo de forma
moderada, responda:
• De acordo com a lição, como
devemos viver?
Devemos viver de modo sóbrio,
santo.
• Qual a palavra utilizada no
grego para temperança e qual o seu significado?
No grego, a palavra temperança é
enkráteia, que significa autocontrole, disciplina.
• Qual a diferença entre mansidão
e temperança?
Mansidão é saber se controlar em
um momento de ira, ou irar-se no momento certo. Já a temperança está
relacionada à questão do impulso sexual, glutonaria e as questões da carne.
• Qual a recomendação de Salomão
para o glutão?
"E põe uma faca à tua
garganta, se és homem glutão" (Pv 23.2).
• Relacione alguns males da
glutonaria.
É obra da carne, pecado contra
Deus. Pode causar obesidade, hipertensão, diabetes, etc.
Fonte: O
TEXTO DA LIÇÃO FOI COPIADO DE: