THINKING
MATURELY ABOUT THE CRISTIAN FAITH
Lição
11
14
de Junho de 2015
A
Última Ceia
TEXTO ÁUREO
"Alimpai-vos, pois, do fermento
velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque
Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós."
VERDADE PRÁTICA
(1 Co 5.7)
A Páscoa comemorava a libertação do
Egito. A Ceia do Senhor celebra a libertação
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 12.1-28
O real propósito da Páscoa para os judeus
Terça - Lc 22.7-13
A última ceia de Jesus com seus discípulos aqui
na terra
Quarta - Lc 22.14-20
O verdadeiro significado da celebração da Ceia
Quinta - Lc 22.19,20
Os elementos que compõem a Santa Ceia do Senhor
Sexta - 1 Co 11.26
O real propósito da Ceia do Senhor para a Igreja
Sábado - 1 Co 11.27-32
Quem pode participar da Santa Ceia do Senhor
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas
22.7-20
7 - Chegou, porém, o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importava
sacrificar a Páscoa.
8 - E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa, para
que a comamos.
9 - E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos?
10 - E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis
um homem levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar.
11 - E direis ao pai de família da casa: O mestre te diz: Onde está o
aposento em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos?
12 - Então, ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado; aí fazei os
preparativos.
13 - E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a
Páscoa.
14 - E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e, com ele, os doze apóstolos.
15 - E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que
padeça,
16 - porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no
Reino de Deus.
17 - E, tomando o cálice e havendo dado graças, disse: Tomai-o e
reparti-o entre vós,
18 - porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha
o Reino de Deus.
19 - E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho,
dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim.
20 - Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este
cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós.
OBJETIVO GERAL
Explicar a instituição da Ceia do
Senhor como ordenança.
HINOS
SUGERIDOS: 53,22,482 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Analisar os antecedentes
históricos da última ceia de Jesus.
Expor a dinâmica da
preparação, celebração e a substituição da Páscoa pela celebração da Ceia do
Senhor.
Elencar os dois elementos
da última ceia
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, estamos diante de um texto que narra uma das mais
importantes celebrações da Igreja Cristã: Lucas 22, a Ceia do Senhor. A aula
desta semana deve ser iniciada explicando aos alunos os antecedentes históricos
da instituição da Ceia do Senhor. Quando o Senhor Jesus Cristo instituiu a
Ceia, na ocasião, Ele estava celebrando a páscoa judaica. Como um marco
representativo da liberação do povo de Israel do Egito - pois foi assim que a
Páscoa ficou conhecida -, a Ceia do Senhor seria um marco representativo do ato
de amor que Jesus Cristo fez em nosso favor, entregando-se à morte, e morte de
cruz, por amor. Explicar tão significativa celebração é o objetivo da aula
desta semana.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Sem dúvida, a Páscoa era uma das festas mais importantes do judaísmo, e
a sua celebração era carregada de valor simbólico. O seu ritual era metódico e
meticuloso pois lembrava um dos momentos mais importantes da história do povo
de Deus da Antiga Aliança - a libertação do cativeiro egípcio! A sua celebração
anual mobilizava toda a nação judaica. Quando instituiu a Santa Ceia, por
ocasião da celebração da última Páscoa, Jesus tinha em mente esses fatos.
Sabedor de que a Páscoa era apenas um tipo do qual Ele era o antítipo (ou uma
figura da qual Ele era o cumprimento), Ele demostrou alegria e satisfação por
poder celebrá-la na companhia de seus discípulos. Apenas algumas horas depois,
o Filho do Homem estaria libertando o seu povo, não mais de um cativeiro
humano, mas do cativeiro do pecado! [Páscoa é a festa que marca o início
do calendário bíblico de Israel e delimita as datas de todas as outras festas
na Bíblia. Pessach (do hebraico פסח,
passagem) a Páscoa judaica é também
conhecida como "Festa da Libertação", e celebra a libertação dos
hebreus da escravidão no Egito em 14 de Nissan no ano aproximado de 1280 a.C. A
primeira celebração de Pessach ocorreu há 3.500 anos, quando Deus enviou as Dez
pragas do Egito sobre o povo egípcio. Antes da décima praga, Moisés foi
instruído a pedir para que cada família hebréia sacrificasse um cordeiro e
molhasse os umbrais (mezuzót) das portas com o sangue do cordeiro, para que não
fossem acometidos pela morte de seus primogênitos. Como recordação dessa libertação,
e do castigo de Deus sobre o Faraó, foi instituída para todas as gerações o
sacrifício de Pessach. Note que Pessach
significa passagem, porém a passagem do anjo da morte, (pois o Senhor
“passou” sobre as casas dos filhos de Israel, poupando-os. Ex 12:27), e não a
passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho ou outra passagem qualquer, apesar do
nome evocar vários simbolismos. Interessante que, um segundo Pessach era
celebrado em 14 de Iyar, para pessoas que na ocasião do primeiro Pessach
estivessem impossibilitadas de ir ao Tabernáculo, fosse por motivos de impureza
ou por viagem. Páscoa fala de memória, de identidade. É uma festa instituída
para que jamais Israel se esquecesse quem foi, quem é e o que deve ser.] Vamos
pensar maduramente sobre a fé cristã?
I. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ÚLTIMA CEIA
1. A instituição da páscoa judaica. A festa da Páscoa
era uma das celebrações que ocorria na primavera. A palavra é derivada do verbo
hebraico pasah, com o sentido de "passar por cima". Essa festa tem
sua origem nos dias que antecedem o êxodo dos israelitas do Egito, conforme
narrado em Êxodo 12. Até esse momento, Faraó relutava em deixar os israelitas
partirem conforme a determinação do Senhor. A consequência dessa obstinação do
governante egípcio foi o julgamento divino que veio na forma de uma grande
mortandade nos lares egípcios. Somente os primogênitos das famílias egípcias
seriam atingidos, pois os hebreus estavam protegidos com o sangue do cordeiro pascal
(Êx 12.13). O sangue do cordeiro era um tipo do sangue de Cristo, o cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29; 1 Co 5.7). [Festa instituída
por Deus para Israel, na época do Êxodo, para celebrar a noite em que o Senhor
Jeová poupou todos os recém nascidos primogênitos dos israelitas e matou todos
os primogênitos dos egípcios (Êx 12.1-30,43-49). A palavra hebraica pesah (do
grego pascha) tem uma origem incerta. G. E. Mendenhall a relaciona com a
palavra acadiana pashu, que consta na carta Amarna 74.37 para descrever a paz
ou a segurança que resulta do estabelecimento de uma aliança (BASOR, #133
[1954], p. 29). B. Couroyer sugere que este termo é uma transliteração de duas
palavras egípcias p3 sh, 'Te coup" (o golpe, a pancada), e que ele refere-se
ao golpe infligido pelo Senhor à terra do Egito na décima praga. Ele acredita
que a expressão egípcia foi colocada ao lado de uma raiz hebraica composta
pelas mesmas consoantes, pasah, que significa saltar ou passar (por cima) como
em 1 Reis 18.26. Devido à sua conexão com a isenção dos primogénitos de Israel,
pesah veio a ter o sentido da misericordiosa intenção de Jeová ao passar por
cima das casas que foram marcadas com sangue ("Uorigine égyptienne du mot
'Pâque'", Revue Biblique, LXII [1955], 481-496). O verbo pasah ocorre em
Êxodo 12.13,23,27, onde obviamente significa que o Senhor pulou ou saltou por
cima e, desse modo, poupou as casas israelitas quando feriu os egípcios (Outro
verbo com os mesmos radicais significa mancar ou ser manco; 2 Samuel 4.4.) A
outra única ocorrência, no sentido de poupar ou proteger, está em Isaías 31.5,
onde pasah está em um paralelo com outros três verbos que significam
"proteger", "libertar" e "salvar". É possível que
em Isaías o significado possa ter sido estabelecido pelo uso em Êxodo 12 e não
por refletir o significado original da raiz. Portanto, não se pode afirmar que
o substantivo pesah deriva ou não do verbo pasah, que originalmente significava
passar por cima. Quanto à observação cerimonial da festa da Páscoa no AT, Veja
Festividades; Sacrifícios; Adoração.
No AT, é feita uma referência à celebração da primeira Páscoa por
Moisés, com a aspersão de sangue para que os primogênitos israelitas não fossem
tocados (Hb 11.28). Existem muitas outras referências a festas da Páscoa
durante a vida do Senhor Jesus. Ainda criança, todos os anos Ele era levado por
seus pais a Jerusalém para a Festa da Páscoa (Lc 2.41). No quarto evangelho,
três Páscoas são definitivamente mencionadas durante o ministério do Senhor
Jesus (Jo 2.13,23; 6.4; 11.55; 12.1; 13;1; 18.28,39; 19.14) e acredita-se que a
festa mencionada em João 5.1 seria a quarta Páscoa. Na época de Cristo, o
cordeiro pascal (geralmente um cordeiro ou cabrito de um ano, mas veja Êxodo
12.5) era ritualmente sacrificado na área do Templo. Essa refeição, no entanto,
podia ser comida em qualquer casa da cidade. Um grupo comunitário, como o de
Jesus e seus discípulos, podia celebrar a Páscoa em conjunto, com se formasse
uma unidade familiar. Cerca de 120.000 a 180.000 judeus compareciam a Jerusalém
para essa e outras festas anuais, sendo que a grande maioria deles era formada
por peregrinos vindos de países da Diáspora (J. Jeremias, Jerusalém in the Time
of Jesus, Filadélfia. Fortress, 1969, pp. 58-84). Depois da destruição do Templo
no ano 70 d.C, as provisões para o sacrifício de um animal, sob a forma de um
ritual, cessaram totalmente e a Páscoa dos judeus passou a ser uma simples
cerimônia familiar, uma refeição sem derramamento de sangue. Atualmente, apenas
os samaritanos (q.v.), em sua cerimônia anual da Páscoa no monte Gerizim,
sacrificam cordeiros ou cabritos visando cumprir a ordem de Êxodo 12. Uma
última passagem do NT desenvolve claramente o significado tipológico da Páscoa
e da Festa dos Pães Asmos para o cristão. Paulo conclama os coríntios a
eliminar o fermento da malícia e da iniquidade, e observar diariamente a festa
"porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós" (1 Co 5.7).
Dessa forma, Paulo declara diretamente que Cristo é o "nosso Cordeiro
pascal", conforme o pronunciamento de João Batista de que Jesus é "o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29). Devido a estas
passagens, e a ensinos semelhantes, a Igreja primitiva veio a entender que a
Ceia do Senhor (q.v.) substitui completamente a celebração da Páscoa. PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1467-1468.]
2. O ritual da páscoa judaica. A páscoa judaica obedecia a um
ritual detalhado (Dt 16.1-4). Todavia, de acordo com Êxodo 12.3-12, os
preparativos teriam início aos dez do mês com a escolha de um cordeiro, ou
cabrito, para cada família. A família, sendo pequena poderia então convidar o
vizinho. O cordeiro, que seria guardado até ao décimo quarto dia, deveria ser
de um ano e sem defeito. No final do décimo quarto dia era imolado. O sangue
era posto sobre as ombreiras e vergas das portas das casas judaicas. O cordeiro
deveria ser comido assado e com pães asmos e ervas amargas. O resto que
sobrasse deveria ser queimado. Os participantes da Páscoa deveriam ter os lombos
cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. Era a Páscoa do Senhor. [O relato da
instituição desse rito se encontra em Êxodo 12. Deus ordena a Israel que o
observe (w. 1,2). A observância do rito, além dos atos litúrgicos prescritos no
relato, exige à disposição um cordeiro ou um cabrito, macho de um ano, sem
defeito (v. 5); pães ázimos e ervas amargas (v. 8). Estas recomendações
dirigem-se ao círculo familiar (v. 3), podendo estender-se à vizinhança (v. 4).
O cordeiro devia ser assado inteiro, e aquilo que não era comido no banquete
devia ser queimado antes do dia seguinte (v. 10). Os comensais deviam comê-lo
em pé e devidamente trajados para uma longa viagem (v. 11). Nos tempos de
JESUS, conforme indica Raphael Martins, a cerimônia pascal havia recebido a
influência dos gregos e dos romanos que celebravam seus ágapes, não como
escravos, mas como um povo livre e independente, ou seja, comiam recostados em
divãs providos de almofadas. O Pesach significa na língua hebraica “passar por
cima”, “passar por sobre”. Na língua portuguesa foi traduzida por “Páscoa”. O
Pesach surgiu em face da tradição de que o anjo destruidor, ou anjo da morte,
“passou por sobre” as casas cujo sangue do cordeiro imolado assinalava.
“Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do
Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais... O sangue vos
será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei
por vós...” (Ex 12.12,13). A passagem do anjo da morte constituiu a última
praga sobre o Egito, forçando o Faraó a libertar o povo hebreu, possivelmente
entre os anos de 1400-1200 a.C. O Pesach, na descrição de McKenzie, mostra
numerosas variantes que apontam para uma origem e desenvolvimento complexos. O
Pesach, segundo a grande maioria dos estudiosos, era anterior à instituição no
capítulo 12 de Êxodo. A festa original era pastoril nos seus primórdios, onde
os pastores celebravam o nascimento de ovelhas na primavera; e esse termo
também faz alusão à forma como as ovelhas costumam “saltar por cima” dos
obstáculos. Seja como for, por meio da historização, a Páscoa se tomou a grande
festa nacional de Israel, que celebrava sua constituição como povo de Iahweh,
acentua McKenzie. naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos
e ervas amargas a comerão” (v. 8) Ázimos, no hebraico maccot, significa “pães
sem fermento”. A festa dos “pães sem fermento” está registrada em Êxodo 23.15,
ao lado de outras duas. No momento da instituição do Pesach ela aparece em
correlação com a mesma, como festa histórica que celebra a libertação de Israel
da opressão egípcia. O caráter da cerimônia indica que se tratava de uma festa
agrícola de agradecimento pelo início da colheita. No Novo Testamento é sempre
mencionada em conexão com o Pesach (Mt 26.17; Mc 14.12). Em memória dos
sofrimentos dos hebreus no Egito são comidas ervas amargas: chicória, escarola,
agrião, salsa, rabanete, amêndoa, tâmara, figo e passa. Esses ingredientes eram
misturados com vinagre, formando uma espécie de molho, cor de tijolo (haroset,
em hebraico), lembrando seu antigo ofício no Egito. Roberto dos Reis
Santos. A Santa Ceia. Editora CPAD. pag. 12-14.]
PONTO CENTRAL
A Ceia do Senhor é uma celebração que o nosso Senhor ordenou à Igreja
até a sua vinda.
SÍNTESE DO TÓPICO I
Na perspectiva secular, o dinheiro é apenas um elemento material; na
cristã, as dimensões espiritual e material devem coexistir.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"A refeição da Páscoa era parte importante da festividade. Exigia o
sacrifício e a assadura de um cordeiro, pão sem fermento, ervas amargas e
vinho. A pessoa devia comer a refeição da Páscoa na posição reclinada e depois
do pôr-do-sol (no início do décimo quinto dia de nisã). Assim, antes que a
refeição da Páscoa fosse celebrada, preparações cuidadosas tinham de ser
feitas.
Lucas reconta como Jesus se prepara para comer a última refeição da
Páscoa com os discípulos antes de sua morte. A expressão 'o dia da Festa dos
Pães Asmos' se refere provavelmente ao dia antes da refeição, o décimo quarto
dia de nisã, quando os judeus retiravam todo o fermento de suas casas em
preparação à festa. Jesus instrui Pedro e João a fazerem os arranjos
necessários, mas eles não têm ideia de onde Ele quer fazer a comemoração. Pelo
fato de Jesus saber que Judas concordou em entregá-lo aos líderes religiosos
(vv.21,22), Ele manteve o lugar da refeição em segredo. Durante a refeição da
Páscoa, todos os judeus estariam a portas fechadas, e tal oportunidade
ofereceria ocasião conveniente para Judas entregar Jesus às autoridades. Mas Jesus
será preso na hora em que Ele escolher, e não quando os inimigos
escolherem" (ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.;
STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.460).
II. A CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA
1. A preparação. Ao responder à pergunta dos discípulos sobre
onde se daria os preparativos da Páscoa, Jesus encaminha-os a um homem com um
cântaro de água (Lc 22.10). Lucas deixa claro que Cristo, como filho de Deus e
capacitado pelo Espírito Santo, possuía conhecimento prévio dos fatos. O
expositor bíblico Anthony Lee Ash, observa que o homem com um cântaro de água
seria facilmente notado, pois esse era um trabalho de mulher. Os hospedeiros
costumavam oferecer suas casas durante a festa, em troca das peles de animais e
utensílios usados para a refeição. O preparo da Páscoa incluiria a busca de
fermento na casa e o preparo dos vários elementos da refeição. [Cedo naquela
quinta-feira os discípulos começaram a fazer os preparativos para a Páscoa. “No
primeiro dia dos pães asmos, (aqui Mateus emprega o coloquialismo comum que
combinava as duas grandes festas) vieram os discípulos a Jesus e lhe
perguntaram: Onde queres que te façamos os preparativos para comeres a Páscoa?
(Mt 26.17). Fica evidente do relato de Mateus que Jesus já tinha arranjado de
antemão muitos dos detalhes para essa noite. Com tantas israelitas visitantes
que vinham anualmente a Jerusalém para a festa, era comum que os habitantes da cidade
mantivessem aposentos que eles alugavam para que os visitantes pudessem ter um lugar
privado para comer a refeição da Páscoa com os amigos e a família. Jesus tinha evidentemente
providenciado o uso de um desses locais para ele e os seus discípulos – um cenáculo,
que provavelmente foi colocado à sua disposição por alguém que Jesus conhecia e
que era por sua vez um crente em Jesus, mas talvez desconhecido dos discípulos.
Essa pessoa nunca é identificada por nome em quaisquer dos relatos evangélicos.
Em todo caso, Jesus tinha evidentemente feito em segredo esses arranjos, para evitar
que ficasse conhecido com antecedência onde ele estaria nessa noite com os
discípulos (Se Judas tivesse conhecimento prévio do local da Última Ceia, teria
sido uma questão simples para ele revelar ao Sinédrio onde eles poderiam
encontrar Jesus. Mas era necessário ao plano de Deus que ele celebrasse a
Páscoa com os seus discípulos antes de ser traído). Muitos preparativos precisavam
ser feitos. O cordeiro não apenas necessitaria ser morto no templo e depois ser
levado de volta para ser assado, mas outros elementos da refeição também precisavam
estar preparados. Os principais entre os elementos de uma Páscoa eram o pão sem
fermento, o vinho e um prato feito de ervas amargas. A responsabilidade de preparar
esses elementos provavelmente foi dividida entre alguns dos discípulos. E a tarefa
de organizar a sala e a mesa estava já sendo cuidada por um criado do
proprietário do cenáculo. De Lucas 22.8 ficamos sabendo que Pedro e João foram
especificamente designados para encontrar o homem e ajudar a preparar o
Cenáculo. Marcos diz que eles deveriam localizar o homem, segui-lo até a sua
casa, e então repetir ao dono da casa o que Jesus tinha lhes dito. Lá eles
encontrariam “um espaçoso cenáculo mobiliado e pronto” (Mc14.15). Eles “fizeram
como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa”(Mt26.19). A Última Páscoa
– John MacArthur Jr. http://docslide.com.br/documents/a-pascoa-de-jesus.html]
2. A celebração e substituição. Jesus possuía consciência de que a
sua morte na cruz se aproximava e que Ele era o Cordeiro de Deus do qual o
cordeiro da Páscoa era apenas um tipo (Jo 1.29). Com certeza milhares de
cordeiros foram sacrificados em Jerusalém nessa data, mas somente Jesus era o
"Cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo" (Jo 1.29). Se a
Páscoa judaica marcou a libertação do sofrimento do cativeiro egípcio, agora
Jesus, através do seu sofrimento, libertaria a humanidade da escravidão do
pecado. Pedro e João fazem os preparativos exigidos sobre a última Páscoa (Lc
22.7-20) e é durante a celebração da última Páscoa que Jesus instituiu a Ceia
do Senhor (Lc 22.19,20). No contexto da Nova Aliança a Ceia do Senhor
substituiu a Páscoa judaica (1 Co 11.20,23). [A última Ceia é exposta nos
evangelhos sinópticos como uma refeição pascal. O evangelho de João (18:28;
19:14) apresenta o fato de que a refeição foi tomada antes da celebração, e
Jesus foi crucificado ainda naquele mesmo dia (lembrando que, para os judeus, o
dia começava às 06:00 horas). Talvez o Senhor Jesus tenha antecipado a refeição
por algumas poucas horas. Nesse caso o quarto evangelho expõe a correta
cronologia quanto à questão. O ensino paulino sobre a última ceia (1Co 11.23-26)
faz com que a mesma seja um memorial tanto da morte libertadora de Cristo
quanto da expiação. Ambos os elementos faziam parte da páscoa do Antigo
Testamento, segundo já vimos. Paulo não menciona especificamente a páscoa,
daquela seção, embora ele o faça em 1Co 5. 7. Eusébio aceitava o conceito da
páscoa cristã no sacrifício de Cristo (ver Hit. 5,23,1). E essa também era a
ideia tradicional da Igreja antiga. É interessante que a palavra hebraica para
páscoa, pascha, é tão parecida com a palavra grega para sofrer, péscbo, que
alguns cristãos antigos fizeram a ligação entre elas, embora não haja qualquer
conexão histórica entre esses termos. Cristo sofreu e ele é a nossa páscoa, um
jogo de palavras empregado por Eusébio. Para os cristãos, a palavra grega
anámne (memorial), é uma palavra-chave. A ceia do Senhor é um memorial que deve
ser mantido vivo, até que o Senhor retorne. Essa é a ênfase paulina, que não se
vê nos evangelhos sinópticos, embora apareça em Lucas 22.19. Provavelmente,
esse elemento foi uma adição cristã às declarações feitas por Jesus, embora
sugerida pelo que ele havia dito, se é que ele mesmo não ensinou assim. Por
outro lado, é possível que Mateus e Marcos tenham omitido uma afirmação genuína
de Jesus, e que Paulo e Lucas preservaram. O que é certo é que Jesus
reinterpretou a páscoa em consonância com as suas próprias experiências. A
páscoa, pois, foi encarada pela Igreja cristã como uma daquelas muitas coisas
que receberam cumprimento e adquiriram maior significação na pessoa de Cristo,
retendo o tipo de símbolo e de lições acima. A ideia de pacto também se faz
presente. YAHWEH firmou um pacto com a emergente nação de Israel. E Jesus
estabelece um pacto com sua emergente Igreja. Não nos deveríamos esquecer desse
aspecto. A páscoa do Antigo Testamento marcava o começo de urna saída da
escravidão; e, de fato, era o poder por detrás dessa libertação. Assim também,
em Cristo, encontramos um êxodo que nos liberta da velha vida com sua
escravização ao pecado. No sentido teológico, algo foi realizado que não
poderia ter sido realizado pela lei. Esse é o tema principal tanto de Paulo
(com sua doutrina da justificação pela fé) quanto do tratado aos Hebreus. O
êxodo judaico libertou um povo inteiro da servidão física. O êxodo cristão
oferece a todos os homens a libertação do pecado, bem como a outorga do Reino
da Luz, onde impera perfeita liberdade. CHAMPLIN, Russell Norman,
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5. Editora Hagnos. pag.
101-102,]
SÍNTESE DO TÓPICO II
Foi numa Páscoa judaica que nosso Senhor instituiu a Ceia, como uma
ordenança para toda a Igreja.
III. OS ELEMENTOS DA ÚLTIMA CEIA
1. O vinho. O terceiro Evangelho faz referência ao uso do cálice por duas
vezes, a primeira delas antes de mencionar o pão (Lc 22.17,20). Mas essa
reversão da ordem dos elementos não modifica em nada o significado da Ceia.
Nesse particular, a liturgia cristã segue o modelo dos outros
evangelistas e de Paulo, onde o uso do vinho é precedido pelo pão (Mc 14.22-26;
Mt 26.26-30; 1 Co 11.23-25).
Tomando o cálice, Jesus falou: "Este cálice é o Novo Testamento no
meu sangue, que é derramado por vós" (Lc 22.20). O sentido desse texto é
que o vinho é um símbolo da Nova Aliança que foi selada com o sangue de Jesus,
o Cordeiro de Deus (Êx 12.6,7,13; 24.8; Zc 9.11; Is 53.12). [Havia uma seqüência
bem estabelecida no processo de comer uma Páscoa. Primeiro, um cálice de vinho era
distribuído, o primeiro de quatro cálices compartilhados durante a refeição. Cada
pessoa tomaria um gole de um cálice comum. Antes de passar o cálice Jesus deu graças
(Lc22.17). Depois que o cálice inicial era passado, havia uma lavagem cerimonial
para simbolizara necessidade de limpeza moral e espiritual. Parece ter sido
durante essa lavagem cerimonial que os discípulos “suscitaram também entre si uma
discussão sobre qual deles parecia ser o maior” (Lc22.24). João relata que Jesus
“levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se
com ela. Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a
enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido” (Jo 13.4,5). Tomando o papel do
mais baixo servo, Cristo assim transformou a cerimônia de limpeza numa lição prática
sobre a humildade e a verdadeira santidade. A lavagem externa nada vale se o coração
estiver contaminado. E o orgulho é uma prova segura da necessidade de uma limpeza
do coração. Cristo tinha feito uma observação semelhante para os fariseus em Mateus
23.25-28. Agora ele lavou os pés dos discípulos, ilustrando que até mesmo
crentes com corações regenerados precisam ser lavados periodicamente da
corrupção externa do mundo. O cálice de vinho distribuído por Jesus não
representava o seu sangue que lhe corria nas veias enquanto lhes falava, mas
seu sangue que em breve seria derramado por eles na morte. Após a lavagem
cerimonial e comerem as ervas amargas, o segundo cálice era passado. Era nesse momento
que o cabeça da casa (nesse caso, sem dúvida Jesus) explicava o significado da
Páscoa (cf.Êx12,26,27). Em uma Páscoa judaica tradicional, a criança mais jovem
faz quatro perguntas pré-determinadas, e as respostas são recitadas de uma narrativa
poética do Êxodo. A circulação do segundo cálice seria acompanhada pelo cântico
de salmos.Tradicionalmente, os salmos cantados na Páscoa eram do Hallel (hebraico para “louvor”; essa é a mesma palavra
da qual Aleluia é derivada), O Hallel consistia de seis salmos que começava com
o Salmo 113. Os salmos de Hallel eram provavelmente cantados em ordem, os primeiros
dois sendo cantados nesse momento na cerimônia. O cordeiro assado seria servido
na seqüência. O chefe da casa cerimonialmente lavaria as suas mãos novamente, e
partiria e distribuiria pedaços do pão sem fermento às pessoas ao redor da mesa,
para ser comido com o cordeiro.]
2. O pão. Após tomar o pão, dar graças e partir, Jesus disse:
"Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de
mim" (Lc 22.19). Jesus usa a expressão: "isto é o meu corpo" com
sentido metafórico, da mesma forma que Ele disse: "Eu sou a porta"
(Jo 10.9). O pão era um símbolo do corpo de Jesus da mesma forma que o vinho
era do seu sangue. A palavra "oferecido" traduz o verbo grego didomi,
que também possui o sentido de entregar. Esse mesmo verbo é usado nos textos de
Isaías 53.6,10,12, onde há uma clara referência a um sacrifício (cf. Êx 30.14;
Lv 22.14). O corpo de Jesus seria oferecido vicariamente em favor dos
pecadores. [Na noite em que seria a última dos hebreus no Egito, Deus os preparou
para uma saída repentina, mas não sem se alimentarem. A ordem divina aos
hebreus não foi apenas para que sacrificassem um cordeiro e colocassem o sangue
dele na entrada da casa, mas também para que se alimentassem de pão sem
fermento, ervas amargas e do próprio cordeiro. Cada um deles tinha uma
representação para os hebreus, que deveria ser passada de geração a geração,
para que se lembrassem do quanto Deus operou grandemente em prol dos filhos de
Israel. De acordo com a descrição bíblica, o pão deveria ser sem fermento. A
massa não deveria passar pelo processo de fermentação, ou seja, seria levada ao
fogo tão logo estivesse pronta, sem ter de esperar para crescer. A ideia era
mostrar que os israelitas teriam pouco tempo para preparar sua última refeição
como escravos, pois logo sairiam para uma grande jornada. E evidente que o uso
do fermento poderia fazer com que a massa dobrasse seu tamanho e alimentasse
mais pessoas, mas a orientação divina indicava a pressa com que os judeus iriam
comer para saírem logo do Egito. COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma
Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD.
pag. 40. Nas terras do antigo Oriente o pão e o vinho, assim como
determinados produtos, eram as formas mais comuns de alimentação. O pão, iehem,
que aparece cerca de duzentas e oitenta vezes no Antigo Testamento, em termos
gerais significa “alimento”, “sustento”, indicando sua presença indispensável
para o sustento do povo hebreu. O pão era o principal alimento. A expressão
“comer pão”, em hebraico, significava “fazer uma refeição”. O pão devia ser
tratado com respeito, sendo proibido jogar fora até as migalhas. Talvez os
judeus utilizassem cães domésticos para esta função — comer “... das migalhas
que caem da mesa dos seus donos” (Mt 15.27). “E, tomando um pão, tendo dado
graças, o partiu...” (Lc 22.19) O pão não podia ser cortado, mas partido. Esse
gesto era comum entre as famílias judaicas, onde o pai, ao iniciar uma
refeição, tomava um pão e, após dar graças ao Senhor, partia-o em pedaços e
distribuía-os entre os membros de sua família. Cristo não diz apenas que o pão
significa Seu corpo, mas Ele deixa claro que era o “corpo dado em favor de”
nós. Foi no corpo de Cristo que nosso pecado foi lançado. Foi na humanidade de
Cristo que toda impiedade foi imputada. Foi na carne d’Ele que todo o
sofrimento foi consumado. Esse corpo foi entregue por nós e é isso que
precisamos lembrar enquanto provamos aquele pão. Assim, sempre que meus dentes
trituram aquele pão, eu me lembro do chicote triturando o corpo de Jesus, da
cruz, da zombaria, do sofrimento indizível. Acredito que é disto que precisamos
lembrar quando tomamos o pão.]
SÍNTESE DO TÓPICO III
Os elementos da Ceia são o vinho, que simboliza o sangue de Jesus; o
pão, que simboliza o corpo partido do Senhor.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Devido, em grande parte, à conotação um tanto mística que
acompanha a palavra 'sacramento', a maioria dos pentecostais e evangélicos
prefere o termo 'ordenança' para expressar o seu modo de entender o batismo e a
Ceia do Senhor. Já na era da Reforma, alguns levantavam objeções à palavra
'sacramentos'. Preferiam falar em 'sinais' ou 'selos' da graça. Tanto Lutero
quanto Calvino empregavam o termo 'sacramento', mas chamavam atenção para o
fato de que o usavam num sentido teológico diferente da implicação original da
palavra em latim. O colega de Lutero, PhilippMelanchthon, preferia empregar o
termo signis ('sinal'). Hoje, alguns que não se consideram 'sacramentalistas',
ou seja, que não acham que a graça salvífica seja transmitida através dos
sacramentos, continuam usando os termos 'sacramento' e 'ordenança' de modo
sinônimo. Devemos interpretar cuidadosamente o sentido do termo de acordo com a
relevância e implicações atribuídas à cerimônia pelos participantes. As
ordenanças, determinadas por Cristo e celebradas por causa do seu mandamento e
exemplo, não são vistas pela maioria dos pentecostais e evangélicos como
capazes de produzir por si mesmas uma mudança espiritual, mas como símbolos ou
formas de proclamação daquilo que Cristo já levou a efeito espiritualmente nas
suas vidas" (HORTON, Stanley (Ed). Teologia Sistemática: Uma perspectiva
pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.560).
CONCLUSÃO
Participar da Ceia do Senhor é um privilégio do qual todo cristão deve
se alegrar. Não se trata de um ritual vazio, mas de uma celebração carregada de
significado, porque aponta para o sacrifício do calvário. A Ceia celebra a
vitória de Cristo, o Cordeiro de Deus, sobre o pecado e suas
consequências.
Ao participarmos da
Ceia, devemos manter uma atitude de eterna gratidão ao Senhor por nos haver
dado vida quando nos encontrávamos mortos em nossos delitos. Assim como os
antigos judeus não deveriam celebrá-la com fermento em seus lares, da mesma
forma não devemos comemorar a Ceia com o velho fermento do pecado. Celebremos a
Ceia com os asmos da sinceridade. [A morte de Cristo, que ocorreu
exatamente no período da páscoa, sempre foi considerada um evento capital para
os primeiros cristãos, e daí por diante, durante todo o cristianismo. Jesus é
chamado de nosso "Cordeiro pascal (1Co 5.7). Isso tem sido associado pelos
cristãos à ideia de expiação e livramento, que nos liberta dos inimigos da
alma. A ordem de não ser partido nenhum osso do cordeiro pascal foi aplicada
por João às circunstâncias da morte de Jesus Cristo (Êx 12.46 e Jo 19.36), pelo
que foi estabelecido um vínculo entre os dois eventos, fazendo o primeiro ser
símbolo do segundo. A ideia de expiação, como é patente, faz parte vital da
questão. O cristão (tal como os antigos israelitas) deve pôr de lado o antigo
fermento do pecado, da corrupção, da malícia e da desobediência, substituindo-o
pelos pães asmos da sinceridade e da verdade. A santificação faz parte
necessária da experiência cristã. O apóstolo Paulo, em sua Primeira Carta aos
Coríntios, tratou de maneira objetiva sobre a Ceia do Senhor. Jesus mesmo
instituiu esse sacramento como um meio de graça para sua igreja. Somente
aqueles que foram remidos e lavados no sangue do Cordeiro e confessam o nome do
Senhor Jesus devem participar desse banquete da graça. Só aqueles que discernem
o que Cristo fez na cruz são chamados para participar dessa ordenança. A
participação desatenta e descuidada da Ceia do Senhor produz resultados
desastrosos. Em vez de edificação vem juízo. Em vez de deleite espiritual vem
disciplina. Paulo menciona três níveis dessa disciplina: Enfraquecimento,
doença e morte. Entre os crentes de Corinto havia gente fraca, enferma e alguns
haviam sido ceifados pela disciplina divina. O pecado sempre produz resultados
desastrosos, sobretudo, na vida dos crentes. A Ceia do Senhor é um momento de
auto-exame e arrependimento, mas também de profunda gratidão e alegria. Devemos
nos aproximar da Mesa do Senhor com santa reverência e santo temor e ao mesmo
tempo com profunda gratidão e imensa alegria. Devemos celebrar essa festa não
com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da
verdade (1Co 5.7,8).] NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por
meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Junho de 2015
PARA REFLETIR
Sobre
os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
Quando ocorria a festa da Páscoa?
A festa da Páscoa era uma das celebrações que ocorria na primavera.
A palavra Páscoa é derivada de qual verbo hebraico e qual é o seu
significado?
A palavra é derivada do verbo hebraico pasah, com o sentido de
"passar por cima".
O que o vinho na Santa Ceia simboliza?
O vinho é um símbolo da Nova Aliança, que foi selada com o sangue de
Jesus, o Cordeiro de Deus.
O que simboliza o pão?
O pão simboliza o corpo de Jesus.
O significa, para você, participar da Santa Ceia?
Resposta livre.
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº
62, p. 41.
Você encontrará mais subsídios para
enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
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pentecostais dos EUA.
A
Santa Ceia
A ceia é uma das celebrações mais comoventes da Igreja Cristã. Porém,
muitos perderam a compreensão de seu real significado, o que acarreta numa
falta de compromisso com o Reino de Deus e num relacionamento limitado com a
Palavra.
PARA REFLETIR
Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas,
responda:
Como é visto o dinheiro na
cultura secular?
Uma das formas mais comuns de
enxergar o dinheiro, bens e posses na cultura secular é vê-los apenas como algo
de natureza puramente material.
Como era a situação dos pobres
nos dias de Jesus?
Os pobres eram "o povo da
terra" (Lc 21.1-4). Não possuíam nada e ainda eram oprimidos pelos ricos
(Tg 2.6).
Como o judaísmo via as
riquezas?
A posse de bens materiais não
era vista como um mal em si.
Como Jesus avaliava aqueles que
possuíam riquezas?
Ele avaliava não apenas as
ações exteriores, mas sobretudo as atitudes interiores.
O que você pensa a respeito do
ter dinheiro? É algo ruim ou bom?
Resposta livre. A ideia é que o
aluno responda sob a perspectiva bíblica ensinada na lição
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conhecimento da Palavra de Deus