2º Trimestre de 2015
Lição
4
26 de abril de 2015
A Tentação de Jesus
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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"Porque não temos um sumo
sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que,
como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado." (Hb4.15)
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Jesus firmou-se na Palavra de Deus para vencer Satanás. Assim devemos
agir para obter a vitória.
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LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lc 4.2; 1 Co 10.13
A tentação é uma
realidade para todos os crentes
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Quinta - Lc 4.5-8
A
tentação de ser prestigiado e assim descumprirmos o propósito
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Terça - Lc 4.3; 1 Pe 5.8
A necessidade
constante de vigilância ante a tentação
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Sexta - Lc 4.9
A tentação de ser
notado quando Deus quer discrição
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Quarta - Gn 3.6; Lc 4.3,4
A tentação de ser
saciado em um momento de necessidade
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Sábado - Lc 4.12,13
Em Jesus Cristo
podemos vencer
a tentação
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 4.1-13
1 - E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi
levado pelo Espírito ao deserto.
2 - E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias,
não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome.
3 - E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta
pedra que se transforme em pão.
4 - E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de
pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus.
5 - E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num
momento de tempo, todos os reinos do mundo.
6 - E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a
sua glória, porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero.
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7 - Portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
8 - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque
está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás.
9 - Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do
templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo,
10 - porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de
ti, que te guardem
11 - e que te sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com
o teu pé em alguma pedra.
12 - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás
ao Senhor, teu Deus.
13 - E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por
algum tempo.
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HINOS SUGERIDOS: 75, 308, 422
da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que Jesus foi tentado, mas
venceu toda tentação pelo poder da Palavra de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a: Abaixo, os objetivos específicos referem-se aos que o professor
deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I
com os seus respectivos subtópicos.
- I. Compreender a realidade da
tentação.
- II. Explicar como Jesus venceu a
tentação de ser saciado.
- III. Saber como Jesus venceu a tentação
de ser celebrado.
- IV. Analisar
as artimanhas do Inimigo para que Jesus cedesse à tentação de ser notado.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A tentação é uma realidade com a qual todo crente, em algum momento, irá
se deparar. Não existe ninguém que seja imune à tentação, pois até mesmo Jesus,
o homem perfeito, foi tentado! A resposta à tentação não é, portanto, negá-la,
mas enfrentá-la à luz da Palavra de Deus. Nesta lição iremos aprender como
Jesus enfrentou a tentação e derrotou Satanás. Veremos a sutileza do Diabo em
tentar o Filho de Deus em um momento de extrema carência e necessidade física,
e como o Filho do Homem o derrotou ao dizer "não" a cada uma de suas
propostas. Por fim, destacaremos que a vitória de Jesus é também a nossa. [Comentário: Tentação É um desejo violento da alma humana a fazer algo que
pode ser certo ou errado. Do latim temptatio ou tentatio, ataque,
tentativa; é o ato ou efeito de tentar; movimento interior que nos instiga a
fazer o mal; apetite, desejo violento. Deus nos criou com
um coração que tem desejos (Sl 37.5), depois da queda, este coração deseja o
que é contrário a Deus e à Sua Palavra. Lidar com o pecado e com aquilo que nos
leva a ele, tem sido o grande desafio de cada crente ao longo de todos esses
séculos. É importante lembrar que a tentação está intimamente ligada ao pecado,
mas não é o pecado em si. Na verdade, ela é algo que antecede qualquer ato
pecaminoso. Ninguém precisa sair atrás da tentação porque ela vem muito
naturalmente. Ela vem ao pobre, ao rico, aos crentes e aos descrentes. O crente
novo é tentado, e também o crente antigo. Jesus Cristo foi tentado. Sem a
tentação e o direito de escolher entre o bem e o mal seríamos uma máquina, e
Deus não nos isenta das nossas responsabilidades na hora da escolha. Os
próprios discípulos de Jesus lidaram com isso e não é diferente conosco.
Naqueles momentos de agonia que antecederam sua crucificação, Jesus ainda
buscava o crescimento espiritual e a preparação daqueles homens para os grandes
desafios que teriam pela frente. O primeiro
desafio de Jesus é claramente coordenado pelo Espírito Santo que o conduz a uma
área deserta para jejuar. Em seguida, permite que o enfraquecido Salvador seja
testado por Satanás. A vitória de Cristo demonstra o tema de Lucas. Jesus é um
ser humano ideal, diferentemente de Adão e Eva, que caíram (4.1-13). Mateus
deixa claro que foi o próprio Espírito Santo que o levou ao deserto para ser
tentado. Não partiu de Satanás tal atitude. Jesus não foi guiado ao deserto por
uma força maligna, mas foi conduzido pelo Espírito Santo. Foi pela expressa
vontade de Deus que esta crise se produziu na vida de Jesus. Não é que o Senhor
queria ver se Jesus cairia ou não, mas uma demonstração da impossibilidade da
Sua queda. À semelhança de Adão, Jesus foi tentado, com uma diferença: Adão foi
tentado no Jardim do Éden e caiu, Jesus foi tentado no deserto e venceu a
Satanás.]. Convido você para mergulharmos mais fundo nas Escrituras!
Para continuar lendo, clique abaixo:
I - A REALIDADE DA TENTAÇÃO
1. Uma realidade
humana. Já foram assinalados em comentários anteriores que devemos levar em
conta o fato bíblico e teológico incontestável de que Jesus Cristo é verdadeiro
Deus e verdadeiro homem. Como Deus, não podia ser tentado, mas como homem, mesmo
sendo perfeito, sim (Jo 17-5; Fp 2.5-11; Hb 2.17). No mistério da encarnação,
Jesus não perdeu a sua natureza divina, nem tampouco os atributos da divindade,
mas, como diz a tradução americana de Philips, Ele "abdicou de seus
privilégios" (Fp 2.7). Como homem Ele foi tentado em todas as coisas,
assim como nós, porém, não transgrediu (Hb 4.15). À luz do ensino bíblico,
portanto, a tentação de Jesus Cristo foi real e não apenas uma encenação. 0
homem perfeito, Jesus, foi tentado em tudo, mas não pecou! (1 Pe 2.22) [Comentário: Lawrence O. Richards
comentando Lc 4.2 em sua obra Guia do
Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo (CPAD),
escreve: “As palavras gregas peirazo (απόδειξη - lê-se apóviquici) e peiras
mossãa (δίκη - Lê-se leiquim) igualmente
traduzidas por “prova” e “julgamento” bem como por “tentar” e “tentação”
(προσπαθώ - Lê-se prustraufão). O que há de comum é a situação que nos coloca
sob grande pressão. O texto em Tiago 1 é especialmente útil para nos ajudar a
tratar essas situações, ao nos lembrar que Deus jamais tenta as pessoas, no
sentido de induzi-las ao mal (Tg 1.13). Deus, contudo, nos prova da mesma
maneira que permitiu que Satanás o fizesse com Jesus, a fim de demonstrar a nós
e a todos que podemos vencer pela sua força. Adão e Eva falharam no teste. Por
meio de Cristo você e eu somos vitoriosos”. RICHARDS. Lawrence O. Guia do
Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por
capítulo.Editora CPAD. pag. 655. Mas como seria possível Jesus ser
tentado? William Hendriksen esclarece sobre esse fato em sua obra Comentário do Novo Testamento (Cultura
Cristã): “Em nossa tentativa de responder a essa pergunta devemos antes de mais
nada observar que o que foi tentado foi sua natureza humana. Jesus não só era Deus;
ele era também homem. Além do mais, sua alma não era dura como uma pederneira
nem fria como um bloco de gelo. Era uma alma plenamente humana, profundamente
sensível, afetada e comovida pelos sofrimentos de todo gênero. Foi Cristo quem
disse: “Tenho um batismo com o qual hei de ser batizado; e como me angustio até
que o veja concretizado” (Lc 12.50). Jesus foi capaz de expressar carinho (Mt
19.13, 14), compaixão (Mt 23.37; Jo 11.35), piedade (Mt 12.32), ira (Mt 17.17),
gratidão (Mt 11.25) e profundo anseio pela salvação dos pecadores (Mt 11.28;
23.37; Lc 15; 19.10; Jo 7.37) para a glória do Pai (Jo 17.1-5). Sendo não só Deus
mas também homem, ele sabia o que era estar cansado (Jo 4.6) e sedento (4.7;
19.28). Portanto, realmente não deveria surpreender-nos que, depois de um jejum
de quarenta dias, ele sentisse muita fome, e que a proposta de converter pedras
em pães se constituía numa tentação bem real para ele, tanto mais sabendo que
estava revestido do poder para fazer milagres! Não obstante, não deixa de ser
verdade que a possibilidade e realidade da tentação de Cristo vai além de nossa
compreensão. Mas não é esse um fato em relação a cada doutrina? O que sabemos
realmente sobre nós mesmos, sobre nossa alma e a interação que existe entre
alma e corpo? Pouco, aliás, bem pouco! Como poderíamos, pois, penetrar nas
profundezas da alma de Cristo e analisá-la suficientemente a fim de fornecer
uma explicação psicológica absolutamente satisfatória de suas tentações?” HENDRIKSEN.
William. Comentário do Novo Testamento. Lucas I. Editora Cultura Cristã. pag.
315-316. Jesus, como homem, exibia elevadíssima espiritualidade. Suas
qualidades espirituais não eram automáticas, mas resultavam de uma luta muito
intensa, através da vitória sobre o pecado, diante do qual, jamais cedeu.
Entrementes, ele desenvolveu elevadas virtudes morais positivas. (Veja Gálatas
5.22,23, quanto a essas virtudes). Assim sendo, Jesus foi o Pioneiro do
caminho, tendo-nos mostrado, como devemos desenvolvermos espiritualmente,
através da dedicação absoluta. Jesus possuía nosso tipo de natureza, juntamente
com as suas fraquezas. Não obstante, triunfou!]
2. Vencendo a
tentação. Lucas revela que Cristo foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto
para ser tentado pelo Diabo. Jesus, em sua condição humana, foi capacitado pelo
Espírito Santo para enfrentar Satanás. A capacitação de poder sobre Jesus
revela o lado messiânico da sua missão. Na teologia lucana, o Messias seria
revestido pelo Espírito para realizar a obra de Deus, e isso incluía desfazer
as obras do Diabo. A vitória de Jesus sobre a tentação é também a nossa
vitória. Jesus, o homem perfeito, venceu a sedução do pecado com oração, com a
Palavra e por andar no Espírito. Todos os que estão em Cristo podem sim,
também, vencer a tentação (1 Co 10.13). [Comentário: Por que
o Espírito Santo impeliu Jesus ao deserto para ser tentado? Qual era o
propósito? Que Deus tinha um propósito ao permitir que Jesus fosse tentado no
deserto é evidente pela declaração "foi levado pelo Espírito ao
deserto". Uma finalidade é assegurar-nos de que temos um sumo sacerdote
capaz de Se relacionar conosco em todas as nossas debilidades e fraquezas
(Hebreus 4.15) porque Ele mesmo foi tentado em todos os pontos nos quais também
somos. A natureza humana do Nosso Senhor permite que Ele compreenda as nossas
próprias fraquezas por ter sido submetido à fraqueza também. "Porque,
tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer
aqueles que também estão sendo tentados" (Hebreus 2.18). A palavra grega
traduzida "tentado" aqui significa "pôr à prova". Então,
quando somos colocados à prova e testados pelas circunstâncias da vida, podemos
ter certeza de que Jesus entende e se solidariza como alguém que sofreu as
mesmas provações. O Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (CPAD),
sobre a expressão “foi tentado”, afirma: “descreve uma ação contínua; Jesus foi
tentado constantemente durante os quarenta dias. O Espírito levou Jesus ao
deserto onde Deus pôs Jesus à prova - não para ver se Jesus estava pronto, mas
para mostrar que Ele estava preparado para a sua missão. Satanás, no entanto,
tinha outros planos; ele esperava distorcer a missão de Jesus tentando-o para
fazer o mal. Por que era necessário que Jesus fosse tentado? A tentação faz
parte da experiência humana. Para que Jesus fosse completamente humano, Ele
tinha que enfrentar a tentação (veja Hb 4.15). Jesus tinha de desfazer o que
Adão tinha feito. Adão, embora criado perfeito, cedeu à tentação, e assim o
pecado entrou na raça humana. Jesus, o segundo Adão, por outro lado, resistiu a
Satanás. A sua vitória oferece a salvação aos descendentes de Adão (veja Rm
5.12-19). Durante estes quarenta dias, Jesus não comeu coisa alguma, de modo
que ao final Ele teve fome. A condição de Jesus como Filho de Deus não tornava
o seu jejum mais fácil; o seu corpo físico sofria a fome severa e a dor de
estar sem alimento. As três tentações registradas aqui ocorreram quando Jesus estava
na sua condição física mais enfraquecida” Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 341.]
SÍNTESE
DO TÓPICO I
A tentação é uma realidade para
todos os filhos de Deus.
II - A TENTAÇÃO DE SER SACIADO
1. A sutileza da
tentação. A primeira tentação de Jesus se dá na esfera dos apetites. A essa
tentação Jesus respondeu: "Escrito está que nem só de pão viverá o
homem" (Lc 4.3,4). O Diabo, por certo, sabia que por ocasião do batismo de
Jesus, Deus, o Pai, falara-lhe da sua filiação divina (Lc 3.22). Jesus, como o
homem perfeito que era, precisava enfrentar a tentação em sua condição humana,
e não fazer uso de seus atributos divinos como queria o Diabo. Como Filho de
Deus que era, evidentemente Jesus poderia usar os atributos da divindade para
transformar todo aquele deserto em pão. Todavia, se assim procedesse, negaria a
sua missão de homem perfeito. Quer o Diabo estimule um apetite legítimo, quer
não, o seu alvo é sempre o mesmo — colocar tropeços no caminho do servo de
Deus. [Comentário: Na luta do cristão contra o diabo, o
principal campo de batalha é a tentação. O discípulo precisa vencer o inimigo
superando as tentações. Não estamos sós, contudo. Jesus tornou-se um homem, foi
tentado como somos, obteve a vitória, assim mostrando como nós podemos triunfar
sobre Satanás (Hb 2.17-18; 4.15). É essencial, portanto, que analisemos
cuidadosamente de que forma Jesus venceu. Embora Jesus fora tentado várias
vezes, ele enfrentou um teste especialmente severo logo depois que foi
batizado. A sutileza é mencionada como característica distinta da serpente (Mt
10.16). Com grande astúcia ela oferece sugestões, as quais, ao serem abraçadas,
abrem caminho a desejos e atos pecaminosos. Em Gênesis, ela começa falando com
uma mulher, o vaso mais frágil, que além dessa circunstância, não tinha ouvido
diretamente a proibição divina (Gn 2.16-17). E ela espera até que Eva esteja
só. Note-se a astúcia na aproximação. Ela torce as palavras de Deus (Gn 3.1;2.16-17)
e então finge surpresa por estarem assim torcidas; dessa maneira ela
astutamente semeia dúvida e suspeitas no coração da ingênua mulher, e ao mesmo
tempo insinua que está bem qualificada para ser juiz quanto à justiça de tal
proibição. "Se és o Filho de Deus,
manda que estas pedras se transformem em pães" (Lc 4.3). O diabo é um
mestre das coisas aparentemente lógicas. Jesus estava faminto; ele tinha poder
para transformar as pedras em pão. O diabo simplesmente sugeriu que ele tirasse
vantagem de seu privilégio especial para prover sua necessidade imediata. As
questões: Era verdade que Jesus necessitava de alimento para sobreviver. Mas a
questão era como ele o obteria. Lembre-se de que foi Deus quem o conduziu a um
deserto sem alimento. O diabo aconselhou Jesus a agir independentemente e
encontrar seus próprios meios para suprir sua necessidade. Confiará ele em Deus
ou se alimentará a seu próprio modo? Há aqui, também, uma questão mais básica:
Como Jesus usará suas aptidões? O grande poder que Jesus tinha seria usado como
uma lâmpada de Aladim, para gratificar seus desejos pessoais? A tentação era
ressaltar demais os privilégios de sua divindade e minimizar as responsabilidades
de sua humanidade. E isto era crucial, porque o plano de Deus era que Jesus enfrentasse
a tentação na área de sua humanidade, usando somente os recursos que todos nós
temos a nossa disposição. A resposta de Jesus ao conselho de Satanás foi uma
expressão de confiança filial ao cuidado do Pai. Sem dúvida, aquele que
providenciara o maná quando não havia pão, e que bem recentemente dissera: “Tu
és o meu Filho, o Amado”, não falharia a seu amado nesta hora de provação.
Matthew Henry esclarece: “O Senhor Jesus respondeu utilizando as Escrituras (v.
4): Está escrito. Esta é a primeira palavra registrada como sendo falada por Cristo
depois da instalação de seu ofício profético; e é uma citação do Antigo
Testamento, para mostrar que Ele veio para declarar e manter a autoridade das
Escrituras como algo que não se pode controlar; Satanás não é capaz de
controlá-la. E embora o Senhor Jesus tivesse o Espírito sem medida, e tivesse
uma doutrina própria para pregar e uma religião para fundar, ela estava de
acordo com Moisés e os profetas. O Senhor Jesus estabelece os escritos destes
homens como uma regra para si mesmo, e nos recomenda que os tenhamos como uma
resposta a Satanás e às suas tentações. A Palavra de Deus é a nossa espada, e a
fé nesta preciosa Palavra é o nosso escudo; devemos, portanto, ser poderosos
nas Escrituras, e seguirmos nesta força, avançarmos, e continuarmos na nossa
batalha espiritual, conhecendo o que está escrito, porque ela é para o nosso
aprendizado, para o nosso uso. O texto das Escrituras que o Senhor Jesus menciona
é Deuteronômio 8.3. Em outras palavras: “O homem não viverá só de pão. Eu não
preciso transformar as pedras em pão, porque Deus Pai pode enviar o maná para o
meu sustento, assim como Ele fez por Israel; o homem pode viver de toda Palavra
de Deus, e ser alimentado por aquilo que Ele determinar”. Como é que Cristo pode
ter vivido confortavelmente durante estes últimos quarenta dias? Não pelo pão,
mas pela Palavra de Deus, pela meditação sobre esta Palavra, e pela comunhão
com ela, e com Deus nela e por ela; e de uma maneira que Ele ainda pudesse
viver, embora agora Ele começasse a ter fome. Deus tem muitas maneiras de
sustentar o seu povo, sem os meios comuns de subsistência. Portanto, não se
deve em nenhuma circunstância perder a confiança nele, mas em todo o tempo
devemos depender dele, no caminho da obediência. Se faltar o alimento, Deus pode
tirar o apetite, ou dar graus de paciência que permitam que um homem ria da
assolação e da fome (Jó 5.22). O Senhor também pode tornar os legumes e a água
mais nutritivos do que toda a porção do manjar do rei (Dn 1.12,13), permitindo
que o seu povo se alegre nele, mesmo que a figueira não floresça, Habacuque
3.17. Uma crente vigorosa disse que fez das promessas a sua refeição nas
ocasiões em que sofreu a escassez de alimentos”. HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.Editora
CPAD. pag. 547.]
2.Gratificação
pessoal. Depois de 40 dias de jejum total, Jesus, sem dúvida alguma,
encontrava-se debilitado fisicamente. Todo o seu ser, por certo, exigia ser
saciado. Tanto a água quanto o pão são elementos necessários para a manutenção
do corpo. Não há, portanto, nada de errado com o desejo de comer ou beber.
Todavia, se esse desejo é apenas para uma gratificação pessoal, como queria o
Diabo, então ele se converte em pecado. Satanás queria que Jesus visse as
coisas materiais como sendo mais necessárias do que as espirituais. Jesus
mostra que mais importante do que o pão material era o pão espiritual, a
Palavra de Deus. Ainda hoje, o Diabo usa a mesma artimanha quando convence os
homens de que ter abundância, fartura ou prosperidade material é melhor do que
desfrutar da comunhão com Deus. [Comentário: Em cada teste, Jesus se voltava para as
Escrituras, usando um meio que nós também podemos empregar para superar a
tentação. A passagem que ele citou foi a mais adequada naquela situação. No
contexto, os israelitas tinham aprendido durante seus 40 anos no deserto que
eles deveriam esperar e confiar no Senhor para conseguir alimento, e não tentar
conceber seus próprios esquemas para se sustentarem. Depois de quarenta dias de
jejum Jesus estava com seu corpo totalmente debilitado. Nesse período Jesus
jejuou e orou incessantemente – o Espírito estava pronto, mas a carne estava
para entrar em tentação. A fome castigava seu estômago. É nessa oportunidade
que Satanás se aproxima e lhe diz: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras
se transformem em pães”. Satanás propôs a Jesus usar seu poder para satisfazer
sua necessidade, ou seja, fazer uma coisa boa de modo errado: mitigar a fome
atendendo a voz do diabo. O intento de Satanás de levar Jesus transformar
pedras em pães era maior que um apelo à fome. Havia a sugestão de evitar a
cruz, tornando-se um reformador social popular. Isso quase ocorreu quando Jesus
multiplicou os pães e os peixes em João 6. Mas veja o resultado da
multiplicação e o que o Senhor Jesus fez: “Vendo,
pois, os homens o sinal que Jesus fizera, disseram: Este é, verdadeiramente, o
profeta que devia vir ao mundo. Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o
intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho,
para o monte” (Jo 6.14,15). Não era e não é esse tipo de Reino que o Senhor
veio estabelecer na terra, mas um reino espiritual. Mas quantas igrejas estão
embarcando na Teologia da Missão Integral que na verdade é uma nova roupagem da
Teologia da Libertação. É bom deixar claro que a Teologia da Missão Integral
dialoga com o marxismo. E os que defendem essa teologia ainda dizem que é
impossível dialogar com o mundo sem dialogar com o marxismo. O marxismo mudou a
face do Ocidente por, pelo menos, setenta anos. O tempo todo Satanás tentou
impedir que o Senhor fosse até a cruz. E hoje tenta evitar que a mesma seja
pregada também pela igreja. Transformar pedras em pães, à primeira vista, parece
ser um ato relativamente inofensivo, até mesmo uma sugestão piedosa. Jesus rinha
muita fome, então por que não usar os recursos sob o seu comando e transformar
uma pedra em pão? Neste caso, entretanto, o pecado não estava no ato, mas na
razão por trás dele. O diabo estava tentando fazer Jesus tomar um atalho para
resolver o seu problema imediato à custa de seus objetivos de longo prazo,
procurando o conforto através do sacrifício da sua disciplina. Satanás
normalmente trabalha desta forma - persuadindo as pessoas a realizar uma ação,
até mesmo uma boa ação, por um motivo errado ou na hora errada. O fato de que
alguma coisa não seja propriamente errada não significa que é boa para alguém
em determinado momento. Muita gente peca tentando satisfazer desejos legítimos
não incluídos na vontade de Deus, ou, antes do momento definido por Ele.]
SÍNTESE
DO TÓPICO II
Jesus foi tento do o satisfazer suo necessidade de ser
saciado.
III-A TENTAÇÃO DE SER CELEBRADO
1. O príncipe deste
mundo. No texto de Lucas 4.5-8, o Diabo oferece a Jesus domínio sobre os
reinos do mundo. Jesus não contestou as palavras de Satanás quando este afirmou
que possuía autoridade sobre este mundo (Lc 4.6). De fato, o próprio Cristo
afirmou que Satanás é o príncipe deste mundo (Jo 16.11). O apóstolo João nos
diz que "o mundo está no maligno" (1 Jo 5.19). E o apóstolo Paulo diz
que o Diabo é "príncipe das potestades do ar" (Ef 2.2). Vivemos em um
mundo caído e com um sistema iníquo, mas, assim como Jesus Cristo, não fazemos
parte dele (Jo 8.23; 17-9; 18.36). É lamentável quando crentes não apenas vivem
de acordo com os padrões deste mundo, mas também ficam totalmente comprometidos
com ele. [Comentário: A frase "deus deste mundo" (ou
"deus deste século") indica que Satanás é a maior influência sobre os
ideais, opiniões, metas, desejos e pontos de vista da maioria das pessoas. Sua
influência também abrange filosofias, educação e comércio mundiais. Os
pensamentos, ideias, especulações e falsas religiões do mundo estão sob o seu
controle e surgiram a partir de suas mentiras e enganos. Satanás também é
chamado de "príncipe das potestades do ar" em Efésios 2:2. Ele é o
"príncipe deste mundo" em João 12:31. Estes títulos e muitos outros
representam as capacidades de Satanás. Dizer, por exemplo, que Satanás é o
"príncipe das potestades do ar" significa que, de alguma forma, ele
governa o mundo e as pessoas. Isso não quer dizer que ele governa o mundo
completamente; Deus ainda é soberano. Entretanto, significa que Deus, em Sua
infinita sabedoria, permitiu que Satanás operasse neste mundo dentro dos
limites que Deus estabeleceu para ele. Quando a Bíblia diz que Satanás tem
poder sobre o mundo, devemos nos lembrar de que Deus deu a ele domínio apenas
sobre os incrédulos. Os crentes não estão mais sob o domínio de Satanás
(Colossenses 1:13). Os incrédulos, por outro lado, estão presos "no laço
do diabo" (2 Timóteo 2:26), encontram-se no "poder do maligno"
(1 João 5:19) e são escravos de Satanás (Efésios 2:2). Assim, quando a Bíblia
diz que Satanás é o "deus deste mundo", ela não está dizendo que ele
tem autoridade máxima. Está transmitindo a ideia de que Satanás governa o mundo
descrente de uma maneira específica. Em 2 Coríntios 4:4, o incrédulo segue
agenda de Satanás: "o deus deste século cegou os entendimentos dos
incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de
Cristo, o qual é a imagem de Deus". O esquema de Satanás inclui a promoção
de falsas filosofias no mundo - filosofias que cegam o incrédulo para a verdade
do Evangelho. As filosofias de Satanás são as fortalezas nas quais as pessoas
são presas, e elas devem ser libertas por Cristo. Um exemplo de tal filosofia
falsa é a crença de que o homem possa ganhar o favor de Deus por um determinado
ato ou atos. Em quase todas as religiões falsas, merecer o favor de Deus ou
ganhar a vida eterna é um tema predominante. Ganhar a salvação pelas obras, no
entanto, é contrário à revelação bíblica. O homem não pode trabalhar para
ganhar o favor de Deus; a vida eterna é um dom gratuito (ver Efésios 2:8-9). E
esse dom gratuito está disponível por meio de Jesus Cristo e só por Ele (João
3:16; 14:6). Você pode perguntar por que a humanidade não simplesmente recebe o
dom gratuito da salvação (João 1:12). A resposta é que Satanás - o deus deste
mundo - tem tentado a humanidade a seguir o seu orgulho em seu lugar. Satanás
define a agenda, o mundo incrédulo a segue e a humanidade continua a ser
enganada. Não é à toa que a Bíblia chama de Satanás de um mentiroso (João
8:44). Leia mais:
http://www.gotquestions.org/Portugues/Satanas-deus-esse-mundo.html#ixzz3XiUacbQB]
2. A busca pelo
poder terreno. Por trás desse sistema iníquo existe toda uma filosofia de domínio.
Esse poder pode estar presente tanto na esfera material como na espiritual. É a
busca pela glória e poder terreno. 0 Diabo sabe que o desejo de ser celebrado,
de ser chamado "senhor", é algo que fascina os homens. Satanás sabia
que derrubaria Adão se o convencesse de que ele poderia se tornar poderoso ao
adquirir conhecimento. Adão acreditou que até mesmo poderia ser como Deus (Gn
3.5). A isca foi Lançada e Adão a engoliu! O Diabo por certo acreditava que o
mesmo aconteceria com Jesus, o Filho do Homem. Mas Jesus não se dobrou diante
de Satanás. Por certo, muitos estão exercitando poder e domínio neste mundo,
mas provavelmente também estão se curvando diante de Satanás. [Comentário: Para Jesus,
obter o domínio do mundo mediante a adoração de Satanás seria não apenas uma
contradição (Satanás ainda estaria no comando), mas também romperia o primeiro
mandamento, “Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás” (Dt 6.4,5, 13).
Para realizar a sua missão de trazer salvação ao mundo, Jesus precisaria seguir
o caminho da submissão a Deus. Matthew Henry em seu Comentário do Novo
Testamento MATEUS A JOÃO (CPAD), escreve: “Satanás exigiu dele honra e
adoração: Portanto, se tu me adorares, tudo será teu, v. 7. Em primeiro lugar,
Satanás deseja que o Senhor o adore. Talvez ele não queira dizer nunca mais
adorar a Deus Pai, mas adorá-lo junto com a adoração oferecida a Deus Pai;
porque o diabo sabe, que se ele conseguir apenas uma vez se fazer sócio, logo
será o único proprietário. Em segundo lugar, Satanás faria um contrato com o
Senhor Jesus, de que quando, de acordo com esta promessa, Ele tomasse posse dos
reinos deste mundo, não faria nenhuma alteração nas religiões do mundo, mas
toleraria as nações como havia feito até aquele momento, permitindo que
sacrificassem aos demônios (1 Co 10.20). Por esta proposta, o Senhor Jesus deveria
ainda manter o culto aos demônios no mundo, e então deixá-lo tomar todo o poder
e a glória dos reinos se lhe agradasse. Que a riqueza e a grandeza desta terra
fiquem para quem quiser; porém, quanto a Satanás, este nada terá se não tiver o
coração dos homens, bem como os seus sentimentos e a sua adoração. O diabo só
pode operar nos filhos da desobediência, e é assim que ele eficazmente os
devora. (2) Como o nosso Senhor Jesus triunfou sobre esta tentação. Ele deu à
tentação uma repulsa terminante, e a rejeitou com veemência (v. 8): “Vai-te,
Satanás, não suporto a menção disto. O que? Adorar o inimigo do Deus a quem eu
vim servir? e do homem a quem eu vim salvar? Não, Nunca farei isto.” Uma
tentação como esta não era para ser analisada, mas recusada imediatamente; o
assunto foi liquidado com uma única palavra, Está escrito: Adorarás o Senhor,
teu Deus, e só a Ele servirás; e não somente isto, mas somente a Ele adorarás;
a Ele e a nenhum outro. Portanto, Cristo não adorará a Satanás, e quando tiver
os reinos do mundo entregues a si por seu Pai, como espera em breve receber,
jamais permitirá que qualquer adoração ao diabo continue neles. Onde quer que
chegue o seu Evangelho, tudo o que for maligno será perfeitamente arrancado e
abolido. Cristo não fará nenhum acordo com o diabo. O politeísmo e a idolatria
deverão sucumbir, quando se levantar o reino de Cristo. Os homens devem se
converter do poder de Satanás para Deus, do culto aos demônios para o culto ao
único Deus vivo e verdadeiro. Esta é a grande lei divina que Deus restabelecerá
entre os homens, e por sua santa religião reduzirá o homem à obediência: só Deus
deve ser adorado e servido; portanto, qualquer que toma qualquer criatura como
objeto de culto religioso - mesmo que seja um santo ou um anjo, ou a própria
virgem Maria - frustra diretamente o desígnio de Cristo, e cai no paganismo”. HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa.Editora CPAD. pag. 547-548.]
SÍNTESE
DO TÓPICO III
Como homem, Jesus foi tentado a buscar honra e celebração
para si.
IV - A TENTAÇÃO DE SER NOTADO
1. A artimanha do
Inimigo. O Diabo não desiste nas primeiras derrotas e arrisca tentar Jesus mais
uma vez com seu jargão predileto: "Se tu és" (Lc 4.9). Todavia, agora
ele acrescenta a frase: "porque está escrito" (Lc 4.10). Satanás
tenta derrotar Jesus usando a Bíblia! Evidentemente que ele usa o Salmo 91 fora
do seu contexto! Quando a Palavra do Senhor tem exatamente o sentido do que o
Criador disse, então ela é de fato a Palavra dEle. Porém, quando passa a
possuir um sentido particular, isto é, que Deus não disse, não é mais a Palavra
dEle, mas palavras de Satanás. A Bíblia usada fora do seu contexto, como fez o
Diabo e as seitas que ele criou, não é a Palavra de Deus, mas uma arma do
Maligno. É preciso muito cuidado quando se vê alguém manusear a Bíblia. Pode
ser que esse "manuseio" não esteja a serviço de Deus! [Comentário: Aqui,
pela primeira vez, Satanás fez uso das Escrituras. Os rabis deram uma
interpretação messiânica ao Salmo 91.11 e seguintes. Jesus não argumentou
contra o uso feito por Satanás dessa passagem, desde que esse não era o
conflito básico. A tentação pedia que Jesus criasse uma situação de perigo,
enquanto na primeira tentação a crise (fome) já existia. Era como se Satanás
estivesse dizendo: “Você não poderá conhecer- se, nem a veracidade da promessa
de Deus, enquanto não fizer um teste. Satanás é um ser oportunista. Ele é como
um vírus oportunista que ataca quando a nossa imunidade está baixa. Se a nossa imunidade
espiritual estiver baixa ele irá atacar com todas as forças, embora ele ataque
todos os dias, mas se a nossa imunidade espiritual estiver baixa ele irá
triunfar sobre nós. Temos como exemplo Davi que caiu em adultério. Era tempo de
guerra e ele estava em casa. O diabo cita a Escritura; ele põe como isca no seu
anzol os versículos da Bíblia. Pessoas frequentemente aceitam qualquer
ensinamento, se está acompanhado por um bocado de versículos. Mas cuidado! O
mesmo diabo que pode disfarçar-se como um anjo celestial (2 Coríntios 11:13-15)
pode, certamente, deturpar as Escrituras para seus próprios propósitos. O diabo
fez três enganos: Primeiro, não tomou todas as Escrituras. Jesus replicou com:
"Também está escrito". A verdade é a soma de tudo o que Deus diz; por
isso precisamos estudar todos os ensinamentos das Escrituras a respeito de um
determinado assunto para conhecer verdadeiramente a vontade de Deus. Segundo,
ele tomou a passagem fora do contexto. O Salmo 91, no contexto, conforta o
homem que confia e depende do Senhor; ao homem que sente necessidade de testar
o Senhor nada é prometido aqui. Terceiro, Satanás usou uma passagem figurada
literalmente. No contexto, o ponto não era uma proteção física, mas uma
espiritual. Jesus venceu em uma área, então o diabo se mudou para outra. Temos
que estar sempre em guarda (1 Pedro 5:8). A confiança não experimenta, não
continua pondo condições ao nosso serviço a Deus, e não continua exigindo mais
prova. Em vista da abundante evidência que Deus apresentou, é perverso pedir a Deus
para fazer algo mais para dar prova de si.]
2. A busca pelo
prestígio. Quando o Diabo quer ver a queda de alguém, procura levá-lo até o ponto
mais alto (Lc 4.9). É a tentação de ser visto, de ser notado. Era algo muito
tentador saber que dezenas, talvez centenas de pessoas, estariam ali para ver e
aplaudir aquela cena com características cinematográficas. Jesus não se dobrou
frente aos apelos de Satanás. Há um reconhecimento e uma fama que são bíblicas
e não há nada pecaminoso nisso (Gn 12.2; 2 Sm 7.9). Todavia, quando o desejo
por publicidade se torna um fim em si mesmo, então passa-se a fazer o jogo do
Diabo. Infelizmente, muitos não medem esforços para se exibir. Isso é pecado,
mesmo que seja na esfera religiosa ou espiritual. [Comentário: A
confiança verdadeira aceita a palavra de Deus e não necessita testá-la. Matthew
Henry em sua obra Novo Testamento MATEUS
A JOÃO (CPAD ), comenta: “O diabo o tentou a ser o seu próprio assassino,
em uma presunçosa confiança da proteção de seu Pai, da qual Ele não tinha
nenhuma garantia. Observe: (1) O que o diabo pretendia com esta tentação: Se tu
és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, v. 9. [1] Ele queria que Cristo buscasse
uma nova prova de que era o Filho de DEUS, como se a prova que o seu Pai havia
lhe dado, pela voz do céu, e a descida do Espírito sobre Ele não fossem
suficientes. Isto seria uma desonra para Deus, como se Ele não tivesse
escolhido o meio mais adequado de lhe dar esta garantia; e teria sido uma falta
de confiança de que o Espírito habitava nele, o que era a maior prova e a prova
mais convincente de que o Senhor Jesus era o Filho de DEUS, Hebreus 1.8,9. [2]
Ele queria que Cristo buscasse um novo método de proclamar e anunciar isto ao
mundo. O diabo, na verdade, sugere que o Senhor Jesus foi confirmado como sendo
o Filho de Deus em uma região afastada, na companhia de pessoas comuns, que
compareceram ao batismo de João, e que estas honras foram proclamadas nestas
condições desfavoráveis; mas se Ele agora declarasse no pináculo do templo, em
meio a todas as pessoas importantes que compareciam ao serviço no templo, que
Ele era o Filho de Deus, e então, para prová-lo, se lançasse de lá de cima e
saísse ileso, com certeza seria recebido por todos como um mensageiro enviado
do céu. Assim Satanás teria feito com que o Senhor Jesus buscasse honras
conforme um plano diabólico (desprezando tudo o que Deus havia feito a respeito
dele), e assim se manifestasse no templo de Jerusalém. Porém Deus Pai planejou
que o Senhor Jesus se manifestasse mais entre os penitentes de João, por quem a
sua doutrina seria mais bem recebida do que pelos sacerdotes. [3] E provável
que o diabo tivesse alguma esperança de que, embora não pudesse lançá-lo
abaixo, causando-lhe algum dano, pudesse convencê-lo a se lançar abaixo, e a
queda poderia ser a sua morte; então o diabo o teria finalmente fora do caminho”.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO
Edição completa.Editora CPAD. pag. 548.]
SÍNTESE
DO TÓPICO IV
Jesus venceu o tentação de ser
notado petos homens.
CONCLUSÃO
Jesus venceu Satanás no deserto e em todas as outras situações em que o
confrontou durante o seu ministério terreno (Lc 4.1-13; 10.18,19). Na cruz do
Calvário, o Filho de Deus derrotou Satanás de forma definitiva (Cl 2.15; Hb
2.14). Posteriormente, o apóstolo Paulo ensinaria à Igreja que todos aqueles
que se encontram em Cristo também participam dessa vitória (Ef 1.20-22; 2.6).
Em Cristo somos mais do que vencedores (Rm 8.37; 1 Co 15.57), todavia, como
cristãos criteriosos, não devemos subestimar o mal (Lc 22.31-34). [Comentário: Depois de
percorremos todos os tópicos desta lição, podemos concluir com uma afirmativa:
“Todos nós devemos esperar tempos de
provas”. Se Satanás não desistiu de Jesus, ele também não desistirá de
nenhum de nós. Por isso devemos vigiar e orar o tempo todo e em todo tempo. O
Adversário é um ser maligno e perseverante, nunca desistirá de suas investidas,
não pense que ele se afasta e não volta. O apóstolo Paulo nos deixou isso bem
claro quando escreveu a sua carta aos Efésios 6.10-13. Mas nós temos um grande
conforto, Deus sempre está ao nosso lado. Ele nunca nos abandona. Aliás, o
Senhor nos diz também que “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas
Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo
contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a
possais suportar” (1Co 10.13). O texto de Mateus termina dizendo que “com isso,
o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”. Lute até o fim, não
esmoreça. Não ceda à tentação. O Senhor também enviará o sustento para você e
para mim também!]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Abril de 2015
PARA REFLETIR
Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
De que forma a lição explica a tentação de Jesus?
Ela explica que a tentação
é uma realidade humana. Como homem Jesus também sofreu várias tentações. Porém,
Ele venceu todas.
Qual foi a primeira tentação de Jesus?
A primeira tentação foi a
sugestão do Diabo de Jesus transformar as pedras do deserto em pães. Ele sabia
que Jesus estava em jejum e, certamente, estava com fome.
Qual foi a segunda tentação?
A segunda tentação foi a
oferta que o Diabo fez a Jesus de autoridade sobre os reinos da terra (Lc
4.5-8).
Satanás tentou derrotar Jesus usando até mesmo o quê?
Ele usou até mesmo a
Palavra de Deus. Porém, que fique claro, o Diabo utilizou a Palavra de Deus de
forma errada, fora do seu contexto.
Quando Jesus derrotou Satanás de forma definitiva?
Quando da sua morte e
ressurreição na cruz do calvário.
CONSULTE
Revista
Ensinador Cristão - CPAD, n° 62, p. 39. Você encontrará mais subsídios para
enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
Revista Lições Bíblicas Mestre - 2º
Trim./2015 – CPAD – Comentarista: José Gonçalves
Tema: "Jesus, o Homem
Perfeito; O Evangelho de Lucas, o Médico Amado
Autorizo a todos que
quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que
indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a
gentileza de um e-mail indicando qual o texto.