LIÇÕES BÍBLICAS JOVENS
|
1º Trimestre de 2015
Lição 10
8 de março de 2015
LIÇÃO 10: EU CREIO QUE POSSO FAZER A DIFERENÇA
TEXTO DO DIA
|
“Tendo o vosso viver honesto entre
os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores,
glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem”
(1 Pe 2.12).
|
SÍNTESE
|
Deus espera que sejamos pessoas
influentes neste mundo decaído, fazendo a diferença na vida das pessoas que
nos cercam e demonstrando o poder de Deus em nossa vida.
|
AGENDA
DE LEITURA
|
||||||||||||
|
TEXTO BÍBLICO
|
Mateus 5.13-20
13 Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de
salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos
homens.
14 Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada
sobre um monte;
15 nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no
velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.
17 Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar,
mas cumprir.
18 Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem
um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.
19 Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim
ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que
os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.
20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e
fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
OBJETIVOS
|
- I. CONSCIENTIZAR-SE
de que somos cidadão do Reino de Deus.
- II. RECONHECER
nossa missão evangelizadora no Reino.
- III. SABER que temos uma missão social para
cumprir.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Ser uma pessoa que faz a diferença é imprescindível em qualquer lugar.
Fazer a diferença implica ter pensamentos que tragam a solução de problemas,
perspectivas novas e crescimento em todos os aspectos, e é isso que veremos na
lição de hoje. [Comentário: Além
de anunciar o reino (Lc 9.11; At 1.3) e revelar os seus mistérios (Mt 13.11; Mc
4.11), Jesus incumbiu os seus discípulos de fazerem o mesmo (Mt 10.7; 24.14; Lc
9.2,11,60); a igreja primitiva fez isso (At 8.12; 19.8; 20.25; 28.23,31; Cl
4.11). No sermão do monte Jesus falou sobre a influência da igreja no mundo e
usou duas figuras simples, porém, poderosas para ilustrar essa verdade magna: a
Igreja como sal da terra e luz do mundo. A igreja é o conjunto daqueles que
crêem em Cristo e que se associam uns aos outros por causa da sua fé comum. À
luz das Escrituras, a igreja é uma realidade essencialmente corporativa,
comunitária. Ela é descrita como o corpo de Cristo, a família da fé, o povo de
Deus, um rebanho, um edifício e outras figuras que acentuam o seu caráter de
comunidade e solidariedade com propósitos bem definidos: adoração, comunhão,
edificação, proclamação, e serviço. Esses propósitos apontam para três
dimensões essenciais da vida da igreja: seu relacionamento com Deus, seus
relacionamentos internos e seu relacionamento com o mundo. A missão da igreja
se relaciona principalmente com os dois últimos aspectos: proclamação e
serviço. E é aqui que entra o papel do crente individualmente]. “Convido você para
mergulharmos mais fundo nas Escrituras!
I- SOU UM CIDADÃO DO REINO (Mc
1.15; Jo 33-5)
1. O que é o Reino
de Deus? O Reino de Deus é, de forma resumida, um ambiente em que Deus é o
soberano, o governador, aquELe que organiza todas as coisas, age com justiça,
sustenta e protege seus súditos. A Bíblia usa outra expressão, “o Reino dos
céus", como sinônimo do Reino de Deus. Distinção é que o Reino dos céus
traz a ideia de um lugar para onde vão os salvos bem -aventurados. Certa vez,
Jesus afirmou que “nem todo o que me diz; Senhor, Senhor! entrará no Reino dos
céus" (Mt 7.21). Já a expressão Reino de Deus é mais ampla, abrangendo não
apenas um lugar, mas igualmente um estado de bem-aventurança. O Reino de Deus
não tem limitação geográfica nem temporal, ou seja, ele abrange todos os
lugares e épocas, nações e etnias (Mt 8.11). Não é um reino de comidas e
bebidas, e sim de justiça, paz e alegria no Espirito Santo (Rm 1417).
[Comentário: O “reino de Deus” é um dos conceitos mais
frutíferos e ao mesmo tempo controvertidos da teologia cristã. Nos dias de
Jesus, entre os judeus, a expressão era usada em pelo menos três sentidos
diferentes: (a) o reino eterno e invisível de Deus, que é independente da
resposta ou do conhecimento humano (Sl 145.13); (b) a realização do reino de
Deus em grupos ou indivíduos que aceitam a sua soberania (por exemplo, se diz
que um prosélito “tomou sobre si o jugo do reino de Deus”); (c) o reino
escatológico no fim da história, quando todos reconhecerão a soberania de Deus.
Os evangelhos deixam claro que há uma relação indissolúvel entre Jesus e o
reino. Ele não somente anuncia o reino, mas a sua pessoa e obra são elementos
essenciais do reino. Em Jesus, o reino de Deus se tornou uma realidade muito
mais plena no mundo do que já havia sido até então. Jesus exemplificou de
maneira suprema a submissão à vontade de Deus que é a característica mais
importante do reino de Deus. Assim sendo, em sua pregação os apóstolos
associavam o reino de Deus com a mensagem acerca de Jesus (At 8.12; 28.23,31;
Cl 1.13)].
2. O que significa
ter uma cidadania. Ter cidadania significa, para o mundo, ser uma pessoa que tem o direito
à liberdade, à saúde, à educação, segurança e trabalho, vivendo de forma digna com
uma série de direitos e prerrogativas, inclusive votar em seus representantes e
receber votos. Ser cidadão também implica ter uma série de obrigações, ou seja,
a cidadania oferece direitos e exige responsabilidades. Esses mesmos conceitos
podem ser aplicados aos cidadãos do Reino de Deus: possuem direitos e têm
obrigações, pois diante do mundo corrompido em que vivemos, como cidadãos do
Reino, temos uma grande responsabilidade de representar Deus e sua Palavra.
[Comentário: Cidadania é o exercício dos direitos e deveres
civis, políticos e sociais estabelecidos na constituição. O conceito de
cidadania também está relacionado com o país onde a pessoa exerce os seus
direitos e deveres. Assim, a cidadania brasileira está relacionada com o
indivíduo que está ligado aos direitos e deveres que estão definidos na
Constituição. Jesus afirma em João 17:16 que seus discípulos não são deste
mundo assim como Ele próprio não era. Não somos deste mundo visto que fomos
reconciliados com Deus por meio de Jesus Cristo e feitos cidadãos dos céus. Possuímos
duas cidadanias, uma terrena e outra celestial; somos: “... geração eleita,
sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus...”. Qual é o profundo
significado dessas afirmações? Elas definem nossa identidade. É necessário
saber também que somos tudo isso pela graça de Deus e não porque escolhemos ser
ou porque merecíamos ser. De alguma forma, que ninguém conseguiu explicar de
maneira satisfatória até hoje, Deus nos amou e nos elegeu (geração eleita) para
sermos um povo separado (nação santa, povo exclusivo...) dEle.].
3. O cidadão do
Reino de Deus. O cidadão do Reino de Deus, de acordo com Jesus no Sermão do Monte, é
uma pessoa que busca a realização da vontade de Deus neste mundo, ou seja, os
princípios e regras de Deus sendo aplicados nesta vida (Mt 6.10). Portanto, o
cidadão do Reino de Deus busca fazer a vontade dEle neste mundo, da mesma forma
que ela já é feita nos céus. [Comentário: Fomos
chamados: “... para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para
sua maravilhosa luz”. Deus nos chamou para o ofício de sacerdotes do Rei
(sacerdócio real). Temos a responsabilidade de anunciar as grandezas desse Rei
que nos trouxe para Sua luz. Em outras palavras, a nossa nova identidade nos dá
uma nova função. Somos chamados a viver um cristianismo sem dicotomia. Já somos
cidadãos dos céus mas ainda não deixamos de ser cidadãos terrenos e, enquanto
isso, não podemos separar vida espiritual e vida secular, sagrado e profano.
Precisamos orar como Jesus orou a nosso favor: “Não rogo que os tires do mundo,
mas que os proteja do Maligno” (João 17:15). Que Deus nos perdoe por nossa
negligência e comodismo e nos constranja a viver de maneira contagiante neste
mundo sem negar os valores do seu Reino!].
PENSE!
0 cidadão do Reino
de Deus não tem apenas privilégios, mas uma grande responsabilidade diante de
Deus e do mundo.
PONTO IMPORTANTE
Aqueles que têm a
Cristo como Salvador e Senhor precisam buscarem primeiro lugar o Reino de Deus
e a sua justiça
II- NOSSA MISSÃO EVANGELIZADO- RA DO REINO (At 1.8;
Mt 5.13-16)
1. Evangelizar é
uma ordem de Jesus. Falar de Cristo e da salvação não é uma opção para o cristão, e sim um
mandamento. A ordem de Jesus foi para que fôssemos a todos os lugares, próximos
ou distantes, para falar de sua obra salvífica.
[Comentário: A missão primordial da igreja no que diz respeito
ao mundo é a proclamação do “evangelho do reino”, assim como fizeram Jesus e os
seus discípulos. Corretamente entendido, esse evangelho inclui muitas coisas
importantes. Em primeiro lugar, esse evangelho é um convite a indivíduos,
famílias e comunidades para se reconciliarem com Deus mediante o arrependimento
e a fé em Cristo. Todavia, o evangelho são as boas novas de Deus para todos os
aspectos da vida, pessoal e coletiva. Assim sendo, a legítima proclamação do
evangelho não vai se limitar ao aspecto religioso e à dimensão individual
(experiência de conversão pessoal), mas vai mostrar o senhorio de Cristo sobre
todos os aspectos da existência.].
2. Evangelizar com
o exemplo. Uma das melhores formas de falar de Jesus é pelo exemplo pessoal. O Evangelho
exige uma fé prática. Se você é um cristão e filho de Deus, precisa ser
diferente em suas atitudes, tendo o comportamento que Deus espera de um súdito.
Nem sempre teremos a oportunidade para falar de Jesus com todas as pessoas que
nos cercam, mas o nosso exemplo e comportamento dirão muito acerca de nossa fé.
As pessoas que nos observam querem ver se o que falamos está de acordo com o
que praticamos, ou o nosso testemunho será esvaziado.
[Comentário: Sabemos que, em Cristo, temos uma nova identidade
(cidadania celestial) e que essa identidade deve interferir na forma de vida
que levamos aqui neste mundo (cidadania terrena). Pedro resume bem o propósito
dessa dupla cidadania: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real,
nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os
chamou das trevas para sua maravilhosa luz” (I Pedro 2:9). É preciso viver o
que se prega, senão a evangelização torna-se uma hipocrisia. Essa incoerência
entre conduta e mensagem gera indignação, desprezo, zombaria, escândalo,
incredulidade e rejeição. Aos coríntios, Paulo assume que, “como um perfume que
se espalha por todos os lugares, somos usados por Deus para que Cristo seja
conhecido por todas as pessoas” (2 Co 2.14, NTLH). Tornamos o evangelho
conhecido mais pelo perfume do que pela palavra. Abusando da figura, é possível
acrescentar: mais pelo olfato do que pela audição. Foi por isso que São
Francisco de Assis disse: “Evangelize sempre; se necessário, use palavras”. Pouco
na frente, o mesmo Paulo garante aos seus filhos na fé: “Nossa carta de
recomendação são vocês mesmos..., conhecida e lida por todos os homens” (2 Co
3.2, EP). Horácio, o poeta romano do primeiro século antes de Cristo, dizia que
“mais profundamente nos impressiona aquilo que vemos do que aquilo que
ouvimos”. O exemplo de quem é sal da terra, luz do mundo, perfume de Cristo e
carta de apresentação se manifesta pelas boas obras. Aliás, somos “criados em
Jesus para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as
praticássemos” (Ef 2.10, EPC). Se o evangelho não alterou o nosso comportamento
e continuamos iguais aos não convertidos, não temos como evangelizar, pois “a
fé que não se traduz em ações é vã” (Tg 2.20, CNBB), não tem valor, não vale
nada, não produz nenhum fruto, é inoperante, é morta. Mostra-se a fé salvadora
pelas obras e não pela mera confissão de fé. A única evidência visível da fé
alojada no íntimo, ao olhar perscrutador do descrente, é constituída dos atos
de obediência do crente. Entre esses atos convincentes estão a autenticidade
(“comprometo-me a viver o que prego e deixar de pregar o que não vivo”), o
casamento estável, o cumprimento do dever, a honestidade, a linguagem sadia
(não agressiva, não bajuladora, não caluniadora, não mentirosa, não obscena,
não soberba), as relações humanas aprovadas (controle do gênio, cordialidade,
humildade, perdão), a sexualidade mantida dentro dos padrões bíblicos, o
envolvimento social (posição pública contrária à injustiça) e o equilíbrio
religioso tanto nas convicções como na defesa delas (o fanatismo é uma
contra-evangelização desastrosa). Extraído de http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/278/as-tres-vias-da-evangelizacao-apaixonada].
3. Evangelizar com
sabedoria e oração. Oração e sabedoria devem fazer parte de nossa atividade evangelística.
Nem todas as pessoas serão alcançadas pelo Evangelho da mesma forma. Por isso,
é necessário usar a sabedoria para falar de Jesus nos momentos certos, lugares
certos e para as pessoas certas, E a oração deve nos conduzir a esses lugares,
ocasiões e pessoas. Antes do ato de evangelizar, é preciso orar para que o
Espírito de Deus nos conduza às pessoas que ouvirão a sua Palavra e terão a
oportunidade de, ouvindo o Evangelho, decidirem se vão aceitá-lo ou não. [Comentário: Todo cristão tem sempre
um membro da família, um amigo, um colega de trabalho ou conhecido que não é
cristão. Compartilhar o Evangelho com os outros é sempre difícil. Compartilhar
o Evangelho se torna ainda mais difícil quando isto envolve alguém bem próximo.
A Bíblia nos diz que algumas pessoas se sentirão ofendidas com o Evangelho
(Lucas 12:51-53). Causa ainda mais problemas o risco de ofender alguém com quem
você tem contato frequente. Entretanto, a ordem a nós dada foi para que
compartilhemos o Evangelho: não há desculpas para não fazê-lo (Mateus 28:19-20;
Atos 1:8; I Pedro 3:15). Então, como podemos evangelizar os membros de nossa
família, amigos, colegas de trabalho e conhecidos? A coisa mais importante que
você pode fazer é orar por eles. Ore para que Deus mude seus corações e abra
seus olhos (II Coríntios 4:4) à verdade do Evangelho. Ore para que Deus os
convença de Seu amor por eles e sua necessidade de salvação através de Jesus
Cristo (João 3:16). Ore por sabedoria em como você pode ministrar a eles (Tiago
1:5). Além de orar, você também precisa viver uma vida cristã santa na presença
deles, para que possam ver a mudança que Deus já fez em sua própria vida (I
Pedro 3:1-2). Depois de tudo o que foi dito, você deve estar desejoso e
destemido para compartilhar o Evangelho. Proclame a mensagem de salvação
através de Jesus Cristo a seus amigos e família (Romanos 10: 9-10). Esteja
sempre preparado para falar de sua fé (I Pedro 3:15), fazendo-o com meiguice e
respeito. Por fim, devemos deixar a salvação de nossos amados na dependência de
Deus. É o poder e graça de Deus que salva as pessoas, não nossos esforços. A
melhor e maior coisa que podemos fazer é orar por eles, a eles testemunhar e
viver uma vida cristã perante cada um deles! Extraído de http://www.gotquestions.org/Portugues/evangelizar-amigos-familia.html#ixzz3TNE6gm3v].
PENSE!
O evangelismo não é
uma opção para os salvos em Cristo, e sim uma ordem do Senhor Jesus aos seus
seguidores.
PONTO IMPORTANTE
Faça
sua parte, pregue a Palavra, e o Espírito Santo fará o que cabe a Ele -
convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo divino.
III- MISSÃO SOCIAL (Mt 25 34-36; At
4-32-35)
1. Assistindo os
necessitados. Em nossa sociedade, não faltam pessoas necessitadas, por uma série de
motivos. A Palavra de Deus nos recomenta a que prestemos assistência a essas
pessoas, não apenas porque Deus nos ordena, mas também porque assim poderemos
demonstrar ao mundo, por meio de nossas boas obras, o nome do Senhor sendo
exaltado (Mt 5.16). [Comentário: Cristo
e os apóstolos mantiveram implicitamente a mensagem social do Antigo Testamento.
A ética de Jesus preserva e torna mais exigentes os requisitos da Lei,
revelando a sua intenção mais profunda (Mt 5.17,20). A prática do bem deve
estender-se também aos que não pertencem à família de Deus (Mt 5.43-45; 6.1-4).
Essas passagens mostram que as motivações dos discípulos de Cristo devem ser a
imitação de Deus e a reverência para com ele. Outra motivação fundamental é o
amor altruísta expresso no serviço desinteressado e até mesmo sacrificial,
conforme exemplificado pelo próprio Cristo (Mc 10.45; Jo 13.12-15). O Senhor
nos chama a ser sal e luz, a testemunhar da sua justiça e, a partir dela,
transformar o mundo à nossa volta. A justiça à qual o Senhor nos chama é mais
que meramente retributiva. Não é tão somente dar aos homens aquilo que achamos
que eles merecem. O próprio Senhor Jesus afirma: “Porque vos digo que, se a
vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis
no reino dos céus.” (Mt 5.20). A prática da justiça é, portanto, ampliada no
conceito bíblico, excedendo ao seu aspecto meramente legal e retributivo. Para
o crente, ser justo é agir em conformidade com a Lei de Deus. Isto nos remete
ao segundo preceito que o profeta apresenta em nosso texto como vontade divina
para os homens: “Amar a misericórdia”.].
2. Praticando a
justiça e a misericórdia. Deus quer que sejamos justos e
misericordiosos em toda a nossa maneira de viver. Praticar a justiça de Deus é
viver de acordo com os padrões que Ele ordenou em nossas relações pessoais. É
justo cumprir nossas obrigações e honrar compromissos assumidos, para não
desonrar o nome do Senhor e o nosso. É certo exercer a misericórdia para com as
pessoas que nos cercam, pois praticar a justiça é uma obrigação de quem teme a
Deus, e não uma opção. Um dos pecados pelos quais Nabucodonosor foi julgado por
Deus e ficou por um período de tempo semelhante a um animal, além de sua
própria arrogância, foi a falta da prática da justiça e a da misericórdia para
com os pobres (Dn 4.27). Sim, Deus se preocupa com o fato de que a sua justiça
e misericórdia sejam manifestas por meio de nossa vida para abençoar outras
pessoas. [Comentário: Cristo
proferiu muitos ensinos sobre a prática da justiça e da misericórdia (Mt 5.6-7;
19.21; 23.23), especialmente através de suas parábolas (Mt 25.34-40). Acima de
tudo, ele exerceu misericórdia, socorrendo continuamente os sofredores (Mt
4.23; 9.2,6,36; 12.9-13; 14.14,19; 15.30). À semelhança do Antigo Testamento,
Jesus insistiu que meras palavras e atos externos de religiosidade não são
suficientes na vida com Deus (Mt 7.21-23), e sim os frutos, a prática da fé
(vv. 16-20,24). O Evangelho de Lucas dá uma ênfase especial aos sofredores, aos
excluídos, aos membros mais frágeis da sociedade, como as mulheres, as
crianças, os enfermos e outras categorias. Diversas parábolas e episódios do
ministério de Jesus que revelam o seu interesse pelos marginalizados são
exclusivos do terceiro evangelho (o filho da viúva de Naim: 7.11-15; a mulher
com hemorragia: 8.43-48; o bom samaritano: 10.29-37; o filho pródigo: 15.11-24;
os dez leprosos: 17.11-19). Outro tema importante para Lucas é pobreza e
riqueza (1.52-53; 4.18-19; 6.20-21,24; 12.13-21; 14.12-14; 16.19-31). Extraído
de http://www.mackenzie.br/7150.html].
3. Dando testemunho
do Evangelho. Falar de Jesus também é uma obrigação social do cristão. Não estamos
isolados neste mundo, e Deus espera que falemos de Cristo aos que nos cercam.
Observe que evangelizar é mais do que simplesmente falar de Jesus às pessoas
que não o conhecem. Evangelizar é fazer com que o Evangelho esteja vivo na
minha vida para servir de exemplo às pessoas que me são próximas. De nada
adianta uma pessoa falar de Jesus e do poder do Evangelho se esse poder não é
visto pela pessoa que está sendo evangelizada. Portanto, evangelize, mas também
pratique o Evangelho diariamente em sua vida; não seja somente um ouvinte (Tg
1.22). [Comentário: “Ide
por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16.16). Diante do
solene mandamento do Senhor acima mencionado é tremenda a responsabilidade do
cristão como nova criatura. Que irrecusável responsabilidade tem a Igreja
perante o mundo! O Senhor Jesus orou intensamente para que possamos cumprir,
com eficiência e êxito, essa nossa responsabilidade perante o mundo (João 17).
Rogou ao Pai não só pelos Seus discípulos presentes, mas, também, por aqueles
que viessem a crer nEle, por intermédio da Sua Palavra (v. 20). Afirmou o
Senhor: “Eu lhes tenho dado a tua palavra, o mundo os odiou, porque eles não
são do mundo, como eu também não sou” (v. 14); “Não peço que os tires do mundo,
mas que os livres do mal” (v. 16); “Assim como tu me enviaste ao mundo, eu
também os enviei ao mundo” (v. 18). Fica claro aí que estamos no mundo, pelo
querer de Deus, mas não podemos nos comprometer com o mundo e nem com o seu
modo de ser e agir. Nisso situa-se a responsabilidade da Igreja, dos cristãos
individualmente, de testemunhar do Evangelho perante o mundo. É o Evangelho a
mensagem de Deus aos homens em pecado, para restaurá-los espiritualmente. Não é
mensagem humana, mas divina. É a solução que Deus oferece para a Redenção do
pecador. Quando Jesus Cristo nasceu, o mensageiro angelical proclamou aos
pastores em Belém: “Não temais; eis aqui vos trago boa nova (esse é o sentido
da palavra Evangelho) de grande alegria, que o será para todo o povo (temos aí
o alcance universal do Evangelho): é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o
Salvador, que é Cristo, o Senhor”. Nessa notável declaração do anjo, como porta
voz de Deus, vemos a abrangência do conteúdo do Evangelho, como boa-nova (a
mais sublime que se proclamou em todo o mundo), por Deus revelada ao ser
humano, dEle afastado e sem esperança alguma (Efésios 2:12). O Evangelho
(Boa-Nova) consiste: Na presença de Jesus Cristo, o Filho de Deus, na terra,
para a redenção do pecador perdido e afastado de Deus; No Seu ministério
poderoso, atraindo e comovendo as multidões e confirmando a Sua divindade e a
Sua disposição total de fazer a vontade de Seu Pai; Na Sua Obra eficiente e
suficiente para ser o único Salvador do pecador em todo o mundo, conforme o
plano do pai; Na Sua proclamação como o Ungido de Deus, o Messias, amplamente
prometido nas Escrituras; temos aí o lastro incontestável das Escrituras,
assegurando-nos a verdade e a eficácia do Evangelho; Na Sua condição
inescusável de Senhor do redimido, usando-o no Seu glorioso serviço; No que
Paulo diz que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que
crê. Esse é o Evangelho que sustenta a nossa fé, cujo poder, através do
Espírito Santo, opera a nossa regeneração (o novo nascimento), quando nele
cremos. Não há outro Evangelho! Paulo nos exorta: “ainda que nós ou mesmo um
anjo vindo do céu vos pregue o evangelho que vá além do que vos temos pregado,
seja anátema. Assim, como dissemos, e agora repito, se alguém vos prega
evangelho que vá além daquele que recebemos, seja anátema” (Gálatas 1:8-9). Extraído
de https://www.obreiros.com/tema-do-mes/963-o-mundo-espaco-terrestre-para-testemunho-do-evangelho].
PENSE!
Podemos demonstrar
nossa fé por meio de nossas obras. Elas não são um meio para a salvação, e sim
uma forma de demonstrar a salvação da qual já usufruímos
PONTO IMPORTANTE
A fé sem as obras
para nada serve.
CONCLUSÃO
Ser cidadão do Reino de Deus é buscar que a vontade de Deus seja feita
neste mundo, da mesma forma que é feita no céu. Como filhos de Deus, podemos
fazer a diferença quando falamos de Jesus e nos envolvemos nas questões
sociais. Lembre-se de que o Evangelho de Jesus Cristo é mais do que uma ideia,
mas sim uma fé prática, que contagia as pessoas e faz com que aqueles que não
conhecem a Deus o glorifiquem por meio de nossas obras. [Comentário: Resumindo, o reino de
Deus é o resultado da missão de Deus para resgatar e renovar sua criação
arruinada pelo pecado. O reino de Deus é sobre Jesus o nosso rei estabelecendo
seu governo e reinado sobre toda a criação, derrotando os poderes humanos e
angélicos do mal, trazendo ordem a tudo, decretando a justiça e sendo adorado
como Senhor.]. “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Março de 2015
HORA DA REVISÃO
1. O que é o Reino de Deus?
O Reino de Deus é, de forma
resumida, um ambiente em que Deus é o soberano, o governador, aquEle que
organiza todas as coisas, age com justiça, sustenta e protege seus súditos.
2. O que significa ter uma cidadania?
Ter cidadania significa,
para o mundo, ser uma pessoa que tem o direito à Liberdade, à saúde, à
educação, segurança e trabalho, vivendo de forma digna com uma série de
direitos e prerrogativas, inclusive votar em seus representantes e receber
votos.
3. Evangelizar é uma opção?
Falar de Cristo e da
salvação não é uma opção para o cristão, e sim um mandamento
4. Como crentes, temos responsabilidades com as
questões sociais?
Sim, pois falar de Jesus
também é uma obrigação social do cristão.
5. Você tem feito a diferença em sua comunidade?
Resposta pessoal.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
l° trimestre 2015 Revista Lições
Bíblicas Jovens - 1º Trim./2015 - CPAD
Tema: EU CREIO, REVELANDO AO
MUNDO SUAS CONVICÇÕES CRISTÃS
Comentário: Alexandre Claudino Coelho
Autorizo a todos que quiserem fazer
uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a
fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de
um e-mail indicando qual o texto.