LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
1º Trimestre de 2017
Título: A Igreja de Jesus
Cristo — Sua origem, doutrina, ordenanças e destino eterno
Comentarista: Alexandre
Coelho
JOVENS
- Lição
7 -
12 de Fevereiro de 2017
A Igreja na Reforma
Protestante
TEXTO DO DIA
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SÍNTESE
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“Mas o justo viverá da
fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele” (Hb 10.38).
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O retorno à Palavra de Deus pode mudar a fé e o
destino de uma pessoa, de uma família e de uma nação.
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AGENDA DE LEITURA
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Segunda - Jo 14.6
Um só caminho
Terça - 1Tm 2.5
Um só Deus
Quarta - At 4.12
Um só Salvador
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Quinta - Sl 119.130
Uma só Palavra
Sexta - Ef 4.5
Uma só fé
Sábado - Rm 11.36
Somente a Deus toda a
glória
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OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno
deverá estar apto a:
COMPREENDER
a necessidade da reforma na igreja;
SABER
como se deu a Reforma Protestante;
IDENTIFICAR
os frutos da Reforma Protestante nos últimos séculos.
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INTERAÇÃO
Professor,
como já é do seu conhecimento, este ano comemoraremos os quinhentos anos da Reforma
Protestante. Essa é uma data importante para a igreja protestante, mas
infelizmente muitos crentes conhecem pouco a respeito da história da Igreja.
Depois da ascensão de Cristo, a Igreja deu continuidade à obra iniciada por
Ele. Os apóstolos trabalhavam em prol do Reino de Deus, vidas eram salvas,
milagres aconteciam, os crentes viviam em unidade e o nome do Senhor era
glorificado. Porém, os crentes sofriam terrível perseguição. À medida que a
Igreja foi se aproximado do Estado e passou a experimentar um novo
relacionamento com o imperador, houve mudanças. Com o tempo o mundanismo e o
paganismo passaram a se infiltrar no meio dos crentes. A igreja se secularizou,
abandonando os princípios do Evangelho de Cristo. Foram tempos de trevas
espirituais. Mas, o Cristo que deu a sua vida em favor da Igreja não permitiria
que ela ficasse dessa forma. Então, o Senhor levantou um monge chamado Martinho
Lutero para fazer uma reforma e resgatar a Igreja dos erros e da apostasia. É o
que estudaremos na lição de hoje.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado
professor, reproduza no quadro os cinco princípios da reforma que são
apresentados no quadro abaixo. Pergunte aos alunos se eles conhecem esses
princípios. Explique que sola é um termo latim e que significa “somente”. Em
seguida divida a turma em cinco grupos. Cada grupo ficará com um princípio e
deverá debater, em grupo, a respeito deste principio. Em seguida, forme um
único grupo. Dê um tempo para que os grupos exponham o que debateram. Conclua
explicando que os cinco solas da reforma são uma síntese do que cria Lutero e os
protestantes que o apoiavam. Esses princípios iam contra o pensamento e o
ensino da igreja romana.
TEXTO BÍBLICO
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Apocalipse 3.1-6.
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1 E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o
que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras,
que tens nome de que vives e estás morto.
2 Sê vigilante e confirma o restante
que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de
Deus.
3 Lembra-te, pois, do que tens
recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei
sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
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4 Mas também tens em Sardes algumas
pessoas que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco,
porquanto são dignas disso.
5 O que vencer será vestido de vestes
brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e
confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
6 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito
diz às igrejas.
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COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Este ano comemoraremos os
quinhentos anos da Reforma Protestante. Esse movimento representou a busca por
um retorno às raízes da igreja do Novo Testamento, pois a igreja havia se
secularizado. Até hoje, os cristãos são beneficiados por força dessa reforma
ocorrida na Idade Média, e que mudou paradigmas na esfera da fé, do
conhecimento de Deus e da salvação. [Comentário: "O justo
viverá pela sua fé" O texto de Romanos 1.17 foi fundamental para que surgisse
a Reforma Protestante no Século XVI. Quando Martinho Lutero leu essa passagem das
Escrituras, foi convencido de que nossa justificação não se dá através das boas
obras, mas sim através da fé. Inicialmente, 'Reforma Protestante' foi um termo
pejorativo empregado pelos católicos romanos àqueles que protestaram contra o
sistema religioso da época, mas esse termo foi assimilado e usado a partir do
século XVI até nossos dias para designar os grandes fatos vividos pelos que
desejavam e desejam pautar sua vida religiosa segundo a Bíblia. A lição não
contempla todas as informações, por isso, veja o seguinte: a Reforma aconteceu
na Alemanha, mas logo, se espalhou para outros países como Inglaterra, Suíça,
França, Escócia, etc. Em cada país podemos destacar um líder que levou avante
este movimento. Ocorreu a partir do final do Século XII, quando começam a
surgir alguns movimentos na Europa que pediam mudanças dentro da Igreja
Católica Romana. Entre eles podemos destacar dois grupos:
Os valdenses com Pedro Valdo
na Itália.
Os cataritas na França.
Também surgiram alguns homens que podemos considerá-los pré-reformadores
como:
John Wycliff na Inglaterra, no
século XIV, 1384
John Huss na Boêmia, no começo
do século XV, 1415
Jerônimo Savanarola na Itália,
no final do século XV, 1498
A Reforma Protestante, no entanto, só aconteceu no Século XVI na
Alemanha, quando o frade agostiniano Martinho Lutero afixou as 95 teses nas
portas da igreja do castelo de Wittenberg. Era o dia 31 de outubro de 1517,
véspera do dia de "todos os santos", quando milhares de peregrinos
afluíam para Wittenberg para a comemoração do feriado do "dia todos os
santos e finados", 01 e 02 de novembro. Era costume pregar nos lugares
públicos os avisos e comunicados. Lutero aproveitou a oportunidade e, através
de suas teses, combatia as indulgências que eram vendidas por João Tetzel com a
falsa promessa de muitos benefícios. Ele dizia que, se alguém comprasse uma
indulgência para um parente falecido, "no momento em que a moeda tocasse
no fundo do cofre a alma saltava do inferno e ia direto para o céu".
Os principais reformadores foram:
Na Alemanha, Martinho Lutero
(1483/1546)
Na Suíça, Huldreich Zwínglio
(1484/1531) e João Calvino (1509/1564).
A Reforma Protestante reconduziu a igreja aos cinco pilares do evangelho
que haviam sido esquecidos e deturpados ao longo da história. Hoje, como
naqueles dias, os desvios doutrinários pregados indiscriminadamente precisam
ser combatidos, precisamos de uma nova Reforma, e nós, como discípulos de
Cristo, devemos proclamar as verdades bíblicas e permanecer nelas.] Dito
isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
I. A NECESSIDADE DA REFORMA NA IGREJA
1. A igreja nos primeiros séculos. Nos primeiros três séculos da era
cristã, enquanto a igreja não tinha vínculos com o Estado, e mantinha sua
independência, foi perseguida, rechaçada e alvo de muitas críticas. Nessa
época, ela lutou internamente contra diversas heresias e sistematizou uma série
de doutrinas. [Comentário: Antes da conversão
de Constantino ao Cristianismo em 315 d.C., os cristãos haviam sido perseguidos
pelo governo romano. Com sua conversão, o Cristianismo tornou-se uma religião
permitida do Império Romano (e mais tarde tornou-se a religião oficial), e
desta forma a Igreja “visível” juntou-se com o poder do governo Romano. Este
casamento de Igreja e Estado levou à formação da Igreja Católica Romana, e
através dos tempos fez com que a Igreja Católica Romana refinasse sua doutrina
e desenvolvesse sua estrutura da forma que melhor servisse aos propósitos do
governo romano. Durante este tempo, opor-se à Igreja Católica Romana era o
mesmo que se opor ao governo romano, o que acarretava severas penas. Por este
motivo, se alguém discordasse com alguma doutrina da Igreja Católica Romana,
seria uma séria ofensa que freqüentemente levaria à excomunhão, e às vezes até
a morte. Nos primeiros três séculos da era atual, a Igreja Primitiva com todas
as lutas e perseguições que enfrentava podia sempre dizer que gozava de paz –
fruto do Espírito, e por isso crescia não apenas numericamente, mas em graça e
conhecimento. Precisamos exercitar o fruto do Espírito para gozarmos essa paz
que sós os nascido de Deus usufruem para que então, como conseqüência cresçamos
em número, em graça e conhecimento de Cristo Jesus, e influenciemos essa nação.]
2. Os séculos até a Idade Média. Na medida em que Estado e Igreja foram
se aproximando, houve mudanças que fizeram com que a igreja abandonasse a doutrina
dos apóstolos. Os ensinos de Jesus e a fé genuína em Deus e no Salvador foram
deixados de lado. [Comentário: O termo idade média foi cunhado por Christopher
Keller (1634-1680) num livro publicado em 1669 onde ele divide a história do
Ocidente em três períodos: a história antiga, a história medieval e a história
moderna. A Idade média é um período de obscuridade tanto cultural como
espiritual por isso muitos historiadores a denominam idade das trevas. A
sociedade caracterizava-se pelo sistema feudal que era essencialmente agrário
em sua estrutura. No começo do séc. V, Roma havia sido invadida pelos bárbaros,
dava-se então a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C). Do séc. V ao
séc. X a igreja medieval passa por várias transformações. Com Gregório I, nasce
o apogeu da supremacia do bispo de Roma, enquanto o império bizantino tinha que
lidar com as invasões islâmicas. A arte e a religiosidade popular conservam formas
de expressão herdadas do passado. O cristianismo Medieval que nessa época já
tinha tomado a forma de catolicismo tornou-se um misto de superstição, ambição
política, especulação vazia, imoralidade chocante e prepotência absurda. O
papado, as Cruzadas, as relíquias, a Inquisição, a venda de indulgências e as
práticas religiosas de um modo geral, são apenas algumas referências históricas
de como uma instituição divina pode se corromper a tal ponto, quando deixa de
se guiar pelo padrão infalível das Sagradas Escrituras. Com exceção de alguns
grupos, como Paulicianos, Valdenses, Lolardos, Hussitas e outras manifestações
menos significativas que houve dentro deste período, a situação como um todo
estava bem longe do Cristianismo apostólico. As poucas luzes que escassamente
brilhavam aqui e acolá eram constantemente ameaçadas e sufocadas pelo
despotismo papal. E embora a Igreja verdadeira jamais deixasse de existir e
cristãos sinceros houvesse em todos os séculos, uma reforma interna era a única
coisa que poderia salvar da morte a verdadeira fé em Cristo, reforma esta,
muitas vezes proposta e muitas vezes rejeitada. Mas a tocha tornaria a arder. Por
toda a Era Medieval, a Igreja Católica Romana manteve o monopólio religioso do
Ocidente europeu. Pertencer à Igreja era conseqüência automática do nascimento
e não havia lei ou costume que permitisse a alguém renunciar a ela. A dominação
espiritual da Igreja se estendia à Toda a Europa. Impossível compreender o
papel e a influência da Igreja Católica Romana na Era Medieval sem a
compreensão de suas doutrinas religiosas básicas. Continue lendo este
artigo em: http://www.cacp.org.br/cristianismo-medieval/]
3. Os avanços. Tivemos avanços nesse período inicial
de bonança, em que a igreja não era mais perseguida e seus verdadeiros membros
não eram mais mal vistos pela sociedade. Jerônimo completou a tradução da
Bíblia para o latim, e muitas pessoas passaram a professar a fé cristã. Mas a
aproximação entre igreja e Estado cobrou seu preço: bispos trocavam acusações
para conseguirem um o lugar do outro, governantes passaram a ter influência na
escolha de líderes cristãos, e promoveu-se a adoração a ídolos. Muitos cristãos
adotaram uma postura de viver uma vida sem luxo, aplicando-se à castidade e às
orações em lugares isolados, por causa da forma com que a igreja permitiu-se
participar de prazeres mundanos e ter adotado uma visão mais secularizada. [Comentário: Nem tudo o que aconteceu
na Idade Média foi ruim ou prejudicial. Não costumamos relembra os feitos de
grandes homens de Deus que viveram nesse período e deixaram o seu legado para
toda a cristandade, mas o fato é que Deus é Soberano e governa! Durante a Idade
Média na Europa, mesmo após a cisão do Império, a Igreja Católica Romana
continuou a ter poder, com os papas clamando autoridade sobre todas as áreas da
vida e vivendo como reis. Corrupção e avareza na liderança da igreja eram muito
comuns. De 1095 a 1204, os papas endossaram uma série de cruzadas sangrentas e
caras na tentativa de repelir avanços muçulmanos e de libertar Jerusalém. Durante
esse período foi intenso o desenvolvimento litúrgico e doutrinário da Igreja.
Com a ascensão do bispo romano, a Igreja tornou-se a senhora do Império. Era já
vigente a idéia de que o poder espiritual era superior ao poder temporal: com a
teoria das duas espadas os papas erigiam e depunham imperadores. A arma
utilizada pelos papas era a excomunhão e o interdito. Nenhum rei queria perder
sua alma para sempre num inferno de fogo, então por vezes, submetia-se aos
ditamos dos papas. A excomunhão não implicava somente em prejuízos espirituais.
De fato, excomungado o rei, seus vassalos ficavam libertos dos juramentos que
lhe haviam feito e muitas vezes isso era desculpa suficiente para que se
rebelassem. Na época do imperador Pepino, o Breve surgiram As Pseudo-decretais
ou decretais pseudo-isidorianas (754 – 852). Eram falsificações entre as quais
se encontrava a tal “doação de Constantino”. Neste documento constava uma
suposta dádiva que o imperador fizera ao bispo de Roma, doando-lhe todas as
terras do império em recompensa de uma cura recebida. Colocava o bispo de Roma
como”caput totius orbis” (cabeça de toda
a terra), tanto sobre a igreja (poder espiritual) como sobre os territórios
(poder temporal). Esta falsificação foi considerada autentica até o século XV,
e ajudou muito o bispo romano reforçar o primado papal, dando um aparente
fundamento jurídico às pretensões dos papas. Os papas usaram e abusaram destes
falsos documentos! Com todo esse poder nas mãos, a Igreja Católica Romana
procurou recuperar os territórios perdidos pelos bárbaros e empreendeu uma
grande campanha de evangelização. Apesar desse zelo missionário houve grandes
transformações na doutrina da igreja. A simplicidade do culto cristão deu lugar
a várias inovações de caráter duvidoso. Do séc. IV ao séc. XIII foram várias as
doutrinas extrabíblicas. Leia mais em: http://www.cacp.org.br/cristianismo-medieval/]
Pense!
Enquanto a igreja manteve-se isenta das ingerências do Estado, pôde
também afastar-se das tentações de assumir o poder temporal e político.
Ponto Importante
A Igreja passou por perseguições e se manteve fiel ao seu chamado, até
que se permitiu envolver com o poder temporal e se deixou influenciar por ele.
II. A REFORMA PROTESTANTE
1. A necessidade de mudanças. Foi notório que a igreja daqueles dias
precisava de mudanças drásticas, pois não representava mais o verdadeiro
Evangelho, e sim a busca pelo poder temporal, o domínio das nações e suas
riquezas. Seus cultos se tornaram distante das pessoas, seus ensinos foram
corrompidos e suas práticas e doutrinas beiravam o charlatanismo. Como descrita
nessa época, a igreja estava realmente distante de sua vocação de agência do
Reino de Deus. Era necessário que passasse por um movimento de transformação
que resgatasse os princípios da Igreja Primitiva, que valorizasse as Escrituras
em detrimento da tradição, e que se abstivesse da busca pelo poder terreno. [Comentário: O Site apologético
cristão CACP traz o seguinte: Nas últimas décadas da Idade Média, a igreja
ocidental viveu um período de decadência que favoreceu o desenvolvimento do
grande cisma do Ocidente, registrado entre 1378 e 1417, e que teve entre suas
principais causas a transferência da sede papal para a cidade francesa de
Avignon e a eleição simultânea de dois e até de três pontífices. O surgimento
do “conciliarismo” – doutrina decorrente do cisma, que subordinava a autoridade
do papa à comunidade dos fiéis representada pelo concílio – bem como o nepotismo
e a imoralidade de alguns pontífices demonstraram a necessidade de uma reforma
radical no seio da igreja. O ESTOPIM PARA A REFORMA: A faísca veio em 1517,
ocasião em que a campanha das indulgências para a basílica de São Pedro em Roma
estava a todo vapor. Tetzel um padre dominicano, pregava sobre as indulgências
com grande exibicionismo: diz que cada vez que cai a moeda na bolsa do frade,
uma alma sai do purgatório. Diante disso, Lutero resolveu protestar fixando
suas 95 teses condenando o uso das indulgências. A resposta do papa Leão X,
veio na bula “Exsurge Domine” ameaçando Lutero de excomunhão. Mas já era tarde
demais pois as teses de Lutero já haviam sido distribuídas por toda a Alemanha.
Lutero então foi chamado a comparecer a dieta de Worms para se retratar. Porém
respondeu ele que não poderia se retratar de nada do que disse. Foi na dieta de
Spira em 1529 que os cristãos reformistas foram apelidados pela primeira vez de
“protestantes”, devido ao protesto que os príncipes alemães fez ante o
autoritarismo do catolicismo. Nessa época, os ideais da reforma já estavam
estourando em diversas partes como em Zurique sob o comando de Zuinglio, na
França sob a liderança de Calvino e nos países baixos. Em todos estes países
houve perseguição aos reformadores e aos novos protestantes. A perseguição veio
se intensificar ainda mais com a chamada “Contra Reforma” promovida pelo
catolicismo, como método de represália. O movimento de reforma foi seguido de
cem anos de guerras religiosas dos reis católicos contra os protestantes. Mas a
reforma prosperou pois não era obra de homem mas de Deus! Igrejas protestantes
foram fundadas em todas as partes do mundo. Hoje graças a Deus, uma grande
parcela da população Ocidental é protestante. E o Brasil caminha a passos
largos para ser conquistado totalmente pelo protestantismo. Leia toda a matéria
acessando: http://www.cacp.org.br/a-reforma-protestante/]
2. Grupos em prol da Reforma antes de
Lutero. Antes de Martinho Lutero
dar início à Reforma Protestante, houve pessoas e grupos que se expuseram
pleiteando uma mudança radical na igreja daquela época. Dentre esses grupos,
destacamos os Waldenses, liderados por Pedro Waldo, que rejeitou a doutrina do
purgatório e ensinou o retorno às Escrituras como um modo de vida. Outro nome
de destaque foi John Wicliff, professor de Oxford, que traduziu a Bíblia para o
inglês a partir da Vulgata Latina. Ele acreditava que o clero católico não
tinha interesse em que a Bíblia fosse lida na língua comum de cada povo. [Comentário: Por outro lado, já
haviam surgido no interior da igreja movimentos reformistas que pregavam uma
vida cristã mais consentânea com o Evangelho. No século XIII surgiram as ordens
mendicantes, com a figura de são Francisco de Assis. Outros movimentos reformistas
surgiram em aberta oposição à hierarquia eclesiástica. No século XII os
valdenses, conhecidos como “os pobres de Lyon” ou “os pobres de Cristo”,
questionaram a autoridade eclesiástica, o purgatório e as indulgências. Os
cátaros ou albigenses defenderam nos séculos XII e XIII um ascetismo
exacerbado, considerando a si mesmos os únicos puros e perfeitos. Os
Petrobrussianos rejeitavam a missa e defendiam o casamento dos padres. No
século XIV, na Inglaterra, John Wycliffe defendeu idéias que seriam reconhecidas
pelo movimento protestante, como a posse do mundo por Deus, a secularização dos
bens eclesiásticos, o fortalecimento do poder temporal do rei como vigário de
Cristo e a negação da presença corpórea de Cristo na eucaristia. As idéias de
Wycliffe exerceram influência sobre o reformador tcheco João Huss e seus
seguidores no território da Boêmia, os hussitas e os taboritas, nos séculos XIV
e XV. Entre essas vozes protestantes estava também a do monge dominicano
Girolamo Savanarola o qual, a mando do papa, foi preso, torturado e enforcado. Em
posição intermediária entre a fidelidade e a crítica à igreja romana situou-se
Erasmo de Rotterdam. Seu profundo humanismo, conciliatório e radicalmente
oposto à violência, embora não isento de ambiguidade, levou-o a dar passos
importantes em direção à Reforma, como a tradução latina do Novo Testamento,
afastando-se da versão oficial da Vulgata; ou a sátira contra o papa Júlio II,
de 1513.]
3. Lutero e seu desafio. Lutero foi um monge que nasceu na
Alemanha em 10 de novembro de 1483. Na infância foi educado dentro dos padrões
cristãos de seu tempo. Na juventude optou por seguir a carreira monástica, e
estudou teologia e filosofia. Deparou-se com uma profunda falta de paz em sua
vida, e lendo as Escrituras, entendeu que poderia ser salvo de seus pecados e
ter a paz com Deus, coisas que poderiam ser feitas apenas pela fé. Em 31 de
outubro de 1517, certo de que a igreja romana havia se distanciado de seu
verdadeiro chamado, Lutero fixou suas 95 teses contra o papa e a igreja romana
com suas doutrinas do purgatório e das indulgências, iniciando assim a chamada
Reforma Protestante. Lutero casou-se com Catarina Bora, uma ex-freira, com quem
teve seis filhos. Escreveu hinos e traduziu a Bíblia para o alemão. [Comentário: Martinho Lutero nasceu
na cidade Eisleben, em 10 de Novembro de 1483. Veio de uma família humilde,
seus pais Hans Luther e sua mãe Margarete Ziegler Luther eram camponeses. Teve
uma próspera carreira acadêmica: foi ordenado sacerdote em 1507 entrando na
ordem agostiniana, estudou filosofia na Universidade de Erfurt, doutorou-se em
teologia e lecionou como professor em Wittemberg. Também recebeu o grau de
mestre em artes. Lutero deixou oficialmente a igreja romana em 1521.]
Pense!
A Reforma Protestante foi necessária para que a verdadeira Igreja de
Jesus Cristo pudesse retornar à sua vocação de sal da terra e luz do mundo.
Ponto Importante
Antes de Lutero, outras pessoas já demonstravam descontentamento com o
sistema de vida da liderança da igreja romana, de suas doutrinas e do seu
afastamento do público.
III. FRUTOS DA REFORMA NOS ÚLTIMOS SÉCULOS
1. Tradução da Bíblia para o alemão e
outras línguas. Até a Reforma
Protestante, a Igreja Católica adotou a Bíblia e os sermões em latim, uma
língua que com o passar do tempo se tornou distante das pessoas, e próxima
apenas dos estudiosos. Após a Reforma, a Bíblia foi traduzida para o alemão,
francês, inglês, e também para o português. Em nossos dias, instituições como
as Sociedades Bíblicas, a Wicliff e a ALEM (no Brasil) tem sido uma força
grandiosa na tradução e distribuição de Bíblias e porções de textos bíblicos
traduzidos. Os cultos passaram a ser realizados na lingua dos povos, tornando
mais clara a pregação e ensino do Evangelho. [Comentário: Lutero era professor de Bíblia e
descobriu nela o quanto a igreja se havia afastado do evangelho. A tradução
alemã da Bíblia, produzida por Martinho Lutero, impressa pela primeira vez em
1534 é considerada como sendo em grande parte responsável pela evolução da
moderna língua alemã. A tradução de toda a Bíblia em outras línguas foi
considerada um divisor de águas na história intelectual da Humanidade. Cronologicamente
temos: em francês, publicada em 1528 por Jacques Lefèvre d'Étaples (também
conhecido como Faber Stapulensis); em espanhol: publicada em Basileia em 1569
por Casiodoro de Reina (Biblia del Oso); em tcheco publicada em Kralice entre
1579-1593; em inglês: Bíblia do rei James, publicada em 1611; em neerlandês:
the States Bible, em 1637. Talvez você não saiba mas, a tradução portuguesa
mais lida é a de João Ferreira Annes de Almeida, publicada em 1681. A tradução
foi impressa na Holanda, mas foi feita na cidade de Batávia (hoje Jacarta), na
ilha de Java (hoje parte da Indonésia). Almeida, que era natural de Torre de
Tavares, Portugal, faleceu em 1691,
deixando a tradução do Antigo Testamento incompleta (conseguiu traduzir até
Ezequiel 48.21). A tradução foi finalizada por Jacobus op den Akker, pastor da
Igreja Reformada Holandesa, colega de Almeida, ambos calvinistas.]
2. Missões. Com a Reforma, despertou no coração dos
crentes o entendimento de que o Evangelho deveria ser efetivamente anunciado,
sem o interesse de se conquistar novas terras ou subjugar povos. A pregação da
Palavra de Deus e a salvação das almas perdidas ganhou novo enfoque, e muitos
cristãos dedicaram-se a passar seus dias no campo missionário. [Comentário: O Pastor Ronaldo
Lidório escreve: A Missão da Igreja, sua Vox Clamantis, não fez parte dos temas
defendidos e pregados na Reforma Protestante de forma direta. Isto por um
motivo óbvio: os reformadores como Lutero, Calvino e Zuínglio possuíam em suas
mãos o grande desafio de reconduzir a Igreja à Palavra de Deus e assim, todos
os escritos foram revestidos por uma forte convicção eclesiológica e sem uma
preocupação imediata com a missiologia. Isto não dilui, entretanto, a profunda
ligação entre a reforma e a obra missionária por alguns motivos:
a) A Reforma levou a Igreja a crer que o curso de sua vida e razão de
existir deveriam ser conduzidos pela Palavra de Deus (submetendo o próprio
sacerdócio a este crivo bíblico) e foi justamente esta ênfase escriturística
que despertou Lutero para a tradução da Palavra na língua do povo e inspirou,
posteriormente, centenas de traduções populares em diversos idiomas, fomentando
posteriormente movimentos como a Wycliffe Bible Translators, com a visão da
tradução das Escrituras para todas as línguas entre todos os povos da terra.
Hoje contamos com a Palavra do Senhor traduzida para 2.212 línguas vivas. João
Calvino enfatizava que “... onde quer que vejamos a Palavra de Deus pregada e
ouvida em toda a sua pureza... não há dúvida de que existe uma Igreja de Deus”.
O grande esforço missionário para a tradução bíblica resulta diretamente dos
ensinos reformados.
b) A Reforma reavivou o culto onde todos os salvos, e não apenas o
sacerdote, louvavam e buscavam a Deus. E Lutero, em uma de suas primeiras
atitudes, colocou em linguagem comum os hinos entoados nos cultos. Esta
convicção de que é possível ao homem comum louvar a Deus, incorporou na Igreja
pós-reforma o pensamento multiétnico, onde “o desejo de levar o culto a todos
os homens”, como disse Zuínglio, não demorou a ressoar na Igreja, culminando
com o envio de missionários para o Ceilão, pela Igreja Reformada holandesa, no
século XVII, que disparou um progressivo envio missionário e expansão da fé
Cristã nos séculos que viriam. Um culto vivo ao Deus vivo foi um dos
pressupostos reformados que induziu a obra missionária a levar este culto a
todos os homens, transpondo barreiras linguísticas, culturais e geográficas.
c) A Reforma trouxe a Glória de Deus como motivo de vida da Igreja, e
isto definiu o curso de todo o movimento missionário pós-reforma onde o
estandarte de Cristo, e não da Igreja, era levado com a Palavra proclamada
entre outros povos. Os morávios já
testificavam isto quando o conde Zinzendorf, ao ser questionado sobre seu real
motivo para tão expressivo e sacrificial movimento missionário, responde:
“estou indo buscar para o Cordeiro o galardão do Seu sacrifício”. John Knox, na
segunda metade do século XVI, escreveu que a Genebra de Calvino era “a mais
perfeita escola de Cristo que jamais houve na terra desde a época dos apóstolos
”. O centro das atenções, portanto, era Cristo, e nascia ali um modelo
cristocêntrico de pregação do evangelho que marcaria o curso da história
missionária nos séculos posteriores. Mas, sobretudo, a Reforma Protestante
passou a Igreja pelo crivo da Palavra e isto revelou-nos a nossa identidade
bíblica, segundo o coração de Deus. Seguindo o esboço desta eclesiologia
reformada, poderemos concluir que somos uma comunidade chamada e salva pelo
Senhor com uma finalidade na terra. Zuínglio, logo após manifestar sua intenção
de passar a pregar apenas sermões expositivos em janeiro de 1519, afirmou em
sua primeira prédica que “a salvação põe sobre nós a responsabilidade de
obediência” http://www.monergismo.com/textos/missoes/reforma_missoes_lidorio.htm]
3. O pentecostes. O pentecostalismo tem sido a marca do
avivamento da igreja cristã em nossos dias. Por meio do mover do Espírito
Santo, milhões de crentes no mundo inteiro têm sido revestidos de poder para
testemunhar acerca de Jesus e de sua obra. Os pentecostais pregam basicamente
que Jesus salva, cura, liberta as pessoas, que batiza com o seu Espírito Santo
com evidência do falar em outras línguas, e que Jesus voltará para buscar o seu
povo. Creem na inspiração plenária das Escrituras, na necessidade de
arrependimento para que uma pessoa seja salva, e na necessidade de uma vida
santa. Um dos temas correntes em nossas pregações é a contemporaneidade dos
dons espirituais. Cremos que os dons do Espírito Santo, conforme mencionados em
1 Coríntios 12, não foram extintos, pois a própria Palavra de Deus não nos fala
que os dons do Espírito Santo teriam data de validade apenas para o primeiro
século da era cristã. [Comentário: O avivamento da
Rua Azusa, na cidade de Los Angeles - EUA, tem marcado profundamente o
Cristianismo dos últimos cem anos. Hoje, dos 660 milhões de cristãos
protestantes e evangélicos no mundo, 600 milhões pertençam a igrejas que foram
diretamente influenciadas pelo avivamento da Rua Azusa (Pentecostais,
Carismáticos, Terceira-Onda etc). Fire on the Earth por Eddie Hyatt. Sugiro a leitura
deste artigo para conhecer melhor a origem do movimento pentecostal tua: http://pentecostalreformado.blogspot.com.br/2010/12/pentecostes-reforma-da-reforma.html]
4. Desafios de nossos dias. Em nossos dias, temos observado as
constantes mudanças que ocorrem na sociedade. A tecnologia avança a olhos
vistos. A medicina vem fazendo tratamentos para males que antes eram
incuráveis, com resultados comprovados. Com a internet, o mundo se tornou pequeno,
e praticamente qualquer informação pode ser consultada de um aparelho celular
conectado a internet. Há meios de se aumentar a quantidade de alimentos para
alimentar populações inteiras, mas por outro lado, aumentam a violência, a fome
em diversos países. O terrorismo tem sido uma das marcas dos nossos dias, com
guerras que devastam países e populações. Novas doenças surgem, e ressurgem
antigos males, e a internet vem sendo usada para recrutar pessoas que tem pouco
apego à vida e estão dispostos a levar consigo outras vidas que não partilham
de suas ideologias. Surgem diversas formas de pensar o sobrenatural, e há uma
busca pelo oculto, divulgado pelos filmes de cinema. São desafios com os quais
temos de lidar em nossos dias... [Comentário: 500 anos depois do
movimento que ‘deu cara’ ao ocidente, vemos novamente a necessidade de
revisitarmos aqueles dias e aprendermos com eles. Analisando a Igreja de hoje
percebemos que ela está enfrentando duas grandes crises: crise doutrinária e
crise moral e espiritual. Ela está, como o Apóstolo já previa, apostatando da
verdadeira fé (1Tm 4.1). Acredito que hoje seja o caso especialmente do
“Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est”, de autoria do reformado holandês
Gisbertus Voetius (1589-1676) . O Rev Augustus Nicodemus Lopes escreve: “Existem
muitas heresias penetrando as igrejas. Muitas dessas heresias vêm da parte dos
chamados neopentecostais, que são o maior grupo evangélico do país, com muitos
programas de televisão, onde propagam suas estranhas doutrinas, mais centradas
no poder do homem que no poder de Deus. Uma delas é a famosa “doutrina da
determinação”. Segundo esse ensino, Deus é uma espécie de gênio da lâmpada, que
está na igreja (e essa tem que ser neopentecostal!) somente para realizar os
nossos pedidos. A maioria dos “cristãos” dessas igrejas estão lá para pedirem,
e pedirem não bens espirituais, mas materiais. A adoração passou para 2º plano.
Deus já não é mais adorado “em espírito e em verdade” (Jo.4.24), mas as pessoas
somente “determinam” que querem tal coisa, e Deus deve dar de qualquer jeito. Essas
heresias estão invadindo até as igrejas que não são neopentecostais. “Quebra de
maldição”, “prosperidade” e “determinação” são palavras que estão entrando no
vocabulário de muitas denominações. O chamado “evangelho da prosperidade” está
conquistando muitas pessoas e muitas igrejas. Mas será esse o evangelho de
Cristo? O conhecimento bíblico nas igrejas vem diminuindo cada vez mais. As
pessoas não querem mais saber da Bíblia. Se pregarmos para esses “cristãos” que
Maria também pode curar, estejamos certos de que quase toda a cristandade
evangélica buscará apoio em Maria, pois não tem conhecimento bíblico, só querem
milagres e prosperidade. Seu conhecimento é superficial, não tem nenhuma
profundidade. [...] E a juventude evangélica, como está? Indo de mal a pior. O
que a juventude quer é cantar, tocar, “louvar”. Mas querem pregar? Não, isso
eles não querem. Bíblia debaixo do braço não combina com a moda atual. Pregar
nas praças? Não, isso é coisa para fanáticos, nos dizem. Falar do amor de Deus
para um colega de escola? Também não, preferem indicar o último lançamento
gospel! Precisamos mudar, e mudar muito.” http://teologia-vida.blogspot.com.br/2009/10/igreja-precisa-de-uma-nova-reforma.html.
Este é o quadro atual, como bem comenta o Rev Nicodemus. Precisamos sim de uma
nova Reforma, precisamos que Deus envie sobre nós um avivamento, precisamos
evangelizar os evangélicos...]
Pense!
Missões, pregação da Palavra e santificação são frutos da
Reforma que são seguidos em nossos dias.
Ponto Importante
Precisamos ser cheios do Espírito Santo a fim de que estejamos
preparados, como igreja, para lidar com os desafios do nosso tempo.
CONCLUSÃO
A Reforma Protestante
foi, sem dúvida, o instrumento que Deus se utilizou para redirecionar a Igreja
à sua verdadeira vocação: ensinar o justo a viver pela fé, buscar o
conhecimento verdadeiro das Sagradas Escrituras e definir o sacerdócio
universal dos crentes. Somos fruto dessa Reforma, e devemos aproveitar cada
ocasião para fazer com que Deus seja glorificado por meio de nossas atitudes. [Comentário: A classe a qual me
dirijo nesse momento é àquela que vai herdar as crises da igreja brasileira. Precisamos,
juntos promover uma Nova Reforma na Igreja, clamar por um grande avivamento; voltar
à pregação da Palavra, voltar à mensagem da cruz; deixar as inovações. Deixar o
“outro evangelho” (Gl.1.8-9), que é o “evangelho da prosperidade”, e voltar à
pregação do evangelho de Cristo (Mc.16.15). Vamos gritar para que voltemos à
doutrina dos apóstolos (At.2.42) e deixemos os falsos profetas com seus falsos
ensinos. Vamos reformar a Igreja!] “NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Fevereiro de 2017
HORA DA REVISÃO
1. Como era a igreja nos
primeiros séculos?
A igreja seguia a doutrina dos
apóstolos. Os ensinos de Jesus eram obedecidos e havia fé genuína em Deus e no
Salvador.
2. A união da igreja com o Estado
foi benéfica? O que causou tal união?
Não. Na medida em que Estado e Igreja
foram se aproximando, houve mudanças que fizeram com que a igreja abandonasse a
doutrina dos apóstolos. Os ensinos de Jesus e a fé genuína em Deus e no
Salvador foram deixados de lado.
3. Quais foram os avanços no
período de bonança?
Jerônimo completou a tradução da
Bíblia para o latim, e muitas pessoas passaram a professar a fé cristã.
4. Quem foi Lutero?
Lutero foi um monge que nasceu
na Alemanha em 10 de novembro de 1483.
5. Qual o dia, mês e ano da
Reforma?
31 de outubro de 1517.
SUBSÍDIO I
“No século XVI, o papa ficou mais influente
com a destruição do Império Romano, o que resultou na ligação entre o papa e os
governantes políticos. Tal relacionamento próximo entre a igreja e o Estado
resultava com frequência em coerção para que as pessoas se tornassem cristãs.
Uma das partes mais infelizes da história foi o período em que os líderes
eclesiásticos forçaram, com o auxílio das autoridades civis e com o uso da
espada, incontáveis dezenas de milhares de pessoas a se ‘converterem’ ao
cristianismo. Os crentes de hoje, em vez de tentarem racionalizar isto para os
críticos contemporâneos, fazem melhor em simplesmente se arrependerem do que
foi feito em nome de Cristo. O papa ‘entrou nas ruínas do império caído no
Ocidente e começou a construção da igreja medieval sobre a glória passada de
Roma... Isto levou séculos, mas os papas, auxiliados por príncipes cristãos,
aos poucos pacificaram e batizaram um continente e o chamou de cristianismo, a
Europa cristã. Entretanto, batizar multidões significa batizar pagãos’. Como
uma igreja cheia de ‘pagãos batizados’ afeta os que são realmente sinceros a
respeito do Deus? Os cristãos genuínos se afastam. E foi exatamente isto que
muitos cristãos fizeram. Eles eram chamados de monásticos” (GARLOW, James L.
Deus e o seu Povo: A História da Igreja como Reino de Deus. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 2007, p.67).
Fonte: O
texto da lição foi retirado de: