TÍTULO: Adoração,Santidade e serviço
Subtítulo: Os princípios de Deus para
sua igreja em Levíticos.
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 14
30 de Setembro de 2018
Entre a Páscoa e o Pentecostes
Texto Áureo
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Verdade Prática
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"Cumprindo-se o dia de Pentecostes,
estavam todos reunidos no mesmo lugar [...] E todos foram cheios do Espirito
Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes
concedia que falassem." (At 2.1,4)
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Sem a Páscoa, não há Pentecostes; e, sem o
Pentecostes, a Páscoa perde a sua eficácia: somente a redenção em Jesus
Cristo, que está junto ao Pai, traz o derramamento do Espírito Santo.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
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Êxodo 34.18-29
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18 A Festa dos Pães
Asmos guardarás; sete dias comerás pães asmos, como te tenho ordenado, ao
tempo apontado do mês de abibe; porque no mês de abibe saíste do Egito.
19 Tudo o que abre a
madre meu é; até todo o teu gado, que seja macho, abrindo a madre de vacas e
de ovelhas;
20 o burro, porém, que
abrir a madre, resgatarás com um cordeiro; mas, se o não resgatares,
cortar-lhe-ás a cabeça; todo primogênito de teus filhos resgatarás. E ninguém
aparecerá vazio diante de mim.
21 Seis dias
trabalharás, mas, ao sétimo dia, descansarás; na aradura e na sega
descansarás.
22 Também guardarás a
Festa das Semanas, que é a Festa das Primícias da sega do trigo, e a Festa da
Colheita no fim do ano.
23 Três vezes no ano,
todo macho entre ti aparecerá perante o Senhor Jeová, Deus de Israel;
24 porque eu lançarei
as nações de diante de ti e alargarei o teu termo; ninguém cobiçará a tua
terra, quando subires para aparecer três vezes no ano diante do SENHOR, teu
Deus.
25 Não sacrificarás o
sangue do meu sacrifício com pão levedado, nem o sacrifício da Festa da
Páscoa ficará da noite para a manhã.
26 As primícias dos
primeiros frutos da tua terra trarás é casa do SENHOR, teu Deus; não cozerás o
cabrito no leite de sua mãe.
27 Disse mais o SENHOR
a Moisés: Escreve estas palavras; porque, conforme o teor destas palavras,
tenho feito concerto contigo e com Israel.
28 E esteve Moisés ali
com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água,
e escreveu nas tábuas as palavras do concerto, os dez mandamentos.
29 E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai (e Moisés trazia as
duas tábuas do Testemunho em sua mão, quando desceu do monte), Moisés não
sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que o SENHOR falara com
ele.
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Comentário
INTRODUÇÃO
Na última lição deste trimestre, veremos que, das
festividades do Antigo Testamento, as duas mais emblemáticas para o crente em
Jesus Cristo são a Páscoa e o Pentecostes. Tendo em vista esses dois marcos da
verdadeira fé, afirmou o evangelista norte-americano Stanley Jones (1884-1973):
“A vida do cristão começa no Calvário, mas o trabalho eficiente no
Pentecostes”. Sem a Páscoa não pode haver Pentecostes. E, sem o Pentecostes, a
Páscoa perde a sua eficácia. Isso significa que duas são as experiências indispensáveis
ao discípulo de Jesus: a salvação e o batismo com o Espírito Santo. Através do
Evangelho completo, podemos reviver a experiência da Igreja Primitiva, que
apregoava ousadamente que Jesus Cristo salva, batiza com o Espírito Santo, cura
as enfermidades, opera sinais e maravilhas e, em breve, virá nos buscar. (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 14, 30 Set 18)
No Antigo Testamento encontramos
três festas: a Páscoa, celebrada junto à dos Ázimos ou Asmos; a Festa das
Colheitas ou Semanas que, a partir do domínio Grego, recebeu o nome de
Pentecostes, cujo significado é cinqüenta dias depois (da Páscoa); e a festa
dos Tabernáculos ou Cabanas (Ex 23.14-17; 34.18-23). Desde que Israel partiu do
Egito em cerca de 1445 a.C., o povo hebreu (posteriormente chamado “judeus”)
celebra a Páscoa todos os anos, na primavera (em data aproximada da sexta-feira
santa). No Antigo Testamento podemos ver tipos e figuras de Cristo sendo morto,
como no animal que Deus mata para fazer as vestes de peles para Adão e sua
mulher, nos milhões de animais sacrificados ao longo da história de Israel e no
cordeiro pascal; todos são apenas figuras ou sombras do Cordeiro que viria.
Quando Jesus é chamado de Cordeiro de Deus em João 1.29 e 36, é uma referência
ao fato de que Ele é o sacrifício perfeito e definitivo pelo pecado. Para
podermos compreender quem Cristo era e o que Ele fez, precisamos começar no
Velho Testamento, onde encontramos as profecias sobre a vinda de Cristo como
“expiação do pecado” (Is 53.10). Na verdade, o sistema de sacrifícios
estabelecido por Deus no Velho Testamento preparou o terreno para a vinda de
Jesus Cristo – o perfeito sacrifício que Deus providenciou como expiação pelos
pecados de Seu povo (Rm 8.3; Hb 10). Na verdade, o sacrifício do cordeiro da
páscoa e o processo de marcar com sangue as ombreiras e as vergas da porta das
casas para o anjo da morte passar pelas pessoas que estavam “cobertas pelo
sangue” (Êx 12.11-13) é um lindo retrato do trabalho expiatório de Cristo na
cruz. Vamos pensar maduramente a fé cristã?
TÓPICO l - CRISTO, NOSSA PÁSCOA
Tanto para os cristãos quanto para os judeus, a
Páscoa é considerada a primeira grande festa da Bíblia Sagrada. Se, por um
lado, celebra a libertação nacional de Israel; por outro, simboliza a redenção
humana através de Jesus Cristo.
No antigo Israel encontramos três
grandes festas de peregrinação: a Páscoa (ou festa dos pães ázimos), o Pentecostes (ou festa das semanas) e Tabernáculos (ou
festa das tendas).
1.
Definição. A palavra “páscoa” origina-se do
vocábulo hebraico pesah que, etimológica e tipologicamente, pode ser definida
como a passagem da escravidão à liberdade. Essa interpretação cabe tanto à
nação hebreia como ao crente em Jesus Cristo. Conhecida também como a festa dos
pães ázimos, a Páscoa é a mais importante festividade da Bíblia Sagrada, porque
marca a primeira aliança formal entre Deus e o seu povo (Êx 24.7,8). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 14, 30 Set 18)
Muito se discute a respeito da
palavra hebraica pessah (pronuncia-se pessar). Sua etimologia normalmente é
buscada na palavra passah (saltar, pular). Há quem sugira ligação com o acádio
pašâhu (acalmar, apaziguar). Outros defendem que seja a transcrição de uma
palavra egípcia que significa “golpe”, uma referência a décima praga (em Ex 1,1
é dito que Yahweh desferirá “ainda mais um golpe sobre Faraó”).
2.
Cerimônia pascoal. No capítulo 12 de Êxodo, a
cerimônia pascoal é detalhada com rígidas recomendações, a fim de que os
hebreus jamais se esquecessem de seu real significado (Êx 12.12). No décimo dia
do primeiro mês, cada família hebreia tomava um cordeiro, ou cabrito, macho de
um ano e sem defeito, para imolá-lo no décimo quarto dia (Êx 12.6). O
sacrifício deveria ser comido reverentemente com pães ázimos e ervas amargas
(Êx 12.8). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 14, 30 Set 18)
“Falar de origem da Páscoa é entrar
no campo das suposições, pois não há dados suficientes que ajudam a esclarecer
sobre essa celebração no período pré-mosaico. Todavia, os textos do Antigo
Testamento fornecem indicações que a Páscoa, em suas origens, foi um ritual ou
cerimônia que incluía as seguintes características:
a) O ritual era realizado no seio da
família ou clã; não tinha altares, santuários e sacerdotes ou qualquer
influência do culto oficial;
b) Era celebrado por pastores nômades
ou seminômades;
c) O ato central desse ritual era o
sacrifício de um jovem animal do rebanho de cabras ovelhas;
d) A cerimônia ocorria no fim da
primavera e início do verão (mês de abril), numa noite de lua cheia;
e) O ritual da celebração pascal
incluía as seguintes etapas:
- Retirava-se o sangue do animal,
- Ungia a entrada das cabanas com o
sangue do animal,
- Assava a carne do animal,
- Com a carne assada, fazia um grande
banquete para a família reunida,
- O banquete oferecido incluía a
presença de pães ázimos ou asmos, ervas amargas nascidas no deserto,
- A celebração da Páscoa exigia dos
participantes desse ritual as seguintes
posturas:
Ter uma atitude de marcha e pressa,
Usar vestimenta para viagem,
Ter as vestes amarradas na cintura,
Atar as sandálias nos pés,
Ter o cajado de pastor na mão.
f) Parece que o objetivo dessa
cerimônia era pedir proteção divina, para a família e o seu rebanho de animais
menores contra o exterminador (no hebraico, maxehit - Ex 12.13, 23) ou
saqueador, bando de destruição (1 Sm 13.17; 14.15; Pr 18.9). O exterminador
maxehit pode ser qualquer tipo de agressor, desgraça, enfermidade, peste ou
acidente que poderia ocorrer com qualquer membro da família ou os seus animais.
g) Provavelmente, esse ritual foi
celebrado por Abraão, Isaac e Jacó, pois eles eram pastores. A cada ano, na
primavera, quando o vento quente do deserto, anunciando o verão, atingia e
queimava as parcas pastagens das ovelhas, os pastores, suas famílias, bem como
os seus rebanhos eram obrigados a buscar outros lugares para dar de comer as
suas ovelhas”. (PORTAL METODISTA)
3.
Simbologia. Como já dissemos, a Páscoa
simboliza tanto a redenção de Israel como a dos gentios, pois, através de Jesus
Cristo, ambos os povos fizeram-se um (1 Co 12.13). Eis por que o Senhor Jesus
foi identificado, desde o início de seu ministério, como o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo (Jo 1.29,36; Ap 5.6). Ele é o sacrifício dos sacrifícios.
A simbologia redentora da Páscoa ganha vida e expressão na celebração da Santa
Ceia (1 Co 11.23-31). Levemos em conta, também, que o Senhor Jesus foi
crucificado durante a celebração pascal (Mt 26.2). Ele é o nosso Cordeiro
Pascal (1 Co 5.7). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 14, 30 Set 18)
A Páscoa judaica foi estabelecida
por Deus enquanto o povo de Israel ainda vivia no Egito em comemoração ao
livramento dos seus primogênitos através do sangue do cordeiro passado nos
umbrais das portas dos israelitas. (Êx 12.27). “Celebrar a Páscoa é resgatar os atos salvíficos de Deus no passado,
acreditando que Ele possa fazer o mesmo, entre nós, no dia de hoje. A memória
do passado salvífico - seja da libertação no Egito, seja da vida e obra de
Jesus Cristo - restaura as forças dos/as crentes celebrantes para o testemunho”.
(PORTAL METODISTA). Para os cristãos, a Páscoa
representa a Ressurreição de Cristo. Para os judeus, representa a libertação da
escravidão, do que decorre que ambas culturas celebram a esperança e o
surgimento da nova vida.
TÓPICO II - O PENTECOSTES, A FESTA DAS
PRIMÍCIAS
Sem a Páscoa não pode haver Pentecostes. Isto
significa que, sem a experiência pascal, as primícias não têm qualquer
significado diante de Deus. O sangue do Cordeiro é imprescindível à nossa
redenção (Hb 10.18).
1.
Definição. A festa de Pentecostes, celebrada
50 dias após a Páscoa, recebe as seguintes designações: festa das colheitas,
das semanas, das primícias (Êx 34.22,26). Enquanto a Páscoa era uma cerimônia
doméstica, o Pentecostes era uma celebração pública, na qual toda a nação
louvava a Deus por sua suficiência; era também o momento de se exercer a
misericórdia e o serviço social (Dt 16.10; Rt 2.1-3). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 14, 30 Set 18)
“Pentecostes não é o nome próprio da segunda festa do antigo calendário
bíblico, no Antigo Testamento (Ex 23.14-17; 34.18-23). Originalmente, essa
festa é referida com vários nomes:
Festa da
Colheita ou Sega - no hebraico hag haqasir. Por se tratar de uma colheita de
grãos, trigo e cevada, essa festa ganhou esse segundo nome. Provavelmente, hag
haqasir Festa da Colheita é o nome original (Ex 23.16).
Festa das
Semanas - no hebraico, hag xabu´ot. A razão desse nome está no período de
duração dessa celebração: sete semanas. O início da festa se dá, cinqüenta dias
depois da Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontece com a
colheita do trigo (Dt 34.22; Nm 28.26; Dt 16.10).
Dia das
Primícias dos Frutos - no hebraico yom habikurim. Este nome tem sua razão de
ser na entrega de uma oferta voluntária, a Deus, dos primeiros frutos da terra
colhidos naquela sega (Nm 28.26). Provavelmente, a oferta das primícias
acontecia em cada uma das três tradicionais festas do antigo calendário
bíblico. Na primeira, Páscoa, entregava-se uma ovelha nascida naquele ano; na
segunda, Colheita ou Semanas, entregava-se uma porção dos primeiros grãos
colhidos; e, finalmente, na terceira festa, Tabernáculos ou Cabanas, o povo
oferecia os primeiros frutos da colheita de frutas, como uva, tâmara e figo,
especialmente.
Festa de
Pentecostes. As razões deste novo nome são várias: (a) nos últimos trezentos
anos do período do Antigo Testamento, os gregos assumiram o controle do mundo,
impondo sua língua, que se tornou muito popular entre os judeus. Os nomes
hebraicos - hag haqasir e hag xabu´ot - perderam as suas atualidades e foram
substituídos pela denominação Pentecostes, cujo significado é cinqüenta dias
depois (da Páscoa). Como o Império Grego assumiu o controle do mundo, em 331
anos antes de Jesus, é provável que o nome Pentecostes ganhou popularidade a
partir desse período.” (‘A festa de Pentecostes no
Antigo Testamento’. Estudo produzido pelo prof. Tércio Machado Siqueira,
professor de Antigo Testamento da FaTeo. Disponível em: http://portal.metodista.br/fateo/materiais-de-apoio/estudos-biblicos/a-festa-de-pentecostes-no-antigo-testamento.
Acesso em: 24 Set, 2018)
2.
O cerimonial. Em santa convocação, na qual
todos deveriam apresentar-se a Deus de forma jubilosa, Israel apresentava a
Deus as primícias de suas colheitas (Dt 16.11). A cerimônia tinha início no
exato instante em que a foice punha-se a ceifar a seara (Lv 23.21; Dt 16.9). No
momento mais solene, o adorador “movia o molho perante o Senhor” (Lv 23.11). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 14, 30 Set 18)
“Enquanto a Páscoa era uma festa caseira, Colheita ou Semanas ou
Pentecostes era uma celebração agrícola, originalmente, realizada na roça, no
lugar onde se cultivava o trigo e a cevada, entre outros produtos agrícolas.
Posteriormente, essa celebração foi levada para os lugares de culto,
particularmente, o Templo de Jerusalém. Os muitos relatos bíblicos não revelam,
com clareza, a ordem do culto, mas é possível levantar alguns passos dessa
liturgia:
a cerimônia
começava quando a foice era lançada contra as espigas (Dt 16.9). É bom lembrar
que deveria ser respeitada a recomendação do direito de respigar dos pobres e
estrangeiros (Lv 23.22; Dt 16.11);
a
cerimônia prosseguia com a peregrinação para o local de culto (Ex 23.17);
o
terceiro momento da festa era a reunião de todo o povo trabalhador com suas
famílias, amigos e os estrangeiros (Dt 16.11). Essa cerimônia era chamada de
"Santa Convocação" (Lv 23.21). Ninguém poderia trabalhar durante
aqueles dias, pois eram considerados um período de solene alegria e ação de
graças pela proteção e cuidado de Deus (Lv 23.21);
no local
da cerimônia, o feixe de trigo ou cevada era apresentado como oferta a Deus, o
Doador da terra e a Fonte de todo bem (Lv 23.11).
Os
celebrantes alimentavam-se de parte das ofertas trazidas pelos agricultores;
As sete
semanas de festa incluíam outros objetivos, além da ação de graças pelos dons
da terra: reforçar a memória da libertação da escravidão no Egito e o cuidado
com a obediência aos estatutos divinos (Dt 16.12).
Observação: Era ilegal usufruir da nova produção da
roça, antes do cerimonial da Festa das Colheitas (Lv 23.14).” (‘A festa de Pentecostes no Antigo Testamento’. Estudo
produzido pelo prof. Tércio Machado Siqueira, professor de Antigo Testamento da
FaTeo. Disponível em: http://portal.metodista.br/fateo/materiais-de-apoio/estudos-biblicos/a-festa-de-pentecostes-no-antigo-testamento.
Acesso em: 24 Set, 2018)
3.
A simbologia. Para nós, pentecostais, as
primícias representam as almas que, através do evangelismo e das missões,
apresentamos ao Senhor Jesus Cristo. Aliás, Ele mesmo comparou o ganhar almas
ao semear e ao ceifar (Mt 13.1-8,37; Jo 4.35). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 14, 30
Set 18)
“O Pentecostes foi a primeira vez que os discípulos receberam o Espírito
Santo e pregaram o evangelho completo. Também marcou o início da expansão da igreja,
que continua até hoje. O Pentecostes no Velho Testamento era um símbolo
apontando para o Pentecostes do Novo Testamento. Naquele dia, os discípulos
fizeram a primeira grande “colheita” do evangelho (At 2.40-41). Também nesse
dia foi anunciado aos judeus a nova Lei de Deus: a lei da graça a da salvação
em Jesus.” (O
que Respondi. Disponível em: https://www.respostas.com.br/o-que-e-o-pentecostes/.
Acesso em: 24 Set, 2018)
TÓPICO III - O DIA DE PENTECOSTES
Se o Senhor Jesus Cristo não tivesse sido imolado
como o nosso Cordeiro Pascal, aquele dia de Pentecostes, em Jerusalém, não
teria qualquer sentido para nós, gentios. Todavia, a Páscoa de Cristo tornou
real o Pentecostes do Espírito.
1.
Cristo, o Cordeiro Pascal. O Senhor
Jesus foi crucificado durante a Páscoa (Mt 26.2). Mas, ao terceiro dia, eis que
Ele ressurgiu de entre os mortos, recebendo toda a autoridade nos céus e na
terra (Mt 28.1-8). Ele é as primícias dos mortos, por ser Ele mesmo a
ressurreição e a vida (Jo 11.25; 1 Co 15.20-23). Já ressurreto e prestes a
ascender ao céu, o Senhor Jesus prediz a grande colheita que viria através da
descida do Espírito Santo (At 1.8). Portanto, os discípulos deveriam esperar em
Jerusalém a chegada do Consolador (Lc 24.49). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 14, 30
Set 18)
Há uma relação direta entre a
Páscoa celebrada pelos judeus no Egito e a consumação da obra de Cristo. No
Egito, Deus ordenou que seu povo sacrificasse um cordeiro e que marcasse a
porta de suas casas com o seu sangue. Desse modo, Deus os livraria da morte (Êx
12). Hoje, através do sangue de Jesus Cristo derramado na cruz, nós também
somos livrados da morte. Deus, ao “passar por cima”, vê sobre nós o sangue de
seu Filho perfeito (Cl 1.20), de modo que nenhuma condenação há sobre nós (Rm
8.1).
2.
O Pentecostes do Espírito Santo. Passados
cinquenta dias, desde a morte de Cristo, ocorrida na Páscoa, eis que os
discípulos recebem o Espírito Santo em pleno dia de Pentecostes (At 2.1-4).
Cheios do Espírito, falaram noutras línguas, enunciando aos peregrinos que
visitavam Jerusalém, as grandezas de Deus (At 2.7-11). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 14, 30 Set 18)
Nesta festa dois pães eram
trazidos para oferta de movimento. Esta festa tem o seu cumprimento na história
humana no dia de Pentecostes com o derramamento do Espírito Santo sobre a
Igreja, no seu início. Os dois pães apresentados são um simbolismo dos judeus e
gentios, que são unidos através do Espírito Santo para formarem a Igreja do
Senhor. Esta era uma festa de agradecimento a Deus pelo início da colheita do
trigo.
3.
As primícias da Igreja Cristã. Nesse
momento, levanta-se Pedro com os demais apóstolos e proclama o Evangelho de
Cristo. E, como resultado de sua mensagem, quase três mil pessoas convertem-se
(At 2.41). Dessa forma, as primícias da Igreja Primitiva são apresentadas a
Deus Pai. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 14, 30 Set 18)
“Enquanto todos os apóstolos
pregaram naquele dia (veja 2:4,7,15,37), temos o relato somente da mensagem de
Pedro
- Ele explicou o sinal das
línguas como cumprimento da profecia de Joel (2:14-21)
- Ele negou a acusação de que eles estavam
embriagados
- Ele disse que estava sendo cumprida a
profecia de Joel sobre o derramamento do Espírito Santo (veja Joel 2:28-32)
Deus prometeu, através de Joel, derramar seu
Espírito sobre toda a carne, revelando sua vontade por profecias e visões
Ele predisse sinais de julgamento (sangue,
fogo, escuridão)
Ele falou que aqueles que invocassem o nome de
Senhor seriam salvos (veja Romanos 10:12-13, onde Paulo cita esta parte da
profecia para mostrar que os gentios seriam salvos junto com os judeus)
- Baseando sua mensagem nas
profecias do Velho Testamento sobre o Cristo, Pedro pregou sobre a morte,
ressurreição e ascensão de Jesus (2:22-36)
- Jesus foi aprovado por Deus e rejeitado
pelos judeus (2:22-23)
Pedro afirmou que os milagres de Jesus
mostraram que Deus o aprovou
Ele disse que Deus tinha entregue Jesus para
ser crucificado
Mas o povo tinha culpa: Os judeus o
crucificaram "por mãos de iníquos"
- Jesus foi ressuscitado pelo Pai (2:24)
- A ressurreição cumpriu a profecia feita
por Davi quase 1.000 anos antes (2:25-31; veja Salmo 16:8-11)
Esta profecia predisse que Jesus morreria com
confiança que o Pai o ressuscitaria
A morte não conseguiu vencer Jesus-
Pedro mostrou que Davi não tinha profetizado
sobre si mesmo, porque ele morreu e não ressuscitou
Davi profetizou sobre um dos seus
descendentes, falando da ressurreição de Cristo
- Pedro afirmou que Jesus foi ressuscitado
e exaltado à destra do Pai (2:32-35)
Os apóstolos foram testemunhas de Cristo
ressuscitado
Jesus foi exaltado e então derramou o Espírito
Santo
- Na conclusão da sua mensagem,
Pedro afirmou que o mesmo Jesus que foi crucificado pelos judeus foi
ressuscitado e exaltado pelo Pai para ser Senhor e Cristo (2:36)” (Lição 2 Pedro Prega no Dia de
Pentecostes. Disponível em: https://www.estudosdabiblia.net/b03_3.htm.
Acesso em: 24 Set,2018)
CONCLUSÃO
Sem a Páscoa, o Pentecostes seria impossível. E,
sem o Pentecostes, a Páscoa não seria eficaz. Não podemos esquecer nossas
raízes pentecostais. Que jamais deixemos de proclamar que Jesus Cristo batiza
com o Espírito Santo e com o fogo (Lc 3.16). Somente assim, dentro em breve,
apresentaremos uma grande colheita, ao Senhor da Seara, em nosso país, na
América Latina, na África, na Europa. Enfim, até aos confins da terra. (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 14, 30 Set 18)
A festividade judaica do Dia de
Pentecostes assume novo significado em At 2, pois é o dia no qual o Espírito
Santo prometido desce em poder e torna possível o avanço do evangelho até aos
confins da terra. A profecia de Joel 2.23 prediz a “chuva temporã” e a
“serôdia”, e o mesmo está dito em Tg 5.7,8: “Sede pois, irmãos, pacientes até à
vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra,
aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós
também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor
está próxima”. Como é notório, muitas inovações, modismos e práticas descabidas
e antibíblicas vêm afetando o genuíno movimento pentecostal, é urgente
voltarmos sempre ao cenáculo para receber mais poder (Ef 5.18), mas igualmente,
manter a sã doutrina do Senhor (Tt 2.1,7; 1Tm 4.16).
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua
palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou
chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Setembro de 2018
PARA REFLETIR
A respeito de “Entre a
Páscoa e o Pentecostes”, responda:
1) Qual a principal festa da Bíblia?
A Páscoa.
2) O que é a Páscoa?
A palavra “páscoa” origina-se do vocábulo hebraico
pesah que, etimológica e tipologicamente, pode ser definida como a passagem da
escravidão à liberdade.
3) O que é o Pentecostes?
A festa de Pentecostes, celebrada 50 dias após a
Páscoa era uma celebração pública, na qual toda a nação louvava a Deus por sua
suficiência.
4) Que relação podemos estabelecer entre a Páscoa e
o Pentecostes?
Sem a Páscoa, o Pentecostes seria impossível. E, sem
o Pentecostes, a Páscoa não seria eficaz.
5) Que lição podemos extrair de ambas as festas?
Se o Senhor Jesus Cristo não tivesse sido imolado
como o nosso Cordeiro Pascal, aquele dia de Pentecostes, em Jerusalém, não
teria qualquer sentido para nós, gentios. Todavia, a Páscoa de Cristo tornou
real o Pentecostes do Espírito. (LB
CPAD, 3º Trim 2018, Lição 14, 30 Set 18)