Lições Bíblicas Adultos – 3°
Trimestre 2018
TÍTULO: Adoração,Santidade e serviço
Subtítulo: Os princípios de Deus para
sua igreja em Levíticos.
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 12
16 de Setembro de 2018
Os pães da Proposição
Texto Áureo
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Verdade Prática
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"Na verdade, na verdade vos digo que
aquele que crê em mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida." (Jo
6.47,48)
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A Palavra de Deus é o alimento que nos
sustenta a alma, o coração e o próprio corpo; sem ela, a vida é impossível.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
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Levítico 24.5-9
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5 Também tomarás da flor de farinha
e dela cozerás doze bolos; cada bolo será de duas dízimas.
6 E os porás em duas fileiras, seis
em cada fileira, sobre a mesa pura, perante o SENHOR.
7 E sobre cada fileira porás
incenso puro, que será, para o pão, por oferta memorial; oferta queimada é ao
SENHOR.
8 Em cada dia de sábado, isto se
porá em ordem perante o SENHOR continuamente, pelos filhos de Israel, por
concerto perpétuo.
9 E será de
Arão e de seus filhos, os quais o comerão no lugar santo, porque uma coisa
santíssima é para eles, das ofertas queimadas ao SENHOR, por estatuto
perpétuo.
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Comentário
INTRODUÇÃO
Os pães da proposição ficavam num dos lugares mais
nobres e reservados do Tabernáculo. Ali, em frente ao candelabro de ouro, eram
iluminados durante toda a noite. A simbologia é claramente cristológica: a luz
do Evangelho mostra ao pecador faminto que somente Cristo pode saciar-nos
plenamente. Nesta lição, veremos como Deus foi didático a Israel ao mostrar-lhe
a suficiência de sua Palavra nos pães da proposição. (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 12, 16 Set 18)
É útil estudar sobre o
tabernáculo e suas peças por que não apenas o Novo Testamento ensina-nos de
Cristo, mas, o Velho Testamento também. Como já sabemos, o Tabernáculo possuía
duas divisões, sendo a primeira o Lugar Santo, onde haviam três das sete peças
de móveis feitas para o tabernáculo: o Candelabro (Êx. 37:17:23), a Mesa dos
Pães (Êx. 37:10-16) e o Altar do Incenso (Êx. 30:1-8). Na mesa eram postos os
pães da proposição, em número de doze (um para cada uma das doze tribos), que
eram apresentados quentes cada sábado (Êx 25.30). Era uma oferta de ação de
graças, e o seu nome provinha de ser posto esse pão continuamente diante da
face do Senhor. Aqueles pães só podiam ser comidos legitimamente pelos
sacerdotes, e unicamente no pátio do lugar santo (Lv 24.9). Todavia, uma
exceção foi feita por Aimeleque, quando ele deu a Davi e aos seus companheiros
os pães da proposição, que tinham sido retirados de diante do Senhor (1 Sm 21.1
a 6 – Mt 12.4). “Estes pães têm o nome
'Hapanim' (faces) derivado do fato de que possuem "duas faces". Eram
moldados em forma de uma matsá grossa e quadrada, com ambos extremos dobradas
para cima... D'us ordenou: "Que
haja pães sobre a mesa constantemente!" A mesa nunca podia ficar vazia.
Por conseguinte, os pães novos eram colocados antes dos velhos serem retirados.
(Os pães permaneciam sobre a mesa mesmo quando a nação de Israel viajava.)”(CHABAD) Vamos pensar maduramente a fé cristã?
TÓPICO l - OS PÃES DA PROPOSIÇÃO
A fim de que os pães da proposição fossem
introduzidos no tabernáculo, Deus ordenou o fabrico de uma mesa especial.
Quanto aos pães, deveriam estes ser preparados de acordo com uma receita
bastante específica.
1.
A mesa dos pães. A mesa que receberia os pães da
proposição, feita de madeira de acácia, tinha essas medidas: dois côvados de cumprimento
(90 centímetros), um côvado de largura (45 centímetros) e sua altura, um côvado
e meio (70 centímetros) (Êx 25.23-30). A mesa, toda revestida de ouro fino,
recebeu adornos da altura de quatro dedos, bastante apropriados para conter os
pães sagrados. Suas argolas serviam para transportá-la. A madeira de acácia,
por ser medicinal, evitava fungos e parasitas que poderiam contaminar os pães
sagrados. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 12, 16 Set 18)
Dentre as três peças do Lugar
Santo, a mesa da proposição, chamada também a mesa de madeira de acácia (Ex
25.23; 37.10), a mesa pura (2Cr 13.11), a mesa do Senhor (Ml 1.12) ou
simplesmente, a mesa (Hb 9.2). Confeccionada em madeira de acácia (setim) e
revestida de ouro. Estes materiais nos lembram para a dupla natureza de Cristo:
humana e divina. No templo, a sua importância é notada pois é determinada “a
mesa que está perante a face do Senhor” (Ez 41.22). Mesas pela Bíblia
representam aceitação e comunhão (II Sm 9.7-13; Lc 22.30). Essa mesa da
proposição é de grande importância pois “está perante a face do Senhor.” Quem
participa desta mesa tem direito a estar na presença do Senhor. Sabemos que
Cristo é o Pão da Vida e por Ele temos ousadia a entrar na presença do Senhor
(Hb 10.19-22). Note que as medidas e a sua altura desta mesa eram iguais à arca
da propiciação que estava no Lugar Santíssimo, enquanto a sua largura e o seu
comprimento eram menores do que às da arca.
“A comunhão
que temos em Cristo é realmente comunhão com o próprio Deus. Porém, a inteira
largura e profundidade dessa comunhão são limitadas por estarmos ainda na
carne, nessa peregrinação terrena. Que benção de sermos levados à presença real
de Deus por Cristo, e que desafio temos em aprender tudo que podemos das
glórias de Deus em Cristo (II Co 3.18; Cl 3.10). Também podemos entender pelas
medidas da mesa que a mesa do pão da proposição é limitada. Não são todos os
que desejam aproximar a ela que podem, mas somente o sacerdote e a sua família
(Mt 12.4; Lv 24.9). Ainda mais, a participação nesta mesa não era para todos os
sacerdotes e seus filhos, mas restrita para o sacerdote que ministrava e sua
família. Isso claramente representa que a Ceia do Senhor, na mesa do Senhor,
como ordenança da igreja seja limitada somente aos membros daquela igreja que
está administrando-a (I Co 5.11-13)”. (Extraído de: O Tabernáculo. Disponível em: https://www.palavraprudente.com.br/estudos/calvin_d/tabernaculo/cap18.html. Acesso em: 10 Set, 2018).
2.
Os pães da proposição. Os pães da
proposição eram preparados todos os sábados pelos coatitas (1 Cr 9.32). Em sua
composição, usava-se a flor da farinha de trigo (Lv 24.5). Ou seja, a parte
mais fina e nobre deste produto. Depois de cozidos, eram postos em duas
fileiras sobre a mesa, sendo entremeados por incenso (Lv 24.6,7). Doze pães, um
para cada tribo de Israel. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 12, 16 Set 18)
Pão da proposição (em hebraico: lechem haPānīm לחם הפנים, literalmente:
"Pão da Presença"), em um contexto bíblico ou judaico, refere-se aos
bolos ou pães que estavam sempre presentes em uma mesa especialmente dedicada,
no Templo de Jerusalém, como uma oferenda a Deus. (WIKIPÉDIA). O Dicionário Strong’s diz que “O pão da proposição significa literalmente
“as faces apresentadas”” (# 6440). Este “pão sagrado” (1Sm 21.4-6) e “pão
contínuo” (Nm 4.7) significa a aceitação de Deus por todos que comem e
deleitam-se com Cristo (Jo 6.31-40; 10.9). O pecador arrependido que confia
pela fé na vitória de Cristo sobre o pecado e a morte como a sua vitória pode
com “rosto descoberto” entrar e sair e achar pastagens (Jo 10.9,10; 2Co 3.18).
Graças a Deus pela aberta comunhão com Deus por Jesus Cristo.
3.
A simbologia dos pães. Os pães da
proposição simbolizavam a presença sempre providencial de Deus no meio de seu
povo (Jr 32.38). Desta forma, os israelitas deveriam saber que o homem não vive
só de pão, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus (Mt 4.4). Quanto ao
pão estar acompanhado de incenso, significa isso que a presença do Senhor
sempre vem acompanhada pelas orações dos santos (Ap 5.8; 8.3,4). Os pães da
proposição, ou da presença, representam ainda a Palavra de Deus, que, através
do Evangelho, alimenta o mundo faminto (Jo 1.1). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 12, 16
Set 18)
Os doze pães, um para cada tribo
de Israel, representados ou revelados diante do Senhor. O número doze que
aparece aqui é símbolo da totalidade e autoridade apostólica. A mesa e os pães
eram considerados uma coisa só, a comunhão de Cristo com sua Igreja, eis aqui
outros símbolos da mesa de ouro ou dos pães da proposição:
a)- União da família sacerdotal:
A Igreja e Cristo, um só Corpo, um só pão. Cristo sustenta a sua Igreja e a
apresenta ao Pai continuamente (Jd 24,25).
b)- Centro da alimentação
sacerdotal: Os pães foram comidos pelos sacerdotes em cada sábado, onde eram
substituídos por outros novos. A Igreja é um sacerdócio que se reúne ao redor
de Jesus Cristo (Sl 133).
c)- Os pães eram redondos e
tinham um buraco no meio e foram assados no fogo: O pão redondo (sem começo e
fim) revela o memorial eterno do intenso sofrimento (fogo) de Cristo o Pão da
Vida, que foi transpassado (buracos no meio) na Cruz do Calvário (Jo 19.34-37).
A melhor farinha: obtida de grãos inteiros do trigo, tinha que ser triturado
até virar pó. Representam as tribulações, provações e sofrimentos do Senhor
Jesus Cristo que foi esmagado e triturado para tornar-se nosso Pão da Vida. Na
farinha não havia impureza, significa que não havia nenhuma impureza em Sua
humanidade perfeita e sem pecado (Jo 12.24).
1. A Bíblia chama esses pães
sobre a mesa de vários nomes que demonstram verdades de Cristo e de sua Igreja:
• Pão da Presença - “revelação”
(1 Co 11.26).
• Pão de Deus (ERA) - “amor” (Lv
21.21).
• Pão Contínuo - (ERA) -
“fidelidade” (2 Cr 2.4).
• Pão Presente - “comunhão” (Mt
18.20).
• Pão da Face - “glória” (2 Co
4.6).
• Pão da Ordem - “santidade” (1
Co 11.34).
• Pão do Memorial - “gratidão” (1
Co 26).
• Pão Transpassado - “vitória”
(Jo 20.20).
Os doze pães representam as doze
tribos de Israel que descansavam sobre a Mesa (Cristo) o verdadeiro “shabat”
descanso. O pleno descanso somente é encontrado em sua obra consumada no
Calvário. Eis aqui o significado e a mensagem que traz cada tribo de Israel,
revelada na “mesa do Senhor”: Zebulon “Graça” (Ef 2.8); Ruben “Visão” (Ef
1.18); Dã “Confissão” (1 Jo 1.9); Manasses “Perdão” (Cl 1.14); Leví “Comunhão”
(1 Jo 1.7); Simeão “Obediência” (Jo 8.51); Aser “Bem-Aventurança” (Mt 5.3-11);
José “Vitória” (1 Jo 5.4); Issacar “Galardão” (Hb 11.6); Naftali “Conquista”
(Hb 11.34); Gade “Prosperidade” (Dt 28.11) e Judá “Triunfo ou Louvor” (2 Cr
20.27). (Pr
Antonio Romero Filho. A mensagem dos 12 pães asmos sobre a Mesa de Ouro do
Senhor. Disponível em: http://christiannewsbrasil.blogspot.com/2015/12/a-mensagem-dos-12-paes-asmos-sobre-mesa.html. Acesso em: 10 Set, 2018).
TÓPICO II - A PALAVRA DE DEUS, O PÃO DA VIDA
O povo de Israel, desde o início de sua história,
sempre teve uma convivência cerimonial e tipológica com o pão (Gn 14.18-20).
Quer no tabernáculo quer fora do tabernáculo, o pão sempre simbolizou a
presença de Deus entre o seu povo.
1.
A Palavra de Deus é vida. Durante a
peregrinação de Israel no Sinai, os israelitas conscientizaram-se de que nem só
de pão vive o homem, mas da Palavra de Deus (Dt 8.3). Durante 40 anos, Deus os
sustentou com o maná, o pão que descia dos céus, a cada manhã (Êx 16.31-35).
Portanto, a presença divina era perceptível tanto no lugar Santo do Tabernáculo
quanto no arraial. Todos sabiam que, apesar das asperezas do deserto, o Senhor
jamais os abandonaria naquela árdua caminhada. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 12, 16
Set 18)
Como já definido, os pães da
proposição lembravam que Israel era formado de 12 tribos e as representava. O
incenso que era colocado sobre os pães e posteriormente queimado (sacudiam o
incenso do pão e queimavam o incenso), simbolizava a inteira consagração de
Israel ao Senhor. Lendo Hebreus 9.24, entendemos que estes eram símbolos de
Cristo. Jesus está diante do Pai representando-nos continuamente. Ao voltar
para o Reino dos Céus levou Consigo a natureza humana. A mesa e os pães são
tipo de Jesus, o Pão da Vida (Jo 6.32-33), assim como o altar do incenso
representa a Cristo, como nosso intercessor e o Castiçal, representa a Cristo
como a luz do mundo.
“Os Pães da
Proposição eram uma figura de Cristo como o pão da vida (João 6:32-33), a
comida espiritual do povo de Deus. Cristo está sempre diante da face do Pai. O
Incenso revelava a morte de Cristo como sendo de cheiro suave a Deus (Efésios
5:2). Assim como o pão fora feito de trigo que havia sido moído e assado, assim
também o sofrimento de Cristo o capacitou para tornar-se o pão das nossas
almas. O fato de haver doze pães demonstrava a identificação de Cristo para com
Seu povo (ex: as doze tribos).” (Pr Ron Crisp. A Mesa dos Pães. Disponível em: https://www.palavraprudente.com.br/estudos/ron_c/guiaexodo/cap28.html. Acesso em: 10 Set, 2018)
“Na verdade,
pão significa "suprimento", "alimentação". Devemos lembrar
que "pão" no Velho Testamento, sempre foi símbolo de suprimento
alimentar, Gn 28.20, "Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo
e me guardar neste caminho que vou seguindo, e me der pão para comer e vestes
para vestir". Ver ainda Gn 47.12; Dt 8.9; Sl 132.15. Foi por esta razão
que Jesus ordenou a seus discípulos que orassem pedindo, não somente refeições
diárias, mas o "pão-nosso" de cada dia, Mt 6.11, "o pão nosso de
cada dia nos dá hoje"”.(Pr. José Antônio Corrê. O LUGAR SANTO A MESA E OS
PÃES ÊX 25.26-30. Disponível em: http://ibvir.com.br/tabernaculo/tabernaculo_a_mesa_e_os_paes.htm. Acesso em: 10 Set, 2018)
"Várias
vezes na Escritura, a palavra de Deus é comparada com alimento que deve ser
assimilado. Ezequiel, como João, experimentou uma profecia doce-amarga
(Ezequiel 2:8; 3:1-3). Da mesma forma, Jeremias teve de consumir a palavra
divina (Jeremias 15:16). O primeiro efeito da comunicação profética foi doce
como o mel à boca, e trouxe deleite indizível a João ao ver que as predições
passadas estavam prestes a cumprir-se. Foi-lhe doce ao paladar compreender que
finalmente o domínio da terra passaria de Satanás para Cristo, e que uma era
perversa estava prestes a terminar e uma nova era a começar. Mas então o
apóstolo meditou no efeito do juízo sobre as multidões sem Deus, e pensou na
ira final sob as sete taças e nos terrores do Senhor que em breve sobreviriam
aos ímpios. Ao meditar no destino final dos perdidos, a angústia apertou-lhe o
coração. O que lhe era doce ao paladar teria um efeito amargo para os
habitantes rebeldes da terra. Sua comissão foi renovada e João teve de sair,
profetizando para as multidões a respeito do juízo vindouro. O mesmo princípio
está em vigor, nesta era da graça, para todos os pregadores. Uma mensagem dada
por Deus deve ser recebida e absorvida em seu próprio ser. A verdade de segunda
mão e não experimentada nunca é dinâmica. Tanto a doçura como a amargura de um
evangelho revelado por Deus devem fazer parte do treinamento espiritual dos
arautos. A verdade que eles têm deleite em receber exige a morte da vida do ego
e o sabor amargo das durezas e desapontamentos de ser testemunhas verdadeiras".(SHEED, Russel. O Novo Dicionário
da Bíblia. Edições Vida Nova. São Paulo. Vol. II, pág. 613.).
2.
A Palavra de Deus é o nosso sustento diário. Além
do pão, Deus proporcionava cotidianamente ao seu povo água, direção, proteção e
iluminação (Êx 13.21; 15.22-27; 17.1-16). Por conseguinte, os israelitas eram
sustentados, orientados e protegidos pelo Senhor a cada dia. À semelhança de
Davi, eles podiam declarar que o Senhor era o seu pastor; nada lhes faltava (Sl
23.1). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 12, 16 Set 18)
Estes pães também nos lembram da
Palavra de Deus agindo em nossas vidas. Observe que a Palavra de Deus deve ser
também ingerida pelos filhos de Deus (“Achando-se
as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria
do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”.
Jr 15.16). Note que esta mesma Palavra pode ser amarga em nosso ventre, em
virtude de seu poder corretivo (Ap 10.10).
3.
A Palavra de Deus é o nosso sustento específico. Na mesa do Tabernáculo, havia, como já vimos, doze
pães distribuídos em duas fileiras, sendo um pão para cada tribo de Israel (Lv
24.6). Entre as fileiras de pães, o incenso (Lv 24.7). O que isso significa?
Antes de tudo, que Deus alimenta o seu povo tanto coletiva quanto
individualmente. Ele conhece perfeitamente nossas necessidades (Sl 103.14; Mt
6.8). O que podemos inferir desta lição? Deus tem uma comida personalizada para
mim, para você e para cada servo seu em particular. (LB CPAD, 3º Trim
2018, Lição 12, 16 Set 18)
Cristo é o Pão (Jo 6.35, 48,
53-58, 63). Para o mundo e para nós mesmos morremos, mas por Ele vivemos (Gl
2.20).
“Não é por
acaso que o Senhor ao instituir a sua Ceia, coloca como um dos elementos, o
pão, que simboliza o Seu corpo que foi partido na cruz, e que deve ser ingerido
por todos aqueles que foram regenerados pela sua graça, Mt 26.26,
"Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos
discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo". Embora seja a Ceia
uma ordenança para manter a união e comunhão do povo de Deus, também nos fala
de alimento espiritual! É por esta razão que Jesus no Evangelho de João afirma
que a sua carne é "comida" e seu sangue é "bebida",
"55 Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue
verdadeiramente é bebida. 56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
permanece em mim e eu nele. 57 Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo
pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim".”.(Pr. José Antônio Corrê. O LUGAR
SANTO A MESA E OS PÃES ÊX 25.26-30. Disponível em: http://ibvir.com.br/tabernaculo/tabernaculo_a_mesa_e_os_paes.htm. Acesso em: 10 Set, 2018)
TÓPICO III - JESUS CRISTO, O PÃO QUE DESCEU
DO CÉU
Os pães da proposição são o mais perfeito símbolo
do Senhor Jesus Cristo, pois a sua missão, neste mundo, foi (e sempre será)
alimentar-nos com a Palavra de Deus (Jo 1.1).
1.
Jesus, o pão da vida. O Senhor
Jesus, através de sua palavra, revela-se como a água e o pão da vida (Jo 4.13,14;
8.32; Ap 7.17). Certa vez, Ele foi tão claro acerca de sua missão redentora,
que levou alguns de seus discípulos mais chegados a escandalizarem-se com o seu
discurso (Jo 6.48-60). O Senhor Jesus, como o pão vivo, não se limitou a ficar
no santuário, mas, encarnando-se, trouxe a presença do Pai Celeste a toda a
humanidade (Mt 1.23; Hb 1.3). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 12, 16 Set 18)
““Declarou-lhes,
pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome...” (Jo
6.35) A fome é uma dramática realidade
que assola o mundo ainda hoje. Apesar da abundância de pão, muitos ainda morrem
de fome. Há fome física e espiritual. O pão da terra não satisfaz a alma.
Aqueles que comem desse pão voltam a ter fome. Os banquetes da terra, as
aventuras sexuais, os prazeres da vida e as riquezas deste mundo não podem
preencher o vazio que existe dentro de você. Na verdade, Deus colocou a eternidade
em seu coração. Há um vazio em sua alma com o formato de Deus. Nada, nem
ninguém, pode dar sentido à sua vida. Por isso, Jesus veio ao mundo como o Pão
da vida. Ele é o Pão vivo que desceu do céu. Aquele que comer deste pão nunca
mais terá fome, para sempre. Jesus satisfaz plenamente sua mente, sua emoções e
sua vontade. Ele traz refrigério para seu corpo e descanso para sua alma. Nele
você encontra provisão abundante para o tempo e para a eternidade. Você, que
está faminto, venha agora mesmo para Jesus, o Pão da vida. Entre na sala do
banquete. Há pão com fartura na casa do Pai. Há vida abundante no banquete de
Deus à sua espera. Jesus oferece a você perdão e vida eterna!” (Jesus, o Pão que satisfaz.
Disponível em: http://www.ipb.org.br/blog/21/api-view?page=24&blog=835.
Acesso em: 10 Set, 2018)
2.
Jesus, o pão de nossa comunhão com o Pai. Jesus,
como o pão vivo que desceu do céu, não precisa ser trocado todos os sábados,
como os pães da proposição (Lv 24.8). Nosso Salvador, além de ser um sumo
sacerdote infinitamente superior a Arão, é o pão divino; e, do próprio sábado é
Senhor (Mt 12.8; Jo 6.41; Hb 7.17-25). Aliás, Jesus Cristo é o próprio tabernáculo
de Deus. Ao encarnar-se, tornou-se semelhante a nós (Jo 1.14; Hb 9.11,12). E,
com a sua morte e ressurreição, fez-nos acessível o trono da graça, no qual,
hoje, entramos ousadamente (Hb 4.16). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 12, 16
Set 18)
“O pão e o
vinho são sinais de uma realidade espiritual. Antes de tudo, os sinais são o
pão e o vinho; os quais representam o mantimento espiritual que recebemos do
corpo e sangue de Cristo. Porque como no Batismo, ao regenerar-nos, Deus, nos
incorpora a Sua Igreja e nos faz Seus por adoção, assim também temos dito que
com este desempenha o papel de um zeloso pai de família proporcionando-nos
continuamente o alimento com o qual nos conserva e mantém naquela vida que nos
gerou com Sua Palavra; Agora bem, o único sustento de nossas almas é Cristo, e
por isso nosso Pai Celestial nos convida para que venhamos a Ele, para que
alimentados com este sustento possuamos dia após dia maior vigor até chegar por
fim à imortalidade no céu. E como este mistério de nos unirmos com Cristo é por
sua natureza incompreensível, Ele nos mostra a figura e imagem com sinais
visíveis mui próprios de nossa débil condição. Mais ainda; como se nos desse um
presente, nos dá tal segurança disso, como se O víssemos com os nossos próprios
olhos; porque esta semelhança tão familiar: que nossas almas são alimentadas
com Cristo, exatamente igual o pão e o vinho natural alimentam nossos corpos, penetra
nos entendimentos, por mais rudes que sejam” (Porque Cristo instituiu a Ceia.
Disponível em: http://www.ibrmec.com.br/artigos/a-santa-ceia-do-senhor-e-os-beneficios-conferidos-por-ela/.
Acesso em: 10 Set, 2018)
3.
Dai-lhes vós de comer. Hoje, ao
proclamarmos o Evangelho, outra coisa não fazemos senão alimentar os famintos
com a Palavra de Deus (Mt 28.18-20; Lc 9.13). Portanto, evangelizemos e façamos
missões enquanto há tempo. A fome espiritual nunca foi tão acentuada como nos
dias de hoje (Am 8.11,12). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 12, 16 Set 18)
“Quando Jesus ordenou: “dai-lhes, vós mesmos, de comer.” Ele estava
afirmando que o que eles possuíam era o suficiente para ser multiplicado e
repartido à multidão; acontece que eles desconheciam o que o Senhor era capaz
de fazer com tão pouco (cinco pães de cevada e dois peixes) para tantos (cinco
mil homem, exceto mulheres e crianças)”. (Ultimato).
Precisamos compreender que neste momento existem multidões famintas esperando
ser “alimentadas” com este Pão da Vida, e nós temos essa responsabilidade e
privilégio de poder “distribuir” esse “Pão” a essas multidões por meio do “semear
a boa semente do Evangelho”. Sejamos obedientes!
CONCLUSÃO
No Antigo Testamento, apenas o sumo sacerdote e
seus filhos tinham direito de comer dos pães da proposição. A única exceção foi
Davi e seus homens (Mc 2.25,26). Através de Cristo, porém, temos acesso não
somente aos pães da proposição como também ao lugar mais santo do tabernáculo.
E, todas as vezes que nos reunimos para celebrar a Ceia do Senhor, lembramo-nos
de que Jesus é a presença eterna do Pai entre nós (1 Co 11.23,24). Ele é o pão
da vida. Amém. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 12, 16 Set 18)
Cristo é o Pão (Jo 6.35, 48,
53-58, 63). Para o mundo e para nós mesmos morremos, mas por Ele vivemos (Gl
2.20). Temos comido de Cristo?
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua
palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou
chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Setembro de 2018
PARA REFLETIR
A respeito de “Os Pães da
Proposição”, responda:
1) Como os pães da proposição eram preparados?
Os pães da proposição eram preparados todos os
sábados (1 Cr 9.32). Em sua composição, usava-se a flor da farinha de trigo (Lv
24.5). Depois de cozidos, eram postos em duas fileiras sobre a mesa, sendo
entremeados por incenso (Lv 24.6,7).
2) Quem eram os encarregados de fazê-los?
Os coatitas.
3) Onde ficavam os pães da proposição?
Sobre a mesa.
4) O que eles simbolizam?
Os pães da proposição simbolizavam a presença sempre
providencial de Deus no meio de seu povo (Jr 32.38).
5) Por que Jesus é o pão vivo que desceu do céu?
Porque a sua missão, neste mundo, foi (e sempre
será) alimentar-nos com a Palavra de Deus (Jo 1.1). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 12, 16 Set 18)