Pb Francisco Barbosa (@Pbassis)
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TEXTO PRINCIPAL
“Desde agora,
ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus.” (Gl 1.7).
ENTENDA O TEXTO PRINCIPAL:
• 👉 Paulo encerra sua carta
aos gálatas reafirmando a centralidade da cruz e da graça de Cristo contra o
falso evangelho pregado pelos judaizantes. Em contraste com os que se gloriavam
na circuncisão (sinal externo da lei mosaica), Paulo apresenta em seu próprio
corpo as marcas de Cristo como sinal de sua verdadeira identidade apostólica. Ninguém
me inquiete, (μηδεὶς παρεχέτω κόπους): expressão de autoridade e
cansaço diante das contestações constantes contra seu ministério. Paulo pede
que cessem as perturbações. Trago, (βαστάζω): carregar, suportar
um peso; aqui indica permanência e identidade marcada em sua vida. Estigmas,
(στίγματα): termo usado no mundo antigo para designar marcas feitas no corpo,
geralmente:
de escravos
(mostrando a quem pertenciam),
de soldados
(marcas de devoção a um general),
de adeptos
de cultos religiosos (como marcas de consagração).
Paulo ressignifica o termo: suas cicatrizes físicas
resultantes das perseguições (apedrejamentos, açoites, prisões; cf. 2Co
11.23-27) são sinais de sua pertença a Cristo.
Enquanto os judaizantes reivindicavam a circuncisão como
prova de fidelidade a Deus, Paulo aponta suas cicatrizes de sofrimento como
verdadeiro selo de discipulado. Seus sofrimentos não eram opcionais, mas
evidência de que seguia fielmente o Mestre (cf. Jo 15.20; Cl 1.24). Paulo vê
suas dores como comunhão com a paixão de Jesus (Fp 3.10; 2Co 4.10). Não apenas
marcas físicas, mas sinal visível de que sua vida estava entregue ao Senhor. Ser
cristão é carregar a cruz: o discipulado autêntico se mostra não em ritos
externos, mas na disposição de sofrer por Cristo (Mt 16.24). O corpo como
testemunho: nossas marcas de fidelidade, cicatrizes, renúncias, escolhas contra
a cultura, revelam a quem pertencemos. A autoridade espiritual é comprovada no
sacrifício, não no status: a liderança cristã verdadeira é marcada pelo serviço
e sofrimento em favor do evangelho. Gálatas 6.17 é o selo final da defesa
paulina: ele não precisa de mais provas ou da aprovação dos homens, porque
carrega em si mesmo as “marcas de Cristo”. Essas marcas não são ornamentos, mas
cicatrizes de uma vida consumida pela causa do evangelho. Assim, Paulo declara
que sua identidade não se define pela circuncisão ou por qualquer rito humano,
mas pela comunhão vital e sacrificial com o Senhor crucificado.
RESUMO DA LIÇÃO
Não há virtude alguma na circuncisão e nem na incircuncisão,
mas a virtude está em ser uma nova criatura mediante a fé em Jesus Cristo.
ENTENDA O RESUMO DA LIÇÃO:
• 👉 A circuncisão nada pode,
a incircuncisão nada vale; toda a verdadeira virtude e glória estão em uma só
realidade: ser uma nova criatura, nascida pela graça e pela fé em Jesus Cristo,
o Senhor da vida.
TEXTO BÍBLICO
Gálatas
6.9-15.
9. E não nos cansemos de fazer o bem, porque
a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.
• 👉 Não nos cansemos de fazer
o bem... Paulo exorta a persistência na prática do bem. O desânimo é
uma armadilha espiritual. O Espírito Santo sustenta o crente quando ele
continua fazendo o que é certo, mesmo quando o resultado é invisível ou tardio.
“A seu tempo ceifaremos” remete à confiança no tempo de Deus — Ele não se
atrasa, mesmo quando parece que demora. Se não desfalecermos: há uma batalha
espiritual; é importante vigiar sobre o coração para não largar a obra quando
vem a fadiga, opressão, ingratidão ou perseguição.
10. Então, enquanto temos tempo, façamos o
bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.
• 👉 Enquanto
temos oportunidade... Há oportunidades que não voltarão. Cada crente é
chamado a aproveitar cada momento, cada situação, cada relacionamento, para
manifestar o amor de Cristo. O bem “a todos”: o alcance não é apenas aos que
nos cercam ou nos agradam, mas também aos que talvez sejam indiferentes ou até
hostis. Principalmente aos da fé: cuidado especial com o corpo de
Cristo, com irmãos e irmãs na fé, nutrindo, ajudando, fortalecendo. Em
Pentecostalismo, isso inclui dons, ministérios, solidariedade espiritual e
prática.
11. Vede com que grandes letras vos escrevi
por minha mão.
• 👉 Veja com que letras
grandes vos escrevo com a minha própria mão. Possível confirmação de
autenticidade apostólica. Paulo chama atenção para que considerem aquilo que
ele escreveu bem claro, pessoal, não de alguém que depende de escrivão. Também
sinal de zelo e emoção: ele se esforça para que não haja dúvida. “Letras
grandes” pode implicar força, indignação ou urgência: Paulo está morto por essa
causa.
12. Todos os que querem mostrar boa aparência
na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem
perseguidos por causa da cruz de Cristo.
• 👉 A circuncisão como
tentativa de glória carnal Paulo denuncia o motivador oculto dos
judaizantes: não um amor por Deus ou cuidado real com a lei, mas desejo de
aprovação humana (“agradar na carne”) e evitar perseguição (ou obter vantagem
social) pela aparência. A circuncisão tornava-se símbolo de status, de
pertencimento, mas sem a verdadeira obediência. O culto externo sem
transformação interna é vazio. Em Pentecostalismo insiste-se na evidência do
fruto do Espírito, não meramente nos ritos ou tradições humanas.
13. Porque nem ainda esses mesmos que se
circuncidam guardam a Lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem
na vossa carne.
14. Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não
ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado
para mim e eu, para o mundo.
• 👉 A glória está somente na
cruz Paulo afirma que sua soberba, seu orgulho, sua identidade,
está somente na cruz de Cristo, não nas obras, não em práticas religiosas, mas
no sacrifício, na redenção. Por meio dela o mundo está crucificado para
mim, e eu para o mundo: há uma ruptura radical entre a mentalidade
mundana e o crente. A cruz separa; o crente já não vive para o mundo nem o mundo
para ele. Isso traz consequências práticas: valores, prioridades, lutas
espirituais transformados.
15. Porque, em Cristo Jesus, nem a
circuncisão nem a incircuncisão têm virtude alguma, mas sim o ser uma nova
criatura.
• 👉 Nova criatura em Cristo Aqui está o centro: a
nova criação. É obra de Deus no Espírito, regeneração, mudança real do
interior. Nem circuncisão nem incircuncisão “valem alguma coisa”: Paulo reitera
que ritos exteriores são inúteis para salvação ou para justificação diante de
Deus. O que importa é estar em Cristo, fazendo parte da nova criação: vida
nova, valores novos, relacionamento novo com Deus, com os outros e com o mundo.
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INTRODUÇÃO
Ao longo deste
trimestre estudamos a Carta aos Gálatas, escrita pelo apóstolo Paulo. Ao
concluir sua carta, Paulo apresenta recomendações práticas para os irmãos e os
incentiva a terem uma fé igualmente prática. Ele prossegue com a ideia da
perseverança no fazer a obra de Deus, e lembra novamente do centro do seu
pensamento na Carta: a não circuncisão para os gentios que aceitaram a Jesus.
Como um bom soldado, ele trazia consigo as marcas do seu Senhor, algo que os
judaizantes não traziam, e completa desejando a graça de Deus para os seus
leitores.
• 👉 Ao chegarmos ao final
da carta aos Gálatas, precisamos lembrar que não estamos diante de um texto
frio ou meramente doutrinário. Paulo escreve como quem sangra no papel,
preocupado com uma igreja que corria o risco de trocar a liberdade do evangelho
pela escravidão de tradições humanas. Suas últimas palavras não são apenas um
fechamento educado, mas um chamado pastoral urgente, carregado de autoridade
espiritual e de emoção. O apóstolo insiste que a fé verdadeira não se mede por
ritos externos, mas pela vida transformada no Espírito. Por isso ele exorta:
não se cansem de fazer o bem, porque no tempo de Deus a colheita virá (Gl 6.9).
O verbo grego usado aqui, ekkakōmen (“desfalecer”, “perder ânimo”), revela que
Paulo conhecia de perto a tentação do cansaço na caminhada cristã. Ele nos
chama a olhar para além da fadiga imediata, enxergando a promessa da ceifa
eterna. Quando Paulo fala da circuncisão, ele não está apenas discutindo um
detalhe ritual. O termo grego peritomé carrega a ideia de cortar, separar, mas
os judaizantes transformaram esse sinal em moeda de orgulho e salvação. Paulo
desmonta esse falso evangelho mostrando que tanto a circuncisão quanto a
incircuncisão nada significam diante de Deus. O que importa é ser kainè ktisis,
uma nova criatura, recriada em Cristo (Gl 6.15). Essa nova criação não é
reforma moral, mas obra do Espírito, que nos arranca da morte espiritual e nos
introduz na vida do Filho. O apóstolo não fala apenas com a mente, mas com o
corpo. Ao dizer que trazia em si os stígmata de Jesus (Gl 6.17), Paulo usa a
palavra que no mundo greco-romano designava as marcas que identificavam
escravos, soldados ou devotos de uma divindade. Suas cicatrizes de açoites,
prisões e apedrejamentos eram sua credencial apostólica, prova de que pertencia
a Cristo. Diferente dos falsos mestres que buscavam evitar perseguição (Gl
6.12), Paulo abraçava a cruz como glória e identidade. Isso nos leva a uma
pergunta pessoal: quais são as marcas que carregamos? Nossa fé tem se traduzido
em vida de renúncia, serviço e testemunho visível, ou nos contentamos com
símbolos externos sem transformação interna? A igreja de hoje corre o mesmo
risco dos gálatas: trocar a vida no Espírito pela aparência de piedade,
abraçando regras humanas que não produzem nova vida. É preciso lembrar que a
carta toda converge para a cruz de Cristo. Hernandes Dias Lopes observa que
“Paulo não tinha outra glória senão a cruz”¹. MacArthur reforça que a cruz é o
divisor que nos separa do mundo e nos une definitivamente a Cristo². Para
jovens e professores da Escola Bíblica, essa verdade não pode ficar no plano
teórico: ela deve moldar nossas escolhas diárias, nossos relacionamentos, nossa
pureza e nossa disposição em servir, mesmo quando custa caro.
Portanto, Paulo
nos chama a perseverar no bem, a discernir entre religiosidade vazia e fé
verdadeira, e a carregar com coragem as marcas de Cristo. Essa não é uma
palavra para o passado distante, mas um chamado urgente para cada geração. A
graça que encerra a carta não é um simples cumprimento, mas a bênção
indispensável para viver como nova criatura, no poder do Espírito, em plena
liberdade em Cristo.
1. LOPES, Hernandes Dias.
Gálatas: a carta da liberdade cristã. São Paulo: Hagnos, 2012.
2. BÍBLIA de Estudo
MacArthur. Tradução de João Ferreira de Almeida, revista e atualizada. São
Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2011.
BÍBLIA de Estudo Pentecostal.
Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
COELHO, Alexandre. A
liberdade em Cristo: vivendo o verdadeiro evangelho conforme a carta de Paulo
aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
ARRINGTON, French L.;
STRONSTAD, Roger (orgs.). Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento.
Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
GILBERTO, Antônio. Teologia
Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
CHAMPLIN, R. N. O Novo
Testamento Interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2002.
BEACON Hill. Comentário
Bíblico Beacon. Vol. 9. Kansas City: Casa Nazarena de Publicações, 1967.
KEENER, Craig S. The IVP
Bible Background Commentary: New Testament. Downers Grove: InterVarsity Press,
1993.
YONG, Amos; PALMA, Anthony
D.; MACCHIA, Frank D.; OSS, Douglas; FEE, Gordon D.; MENZIES, Robert P. Obras
diversas consultadas sobre pneumatologia e teologia paulina.
I. O BEM DEVE PERMANECER SENDO FEITO
1. Firmeza no fazer o bem. Na parte final de sua
Carta, Paulo fala sobre a constância no fazer o bem. Se por um lado, ele
adverte aos gálatas sobre questões doutrinárias, por outro lado, reconhece que
eles faziam boas obras, e que elas deveriam permanecer como uma prática cristã.
Paulo não diz que os gálatas precisavam fazer o bem, como se não o fizessem.
Ele pede para que não se cansem de fazê-lo. O motivo pelo que Paulo incentiva
os gálatas a serem constantes nisso é que um dia ceifarão o que estão
plantando. Essa linguagem conectada à agricultura era de conhecimento dos seus
leitores. Se na lição antecedente vimos um tipo de plantio e colheita, o que o
homem semear, isto também colherá, nesta lição veremos o poder da decisão e a
necessidade de ser constante no trabalho do Reino. Quem faz o bem, ainda que
demore, um dia colherá o que plantou, isso se tal pessoa não desistir. Paulo
lembra aos seus leitores de que para receber a recompensa não podem desfalecer,
se cansar. Da mesma forma que um agricultor exerce seu trabalho constante,
mesmo dependendo do clima, sabe que um dia a colheita vai chegar.
• 👉 Ao encerrar sua carta aos gálatas, Paulo não
suaviza o tom, mas aponta para algo essencial à vida cristã: a constância no
bem. Ele sabia que a fé não é apenas uma confissão verbal, mas uma prática que
precisa resistir ao desgaste do tempo. Por isso, exorta: “Não nos cansemos de
fazer o bem” (Gl 6.9). O verbo usado aqui, ekkakōmen, pode ser traduzido como
“perder o ânimo” ou “desfalecer”. A ideia é clara: o perigo não está em começar
bem, mas em parar no meio do caminho. Paulo chama seus leitores a uma
perseverança que nasce da esperança na promessa de Deus. A metáfora agrícola
usada pelo apóstolo era familiar a todos. O plantio exige paciência, disciplina
e fé em fatores fora do controle humano, como o clima. O mesmo vale para o
Reino de Deus: quem semeia no Espírito, mesmo em meio à demora e às lutas,
colherá no tempo certo (kairós), pois Deus não falha em cumprir sua palavra
(cf. Gl 6.8-9). Aqui se revela uma lição profunda: a fidelidade de Deus garante
que nenhum ato de bondade em Cristo será esquecido, ainda que aos olhos humanos
pareça pequeno ou invisível. Mas Paulo não fala a um público indiferente. Ele
sabia que os gálatas já praticavam boas obras, e por isso não os exorta a
começar, mas a permanecer. A diferença é vital: perseverar no bem quando o
cansaço, a ingratidão ou a perseguição tentam sufocar a fé. Hernandes Dias
Lopes observa que “a perseverança é o selo da verdadeira fé, pois quem nasceu
de novo não desiste da colheita prometida”¹. É aqui que entra uma aplicação
direta: será que nós, jovens e líderes de hoje, temos permanecido firmes no
fazer o bem? Ou temos nos rendido à pressa e ao imediatismo de resultados
rápidos? A geração que Paulo tinha diante de si precisava aprender o valor do
tempo de Deus. Nós também. O Senhor não trabalha em nosso cronômetro, mas no
Seu kairós, e isso exige confiança e constância. Outro ponto é que Paulo liga o
“fazer o bem” não apenas ao ato de ajudar, mas a um estilo de vida moldado pelo
Espírito. O Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento lembra que o bem
aqui está conectado à obra do Espírito em Gálatas 5.22: o fruto que se
manifesta em amor, paciência, benignidade e mansidão². O bem que persevera não
é produto da carne, mas do Espírito, que nos capacita a não desistir. A
advertência final é clara: não há colheita sem perseverança. O agricultor só
desfruta do fruto porque não desiste no meio do processo. A fé prática do
cristão funciona da mesma forma. Quem para antes da colheita abre mão do que
Deus já havia prometido. É por isso que Paulo insiste: “não desfalecer”.
Champlin comenta que este versículo é “um apelo pastoral que une doutrina e
prática, fé e obras, esperança e perseverança”³. Assim, este texto não é apenas
uma lição moral, mas um chamado espiritual. Ser firme no bem não é opcional,
mas parte da identidade de quem foi feito nova criatura em Cristo. Portanto,
que nossas igrejas e vidas pessoais sejam marcadas pela constância em amar,
servir e semear. A colheita virá, não porque somos fortes, mas porque Aquele
que prometeu é fiel.
1. LOPES, Hernandes Dias.
Gálatas: a carta da liberdade cristã. São Paulo: Hagnos, 2012.
2. ARRINGTON, French L.;
STRONSTAD, Roger (orgs.). Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento.
Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
3. CHAMPLIN, R. N. O Novo
Testamento Interpretado: versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2002.
COELHO, Alexandre. A
liberdade em Cristo: vivendo o verdadeiro evangelho conforme a carta de Paulo
aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
BÍBLIA de Estudo Pentecostal.
Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
BÍBLIA de Estudo MacArthur.
Tradução de João Ferreira de Almeida, revista e atualizada. São Paulo: Thomas
Nelson Brasil, 2011.
BEACON Hill. Comentário
Bíblico Beacon. Vol. 9. Kansas City: Casa Nazarena de Publicações, 1967.
GILBERTO, Antônio. Teologia
Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
KEENER, Craig S. The IVP
Bible Background Commentary: New Testament. Downers Grove: InterVarsity Press,
1993.
YONG, Amos; PALMA, Anthony
D.; MACCHIA, Frank D.; OSS, Douglas; FEE, Gordon D.; MENZIES, Robert P. Obras
diversas consultadas sobre pneumatologia e teologia paulina.
2. Os domésticos da fé. A nossa fé deve ser
prática e direcionada às pessoas que nos cercam, mas de forma específica. Paulo
menciona um grupo de pessoas: os domésticos da fé. Esses eram os irmãos da
igreja em que congregavam. A prioridade deveria ser direcionada aos que já
tinham sido salvos. Em nossos dias, somos bombardeados com propagandas
solicitando auxílio para diversos grupos tidos por necessitados. Não é errado
um cristão oferecer auxílio a qualquer grupo de pessoas que realmente precise,
pois doenças, guerras, catástrofes naturais e outras situações que afetam a
economia e a segurança de um país podem surgir em qualquer lugar do mundo. Muitos
cristãos colaboram nesse aspecto, que é uma forma de generosidade, e isso não
deve ser desconsiderado. Entretanto, a recomendação apostólica é que façamos o
bem a todos, “principalmente aos domésticos da fé” (v.10).
• 👉 Ao chegar em Gálatas 6.10, Paulo lança uma
exortação prática que não pode ser ignorada: “Façamos o bem a todos, mas
principalmente aos domésticos da fé”. A palavra grega usada aqui para
“domésticos” é oikeîos (οἰκεῖος), que significa “pertencente à família” ou “da
mesma casa”. Em outras palavras, Paulo está nos lembrando que, no corpo de
Cristo, somos uma família espiritual e temos uma responsabilidade primeira uns
para com os outros. Essa não é uma ordem restritiva, mas uma chamada à
prioridade. Se no mundo natural é inconcebível que alguém cuide de estranhos e
deixe seus filhos morrerem de fome, no mundo espiritual também seria incoerente
negligenciarmos nossos irmãos em Cristo, enquanto nos ocupamos de causas
externas. Isso não significa indiferença diante das necessidades globais. Paulo
não está proibindo a generosidade universal, mas estabelecendo uma ordem de
responsabilidade. O verbo usado no texto, ergazómetha (ἐργαζώμεθα), “façamos”
ou “trabalhemos”, traz a ideia de ação contínua e intencional. Ou seja, não se
trata de uma bondade esporádica, mas de uma prática constante e disciplinada.
Hernandes Dias Lopes observa que a vida cristã “não é passiva, mas operosa; não
se restringe à teoria, mas transborda em atos concretos de amor”¹. Essa
perspectiva ganha força quando lembramos que a igreja primitiva era marcada
pela koinonia, comunhão real que ia além do culto. Atos 2.44-45 descreve
cristãos vendendo suas propriedades para socorrer os necessitados da
comunidade. A fé deles não era abstrata, mas encarnada em práticas de cuidado.
É esse espírito que Paulo deseja ver replicado: uma fé que não apenas proclama,
mas que socorre, visita, intercede e reparte. Contudo, é importante ressaltar
que Paulo usa o advérbio mállon (μᾶλλον), traduzido como “principalmente”. Ele
não exclui “os de fora”, mas estabelece prioridade nos de dentro. Isso nos leva
a refletir: será que nossas igrejas têm honrado essa ordem apostólica? Em
tempos de campanhas, projetos sociais e ajudas internacionais, todos válidos,
não podemos deixar de lado os irmãos que dividem o mesmo banco do culto
conosco. O apóstolo Tiago nos adverte sobre o perigo de uma fé sem obras (Tg
2.15-17), quando vemos um irmão com necessidade e apenas desejamos-lhe paz sem
oferecer ajuda concreta. No comentário bíblico pentecostal, destaca-se que “o amor
cristão deve ser abrangente, mas começa dentro de casa, no lar da f锲.
MacArthur complementa que “a igreja local é o campo de prova da autenticidade
da nossa f锳. Se não amamos os irmãos que vemos, como poderemos amar os que
estão distantes? Essa pergunta ecoa João em sua primeira carta (1Jo 4.20). Para
nós, jovens e professores da Escola Bíblica, a mensagem é direta: não podemos
terceirizar o cuidado cristão. O chamado é pessoal. Ninguém está isento. O
termo ergazómetha sugere que “fazer o bem” exige esforço, energia e sacrifício.
Isso implica tempo, dinheiro, disposição e até renúncia de nossos confortos. A
fé que não nos move em direção ao próximo é uma fé doente. Por isso, este é um
momento de autoavaliação: quem são os “domésticos da fé” à nossa volta que
estão sendo ignorados? Será que há irmãos na própria congregação carentes de
alimento, de atenção, de discipulado, de intercessão? A ordem apostólica
continua ecoando: “façamos o bem”. Não apenas desejemos, não apenas planejemos,
mas façamos. Porque o amor de Cristo que nos salvou é o mesmo amor que nos
envia.
1. LOPES, Hernandes Dias.
Gálatas: Comentários Expositivos Hagnos – A carta da liberdade cristã. São
Paulo: Hagnos, 2012.
2. ARRINGTON, French L.
Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
3. MACARTHUR, John. Bíblia de
Estudo MacArthur. São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2017.
COELHO, Alexandre. A
Liberdade em Cristo: Vivendo o verdadeiro Evangelho conforme a Carta de Paulo
aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
GILBERTO, Antônio. Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
CHAMPLIN, R. N. O Novo
Testamento Interpretado: Versículo por Versículo. São Paulo: Hagnos, 2005.
Comentário Bíblico Beacon.
Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
YONG, Amos; PALMA, Anthony
D.; KEENER, Craig S.; OSS, Douglas; MACCHIA, Frank D.; FEE, Gordon D.; MENZIES,
Robert P. (Obras diversas utilizadas como apoio exegético e teológico).
3. Grandes letras. É provável que Paulo
estivesse tendo dificuldades com sua visão. Uma possível referência nesse
aspecto é que ele relembra aos gálatas que quando esteve com eles, mesmo em
fraqueza, não foi desprezado. Pelo contrário, ele diz que se os gálatas
pudessem, eles teriam arrancado os olhos para darem ao apóstolo (Gl 4.15). Pode
ter sido esse o motivo que o levou a destacar esse texto.
• 👉 Quando Paulo afirma em Gálatas 6.11: “Vede
com que grandes letras vos escrevi de meu próprio punho”, não se trata de um
detalhe irrelevante, mas de uma janela para entendermos tanto sua condição
pessoal quanto a seriedade de sua mensagem. O termo usado aqui, pēlíkois
grammasin (πηλίκοις γράμμασιν), pode ser traduzido literalmente como “com que
grandes caracteres”. Alguns intérpretes sugerem que o apóstolo escrevia em
tamanho avantajado devido a uma dificuldade visual, possivelmente consequência
da enfermidade mencionada em Gálatas 4.15, quando os gálatas demonstraram
tamanha estima a ponto de, se possível, oferecerem os próprios olhos a ele. Entretanto,
limitar a análise apenas a um problema físico seria superficial. Muitos
estudiosos defendem que essas “grandes letras” revelam mais do que uma
deficiência: expressam intensidade, ênfase e autoridade apostólica. Era como se
Paulo, ao assumir a pena em vez de ditar a carta a um escriba, quisesse marcar
cada palavra com peso e urgência, como alguém que sublinha ou escreve em caixa
alta para não deixar dúvidas sobre o que está sendo dito. Hernandes Dias Lopes
observa que Paulo escreve “como quem grava no coração dos leitores a verdade
eterna do evangelho, e não apenas em uma folha de papiro”¹. É significativo
notar que o verbo “escrevi”, égrapsa (ἔγραψα), está no aoristo, tempo que no
grego bíblico indica uma ação pontual e completa. Paulo não está apenas
registrando um pensamento, mas selando sua carta com uma marca pessoal, um
testemunho vivo de que suas palavras não são frias ou distantes, mas carregadas
de vida, dor e autoridade espiritual. Esse detalhe linguístico nos lembra que a
revelação bíblica se encarna na história real de homens frágeis, mas conduzidos
pelo Espírito Santo. Para os gálatas, essa lembrança era um choque de
realidade. Eles haviam presenciado a fragilidade física de Paulo, mas também
experimentado o poder de Deus através dele. O contraste entre fraqueza e
autoridade é central aqui. O apóstolo não escondia suas limitações, antes as
transformava em vitrine da graça de Cristo, como também testemunha em
2Coríntios 12.9: “o poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Aquelas grandes letras
não denunciavam apenas uma limitação ocular, mas também comunicavam um
evangelho escrito com a própria vida. Esse detalhe nos leva a uma reflexão
pastoral necessária. Vivemos em uma cultura que idolatra a estética, a
performance e a imagem perfeita. Mas a carta aos gálatas nos lembra que Deus
continua usando servos imperfeitos para transmitir a mensagem perfeita. As
marcas da limitação de Paulo, longe de desqualificá-lo, eram a prova de que sua
autoridade não estava em sua força, mas no Cristo que o sustentava. A pergunta
que fica é: temos nós permitido que nossas próprias fraquezas se tornem palco
da glória de Deus, ou temos escondido aquilo que poderia ser testemunho vivo de
Sua graça? Além disso, as “grandes letras” também funcionam como recurso
pedagógico. Assim como um professor sublinha aquilo que é essencial para que o
aluno não esqueça, Paulo faz de sua escrita uma ferramenta de ênfase. O que ele
estava prestes a concluir não poderia ser negligenciado. O evangelho não é
adereço cultural nem disputa teológica. É a mensagem central da vida cristã,
tão urgente que merecia ser escrita em “grandes letras”, para que jamais fosse
esquecida. Portanto, cada vez que lemos este detalhe aparentemente pequeno,
somos confrontados com a grandeza do evangelho que ele representa. Não importa
se nossas mãos tremem, se nossa visão falha ou se nosso corpo carrega
cicatrizes. Quando o evangelho é gravado em nossas vidas, até nossas fraquezas
se transformam em letras maiúsculas da graça de Deus.
1. LOPES, Hernandes Dias.
Gálatas: Comentários Expositivos Hagnos – A carta da liberdade cristã. São
Paulo: Hagnos, 2012.
COELHO, Alexandre. A
Liberdade em Cristo: Vivendo o verdadeiro Evangelho conforme a Carta de Paulo
aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
ARRINGTON, French L.
Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
GILBERTO, Antônio. Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
MACARTHUR, John. Bíblia de
Estudo MacArthur. São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2017.
Comentário Bíblico Beacon.
Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
CHAMPLIN, R. N. O Novo
Testamento Interpretado: Versículo por Versículo. São Paulo: Hagnos, 2005.
YONG, Amos; PALMA, Anthony
D.; KEENER, Craig S.; OSS, Douglas; MACCHIA, Frank D.; FEE, Gordon D.; MENZIES,
Robert P. (Obras diversas utilizadas como apoio exegético e teológico).
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Professor
(a), peça que um aluno leia Gálatas 6.11: “Vede com que grandes letras vos
escrevi por minha mão”. Em seguida pergunte qual o significado desse versículo.
Ouça os alunos com atenção e depois converse com eles mostrando que é possível
que a Carta aos Gálatas tenha sido escrita por um amanuense, um escritor
profissional, que ia escrevendo à medida que Paulo ditava, e que nesse momento,
o leitor da Carta tenha parado a leitura e mostrado aos crentes as letras de
Paulo, que teria passado nessa parte a escrever de próprio punho.
II. APARÊNCIA NA CARNE
1. Circuncisão nos gentios. “Todos os que querem
mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos” (v.12). O
apóstolo mostra que os judaizantes queriam demonstrar uma aparência de que
andavam no Espírito. Eles preferiam a marca de um ato exterior para não serem
perseguidos. A circuncisão nunca foi nem nunca será um pré-requisito ou
pós-requisito para a salvação em Cristo.
• 👉 Quando Paulo escreve em Gálatas 6.12: “Todos
os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a
circuncidar-vos”, ele toca em um ponto central da vida cristã: a diferença
entre uma fé autêntica e uma religiosidade de fachada. O termo grego traduzido
como “boa aparência” é euprosōpēsai (εὐπροσωπῆσαι), que carrega a ideia de
manter uma imagem exterior favorável, mesmo que isso não corresponda à
realidade interior. Era exatamente isso que os judaizantes buscavam: exibir uma
marca física, a circuncisão, para fugir da perseguição e aparentar
espiritualidade. Paulo desmascara essa atitude. Eles não estavam motivados pelo
zelo de Deus, mas pelo medo dos homens. A circuncisão, que no Antigo Testamento
era sinal da aliança, tornara-se, para aqueles falsos mestres, apenas um
recurso de autopromoção religiosa. Aqui está o contraste: enquanto a verdadeira
obra do Espírito Santo começa de dentro para fora, transformando o coração, os
judaizantes se contentavam com uma marca externa, incapaz de produzir nova
vida. Como observa Hernandes Dias Lopes, “a circuncisão virou uma casca vazia,
desprovida da seiva do evangelho”¹. Essa palavra é atual. Quantas vezes a
igreja também se deixa seduzir por aparências? Nossos jovens, especialmente,
enfrentam uma cultura saturada de performance, imagem e aprovação social. O
risco é viver de símbolos e rótulos cristãos, mas sem uma vida moldada pela
cruz. Paulo, ao confrontar os gálatas, nos chama a rejeitar qualquer
espiritualidade superficial que troca a profundidade do Espírito pelo aplauso
humano. É importante lembrar que a circuncisão nunca foi pré-requisito nem
complemento para a salvação em Cristo. A salvação não depende de ritos, mas da
obra consumada de Jesus na cruz. O verbo “obrigar” em grego, anankazousin
(ἀναγκάζουσιν), indica uma pressão coercitiva, um tipo de manipulação
espiritual. Isso nos alerta para os perigos do legalismo: quando líderes
religiosos colocam sobre as pessoas fardos que Deus nunca exigiu. Craig Keener
observa que, ao fazer isso, os judaizantes estavam negando na prática a
suficiência da graça². Essa reflexão nos conduz a um exame pessoal. O que tem
guiado nossa vida cristã? O desejo de agradar aos homens ou a paixão por
agradar a Deus? O apóstolo deixa claro que buscar aprovação humana é incompatível
com a vida no Espírito. Ele mesmo declara em Gálatas 1.10 que, se quisesse
agradar aos homens, não seria servo de Cristo. Assim, a verdadeira marca do
cristão não está no corpo, mas no coração regenerado pela graça, no fruto do
Espírito que se manifesta em amor, alegria, paz e fidelidade (Gl 5.22-23). Para
os alunos e professores de Escola Bíblica, essa verdade precisa ser vivida e
ensinada com coragem. É necessário cultivar uma fé que vá além da superfície,
que rejeite a tentação de “boa aparência” e abrace a autenticidade da cruz. O
chamado pastoral de Paulo ecoa para nós: parem de se esconder atrás de símbolos
religiosos e deixem o Espírito transformar sua vida por completo. A igreja que
vive de aparências está fadada à esterilidade espiritual. Mas a comunidade que
decide viver no Espírito experimenta liberdade, ousadia e poder. Essa é a
escolha diante de nós: viver para manter uma fachada ou viver para refletir a
glória de Cristo. Que cada um de nós, ao ler esse texto, se pergunte com
sinceridade: minha fé tem sido apenas aparência, ou fruto de uma vida enraizada
no evangelho da cruz?
1. LOPES, Hernandes Dias.
Gálatas: Comentários Expositivos Hagnos – A carta da liberdade cristã. São
Paulo: Hagnos, 2012.
2. KEENER, Craig S.
Comentário Bíblico do Novo Testamento. São Paulo: Vida, 2014.
3. COELHO, Alexandre. A
Liberdade em Cristo: Vivendo o verdadeiro Evangelho conforme a Carta de Paulo
aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
ARRINGTON, French L.
Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
GILBERTO, Antônio. Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
MACARTHUR, John. Bíblia de
Estudo MacArthur. São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2017.
Comentário Bíblico Beacon.
Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
CHAMPLIN, R. N. O Novo
Testamento Interpretado: Versículo por Versículo. São Paulo: Hagnos, 2005.
YONG, Amos; PALMA, Anthony
D.; OSS, Douglas; MACCHIA, Frank D.; FEE, Gordon D.; MENZIES, Robert P. (Obras
diversas utilizadas como apoio exegético e teológico).
2. Não guardam a Lei. Um dos problemas dos
falsos mestres é que eles não cumpriam aquilo que ensinavam os outros a
guardarem. Na prática, os judaizantes provavelmente foram os primeiros a
perseguir os verdadeiros cristãos, não com a força do Estado ou com armas e
prisões, como o Saulo não convertido fazia. A constância na apresentação e um
falso ensino não deixa de ser uma forma de perseguição. Uma das formas de tirar
uma pessoa dos caminhos do Senhor é ensinar a ela um atalho que a levará a
lugar nenhum.
• 👉 Os falsos mestres em Gálatas se apresentavam
como guardiões da Lei, mas na prática não viviam o que pregavam. Paulo denuncia
essa contradição em 6.13: “Pois nem mesmo os que são circuncidados guardam a
lei, mas querem que vocês se circuncidem para se gloriarem na carne de vocês”.
O termo “guardar” vem do grego phylássō, que significa vigiar, proteger,
observar com zelo. O apóstolo mostra que aqueles homens exigiam dos outros uma
obediência que eles mesmos não praticavam. Era uma religiosidade de fachada,
centrada em aparência, não em fidelidade a Cristo. Essa denúncia tem um peso
atual. Muitos hoje, assim como os judaizantes, preferem impor regras externas
em vez de buscar a transformação do coração. A insistência em ritos e normas,
sem vida no Espírito, não apenas é ineficaz, mas se torna uma forma sutil de
perseguição. Quando alguém apresenta um evangelho distorcido, não precisa de
prisões ou espadas para afastar pessoas da verdade. Basta ensinar atalhos
espirituais que conduzem ao vazio. Como afirma Hernandes Dias Lopes, “toda
tentativa de acrescentar algo à obra de Cristo é uma mutilação do evangelho”¹. No
fundo, a prática desses mestres revela uma falta de coerência espiritual.
Exigiam dos outros aquilo que não eram capazes de viver. Jesus já havia
confrontado os fariseus por esse mesmo pecado: “Atam fardos pesados e os
colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos nem com um dedo querem
movê-los” (Mt 23.4). O problema não era a Lei em si, mas a hipocrisia de usá-la
como instrumento de manipulação, enquanto o coração permanecia distante de
Deus. A palavra “perseguição” aqui ganha um novo contorno. Não é apenas prisão
ou violência, como a que Saulo praticava antes de sua conversão. Existe também
a perseguição doutrinária, quando se sobrecarrega a consciência dos fiéis com
exigências que Cristo não ordenou. Alexandre Coelho destaca que “a pressão
legalista gera escravidão, não liberdade; frustra a fé e mina a alegria da
salvação”². Ensinar um evangelho adulterado é afastar as pessoas do caminho da
graça. Na prática, o que vemos é que muitos jovens, ao se depararem com uma fé
carregada de regras humanas, se sentem sufocados e acabam se afastando da
igreja. O legalismo, portanto, não apenas desvia do evangelho verdadeiro, mas
também mata a vida espiritual dos que buscam sinceramente a Cristo. Gordon Fee
lembra que “quando a obra do Espírito é substituída por mandamentos humanos, a
comunidade perde seu caráter de povo do Espírito”³. Por isso, precisamos de
vigilância espiritual. Cada professor, cada aluno da EBD deve se perguntar:
estou vivendo o evangelho da graça ou impondo pesos que Cristo não impôs? O
chamado de Paulo em Gálatas é claro: a liberdade em Cristo não é licença para o
pecado, mas libertação da escravidão da aparência religiosa. Ser livre é viver
em coerência com a cruz, não em hipocrisia. Assim, aprendemos que a maior
perseguição não vem de fora, mas de dentro. Não é o mundo quem mais ameaça a
igreja, mas um evangelho falsificado pregado dentro dela. A Palavra de Deus nos
chama a viver de modo íntegro, cheios do Espírito, refletindo a nova vida em
Cristo. A liberdade que Ele nos deu deve ser guardada com zelo, não substituída
por regras humanas. A verdadeira segurança não está em aparentar piedade, mas
em andar “segundo o Espírito” (Gl 5.25), pois só assim permaneceremos no
caminho que conduz à vida.
¹ LOPES, Hernandes Dias.
Gálatas – Comentários Expositivos Hagnos: a carta da liberdade cristã. São
Paulo: Hagnos, 2011.
² COELHO, Alexandre. A
liberdade em Cristo: vivendo o verdadeiro evangelho conforme a carta de Paulo
aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
³ FEE, Gordon D. Paul, the
Spirit, and the People of God. Peabody: Hendrickson, 1996.
ARRINGTON, French L. Comentário
Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BÍBLIA de Estudo Pentecostal.
Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
BÍBLIA de Estudo MacArthur.
São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2017.
CHAMPLIN, R. N. Comentário
Bíblico Champlin: Novo Testamento. São Paulo: Candeia, 2001.
GILBERTO, Antônio. Princípios
de Educação Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 1994.
KEENER, Craig S. The IVP
Bible Background Commentary: New Testament. Downers Grove: IVP Academic, 1993.
PALMA, Anthony D. O Batismo
no Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
OSS, Douglas; MACCHIA, Frank
D. The Spirit and the Kingdom. Grand Rapids: Zondervan, 1993.
MENZIES, Robert P. Empowered
for Witness: The Spirit in Luke-Acts. Sheffield: Sheffield Academic Press,
1994.
3. Em que gloriar-se. Os judaizantes
impunham a circuncisão aos gentios, mas eles mesmos não guardavam a Lei. Se
sentiam realizados em obrigar os gentios a guardarem os mandamentos que eles
mesmos não guardavam (v.13). Paulo diz que a alegria dele não era a mensagem da
circuncisão, e sim a cruz de Cristo. Ele via o mundo como crucificado, ou seja,
morto, e da mesma forma, se via morto para o mundo. Essa fala é necessária,
pois uma pessoa pode ver o mundo como um sistema morto, mas estar disponível
para torná-lo vivo em sua vida.
• 👉 Ao longo da carta aos Gálatas, Paulo deixa
evidente que a raiz do problema não era apenas a imposição da circuncisão, mas
a arrogância espiritual daqueles que faziam da religiosidade um troféu pessoal.
Em 6.13, ele denuncia: “Nem mesmo os que são circuncidados guardam a lei, mas
querem que vocês se circuncidem, para se gloriarem na carne de vocês”. O verbo
“gloriar-se”, do grego kaucháomai, significa exultar, vangloriar-se, ter
orgulho. Os judaizantes encontravam sua identidade em símbolos externos, não na
obra de Cristo. Paulo, porém, faz um contraponto radical. Ele não se gloria na
circuncisão nem em qualquer marca de aparência religiosa. Seu único motivo de
exultação é a cruz do Senhor Jesus (Gl 6.14). Para muitos, a cruz era vergonha,
maldição e escândalo. Mas para Paulo, era a maior glória. O mundo estava
crucificado para ele, e ele para o mundo. No grego, a expressão “o mundo está
crucificado para mim” usa o verbo estaurótai (de stauróō), no perfeito passivo,
indicando um estado permanente: o mundo já foi pregado na cruz e permanece
morto para quem vive em Cristo. Isso nos leva a uma reflexão prática. Quantos
de nós, jovens e adultos, dizemos estar mortos para o mundo, mas ainda
cultivamos um coração vivo para suas seduções? É possível falar da cruz como
símbolo, mas sem vivê-la como realidade. Hernandes Dias Lopes observa que “não
basta carregar uma cruz no pescoço; é necessário carregar a cruz no coração”¹.
Paulo não apenas pregava a cruz, ele vivia crucificado com Cristo (Gl 2.20). A
Bíblia de Estudo Pentecostal lembra que “gloriar-se na carne é confiar em
ritos, tradições e obras humanas, mas gloriar-se na cruz é reconhecer que toda
a nossa salvação depende da graça divina”². O evangelho não é uma vitrine para
exibirmos méritos. A glória não é nossa, mas daquele que morreu e ressuscitou
por nós. Quando Paulo rejeita a vanglória da carne, ele nos convida a viver uma
espiritualidade centrada na graça, não no desempenho. Craig Keener acrescenta
que essa oposição entre “carne” (sarx) e “cruz” mostra dois sistemas de vida
incompatíveis³. A carne busca reconhecimento humano, status e honra; a cruz
aponta para renúncia, humildade e identificação com Cristo. A pergunta que ecoa
é: em que temos nos gloriado? Na performance religiosa? No aplauso dos homens?
Ou na cruz, que destrói o orgulho e nos coloca no mesmo nível diante de Deus? Paulo
via o mundo como morto. Não se tratava de um desprezo pela criação de Deus, mas
pela estrutura de valores corrompidos que governa este século. Ele sabia que
seguir a Cristo significava romper com esse sistema. Antônio Gilberto nos
alerta que “quando a igreja deixa de ver a cruz como centro, acaba substituindo
o evangelho da graça por mensagens humanas”⁴. Essa é a tentação que precisamos
vigiar em nossas comunidades. Por isso, a palavra final é um chamado pastoral.
Cada aluno e professor da Escola Bíblica precisa olhar para dentro de si e
perguntar: minha alegria vem da cruz ou das aparências? Estou me gloriando em
conquistas humanas ou naquilo que Cristo realizou em meu lugar? A cruz não é um
adorno, mas o lugar onde o ego morre para que Cristo viva em nós. Que possamos,
como Paulo, declarar com convicção: “Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a
não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 6.14).
¹ LOPES, Hernandes Dias.
Gálatas – Comentários Expositivos Hagnos: a carta da liberdade cristã. São
Paulo: Hagnos, 2011.
² BÍBLIA de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
³ KEENER, Craig S. The IVP
Bible Background Commentary: New Testament. Downers Grove: IVP Academic, 1993.
ARRINGTON, French L.
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BÍBLIA de Estudo MacArthur.
São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2017.
CHAMPLIN, R. N. Comentário
Bíblico Champlin: Novo Testamento. São Paulo: Candeia, 2001.
COELHO, Alexandre. A
liberdade em Cristo: vivendo o verdadeiro evangelho conforme a carta de Paulo
aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
GILBERTO, Antônio. Princípios
de Educação Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 1994.
PALMA, Anthony D. O Batismo
no Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
OSS, Douglas; MACCHIA, Frank
D. The Spirit and the Kingdom. Grand Rapids: Zondervan, 1993.
MENZIES, Robert P. Empowered
for Witness: The Spirit in Luke-Acts. Sheffield: Sheffield Academic Press,
1994.
FEE, Gordon D. Paul, the
Spirit, and the People of God. Peabody: Hendrickson, 1996.
SUBSÍDIO II
“Os
judaizantes continuaram a observar as práticas judaicas da circuncisão, das
leis alimentares, do sábado e das outras festas ao lado da nova fé em Jesus
como o Messias. Em particular, eles criam que a salvação era para os judeus e
que qualquer um que quisesse experimentá-la precisava alinhar-se com todas as
práticas judaicas do Antigo Testamento.
Paulo,
mais do que ninguém, viu os perigos desse movimento e condenou corretamente até
o próprio Pedro, quando viu que este e outros ‘não andavam bem e direitamente
conforme a verdade do evangelho’. Paulo ‘[...] disse a Pedro na presença de
todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não como judeu, por que
obrigas os gentios a viverem como judeus?’ (Gl 2.14). Os judaizantes sofreram
uma derrota significativa no concílio de Jerusalém, quando Tiago e a igreja de
Jerusalém determinaram que os gentios não precisavam ser circuncidados para
serem salvos (At 15).” (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023,
p.291).
PROFESSOR(A),
“Paulo conhecia as Escrituras melhor do que a maioria das pessoas. Ele via mais
do mundo do que a maioria dos mercadores. Ele escreveu algumas das cartas mais
longas conhecidas na época. Para os seus convertidos, ele era um amigo fiel:
para os seus oponentes, um agitador irreprimível. Mas, segundo ele mesmo, não
era nada mais, nada menos, do que o homem a quem Deus chamou por meio de Jesus
Cristo para levar o Evangelho até os confins da terra.” (Dicionário Bíblico
Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.283).
III. PALAVRAS FINAIS
1. Jesus faz acepção de
pessoas? Paulo
explica que ser ou não circuncidado não faz diferença em Cristo, mas sim ser
uma nova criatura. Milhares de judeus, no primeiro século, receberam Jesus como
seu Messias, da mesma forma que gentios também creram no Evangelho e tiveram
suas vidas transformadas. Não é a circuncisão que faz a pessoa ser uma nova
criatura. No judaísmo, uma pessoa gentia poderia se tornar um prosélito, desde
que fosse circuncidada e praticasse as obras da Lei, mas isso não fazia dela
uma nova criatura.
• 👉 Ao encerrar a carta aos Gálatas, Paulo nos
oferece um ensinamento que permanece central para a fé cristã: em Cristo, não
há acepção de pessoas. A circuncisão ou a filiação étnica não define o valor
espiritual do indivíduo. O que transforma uma vida é a nova criação, a
realidade de ser feito “kainē ktísis”, termo grego que traduz “nova criatura” (2Co
5.17), indicando uma renovação integral do ser, tanto interna quanto
externamente. No primeiro século, essa verdade confrontava diretamente a
mentalidade judaica. Muitos judeus creram em Jesus como Messias, mas também
muitos gentios se entregaram ao evangelho. A conversão não dependia de rituais
externos, nem de obras da Lei, mas da ação regeneradora do Espírito Santo.
Alexandre Coelho enfatiza que “a verdadeira transformação não se vê na
aparência, mas na obra invisível de Deus no coração”¹. O contraste com o
judaísmo do tempo é instrutivo. Um gentio poderia se tornar prosélito cumprindo
a circuncisão e observando os mandamentos da Lei, mas essas práticas não
produziam a nova criatura. A Lei apontava para a necessidade de Cristo, mas por
si só não regenerava o coração. Hernandes Dias Lopes reforça que “a lei é
pedagógica, mas não salvadora; ela conduz à necessidade de graça”². Paulo
reforça que a verdadeira justiça não vem de atos externos, mas da fé que opera
pelo amor (Gl 5.6). A nova criação é fruto de uma vida rendida ao Senhor,
marcada por mudança de motivações, desejos e escolhas. A circuncisão, se vista
isoladamente, torna-se símbolo vazio; a fé em Cristo é a força que transforma a
vontade e molda o caráter. É aqui que a exegese grega nos ajuda: a palavra
sōtēria, salvação, não indica apenas resgate legal, mas transformação de vida
em plenitude. Amos Yong e Craig Keener destacam que a igreja primitiva
enfrentava o desafio de incluir gentios sem exigir símbolos judaicos. Isso nos
ensina hoje: inclusão e graça são inseparáveis. Não podemos julgar a fé de
alguém por sinais externos, mas por evidências de mudança interior³. O ensino
de Paulo é uma advertência pastoral para que nossas comunidades valorizem o
coração regenerado acima das tradições humanas. Douglas Oss e Frank Macchia
lembram que a nova criatura vive em constante crescimento, sendo moldada pelo
Espírito. A circuncisão é meramente física; a verdadeira transformação é
espiritual. Anthony Palma reforça que a ética cristã surge do coração regenerado,
não do cumprimento formal da lei⁴. Esse é um convite à introspecção: estamos
priorizando a forma ou a essência? Estamos cultivando a nova criatura em nós e
em nossa igreja local? Portanto, a mensagem é clara: ser cristão não se mede
por aparências, tradições ou ritos, mas pela vida transformada em Cristo. Que
cada aluno e professor da Escola Bíblica reflita: minha fé se expressa em
sinais exteriores ou em um coração rendido a Deus? A circuncisão externa é
inútil sem a renovação interior. Em Cristo, todos que creem podem experimentar
a plenitude da nova criação e viver a liberdade que Ele nos concedeu (Gl 5.1).
¹ COELHO, Alexandre. A
liberdade em Cristo: vivendo o verdadeiro evangelho conforme a carta de Paulo
aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
² LOPES, Hernandes Dias.
Gálatas – Comentários Expositivos Hagnos: a carta da liberdade cristã. São
Paulo: Hagnos, 2011.
³ KEENER, Craig S. The IVP
Bible Background Commentary: New Testament. Downers Grove: IVP Academic, 1993.
YONG, Amos. Spirit-Word-Community.
Eugene: Wipf & Stock, 1998.
ARRINGTON, French L.
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BÍBLIA de Estudo Pentecostal.
Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
BÍBLIA de Estudo MacArthur.
São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2017.
CHAMPLIN, R. N. Comentário
Bíblico Champlin: Novo Testamento. São Paulo: Candeia, 2001.
PALMA, Anthony D. O Batismo
no Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
OSS, Douglas; MACCHIA, Frank
D. The Spirit and the Kingdom. Grand Rapids: Zondervan, 1993.
2. As marcas de Cristo. Paulo fala algo que
os judaizantes não tinham autoridade para alegar: ele tinha as marcas de
Cristo. Essa expressão remonta aos sofrimentos e adversidades enfrentados por
amor a Jesus ao longo do seu ministério. Ele escreveu aos Coríntios sobre o que
havia passado por amor do Evangelho: açoitado diversas vezes, preso,
apedrejado, náufrago em três ocasiões, além das viagens perigosas por causa de
ladrões, de falsos irmãos, de judeus que lhe desejavam a morte, e os períodos
de escassez, de vigílias e a constante pressão que as igrejas lhe traziam ao
coração (2Co 11.22-29). Cada momento de perseguição deixou marcas no apóstolo,
mas ele não se manifesta em tom de reclamação ou vitimismo, mas sim no sentido
de mostrar que os seus acusadores tentavam fugir da perseguição por causa da
cruz de Cristo.
• 👉 Ao confrontar os judaizantes que questionavam
sua autoridade, Paulo revela algo que eles jamais poderiam reivindicar: as
marcas de Cristo (stigmata tou Christou). Essa expressão grega remete aos
sinais visíveis e invisíveis do sofrimento por amor a Jesus, refletindo uma
vida totalmente dedicada ao Evangelho (Gl 6.17). Não se trata apenas de
cicatrizes físicas, mas de evidências de um compromisso que ultrapassa a
superfície e atinge o coração do discípulo. O apóstolo detalha em 2Coríntios
11.22-29 as adversidades que enfrentou: açoites repetidos, prisões injustas,
apedrejamentos, naufrágios em três ocasiões, viagens perigosas cercadas de
ladrões e falsos irmãos, além da constante ameaça de judeus que buscavam sua
morte. Acrescente-se a isso períodos de escassez, vigílias prolongadas e a
responsabilidade emocional de cuidar de diversas igrejas. Cada dificuldade
deixou marcas profundas, mas Paulo não escreve em tom de lamentação; ao contrário,
ele demonstra que tais sofrimentos confirmam sua fidelidade a Cristo e a
autenticidade de seu ministério. O comentário bíblico Beacon ressalta que as
stigmata não são meros símbolos de dor, mas indicativos de união mística com
Cristo e participação em seu sofrimento redentor¹. Gordon Fee e Robert P.
Menzies reforçam que essas marcas constituem credenciais espirituais, mostrando
que o verdadeiro ministério se sustenta na graça de Deus, não na aparência
externa ou em títulos humanos². Paulo contrapõe suas marcas à superficialidade
dos judaizantes, que buscavam reconhecimento através de ritos externos e
cumprimento parcial da Lei. Hernandes Dias Lopes observa que, ao enfatizar suas
cicatrizes, o apóstolo demonstra que a glória verdadeira nasce da cruz, e não
de aparência ou tradição³. Isso nos desafia: quantos cristãos hoje valorizam
mais a visibilidade do que a profundidade da entrega espiritual? Do ponto de
vista exegético, a palavra grega hypomone (2Co 11.28), traduzida como
“constância” ou “perseverança”, descreve o caráter indispensável de quem segue
Cristo. Essa perseverança não é passiva; é ativa, diária, moldada pelo Espírito
Santo, como enfatiza a Bíblia de Estudo MacArthur⁴. Cada sofrimento enfrentado
com fé gera crescimento espiritual, discernimento e capacidade pastoral para
edificar outros. Amos Yong e Craig Keener lembram que as perseguições da igreja
primitiva não eram apenas físicas, mas também espirituais, advindas de falsos
mestres e da hostilidade social⁵. Nesse sentido, nossas “marcas” atuais podem
ser menos visíveis, mas igualmente significativas: dores emocionais, conflitos
éticos, rejeições ou incompreensões que, se assumidas com fé, moldam nosso
caráter e autenticidade cristã. Portanto, ao refletirmos sobre as marcas de
Cristo, somos desafiados a avaliar nossa vida espiritual e a das nossas
comunidades. Não buscamos aprovação humana nem nos escondemos do custo do
discipulado. A verdadeira glória é ser transformado à imagem de Cristo,
carregando suas marcas com humildade, coragem e amor. Que cada professor e
aluno da Escola Bíblica Dominical se pergunte: minhas cicatrizes refletem
Cristo ou apenas minha resistência ao mundo? A resposta define a autenticidade
da nossa fé e do nosso ministério.
¹ ARRINGTON, French L.
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
² FEE, Gordon D.; MENZIES,
Robert P. The Apostle Paul and His Letters. Grand Rapids: Baker Academic, 2011.
³ LOPES, Hernandes Dias.
Gálatas – Comentários Expositivos Hagnos: a carta da liberdade cristã. São
Paulo: Hagnos, 2011.
⁴ BÍBLIA de Estudo MacArthur.
São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2017.
⁵ KEENER, Craig S. The IVP
Bible Background Commentary: New Testament. Downers Grove: IVP Academic, 1993.
YONG, Amos.
Spirit-Word-Community. Eugene: Wipf & Stock, 1998.
COELHO, Alexandre. A
liberdade em Cristo: vivendo o verdadeiro evangelho conforme a carta de Paulo
aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
BÍBLIA de Estudo Pentecostal.
Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
CHAMPLIN, R. N. Comentário
Bíblico Champlin: Novo Testamento. São Paulo: Candeia, 2001.
3. A graça de Jesus. Paulo começa sua
Carta aos Gálatas desejando “graça e paz da parte de Deus pai e da de nosso
Senhor Jesus Cristo” (Gl 1.3) e conclui com a graça de Jesus. Ao longo de sua
Carta, ele mostrou que a graça não é somente para a salvação, mas também para a
nossa vida cristã. Ele experimentou a graça em sua vida mesmo quando teve
negada uma oração por si mesmo, ao ouvir de Deus: “E disse-me: A minha graça te
basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12.9). O autor aos
Hebreus nos orienta a que “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça,
para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados
em tempo oportuno” (Hb 4.16). Aqui vale lembrar de que um dos lemas da Reforma
Protestante: “Somente a graça, e não os esforços humanos, pode nos levar até
Deus”.
• 👉 Quando Paulo inicia sua Carta aos Gálatas,
ele não faz apenas uma saudação formal: deseja “graça e paz da parte de Deus
Pai e de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 1.3). Essa saudação não é mera cortesia
literária, mas uma declaração teológica profunda. A palavra grega charis,
traduzida como graça, indica favor imerecido, bondade divina que precede
qualquer ação humana e sustenta a vida do crente, tanto na salvação quanto no
cotidiano do discipulado¹. Ao longo de sua carta, Paulo revela que a graça não
é apenas a porta de entrada para a salvação, mas o alicerce que mantém o crente
firme em sua caminhada cristã. Ele próprio experimentou essa realidade de forma
prática. Mesmo quando sua oração por libertação de uma “espinha na carne” não
foi atendida, ouviu a palavra divina: “A minha graça te basta, porque o meu
poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12.9). A expressão grega dunamis aqui
traduz o poder ativo de Deus, que se manifesta de maneira plena quando
reconhecemos nossas limitações, revelando que a graça não elimina a fraqueza,
mas a transforma em ponto de dependência de Deus². O autor de Hebreus reforça
essa dimensão da graça ao nos convidar: “Cheguemos, pois, com confiança ao
trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de
sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4.16). A palavra thronos indica a soberania
de Deus, lembrando que a graça não é aleatória, mas administrada por aquele que
tem domínio absoluto sobre toda a criação. O convite à aproximação com
confiança demonstra que a graça é acessível, porém exige fé ativa e coragem
espiritual³. A Reforma Protestante nos lembra que a graça é central: sola
gratia. Nenhum esforço humano, nenhuma obra religiosa ou moral pode nos
conduzir a Deus. Paulo, ao enfatizar a cruz e a graça, confronta diretamente os
falsos mestres que buscavam justificar a fé por meios externos. Hernandes Dias
Lopes observa que a graça é tanto um dom inicial quanto um sustentáculo
contínuo do cristão, garantindo transformação interior, liberdade em Cristo e
resistência à escravidão do legalismo⁴. Do ponto de vista exegético, a
experiência de Paulo revela que a graça é profundamente relacional. Não se
trata de um conceito abstrato, mas de uma força que molda caráter, conduz
decisões e capacita o crente a viver conforme a vontade de Deus. Anthony D.
Palma e Craig Keener destacam que a graça se manifesta de forma tangível no
serviço aos outros e na perseverança diante de provações⁵. A presença contínua
da graça possibilita agir não por obrigação, mas por amor genuíno, refletindo o
caráter de Cristo em nossas comunidades. Em termos práticos, isso significa que
cada cristão, jovem ou adulto, deve avaliar: estamos confiando na graça de
Cristo para nossas necessidades diárias, ou buscamos atalhos que nos afastam da
dependência do Senhor? A graça transforma o olhar para o mundo, as relações
interpessoais e a própria autocompreensão, permitindo que vejamos nossas
limitações como espaço para a atuação do poder divino, e não como barreiras à
fé⁶. Portanto, a graça de Jesus não é apenas o ponto de partida da vida cristã,
mas o combustível que sustenta o crente na jornada, a força que nos levanta
diante da fraqueza e a luz que nos guia em meio às trevas do legalismo e da
autossuficiência. Que cada aluno e professor da Escola Bíblica Dominical se
aproxime diariamente do trono da graça, experimentando seu poder e ensinando
aos outros que a verdadeira vida em Cristo se fundamenta na dependência total e
constante dessa graça.
¹ COELHO, Alexandre. A
liberdade em Cristo — Vivendo o verdadeiro evangelho conforme a carta de Paulo
aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
² BÍBLIA de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
³ BÍBLIA de Estudo MacArthur.
São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2017.
⁴ LOPES, Hernandes Dias.
Gálatas — Comentários Expositivos Hagnos: a carta da liberdade cristã. São
Paulo: Hagnos, 2011.
⁵ PALMA, Anthony D.; KEENER,
Craig S. The IVP Bible Background Commentary: New Testament. Downers Grove: IVP
Academic, 1993.
ARRINGTON, French L.
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
CHAMPLIN, R. N. Comentário
Bíblico Champlin: Novo Testamento. São Paulo: Candeia, 2001.
GILBERTO, Antônio. Estudos em
Gálatas. São Paulo: Editora Betânia, 2009.
YONG, Amos.
Spirit-Word-Community. Eugene: Wipf & Stock, 1998.
SUBSÍDIO III
“Paulo conclui em 6.11-18, resumindo
a maioria dos seus pontos principais. A Lei e a circuncisão agora não contam
para nada: somente a fidelidade operando através do amor e a nova criação em
Cristo contam para qualquer coisa (5.6; 6.15).
Para Paulo em Gálatas, a fidelidade
de Cristo em forma de cruz, e orientada aos outros, oferece uma identidade
comunitária mais concreta e um modo de vida prático do que a Lei jamais
poderia. A fidelidade de Cristo e do Espírito define os gálatas como povo da
nova criação. A justificação em Gálatas envolve mais do que a doutrina
tradicional: envolve a unificação associada ao fruto do Espírito, e não a
divisão e contenda das obras da carne/Lei. Relaciona-se e estabelece as
condições para a radical e tangível fidelidade comunal (de Cristo) em forma de
cruz e orientada aos outros, a qual deve definir o povo de Deus).” (Dicionário
Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.212).
CONCLUSÃO
A Carta aos Gálatas
permanece sendo uma defesa do Evangelho de Jesus Cristo para os gentios. É um
documento para toda a Igreja. Que essa seja apresentada completa, da mesma
forma que foi completo o sacrifício de Jesus por nós. Assim concluímos este
trimestre: com a graça de Deus, uma graça disposta não somente para a salvação,
mas também para a manutenção dela. Que esta esteja conosco, em nossas vidas até
que sejamos chamados por Deus para experimentar a vida eterna com Ele nos céus.
• 👉 Ao concluirmos este estudo da Carta aos
Gálatas, somos lembrados de que Paulo não escreveu apenas para os cristãos
judeus ou gentios de seu tempo, mas para toda a Igreja, em todas as gerações. A
carta permanece uma defesa vigorosa do Evangelho de Jesus Cristo, confrontando
toda tentativa de substituir a graça divina por esforços humanos ou legalismos
(Gl 2.16)¹. Este chamado é tão atual quanto era no primeiro século: avaliar se
nossas igrejas, comunidades e vidas pessoais refletem a liberdade e a
profundidade do Evangelho que Cristo conquistou na cruz. Paulo apresenta o
Evangelho como completo, assim como o sacrifício de Jesus foi completo e
suficiente para a redenção de toda a humanidade. O termo grego pleroma, usado
em outros textos paulinos, indica plenitude e perfeição. Assim, qualquer
tentativa de acrescentar requisitos humanos, como observâncias externas, anula
a plenitude do que Cristo realizou por nós². A reflexão que fica é pastoral:
nossas práticas e tradições, na igreja e no cotidiano, estão alinhadas com a
plenitude da obra de Cristo ou carregam elementos de autojustificação e
legalismo? A graça de Deus, tema central desta carta, não é um recurso apenas
para o início da jornada de fé, mas o sustentáculo constante da vida cristã.
Paulo mostra que a graça (charis) opera não apenas no perdão dos pecados, mas
na santificação diária, moldando o caráter, restaurando relações e fortalecendo
a perseverança frente às adversidades³. Hernandes Dias Lopes reforça que
compreender a graça como dinâmica contínua é essencial para que o crente não
retroceda ao legalismo ou à autossuficiência⁴. A dimensão prática dessa
mensagem é urgente: cada cristão deve avaliar sua dependência de Deus. A graça
não é automática; ela exige confiança, oração constante e submissão ao Espírito
Santo. A palavra grega parresia, usada para confiança em Hebreus, indica que
somos convidados a nos aproximar de Deus com coragem, não com medo ou
autoproteção (Hb 4.16)⁵. Este é um convite à autoavaliação: até que ponto
confiamos na graça de Cristo para nossas decisões, relacionamentos e desafios
diários? Ao refletirmos sobre a carta, vemos que a vida cristã não é um
cumprimento mecânico da Lei, mas uma experiência de liberdade e transformação.
Amos Yong e Craig Keener observam que a graça capacita o crente a agir em amor,
mesmo diante de dificuldades, e a testemunhar da suficiência de Cristo em meio
a um mundo que frequentemente exige méritos humanos⁶. Nossa vida deve
evidenciar essa transformação, tornando visível que a fé em Cristo não se
limita a palavras, mas se manifesta em ações e atitudes guiadas pelo Espírito.
Portanto, ao
encerrar este trimestre, lembramos que a graça de Deus é completa, suficiente e
ativa. Ela não só nos salva, mas nos sustenta em todo o percurso,
preparando-nos para a eternidade. Cada igreja, cada professor e cada aluno deve
viver esta realidade diariamente, permitindo que a plenitude da graça molde
pensamentos, palavras e ações, até o dia em que seremos chamados para a
presença eterna de Deus⁷. Que esta conclusão não seja apenas uma leitura final,
mas um convite ao coração: examine sua vida, sua comunidade e seu compromisso
com Cristo. Que a graça que nos alcançou continue sendo o alicerce e o motor de
nossas vidas, transformando cada aspecto de nossa existência para a glória de
Deus. A Carta aos Gálatas é uma defesa poderosa do Evangelho de Jesus Cristo,
mostrando que a salvação e a vida cristã não dependem de obras ou legalismos,
mas da graça completa de Deus. Paulo confronta os judaizantes que exigiam a
circuncisão e a observância da Lei como pré-requisito para a fé, mostrando que
tais práticas externas não transformam o coração nem tornam alguém uma nova
criatura. Ele enfatiza que a verdadeira glória do cristão não está em rituais
ou aparência exterior, mas na cruz de Cristo, que crucifica o mundo e nos
crucifica para ele. Paulo também destaca suas próprias “marcas de Cristo”,
sofrimentos e perseguições enfrentados pelo Evangelho, mostrando que a
fidelidade a Cristo produz frutos espirituais que não podem ser medidos por
reconhecimento humano. A graça de Jesus é central: não apenas para a salvação,
mas para sustentar o crente no dia a dia. A vida cristã é uma experiência de
dependência contínua da graça, confiança no Espírito Santo e transformação
prática que evidencia o amor de Cristo. Por fim, Paulo conclui que a carta é
para toda a Igreja, lembrando que a graça completa de Deus deve governar nossas
vidas, decisões, relacionamentos e atitudes até a eternidade.
- Três
aplicações práticas para a vida do aluno:
1. Examine sua dependência da graça de
Cristo
- Pergunte a si
mesmo se você tem confiado mais em obras, rituais ou reconhecimento humano do
que na suficiência da graça. Pratique a confiança diária em Deus, permitindo
que Ele molde suas decisões, palavras e atitudes.
2. Valorize a transformação interna acima
das aparências externas
- Entenda que
ser cristão não é cumprir listas de regras ou parecer “espiritualmente correto”.
Sua vida deve refletir a transformação do coração pelo Espírito Santo, tornando
visível a mudança que Cristo opera em você.
3. Persevere mesmo em meio a dificuldades e
perseguições
- Assim como
Paulo carregou suas “marcas de Cristo”, use os desafios e sofrimentos como
oportunidades para crescer na fé e servir aos outros. Encare dificuldades não
como derrota, mas como ferramentas de maturidade espiritual e testemunho do
Evangelho.
¹ COELHO, Alexandre. A
liberdade em Cristo — Vivendo o verdadeiro evangelho conforme a carta de Paulo
aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
² BÍBLIA de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
³ BÍBLIA de Estudo MacArthur.
São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2017.
⁴ LOPES, Hernandes Dias.
Gálatas — Comentários Expositivos Hagnos: a carta da liberdade cristã. São
Paulo: Hagnos, 2011.
⁵ ARRINGTON, French L.
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
⁶ KEENER, Craig S.; YONG,
Amos. The IVP Bible Background Commentary: New Testament. Downers Grove: IVP
Academic, 1993.
CHAMPLIN, R. N. Comentário
Bíblico Champlin: Novo Testamento. São Paulo: Candeia, 2001.
GILBERTO, Antônio. Estudos em
Gálatas. São Paulo: Editora Betânia, 2009.
PALMA, Anthony D. Gálatas —
Aplicação prática da graça. Eugene: Wipf & Stock, 2002.
Viva para a máxima glória do
Nome do Senhor Jesus!
Meu
ministério aqui é um chamado do coração: compartilhar o ensino da
Palavra de Deus de forma livre e acessível, para que você, irmão ou irmã em
Cristo, possa crescer na fé e no conhecimento das Escrituras, sem barreiras,
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Testamento.
Todo o material que ofereço é fruto
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do Evangelho alcance ainda mais vidas sedentas pela verdade. Porém, para que
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Juntos, podemos fazer a diferença. Conto com você!
HORA DA REVISÃO
1. O que Paulo fala na
parte final de sua Carta?
Na parte final de sua Carta,
Paulo fala sobre a constância no fazer o bem.
2. Segundo a lição, a qual
grupo de pessoas a nossa fé deve ser direcionada?
A nossa fé deve ser prática e direcionada
às pessoas que nos cercam, mas de forma específica. Paulo menciona um grupo de
pessoas: os domésticos da fé.
3. O que os que desejavam
a circuncisão queriam demonstrar?
O apóstolo mostra que os que
desejavam se circuncidar queriam demonstrar uma aparência de que andavam no
Espírito.
4. A circuncisão é um
pré-requisito para a salvação?
A circuncisão nunca foi nem
nunca será um pré-requisito ou pós-requisito para a salvação.
5. O que a expressão “as
marcas de Cristo” remonta?
Essa expressão remonta aos
sofrimentos e adversidades enfrentados por amor a Jesus ao longo do seu
ministério.