Lição 7
13 de Novembro de 2016
José: Fé em Meio às
Injustiças
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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"E o SENHOR estava com José, e foi varão próspero
[...]." (Gn 39.2)
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No enfrentamento de uma crise, a sabedoria divina é
indispensável.
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Gn 37.3,4
Uma túnica colorida e a
crise de inveja
Terça - Gn 37.6-8
Um sonho e o início de
várias crises
Quarta - Gn 37.22
Um plano perverso e a
crise da cova
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Quinta- Gn 37.28
Da crise da cova para a
crise da escravidão
Sexta - Gn 39.20
Da crise da escravidão
para a crise do cárcere
Sábado - Gn 39.21
A bênção de Deus e a
sua benignidade em tempos de crise
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LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
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Gênesis 37.1-11
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1 - E Jacó habitou na terra das
peregrinações de seu pai, na terra de Canaã.
2 - Estas são as gerações de Jacó:
Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; e
estava este jovem com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres de
seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai.
3 - E Israel amava a José mais do que
a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica
de várias cores.
4 - Vendo, pois, seus irmãos que seu
pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam
falar com ele pacificamente.
5 - Sonhou também José um sonho, que
contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais.
6 - E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este
sonho, que tenho sonhado:
7 - Eis que estávamos atando molhos no
meio do campo, e eis que o meu molho se levantava
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e também ficava em pé;
e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho.
8 - Então, lhe disseram seus irmãos:
Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por
isso, tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras.
9 - E sonhou ainda outro sonho, e o
contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o
sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim.
10 - E, contando-o a seu pai e a seus
irmãos, repreendeu-o seu pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste?
Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em
terra?
11 - Seus irmãos, pois, o invejavam;
seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.
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HINOS SUGERIDOS: 46, 186, 609 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Ressaltar que Deus deu a José sabedoria para gerenciar a
crise da fome no Egito.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apontar
os sonhos de José e as crises que ele teve que enfrentar;
II. Ressaltar
a crise da cova e da escravidão na vida de José;
III. Enfatizar
a sabedoria de José para administrar as crises.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
José era o filho amado do patriarca Jacó. Deus tinha um plano na vida dele
e esse projeto lhe foi revelado, pelo Senhor, por intermédio de alguns sonhos.
É importante ressaltar que não eram os sonhos do jovem José, mas sim os planos
de Deus para ele e sua família. Mas, José partilhou aquilo que era para ele com
seus irmãos e seu pai no momento errado.
Os irmãos de José eram invejosos e não aceitaram os seus sonhos. Com
certeza, eles perceberam que Deus iria colocar José em uma posição de destaque
na família. José tinha promessas de Deus para sua vida, mas isso não o livrou
das crises. As crises não endureceram o coração de José, nem o afastaram de
Deus. Elas contribuíram para moldar o caráter do jovem e prepará-lo para o
palácio de Faraó. Se você está enfrentando algumas crises, assim como José, não
desanime. Não permita que a amargura e o sofrimento o afaste de Deus. Quem sabe
o Senhor não esteja forjando o seu caráter e o preparando para algo especial?
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A história de José é uma
das mais belas registradas nas Escrituras Sagradas. É uma história que mostra o
amor de um pai, a rejeição e a inveja dos irmãos e a beleza dos sonhos de um
jovem. São 13 capítulos que revelam os desígnios de Deus na história de Israel.
Nesta lição, estudaremos a respeito das crises enfrentadas por José e a sua
atitude diante de cada uma delas. Veremos que José nos deixou preciosas lições
que nos ensinam como nos conduzir nas mais difíceis situações. As adversidades
na vida de José contribuíram para que as promessas feitas a Abraão se
cumprissem fielmente (Gn 13). [Comentário: O apostolo Paulo
declarou “De todos os lados somos
pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados;
somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos.” (2Co
4.8,9) Nos dias atuais, não tem sido diferente, somos atacados de todas as
formas, mais não devemos desanimar, mais “para
que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus.” (Rm 12.2b) Foi isso o que José experimentou, na casa de
seu pai, no poço sem água, no mercado de escravo, na casa de Potifar, na prisão
do rei, no palácio do Faraó, ao final percebemos que tudo contribuiu para o bem
de José e do povo de Deus. Sua vida fora marcada pela dureza, mais do que
facilidades, no entanto, uma vida marcada pelas bênçãos de Deus. Os treze anos
que vivera desde que fora traído pelos irmãos tinham sido marcados por
infortúnios terríveis. Porém, toda a dificuldade fora usada por Deus para
lapidá-lo e torná-lo hábil em lidar com adversidades.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
Deus concedeu a José sabedoria para administrar crises.
I - DOIS SONHOS E MUITAS CRISES
1. A família de José. Jacó era o pai de José, e sua família
era constituída pelos filhos de Lia e os dois filhos de Raquel, José e Benjamim
(Gn 30.22-24; 35.16-18). Levemos também em conta os filhos das servas Zilpa e
Bila. Jacó amava José e lhe presenteou com uma túnica colorida. Essa túnica de
várias cores revelava uma posição de favoritismo (Gn 37.3). O favoritismo de
Jacó por José gerou algumas crises na família. Uma família dividida não pode
resistir às crises. Por isso, ame os seus filhos de modo altruísta, e
igualitário, evitando qualquer tipo de preferência. [Comentário: “Ora, Israel gostava mais de José do que de
qualquer outro filho, porque lhe havia nascido em sua velhice; por isso mandou
fazer para ele uma túnica longa. Quando os seus irmãos viram que o pai gostava
mais dele do que de qualquer outro filho, odiaram-no e não conseguiam falar com
ele amigavelmente.” Como lemos neste trecho da narrativa bíblica, Jacó
tinha perdido de tal maneira o comando sobre sua família, sua preferência por
seu filho caçula estava dividindo sua casa, seus filhos estavam cultivando
ódio, em resposta ao relacionamento de Jacó e José. Esse é um lar que nos
ensina que não se deve valorizar um filho em detrimento do outro, que não se
deve nutrir sentimentos distinto com relação aos filhos. No quadro em que esta
família se encontrava, não poderíamos esperar coisas boas. O que poderíamos
esperar é que José fosse perseguido e aniquilado por seus irmãos, mais do verso
6 ao 9, vemos que Deus vai lhe manifestar sonhos, sonhos que revelam as benção
dEle sobre a vida de José. Ele foi abençoado na casa de seus pais. Apesar do
ódio e do ciúme de seus irmãos, José foi abençoado. O amor preferencial de seu
pai acabou prejudicando o filho e toda a família, mais no final desta história
Deus une novamente essa família em amor. http://prjricardo.blogspot.com.br/2009/11/bencao-na-vida-de-jose-apesar-das.html.]
2. A inveja dos irmãos de José. O que fez com que os irmãos de José
fossem tomados pela inveja e o ódio? Existem duas razões principais. A primeira
está no fato de José denunciar ao pai as más ações cometidas por seus irmãos.
Certamente os irmãos viam José como um traidor. A segunda razão estava no fato
de José ser um sonhador. Em seus dois sonhos, José aparecia em uma posição de
honra. É importante ressaltar que, embora a família de Jacó estivesse
enfrentando a crise do favoritismo, do ódio, da inveja e da falsidade, ela era
parte dos desígnios de Deus para a formação de um grande povo. Deus não pensa
como nós e não julga segundo os critérios humanos. Sua justiça e seus desígnios
são perfeitos, embora sejamos injustos e imperfeitos.
[Comentário: Pensa-se que a
inveja é desejar ter o que o outro tem. Isso na verdade é a cobiça, também
catalogada na Bíblia como pecado. A inveja segundo o dicionário é um misto de
ódio e desgosto provocado pela prosperidade ou alegria de outrem. Em outras
palavras, a inveja é a tremenda raiva que a pessoa desenvolve porque o outro
está bem, está feliz. Os irmãos de José tinham inveja dele por que ele agradava
ao seu pai (Gn 37.11; At 7.9). Sendo o mais moço dos irmãos, José não
participava da transgressão deles, mas conscienciosamente levava as más
notícias a respeito deles ao seu pai. As Sagradas Escrituras relatam que José
recebera carinho especial de seu entristecido pai, por ser filho da sua velhice
(Gênesis 37:3). Demonstrando indisfarçável favoritismo, seu pai Jacó deu-lhe
uma comprida túnica listrada que o destacava entre todos. Como resultado, José
passou a ser odiado por seus irmãos.]
3. Os sonhos de
José (Gn 37.7,9).
Certa noite, Deus deu a José um sonho, e moço precipitadamente contou seu sonho
a seus irmãos. Nem sempre podemos partilhar todos os nossos sonhos. Alguns
devem ser guardados no coração até que se cumpram integralmente. José tornou a
sonhar e, mais uma vez, relatou o sonho aos irmãos e ao pai. Os sonhos de José
foram dados pelo Senhor, e um dia se cumpriram fidedignamente. Se Deus tem dado
a você um sonho, guarde-o em seu coração e aguarde, pois no tempo do Senhor se
cumprirá. [Comentário: Quando José contou
um sonho que profetizava que seus irmãos seriam seus súditos, eles passaram a
odiá-lo ainda mais. Nesse sonho, o molho de trigo de José crescia altaneiro,
enquanto os dos irmãos, em submissão, o rodeavam e se curvavam em reverência ao
molho dele (Gn 37.5-8). Um outro sonho acirrou sobremaneira a rivalidade
fraterna. José sonhou que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam perante
ele, indicando que não só seus irmãos, mas também seu pai e mãe (evidentemente
não Raquel, pois esta já havia falecido, mas talvez a principal esposa viva de
Israel), se curvariam diante dele. Até Jacó se constrangeu com este sonho e
repreendeu-o por causa disto. Diz o relato bíblico que os irmãos de José o
invejavam e seu pai guardava o caso no seu coração (Gn 37.11). Com certeza Jacó
reconhecia a natureza profética desses sonhos. O fato de José ter contado seus
sonhos não significava que ele tinha sentimentos de superioridade. Ele apenas
dava a conhecer o que Deus lhe havia revelado. http://verdadeemfoco.com.br/estudo.php?id=98]
SÍNTESE DO TÓPICO I
José revelou seus dois sonhos a sua
família e logo teve que enfrentar algumas crises.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, inicie o
tópico fazendo a seguinte indagação: "Quem sabe os nomes de todos os
filhos de Jacó?" Incentive a participação de todos e ouça as respostas com
atenção. Em seguida reproduza o esquema abaixo no quadro. Mostre aos alunos a
família de Jacó e ressalte que as promessas que Deus fez a Abraão foram
passadas a Jacó e seus descendentes, por isso, Deus usou José para preservar
sua família da fome e da morte. Da semente de Abraão nasceria aquEle que
abençoaria todas as famílias da Terra, Jesus Cristo.
Extraído de Guia do
Leitor da Bíblia. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 44.
CONHEÇA MAIS
Fome no Egito
Registros egípcios contam
que a fome, causada pelas estiagens nas cabeceiras do Nilo, durou muitos anos.
A agricultura egípcia dependia das enchentes anuais ao longo do rio, que
depositavam terra nova fértil tornando a irrigação possível. Também nesse
aspecto a autenticidade do relato bíblico tem total sustentação histórica"
Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.46.
II - A CRISE DA COVA E DA ESCRAVIDÃO
1. José é vendido como escravo (Gn
37.27,28). Certo dia, os irmãos de
José levaram os rebanhos até Siquém. José foi até lá para ver se tudo estava
bem. Mas chegando ali, descobriu que seus irmãos tinham ido a Dotã. Quando os
irmãos de José viram que ele vinha se aproximando, decidiram matá-lo. O plano
era matar José e, depois, dizer ao pai que um animal selvagem o havia matado.
Os irmãos de José tinham uma mente perversa, maligna. Mas Rúben não aceitou tal
ideia e aconselhou aos irmãos a jogar José em uma cova. Rúben planejava
resgatar o irmão. Porém, Judá também teve uma ideia: "Vendê-lo como
escravo."Assim, os irmãos tiraram José da cova e o venderam como escravo
aos mercadores por vinte moedas de prata. Os irmãos de José tomaram sua túnica e
a mancharam com o sangue de um animal. O
objetivo era enganar a Jacó. Eles fizeram seu pai chorar e sofrer muito. O
ciúme e a inveja sempre produzem tristeza e dor na família.
[Comentário: Estando Jacó em
Hebrom, resolveu enviar o seu filho José para os campos em Siquém, a fim de
verificar o bem-estar dos filhos e de seu rebanho. Após percorrer setenta e
cinco quilômetros, José chegou a Siquém. Tendo sido informado por um homem que
seus irmãos haviam partido para Dotã, não lhe restou alternativa, senão
caminhar mais vinte e dois quilômetros. Quando os seus irmãos o viram
aproximar-se, começaram a tramar contra ele, dizendo: “Eis que lá vem o sonhador! Vinde pois agora, matemo-lo e lancemo-lo
numa das covas;... Veremos, então, o que será dos seus sonhos.” Gn 37.19 e
20. Apenas Rúben, o mais velho, aquele que, pela tradição, deveria ser o
favorito, foi contra o plano, exigindo que não se derramasse sangue. Ele propôs
que José fosse lançado vivo em uma cova vazia e ali deixado a perecer, sendo,
entretanto, seu intento secreto, voltar mais tarde para livrá-lo e devolvê-lo
ao pai. Quando José alcançou os irmãos e seus rebanhos, eles despiram-no da sua
comprida túnica listrada e em seguida lançaram-no numa profunda cova, conforme
a recomendação de Rúben. Algum tempo depois, na ausência de Rúben, quando os
outros irmãos sentaram-se para comer, avistaram uma caravana de ismaelitas
(também chamados de midianitas, raça árabe descendente de Quetura- Gn 25.1-6)
que fazia a sua tradicional rota comercial que ligava a Síria ao Egito com
especiarias e outras mercadorias. Judá propôs então vender seu irmão àqueles
mercadores, em vez de deixá-lo morrer na cova. De imediato, Judá reconheceu ser
uma oportunidade de dupla vantagem. Vendendo José como escravo, ponderou ele,
eximir-se-iam da responsabilidade pelo seu destino e eles permaneceriam limpos
de seu sangue. Disse Judá: “Não seja
nossa mão sobre ele; porque é nosso irmão, da mesma carne que nós.” Gn 37.27.
Ao mesmo tempo, a venda lhes renderia 20 ciclos de prata, o preço médio de um
escravo à época. Com esta proposta todos concordaram, e José foi rapidamente
tirado da cova. Apesar dos rogos de José pedindo compaixão, entregaram-no às
mãos dos mercadores. Quando a caravana que levava José já ia longe rumo ao sul,
Rúben voltou e recebeu a chocante notícia. Alarmado e censurando-se a si mesmo,
rasgou a própria roupa em desespero e procurou os seus irmãos. Sabendo da sorte
de José e da impossibilidade de recuperá-lo, Rúben foi induzido a unir-se aos
demais, na tentativa de encobrir o crime, visto que vender alguém como escravo
era um ato ilícito. Juntos mergulharam a capa de José no sangue fresco de um
cabrito e a levaram para o pai, dizendo-lhe que haviam achado no campo.
Perguntando com inocência fingida se ele as reconhecia, Jacó logo chegou à
conclusão pretendida pelos filhos: “É a
túnica do meu filho! Uma besta fera o devorou; certamente José foi despedaçado.”
Gn 37.33. Jacó ficou tão pesaroso com a perda de seu filho, que se negou ser
consolado (Gn 37.34,35). http://verdadeemfoco.com.br/estudo.php?id=98]
2. José na casa de Potifar. José foi comprado pelos mercadores e
levado ao Egito. Chegando ali os mercadores o venderam a Potifar, um dos
oficiais de Faraó. No entanto, Deus estava com José na cova e também no Egito.
O Senhor não nos abandona diante das situações adversas. José alcançou graça e
favor aos olhos de Potifar e este o colocou sobre tudo que possuía.
[Comentário: “O SENHOR estava com José, de modo que este
prosperou e passou a morar na casa do seu senhor egípcio. Quando este percebeu
que o SENHOR estava com ele e que o fazia prosperar em tudo o que realizava,
agradou-se de José e tornou-o administrador de seus bens. Potifar deixou a seu
cuidado a sua casa e lhe confiou tudo o que possuía.” Os mercadores levaram
José ao Egito e o venderam a Potifar, comandante da guarda real de Faraó (Gn 37.28,
36; 39.1). Na providência de Deus esta triste viagem rumo à escravidão foi o
melhor que poderia ter acontecido a José. Apesar de José não compreender o que
estava acontecendo, Deus, contudo, estava utilizando essa situação para
conduzir José a um magnífico futuro, que de outra maneira não aconteceria. No
Egito José mostrou ser um diligente e fidedigno escravo, granjeando o respeito
e a confiança de seu novo dono. Vendo Potifar que Deus era com José, fazendo
prosperar em sua mão tudo quanto ele empreendia (Gn 39.3), decidiu Potifar
promovê-lo a supervisor, com responsabilidade sobre todas as questões
domésticas. http://verdadeemfoco.com.br/estudo.php?id=98]
3. José prosperou na casa de Potifar. José foi elevado à função de mordomo,
gerindo todos os negócios da casa de Potifar, que prosperou grandemente, pois
Deus era com o jovem. Ele poderia ter deixado que a mágoa e a tristeza lhe
dominassem o coração, mas manteve-se puro. José é um exemplo de superação em
meio às crises, pois não permitiu que a sua fé
em Deus fosse abalada diante das circunstâncias adversas. Deus estava
com José, mas a crise mais uma vez o alcança. A mulher de Potifar, que não
tinha escrúpulos nem decência, procurou seduzi-lo. Mas ele era fiel a Deus e ao
seu patrão. Por isso, rejeitou a proposta da mulher que, com raiva, armou-lhe
uma cilada, acusando-o de sedução (Gn 39.14-18). Potifar ouviu a acusação
mentirosa de sua esposa contra José e o mandou para a prisão, onde estavam os
oficiais de Faraó. José venceu a tentação, mas foi para a prisão. [Comentário: Potifar, devido à
sua alta posição, deveria ter uma grande fortuna que precisava ser administrada
com habilidade. As famílias ricas como as dele habitavam em mansões de dois ou
três andares, com lindos jardins e pátios, cercavam-se de objetos lindos como vasos
de alabastro, pinturas, tapeçarias, e móveis trabalhados a mão. As refeições
eram servidas em vasilhas e pratos de ouro, e os ambientes eram iluminados com
candeeiros de ouro. Os servos ou escravos, como José, trabalhavam em baixo e a
família ocupava os ambientes superiores. "O Senhor abençoou a casa do egípcio por amor de José" (v 5). Isto
foi notado por Potifar, que rapidamente o promoveu à posição mais alta entre os
seus serviçais: a de mordomo. A benção do SENHOR estava com toda a casa de
Potifar, por amor a José, e Potifar confiou a ele a administração de toda a sua
fortuna. Uma lição a ser aprendida é que até mesmo aqueles que estão fora do
Senhor podem ser abençoados simplesmente por terem algum contato com aquele que
está no Senhor. O trabalhador eficiente e bem apessoado pode ser instrumento
útil para levar muitos a Cristo. A esposa crente que é casada com um descrente
pode ter uma profunda influência para sempre sobre seu esposo (1Pe 3.1,2). Os
cristãos orarão freqüentemente por não cristãos, até mesmo por inimigos. A
influência de quem está no Senhor transcende o círculo somente de cristãos.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
José teve que enfrentar a crise da cova e da escravidão, mas Deus estava
com ele.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
O silêncio de José, a
fome e a mulher de Potifar
Muitos tomam José como
um tipo de Cristo: uma pessoa inocente que sofreu por causa da maldade dos
outros e, através do qual, o povo escolhido foi liberto da morte certa. O
silêncio de José enquanto seus irmãos deliberavam seu destino (Gn 37.12-35)
prefigura o silêncio de Cristo perante os juízes (cf. Is 53.7; 1 Pe 2.23).
O contraste entre Judá
e José é forte (Gn 39.15,16). Ambos foram tentados sexualmente. Judá procurou o
sexo ilícito, enquanto José recusou repetidos apelos da mulher de seu Senhor.
José lembra-nos que nunca podemos dizer que o sexo nos levou a pecar. A escolha
é nossa, agir como Judá ou como José"
(RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 45,46).
III - SABEDORIA PARA ADMINISTRAR A CRISE
1. José é abençoado por Deus na prisão
(Gn 39.21-23). José foi injustamente
lançado na prisão, porém Deus estava com ele e o ajudaria mais uma vez. Havia
um propósito maior para a sua vida. Esse propósito já havia sido revelado em
seus sonhos. Ele sabia que, de algum modo, Deus cuidaria da sua vida na prisão.
Ali, José alcançou graça aos olhos do carcereiro. A mão de Deus estava
estendida para abençoá-lo. Por isso, por onde ele passava era bem-sucedido. [Comentário: O jovem escravo
hebreu tornara-se um homem muito bonito, o que não passou despercebido à mulher
de Potifar. Ela tentou seduzi-lo várias vezes a transgredir a lei de Deus,
porém, José resistia dizendo: “Como,
pois, posso eu cometer este grande mal, e pecar contra Deus?” Gn 39.9.
Certo dia, porém, aproveitando a ausência dos demais criados, a mulher de
Potifar agarrou a José pela capa, dizendo: “Deita-te
comigo!” Gn 39.12. Mas José fugiu, deixando sua capa nas mãos dela, que,
mortificada e furiosa, chamou pelos criados, acusando-o falsamente de que ele
tivera intenções imorais para com ela. Quando ela contou isso ao marido,
estranhamente o jovem hebreu não foi de pronto executado pela alegada
investida, ficando apenas encarcerado na prisão real. Tivesse Potifar
acreditado na acusação feita pela esposa, indubitavelmente a punição teria sido
a morte. Na prisão, José foi tratado com grande severidade pelos seus
carcereiros. A respeito dele disse o salmista: “Feriram-lhe os pés com grilhões; puseram-no a ferros, até o tempo em
que a sua palavra se cumpriu; a palavra de Deus o provou.” Sl 105.18,19. Por
ter decidido ser fiel, não importando o que lhe viesse a acontecer, “Deus era com José, estendendo sobre ele a
Sua benignidade, e dando-lhe graça aos olhos do carcereiro.” Gn 39.21. Na
prisão Deus mais uma vez intervém. O capitão da guarda, por causa da conduta
exemplar de José, deu-lhe um cargo de confiança sobre os outros presos,
inclusive dois de considerável importância, lançados posteriormente na mesma
prisão: o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros. http://verdadeemfoco.com.br/estudo.php?id=98.]
2. José e os dois oficiais de Faraó. José foi sustentado na prisão pela
benignidade de Deus. Ali, ele encontrou dois presos que serviram a Faraó, um
copeiro-mor e um padeiro-mor. Certo dia, ambos tiveram um sonho. Eles contaram
a José o que haviam sonhado, e este interpretou o sonho deles. Ao copeiro-mor José disse que dentro de três
dias ele seria chamado para servir a Faraó novamente. Ao padeiro-mor, disse
que, dentro de três dias, seria executado. Tudo aconteceu do jeito que José
havia dito. [Comentário: Certo dia, quando
fazia sua ronda costumeira, José notou que ambos tinham uma expressão muito
preocupada. Eles disseram que haviam tido um sonho estranho e que não podiam
compreender o seu significado. Depois de atribuir a interpretação a Deus, José
fez saber a eles a significação: em três dias o chefe dos copeiros seria
reintegrado à sua antiga posição, e daria o copo nas mãos de Faraó, como fazia
antes. O diligente José pediu ao chefe dos copeiros que se lembrasse dele
quando estivesse de volta à corte, pedindo ao Faraó a sua libertação. Quanto ao
chefe dos padeiros, em três dias este seria condenado à morte por ordem do rei.
E assim aconteceu. “No terceiro dia, que
era aniversário de nascimento de Faraó, deu este um banquete a todos os seus
servos; e, no meio destes reabilitou o copeiro chefe, mas ao padeiro chefe
enforcou, como José lhes havia interpretado.” Gn 40.20-22.]
3. Da prisão ao palácio de Faraó (Gn
41.1-8). Faraó também teve dois
sonhos que o perturbaram muito. Os egípcios acreditavam que os sonhos eram
presságios de situações boas ou ruins e o rei não conseguiu compreender o
significado dos seus sonhos. Por isso, convocou seus magos e astrólogos para
que os interpretassem, mas nenhum deles conseguiu convencê-lo com suas
interpretações (Gn 41.8). Então, o copeiro-mor lembrou-se de José e falou a
Faraó a respeito do que havia acontecido com ele e com o padeiro-mor. Faraó
ordenou que trouxessem José à sua presença. Quando ele chegou perante o rei,
com humildade e temor a Deus, ouviu os sonhos e disse que estes se resumiam em
um. O Egito passaria por um período de sete anos de grande fartura e depois um
período de sete anos de escassez. Então, José orientou Faraó para que encontre
um homem sábio a fim de encarregá-lo de ajuntar alimento para os tempos de
crise. Assim o rei teria alimento para enfrentar o tempo de crise. Faraó,
impressionado com a sabedoria de José, viu que ele seria o homem certo para
gerenciar os tempos de fartura e de crise, e nomeou José governador do Egito.
Aprendemos com José que o sofrimento pode moldar nosso caráter e levar-nos a
ser bem-sucedidos em todas as áreas de nossas vidas. Os sofrimentos nos ensinam
a lidar com circunstâncias adversas. Cada episódio na vida de José fazia parte
dos desígnios de Deus. [Comentário: De volta à sua
antiga posição, o chefe dos copeiros somente veio a se lembrar de José dois
anos mais tarde, quando o monarca egípcio se viu atormentado por dois sonhos
estranhos. No primeiro sonho, ele viu sete vacas magras que comiam sete vacas
gordas, e no segundo sonho ele viu sete espigas de trigo mirradas que comiam
sete espigas granadas e belas. Nenhum sábio ou mágico do Egito fora capaz de
decifrar esses sonhos, foi quando o chefe dos copeiros, de repente, lembrou-se
do jovem que o confortara na prisão. Levado à presença do Faraó, José voltou a
insistir que seu poder para interpretar sonhos vinha de Deus. Disse ele: “Quem sou eu! É Deus que dará ao Faraó uma
resposta de paz.” Gn 41.16. No mesmo instante José revelou que os sonhos
prediziam sete anos de abundância no Egito, seguidos de sete anos de grande
escassez e que os dois sonhos tinham o mesmo significado. Disse ele a Faraó que
“o fato está bem decidido da parte de
Deus e Deus tem pressa em realizá-lo” Gn 41.32. Por isso, prosseguiu José,
o Faraó deveria escolher “um homem
ajuizado e sábio” para criar um programa de estocagem de grãos durante o
período fértil. Faraó, que escutara atentamente tudo o que José dizia, não
apenas ficou impressionado pela clara interpretação de seus sonhos, como também
pelo sábio conselho que lhe dera. No mesmo instante José foi nomeado governador
de todo o Egito. O escravo liberto, agora com 30 anos de idade (Gn 41.46), após
13 anos de servidão, foi ritualmente adotado pela corte, recebendo um nome
egípcio: Zafenate-Panéia (Salvador do mundo). Também como recompensa, Faraó
deu-lhe por mulher Asenate, filha de um sacerdote de Om – cidade chamada
posteriormente de Heliópolis, o centro do culto ao sol. No devido tempo, os
acontecimentos se passaram precisamente como José previra. Durante os primeiros
sete anos, José se assegurou de que as abundantes colheitas de grãos em seu
país de adoção fossem estocadas. Durante esse período, José tem desfrutado de
prestígio e riqueza, bem como de felicidade pessoal. Asenate, sua mulher, deu à
luz dois filhos, que receberam os nomes de Manassés e Efraim. http://verdadeemfoco.com.br/estudo.php?id=98.]
SÍNTESE DO TÓPICO III
Deus é a fonte de toda sabedoria. Ele nos concede sabedoria para
administrar as crises.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Para simbolizar o novo
ofício de José, Faraó lhe deu o anel que usava, no qual estava estampado o selo
de autoridade, vestiu-o de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu
pescoço. Deu-lhe um carro, no qual desfilou publicamente com a proclamação de
que ele deveria ser honrado pela população. Em seguida, mudou-lhe o nome para
Zafenate-Paneia, que quer dizer 'abundância de vida ou o deus fala e vive'. Por
fim, José se casou com uma moça de família de alta posição da cidade sacerdotal
de Om. José foi lançado em estreito contato com o paganismo do Egito, mas não
foi vencido por ele.
[...] Quando se tornou
o segundo governante mais poderoso em posição no Egito. Ele sabia exatamente o
que fazer. Durante anos de colheitas abundantes, juntou todas as colheitas que
iam além das necessidades imediatas do povo e as armazenou em numerosas cidades
do Egito. Durante esse tempo, nasceram-lhe dois filhos. O primeiro foi chamado
Manassés, 'que esquece', como testemunho de que Deus havia apagado dos pensamentos
tristes e íntimos de José os anos de trabalho e de toda a casa de seu pai. O
segundo filho foi chamado Efraim, 'dupla fertilidade', como testemunho das
providências misericordiosas de Deus na terra da sua aflição.
Quando chegaram os
sete anos de fome, o Egito estava preparado com uma grande provisão de
alimentos armazenada para a emergência. Mas a seca cruzou as fronteiras do
Egito e atingiu a Palestina e outros países vizinhos. Dentro do próprio Egito,
logo as pessoas sentiram fome e pediram comida. Sem demora, José as abasteceu
de provisões segundo um plano já em execução. As pessoas tiveram a permissão de
comprar os grãos armazenados e, assim, tiveram o suficiente para comer.
Habitantes de outros países ficaram sabendo da provisão que havia no Egito e
foram comprar alimentos" (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol 1. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, pp. 114,115).
CONCLUSÃO
Todas as dificuldades
pelas quais passamos, quando estamos no plano divino, são para nos ensinar. Deus
preparou o espírito de José para as crises que enfrentaria e para que pudesse
desfrutar de uma posição privilegiada no Egito. José não se esqueceu de que
Deus estava com ele, não só nas humilhações, mas também quando exaltado diante
dos homens. [Comentário: Curiosamente alguns fatos que
ocorreram na vida de José, também ocorreram na vida de Jesus:
1. José era amado pelo pai (Gn 37.3,4); Jesus também era amado por Seu
Pai (Lc 3.22 e Mt 3.17).
2. José foi vendido como escravo por 20 moedas de prata (Gn 37.28);
Jesus foi traído por 30 moedas de prata (Mt 26.15).
3. José perdoou os irmãos que o haviam vendido como escravo (Gn 50.20,21;
Jesus também perdoou os que intentaram o mal contra Ele (Lc 23.34).
4. José tinha uma túnica (Gn 37.3); Jesus também tinha uma túnica (Sl 22.18;
Mt 27.35).
5. José foi encarcerado com dois prisioneiros. (Gn 40.2,3); Jesus foi
pendurado no madeiro com dois malfeitores (Lc 23.32).
José atingiu a idade de 110 anos. Ele morreu no Egito, depois de passar
noventa e três anos da sua vida longe da terra de sua parentela. O nome dele
consta na galeria dos heróis da fé (ver Hb 11.22). Antes de morrer, José disse
a seus irmãos: “Eu morro, mas Deus
certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra para a terra que jurou a
Abraão, a Isaque e a Jacó.” Gn 50.24. Em seguida ele pediu que os irmãos
dele fizessem uma promessa. Disse José: “Quando
Deus vos visitar, levareis os meus ossos daqui.” Gn 50.25. Esta promessa
cumpriu-se com Moisés, quando da saída dos israelitas do Egito (ver Êx 13.19). A
história de José é muito mais que um simples retrato de um homem de grande
caráter e de fé admirável. É também um marco decisivo na história do povo
escolhido de Deus e um modelo de conduta para todos quantos desejam sinceramente
ser fiéis ao Senhor.] “NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Novembro de 2016
PARA REFLETIR
A respeito de José, fé em
meio às injustiças, responda:
• Quem era o pai de José?
Jacó, neto de Abraão.
• Qual o presente que
Jacó deu a José e que demonstrava seu favoritismo?
Uma capa colorida.
• O que fez com que os
irmãos de José fossem tomados pela inveja?
A revelação dos
sonhos de José.
• Quanto os ismaelitas
pagaram por José?
O venderam por vinte
moedas de prata.
• Faraó nomeou José para
que cargo?
Para governador do
Egito, o segundo cargo mais importante depois de Faraó.
Fonte: Lições Bíblicas adultos – CPAD /
Divulgação: www.sub-ebd.blogspot.com