THINKING MATURELY ABOUT THE CRISTIAN FAITH
Jovens
2º
Trimestre de 2015
Lição 3
19 de abril de 2015
Jesus e os grupos político-religiosos de sua época
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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“Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos
homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão
entrando” (Mt 23.13).
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Embora tenha convivido com os
grupos religiosos de sua época, Jesus apontou seus erros e hipocrisia.
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AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Mt 16.6
O fermento dos fariseus e saduceus
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QUINTA — Lc 18.10-14
O orgulho dos fariseus
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TERÇA — Mt 22.34-46
A resposta ao fariseu
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SEXTA — Mc 3.6
A estratégia dos herodianos
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QUARTA — Lc 15.2
Murmuração dos religiosos
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SÁBADO — Tg 1.27
A verdadeira religião
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TEXTO BÍBLICO
Mateus 23.1-8.
1 — Então, falou Jesus
à multidão e aos seus discípulos,
2 — dizendo: Na cadeira
de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus.
3 — Observai, pois, e
praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as
suas obras, porque dizem e não praticam.
4 — Pois atam fardos
pesados e difíceis de suportar, e os põem sobre os ombros dos homens; eles,
porém, nem com o dedo querem movê-los.
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5 — E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos
homens, pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes,
6 — e amam os primeiros lugares nas ceias, e as primeiras
cadeiras nas sinagogas,
7 — e as saudações nas praças, e o serem chamados pelos
homens: — Rabi, Rabi.
8 — Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um
só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
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OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá
estar apto a:
I. APRESENTAR
os grupos político-religiosos da época de Jesus;
II. COMPREENDER
a postura de Jesus frente a tais grupos;
III. MOSTRAR como o cristão deve se
comportar diante da diversidade religiosa contemporânea.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
No contexto do Novo Testamento, a nação judaica
não era homogênea. Ao contrário disso, ela estava dividida em vários grupos e
partidos com doutrinas, ideologias e tradições distintas, movidos ora por
motivações políticas, ora religiosas. Nesse sentido, saduceus, fariseus,
essênios, zelotes e herodianos formavam os principais partidos políticos e
seitas religiosas daquela época. Nesta lição, veremos as características desses
grupos, e como Jesus, com sua sabedoria e coragem, conviveu e reagiu a eles,
nos deixando o exemplo de como viver dentro de um ambiente de pluralismo
religioso como o presenciado nos dias atuais, com respeito e defesa da verdade. [Comentário: Os dias vividos por Jesus não eram muito
diferentes dos nossos. Ele conviveu em um ambiente pluralista tanto religiosa
quanto politicamente. Surgiram vários grupos judaicos no 1º século, que influênciaram
a sociedade da época. O historiador judeu Flávio Josefo comenta: “Existem, com efeito, entre os judeus, três
escolas filosóficas: os adeptos da primeira são os fariseus; os da segunda, os
saduceus; os da terceira, que apreciam justamente praticar uma vida venerável,
são denominados essênios: são judeus pela raça, mas, além disso, estão unidos
entre si por uma afeição mútua maior que a dos outros.“ JOSEFO,
Flávio. Bellum Iudaicum II, VIII, 119. A origem de tais grupos se dá em
um contexto de reação contra o misticismo e ameaça da existência do judaísmo e
que ora tem motivações políticas, ora religiosas, ora filosóficas. Ainda, se
por um lado a sinagoga é criada como instrumento de preservação do judaísmo,
por outro é uma das responsáveis pela facilitação do surgimento dos diversos
grupos judaicos. Dessa forma, as sinagogas eram utilizadas como plataforma nas
quais os grupos propagavam suas opiniões ao discordarem dos dirigentes do
Templo. Foram justamente estes partidos religiosos que se opuseram ao
ministério de Jesus e sua mensagem. De certa forma tantos os Saduceus,
Fariseus, Essênios, Zelotes, Hassidim e Herodianos se viram confrontados pela
mensagem pregada por Jesus: “E Jesus
disselhes: Adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus” (Mt
16.6). Estes grupos perseguiram Jesus de forma acentuada: “E, tendo saído os fariseus, tomaram logo conselho com os herodianos
contra ele, procurando ver como o matariam”. (Mc 3.6). Estes grupos
judaicos mudaram a essência da fé judaica, e por isso, se por um lado surgiram
com o intuito de preservar a fé judaica, por outro lado foram exatamente os
responsáveis por fazer com que a fé judaica original se tornasse diferente desse
judaísmo. Por isso, modificaram aquilo que tanto desejavam preservar. Robson T.
Fernandes, colunista do site NAPEC-Apologética Cristã, escreve em seu artigo
intitulado “Os grupos judaicos na época
de Cristo“: “Quando observamos o
aspecto filosófico do judaísmo, encontramos três grupos, como fez Josefo –
Fariseus, Saduceus e Essênios. Porém, quando observamos o aspecto étnico
encontramos os samaritanos que são uma miscigenação de judeus e gentios, e os
herodianos que possuíam um laço consanguíneo com Herodes, o Grande. Ainda,
haviam os zelotes que eram um grupo político do século I que buscava promover
uma rebelião contra o Império Romano, com o intuito de libertar Israel pela
força e que termina por promover a Primeira Guerra Judaico-Romana (66-70). Ainda,
outros grupos são encontrados entre os judeus, a exemplo dos sicários e dos
publicanos. Os Sicários eram um subgrupo oriundo dos zelotes, porém, mais
radicais. O termo é originário do latim ‘sicarius’ e significa ‘homem da
adaga’. Essa expressão só surge algumas décadas após a destruição de Jerusalém
no ano 70 d.C., de acordo com Kippenberg, que afirma, ainda, que o termo “foi a
denominação dada ao movimento revolucionário rural da Judéia” [4] e já o termo
zelotes se referia a “um movimento sacerdotal” [5], isto é, de cunho mais
religioso. Por essa razão, o grupo dos Sicários não será tratado em particular
neste artigo, pois são uma subdivisão dos zelotes. Os Publicanos eram os
coletores de impostos nas províncias do Império Romano. De acordo com Buckland
[6], haviam dois tipos de Publicanos: os Publicanos Gerais e os Publicanos
Delegados. Os Publicanos Gerais respondiam ao imperador romano e eram
responsáveis pelos impostos. Os Publicanos Delegados eram aqueles que eram
comissionados pelos Gerais para coletar os impostos nas províncias. Estes eram
considerados como “ladrões e gatunos”. Muito embora fossem odiados pelos seus
compatriotas, os judeus, Buckland afirma que diferentemente dos fariseus, os
Publicanos não eram hipócritas. Como os Publicanos são mais uma “profissão” do
que um grupo filosófico-político-religioso ele não será tratado em particular
neste artigo. Diante do quadro apresentado é importante se estudar cada um
desses grupos de forma separada, para depois se montar o quadro político-religioso
geral da nação. Por último, buscar aprender com a história para que não se
cometam os mesmos erros outra vez”. http://www.napec.org/religioes/os-grupos-judaicos-na-epoca-de-cristo.
Vamos entender um pouco destes grupos.] Convido você para mergulharmos mais fundo nas
Escrituras!
I. SADUCEUS E FARISEUS
1. Saduceus. Apesar da pequena quantidade, os
saduceus representavam a aristocracia dominante do judaísmo nos tempos do Novo
Testamento. O nome desse grupo, segundo Merrill Tenney, originou-se
provavelmente de Zadoque, o pai da linhagem de sumo sacerdotes durante o
reinado de Salomão (1Rs 1.32,34,38,45). Eles formavam o escalão superior dos
sacerdotes e parte do Sinédrio, exercendo, por isso, grande influência
política. Ao contrário dos fariseus, que reconheciam a importância da tradição
oral, os saduceus aceitavam somente a Lei escrita (Torá). Por influência do
helenismo e da cultura pagã, era uma religião materialista e secularizada, que
negava a existência do mundo espiritual (At 23.8) e não cria na ressurreição
dos mortos (Mc 12.18) nem na vida futura. A vida para eles, portanto, se
resumia ao aqui e agora, sobre a qual Deus não tinha nenhuma interferência.
Quanto a esse grupo, Jesus disse aos seus discípulos para tomarem cuidado com o
seu “fermento” (Mt 16.6), símbolo do mal e da corrupção. [Comentário: Era
o grupo que fazia oposição aos fariseus. O surgimento desse grupo traz alguma
controvérsia, pois as suas origens são desconhecidas. Alguns acreditam que deve
ter surgido com Zadoque, um sacerdote do período do rei Davi. Este grupo era mais
sacerdotal e aristocrático e, sendo mais fechado, não fazia questão de
popularização. Ainda, Schubert [15] afirma que de 539 a.C. (período do domínio
persa), até o período de Alexandre, o Grande, as famílias dos sumo sacerdotes
se mostravam complacentes com os vizinhos pagãos, vivendo em harmonia com os
povos helênicos. Era um grupo composto por homens educados, ricos e de boa
posição social. Em geral, tinham crenças opostas a dos fariseus. De acordo com
Schubert, ao citar Josefo, os saduceus negavam a ressurreição e juízo futuro,
criam que a alma morria com o corpo, negavam a imortalidade, negavam a
existência dos anjos e dos espíritos, criam que Deus não intervinha nas vidas
dos homens, não tinham as mesmas crenças que os patriarcas, negavam a existência
do Sheol (inferno) e só depositavam a crença naquilo que a razão pura pudesse
provar. De forma geral, o Novo Testamento apresenta de forma negativa um resumo
da crença dos saduceus: “os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo
nem espírito” (At 23:8). Com isso, percebemos que este era um grupo que
interpretava as Escrituras utilizando como base os mesmos pressupostos que
futuramente passaram e ser denominados de ‘humanistas’ [16], desconsiderando o
caráter divino, espiritual e sobrenatural. Franklin Ferreira faz a seguinte
declaração acerca da crença dos saduceus: Os saduceus, com o seu repúdio à
doutrina da ressurreição e descrença na existência de seres angelicais, podem
ser considerados como precursores dessa corrente de interpretação das Escrituras.
Pouco se sabe sobre a origem desse partido judaico, mas parece haver adotado
uma posição secular-pragmática de interpretação das Escrituras. Ao negarem
verdades básicas das Escrituras, os saduceus podem ser considerados, guardadas
as devidas proporções, como os modernistas ou liberais da época. [17] Por isso,
conclui-se que enquanto os fariseus eram os conhecedores da Escritura, mas
hipócritas, os saduceus eram os líderes, mas mercenários e humanistas, no uso
geral do termo. Por causa de suas atitudes venais e suas más práticas começaram
a se tornar impopulares. A influência dos saduceus era grande, mas sua
fidelidade a Deus mínima. A riqueza dos saduceus era grande, mas sua
integridade mínima. A influência política e religiosa dos saduceus era grande,
mas seu caráter era mínimo. Ao extrairmos os ensinos que a história deste grupo
nos traz, podemos concluir que há uma profunda semelhança na sociedade
hipermoderna com os saduceus, já que presenciamos uma diversidade de líderes
religiosos que têm se prostituído por causa de benefícios financeiros, status e
vantagens pessoais. http://www.napec.org/religioes/os-grupos-judaicos-na-epoca-de-cristo/[15]
SCHUBERT, Kurt. Os Partidos Religiosos Hebraicos da época Neotestamentária. São Paulo: Paulinas, 1979, p.15,16; [16] O
humanismo é uma filosofia moral que apresenta o ser humano como a medida de
todas as coisas. Isto é, o homem é o centro de tudo. Portanto, a ideia é
contrapor-se a qualquer ser ou coisa de cunho sobrenatural. Surgindo por volta
do século XIX é uma das heranças do Iluminismo do século XVIII, e é um dos
pressupostos do ateísmo; [17] FERREIRA, Franklin. Apostila de Hermenêutica. Rio
de Janeiro: STBSB, 1999, p.12,13.]
2. Fariseus. Em maior número que os saduceus,
os fariseus (hb. parash: “separar”) representavam o núcleo mais rígido do
judaísmo, formado basicamente por pessoas da classe média e com grande
influência entre o povo (Jo 12.42,43). Eram meticulosos quanto ao cumprimento
da Lei mosaica e, por isso, a maioria dos escribas (Mt 15.1; 23.2) pertencia a
esse grupo. Enfatizavam mais a tradição oral do que a literalidade da lei. Além
de dar grande valor às tradições religiosas, como a lavagem das mãos antes das
refeições (Mc 7.3) e ao recolhimento do dízimo (Mt 23.23), os fariseus jejuavam
regularmente (Mt 9.14) e enfatizavam a observância do sábado (Mt 12.1-8).
Entretanto, eram avarentos (Lc 16.14) e, em suas orações, gostavam de se
vangloriar de seus atributos morais (Lc 18.11,12). Em razão do seu legalismo,
Jesus os repreendeu de forma corajosa (cf. Mt 23), chamando-os de amantes dos
primeiros lugares, hipócritas e condutores cegos, pois a religiosidade deles
estava baseada no exterior, nos rituais e na justiça própria, em desprezo à
parte mais importante da Lei: o juízo, a misericórdia e a fé (v.23). Um dos
exemplos era a invocação da tradição de Corbã (Mc 7.11) como subterfúgio para
não cuidar de seus pais na velhice, dizendo que seus bens haviam sido
consagrados como oferta a Deus e ao Templo e, por isso, não poderiam ser
utilizados. Jesus disse que eles haviam invalidado a lei pela tradição (Mc
7.13). Eis o motivo pelo qual Jesus declarou aos seus discípulos: “[...] se a
vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis
no Reino dos céus” (Mt 5.20). A conduta dos fariseus nos faz lembrar que a
verdadeira santidade não se alcança através do legalismo e do esforço pessoal,
mas pela fé em Cristo (Gl 2.16) e através da sua maravilhosa graça (Hb 4.16). [Comentário: Em geral, atribui-se o surgimento do
farisaísmo ao período correspondente ao cativeiro babilônico (587-536 a.C.). E,
basicamente, toda a informação acerca desse grupo é oriunda das obras do
historiador Flávio Josefo [7], dos diversos escritos dos rabinos, por volta do
séc. II, e das informações contidas no Novo Testamento. Muito embora se atribua
ao termo ‘fariseu’ o sentido de ‘separado’ este significado não é uma certeza.
Porém, sabe-se que era o grupo mais seguro da religião judaica (At 26:5), e que
surgiu por volta da guerra dos macabeus, com a finalidade de oferecer
resistência ao espírito helênico trazido por Roma e que possuía, em seu
interior, a intenção de preservar o judaísmo e suas crenças ortodoxas. Muito
embora, Enéas Tognini declare que “há dois grupos terrivelmente antagônicos
desses “fariseus”: separatistas e liberais. O primeiro se opunha
terminantemente às influências helenísticas na Palestina [8], enquanto o
segundo era favorável” [9]. Um dos fatores que mais colaborou para a
organização deste partido foi a perseguição promovida por Antíoco Epifânio.
Porém, Flávio Josefo declara que foi sob a influência de João Hircano [10] que
os fariseus passaram a desfrutar do apoio do povo em geral [11]. Ainda, segundo
citação de Tognini [12] sobre Josefo, os fariseus criam no livre-arbítrio do
homem, na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo, na existência de
anjos, na direção divina de todas as coisas, nas recompensas e castigos na vida
futura, na preservação da alma humana após a morte e na existência de espíritos
bons e maus. Contudo, Jesus denunciou severamente este grupo por causa de sua
hipocrisia e orgulho. Em linhas gerais, podemos afirmar que este grupo surgiu
por uma boa razão, mas seus objetivos foram desvirtuados no decorrer do tempo,
especialmente porque não se deve apenas adquirir o conhecimento ou defendê-lo,
mas colocá-lo em prática. Por essa razão, o termo fariseu tornou-se sinônimo de
hipócrita. Tanto que o próprio Jesus afirma: “… tudo o que vos disserem, isso
fazei e observai; mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não
praticam” (Mt 23:3). Ao extrairmos os ensinos que a história deste grupo nos
traz, podemos iniciar uma maratona de cautela e vigilância, porque a defesa da
fé deve ser feita alicerçada no amor bíblico e não em bases religiosas
fanáticas e desprovidas do biblicismo necessário. Por outro lado, a prática da
Lectio Divina [13] precisa ser reensinada na Igreja, para que assim o sistema
educacional eclesiástico na hipermodernidade [14] volte a ensinar para o povo a
Teologia Bíblica aliada à vida devocional, o que nos auxiliará a não cair em um
neo-farisaísmo. http://www.napec.org/religioes/os-grupos-judaicos-na-epoca-de-cristo/ [7] Guerra dos
Judeus (75 d.C.), Antiguidades Judaicas (94 d.C.), e Autobiografia (101 d.C.); [8]
É importante salientar que o termo ‘Palestina’ só foi cunhado por volta do ano
70 d.C. com a invasão do império romano que destruiu o templo e realizou um
genocídio, na tentativa de apagar da história a memória da nação de Israel.
Portanto, o termo correto aqui é Israel, e não Palestina, que se refere a uma
nação que não existe, uma língua que não existe e uma cultura que não existe,
mas que é fruto da tentativa do mundo árabe-islâmico de fundar o seu próprio
Estado em detrimento da nação de Israel; [9] TOGNINI, Enéas. O período
Interbíblico. São Paulo: Hagnos, 2009, p.153; [10] João Hircano foi um sumo
sacerdote que governou a Judéia entre 135 e 104 a.C.; [11] Josefo. Antiguidades
XIII. 10.5-7.; [12] Idem, p.155; [13] A Lectio Divina consiste de: 1) Lectio –
Leitura; 2) Meditatio – Meditação; 3) Oratio – Oração; 4) Contemplatio –
Contemplação. Traduzindo ao pé da letra, Lectio Divina é: “Leitura Divina”. Mas
também é conhecida como “Leitura Orante”. Era uma prática dos cristãos antigos,
quando dedicavam um tempo exclusivo para meditar no texto da Escritura Sagrada,
acompanhado de oração, meditação e oração, sempre contemplando de forma prática
a mensagem do texto; [14] Hipermodernidade é o termo criado pelo filósofo
francês Gilles Lipovetsky para delimitar o momento atual da sociedade humana.]
PENSE!
Hipócrita religioso é aquele que vive de forma diversa daquilo que
prega.
Ponto Importante
Apesar de adversários, fariseus e saduceus, e até
mesmo os sacerdotes, queriam conjuntamente a morte de Jesus (Mc 14.53; 15.1; Jo
11.48-50).
II. ESSÊNIOS, ZELOTES E HERODIANOS
1. Essênios. Embora a Bíblia não mencione
diretamente esse grupo religioso, os essênios formavam uma pequena seita
judaica na época do Novo Testamento, que vivia de forma reclusa no deserto da
Judeia, às margens do Mar Morto. Merrill Tenney diz que no ato da admissão à
seita, todas as pessoas entregavam suas propriedades a um fundo que era
igualmente disponível a todos. Banhavam-se antes das refeições e vestiam-se de
branco. Além disso, consideravam a si mesmos “os filhos da luz”, e viviam
completamente separados do judaísmo de Jerusalém, o qual consideravam apóstata.
As práticas místicas dos essênios destoam dos ensinamentos de Jesus, que não
impôs nenhum ritual de purificação, a não ser a purificação pela Palavra (Jo
13.10; 15.3). Além disso, os cristãos foram chamados para ser sal da terra e
luz do mundo (Mt 5.13,14), o que implica viver e influenciar a sociedade e a
cultura, e não viver em reclusão. [Comentário: Enquanto os
fariseus se tornaram sinônimos de hipócritas e os saduceus de mundanismo, o
essênismo se torna sinônimo de isolacionismo, isto é, vida separada e afastada
de todos. Os essênios surgiram na tentativa de manter a instrução
Escriturística viva, assim como os fariseus, mas sem a hipocrisia
característica desse grupo, e a busca por uma vida de fidelidade e compromisso,
diferentemente dos saduceus. Por isso, Charles C. Ryrie afirma que o “essenismo
foi uma reação ascética ao externalismo dos fariseus e ao mundanismo dos
saduceus” [20]. O problema é que eles pensavam que para se cultivar uma vida de
santidade teriam que viver isolados do mundo, em um sistema de ascetismo. Basicamente,
os essênios se dedicavam ao estudo das Escrituras, a oração e as lavagens
cerimoniais, conhecidas como banhos Mikvah. Dividiam seus bens com a comunidade
e eram conhecidos por seu trabalho e vida piedosa. Existe, ainda, a teoria da
existência de dois grupos distintos de essênios, que é apresentada na
Enciclopedia de la Biblia, que apresenta o grupo essênio de Qumran e outro,
talvez, no Egito [21]. Nos achados do Mar Morto, os manuscritos de Qumran,
encontram-se evidências de que os essênios se isolaram por desejarem abandonar
as influências corruptas das cidades judaicas. Eles se dedicaram a preparar o
“caminho do Senhor”, crendo que o Messias viria, e consideravam-se o verdadeiro
Israel. Segundo Josefo, os essênios, além de enviar suas oferendas ao templo,
realizavam seus sacrifícios de forma diferente do restante dos judeus e
acentuavam a importância da purificação [22]. Por causa dessa diferenciação
ritualística, os judeus os proibiram de sacrificar no templo, que os mesmos
essênios afirmavam estar contaminado pela impureza da religiosidade social e
judaica. O historiador Plínio [23], o velho, apresenta algumas características
desse grupo: Na parte ocidental do mar Morto os essênios se afastam das margens
por toda a extensão em que estas são perigosas. Trata-se de um povo único em
seu gênero e admirável no mundo inteiro, mais que qualquer outro: sem nenhuma
mulher e tendo renunciado inteiramente ao amor; sem dinheiro e tendo por única
companhia as palmeiras. Dia após dia esse povo renasce em igual número, graças
à grande quantidade dos que chegam; com efeito, afluem aqui em grande número
aqueles que a vida leva, cansados das oscilações da sorte, a adotar seus
costumes (…) Abaixo desses ficava a cidade de Engaddi, cuja importância só era
inferior à de Jericó por sua fertilidade e seus palmeirais, mas que se tornou
hoje um montão de ruínas. Depois vem a fortaleza de Massada, situada num
rochedo, não muito distante do mar Morto. [24] Ao extrairmos os ensinos que a
história deste grupo nos traz, aprendemos que para haver uma vida de santidade
e dedicação não é necessário o isolamento. A luz deve brilhar em meio as trevas
e o sal deve temperar onde não há tempero. http://www.napec.org/religioes/os-grupos-judaicos-na-epoca-de-cristo/; [20] RYRIE,
Charles C. A Bíblia Anotada. São Paulo: Mundo Cristão, 1994, p.1659; [21]
Enciclopedia de la Biblia, v.3, p.143-150; [22] Antiguidades Judaicas. XVIII,
19; [23] Gaius Plinius Secundus foi um historiador romano que escreveu Naturalis
Historia, um vasto compêndio das ciências antigas composto por 37 volumes e
dedicado a Tito Flávio, que viria a ser imperador de Roma; [24] PLÍNIO, O
Velho. Naturalis Historia. v. 73.]
2. Zelotes. Os zelotes formavam um grupo
extremista que usava a rebelião e a violência contra a dominação dos romanos,
pois acreditavam que tal submissão era uma traição a Deus. De acordo com o
Dicionário Wycliffe, “alguns sugeriram que o Senhor Jesus favoreceu os Zelotes,
e escolheu Simão, o Zelote (Lc 6.15) para expressar sua aprovação em relação às
suas táticas. Nada poderia ser tão oposto à verdade, uma vez que todo
ministério de Jesus era baseado em meios pacíficos, e Simão provavelmente
experimentou uma mudança de coração em relação a toda atividade dos Zelotes”. [Comentário: O termo zelota ou zelote (do grego
antigo ζηλωτής, transl. zelotes, "imitador", "admirador
zeloso" ou "seguidor"1 2 ), em hebraico קנאי, kanai (frequentemente usado na forma plural, קנאים, kana'im) significa literalmente alguém que zela
pelo nome de Deus. Apesar de a palavra designar em nossos dias alguém com
excesso de entusiasmo, a sua origem prende-se ao movimento político judaico do
século I que procurava incitar o povo da Judeia a rebelar-se contra o Império
Romano e expulsar os romanos pela força das armas, que conduziu à primeira
guerra judaico-romana (66-70). http://pt.wikipedia.org/wiki/Zelota. Os zelotes são um grupo que se destaca como sendo
o mais radical dentro do judaísmo. Foram os principais responsáveis por
produzirem os levantes contra Roma, provocando a Guerra judia (66-70 d.C.),
culminando na destruição de Jerusalém e do Templo. Os zelotes tornaram-se
sinônimos de ‘fervorosos’, e foram os que uniram o fervor religioso com o
compromisso social, assim como os sicários [30]. Este grupo rebelde idealizava
a vinda do Messias mediante uma ação revolucionária, que resultaria em sua
libertação das mãos opressoras de Roma e do helenismo. De acordo com Horsley e
Hanson o zelo por Deus e pela Lei de Deus não pode ser utilizado como
características para se denominar um grupo, pois de certa forma todos os grupos
judeus possuíam essa característica [31]. No entanto, o que caracteriza os
zelotes não é apenas esse zelo, tão somente, mas a manifestação desse zelo
através do desejo de revolução e luta como meio de libertação. Isso é o que o
faz diferente de outros grupos. http://www.napec.org/religioes/os-grupos-judaicos-na-epoca-de-cristo/ [30] Uma explicação
sobre os sicários é realizada na Introdução deste artigo; [31] HORSLEY, Richard
A. & HANSON, John S. Bandidos, profetas e messias: movimentos populares no
tempo de Jesus. São Paulo: Paulus, 1995, p.166.]
3. Herodianos. Os evangelhos também mencionam os
chamados herodianos (Mc 3.6; 12.13; Mt 22.16). Tinham características de
agremiação partidária, apoiando a dinastia dos Herodes, que deviam seu poder às
forças romanas de ocupação. Os herodianos se opunham a Jesus por receio que Ele
pudesse promover perturbações públicas por meio de seus ensinamentos morais.
Eram movidos mais por interesses políticos do que religiosos, tanto que não
tinham uma ortodoxia clara. Ainda hoje, alguns grupos religiosos são mais
movidos por interesses políticos do que pelas convicções bíblicas. [Comentário: s Herodianos eram um seita ou partido
mencionado no Novo Testamento como tendo, por duas vezes, manifestado oposição
a Jesus, primeiro na Galileia e depois em Jerusalém.
Em todas estas
ocasiões, os herodianos são citados juntamente com os fariseus. Em Marcos 3:6,
os fariseus começam a conspirar contra Jesus por causa de suas ações num sabá e
atraíram os herodianos para a o complô. Em Marcos 8:15, Jesus reconheceu que a
aliança entre esta aliança era uma ameaça. Em Marcos 12:13, fariseus e
herodianos, depois de enviarem uma delegação para investigar e desafiar o que
Jesus estava ensinando em Jerusalém, elogiam-no em conjunto por sua honestidade
e imparcialidade antes de perguntar-lhe sobre os impostos pagos aos romanos.
Eles são citados ainda em Mateus 22:16, Lucas 13:31-32 e Atos 4:27.
Segundo alguns
estudiosos, os mensageiros e soldados de Herodes Antipas1 eram os herodianos.
Outros defendem que eles eram provavelmente um partido político público que se
distinguia dos outros dois grandes partidos do judaísmo pós-exílio (os fariseus
e os saduceus) por terem se aliado a Herodes, o Grande e sua dinastia.
É possível que, para
conseguir aliados, o partido herodiano possa ter propalado a ideia de que a
consolidação de uma dinastia herodiana seria favorável ao objetivo de implantar
uma teocracia, o que pode ser a explicação para a alegação de Pseudo-Tertuliano
(Adversis Omnes Haereses 1.1) de que os herodianos consideravam o próprio
Herodes como o Messias. http://pt.wikipedia.org/wiki/Herodianos. Era um grupo de judeus que acreditava na
cooperação com Herodes, para haver o favorecimento dos judeus, muito embora
Herodes considerasse a si mesmo um deus vivo, tentando helenizar Israel,
exercendo forte pressão política sobre a nação judaica e buscando corromper os
costumes judaicos. Historiadores como Jerônimo, Tertuliano, Epifânio,
Crisóstomo e Teófilo revelam que os herodianos criam ser Herodes o Messias,
surgindo em defesa de Herodes para adquirir algum tipo de benefício. Tognini
[25] declara que “os herodianos eram um partido mais político que religioso.
Eram um com os saduceus em religião, divergindo apenas em um ou outro ponto
político”. E Hale [26] apresenta os herodianos como um grupo independente e
oriundo de uma ala esquerdista dos saduceus. As informações acerca dos
herodianos são poucas, porém, Saulnier e Rolland afirmam que os herodianos
possuíam privilégios e regalias concedidas pelo governo de Herodes [27]. Porém,
parece que a finalidade política dos herodianos era se fortalecer o suficiente
para depois se desligar do poder e dependência romana, pois havia ainda um
sentimento de nacionalismo que se opunha a um poder estrangeiro, como afirma
Douglas [28]. Esse grupo se colocava à disposição do governo romano,
trabalhando como espiões que observavam continuamente possíveis situações que
poderiam trazer problemas ao governo, como rebeliões políticas, insurreições ou
movimentos messiânicos, a exemplo de Jesus e seus discípulos, como declaram
Saulnier e Rolland [29]. Ao passo que os zelotes eram fervorosos defensores de
uma rebelião, os herodianos se tornam então seus opositores. Ao extrairmos os
ensinos que a história deste grupo nos traz, perceberemos que existem, em todos
os períodos de tempo, aqueles que sempre estarão dispostos a sacrificar as
convicções em troca do recebimento de benefícios pessoais. Por isso, esse grupo
é caracterizado por aqueles que buscam seus próprios interesses em detrimento
do próximo, e o completo desapego das verdadeiras convicções e princípios, a
começar pelos princípios éticos e Escriturísticos. Para estes, o que mais
importa é estar ao lado daquele que lhes proporciona benefícios, pois assim
poderão experimentar os resultados trazidos pela influência e status do poder.
http://www.napec.org/religioes/os-grupos-judaicos-na-epoca-de-cristo/ [25] Idem, p.167;
[26] HALE, Broadus David. Introdução ao Estudo do Novo Testamento. São Paulo:
Hagnos, 2001, p.20.; [27] SAULNIER, Christiane & ROLLAND, Bernard. A
Palestina nos tempos de Jesus. 7 ed. São Paulo: Paulinas, 1983, p.83; [28]
DOUGLAS, J. D. O Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1995, p.712; [29]
Idem, p. 83.]
PENSE!
O Evangelho não é uma causa
política. É o poder de Deus para a transformação de todo aquele que crê (Rm
1.16).
Ponto
Importante
Os ensinos e o exemplo de vida de Jesus
evidenciam que Ele não pertencia a nenhum grupo político-religioso de Israel.
III. A QUESTÃO DO PLURALISMO RELIGIOSO
1. Jesus e as religiões do seu
tempo. Como podemos observar, Jesus viveu dentro de um contexto de pluralidade
religiosa, com a existência de diversas teologias e concepções sobre Deus e
espiritualidade. Embora respeitasse a crença de cada grupo e tivesse dialogado
com muitos deles (Lc. 7.36), Ele não deixou de apontar os seus erros e de lhes
falar a verdade. Jesus não se apresentou como mais uma opção religiosa entre
tantas, mas como o próprio Filho de Deus (Jo 6.57), afirmando a sua
exclusividade ao dizer: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem
ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). [Comentário: “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos
homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo
1.4-5). A vinda de Jesus ao mundo foi justamente para acabar com as trevas da religiosidade
que existia não só em Israel, mas também em todas as nações. A religião
praticada nessa pluralidade levava as pessoas a andar em caminho escuro, tanto
os Fariseus, como os Saduceus, os Herodianos, os Essênios, Os Zelotes, os
Hassidim estavam perdidos em seus conceitos, por isso, Jesus se apresenta como
o caminho, como a verdade capaz de libertar o homem de suas falsas ideias a respeito
do mundo espiritual (Jo 14.6). Ao mesmo tempo que Jesus condenava esses
religiosos Ele também dizia: “Porque vos
digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo
nenhum entrareis no reino dos céus” (Mt 5.20). O teólogo e escritor
americano Norman Russel Champlin esclarece quem eram os escribas e fariseus: os
escribas eram mestres da lei. copiavam as Escrituras, os contratos legais e os
registros civis . Eram diplomatas e emissários do governo( II Reis 18:18;
19:2). Eram considerados autoridades religiosas. Fariseus·. Ver nota detalhada
em Marc. 3:6. Geralmente vinham do povo comum, eram zelosos da fé ortodoxa, mas
gradualmente foram passando da fé para uma religião constituída de formalidades
e cerimônias, pois davam exagerada importância as leis que não se encontram no V.T.,
613 mandamentos ao todo, 365 negativos e 248 positivos. Alguns ensinavam que a
lavagem das mãos e de outros objetos pequenos eram as medidas mais importantes.
Outros ensinavam que a omissão de tais lavagens era um pecado tão grave como o
homicídio (ver nota em Mat. 15:2: também em Mat. 22:36; 23:35; 24:27). Ver nota
sobre o concilio≫ ou ≪sinédrio・, o principal tribunal
dos judeus, constituído de escribas, fariseus e saduceus (Mat. 22:23). A
explicação sobre os saduceus aparece na mesma nota. Os fariseus eram numerosos
ao tempo de Jesus. Segundo informação dada por Josefo, haveria mais de seis mil
deles nos dias de Jesus. Exerciam grande poder sobre o povo. (Champlin, 2000
pag 309). Jesus não os excluiu da salvação, mais os levou a repensar sobre seus
conceitos enrijecidos sobre a salvação e seus costumes e suas observações cegas
da lei. Do ponto de vista da lei, da justiça eram cumpridores porém,
invalidaram a palavra de Deus por conta das suas tradições.]
2. A exclusividade de Cristo
hoje. Nos dias atuais, como discípulos de Jesus, devemos respeitar as demais
confissões religiosas, sem perder o senso crítico e a coragem de dizer o que
convém à sã doutrina (Tt 2.1). Precisamos estar preparados (1Pe 3.15) para
confrontar toda religião que fuja dos princípios bíblicos, seja por legalismo,
misticismo ou mundanismo, enfatizando a superioridade de Cristo, o autor e
consumador da nossa fé (Hb 12.2), e o fundamento da verdadeira espiritualidade. [Comentário: Devemos sempre dar o devido lugar a
Cristo em nossas vidas, Ele é o nosso salvador, o nosso Senhor, o nosso bem
maior. Vivemos num mundo hoje, onde há uma grande aversão a fé cristã.
Diferentes religiões e crenças, novas e antigas, bem como leis que são criadas
e que por sua natureza vão de encontro à pessoa de Jesus e sua igreja. Devemos
entender que o Senhor Jesus é Supremo em todos os campos que nos circundam, e a
esta preeminência devemos submissão. Cristo é Exclusivo em tudo em nossas
vidas, por isso que Paulo diz: Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao
único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém. I Tm 1.17.]
PENSE!
Religião não é uma questão de
simples preferência pessoal, mas de verdade.
Ponto
Importante
A tolerância religiosa significa que devemos
respeitar as crenças alheias, ainda que não concordemos com elas.
CONCLUSÃO
Vivemos hoje em um contexto de
grande diversidade religiosa, no qual muitos escolhem suas religiões de forma
descompromissada e baseados em simples preferência pessoal ou agenda política.
Ainda assim, os princípios básicos dos ensinos do Mestre permanecem válidos,
servindo-nos de orientação para a defesa da verdade e da ortodoxia bíblica,
contra as religiões enganosas, heresias e falsas doutrinas.. [Comentário: É
comum, numa roda de amigos, sempre que puxamos uma conversa voltada ao
evangelismo, alguém de pronto diga: “futebol, política e religião não se
discute”. Há um grande equívoco aqui, primeiro em colocar-se um assunto que se
refere à eternidade, na mesma esfera de assuntos mundanos corriqueiros. Nossa
sociedade, neste sentido, é pluralista, como era a sociedade dos dias de Jesus.
Precisamos aprender com o Mestre a maneira correta de nos portarmos perante
esta sociedade cega e corrompida. Sem nos conformarmos com ela e sem desprezar
a ordem da Grande Comissão. Diante destas variedades a igreja de Cristo tem uma
grande missão, levar o verdadeiro evangelho, que não carrega placa
denominacional e sim enfatiza a exclusividade de Cristo: E em nenhum outro há
salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os
homens, pelo qual devamos ser salvos. Atos 4:12.] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois
salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Abril de 2015
HORA DA REVISÃO
1. Quais as características dos
saduceus?
Era uma religião materialista e
secularizada, negavam a existência do mundo espiritual (At 23.8) e não criam na
ressurreição dos mortos (Mc 12.18) nem na vida futura.
2. Por que Jesus repreendeu os
fariseus?
Em razão do legalismo e da
hipocrisia.
3. Por que os essênios destoavam
dos ensinamentos de Jesus?
Jesus não impôs nenhum ritual de
purificação, a não ser a purificação pela Palavra (Jo 13.10; 15.3). Além disso,
os cristãos foram chamados para ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.14), o
que implica viver e influenciar a sociedade e a cultura, e não viver em
reclusão.
4. Por que os herodianos se
opunham à liderança de Jesus?
Por receio de que Ele pudesse
promover perturbações públicas por meio de seus ensinamentos morais, alterando
o status quo daquela época.
5. Hoje, como os cristãos devem
se portar diante da diversidade religiosa?
Nos dias atuais, como discípulos
de Jesus devemos respeitar as demais confissões religiosas, sem perder o senso
crítico e a coragem de dizer o que convém à sã doutrina (Tt 2.1).
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
Revista Lições Bíblicas Mestre - 2º Trim./2015 – CPAD
Título: Jesus e o seu tempo — Conhecendo o contexto da sociedade judaica
nos tempos de Jesus
Comentarista: Valmir Milomem
Autorizo a todos que
quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente,
que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente,
a gentileza de um e-mail indicando qual o texto.