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1 de novembro de 2016

Lição 6: Deus: O Nosso Provedor



Lição 6
6 de Novembro de 2016

Deus: O Nosso Provedor

TEXTO ÁUREO

VERDADE PRÁTICA

"E apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser." (Gn 26.2)


Em tempos de crises financeiras não se volte às coisas deste mundo, mas busque a suficiência do Pai Celeste.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 26.3,4
A promessa de Deus em meio à crise
Terça - Gn 26.5
Obedecendo a voz de Deus e os seus preceitos em meio à crise
Quarta - Gn 26.19
Encontrando águas vivas em meio à crise

Quinta- Gn 26.21
Cavando poços em meio à crise
Sexta - Gn 26.22
A bênção do Senhor em meio à crise
Sábado - Gn 26.24
Em meio à crise não temas, confie em Deus



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gênesis 26.1-6
1 - E havia fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão; por isso, foi-se Isaque a Abimeleque, rei dos filisteus, em Gerar.
2 - E apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser;
3 - peregrina nesta terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas estas terras e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai.

4 - E multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e darei à tua semente todas estas terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra,
5 - porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.
6 - Assim, habitou Isaque em Gerar.







HINOS SUGERIDOS: 52, 385, 427 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Ressaltar a suficiência divina em tempos de crise


OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I.      Apontar o porquê de Isaque ter descido ao Egito;
II.     Ressaltar a crise que Isaque teve que enfrentar com seus vizinhos;
III.    Explicar porque é preciso "cavar poços" em tempos de crise.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito da ida de Isaque para o Egito e as crises que o filho da promessa teve que enfrentar ali. Deus tinha feito uma promessa a Abraão e seus descendentes, mas isso, não significava que eles não enfrentariam obstáculos e crises. Isaque também teve que enfrentar a tensão da esterilidade de sua esposa.
Enfrentou a crise da falta de alimentos e de água; além de vizinhos invejosos e perversos. Mesmo enfrentando problemas com seus vizinhos, Isaque não deixou de trabalhar, de investir e crer na provisão divina. Seus inimigos, por diversas vezes entulharam seus poços, mas ele continuou crendo. A fé fez com que ele cavasse vários poços.  Em tudo Isaque pode ver a suficiência divina. Se você está atravessando uma crise, seja ela financeira, familiar, ministerial ou espiritual; não desista! Continue "cavando seus poços"; trabalhando e crendo.  Pois você também verá a provisão de Deus.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje veremos, que assim como no tempo de Abraão, a terra estava enfrentando novamente um período de escassez. Então Isaque, o filho da promessa, foi buscar pastagem no território de Abimeleque, perto da fronteira com o Egito. Porém, Deus apareceu ao seu servo e disse-lhe que não deveria descer ao Egito. O Senhor também renovou-lhe as promessas dadas a Abraão. Canaã deveria ser a casa de Isaque e não o Egito. Canaã celestial é a nossa casa, estamos indo para lá. Por isso não se deixe seduzir pelas riquezas deste mundo. [Comentário: Abimeleque ("pai do rei”, ou, talvez, "pai real"; Pode-se tratar de um título que distinguia os governantes filisteus, como Faraó, no Egito, e não ser um nome pessoal.) foi um rei de Gerar (Gn 26.1-11). O que aconteceu com ele foi semelhante ao que aconteceu com Abimeleque, rei de Gerar na época de Abraão, cerca de um século antes. Isaque, como seu pai, disse que Rebeca era sua irmã, e a história se repetiu, incluindo novamente a intervenção divina. Houve novamente uma disputa por poços, cujo resultado foi um acordo (Gn 26.17-32). Abimeleque, mesmo sendo inimigo de Isaque, procurou manter sua amizade, por ver como Deus o fazia prosperar. AQ lição de hoje fala de fome, escassez, crise. A fome nos tempos da bíblia era diferente da fome dos tempos atuais. Fome nos tempos de hoje é uma questão social, já nos tempos da bíblia era uma questão territorial. Somos susceptíveis a este tipo de crise na vida, onde a saída não está em nossas mãos. Existem coisas que não dependem da nossa vontade, elas simplesmente se estabelecem diante de nós e nós não conseguimos mudar a situação. E foi nessa situação de fome, de crise que Isaque estava vivendo.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?


PONTO CENTRAL
Em meio às crises o crente pode ver a suficiência divina.

I - ISAQUE VAI PARA GERAR POR CAUSA DA FOME

1. A intenção de Isaque. A decisão de descer ao Egito parecia ser a melhor opção. Em tempos de fome e escassez, as pessoas tendem a tomar decisões que envolvem mudança. Querem mudar de localidade, de país, de emprego, tentando escapar da crise. Não existe nada de errado em querer mudar e livrar-se das dificuldades. Porém, toda mudança deve ser feita com a orientação de Deus. Nunca tome decisões sem antes orar e consultar ao Senhor. Ouça a voz do Pai Celeste. Temos um Deus que fala e que tem prazer em nos orientar. Ele não nos quer andando de um lado para o outro sem direção. [Comentário: Importante lembrar que isso não é uma fórmula. O ouvir a voz de Deus e fluir com Seu plano para cada geração é crucial. A fome estava dominando Canaã durante os dias de Isaque, assim como dominou nos dias de seu pai Abraão. Não foi à toa que ele pensou, “Estamos passando necessidade. Meu pai Abraão fugiu para o Egito durante a fome e Deus o abençoou lá. Se eu fugir para o Egito, Deus também me abençoará”. Isaque estava seguindo os passos de seu pai quando o Senhor apareceu para ele na cidade de Gerar. Se você olhar em um mapa na época da geração de Isaque, verá que Gerar é a última cidade em Canaã antes do Deserto de Sur na estrada entre a nação dos filisteus e o Egito. Até aquele momento, Isaque estava seguindo uma fórmula. Mas quando o Senhor apareceu para ele, Ele disse que não queria que Isaque fosse ao Egisto, mas que ficasse em Canaã, pois o Senhor o abençoaria lá (onde a fome dominava). O Senhor estava fazendo algo diferente para Isaque, e era importantíssimo que ele seguisse esse plano. O mesmo se aplica a todas as gerações http://minamd.org.br/pdf/gcm-ffr2.pdf.]

2. Promessas em tempos de crises. Havia fome na terra. A crise estava instalada, mas os céus não estavam e não estarão jamais em crise. O Senhor apareceu a Isaque e  renovou-lhe as promessas que haviam sido feitas ao seu pai. Mesmo em tempos de escassez, o filho da promessa ouve a voz de Deus que lhe assegura: "Serei contigo e te abençoarei" (Gn 26.3). O Deus de Isaque é o nosso Deus. Ele não mudou e também deseja abençoar sua vida. Não importa se um país está em meio a uma crise política e econômica. Para Deus não existem impossíveis. [Comentário: A vida de Isaque nos apresenta um Deus cumpridor de suas promessas. Em Isaque, os quatro elementos da promessa feita a Abraão, registradas em Gn 12:1-3, começam a se cumprir:
1. terra – ele permanece em Canaã após a morte de seu pai aprofundando ali as raízes familiares em obediência a Deus;
2. descendentes – continua a linhagem através de Jacó, após o qual a multiplicação de descendentes acelerou;
3. relacionamento especial com Deus – foi temente a Deus e por ele grandemente abençoado;
4. bênção às nações – durante o tempo que Isaque morou em Gerar, já aparecem pequenos sinais de bênção para as nações.
Isaque teve fé como seu pai e soube que o Senhor não mentiria, pois o que Ele prometeu era capaz de cumprir. Ele deve ter pensado mais ou menos assim, “Sei que Deus vai me abençoar aqui, pois Ele prometeu. Preciso de água para a minha plantação. Não há chuva e os rios secaram...”.]

3. A obediência de Isaque. Assim como seu pai, Isaque era obediente. Se Deus estava dizendo que não era para descer ao Egito, ele obedeceu. A obediência a Deus nos faz prosperar, mesmo em tempos de crises. As escolhas erradas e a desobediência geram maldição (Dt 29.21). Se você deseja contar com a provisão divina até chegar à Canaã Celestial, seja obediente. Não se importe com o que as pessoas dizem a seu respeito; obedeça a Deus. [Comentário: Isaque precisou crer no que Deus havia prometido. Nesse sentido, ele seguiu os passos de fé do seu pai Abraão. Ele também teve que crer que o que Deus prometeu, era capaz de cumprir. Deus prometeu que se ele permanecesse em Canaã, em meio à fome, Deus o abençoaria ali. Gerar era a principal cidade dos filisteus, na época de Abraão e de Isaque, e estava localizada na fronteira sul da Filístia, não muito distante da cidade de Gaza. Diferente de seu Pai, a ordem dada a Isaque, e que exigiria uma resposta de fé, não foi para que saísse, mas para que permanecesse. A terra estava assolada pela fome, mas Deus lhe garantiu segurança e cuidado. Pela fé, Isaque permanece em Gerar. É importante notar que o termo hebraico que Moisés usa para registrar tanto a ordem divina, quando a disposição obediente de Isaque, traduzido para a nossa língua por “habitar”, significa “habitar como peregrino”. Deus lhe dizia que, ainda que para fugir da fome ele devesse morar em Gerar, terra dos Filisteus, ele não deveria fazer daquele povo sua pátria. Isaque deveria morar entre eles, sem se esquecer de sua condição nômade peregrina.]

SÍNTESE DO TÓPICO I
Fugindo da fome, Isaque tenciona descer ao Egito, acreditando que essa era a saída para a crise, contudo não era. Fugindo da fome, Isaque tenciona descer ao Egito, acreditando que essa era a saída para a crise, contudo não era.

SUBSÍDIO BÍBLICO TEOLÓGICO
O concerto de Deus com Isaque
Deus procurou estabelecer o concerto abraâmico com cada geração seguinte, a partir de Isaque, filho de Abraão' (Gn 17.21). Noutras palavras, não bastava que Isaque tivesse por pai a Abraão; ele, também, precisava aceitar pela fé as promessas de Deus. Somente então é que Deus diria: 'Eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente' (Gn 26.24). Durante os vinte primeiros anos do seu casamento, Isaque e Rebeca não tiveram filhos.
Rebeca permaneceu estéril até que Isaque orou ao Senhor, pedindo que sua esposa concebesse. Esse fato demonstra que o cumprimento do concerto não se dá por meios naturais, mas somente pela ação graciosa de Deus, em resposta à oração e busca da sua face. Isaque tinha de ser obediente para continuar a receber as bênçãos do concerto. Quando uma fome assolou a terra de Canaã, por exemplo, Deus proibiu Isaque de descer ao Egito, e o mandou ficar onde estava. Se obedecesse a Deus, teria a promessa divina: [...] confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai' (Gn 26.3)" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.73).

CONHEÇA MAIS

Fome
Uma condição de extrema escassez de comida. A história bíblica menciona vários casos de fome durante os dias de Abraão (Gn 12.10), Isaque (Gn 26.1), José (Gn 41.56,57), Elimeleque e Noemi (Rt 1.1), Davi (2 Sm 21.1), Elias (1 Rs 18.2), Eliseu (2 Rs 6.25) e do cerco final de Jerusalém (2 Rs 25.3). Em seu sermão do monte das Oliveiras, o Senhor Jesus predisse que haverá fome durante o período de tribulação no final dos tempos (Mt 24.7), e o Apocalipse faz alusão à fome que virá sobre a Grande Babilônia (Ap 18.8)." Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe CPAD, p.815

II - CRISE COM OS VIZINHOS

1. Crise em Gerar. Depois de ouvir a voz de Deus dizendo-lhe para não descer ao Egito, Isaque se estabeleceu em Gerar. Os homens daquele lugar se encantaram com a beleza de Rebeca (Gn 26.7), e perguntaram a Isaque quem era ela. Com medo de ser morto, Isaque disse que ela era sua irmã (Gn 26.7). A atitude de Isaque foi semelhante à de seu pai (Gn 12.13).  Parece que a confiança que Isaque tinha em Deus falhou nesse momento. Isso nos mostra que somos humanos, imperfeitos. Estamos sujeitos a errar nos momentos de crises. Isaque errou. Abimeleque  mostrou a Isaque o perigo que ele havia corrido, pois qualquer um daquele lugar poderia ter tomado Rebeca como mulher, cometendo um grande delito. [Comentário: Isaque temia por sua vida, raciocinando que algum homem talvez quisesse matá-lo para obtê-la como esposa. Assim, num esforço de evitar isso, Isaque a fez passar por sua irmã. Isaac comete o mesmo erro de seu pai e pede para que Rebeca diga que é sua irmã. É algo inexplicável que estes dois grandes homens tenham cometido tal dissimulação, pela qual tanto expuseram suas próprias esposas e sua reputação. Este Abimeleque (“Meleque é pai” ou “meu pai é rei”) não era o mesmo dos fatos ocorridos com Abraão, como já explicado acima, trata-se de um título honorífico aplicado aos reis filisteus, como César dos imperadores romanos e Faraó dos egípcios.]

2. Isaque semeou em Gerar. Isaque semeou em sua terra até mesmo em tempos de fome, tendo que lidar com a inveja de seus vizinhos (Gn 26.12). Semear envolve esforço, fé, e Isaque fez sua parte. Muitos querem prosperar, mas não querem semear no Reino de Deus. Pessoas que já não dão seus dízimos nem suas ofertas, mas querem colher. Mesmo em tempos de crise econômica, não deixe de semear, pois ao seu tempo você colherá. Deus abençoou as sementes de Isaque e a colheita foi farta (Gn 26.12). [Comentário: Isaac tornou-se mais parado do que seu pai nômade. Seu sucesso dependia da chuva do céu. Sua obediência durante a fome foi recompensada. A bênção de Deus é tão evidente sobre Isaque, o sucessor escolhido para as promessas de Deus, como foi com seu pai Abraão. Isaac semeou naquela terra castigada pela fome e prosperou (“Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que os meus servos comerão, mas vós padecereis fome; eis que os meus servos beberão, porém vós tereis sede; eis que os meus servos se alegrarão, mas vós vos envergonhareis;” - Is 65,13; “Não serão envergonhados nos dias maus, e nos dias de fome se fartarão”. - Sl 37.19). Isaque se tornou próspero e influente de tal forma que os filisteus, com medo ou inveja de sua prosperidade, obrigou-o a deixar o país (“O furor é cruel e a ira impetuosa, mas quem poderá enfrentar a inveja?” - Pv 27.4; “Também vi eu que todo o trabalho, e toda a destreza em obras, traz ao homem a inveja do seu próximo. Também isto é vaidade e aflição de espírito.” - Ec 4.4). Parece haver uma ênfase colocada sobre o tempo no versículo 12 - “e colheu naquele mesmo ano cem medidas”, foi nesse mesmo ano, quando houve uma fome na terra, enquanto os filisteus sofriam com a escassez, Isaque colheu em abundância. Por que Isaque foi abençoado? Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que a razão da bênção de Deus na vida de Isaque foi a sua obediência à vontade de Deus e à autoridade de seu pai Abraão. Isto é o que depreendemos com a leitura do texto de Gn 26.2-5. De fato, as Escrituras deixam bem claro que a obediência é o fator preponderante para a recepção das bênçãos de Deus. Isaque havia aprendido com seu pai que é absolutamente imprescindível estar na vontade de Deus. A direção de Deus é a garantia para o progresso do crente, quer espiritual quer material.]

3. A inveja dos vizinhos. Os filisteus, ao verem a prosperidade de Isaque, o invejaram. Muitas pessoas não suportam ver a prosperidade alheia. A Palavra de Deus nos ensina que a inveja é a podridão dos ossos: "O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos" (Pv 14.30). O crente não pode se deixa levar pela inveja e pela maldade. Isaque teve de lidar com a  maldade e a inveja de seus vizinhos. Mas, em meio ao ódio e a inveja, ele sempre demonstrou uma atitude correta. Não queira vingar-se dos invejosos. Coloque tudo diante do Senhor e aja como um servo do Senhor. [Comentário: Deus abençoou a sua lavoura e seu gado, a ponto de despertar a inveja dos filisteus no meio dos quais morava (Gn 26.12,14). O próprio rei Abimeleque chegou ao ponto de pedir-lhe: "Aparta-te de nós porque muito mais poderoso te tens feito do que nós" (Gn 26.16). Porém, Isaque era um pacificador, Sem reclamar. sem contender ele foi-se dali e fez seu assento no vale de Gerar e habitou ali (Gn 26.17). Onde há contendas, sempre há prejuízos. Devemos evitar todo o espírito de contenda, quer no lar, na igreja ou mesmo com os do mundo, pois onde há contendas, há operação de demônios. Movidos por inveja, os filisteus entulhavam com frequência os poços que Isaque utilizava, e que haviam sido cavados nos dias de Abraão, seu pai. Esses poços estavam espalhados pelos campos onde o gado pastava. É fácil compreender o valor de um poço de água no trabalho de cuidar de rebanhos. Mas Isaque e seus homens, com sabedoria e resignação, conseguiam manter a paz e a harmonia com seus vizinhos. Não fizeram dos poços entulhados um cavalo de batalha. Tão somente desentulhavam os poços recuperando-os. Se os homens de Isaque tivessem provocado briga, facilmente as diferentes tribos ter-se-iam reunido e expulsado aqueles hebreus das terras que lhes não pertenciam. Porém, a linha pacífica de Abraão continuou na pessoa de Isaque, também patriarca  de Deus. Esta é uma preciosa lição prática para todos nós. Este texto foi extraído de: http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6-dtp-4tr16-deus-o-nosso-provedor.htm.]

SÍNTESE DO TÓPICO II
Isaque teve que enfrentar uma crise com seus vizinhos

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Deus manteve sua promessa de abençoar Isaque. Os vizinhos filisteus ficaram enciumados porque tudo que Isaque fazia parecia dar certo, e assim tentaram livrar-se dele. A inveja é uma força divisória, potente o suficiente para despedaçar a mais poderosa nação ou os amigos mais íntimos.
A desolada área de Gerar estava localizada na extremidade de um deserto. A água era tão preciosa quanto o ouro. Se  alguém cavasse um poço, estava reivindicando aquela terra. Alguns poços possuíam trancas para que os ladrões não roubassem água. Encher o poço de água com sujeira era um ato de guerra, e também considerado um dos crimes mais sérios que poderiam existir. Isaque tinha razão em revidar quando os filisteus arruinaram seus poços, mas ele escolheu manter a paz. Ao final, os filisteus o respeitaram por sua paciência" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 26).

III - CAVANDO POÇOS EM TEMPOS DE CRISE

1. Isaque usa os poços de Abraão. A água nessa região era escassa, por isso, tinha um grande valor, pois era essencial para a agricultura, para o rebanho e para as famílias. Ter um poço d'água era como ter um poço de petróleo ou uma mina de ouro. Isaque, a princípio, utiliza os poços que foram cavados por seu pai e que os filisteus haviam tapado (Gn 26.18). Logo os pastores daquela região contenderam com os pastores de Isaque, reivindicando aquelas águas. [Comentário: Cavar poços na antiguidade significava a busca de um bem muito precioso, muito mais valioso que o ouro e também provia a própria sustentabilidade e sobrevivência da vida pessoal e familiar. Devido à predominância da vida rural nos desertos do oriente, a criação de animais, ovelhas, gado, fazia da água forte fonte de provisão que trazia riquezas a quem a encontrasse. Isaque, no vale em Gerar, cavou os mesmos poços que seu pai havia cavado e que os filisteus mais tarde os tinham entulhado. Havia se passado quase cem anos, desde que seu pai tinha passado por ali. Mas as marcas  da obediência, e do trabalho que fizera, continuavam ali, como memorial.]

2. O poço de Eseque. Isaque não se intimida com a oposição de seus vizinhos, e cava outro poço. Porém, mais uma vez os pastores de Gerar contendem, dizendo que a água era deles. Isaque dá ao poço o nome de Eseque, que significa contenda.  Isaque não queria contender com os homens de Gerar. Suas atitudes demonstram seu temperamento manso. Mansidão é uma das qualidades do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Contudo, ser manso não é ser covarde ou passivo.  Ser manso é ser controlado, guiado pelo Espírito Santo. [Comentário: “e os pastores de Gerar porfiaram com os pastores de Isaque dizendo: esta água é nossa. Por isso, chamou o nome daquele poço Eseque, porque contenderam com ele.”. Eseque “contenda”, foi o primeiro poço cavado pelos pastores de Isaque no vale de Gerar. “Isaque cavava poços e os filisteus os enchiam de terra. Isaque cavou Eseque, Sitna e Reobote. Em vez de brigar, ele ia para frente. Deus o fez prosperar, porque em vez de brigar por seus direitos, ele aprendeu a sofrer o dano. A Bíblia diz que quando você faz assim, Deus reconcilia com você seus inimigos. Os inimigos de Isaque o procuraram para se reconciliar com ele, vendo que ele era um homem abençoado por Deus. Você tem paciência para evitar conflitos? Para resolver conflitos? Para perdoar?” - http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/tenha-paciencia-deus-esta-no-controle/.]

3. O poço de Sitna. Isaque não desiste dos seus poços. Ele cava outro poço e mais uma vez é bem-sucedido, pois Deus o estava abençoando. Quando o Senhor está conosco e decide nos abençoar, ninguém pode nos impedir. Os vizinhos de Isaque mais uma vez reivindicam aquelas águas. Então o poço foi chamado de Sitna, inimizade. A inveja gera contenda e inimizades. A Palavra de Deus nos exorta a evitar as contendas: "E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor" (2 Tm 2.24). Abimeleque deve ter ficado impressionado com as atitudes de Isaque e com sua força e prosperidade. Ele foi até Isaque com mais dois amigos, Ausate e Ficol, e publicamente reconhece que Deus estava com Isaque (Gn 26.26-28). Isaque, diplomaticamente, prepara um banquete para aqueles homens, selando assim um acordo de paz. [Comentário: Sitna é o nome do segundo dos dois poços perfurados pelos pastores de Isaque, a causa de mais "inimizade" com os pastores do Gerar (Gênesis 26:21, aproxima-se de "Isto é, a inimizade"). O lugar preciso é desconhecido, mas Palmer (FIPs, 1871) encontra uma repercussão do nome em Shutnet er Rucheibeh, o nome de um pequeno vale perto Rucheibeh https://pt.wikipedia.org/wiki/Sitna. Sitna é uma palavra hebraica que deu origem ao nome "Satanás", literalmente; adversário. Isaque cava mais um poço e novamente os filisteus arrumam confusão. Vemos neste texto que a contenda provoca inimizade, e aqueles que permanecem fiéis à Deus e não se envolvem em contendas serão abençoados. A Bíblia indica que, em vez de ser agressivo e exigir as coisas ao seu modo, Isaque era um “conciliador” com um espírito agradável, que procurou acomodar os desejos e necessidades os outros tanto quanto possível. Ele nos oferece um bom exemplo de como nos comportarmos nos conflitos cotidianos que são inevitáveis em nossa vida.]

SÍNTESE DO TÓPICO III
Mesmo enfrentando crises, Isaque continuou cavando seus poços.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Por três vezes Isaque e seus homens cavaram novos poços. Quando as duas primeiras disputas surgiram, Isaque partiu. Finalmente, houve espaço suficiente para todos. Ao invés de dar início a um grande conflito, Isaque comprometeu-se com  a paz. Você estaria disposto a abandonar uma importante posição ou possessão valiosa para manter a paz? Peça a Deus sabedoria para saber quando se retirar e quando ficar e lutar.
Com seus inimigos tentando fazer um tratado de paz, Isaque foi rápido em responder, tomando a oportunidade uma celebração" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p.27).

CONCLUSÃO
Isaque é um exemplo de homem obediente a Deus, humilde, gentil e manso. Não ter ido para o Egito foi um ato de obediência e fé. Ele mostrou confiar na provisão divina, mesmo em tempos de escassez. Isaque confiou em Deus, fez a sua parte, semeou a terra, cavou poços e experimentou a bênção e o milagre em sua vida. [Comentário: A prosperidade experimentada por Isaque não foi sorte, mas sim o resultado de ouvir a voz do Senhor e obedecê-la. Isaque e seus pastores saíram do lugar onde havia contenda e inimizade, e como resultado de seu bom procedimento, ele foi abençoado por Deus ( Gn 26.22). Deus detesta a contenda - "Estas seis coisas aborrece o Senhor, e a sétima a sua alma abomina: [...], e o que semeia contendas entre irmãos" (Pv 6.16-19). A crise foi um teste eficaz para a fé de Isaque, mas também um tempo de oportunidade na vida dele. Em vez de se desesperar, ele seguiu a ordem divina e prosperou num tempo em que todos estavam sofrendo com a escassez. (Gn 26.3). “Peregrina nesta terra, e serei contigo” (Gn 26.3) - A promessa é sustentada mediante a obediência, a palavra de encorajamento que Deus deu a Isaque foi a garantia da Sua presença com ele. “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28.20) – esta é a garantia que temos de nosso Senhor Jesus Cristo, e esta promessa será mantida mediante nossa obediência!] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Novembro de 2016

PARA REFLETIR
A respeito de Deus, nosso provedor, responda:
1. Para fugir da fome para onde Isaque pretendia ir?
Ele pretendia descer ao Egito.
2. Segundo a lição, as escolhas erradas e a desobediência geram o que?
As escolhas erradas e a desobediência geram maldição (Dt 29.21).
3. O que Isaque fez com medo dos habitantes de Gerar?
Ele mentiu dizendo que Rebeca era sua irmã.
4. O que envolve o semear?
Semear envolve esforço e fé.
5. Cite o nome de dois poços de Isaque e o seu significado.
Eseque (significa contenda) e Sitna (inimizade).

FONTE: O Texto da lição foi extraído de:  http://sub-ebd.blogspot.com.br/2016/08/licao-1-sobrevivencia-em-tempos-de-crise.html Acesso em 30 Out 16.