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12 de fevereiro de 2019

(JOVENS) Lição 7: Os Perigos do Deserto



REVISTA ADULTOS 1° TRIMESTRE 2019
TEMA: Batalha Espiritual: O povo de Deus e a guerra contra as potestades do mal
COMENTARISTA: Pr. Esequias Soares

- L I Ç Ã O  7 -
17 de fevereiro de 2019

OS PERIGOS DO DESERTO

TEXTO ÁUREO
“O nosso socorro está em o nome do SENHOR, que fez o céu e a terra” (Sl 124.8).

VERDADE PRÁTICA
Em algum momento da nossa trajetória haverá desertos a serem transpostos; é preciso, ter muito cuidado para não sucumbirmos ante aos perigos que surgem nesses dias difíceis.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Números 20.1-13.
1 Chegando os filhos de Israel, toda a congregação, ao deserto de Zim, no mês primeiro, o povo ficou em Cades; e Miriã morreu ali e ali foi sepultada.
2 E não havia água para a congregação; então, se congregaram contra Moisés e contra Arão.
3 E o povo contendeu com Moisés, e falaram, dizendo: Antes tivéssemos expirado quando expiraram nossos irmãos perante o SENHOR!
4 E por que trouxestes a congregação do SENHOR a este deserto, para que morramos ali, nós e os nossos animais?
5 E por que nos fizestes subir do Egito, para nos trazer a este lugar mau? Lugar não de semente, nem de figos, nem de vides, nem de romãs, nem de água para beber.
6 Então, Moisés e Arão se foram de diante da congregação, à porta da tenda da congregação e se lançaram sobre o seu rosto; e a glória do SENHOR lhes apareceu.
7 E o SENHOR falou a Moisés, dizendo:
8 Toma a vara e ajunta a congregação, tu e Arão, teu irmão, e falai à rocha perante os seus olhos, e dará a sua água; assim, lhes tirarás água da rocha e darás a beber à congregação e aos seus animais.
9 Então, Moisés tomou a vara de diante do SENHOR, como lhe tinha ordenado.
10 E Moisés e Arão reuniram a congregação diante da rocha, e Moisés disse-lhes: Ouvi agora, rebeldes: porventura, tiraremos água desta rocha para vós?
11 Então, Moisés levantou a sua mão e feriu a rocha duas vezes com a sua vara, e saíram muitas águas; e bebeu a congregação e os seus animais.
12 E o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Porquanto não me crestes a mim, para me santificar diante dos filhos de Israel, por isso não metereis esta congregação na terra que lhes tenho dado.
13 Estas são as águas de Meribá, porque os filhos de Israel contenderam com o SENHOR; e o SENHOR se santificou neles.

INTRODUÇÃO
Números 20 narra episódios que aconteceram no quadragésimo ano da viagem do povo de Israel pelo deserto. Os fatos são sobremodo decisivos e menciona, por exemplo, o falecimento de duas pessoas muito queridas de Moisés: seus irmãos Miriã e Arão. Trata também da rejeição e repulsa de um povo coirmão: Edom, que impediu Israel de passar por seu território. O longo período de caminhada naquele ambiente inóspito certamente propiciou a Moisés muita experiência, tornando-o apto para entender a natureza humana como poucos. Mesmo com todos os sinais miraculosos que aconteceram em seu ministério, ele foi censurado por sua espiritualidade, moralidade e integridade enquanto ser humano. Diante de tudo que ele enfrentou, ainda teve que lidar com a dificuldade em achar amigos verdadeiros. Diante desse emaranhado de emoções, ele, por um instante, fraquejou e perdeu a sua recompensa: entrar, juntamente com o seu povo, em Canaã. O deserto, sem dúvida, é um lugar perigoso. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 7, 17 Fev, 2019]
- Encontramos nas Escrituras uma imagem clara da índole humana, ela reflete o que somos por natureza, ela expõe a decadência espiritual. Moisés teve que lidar com a verdade da parte de Deus: Ele perdeu a oportunidade de entrar na Terra Prometida. Ainda que, Deus, graciosamente, tenha explicado a razão: “Porquanto não me crestes a mim, para me santificar diante dos filhos de Israel, por isso não metereis esta congregação na terra que lhes tenho dado.” (v. 12). Esse Moisés, resignado, mesmo sofrendo aquele povo ao longo da caminhada pelo deserto do Sinai, sofrendo rebelião do povo; permanecera manso frente à acusação infundada sobre sua esposa. Nesse contexto Moisés estava muito indignado pela atitude do povo pela falta de água (vs. 2-13), triste pela morte de sua irmã (v. 1). Em seguida recebeu resposta negativa à solicitação para passar nas terras de Edom (vs. 14-21). Logo depois lidou com a morte de seu irmão Arão (vs. 22-29). Deus não poupou o grande líder israelita. Nesta vida, o deserto se abre para todos nós, estamos peregrinando, nosso destino final é a Canaã Celestial. Enquanto não chegamos lá, a vida se apresenta injusta: sofremos pressões, reclamações, críticas, acusações; Nossa condição sujeita ao pecado estraga tudo, estamos fadados ao fracasso, aos erros. Diante das dificuldades impostas pelo deserto, a exemplo de Moisés, não podemos sucumbir, não podemos reclamar com Deus, questioná-Lo ou murmurar; ficar depressivo ou fugir. Moisés submeteu-se a Deus humildemente. – Dito isto, convido-o a pensar maduramente a fé cristã!

I - NO DESERTO SURGEM CRÍTICAS

1. Quanto à espiritualidade. Em Números 16.3, Moisés foi acusado por Corá, Datã e Abirão de não possuir autoridade espiritual para conduzir o povo. Esse é um dos perigos do deserto. A mesma coisa aconteceu com Jesus, ao ser tentado por Satanás ao longo de 40 dias após seu batismo: o Inimigo colocou em questão se, de fato, Jesus era o Filho de Deus (Mt 4.1-11). Ora, Moisés, desde os primeiros sinais no Egito, tinha apresentado autoridade espiritual. Mas, no deserto, até ela foi contestada. A espiritualidade de cada cristão é testada fortemente no período em que caminha no meio da escassez, por isso é necessário manter uma constante comunhão com Deus. A comunhão é importante para que não venha desfalecer. O segredo de Moisés é que ele conhecia os caminhos do Senhor (Sl 103.7).[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 7, 17 Fev, 2019]
- “Eles - Coré, Datã e Abirão, e os demais, que estavam todos juntos quando Moisés falou aquelas palavras, Números 16: 5-7 , mas depois disso, Datã e Abirão se retiraram para suas tendas, e então Moisés mandou chamar a Coré e aos levitas, que tinham pretensões mais corajosas ao sacerdócio, e os tratava à parte, e fala o que é mencionado Números 16: 8-11 . Tendo despachado eles, ele envia para Dathan e Abiram, Números 16:12 , que ele poderia raciocinar o caso com eles também separados . Contra Aarão - A quem o sacerdócio foi confinado, e contra Moisés, tanto porque isso foi feito por sua ordem, quanto porque antes da consagração de Arão, Moisés a apropriava dela. Por tudo o que eles pretendiam, eles não parecem agora diretamente atacar Moisés por seu supremo governo civil, mas apenas por sua influência na disposição do sacerdócio. Tomem muito - Perpetuando o sacerdócio em si mesmos e na família, com a exclusão de todos os outros. Todos são santos - Um reino de sacerdotes, uma nação santa, como são chamados, Êxodo 19: 6 , um povo separado para o serviço de Deus e, portanto, não menos apto a oferecer sacrifício e incenso do que você é. Entre eles - por seu tabernáculo e nuvem, os sinais de sua presença graciosa e, portanto, prontos para receber sacrifícios de suas próprias mãos. Ye - Tu Moisés, prescrevendo as leis que te agrada sobre o sacerdócio, e confinando-o ao teu irmão; e tu, Arão, usurpando-o como teu peculiar privilégio.” (John Wesley).

“2. Quanto à moralidade. Depois de tantos anos sendo cuidados por Deus, os israelitas ainda conseguiam murmurar a respeito das decisões de Moisés e com isso desestimulavam o povo a herdar a Terra Prometida, que manava leite e mel. Eles questionavam a moralidade de Moisés, acusando-o de agir com irresponsabilidade. Os hebreus não estavam com os olhos voltados para as coisas espirituais, eternas, mas se fixavam apenas nas transitórias, materiais. Era uma grande ingratidão. Nenhum israelita morreu de fome ou de sede enquanto atravessava o deserto, nem suas roupas envelheceram ou seus sapatos estragaram (Dt 29.5). Os que morreram e foram sepultados no deserto foi por causa da desobediência. Deus, porém, manteve sua fidelidade e sua palavra empenhada. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 7, 17 Fev, 2019]
- Deus pessoalmente conduziu o povo ao longo da epopéia sinaítica, e Sua presença não era apenas protetora, mas também conservadora. Muitas bênçãos com as quais YWHW visitou continuamente o Seu povo durante os quarenta anos. No entanto, ele não reconta todos eles, mas se contenta com alguns dos exemplos mais notáveis: suas roupas não foram gastas pela idade, e eles foram alimentados com pão do céu. A glória do Senhor havia sido manifestada por meio desses testemunhos, a fim de que eles pudessem se submeter ao seu governo. Não obstante toda essa glória e poder demonstrados, o povo murmurava.

“3. Quanto à sinceridade. Em Números 20.14-21 encontramos registrado o pedido que Moisés fez aos edomitas, solicitando passagem. Mas eles não quiseram sequer dialogar. Duvidaram da honestidade, da boa fé de Moisés e, por isso, arregimentaram um grande exército para afugentar o povo. No deserto, a desconfiança sobre o líder se propaga, inclusive para além dos limites do povo de Deus; até os seus vizinhos desconfiavam das reais intenções de Moisés. A honestidade, integridade, sinceridade e pureza de propósitos de um líder cristão apresentam-se, sem dúvida, como seu maior patrimônio. A índole de Moisés, nos 40 anos de caminhada, deveria ser suficiente para que os edomitas confiassem nele, entretanto, no deserto, as coisas acontecem sempre de maneira inesperada, pois num ambiente cheio de perigos espirituais, morais e físicos, as pessoas, em regra, desconfiam de tudo. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 7, 17 Fev, 2019]
- Os edomitas foram os descendentes de Esaú, irmão de Jacó e neto de Abraão. A rivalidade entre as duas famílias (que se tornaram nações) continuou por séculos após a morte destes irmãos. Ao longo do Antigo Testamento, houve conflito entre estes povos. Os edomitas ocupavam um território a sudeste do mar Morto e recusaram passagem livre quando os israelitas tentaram chegar à terra prometida (Nm 20.14-21). Deus não permitiu que os israelitas atacassem os edomitas nem tomassem suas terras (Dt 2.4-8). “Embora todo rei tenha o direito de recusar a passagem através de seus territórios a quaisquer estranhos; contudo, num caso como este, e num tempo também em que as emigrações eram frequentes e universalmente permitidas, era tanto a crueldade quanto a opressão em Edom recusar uma passagem para uma multidão comparativamente desarmada e inofensiva, que eram todos parentes próximos. Parece, no entanto, que apenas os Edomitas de Cades eram assim hostis e cruéis; para de Deuteronômio 2:29 ; aprendemos que os edomitas que moravam no monte Seir os tratavam de maneira hospitaleira. Esta crueldade nos edomitas de Cades é fortemente repreendida e ameaçada pelo profeta Obadias, e é assim” (Adam Clarke). “Enquanto o caminho mais próximo de Canaã atravessava agora os territórios de Edom, Moisés enviou embaixadores para pedir permissão para passar por aquela terra. 1. A mensagem que eles trouxeram foi amigável e razoável; eles exortam seus parentes como um pedido de favor. As relações próximas estão duplamente ligadas a todo ato mútuo de bondade. Eles mencionam seus sofrimentos do Egito, e suas misericórdias de Deus, tanto para excitar uma preocupação compassiva por suas aflições passadas, quanto para engajá-los a ajudar aqueles a quem Deus havia mostrado tal favor peculiar. É tanto nosso interesse quanto nosso dever ser gentil com aqueles que têm Deus por seu amigo. Eles condescendem a humilde solicitação, embora suficientemente capazes de forçar uma passagem não solicitada, se a escolhessem. Mas o poder nunca deve ser empregado para trabalhar a injustiça. Finalmente, eles se comprometem a não causar dano, mas a pagar até pela água que beberam; e para não ficar no país, mas com toda a velocidade marcha pela estrada até as fronteiras de Canaã. Nota; Os que estão marchando para o céu seguem em frente na estrada da santidade, e não desejam nada em Edom, o mundo do pecado, mas uma passagem segura para fora dele. 2. Eles recebem uma recusa peremptória do rei de Edom; e, para reforçá-lo, ele atrai seu povo para as fronteiras para se opor a ele: inveja de um exército tão numeroso, para não tomar o país; ou herdando a disputa familiar de Esaú, e desejando desapontá-los da herança que eles buscavam em Canaã. Nota; (1) Não há brigas tão duradouras e inveteradas como as de relações próximas. (2) Se somos o povo de Deus, não devemos nos maravilhar se nos encontrarmos com a maior falta de bondade daqueles com os quais poderíamos razoavelmente esperar o maior afeto.” (Thomas Coke).


II - NO DESERTO A OBEDIÊNCIA É TESTADA
1. Pode-se perder a paciência. Moisés era considerado o homem mais manso da terra. Entretanto, no momento em que foi pressionado, sendo questionado sobre o porquê de, 40 anos antes, ter trazido Israel do Egito para sofrer no deserto (eles preferiam a morte), perdeu a paciência. Ao que tudo indica, o caminho do deserto traz consigo o perigo da desobediência. E a desobediência acarreta prejuízos para todas as áreas da nossa vida. A história de fé e obediência de Moisés se desfez mediante um único ato de insubmissão e arrogância, por isso todo cuidado é pouco. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 7, 17 Fev, 2019]
- Números 12.3 diz: “Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra”. Quando Moisés foi confrontado por Miriã e Arão (12.1), ele não respondeu em defesa própria. Esta é uma característica da mansidão. Moisés não estava lá para glorificar-se a si mesmo (Nm 12.3). “Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com o seu bordão, e saíram muitas águas; e bebeu a congregação e os seus animais” (Nm 20.11). Ao invés de falar à rocha, Moisés bate na rocha duas vezes de forma agressiva, raivosa. A ordem de Deus para falar à rocha tinha como objetivo exaltar e glorificar o nome do Senhor e mostrar que Ele era o autor do milagre. Quando Moisés bate na rocha raivosamente chama a atenção para si e não glorifica o nome do Senhor diante do povo. Em seguida, após a rocha dar água ao povo, Moisés e Arão são advertidos por Deus: “Mas o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Visto que não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este povo na terra que lhe dei” (Nm 20.12). Esse foi o motivo pelo qual Moisés não entrou na terra prometida.
Margaret Thatcher uma vez disse: “Eu sou extremamente paciente contanto que consiga o que queira no final”. Quando tudo está indo do jeito que queremos, é fácil demonstrar paciência. O verdadeiro teste de paciência aparece quando nossos direitos são violados; quando o carro esporte nos corta no trânsito; quando um grupo de adolescentes estão se comportando de forma inadequada; quando o nosso colega de trabalho ridiculariza a nossa fé mais uma vez. Algumas pessoas acham que têm o direito de ficar chateadas quando enfrentando irritações e provações. Impaciência é quase como uma ira justa. A Bíblia, no entanto, fala de paciência como um fruto do Espírito (Gálatas 5:22), o qual deve ser produzido por todos os Cristãos (1 Tessalonicenses 5:14). Paciência revela nossa fé no fato de que Deus sabe qual o melhor tempo para tudo e que Ele é onipotente e amoroso” (GOTQUESTIONS)

“2. Pode-se perder o equilíbrio. Moisés, em desobediência à Palavra do Senhor, feriu a rocha por duas vezes (Nm 20.11). O Senhor, porém, tinha determinado que Moisés falasse à rocha. A conduta imprudente dele, corroborada por Arão, desagradou muitíssimo ao Senhor. Os filhos de Deus estão sujeitos, aqui ou acolá, a perder o equilíbrio emocional, como aconteceu com Moisés e Arão, e praticarem algo errado, embora não aparente ser um “grande” pecado. Esse triste episódio nos mostra que devemos vigiar para que não venhamos a transgredir contra o Senhor, principalmente no exercício de uma atividade eclesiástica, pois a presença de Deus exige de nós reverência, solenidade, santidade e um profundo senso de adoração. Moisés sabia disso tudo e, mesmo assim cometeu o desatino de desobedecer ao Senhor. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 7, 17 Fev, 2019]
- Se Moisés tivesse apenas falado à rocha, conforme orientação do Senhor, o milagre teria destacado o poder de Deus. Conforme aconteceu, Moisés tomou o lugar de Deus, em palavras e atos. O pecado de Moisés foi uma recusa obstinada de desviar a atenção de si mesmo para o poder de Deus, santificando assim o Senhor diante dos olhos do povo.
Apesar de a maioria das pessoas considerarem paciência como uma espera passiva ou tolerância gentil, a maioria das palavras gregas traduzidas como “paciência” no Novo Testamento são palavras ativas e saudáveis. Considere, por exemplo, Hebreus 12:1: “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta”. Pode alguém correr a carreira esperando passivamente por pessoas que enrolam ou gentilmente tolerando os trapaceiros? Claro que não! A palavra traduzida como “paciência” nesse versículo significa tolerância. Um Cristão corre a carreira quando pacientemente persevera através das dificuldades com a esperança do Céu. Na Bíblia, paciência é perseverar rumo ao alvo, aguentar as dificuldades ou esperar ansiosamente que a promessa seja cumprida. É claro que paciência não acontece da noite para o dia na vida de um crente. O poder e a bondade de Deus são muito importantes para o desenvolvimento da paciência em Seus filhos. Colossenses 1:11 nos diz que somos fortalecidos, “segundo a força da sua glória, em toda a paciência, e longanimidade com gozo”, enquanto Tiago 1:3-4 nos encoraja a saber que provações são a forma que Deus usa para aperfeiçoar nossa paciência. Nossa paciência se desenvolve e fortalece ainda mais quando descansamos na perfeita vontade de Deus e no Seu tempo, mesmo quando à face de homens perversos: “Descansa no SENHOR, e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos” (Salmo 37:7). No fim das contas, nossa paciência é recompensada: “Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima” (Tiago 5:7-8). “Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca” (Lamentações 3:25).” (GOTQUESTIONS)

“3. Pode-se perder a promessa. Não existe algo mais seguro na vida do que as promessas do Altíssimo. Ocorre que a maioria delas é condicional; ou seja, para a concretização carecem de que os beneficiários permaneçam obedientes a Deus (Lv 26.3-12). Esse era o caso da promessa a respeito da entrada em Canaã. Se o povo fosse rebelde, não entraria na boa terra. Moisés e Arão, porém, cometeram, aparentemente, um ato de pouca rebeldia, mas não para Deus. Por isso, ambos os irmãos perderam a promessa. Tal fato demonstra a existência de algumas situações que, às vezes, julgamos não terem muita importância, mas, na verdade, para Deus, são extremamente relevantes. Moisés perdeu a promessa só porque desobedeceu a Deus e feriu a rocha? Não! Foi muito mais. Ele usurpou, com o auxílio do sumo sacerdote Arão, o lugar da adoração, atraindo para si a glória quanto ao milagre, a qual deve ser dada exclusivamente a Deus, “porque dele, por ele e para ele são todas as coisas”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 7, 17 Fev, 2019]
- O pecado de Moisés não foi ‘aparentemente, um ato de pouca rebeldia’, como afirma o comentarista. O Salmo 106.32, 33 dá o comentário divino sobre o versículo 10. O povo estava zangado com Moisés, “tornando seu espírito amargo a ponto de proferir palavras ásperas”. Não foi Deus, mas Moisés que ficou zangado com o povo. Por isso o pronome nós oculto, era uma forma de blasfêmia. Moisés e Arão foram impedidos de entrar na Terra Prometida porque ambos falharam. Moisés e Arão partilharam do castigo deste pecado, pois Deus dissera; “Falai (plural) à rocha”. Depois do ato ele disse: “Não fareis (plural) entrar este povo na terra que lhe dei”.


III - NO DESERTO CHEGA A SOLIDÃO
1. A morte de Miriã. A morte de Miriã (Nm 20.1) foi uma grande perda para Moisés, pois ele perdia uma das colunas de sustentação do seu ministério. Alguém já afirmou que “todo líder é um solitário”. No deserto, todavia, essa realidade é potencializada, como aconteceu com Moisés. A ausência de sua irmã, certamente, aumentou essa solidão. Miriã contribuiu para que o plano de Joquebede para salvar Moisés desse certo; ela profetizou e liderou o grupo de louvor que adorou a Deus após a travessia do mar Vermelho (Êx 15.20,21). É verdade que Miriã, em dado momento da história, por castigo de Deus, ficou leprosa por murmurar contra seu irmão caçula (Nm 12.16). Entretanto isso, não retirou o amor que Moisés nutria por ela. A morte de um ente querido é sempre difícil de ser superada. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 7, 17 Fev, 2019]
- O capítulo 20 de Números registra no seu início a morte de Miriã e no seu final a morte de Arão. Miriam morreu no quadragésimo ano depois do Êxodo: “No primeiro mês toda a congregação de Israel deslocou-se para o deserto de Zim e armou acampamento em Cades. Ali Miriam morreu e foi sepultada” (Nm 20.1). A primeira a morrer dos três irmãos, Miriã, Arão e Moisés, que foram escolhidos por Deus para dirigir o povo de Deus. É possível que tenha sido a própria Miriã quem salvou Moisés quando este, ainda bebê, estava às margens do rio Nilo (Êx 2.7). Esta foi profetisa do Senhor, e dirigiu o Coro que louvou a Deus pela travessia do Mar Vermelho (Êx 15.20, 21). Quando, juntamente com Arão, se opôs a, Moisés, foi castigada com a lepra por este desrespeito, mas graças à intervenção de Moisés diante de Deus foi, curada (Nm 12.16). Foi sepultada no deserto de Cades.

“2. A morte de Arão. Naquele mesmo ano, depois da morte de Miriã e da rejeição de Deus quanto a Moisés entrar em Canaã, mais um fato ruim surgiu: morreu o irmão e companheiro de Moisés, o sumo sacerdote de Israel há 40 anos: Arão. Arão foi usado por Deus como porta-voz de Moisés diante de Faraó (Êx 7.1,2). Ele sustentou os braços de Moisés na guerra (Êx 17.12); viu a glória de Deus (Êx 24.1-10) e foi eleito por Deus como o patriarca de toda a linhagem sacerdotal (Êx 28). Seu pecado em Meribá antecipou sua morte, por isso, foi impedido de entrar na Terra Prometida (Nm 20.12). Depois de ser despido das vestes sacerdotais, o Senhor o recolheu, nos mostrando que todo ministério terreno é transitório. O povo pranteou por Arão durante um mês. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 7, 17 Fev, 2019]
- “Chegando ... Israel ... ao deserto de Zim, no mês primeiro” Zim (Sin) fica entre o aclive do Acrabim, a sudoeste do Mar Morto, e Cades (20.16; 34.3). Embora o ano não fosse mencionado, deve ter sido no fim do trigésimo nono ou o quadragésimo ano depois do Êxodo. Pois eles prosseguiram de Cades para o Monte Hor (20.22), onde Arão morreu; e 33.38 nos conta que ele morreu no quadragésimo ano. Arão não era perfeito. Ele cometeu alguns erros em sua vida. Quando Moisés ficou muitos dias no monte Sinai sem voltar, o povo exigiu um ídolo para seguir. Então Arão, para acalmar o povo, criou um bezerro de ouro. Arão ainda tentou levar o povo a adorar a Deus mas perdeu o controle e eles se entregaram à idolatria e à devassidão (Êx 32.5-6). Por causa desse pecado, três mil israelitas foram mortos. Arão já estava bastante idoso quando Deus avisou que ele iria morrer. Obedecendo a Deus, Arão, seu filho Eleazar e Moisés subiram o monte Hor e Moisés tirou as vestes de sumo-sacerdote de Arão e os colocou em Eleazar. Assim, Eleazar se tornou o novo sumo-sacerdote (Nm 20.24-26). Arão morreu no monte Hor e todo o povo ficou de luto por ele durante 30 dias.

“3. Moisés, um líder com poucos amigos. A Bíblia não registra o fato de que Moisés tivesse amigos. A pessoa que lhe era mais chegada, Josué, é citada como seu “servidor”. Moisés passou dois terços de sua vida no deserto, quer cuidando das ovelhas de Jetro, seu sogro, quer tentando conduzir os israelitas até o lugar dos seus sonhos, o que lhe possibilitou evitar as distrações naturais da vida, fazendo acender a necessidade de uma maior intimidade com Deus. Talvez o Senhor tenha requerido esse isolamento para Moisés, a fim de que ele pudesse cultivar uma maior comunhão com Ele. Mas, certamente Moisés não se sentia solitário, pois ele podia contar com a presença do próprio Todo-Poderoso. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 7, 17 Fev, 2019]
- Nós não estamos acostumados a ler as Escrituras buscando detalhes como este, mas se olharmos com mais cuidado, vamos descobrir que Moisés não era um líder isolado e solitário. De início, podemos destacar pelo menos sete personagens que se enquadrariam num ciclo de amizade desfrutado por Moisés:
O próprio Deus era seu amigo (Êx 33.11), “O Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com seu amigo”. Sua mãe, Joquebede, foi mãe, amiga e ajudadora (Ex 2.3); Sua irmã Miriam, protegeu-o no rio, apresentou-se à princesa e procurou sua mãe para amamentar o bebê Moisés; Arão, seu irmão (Ex 4.15); Jetro, seu sogro e conselheiro (Ex 18.14); Hur, seu ajudador nas batalha (Ex. 17.10); Calebe o animou na conquista (Nm 13.30); Josué, seu fiel seguidor e sucessor (Js 1.2).
Não podemos fazer uma leitura desse grande personagem bíblico aplicando-lhe uma figura sisuda e desprovida da necessidade de amizade. O fato de não aparecer claramente na narrativa momentos de descontração entre amigos, não é motivo para afirmar que ele preferiu o isolamento para ter uma maior intimidade com Deus. É descabido e sem apoio escriturístico, ainda mais quando observamos o próprio Jesus sociabilizando-se e confraternizando com amigos, quanto mais o homem Moisés!

CONCLUSÃO
Como pode tanta coisa ruim acontecer ao mesmo tempo? Moisés poderia ter feito esse questionamento. Em Números 20, algumas das maiores tragédias aconteceram com Moisés: morrem Miriã e Arão, seus irmãos; os vizinhos edomitas (descendentes de Esaú) demonstram aversão para com os hebreus e, por fim, Moisés é reprovado por Deus, o qual não lhe permite entrar na Terra Prometida. Os perigos do deserto são muitos. É preciso vigilância. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 7, 17 Fev, 2019]
- O pecado de Moisés, que foi provocado pelo povo a uma atitude de descrença e de desrespeito para com a ordem de Deus (v. 12). O erro de Moisés foi tríplice: 1) Seu mau humor em chamar os israelitas de ”rebeldes”, quando o próprio Deus mandara-lhe apenas a lhes trazer refrigério; 2) Sua sugestão que a água dependia do poder dele e do de Arão (10); 3) Feriu a rocha quando a ordem divina era falar à rocha (8; Sl 106.32-33). O comportamento acima não reflete a atitude de um homem que reflete o amor de Deus. Moisés não entrou na Terra Prometida por causa de seus próprios atos. É em Deuteronômio 32.51, que encontramos uma repetição com mais detalhes: “Porquanto prevaricastes contra mim no meio dos filhos de Israel, nas águas da contenção em Cades, no deserto de Zim, pois ME NÃO SANTIFICASTES no meio dos filhos de Israel”. No Salmo 106.32,33, ainda mais claramente: "Indignaram-no também junto às águas da contenda, de sorte que sucedeu mal a Moisés, por causa deles, porque irritaram o seu espírito, de modo que FALOU IMPRUDENTEMENTE com seus lábios." Note que foi um conjunto de atitudes. Que tenhamos cuidado! A Palavra orienta a TODOS para vigiar e orar, “para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca." (Mt 26.41). Raiva, ira, contenda, desobediência, sempre vêm acompanhados de resultados desagradáveis. Que o Espírito Santo nos ajude em tudo. Que possamos ser Obedientes, Prudentes, Zelosos e que Doda a nossa vida redunde em glória à Deus.

Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Fevereiro de 2019

HORA DA REVISÃO
• 1. Segundo a lição, qual o povo que não acreditava na sinceridade de Moisés e por isso lhe negou um pedido?
Edom.
• 2. Qual referência bíblica menciona o pecado de Moisés e Arão, que os impediu de entrar em Canaã?
Números 20.10-12.
• 3. A rocha ferida por Moisés representa quem?
Cristo Jesus.
• 4. Quais os nomes dos irmãos de Moisés que faleceram no mesmo ano? Onde encontrar refúgio diante da perda de um ente querido?
Miriã e Arão. Encontramos refúgio em Jesus Cristo.
• 5. O que você tem a dizer a respeito da afirmação: “Todo líder cristão genuíno é uma pessoa solitária”?
Resposta pessoal. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 7, 17 Fev, 2019]