- Lição 9 -
27 de Novembro de 2016
O Milagres Está em Sua
Casa
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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“Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses [...], que
não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; que faz justiça ao órfão
e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e veste.” (Dt 10.17,18)
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Em tempos de crises Deus realiza o impossível e o
extraordinário.
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - 2 Rs 2.8
Eliseu
divide as águas do Jordão
Terça - 2 Rs 4.1-7
Eliseu multiplica o
azeite da viúva de um dos filhos dos profetas
Quarta - 2 Rs 4.19-35
Eliseu ressuscita o
filho de uma sunamita
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Quinta - 2 Rs
4.42-44
Eliseu multiplicou os
pães para cem homens
Sexta - 2 Rs 5.9-14
Eliseu indicou a cura
da lepra de Naamã
Sábado - 2 Rs 6.6,7
Eliseu fez o machado flutuar
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LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
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2 Reis 4.1-7
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1 - E uma mulher das mulheres dos
filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu;
e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os
meus dois filhos para serem servos.
2 - E Eliseu lhe disse: Que te hei de
eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem
nada em casa, senão uma botija de azeite.
3 - Então, disse ele: Vai, pede para
ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.
4 - Então, entra, e fecha a porta
sobre ti e
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sobre teus filhos, e
deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio.
5 - Partiu, pois, dele e fechou a
porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os
enchia.
6 - E sucedeu que, cheios que foram os
vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há
mais vaso nenhum. Então, o azeite parou.
7 - Então, veio ela e o fez saber ao
homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e
teus filhos vivei do resto.
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HINOS SUGERIDOS: 28, 58, 262 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Ressaltar que em tempos de crise Deus opera o impossível
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apontar
a crise financeira pela qual a viúva que procurou Eliseu passava;
II. Mostrar
que Deus realiza milagres;
III. Enfatizar que Deus dá a provisão na medida certa.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito do milagre da multiplicação do
azeite realizado pelo profeta Eliseu. O milagre da multiplicação do azeite nos
mostra que para Deus não existem impossíveis. Não importa a crise que o nosso
país esteja enfrentando, o Senhor pode realizar o impossível para nos abençoar
financeiramente. A viúva endividada, no momento de crise foi até a pessoa
certa, um profeta e homem de Deus. É preciso ter cuidado, pois muitos estão
buscando o milagre divino no lugar errado e com a pessoa errada. Em tempos de
crises não faltam falsos profetas que prometem soluções milagrosas. Estes
pseudosprofetas "vendem a bênção" do Senhor, ganhando com a dor e a
miséria alheia. Precisamos estar atentos, pois Deus não negocia milagres.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Deus concedeu a Eliseu
autoridade espiritual para que ele pudesse suceder Elias. O seu ministério foi
marcado por muitos milagres. Na lição de hoje, vamos estudar o milagre que Deus
operou por intermédio do seu servo para salvar uma viúva e seus dois filhos de
uma crise financeira. [Comentário: Eliseu era um
lavrador pertencente a uma família abastada de Israel, quando foi chamado a
exercer o ministério profético (1 Rs 19.19-21). Sem dúvida, era um dos sete mil
que não haviam se dobrado diante de Baal. E essa foi uma das razões pelas quais
o Senhor o escolhera. As intervenções sobrenaturais, através de Eliseu, são
impressionantes (1 Rs 19.16). Discípulo e sucessor de Elias, Elliseu (Deus é
salvação) serviu seu povo por 60 anos com um profincuo e poderoso ministério,
tendo realizado grandes milagres, diferentes dos que quaisquer outros profetas,
e o dobro dos realizados por seu grande mestre. A narrativa no Livro dos Reis é
basicamente o registro de uma série de eventos e atos sobrenaturais promovidos
por este profeta. Eliseu viveu no Reino de Israel, no século VII a.C., durante
os reinados de Ocozias, Jorão, Jéu, Joás e Joacaz. Na lição de hoje,
estudaremos a narrativa bíblica sobre a multiplicação do azeite na casa da
viúva (2 Rs 4.1-7). Não há dúvidas de que esta é uma das mais surpreendentes passagens
bíblicas. Nela, vemos o pouco tornar-se muito; a escassez converter-se em
abundância e o vazio ficar cheio! Vemos ainda como a graça de Deus alcança os
corações desesperados. Este texto, portanto, é bem claro em revelar que os
milagres acontecem primeiramente em decorrência da bondade de Deus e, após, em
resposta a uma fé obediente. Os “filhos dos profetas” eram homens de Deus,
instruídos pelo profeta na Lei de Deus, que ensinavam o caminho do Senhor ao
povo. Eles eram pregadores da época. Profetas também faleciam (Zc 1.5). Mesmo
pessoas tementes a Deus tem os seus problemas.] Dito isto, vamos pensar
maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
Em tempos de crises, Deus
realiza milagres.
I - UMA FAMÍLIA EM DIFICULDADES
1. A crise das dívidas. Não sabemos o nome da viúva nem dos
seus filhos, mas sabemos que ela era esposa de um discípulo de Eliseu. Parece
que este não lhe deixou nenhuma herança, apenas uma dívida impagável. A
situação daquela mulher era desesperadora. As viúvas eram sustentadas pelos
filhos e tudo indica que seus filhos ainda eram crianças. [Comentário: O texto de 2 Rs
4.1-7 expõe a extrema penúria na qual essa pobre mulher havia ficado. Perdera o
marido, que havia falecido, e agora corria o risco de perder também os filhos
para os credores se não quitasse uma dívida. Era costume naqueles dias um
credor obrigar um devedor a saldar a sua dívida através do trabalho servil ou
escravo (2 Rs 4.1b). Essa mulher, portanto, necessitava urgentemente que alguma
coisa fosse feita para tirá-la daquela situação. Sabedora que o profeta Eliseu
era um homem de Deus, recorreu a ele (v.1). A Escritura mostra que o Senhor
socorre o necessitado (Sl 40.17; 69.33; Is 25.4; Jr 20.13). Não foi apenas por
ser pobre que a viúva foi socorrida, nem tampouco por haver sido esposa de um
dos discípulos dos profetas (2 Rs 4.1). O texto diz que ela “clamou” ao profeta
Eliseu (2 Rs 4.1). O termo hebraico que traduz essa palavra é tsa aq, que
possui o sentido de clamar por ajuda, chorar em voz alta. O profeta ficou sensibilizado;
Deus compadeceu-se daquela mulher sofredora. O Senhor é compassivo,
misericordioso e longânimo (Êx 34.6; 2 Cr 30.9; Sl 116.5).]
2. O risco de perder os filhos. A mulher corria o risco de perder seus
dois filhos para os credores. Eles poderiam ser vendidos como escravos para
saldar a dívida. A situação era gravíssima, pois não havia emprego para uma
viúva. Ela também não tinha dinheiro, joias ou qualquer tipo de alimento em
casa. Vivemos tempos de grandes dificuldades econômicas, quando muitas famílias
estão vivendo em absoluta pobreza. O número de desempregados é um dos maiores
da história do país. Muitos já não têm como sustentar suas famílias, e falta o
pão de cada dia. Não poucos crentes, fiéis a Deus, estão desempregados e
padecendo necessidades. Precisamos, como Igreja do Senhor, socorrer os
necessitados e aflitos. [Comentário: A lei israelita permitia, como forma
de proteção ao credor, que se tomasse os filhos dos devedores, para que
trabalhassem até que a dívida fosse paga. Mas em Deuteronômio 15.1-18, há uma
ressalva para que isto não fosse feito em tempos de fome ou grandes
necessidades. Geralmente o tipo de pedido que a viúva fez a Eliseu, era
direcionado ao rei, a autoridade judicial suprema do país. Porém como a Lei não
proibia a tomada dos filhos pelo credor, e como era algo já culturalmente
aceito até nas demais nações em redor de Israel, a viúva não viu outra saída, a
não ser clamar pela misericórdia divina. Na sua extrema necessidade, apenas
apresenta a sua justa causa ao homem de Deus e ao próprio Deus. A causa dela
era justa, não pedia por riqueza ou status, ou que Eliseu descumprisse a Lei,
mas queria apenas um livramento, pela vida de seus filhos.]
3. A viuvez. No Antigo Testamento, a mulher
trabalhava somente em casa e era sustentada por seu marido. Quando o marido
morria, era amparada por seus filhos ou parentes, até que encontrasse algum
familiar que se tornasse o remidor, casando-se com ela. No caso da viúva que
Eliseu ajudou, não houve quem a remisse. Pelo contrário, a dívida contraída por
seu marido deveria ser paga com a venda de seus filhos. Em meio a crise
financeira, a mulher lembrou-se do homem de Deus. Talvez Eliseu tivesse
conhecido aquela família nos tempos de bonança. Deus não desampara as viúvas e
os órfãos. [Comentário: A Bíblia apresenta
a viúva como uma pessoa necessitada em termos de proteção e sustento, e que
deve ser honrada e respeitada. Desse modo, a cidade de Jerusalém, destruída, é
apresentada como uma viúva. ‘Como se acha solitária aquela cidade... Tornou-se
como viúva...’ (Lm 1.1). Sob a lei mosaica, o cuidado para com a viúva era
considerado uma responsabilidade dos parentes, e era um dos deveres atribuídos
ao filho mais velho, que recebia a primogenitura. Com relação a viúva casar-se
outra vez, se não tivesse filhos, esperava-se que ela se casasse com o irmão ou
com um parente próximo do seu falecido marido (Dt 25.5). Se alguém prejudicasse
uma viúva ou um órfão, e esta pessoa, aflita, clamasse ao Senhor, Ele enviaria
uma vingança rápida (Êx 22.22-24; Sl 146.9). Na igreja cristã primitiva, o
cuidado pelas viúvas recebeu uma pronta atenção quando ‘houve uma murmuração
dos gregos contra os hebreus, porque suas viúvas eram desprezadas no ministério
cotidiano’ (At 6.1). Sete diáconos foram escolhidos para cuidar desse
importante assunto. Depois disso, uma atenção especial foi demonstrada no
cuidado das viúvas: ‘Se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da
sua família, negou a fé e é pior do que o infiel’”(1 Tm 5.8) (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.2024). A viúva no Antigo
testamento, às vezes passava por situações constrangedoras, como a de ter que
aceitar que o irmão de seu esposo lha tomasse por mulher e que o filho que
deles nacesse fosse considerado filho do falecido marido, para assim
suscitar-lhe descendência (Lei do levirato). A Lei permitia que a mulher viúva
retornasse à casa dos pais (Gn 38.11) ou se casasse novamente através do
levirato (Rt 4.10). Como as mulheres dependiam da providência do marido, a
condição de viuvez causava preocupação, pois resultava em pobreza e
vulnerabilidade. Em Êx 22.22-27 as leis revelam que Deus está bem
atento às circunstâncias difíceis das viúvas, dos pobres e dos menos
favorecidos, e que se compadece deles (Dt 24.6,12,13; Jó 22.6; 24.7; Ez
18.12,16; ver Mc 6.34; 8.2; Lc 2.36,37; 7.13). A narrativa da viúva com seus
dois filhos revela que Deus cuida dos seus fiéis quando estão em necessidade e
aflição. A viúva com os filhos representam o povo de Deus quando estão em
abandono e opressão. Tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, a
compaixão pelos necessitados e o cuidado por eles são evidência da fé genuína
em Deus e da verdadeira piedade (Êx 22.22-24; Dt 10.18; 14.29; Jó 29.12; Tg
1.27). ]
SÍNTESE DO TÓPICO I
A família da viúva que foi procurar a
ajuda de Eliseu estava correndo sérios riscos.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
A viuvez no Antigo
Testamento
No Antigo Testamento,
a questão da viuvez já era tratada com muita atenção. Inclusive, Deus advertira
fortemente ao povo de Israel para que tratasse bem aos órfãos e as viúvas, caso
contrário, Ele castigaria contundentemente aqueles que os oprimissem (Êx
22.22-24; Sl 68.5; Ml 3.5).
Um detalhe
interessante a ser notado é que as passagens tanto do Antigo quanto do Novo
Testamento, que tratam da questão da viuvez, não falam do cuidado com os
viúvos, mas, sim, em relação às viúvas, uma vez que, no modelo de organização
familiar daqueles tempos, a morte da esposa não mudava a posição social e
econômica do marido, mas o contrário, sim. Lembremo-nos que, nos tempos
antigos, ou seja, no período bíblico e também durante muitos séculos depois,
não havia pensão alimentícia nem seguro social, e as mulheres também não tinham
tantas alternativas de emprego em nossos dias. Já para o homem, que normalmente
sustentava a família sozinho, havia muitas opções, além de ser privilegiado na
questão das heranças. Por esse motivo as viúvas passavam geralmente grandes
necessidades.
No período bíblico,
perder o marido significava para a mulher perder de forma dramática a sua
posição social e econômica, e, conforme lembram-nos os teólogos Merril F. Unger
e William White Jr, 'a gravidade da situação era aumentada se ela não tivesse
filhos' (Dicionário Vine, p. 33). No caso de não ter gerado filhos, a viúva
voltava para a casa dos pais (Gn 28.1) e ficava sujeita à lei do levirato, que
já era praticada antes de Moisés, mas foi estabelecida como lei, de fato,
somente com ele (Dt 25.5,6)" (COLEHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo
as Aflições da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 43,44).
CONHEÇA MAIS
Escravos
Nos tempos do Antigo Testamento,
uma família de uma pessoa podia ser tomada e vendida para escravidão temporária
para pagar uma dívida devida pelo pai. O ato de Eliseu demonstrou a preocupação
de Deus pela viúva e pelo órfão que simbolizam o afligido pela pobreza e pela fraqueza no AT.
Óleo de oliva refinado era usado
em cozimento, cosméticos e queimado como combustível na iluminação e era sempre
mantido em combustão, mesmo na casa mais pobre dos hebreus. Podia ter sido
facilmente vendido pela viúva, a dívida paga e, assim, as necessidades da
própria família seriam atendidas." Para conhecer mais leia, Guia do Leitor
da Bíblia, CPAD, p.245.
II - DEUS REALIZA MILAGRES
1. A fé do profeta. O capítulo quatro do segundo livro de
Reis registra quatro milagres operados por Eliseu. Estes milagres evidenciam a
fé do profeta e o cuidado de Deus para com todos aqueles que creem nEle. Se
quisermos ver milagres em nossas vidas precisamos crer. É preciso ter fé, pois
o que duvida não pode receber nada do Senhor. Mesmo em tempos de crises, não
podemos nos esquecer que para Deus não existem impossíveis. Ele pode operar um
milagre em sua vida, creia. [Comentário: A Bíblia não nos
relata sobre a vida de Eliseu antes do encontro com o profeta Elias, mas
podemos deduzir que se Deus o escolheu, com toda certeza ele era uma pessoa
especial, coisa que devemos entender antes de fazer qualquer indagação a Deus,
ainda se levarmos em conta a situação e o momento do encontro. Diante do clamor
daquela viúva, Eliseu ficou sensibilizado e não hesitou em atendê-la, pois
sabia que Deus era misericordioso. “As misericórdias do Senhor são a causa de
não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3:22). Há
grande suprimento para toda necessidade quando Deus intervém. Eliseu era
compromissado com Deus, não com as tradições, por isso não se calou frente à
injustiça, nem se deixou moldar pela teologia deturpada daqueles dias. Em seu
ministério, mais do que no de qualquer outro profeta, a mulher foi valorizada e
seus direitos respeitados. “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus
e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo
guardar-se incontaminado do mundo”(Tg 1:27). 2Rs 13.14: “Carros de Israel e seus cavaleiros!” O rei Joás reconheceu que o
Deus de Eliseu era o verdadeiro defensor de Israel. Joás sabia com certeza que
a força e a proteção de Israel findariam com a morte de Eliseu. Em qualquer
tempo que faltar a palavra profética para o povo de Deus, a decadência
espiritual e a apostasia sem dúvida vão surgir (Jr 21-22). "Joás visitou
Eliseu devido ao grande respeito que tinha pelo profeta, que estava próximo de
falecer. Sua saudação: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!,
foi a exclamação que o profeta pronunciou na ocasião em que Elias foi levado ao
céu (2 Rs 2.12). O fato de Joás utilizar esta expressão é uma indicação de que
ele reconhecia a proximidade da morte de Eliseu. A ordem relacionada ao uso do
arco e das flechas estava relacionada com a Síria, que era a nação que oprimia
Israel. Uma flecha lançada em direção ao oriente simbolizava a vitória em
Afeca; as setas lançadas ao solo simbolizavam a vitória de Israel sobre a
Síria. Eliseu se indignou muito contra Joás, por saber que confiar e se apoiar
em outras nações era uma atitude errada. Era necessário ter uma completa
confiança em Deus para que fossem ajudados contra as nações estrangeiras que
procuravam oprimir Israel. O poder miraculoso associado aos ossos de Eliseu
tinha a finalidade de mostrar a Joás que o poder do Deus de Israel seria
manifestado sobre a Síria, mesmo após a morte do profeta" (Comentário
Bíblico Beacon. Vol 2. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 360-61).]
2. A viúva procura Eliseu. Diante da crise, a viúva decidiu
procurar a ajuda do profeta. A primeira pergunta que Eliseu fez à mulher foi:
"Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa". A
igreja neste tempo de crise econômica, deveria fazer à sociedade a mesma
pergunta. A Igreja de Cristo não pode fugir à sua responsabilidade para com os
pobres, órfãos e viúvas. Precisamos investir no serviço social. Eliseu, como
homem de Deus, sabia que o Senhor poderia reverter a situação financeira
daquela viúva. Ele não quis saber quem era o responsável pela dívida, mas
decidiu ajudar uma pessoa necessitada. [Comentário: Não tendo a quem
mais recorrer, a pobre viúva apelou ao profeta Eliseu, apesar de saber que este
também não possuía recursos financeiros. Confiava que ele encontraria em Deus
uma saída para a crise. O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como
resposta a uma carência humana, mas não apenas isso: ocorreu também graças à
compaixão divina. Duas coisas precisam ser observadas aqui. Em primeiro lugar,
o milagre acontece na esfera familiar: “o que tens em casa”. O lar e a família
são importantes para Deus. Em segundo lugar, um pouquinho pode tornar-se muito
se vem com a bênção de Deus. De fato o texto hebraico destaca que a porção de
azeite da mulher era tão minguada que ela quase esqueceu que o possuía. No
entanto, foi esse pouco que o Senhor usou para operar o grande milagre. O que
possuímos pode ser bem pouco, mas é suficiente para Deus operar os seus
propósitos]
3. Deus utiliza aquilo
que temos. O que você tem em mãos
para começar a ver o milagre de Deus? Moisés tinha um cajado e com ele Deus
operou grandes maravilhas. Davi tinha uma funda e algumas pedrinhas e com elas
derrotou o gigante Golias. Pedro tinha uma rede de pesca e viu o milagre de
Deus, depois de uma noite sem pegar nada. É a partir de "uma botija de
azeite" que Deus torna tudo abundante, porque Ele é o Deus de toda
provisão. [Comentário: A instrução dada pelo profeta Eliseu
para solucionar o problema da viúva é bastante reveladora sobre a dinâmica
desse milagre (2 Rs 4.3-5). Num primeiro momento, o profeta chamou a mulher à
ação: “Vai, pede para ti vasos emprestados”. A fé é demonstrada pela ação (Tg
2.17). Jesus também viu a fé do paralítico e dos homens que o conduziram em
Cafarnaum (Mc 2.1-12). Em segundo lugar, o milagre deveria acontecer de portas
fechadas: “Fecha a porta”, disse o profeta. A mulher obedeceu ao profeta, e o
azeite começou a fluir. E, assim, pôde ela salvar os filhos, pagar as dívidas e
viver dignamente. É possível que uma das causas da escassez de milagres hoje
esteja na publicidade desenfreada. Deus quer privacidade, mas os homens gostam
de notoriedade. Gostam de aparecer e vangloriar-se (Lc 12.15). Deixam a porta
aberta para serem vistos!]
SÍNTESE DO TÓPICO II
Deus não mudou. Ele continua a
realizar milagres.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
O problema da dívida
daquela família precisava ser resolvido. Eliseu não pensou em buscar um
empréstimo para saldar aquela pendência financeira. Ele perguntou o que a que
mulher tinha em sua casa. Curiosa essa pergunta, pois se a mulher veio até o
profeta pedir ajuda para não ter seus filhos levados como escravos por causa de
uma dívida, é plausível entender que ela não tinha bens de valor material em
casa que fossem suficientes para a quitação do débito.
A mulher respondeu ao
profeta: 'Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite' (2 Rs
4.2). Em que um vaso de azeite seria útil em uma casa com falta de provisão?
Lawrence O. Richards fala que 'óleo de oliva refinado no cozimento, cosmético e
queimado como combustível na iluminação, e era sempre mantido em combustão,
mesmo na casa do mais pobre dos hebreus' (Guia do Leitor da Bíblia, p. 245). É
possível entender; dessa nota, que o azeite era um produto de pouco valor
agregado, de baixo custo, mas essencial à vida de todos. A ordem de Eliseu à mulher
foi que conseguisse muitos vasos emprestados, vazios, e que fechasse a porta de
sua casa, e derramasse o pouco de azeite que tinha naqueles vasos. Obedecendo à
palavra do profeta, aquela viúva viu o milagre que Deus realizou multiplicando o pouco que ela possuía. Não
havendo mais recipientes onde estocar o azeite, cessou o milagre.
Aquela mulher tinha
então uma grande quantidade de azeite em casa, mas parece que não sabia o que
fazer com ele. Indo mais uma vez ao profeta, contou-lhe o ocorrido e ouviu dele
que vendesse o azeite, pagasse a dívida e vivesse do restante. É preciso saber
trabalhar com o que se tem em mãos.
A ordem era clara.
Aquele milagre não aconteceu para que ela gastasse o dinheiro com coisas
desnecessárias, mas sim para que pagasse a dívida adquirida por seu falecido
esposo. Como servos de Deus, precisamos entender que Deus dá o necessário para
as necessidades, e não para as vaidades" (COELHO, Alexandre; DANIEL,
Silas. Vencendo as Aflições da Vida. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 53-54).
III - PROVISÃO NA MEDIDA CERTA
1. Preparação para receber o milagre. Eliseu orientou a viúva a respeito de
como ela deveria proceder. A mulher precisaria de muitas vasilhas, pois a
multiplicação do azeite, que havia em sua casa, seria sem medida. Ela precisava
se preparar para receber tal bênção. Prepare também seu coração e sua casa para
receber a provisão de Deus. O dia do seu milagre chegará, assim como chegou
para a viúva. [Comentário: Esta mulher aprendeu a depender de
Deus e de seus milagres. Quando ela vê outro homem de Deus, não tem dúvida, vai
até ele e expõe seu problema, pois sabia que somente Deus através de seus
homens santos, poderia trazer uma solução. Diante do clamor daquela viúva, Eliseu
ficou sensibilizado e não hesitou em atendê-la, pois sabia que Deus era
misericordioso. “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos
consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.22). Há grande
suprimento para toda necessidade quando Deus intervém. Quando o profeta Eliseu
perguntou à viúva sobre o que ela tinha em casa, a resposta da mulher vem em um
tom desanimador: “Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite”.
Contudo, essa botija de azeite era suficiente para Deus trazer libertação para
ela. Deus usou o que ela possuía para multiplicar-lhe os recursos e realizar o
milagre de que ela precisava. Se nada oferecemos a Deus, Ele nada terá para
usar. Mas Ele pode usar o pouco que temos e transformá-lo em muito. “Sem fé é
impossível agradar a Deus”.]
2. Provisão abundante. A viúva tinha somente uma botija de
azeite e a lição que aprendemos é que Deus abençoa aquilo que temos, não
importa a quantidade. Deus nunca nos dará uma porção menor do que
necessitamos. Sua medida é sempre além,
sacudida, recalcada e transbordante. [Comentário: A botija vazia era
sinal de dificuldades a vista. Quando a botija começa a secar, precisamos nos
voltar para Deus, afim de que ele possa voltar a enchê-la, pois quando a botija
seca os problemas começam a aparecer. Quando falta o Espírito as dificuldades
se intensificam. O profeta pediu que fosse na vizinhança e pegasse a maior
quantidade possível de vasos, fecha a porta e enche os vasos com a tua botija
de óleo. A viúva e seus filhos olharam para todos os vasos cheios do azeite que
viera de sua pequena botija. Eliseu disse para ela vender o azeite e pagar a
dívida deixada por seu marido. Com o dinheiro que sobrasse, ela e seus filhos
poderiam viver por muito tempo. A pergunta de Eliseu demonstra que ela seria
abençoada a partir do que já tinha em casa (v. 2). Ela tinha apenas uma botija
de azeite. Mas o que era isso diante do tamanho da dívida. Ela precisou de
muitas vasilhas para pagar o que devia. Deus age a partir daquilo que temos em
nossas mãos.]
3. Fé em ação. A viúva e seus filhos deveriam
"tomar vasos emprestados", tantos quantos pudessem conseguir e
trazê-los para dentro de casa. Eles precisavam seguir as orientações do
profeta. Para que não houvesse a interrupção dos credores à sua porta, nem o
comentário de pessoas incrédulas, a viúva deveria fechar a porta de casa. O
milagre de Deus era para aquela casa e não deveria ser partilhado com mais
ninguém. O milagre de Deus é para você e sua família. A mulher encheu todas as
vasilhas com o azeite e quando estas acabaram o azeite também acabou. A viúva
não sabia o que fazer com o azeite, então ela retorna ao profeta a fim de ouvir
suas instruções. Eliseu dá-lhe a seguinte instrução: que o azeite fosse
vendido, e com o dinheiro, pagasse a dívida. O azeite foi suficiente para
saldar as dívidas e cuidar dos filhos. [Comentário: Elizeu dá à viúva
uma promessa de provisão (v. 3-4), o que exige dela ação, bom relacionamento e
fé. Ela teve que agir indo à casa dos seus vizinhos e pedir emprestadas
vasilhas vazias, fez isso crendo naquilo que Eliseu disse que aconteceria. A
forma como aquela viúva fala demonstra a sua grande fé. Perceba que ela não
pede nada a Eliseu, mas apenas o deixa ciente da sua miséria, ou seja, ela
confiava que Deus sabia o que era melhor para a sua família. E se colocou
totalmente debaixo da providência divina. É preciso obedecer ao Senhor quando a
vontade dele é revelada. A viúva recebeu do Senhor mais do que pedira. Seu
pedido fora apenas que seus filhos ficassem livres de viver na escravidão,
apesar de que ela ainda tinha muitas outras necessidades. Deus Se dispôs a
suprir essas necessidades. Deus tem prazer em nos dar grandes bênçãos muito
maiores do que aquelas que pedimos. A viúva apresentou e entregou o seu caso
nas mãos de Deus, correu para o abrigo certo, o descanso em Deus. E logo veio a
resposta divina. O profeta Eliseu, viu que o testemunho de um servo fiel a
Deus, mesmo que morto, ainda falava. Depois de conseguir um bom número de
vasilhas, ela começa a experimentar o cumprimento da palavra de Eliseu. Ela
enche uma, duas, três, etc., e o azeite da sua botija continua a jorrar até que
todas as vasilhas vazias estejam cheias.]
SÍNTESE DO TÓPICO III
Deus nos concede a sua provisão
na medida certa.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
Deus espera que ajamos com sabedoria em todos os momentos de nossa existência,
sobretudo nas adversidades. O pouco que aquela mulher tinha em casa foi
feito em muito, mas ela precisava ser
sábia no tocante ao que fazer com aquele muito que o Senhor lhe dera. Ter
recursos em abundância não é suficiente para que solucionemos problemas de
escassez. É preciso que saibamos utilizar o que Deus nos deu.
A orientação de Eliseu foi que a mulher vendesse o azeite e pagasse a
dívida que destruiria sua família que já estava desfalcada. A mulher já tinha
visto o milagre sendo operado. Agora, deveria angariar os fundos necessários
com a utilização correta do milagre de Deus. Lembre-se disso: Na hora em que a
despensa está vazia, não adianta ter muitos recursos se você não sabe como
aproveitá-los em prol de sua subsistência e de sua família" (COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2012, p. 54).
CONCLUSÃO
Muitos crentes estão
vivendo o drama da despensa vazia, da falta de recurso e das muitas dívidas.
Com certeza são momentos difíceis, mas não desanime. Ore ao Senhor, creia e o
seu milagre chegará à sua casa. A viúva seguiu as orientações do profeta de
Deus. Leia a Bíblia e ouça as orientações do Senhor para a sua vida. Deus vai
instruí-lo a vencer a crise da escassez e do endividamento. [Comentário: O milagre da
multiplicação do azeite é um testemunho do poder de Deus, que se compadece dos
sofredores que o buscam de todo o coração. O foco, portanto, dessa bela
história não é a viúva nem tampouco o profeta Eliseu, mas o Senhor que através
da instrumentalidade do seu servo abençoa essa pobre mulher. A história faz-nos
lembrar um outro feito extraordinário e muito mais relevante do que esse: a
multiplicação dos peixes e pães por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele
foi, é e sempre será a resposta a todo sofrimento humano. Imagine o prazer e a
satisfação daquela mulher ao ver o cumprimento da promessa do profeta. A
alegria dela ao final de cada vasilha que se enchia. Mas isso só foi possível
porque ele creu, agiu e se relacionou.] “NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Novembro de 2016
PARA REFLETIR
A
respeito do milagre está em sua casa, responda:
• Quem
deveria sustentar as viúvas?
As viúvas eram sustentadas pelos
filhos e parentes mais próximos.
• O que
aconteceria se a viúva não pagasse as dívidas?
A mulher corria o risco de
perder seus dois filhos para os credores. Eles poderiam ser vendidos como
escravos para saldar a dívida.
• Qual
foi a primeira pergunta do profeta para a viúva?
A primeira pergunta foi: O que
você tem?
• O que a
viúva tinha em sua casa?
Uma botija de azeite.
• O que
você tem em suas mãos para ver o milagre de Deus?
Resposta pessoal.
Fonte: Lições Bíblicas adultos – CPAD / Divulgação: www.sub-ebd.blogspot.com