TÍTULO: Adoração,Santidade e serviço
Subtítulo: Os princípios de Deus para
sua igreja em Levíticos.
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 13
23 de Setembro de 2018
As Orações dos Santos no Altar
de Ouro
Texto Áureo
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Verdade Prática
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“Cheguemos, pois, com confiança ao trono da
graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, afim de sermos
ajudados em tempo oportuno.” (Hb 4.16)
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A oração, qual incenso precioso, é a maior
oferenda que podemos apresentar ao Pai Celeste, através do Senhor Jesus, com
a ajuda do Espírito Santo.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
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Levítico 16.12,13; Apocalipse 5.6-10
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Lv 16.12 Tomará também o incensário cheio
de brasas de fogo do altar, de diante do SENHOR, e os seus punhos cheios de
incenso aromático moído e o meterá dentro do véu.
13 E porá o incenso sobre o fogo, perante o SENHOR, e a nuvem do incenso
cobrirá o propiciatório, que está sobre o Testemunho, para que não morra.
Ap 5.6 E olhei, e eis que estava no meio
do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como
havendo sido morto, e tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete
Espíritos de Deus enviados a toda a terra.
7 E veio e tomou o livro da destra do que estava assentado no trono.
8 E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro
anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de
ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.
9 E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de
abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para
Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;
10 e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre
a terra.
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Comentário
INTRODUÇÃO
No Antigo Testamento, o incenso era a oferenda mais
preciosa e excelente que se podia oferecer ao Senhor. Ali, no limiar do lugar
Santíssimo, o sacerdote entrava, com temor e tremor, para adorar a Deus com um
incenso preparado exclusivamente àquela ocasião.
Hoje, o sacrifício mais sublime que devemos
oferecer ao Senhor são as orações, súplicas e ação de graças. Por esse motivo,
o Senhor Jesus recomenda-nos a entrar em nosso quarto, fechar a porta, e, no
segredo de nossos aposentos, oferecer clamores e ação de graças ao Pai Celeste
(Mt 6.6-13). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 13, 23 Set 18)
No pátio do Tabernáculo estava o altar
sobre o qual se ofereciam todos os sacrifícios animais, agora Moisés recebe a
ordem para construir um segundo altar (Êx 30.1-10). Este altar não se destinava
a oferecer sacrifícios animais, mas apenas a queimar incenso, foi chamado o
altar de incenso. Também denominava-se altar de ouro, e altar interior. Neste
altar, o incenso era queimado e subia perante Deus como cheiro suave. Na
dispensação da graça não há altar, incenso, templo ou fogo próprio para queimar
o incenso e fazê-lo subir, porém, há as orações dos remidos, que sobem e chegam
até o trono de Deus, tal qual o incenso aromático determinado a Moisés: “E havendo tomado o livro, os quatro animais
e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles
harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos”
(Ap 5.8). O incenso da Nova Aliança é mais precioso do que o incenso preparado
com as especiarias de Sabá. As orações dos santos, postas sobre o altar de
ouro, com muito incenso, levadas pela mão do anjo até diante de Deus, enchem os
céus de aromas santificadores, onde outros incensos, os de Sabá, não poderiam
chegar. Vamos pensar maduramente a fé cristã?
TÓPICO l - O LUGAR SANTÍSSIMO
Para se oferecer o incenso ao Senhor, três coisas
eram necessárias: o lugar, o altar e a cerimônia. Apenas o sumo sacerdote
estava autorizado a conduzir esse ato de adoração.
1.
O Lugar Santo. No Lugar Santo, ficavam três
mobílias: o candelabro, à esquerda de quem entrava; a mesa dos pães da
proposição, à direita; e, no limiar, entre o Lugar Santo e o Santíssimo, bem em
frente ao véu que os separava, estava o altar do incenso (Êx 26.35). Há algo
muito importante que devemos considerar. Embora o altar de incenso estivesse no
Lugar Santo, era considerado também parte da mobília do Santo dos Santos
juntamente com a arca da aliança (Hb 9.1-10). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 13, 23
Set 18)
“Desde que o Lugar Santo era o lugar de comunhão com Deus e do
ministério do Sacerdote na adoração de Deus, o Altar de Incenso e o seu incenso
nos ensina da importância do agrado de Deus com reverência em nossa adoração e
comunhão. A presença do Altar de Incenso nesta parte do Tabernáculo nos ensina
que um coração puro faz a nossa adoração e as nossas orações a Deus aceitáveis
diante de Deus. Essa pureza de coração que agrada a Deus não vem dos exercícios
da nossa 'religiosidade' mas do Espírito Santo conformando-nos à imagem de
Cristo. Ele não somente nos move à uma obediência maior da Palavra de Deus mas,
ajuda-nos a orar segundo a vontade de Deus (Rm 8.26). No foco da salvação e na
vida cristã, não podemos agradar o Pai sem a Pessoa de Cristo (Jo 14.6) e não
há participação em Cristo sem a operação do Espírito Santo (Jo 3.5; II Ts 2.13,
14; Tt 3.5). Tudo isso operado pela Palavra de Deus (a salvação - Rm 10.17; a
vida Cristã - Jo 17.17)” (leia mais em: PALAVRAPRUDENTE).
2.
O altar do incenso. Feito de madeira de acácia, o
altar de incenso era revestido de ouro, sendo estas as suas medidas: um côvado
de comprimento, um de largura e dois de altura (Êx 30.1-10; 37.25-28). Os seus
ornatos compunham-se de quatro chifres, bordas, quatro argolas e dois varais;
tudo revestido de fino ouro. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 13, 23 Set 18)
“O altar do incenso ficava diretamente defronte do véu que ocultava a
arca, que estava dentro do santo dos santos; aquele altar estava intimamente
associado ao lugar santíssimo, pois a arca, sobre a qual ficava o
propiciatório, era o lugar onde Deus se encontrava com Seu povo (Êx 30.6), e,
visto como o incenso representa oração (Sl 141:2), o altar do incenso era
apropriadamente colocado próximo da arca, ainda que do lado de fora do véu,
pois o sacerdote tinha de usá-lo diariamente. Conf. Hb 9:4”.(SHEED,
Russel. O Novo Comentário da Bíblia. Edições Vida Nova. São Paulo. Vol. I, pág.
148.)
“O
altar de ouro, ou o altar do incenso que estava diante do véu que pendia ante a
arca do testemunho, tinha um côvado de comprido, um côvado de largo e dois
côvados de alto, e era feito de pau de setim revestido de chapas de ouro, e
tinha uma cornija em roda, também argolas e varais para o seu transporte e os
cornos em cada um dos cantos. Sobre ele se queimava o incenso preparado
conforme as prescrições dadas de manhã e à tarde, à luz do candeeiro.
Significava a obrigação que o povo tinha de adorar a DEUS, e ao mesmo tempo,
que esta adoração lhe era agradável, Ex 30: 1-10, 28:34-37; 40:5; comp. com Hb
9:4, e 1 Rs 6:22; Lv 16: 19. Quando se construiu o templo de Salomão, o novo
altar de bronze tinha cerca de quatro vezes mais as dimensões primitivas, 1 Rs
8: 64; 2 Cr 4: 1. Também foi construído um novo altar de ouro, 1 Reiss 7: 48; 2
Cron 4: 19. Eram estes os únicos altares permanentes, em que se deviam oferecer
os sacrifícios e o incenso aceitáveis a DEUS, Dt 12: 2, 5, 6, 7.” (Dicionário
da Bíblia de John D. Davis)
“O ritual sacerdotal incluía a queima do incenso tanto pela manhã, como
também à tarde, como estatuto perpétuo ao Senhor, Êx 30.7-8, "7 E Arão
queimará sobre ele o incenso das especiarias; cada manhã, quando puser em ordem
as lâmpadas, o queimará. 8 Também quando acender as lâmpadas à tardinha, o
queimará; este será incenso perpétuo perante o Senhor pelas vossas gerações".
"Duas vezes por dia o incenso deveria ser oferecido pelo sacerdote sobre
este altar em miniatura, quando viesse verificar o pavio e o azeite das
lâmpadas”.(COLE, Alan, Ph.D., op. cit., pág. 199). Assim escreve
Mesquita: “Cada tarde, ao acender do
candeeiro, seria queimado incenso, enquanto o povo fora orava a Deus, e cada
manhã, ao serem apagadas as luzes, novamente era queimado o incenso. Era o
incenso da manhã e da tarde por todas as gerações”. (MESQUITA, Antônio
Neves de, Dr. em Teologia. Estudo do Livro de Êxodo. Casa Publicadora Batista.
Rio de Janeiro-RJ. 1971. Pág. 261)
3.
A composição do incenso. O incenso
destinado ao altar de ouro não podia ser usado indistintamente; era de uso
exclusivo do Senhor (Êx 30.38). Esta era a sua composição: estoraque, ônica e
gálbano (Êx 30.34-36). A receita do perfume não constituía nenhum segredo.
Todavia, se alguém o reproduzisse para uso profano seria punido severamente. (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 13, 23 Set 18)
Neste texto de Êxodo encontramos
a mais antiga receita de perfume que se tem conhecimento. Sua composição é
descrita em Êx 30.34-38. Sobre a composição do incenso nos escreve Mesquita:
“Estoraque,
ônica, e gálbano, incenso puro, e sal puro e santo. A fórmula era propriedade
divina e ninguém podia usar dela em casa. O estoraque é uma resina comum da
Arábia e que produz grande fumaça ao ser queimada, tendo a propriedade de ser
microbicida É usado em medicina. A ônica não é muito conhecida, mas supõe-se
ser a blatta bysantina, uma espécie de concha marinha muito comum no Mar
Vermelho e que desprende grande cheiro ao ser queimada, O gálbano é muito
conhecido dos perfumistas; quando queimado só, tem um cheiro desagradável; mas,
combinado com outras especiarias, tem um cheiro ativo e agradável e em conjunto
desenvolve as propriedades dos outros elementos com que entra em combinação”.
(MESQUITA, Antônio Neves de, Dr. em Teologia., op. cit., pág. 261)
Note que havia um cuidado todo
especial na preparação do incenso, com uma fórmula minuciosa dada pelo Senhor,
e que não podia ser alterada em hipótese alguma. Caso a fórmula do incenso
fosse adulterada, se tornava “incenso
estranho” perante o Senhor, “isto é,
não preparado da maneira prescrita, ou então oferecido impropriamente” (SHEDD
Russel, op. cit., pág. 148). A fórmula do incenso também não podia ser
copiada para uso pessoal, sob pena de excomunhão, ou seja quem assim o fizesse
seria banido do meio do povo de Deus.
4.
A cerimônia. O incenso só podia ser queimado
com as brasas do altar de bronze (Lv 16.12). E, já de posse destas, o sacerdote
aproximava-se do altar de ouro para queimar o incenso no altar de ouro. Dessa
forma, a nuvem do incenso cobria o propiciatório, mostrando à Casa de Israel o
favor divino (Lv 16.13). Observemos que, antes de achegar-se ao altar de ouro,
o sacerdote tinha de passar, necessariamente, pelo altar de bronze. Isso
significa que, sem o sangue de Cristo, jamais teremos acesso ao trono da graça
(Hb 9.12). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 13, 23 Set 18)
O encargo de queimar incenso
estava confiado aos sacerdotes e nenhum estranho poderia oferecê-lo ou
queimá-lo. A Bíblia assim registra a penalidade para quem desrespeitasse a
ordem divina: “O homem que fizer tal como
este [isto é, que misturar incenso] para cheirar, será extirpado de seu povo”
(Êx 30.38).
Observe o texto de Números 16.17,
“Tomou, pois, cada qual o seu incensário,
e nele pôs fogo, e nele deitou incenso; e se puseram à porta da tenda da
revelação com Moisés e Arão”. De acordo com este texto, notamos que o
incenso até poderia ser oferecido em outros lugares, fora do Altar do Incenso, mas
teria que ser queimado nos recipientes apropriados (do hebraico “mahtãh”), e somente pelos sacerdotes.
Note o comentário de Cole:
“É claro que,
como demonstrado em Números 16.17, o incenso poderia ser oferecido à parte de
qualquer altar, sendo queimado nos incensários; este altar específico, todavia,
só poderia ser usado para o incenso”.(COLE, Alan, Ph.D. op. cit., pág.
199.)
TÓPICO II - AS ORAÇÕES DOS SANTOS
As orações dos santos, qual incenso precioso, são
inimitáveis em seus efeitos. Eis por que não podemos relaxar quanto à nossa
comunhão com Deus.
“O principal simbolismo ligado ao incenso é a oração feita a Deus,
"Suba a minha oração, como incenso, diante de ti, e seja o levantar das
minhas mãos como o sacrifício da tarde!", Sl 141.2. O perfume
característico produzido pela queima do incenso subia às narinas de Deus, da
mesma maneira que sobem aos céus as orações do justo. É dentro deste contexto
que temos a visão de João em Apocalipse, quando ele vê o anjo com um incensário
na mão com as orações dos santos para oferecer sobre o Altar de ouro que está
diante do Trono de Deus, "3 Veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar,
tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para que o
oferecesse com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que está
diante do trono. 4 E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso
com as orações dos santos", Ap 8.3-4”. (leia mais em: (ALTAR
DO INCENSO).
1.
A receita para uma oração perfeita: nosso incenso. O Senhor Jesus, no Sermão da Montanha, entregou a
seus discípulos o modelo de uma oração perfeita (Mt 6.9-13). Ele exorta-nos
também a não imitarmos os gentios e hipócritas, pois estes imaginam que, pelo
seu muito falar, serão ouvidos (Mt 6.7). Portanto, fechemo-nos em nosso quarto,
e, ali, no lugar santíssimo, falemos com o Pai Celeste (Mt 6.5,6). E, dessa
forma, entraremos com ousadia e confiança no trono da graça (Hb 4.16). Pode
haver incenso mais excelente do que a oração dos santos? Além do mais, todas as
nossas súplicas chegarão aos céus por intermédio do Espírito Santo, que
intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 13, 23 Set 18)
“ORAÇÃO - Tesouro de Conhecimentos Bíblicos -
Emílio Conde – CPAD - O termo
grego que significa orar é “proseucho-mai”. Denota a oração em geral, e pode
ser empregado sem mais qualificação. A oração deve ser espontânea, deve vir do
âmago do coração, mas Jesus nos ensinou como orar: “Portanto, vós orareis
assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu
reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de
cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos
aos nossos devedores; e não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque
teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre, Amém” (Mt 6.9-13). Esta
oração se compõe de seis petições, sendo três para a honra de Deus e três para
as nossas necessidades. A primeira petição é a reformulação do Terceiro
Mandamento; declara de modo positivo o que aquele mandamento afirmava de modo
negativo. Ao assim fazer, não somente exclui o tomar o nome do Senhor em vão,
mas garante aquilo que se subentende no Primeiro e no Segundo Mandamentos, a
respeito de outros deuses e de imagens de escultura (Êx 20.3-6). A quarta
petição relembra a descida do maná, fornecido por Deus (Êx 16.15). O pão é
“e-piousios”, cotidiano. Indica a provisão para as necessidades imediatas, bem
como a no reino vindouro, simbolizado pelo banquete messiânico. Do mesmo modo,
a quinta e a sexta petições pelo perdão e pela libertação da tentação
aplicam-se também aos Dez Mandamentos. O exemplo de Jesus a respeito da oração
é decisivo. Ele nos indicou o fundamento da oração e o cuidado providencial de Deus.
Ele ensinou os discípulos como deviam orar, e como não deviam orar.
Assegurou-lhes a certeza da resposta de Deus a uma oração reta. Associou a
oração a uma vida de obediência. Também nos anima a sermos persistentes e mesmo
importunos na oração. Procurou os lugares retirados para orar, e fez uso da
oração intercessora na súplica, conhecida pela designação de Oração Sacerdotal
(Jo 17.1-26). A oração é a chave da vitória. Consiste na manutenção do contato
com o Criador. Isto significa que Deus existe, que pode ouvir-nos, que criou
todas as coisas, que preserva e governa todas as suas criaturas e dirige as
ações delas. Ele não se escraviza às leis que ordena; pode produzir resultados
suspendendo as leis da natureza ou operando por meio delas; pode dirigir os
corações e as mentes mais eficientemente do que possamos fazer. Deus estabeleceu
tanto a oração como a sua resposta, pois tem um plano traçado desde a criação,
pela sua constante presença no universo mantendo-o e dirigindo-o. A oração é a
principal fonte de socorro do homem que em suas aflições clama por Deus. Por
isso, Ele exige que o ser humano ore, para ter direito ao suprimento de suas
necessidades. A oração bem aceita é a dirigida pelos justos, mas a dos ímpios
lhe é abominável (Pv 15.29). Somente os que têm os pecados apagados podem se
aproximar de Deus em oração. Aqueles que se revelam contra a autoridade divina
não são aceitos antes de renunciarem a seus pecados e receberem o perdão. A
oração é a comunhão dos filhos com o Pai que está nos céus, e consiste em
adoração, ação de graças, confissão de pecados e petições (Ne 1.4-11). Deus responde
a qualquer tipo de oração que lhe é feita de conformidade com as diretrizes por
Ele estabelecidas; compreende os pássaros quando a Ele se dirigem pedindo
alimento, e atende também as orações dos seus eleitos (Sl 65.2). Tiago afirma
que “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16). Cristo também
declara: ‘‘Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, isso vos farei” (Jo 14.13).
O povo de Deus sabe que Ele responderá de acordo com o bem de seus filhos. O
apóstolo João confirma esta assertiva: “Esta é a confiança que temos nele, que
se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 Jo 5.14). A
oração deve ser feita em nome de Jesus, porque o pecador não pode se aproximar
de Deus em seu próprio nome. Reconheçamos que não temos merecimentos para irmos
à presença do Criador, a não ser somente em nome do que nos lavou e purificou
em seu sangue. A oração é dirigida à Trindade em sua plenitude, pois a bênção
apostólica assim determina: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus,
e a comunhão do Espírito Santo seja com vós todos. Amém” (2 Co 13.13). O
segredo da vitória está numa vida de íntima comunhão com Deus através da oração
A oração é a principal fonte de socorro do homem que em suas aflições clama por
Deus. A oração feita por um justo pode muito em seu efeito”. (A
PAZ DO SENHOR)
2.
A oração como sacrifício ao Senhor. O
salmista, conhecendo perfeitamente a simbologia do incenso sagrado, assim orou
ao Senhor: “Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e seja o
levantar das minhas mãos como o sacrifício da tarde” (Sl 141.2). Quando nos
dedicamos integralmente ao Senhor, toda a nossa vida torna-se uma oferenda a
Deus (Ef 5.2; Fp 2.17; 2 Tm 4.6). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 13, 23
Set 18)
“O Altar de
Incenso pela sua posição diante do véu que está diante da Arca do Testemunho,
diante do Propiciatório, onde Deus Se ajunta com o Sumo sacerdote (30.6)
ensina-nos que a oração no culto à Deus pede reverência. Note também que o
Altar de Incenso foi carregado com varais forradas de ouro puro (30.4,5). Tudo
disso nos ensina que mesmo que por Cristo temos ousadia a entrar na presença de
Deus (Hb 10.19; Ef 3.12, “No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela
nossa fé nele”), não entramos nEsta Presença Augusta de qualquer jeito.
Entramos com louvor à santidade do Seu nome (Mt 6.9, “Pai nosso, que estás nos
céus, santificado seja o teu nome”). E entramos com reverência, pois, invocamos
o “Pai” nosso. É relembrada essa devida reverência no culto pela ênfase dada à
posição do Altar do Incenso em relação da presença de Deus repetidas vezes
(“diante do véu que está diante da arca do testemunho, diante do propiciatório,
que está sobre o testemunho, onde Eu me ajuntarei contigo”, 30.6; “diante do
testemunho”, 30.36). É relembrada essa reverência exigente pela ênfase dada por
Deus nas instruções também: Não oferecerá certas coisas (30.9), e a insistência
por Deus de instruir que deve ser “coisa santíssima vos será” (30.36) e “santo
será para o Senhor” (30.37)”. (Leia mais em: PALAVRA
PRUDENTE)
3.
A oração dos santos na Grande Tribulação. No
período da Grande Tribulação, logo após o Arrebatamento da Igreja, haverá um
grande número de mártires (Ap 9.9-17). Todos estes, apesar da perseguição do
Anticristo, atuarão como fiéis testemunhas de Jesus Cristo. As orações desses
santos serão recebidas nos céus como incenso de grande valor (Ap 5.8; 8.3). Ninguém
pode deter o poder de um santo que, no oculto de seu quarto, roga a intervenção
do Santo dos Santos (Tg 5.16). Irmãos, “Orai sem cessar” (1 Ts 5.17). (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 13, 23 Set 18)
Incenso representa e purifica as
orações dos santos, pecadores redimidos, que são apresentadas pelos vinte e
quatro anciãos. As orações de todos os santos ajudam a trazer à terra os
julgamentos de Deus, que convocam os rebeldes ao arrependimento e defendem
parcialmente a justiça de Deus. As orações dos santos representam uma parte
notável na iniciação dos julgamentos (Ap 8.3-4). Apocalipse 5.8: “Tendo cada um deles uma harpa e taças de
ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos”: “Num trecho cheio de
símbolos baseados no Velho Testamento, encontramos mais dois. Harpas foram
usadas no louvor dos judeus no templo (Salmo 43:4; 81:2), e o incenso fazia
parte integral do serviço a Deus no tabernáculo (Êxodo 30:1-9) e no templo (1
Reis 7:48-50). Nesta cena, em que os anciãos se prostram diante do Santo dos
Santos celestial, eles vêm com suas harpas e taças de incenso. O significado do
incenso é explicado: são as orações dos santos. Embora o altar do incenso tenha
ficado do lado de fora do véu, ele pertencia ao Santo dos Santos (Hebreus
9:3-4) porque o aroma passava pelo véu e chegava à presença de Deus. Aqui
entendemos que o incenso representava as orações dos santos chegando a Deus
(veja Salmo 141:2).” (Estudos
da Bíblia).
Orar sem cessar significa
ter sempre o coração voltado para Deus e para as coisas de Deus. Orar cria
intimidade com Deus e ajuda em todas as situações da vida. Orar sem cessar é
estar sempre consciente da presença de Deus e convidá-lo a participar de sua
vida. Leia
mais sobre “por que precisamos orar sem cessar” aqui.
CONCLUSÃO
Zacarias, pai de João Batista, ao ser escolhido
para queimar o incenso sagrado na Casa de Deus, teve uma experiência que
retrata ricamente por que o incenso, na Bíblia, simboliza a oração dos santos.
Foi ali, no lugar Santíssimo, se levarmos em consideração Hebreus 9.2, que teve
a sua oração respondida (Lc 1.5-23). Sua experiência com o Senhor foi completa.
Ele viu o anjo, ouviu deste o anúncio profético sobre a vinda do Messias, e,
finalmente, sua velhice foi consolada com a promessa de um filho, que seria o
precursor do Filho de Deus. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 13, 23 Set 18)
Zacarias era um Sacerdote da casa
de Abias, que passou a denominar a sua descendência, a partir do reinado de
Davi, na divisão das ordem sacerdotais em 24 seções. O rei Davi tinha dividido
os sacerdotes em vinte e quatro turnos, e a ordem de Abais, à qual Zacarias
pertencia, era a oitava da fila. Cada turno era chamado a ministrar no templo
em apenas duas ocasiões durante o ano, cada uma delas com duração de uma
semana. Tendo cada turno cerca de mil sacerdotes, é evidente que seria
impossível a cada um deles entrar no Santo Lugar e queimar o incenso sobre o
altar de ouro mais de uma vez na vida. Entretanto, este era o dia de Zacarias. Tanto
a vida de Zacarias quanto a de Isabel eram agradáveis a Deus. Eles eram
submissos à Sua vontade e obedeciam a Sua Palavra (Lc 1.6).
“Depois que
Zacarias entregou seu problema ao Senhor, ele simplesmente continuou a fazer o
serviço que Deus lhe confiara. Ele não parou de orar e abandonou o barco porque
sua situação parecia sem esperança. E nós também não devemos. Nosso Deus é o
Deus do impossível! Ele Se deleita em fazer coisas impossíveis por nós quando
sabe que daremos a Ele toda a glória. É muito mais fácil desistir e fugir das
situações difíceis, no entanto, normalmente isso só agrava o problema. Deus
quer que levemos a Ele em oração todas as nossas dificuldades, buscando na
Palavra encorajamento e direção e, então, esperemos pacientemente Ele agir.”
(Bible.Org).
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua
palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou
chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Setembro de 2018
PARA REFLETIR
A respeito de “As Orações
dos Santos no Altar de Ouro”, responda:
1) O que era o altar do incenso?
Feito de madeira de acácia, o altar de incenso era
revestido de ouro, sendo estas as suas medidas: um côvado de comprimento, um de
largura e dois de altura.
2) Onde, segundo Hebreus 9.3,4, ficava o altar do
incenso?
Ficava depois do segundo véu, no Santo dos Santos.
3) Por que a fórmula do incenso não podia ser
reproduzida para fins profanos?
Porque era de uso exclusivo do Senhor e se alguém o
reproduzisse para uso profano seria punido severamente.
4) O que representa o incenso?
Simboliza a oração dos santos.
5) Descreva a experiência de Zacarias.
Sua experiência com o Senhor foi completa. Ele viu o
anjo, ouviu deste o anúncio profético sobre a vinda do Messias, e, finalmente,
sua velhice foi consolada com a promessa de um filho, que seria o precursor do
Filho de Deus. (LB
CPAD, 3º Trim 2018, Lição 13, 23 Set 18)