- Lição 10 -
4 de Dezembro de 2016
Adorando a Deus em Meio a
Calamidade
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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"Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua
benignidade é para sempre."(Sl 136.1)
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A nossa fé em Deus leva-nos a adorá-lo em meio às crises e
dificuldades.
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - 2 Cr 20.3
O medo
diante da crise
Terça - 2 Cr 20.4
Um pedido de socorro em
meio à crise
Quarta - 2 Cr 20.9
Clamor e angústia em
meio à crise
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Quinta - 2 Cr 20.12
Mantendo os olhos em
Deus em meio à crise
Sexta - 2 Cr 20.15
O socorro de Deus em
meio à crise
Sábado - 2 Cr 20.17
Deus se faz presente em
meio às crises
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LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
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2 Crônicas 20.1-12
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1 - E sucedeu que, depois disso, os
filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e, com eles, alguns outros dos amonitas
vieram à peleja contra Josafá.
2 - Então, vieram alguns que deram
aviso a Josafá, dizendo: Vem contra ti uma grande multidão dalém do mar e da
Síria; e eis que já estão em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi.
3 - Então, Josafá temeu e pôs-se a
buscar o SENHOR; e apregoou jejum em todo o Judá.
4 - E Judá se ajuntou, para pedir
socorro ao SENHOR; também de todas as
cidades de Judá vieram para buscarem o SENHOR.
5 - E pôs-se Josafá em pé na
congregação de Judá e de Jerusalém, na Casa do SENHOR, diante do pátio novo.
6 - E disse: Ah! SENHOR, Deus de
nossos pais, porventura, não és tu Deus nos céus? Pois tu és dominador sobre
todos os reinos das gentes, e na tua mão há força e poder, e não há quem te
possa resistir.
7 - Porventura, ó Deus nosso, não
lançaste tu fora os moradores desta terra, de diante do teu povo de Israel, e
não a
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deste à semente de
Abraão, teu amigo, para sempre?
8 - E habitaram nela e edificaram nela
um santuário ao teu nome, dizendo:
9 - Se algum mal nos sobrevier,
espada, juízo, peste ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e
diante de ti; pois teu nome está nesta casa; e clamaremos a ti na nossa
angústia, e tu nos ouvirás e livrarás.
10 - Agora, pois, eis que os filhos de
Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, pelos quais não permitiste que
passasse Israel, quando vinham da terra do Egito, mas deles se desviaram e
não o destruíram,
11 - eis que nos dão o pago, vindo para
lançar-nos fora da herança que nos fizeste herdar.
12 - Ah! Deus nosso, porventura, não os
julgarás? Porque em nós não há força perante esta grande multidão que vem
contra nós, e não sabemos nós o que faremos; porém os nossos olhos estão
postos em ti.
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HINOS SUGERIDOS: 478, 524, 581 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Ressalvar que a nossa fé nos faz adorar a Deus em meio às crises.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo,
o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apresentar
um panorama do reino do Norte e do Sul;
II. Mostrar
quem foi o rei Josafá;
III. Enfatizar
a trajetória do rei Josafá e seus inimigos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito da crise política que o rei Josafá
teve que enfrentar. Nações inimigas se levantaram para atacar Judá e diante da
força delas, Josafá não teria como escapar. Então, ele decide buscar o Senhor
em oração e jejum. Deus é o nosso socorro. Em tempos de crise, faça como o rei,
busque ao Todo-Poderoso. O Senhor ouviu e respondeu a oração de Josafá enviando
o seu socorro. Não tente resolver as situações difíceis sozinho, ore, busque a
Deus e você verá o livramento do Senhor. Diante da vitória contra os seus
inimigos, Josafá exalta e adora ao Senhor. Seu coração foi afligido pelo temor,
mas o tempo de cantar chegou. Assim, como Deus deu o livramento a Judá, Ele
dará o livramento a você, confie.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje,
estudaremos a respeito da pior crise que o rei Josafá teve que enfrentar. Com a
história de Josafá, aprendemos que, em meio às crises, devemos orar e buscar o
socorro de Deus. Veremos que o rei jejuou, orou e confessou sua incapacidade
para resolver tal situação. Josafá teve fé. Por isso, recebeu a vitória. Em um
gesto de gratidão, ele louva e adora ao Senhor. [Comentário: O rei Josafá ou
Jeosafat (que significa “YAWEH é Juiz”) foi o 4º rei de Judá e reinou durante
25 anos. Era filho de Asa e Azuba. Durante o seu reinado, houve grande combate
à idolatria, pois destruiu os altos, quebrou as estátuas, e outros. Conquistou
Edom e fez reformas militares, políticas e religiosas. Um fato interessante
sobre Josafá é que assim como Asa seu pai foi fiel ao Senhor, Josafá também foi
fiel ao Senhor (2Cr 17.3-5). Josafá buscou ao Senhor de todo coração e fez uma
limpeza em Judá, abolindo a idolatria do meio do povo, levantando levitas e
príncipes para ensinar a nação as leis de Deus, e o mais glorioso é o que diz a
Palavra (2Cr 17.9). Quando a Palavra de Deus é pregada o avivamento é certo,
vidas são transformadas, verdadeiros adoradores se levantam para glorificar e
exaltar o nome do Senhor, a nação cresce e prospera (2Cr 17.10-12). No contexto
histórico o reino de Israel estava dividido, reinava Josafá em Judá e, ao mesmo
tempo, reinava Acabe sobre Israel. Não eram tempos de paz, tanto é que Josafá
fortaleceu o exército de Judá, posto que estava sempre esperando um ataque de
Israel. O reino dividido não agradava ao coração de Deus, mas foi consequência
do pecado de toda a nação. Josafá foi um rei competente e fiel ao Senhor,
temido e respeitado pelos povos que rodeavam seus domínios, inclusive os
filisteus, que mandaram presentes quando Josafá foi coroado; na verdade, estes
povos temiam o que o Deus de Israel poderia fazer, agora que o rei era fiel a
Ele!] Dito
isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
A nossa fé nos faz adorar a
Deus em tempos de crises.
1. A divisão do reino de Israel. Os livros dos Reis e das Crônicas
apresentam a história da divisão entre as tribos do Norte e do Sul em Israel. O
reino do Norte era formado por dez tribos e a capital era Samaria. O reino do Sul era formado por duas tribos,
Judá e Benjamim, e a capital era Jerusalém. No dias de Roboão, filho de Salomão
e Naamá, mulher amonita, o reino enfraqueceu. Com o enfraquecimento econômico
do reino de Israel, Roboão resolve aumentar a carga tributária, que já era
pesada desde os tempos de Salomão. Por causa desse encargo que Roboão não quis
aliviar, as tribos do Norte de Israel romperam com as tribos do Sul (2 Cr
10.1-15). [Comentário: Há três motivos
para a divisão do reino. De forma muito resumida tem-se que: pouco antes da
morte de Salomão, em 931 a.C., Deus enviou Aías para profetizar contra a casa
de Davi por causa da idolatria de Salomão (1Rs 11.29-31). A profecia era de que
o reino de Israel seria dividido, e que 10 tribos seriam governadas por alguém
de fora da casa de Davi. Apenas uma tribo deveria ser deixada para a casa de
Davi. Isso, naturalmente, totaliza 11 tribos, enquanto houve 12. A razão para
isso é que a tribo de Benjamin uniu-se com a casa de Judá e eles,
aparentemente, tornaram-se uma tribo. O primeiro motivo: O pecado de Salomão e
do povo de Israel, esquecendo-se de Deus e voltando-se para a abominável idolatria,
foi a principal razão pela qual o reino foi dividido. Deus avisou o seu povo,
por meio de Moisés, Josué e Samuel de que o pecado traria a destruição. Seriam derrotados
não por alguma força externa, mas por terem se esquecido de Deus. Segundo
motivo: a atitude do filho de Salomão, Reoboão, que se tornara rei após a morte
do pai, aumentando sobremaneira a carga tributária. Pediram que o novo rei lhes
aliviasse a carga. Porém, Reoboão ignorou o sábio conselho dos anciãos e consultou
os seus jovens e inexperientes amigos. Após três dias, ele respondeu: “... Meu pai
agravou o vosso jugo, porém eu ainda aumentarei o vosso jugo; meu pai vos castigou
com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões” (1Rs 12.14). Então o povo rebelou-se
e estabeleceu o reino do norte, sob o governo de Jeroboão, ex-oficial de
Salomão. O terceiro motivo foi a Inveja entre as Tribos: a grande rivalidade entre
Judá e Efraim é percebida no relato bíblico. Enquanto obedeceram a Deus, imperou
a unidade, mas, quando deixaram de fazê-lo, a divisão tornou-se inevitável. O
Reino Unido de Israel chegou ao fim, após cento e vinte anos de monarquia e
três governos, Saul (1053- 1013 a.C.), Davi (1013- 973 a.C) e Salomão (973- 933
a.C).]
2. O Reino do Norte. O Reino do Norte conseguiu sobreviver
por aproximadamente 200 anos. Foi governado por diferentes reis. Na sua grande
maioria, os monarcas são identificados pela seguinte expressão: "era
mau" aos olhos de Deus. A maldade dos governantes levou o povo de Deus a
experimentar diferentes crises: políticas, sociais e religiosas.
[Comentário: O Reino do Norte
resultou de insatisfação por erros cometidos da parte de Salomão e seu filho,
Roboão. No Norte, Jeroboão I(primeiro rei) resolveu afastar um povo do outro
instituindo um sistema de adoração misto - idolatria misturada com a adoração
ao Criador. Elias e Eliseu exerceram seus ministérios no reino do Norte. 20
reis se revezaram no trono e foram contra Deus. Por fim, chegou a uma situação
insustentável, e eles se separaram definitivamente de Deus, daquele que os
podia proteger, e a saga desse reino terminou em completa ruína. O Reino do
Norte entrou em escravidão por volta de 722 a.C., cerca de 730 anos depois que
saíram do Egito.]
3. O Reino do Sul. Segundo o Guia do Leitor da Bíblia,
este reino foi regido por 19 reis que pertenciam à família de Davi. Judá também
enfrentou muitas crises e teve que lutar com os mesmos inimigos do Reino do
Norte. Ambos os reinos sofreram crises ameaçadoras e graves.
[Comentário: Judá não foi muito
melhor, mas teve alguns reis bons no meio de muitos ruins. Os esforços de
Ezequias e alguns outros bons reis foram motivos para Deus adiar o castigo do
reino do sul, mas 135 anos depois da queda de Israel, seu vizinho ao sul caiu
aos babilônicos por causa dos mesmos erros. Por cerca de 209 anos, Deus deu a
Judá, por causa de Davi, bons governantes e sua idolatria não foi tão grave
quanto a de Israel. Deste modo, a casa de Judá continuou na região por mais
tempo do que Israel. Judá foi tomada escrava em partes, mas foi provavelmente
por volta de 586 a.C., um pouco mais de 136 anos depois da escravidão de
Israel, que a última parte da tribo de Judá caiu em escravidão. Essa foi tomada
por Nabucodonosor, o rei da Babilônia. Para saber mais,
acesse: http://ebdbelasartes.blogspot.com.br/2015/06/licao-10-as-quedas-de-israel-e-de-juda.html]
SÍNTESE DO TÓPICO I
O Reino do Norte e do Sul enfrentaram
várias crises espirituais e políticas.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
A invasão dos moabitas
Os moabitas e os
amonitas começaram a se levantar contra Judá desde os dias de Davi. Ao invés de
amonitas a Septuaginta traz o termo Meunim, um povo de Seir. A invasão veio do
leste ou do sudeste. Dalém do mar é uma referência ao mar Morto. Josafá conclamou
o povo à oração e ao jejum em todo o território de Judá, a fim de buscar a
ajuda e a direção de Deus.
Em momentos de crise,
a oração é uma fonte de força capaz de nos fazer recordar experiências prévias
em que fomos ajudados por Deus. O rei invocou o Deus de seus pais, e relembrou
libertações ocorridas no passado, diante do pátio novo. Este seria o pátio
externo, provavelmente renovado ou reconstruído desde os dias de Salomão. Sob a
sombra do Templo, Josafá se lembrou e citou a oração de seu tataravô, na
ocasião em que o local santificado havia sido dedicado (2 Cr 6.28-31).
O rei e seu povo se
depararam com o tipo de dilema que todos nós enfrentamos mais de uma vez na
vida; e não sabemos nós o que faremos. Mas ele, também tinha o recurso para a
solução do problema. Este meio está à disposição de todo o verdadeiro servo de
Deus: Os nossos olhos estão postos em ti. Seguindo uma liderança temente e
obediente ao Senhor, as esposas (e também as crianças) permaneceram perante o
Senhor com os seus maridos e com o seu rei" (Comentário Bíblico Beacon.
Vol 2. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 461).
CONHEÇA MAIS
Josafá
"Com 35 de idade ele se
tornou co-regente com seu pai Asa, até a morte deste em 870, e governou por 25
anos (1 Rs 22.42). Sua mãe era Azuba, filha de Sili. Ele foi contemporâneo de
Acabe, e Jeorão de Israel. Fez uma aliança com Israel casando seu filho Jeorão
com Atalia, a filha de Acabe e Jezabel (2 Rs 8.18). Apesar deste ato ter aberto
a porta à adoração a Baal no reino de Judá, ele foi considerado um bom
rei." Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1089
II - O REI JOSAFÁ
1. Quem era Josafá (1 Rs 22.41-43).
Ele foi o quarto rei de Judá. Com 35
anos de idade, foi co-regente com seu pai, Asa, por três anos (1 Rs 22.41-50).
Certamente ele teve como referencial de governo a espiritualidade do seu pai.
Seu governo foi próspero. As Escrituras Sagradas afirmam que Deus era com ele,
pois "andou nos primeiros caminhos de Davi, seu pai" (2 Cr 17.3).
Josafá desfez os altares aos deuses que foram erguidos nos montes.
Infelizmente, o Reino de Judá tomou o caminho da idolatria, seguindo o mau
exemplo do rei Acabe e da rainha Jezabel. [Comentário: Josafá foi rei em
Judá por volta de 870-845 a.C. Para conhecer mais detalhadamente como foi seu
reinado, leia 2Cr 17.1 a 21. Ele se preocupou com a segurança política do seu
reino, fortalecendo-o por causa do perigo dos inimigos. Também promoveu uma
reforma judiciária, nomeando juízes para todas as grandes cidades do reino (2Cr
19.5), deixando a Justiça mais acessível ao povo. Foi um administrador muito
hábil. Além dessa visão de administrador, o rei Josafá passou para a história
também como um dos reis de Judá que promoveu reformas religiosas. Ele acabou
com a adoração pagã. Sua estratégia para levar o povo a uma verdadeira reforma
religiosa foi o ensino da Lei. Josafá escolheu pessoas competentes e determinou
que fossem de cidade em cidade, ensinando ao povo (2Cr 17.7-9). Como resultado,
houve consciência de pecado e abandono da infidelidade.]
2. O cuidado de Josafá em instruir o
povo (2 Cr 17.1-19). No terceiro ano de seu
reinado, Josafá ordenou aos levitas e sacerdotes que fossem às cidades de Judá
e ensinassem o "livro da Lei do Senhor". De cidade em cidade, esses
homens reuniam o povo nas praças, uma vez que não havia sinagogas nem templos
fora de Jerusalém, e ali ensinavam as pessoas. [Comentário: A figura de Josafá,
normalmente, está associada a guerra, jejum, oração e, sobretudo, louvor.
Todavia, devemos nos lembrar de que ele foi também um homem altamente dedicado
à educação bíblica; criou um vasto programa nacional de ensino do povo, para
tornar a lei do Senhor conhecida, entendida e praticada por todos em Judá. Por
causa disso, o seu reinado desfrutou de uma genuína prosperidade. O fato de
termos mais que quatro capítulos no segundo livro das Crônicas (2Cr 17-20)
sobre Josafá demonstra a importância do seu reinado como exemplo para o povo de
Deus. Para saber mais acesse: http://www.pcamaral.com.br/2010/07/o-reinado-da-instrucao-serie-monarquia.html.]
3. A instrução e temor. Os príncipes, os levitas e sacerdotes ensinavam
ao povo a Lei de Deus (2 Cr 17.7,8). O ensino promoveu um grande temor no
coração de todos (2 Cr 17.10). O temor a Deus é o princípio da sabedoria. Um
povo que teme a Deus se tornará próspero. [Comentário: Josafá queria ter
o seu coração na mão do Senhor, como diz o Livro de Provérbios, como ribeiros
de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor. E foi justamente o que
aconteceu. A Bíblia Sagrada confirma esse fato ao registrar que o coração de
Josafá foi ousado em buscar a presença de Deus. Do grande avivamento que o Rei
Asa havia iniciado no meio do povo de Deus, Josafá tomou dali aquele cajado,
não deixou que caísse e prosseguiu, fazendo a obra gigantesca de avivamento a
que o seu pai havia se dedicado. Ele entendia que o povo precisava saber o
porquê era necessário abandonar a idolatria; compreendia que não bastava dizer
ao povo que era preciso abandonar os ídolos; era preciso fazê-los entender que
o Senhor era o único Deus. Josafá resolveu, então, enviar seus príncipes com os
levitas para ensinarem nas cidades de Judá: Levaram consigo o Livro da Lei de
Deus, o SENHOR, e foram por todas as cidades de Judá, ensinando a Lei a todo o
povo (2Cr 17.9). Essa sua atitude agradou a Deus, que muito abençoou a sua vida
e o seu reino, dando-lhe enorme tranqüilidade (2Cr 17.10) e imensa prosperidade
(2Cr 17.11). Para saber mais acesse: http://www.pcamaral.com.br/2010/07/o-reinado-da-instrucao-serie-monarquia.html.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
Diante da ameaça do inimigo, o rei
Josafá buscou ao Senhor com oração e jejum.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Josafá
Ele foi contemporâneo
de Acabe, Acazias, e Jorão de Israel. Fez uma aliança com Israel casando seu
filho Jeorão com Atalia, a filha de Acabe e Jezabel (2 Rs 8.18). Apesar deste
ato ter aberto a porta à adoração a Baal no reino de Judá, ele foi considerado um
bom rei.
No terceiro ano do seu
reinado, ele conduziu algumas reformas para melhorar a situação religiosa,
instruindo pessoalmente o seu povo e enviando levitas com os livros da lei para
ensinar nas cidades de Judá (2 Cr 17.7-9). Os filisteus e os árabes lhe pagavam
tributos (vv. 10,11), e ele mais tarde fortificou as cidades de seu reino.
Durante os últimos
cinco anos de seu reinado, Josafá teve seu filho Jeorão reinando junto a si (2
Rs 8.16 com 1.17). Josafá morreu com sessenta anos de idade, e foi sepultado na
cidade de Davi (1 Rs 22.50)" (Dicionário Bíblico Wycliff. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2009, pp. 1088-1089).
III - JOSAFÁ E SEUS INIMIGOS
1. A perigosa aliança feita com Acabe
(2 Cr 18.1-3). Josafá tornou-se rico e
próspero, mas deixou de buscar ao Senhor e passou a agir por si mesmo,
confiando apenas na sua capacidade e nos seus bens. Ele fez uma aliança com
Acabe, um rei perverso que, juntamente com sua esposa, estabeleceu o culto a
Baal no Reino do Norte. A aliança, selada por meio do casamento com uma das
filhas de Acabe, lhe traria derrota moral, física e espiritual. Deus usou Jeú
para repreendê-lo. O profeta mostrou ao rei Josafá o quanto a aliança que ele
havia feito com Acabe aborrecera ao Senhor (2 Cr 19.2). Alianças feitas sem a
orientação e a permissão de Deus sempre trazem prejuízos. [Comentário: Ao lermos o
primeiro e o segundo versículos do capítulo dezoito, ficamos bastante surpresos
com a estranha conduta do então piedoso e próspero Josafá. O texto bíblico
declara que ele se tornou aliado do rei Acabe, de Israel, por laços de
casamento (2Cr 18.1). O rei de Judá “caiu na armadilha de misturar-se por
casamento com a família do ímpio rei Acabe, monarca de Israel, a nação do
norte”. A mistura que Satanás não conseguiu fazer por outra maneira, conseguiu
através da união conjugal do filho (Jeorão) de uma família piedosa com a filha
(Atalia) de uma família perversa. O livro dos Salmos afirma que um abismo chama
outro abismo (42.7). Foi o que aconteceu com Josafá. Tempos depois, ele foi até
a cidade de Samaria visitar Acabe (2Cr 18.2), que lhe pediu para ser seu aliado
numa guerra contras os sírios. Agora, pasme com a incrível resposta de Josafá:
Serei como tu és, o meu povo, como o teu povo; iremos, contigo, à peleja (2Cr
18.3). Ele sabia que Acabe era praticante de idolatria e matador de profetas,
mas disse: Serei como tu és! Vemos nisto a astúcia de Satanás, a antiga
serpente, o sedutor de todo o mundo (Ap 12.9), sendo empregada para corromper
Josafá. Para saber mais acesse: http://www.pcamaral.com.br/2010/07/o-reinado-da-instrucao-serie-monarquia.html.]
2. Josafá enfrenta a ameaça dos
inimigos (2 Cr 20.1-12). Os
amonitas, os edomitas e os moabitas uniram forças para invadir Judá, cruzando o
mar em direção a En-Gedi. Eles formaram um exército com muitos soldados,
cavalos e armas. Então, Josafá temeu os seus inimigos. O seu medo o levou a
buscar a Deus com jejum. Infelizmente, muitos só se lembram de buscar a Deus
quando estão cercados pelas dificuldades. Não deixe para buscar a Deus somente
nos tempos de crise; busque-o sempre. [Comentário: Uma prova muito
clara da mudança de conduta de Josafá encontra-se no vigésimo capítulo. Ao
enfrentar o ameaçador e inumerável exército dos moabitas, amonitas e meunitas,
Josafá imediatamente buscou socorro divino; conclamou a nação inteira a se unir
em uma gigantesca reunião de jejum e oração (2Cr 20.1-11); não buscou ajuda de
qualquer outro rei, nem confiou eu seu poderio militar; em vez disso, mostrou
humilhação e dependência diante de Deus: porque em nós não há força para
resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que
fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti (2Cr 20.12). Josafá não foi
como seu pai, que não recorreu ao Senhor na hora da prova (2Cr 16.12). A
resposta de Deus não demorou. O profeta Jaaziel lhe transmitiu uma palavra de
grande consolação da parte de Deus: Não temais, nem vos assusteis por causa
desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus (2Cr 20.15). O
Senhor deu instruções sobre como Josafá deveria enfrentar os inimigos, e
garantiu o seu sucesso sem a necessidade de pelejar nesta batalha (2Cr 20.16-29).
Todas as forças inimigas se voltaram umas contra as outras e o exército de Judá
marchou vitoriosamente de volta para casa: Assim, o reino de Josafá teve paz,
porque Deus lhe dera repouso por todos os lados (2Cr 20.30). O rei Josafá
mostrou o que pode acontecer quando um líder deposita total confiança no
Senhor. Para saber mais acesse: http://www.pcamaral.com.br/2010/07/o-reinado-da-instrucao-serie-monarquia.html.]
3. A ação de Josafá. Ele precisou agir rápido, pois um
grande exército formado por vários inimigos vinha em sua direção. No momento de
aflição e desespero, Josafá invocou o nome do Senhor, e apregoou um jejum (2 Cr
20.3). A oração e o jejum nos ajudam a vencer as crises. Era uma nação inteira
buscando a Deus. Nenhum crente deve duvidar do poder da oração. O povo se
humilhou diante de Deus, mostrando sua total dependência do Senhor. O objetivo
era buscar o socorro e a misericórdia de Deus diante do iminente ataque do
inimigo. Não há crise que não possa ser vencida quando oramos, jejuamos e
confiamos no Senhor. Davi, em um dos seus cânticos, declarou: "Uns confiam
em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor,
nosso Deus" (Sl 20.7). É tempo de invocarmos o nome do Senhor em favor da
nossa nação. Precisamos orar e jejuar a fim de que a crise política e econômica
seja solucionada. Jesus declarou que determinadas castas de demônios só podem
ser expelidas pela "oração e pelo jejum" (Mt 17.21). Deus mandou o profeta
dizer ao povo que eles não precisariam lutar nem temer, pois Ele mesmo sairia e
pelejaria em favor deles (2 Cr 20.17). Josafá e seus súditos creram na Palavra
de Deus e adoraram e louvaram ao Senhor (2 Cr 20.18,19). Houve grande júbilo e
a certeza da vitória que o Senhor daria ao seu povo. Quando os exércitos
inimigos se aproximaram de Jerusalém e ouviram o som dos louvores, dizem as
Escrituras Sagradas que eles caíram em emboscadas e se destruíram uns aos
outros, sem que ninguém do povo precisasse fazer qualquer coisa. Os exércitos
inimigos foram desbaratados porque Deus os confundiu (2 Cr 20.24). Aprendemos
que o inimigo não pode resistir ao povo de Deus quando há oração, jejum e
verdadeira adoração. [Comentário: Josafá não era
somente um conhecedor da palavra de Deus; ele se esforçava para viver o ensino
da palavra de Deus: ele andou nos seus mandamentos e não segundo as obras de
Israel (2Cr 17.5). Outro exemplo de prática da palavra de Deus está em 2Cr 20.14-21,
em que lemos que Josafá madrugou-se para praticar a palavra de Deus. Ele,
portanto, tentou viver o que pregava. Não era um homem perfeito; tinha os seus
defeitos e as suas fraquezas. Não se pode negar, porém, que Josafá era um homem
esforçado e dedicado aos propósitos da aliança do Senhor. Quando advertido,
humilhava-se, consertava-se, retornando à palavra do Senhor (2Cr 19.1-11; 1Rs
22.49). Todos nós estamos sujeitos a momentos de ansiedade e medo e, como o rei
Josafá, precisamos aprender a colocar sempre os nossos olhos em Deus. O que fez
Josafá:
1- Buscou ao Senhor. Vs 3,4 “Então, Josafá teve medo e se pôs a buscar
ao SENHOR; e apregoou jejum em todo o Judá. Judá se congregou para pedir
socorro ao SENHOR; também de todas as cidades de Judá veio gente para buscar ao
SENHOR.” (Jr 29.13-14);
2- Apregoou um santo jejum. Vs 3 (Veja
Joel 2.15);
3- Foi ao templo para pedir socorro ao Senhor. Vs 5 “Pôs-se Josafá em
pé, na congregação de Judá e de Jerusalém, na Casa do SENHOR, diante do pátio
novo,” (Veja Hb 10.25);
4- Clamou ao Senhor. Vs 6a “…e disse: Ah! SENHOR, Deus de nossos pais,
porventura, não és tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os
reinos dos povos? Na tua mão, está a força e o poder, e não há quem te possa
resistir.” (Veja Sl 50.15).]
SÍNTESE DO TÓPICO III
Josafá tinha muitos inimigos e
teve que enfrentar muitas crises. Mas, todas as vezes que buscou a Deus, Ele
enviou o socorro.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Em 853 a.C., Acabe o persuadiu a se ajuntar a Israel em uma tentativa de
desarraigar Ramote-Gileade da Síria. Acabe foi mortalmente ferido, mas Josafá
sobreviveu (1 Rs 22.1-38). Ele foi severamente reprovado pelo profeta Jeú por
ter se associado ao rei Acabe (2 Cr 19.1,2). Judá ocupou uma clara posição
subordinada, mas a aliança foi,
temporamente, a fonte da força de ambos os reinos. Em seu retorno, Josafá
novamente encorajou a adoração ao Senhor Jeová (1 Cr 19.4).
Ele havia previamente fortalecido as defesas de Judá e trazido Edom ao
seu controle. Isto lhe deu o comando das rotas de caravanas da Arábia e lhe trouxe uma riqueza adicional (2 Cr 17.5;
18.1). Josafá tentou construir uma frota de navios em Eziom-Geber com a cooperação
de Acazias, rei de Israel, mas os navios foram destruídos. Josafá recusou
quaisquer novas parcerias, provavelmente com medo da invasão de seu território
e pelo fato de ter sido repreendido por se unir a Acazias (1 Rs 22.48,49)"
(Dicionário Bíblico Wycliff. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1089).
CONCLUSÃO
A história de Josafá é
uma história de proezas. Ele buscou ao Senhor em jejum, oração e adoração e
Deus lhe concedeu a vitória em tempos de crise. Se você está enfrentando, como
o rei Josafá, uma terrível crise, não desanime. Não se renda diante das ameaças
do inimigo. Ore, jejue, adore e veja o livramento do Senhor. [Comentário: Quando a nação
enfrentou o desastre, Josafá fez um chamado ao povo para que tomasse a sério a
Deus e que jejuasse por um tempo determinado. Ao separar-se da rotina diária da
preparação e do consumo da comida, puderam dedicar esse tempo extra a
considerar seu pecado e a orar para pedir ajuda a Deus. A dor aguda da fome
reforçaria seus sentimentos de penitência e lhes recordaria sua debilidade e
sua dependência de Deus. O jejum ainda é útil na atualidade quando procuramos a
vontade de Deus em situações especiais. Quando o inimigo avançou sobre Judá,
Deus envia seu profeta e fala ao povo: " Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a
peleja não é vossa, mas de Deus". Possivelmente não estejamos
lutando com um exército, mas todos os dias lutam com a tentação, a pressão e
"hostes espirituais de maldade" (Ef 6.12) que querem que nos
rebelemos contra Deus. Devemos recordar que, como crentes, temos o Espírito de
Deus em nós. Se pedirmos a ajuda de Deus quando enfrentamos lutas, Deus brigará
por nós. E Deus sempre triunfa. Como deixamos que Deus brigue por nós?
(1) Ao nos dar conta que a luta não é nossa mas sim de Deus.
(2) Ao reconhecer as limitações humanas e ao permitir que a fortaleza
trabalhe através de nossos temores e debilidades.
(3) Ao nos assegurar que procuramos os interesses de Deus e não nossos
desejos egoístas.
(4) Ao pedir a ajuda de Deus em nossas batalhas diárias.] “NaquEle que me garante: "Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Novembro de 2016
PARA REFLETIR
A
respeito de adorando a Deus em meio a calamidade, responda:
• O reino
do Norte era formado por quantas tribos e qual era a sua capital?
O reino do Norte era formado por
dez tribos e a capital era Samaria.
• Quem
foi o pai de Josafá?
Josafá era filho de Asa.
• Josafá
foi um bom rei?
Sim, embora tenha feito aliança
com Acabe.
• Qual
foi a atitude de Josafá diante do iminente ataque do inimigo?
No momento de aflição e
desespero, Josafá invoca o nome do Senhor (2 Cr 20.4). Ele apregoou um jejum e
oração.
• Josafá
fez uma aliança errada com qual rei?
Com Acabe.
Fonte: Lições Bíblicas adultos, 4°
trimestre de 2016 – CPAD / Divulgação: www.sub-ebd.blogspot.com