VOCÊ PODE AJUDAR O BLOG: OFERTE PARA assis.shalom@gmail.com
UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!
Este Blog não é a palavra oficial da Igreja ou da CPAD. O plano de aula traz um reforço ao seu estudo. As ideias defendidas pelo autor do Blog podem e devem ser ponderadas e questionadas, caso o leitor achar necessário. Obrigado por sua visita! Boa leitura e seja abençoado!
Classe Virtual:
SEJA MANTENEDOR!
Esse trabalho permanece disponível de forma gratuita, e permanecerá assim, contando com o apoio de todos que se utilizam do nosso material. É muito fácil nos apoiar, pelo PIX: assis.shalom@gmail.com – Mande-me o comprovante, quero agradecer-lhe e orar por você (83) 9 8730-1186 (WhatsApp)
30 de abril de 2016
24 de abril de 2016
lição 5: A Maravilhosa Graça
lição 5: A Maravilhosa Graça
1°
de Maio de 2016
TEXTO ÁUREO
"Porque
o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas
debaixo da graça." (Rm 6.14) [Comentário: Temos aqui uma declaração indicativa, uma promessa, e
não um imperativo ou uma exortação. O princípio controlador da vida do crente é
o reinado da graça, que nos livra do reinado do pecado (5.21) e nos transforma
segundo a semelhança de Cristo.]
VERDADE PRÁTICA
Cristo
Jesus é a graça divina manifestada em forma humana.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
– Rm 3.24 - A
graça do Senhor Jesus Cristo provê a justificação
Terça
– Cl 1.29 - A
graça nos capacita para o trabalho e o combate
Quarta
– Ef 1.3 -A
graça nos concede bênçãos espirituais nos lugares celestiais
Quinta
– Ef 2.13 - A
graça nos aproximou e nos reconciliou com Deus
Sexta
– Ef 2.8 - A
graça é resultado da misericórdia do Todo-Poderoso
Sábado
– Jo 3.16 - A
graça é resultado do amor de Deus pela humanidade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 6.1-12
1 QUE diremos pois? Permaneceremos
no pecado, para que a graça abunde?
2 De modo nenhum. Nós, que
estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
3 Ou não sabeis que todos quantos
fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
4 De sorte que fomos sepultados
com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os
mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
5 Porque, se fomos plantados
juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua
ressurreição;
6 Sabendo isto, que o nosso homem
velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para
que não sirvamos mais ao pecado.
7 Porque aquele que está morto
está justificado do pecado.
8 Ora, se já morremos com Cristo,
cremos que também com ele viveremos;
9 Sabendo que, tendo sido Cristo
ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre
ele.
10 Pois, quanto a ter morrido, de
uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
11 Assim também vós
considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus
nosso Senhor.
12 Não reine, portanto, o pecado
em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências.
HINOS SUGERIDOS
5,400,577
OBJETIVO GERAL
Mostrar
que Cristo Jesus é a graça divina manifestada em forma humana.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar alguns dos inimigos da graça;
Mostrar a vitória da graça para com o
domínio do pecado;
Relacionar os frutos da graça.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado
professor, dando continuidade ao estudo da Epístola aos Romanos, analisaremos
nesta lição o capítulo seis. No capítulo cinco Paulo trata da nossa
justificação pela fé no sacrifício de Jesus Cristo. No capítulo seis ele vai
abordar a respeito da nova vida em Cristo. O apóstolo mostra que o nosso velho
homem já foi crucificado com Cristo. Não somos mais escravos do pecado, pois
este foi destruído na cruz. Pela fé morremos para o pecado e como novas
criaturas precisamos viver para Deus, em obediência e santidade. Como novas
criaturas não alcançamos a perfeição, somos tentados e vivemos em um mundo que
jaz no maligno, mas desde o momento que tomamos a decisão de viver pela fé,
para Cristo, somos livres do poder do pecado, pois agora o próprio Cristo habita
em nós (Cl 2.20).
INTRODUÇÃO
O
capítulo cinco da Epístola aos Romanos mostra o triunfo da graça sobre o
pecado. Paulo já havia falado a respeito da justificação, mas o que significava
isso na prática? Que implicações teria na vida dos crentes? O apóstolo não
procurou filosofar a respeito da origem do pecado e suas consequências. Ele
buscou mostrar, de forma clara, como Deus resolveu essa questão. A graça de
Deus nos justificou, abolindo o domínio do pecado e fazendo-nos viver livres em
Cristo.
[Comentário: Temos visto até
agora que há homens que, por causa da queda em Adão permanecem sob condenação e
em inimizade com Deus, e homens que, pela redenção em Cristo, o ‘último Adão’,
estão justificados e em paz com Deus. Para demonstrar a consistência de sua tese,
Paulo retroage no tempo e demonstra onde e como se deu a condenação de todos os
homens, contrastando com a redenção em Cristo (Rm 5.12 -21). Paulo demonstrou
que Adão e Cristo constituem-se 'os cabeças' de duas famílias distintas. Este
trouxe à vida (existência) os filhos de Deus, e àquele traz à existência na
condição de mortos e em inimizade com Deus os filhos da ira, filhos da
desobediência, filhos do diabo, ou filhos de Adão (Rm 5.15-19). O Capítulo 6 é
iniciado com um esclarecimento acerca do capítulo 5.20-21, de que o aumento do
pecado aumentava a graça; Alguns poderiam alegar que, se, através do pecado,
estavam proporcionando uma oportunidade a Deus para apresentar a grandiosidade
de sua graça, com isso, eles poderiam pecar mais e mais. Paulo, então, diz que
a idéia de um cristão continuar no pecado é totalmente contrária ao evangelho.
O pecado é abominável e destrutivo, e aqueles que estão mortos para o pecado e
o poder governante do pecado nunca mais deveriam querer viver nele.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé
cristã?
PONTO CENTRAL
Jesus
Cristo é a revelação do amor e da graça de Deus.
Paulo
argumenta que todos estão caídos e necessitam ouvir e crer no Evangelho para
obter salvação. O Auxílio ao Mestre
propõe a você o convite, seguindo este entendimento paulino, para apoiar o 1º Avanço Missionário patrocinado pelo AuxílioaoMestre.com. Seja nosso
Parceiro para evangelização do município de São José dos Ramos, interior da Paraíba, no próximo dia 1º de maio,
com uma pequena doação! O pecado afetou toda a raça humana, por isso, todos
precisam de salvação! Clique
aqui e veja como.
I – OS INIMIGOS DA GRAÇA
1. Antinomismo. Paulo percebeu que a sua argumentação
a respeito da graça poderia gerar um mal-entendido. Por isso, tratou logo de
esclarecer o seu pensamento a respeito do assunto. Usando o método de diatribe,
ele dialoga com um interlocutor imaginário, procurando explicar de forma clara
o seu argumento. Paulo já havia dito que onde o pecado abundou, superabundou a
graça (Rm 5.20). Tal argumento seria uma afirmação ao estilo dos antinomistas,
pois estes acreditavam que podemos viver sem regras ou princípios morais. [Comentário: Após demonstrar que 'onde o pecado abundou, superabundou
a graça', Paulo antecipa-se àqueles que poderiam argumentar que permaneceriam
no pecado visando aumentar a graça. 'Que diremos...', ou seja, qual deve ser o
entendimento do cristão? Permanecer no pecado (em Adão), para que a graça
aumente? Não! Este não deve ser o entendimento do cristão. O argumento dos
críticos seria esse: se Deus justifica o pecador pela graça, quanto mais pecado
se tiver, maior a graça da justificação. Como o pecador é visto por Deus como
justo após a justificação, o pecado deixa de ser um problema, não podendo haver
mais castigo. Ou seja, segundo os críticos de Paulo, a justificação
incentivaria o pecado antes e depois da salvação. Paulo diz que não é porque a
graça superabundou onde o pecado abundou que o comportamento do cristão deva
ser de devassidão. O pecado reinou pela morte (pena decorrente da transgressão
de Adão), e a lei somente fomentou a ofensa ( Rm 5:20 ). Mas, a graça de Deus
se há manifestado para que, da mesma forma que o pecado reinou por meio da
natureza decaída do homem (carne) e em obediência as suas concupiscências
(conduta aquém da lei de Deus), a graça também reine pela justiça através da
nova natureza (espiritual) e em obediência à justiça (conduta segundo a lei da
liberdade).]
2. Paulo não aceita e não
confirma o antinomismo.
No antinomismo não há normas. Os que erroneamente aceitavam tal pensamento
acreditavam que quanto mais pecarmos mais graça receberemos. Em outras
palavras, a graça não impõe limite algum. Antevendo esse entendimento
equivocado, o apóstolo pergunta: "Que diremos, pois? Permaneceremos no
pecado, para que a graça seja mais abundante?" (Rm 6.1). A resposta é não!
A graça não deve servir de desculpa para o pecado. Infelizmente, o antinomismo
tem ganhado força em nossa sociedade, passando a ser socialmente aceito até
mesmo dentro das igrejas evangélicas. Esta é uma doutrina venenosa, que
erroneamente faz com que a graça de Deus pareça validar todo tipo de
comportamento contrário à Palavra de Deus. Em geral, tal pensamento vem
"vestido" de uma roupagem espiritual, porém o antinomista costuma ser
relativista quando se utiliza da expressão "não tem nada a ver". [Comentário: Colocando em outras palavras, se Deus nos aceita como
somos, não seria lógico pensar que isso nos daria liberdade para viver como
quisermos? Essa dúvida pode estar correndo na mente de algumas pessoas também
em nossos dias. Para os leitores da carta que argumentassem que permaneceriam
no pecado para que a graça aumentasse, Paulo demonstra que quem assim pensa
desconhece o real significado do batismo. Tanto Paulo quanto os leitores da sua
carta havia sido batizados na morte de Cristo por meio da fé "...fomos
batizados em Jesus...", ou seja, todos os que creem são batizado na morte
de Cristo Jesus "...um morreu por todos, logo todos morreram" ( 2Co 5.14
). Se todos morreram porque Cristo morreu, isto demonstra que 'de uma vez
morreram para o pecado' conforme Paulo demonstra no verso 10. De uma ou de
outra forma, o que está sendo esquecido é que a justificação é imediatamente
seguida pela santificação. Esta é uma operação de Deus que começa no momento da
nossa salvação e continua por toda nossa vida na terra, até o momento em que
formos morar com Deus. É um crescimento contínuo em direção do alvo que é a
estatura do varão perfeito — Cristo.]
3. Legalismo. Em Romanos 6.15, o apóstolo tem
em mente o judeu legalista, quando pergunta: "Pois quê? Pecaremos porque
não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum!" A
doutrina da justificação pela fé, independentemente das obras da lei, levaria o
legalista a argumentar que Paulo estaria ensinando que, em virtude de não
estarmos mais debaixo da lei, então não há mais obrigação alguma com o viver
santo. Nesse caso, não haveria mais nenhuma barreira de contenção contra o
pecado. Na mente do legalista, somente a lei de Moisés era o instrumento
adequado para agradar a Deus. Isso justifica as dezenas, e às vezes, centenas
de preceitos que o judaísmo associou com o Decálogo. Os legalistas criaram como
desdobramento da lei 613 preceitos. A teologia de Paulo irá ensinar que mesmo
não estando mais debaixo da lei, o cristão não ficou sem parâmetros
espirituais. Pelo contrário, agora que ele tem a vida de Jesus Cristo dentro de
si, está capacitado a agradar a Deus, mesmo sem se submeter à letra da Lei de
Moisés.
[Comentário: Após apresentar
Adão e Cristo, o pecado e a graça no capítulo anterior (Rm 5.12-21), neste
capítulo, a primeira referência à lei encontra-se no verso 15. Através deste
versículo Paulo demonstra que a ausência da lei não determina a condição de
submissão ao pecado, e sim o fato de o homem ter herdado de Adão tal condição.
Antes mesmo de ser instituída a lei, já estava o pecado no mundo (Rm 5.13), o
que demonstra que a abundante graça de Deus promove a justificação de vida (Rm
5.18 ), em contraste à condenação herdada de Adão. Muitos entendem que neste
versículo (v. 15) Paulo está perguntado aos seus leitores se é pertinente aos
cristãos permanecerem em uma vida de devassidão simplesmente por não terem o
freio da lei, uma vez que agora estão na graça. Mas, não é esta a colocação do
apóstolo. É preciso considerar a primeira pergunta: "Pois que?", que
introduz os elementos necessário à compreensão do leitor, quando ler a
conclusão: "De modo nenhum". A argumentação apresentada no verso 2 é
complementada através deste verso e apresenta a mesma colocação de João e uma
de suas cartas: "Qualquer que
permanece nele não peca (...) Qualquer que é nascido de Deus não comente
pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido
de Deus" (1Jo 3.6-9). Sem esquecer que os argumentos deste capítulo
fundamenta-se no capítulo 5, do verso 12 ao 21, João apresenta uma figura que
ilustra a condição daquele que á nascido de Deus, ou seja, é uma planta
plantada por Deus "Ele, porém,
respondendo, disse: Toda a planta, que meu Pai celestial não plantou, será
arrancada" ( Mt 15:13 ). João apresenta o motivo pelo qual o homem
nascido de Deus não peca: porque a semente de Deus permanece nele, ou seja, o
que determina o tipo de uma planta é a semente. A bíblia apresenta dois tipos
de sementes: a corruptível e a incorruptível. Está é a palavra de Deus e aquela
refere-se a semente corruptível de Adão, por quem todos os homens pecaram e
foram destituídos da glória de Deus por causa da semente de Adão. Sabemos que
uma planta não pode produzir dois tipos de frutos, e nesta ilustração,
verifica-se que a planta plantada pelo Pai só pode produzir segundo a semente
planta. É um contra senso considerar que a planta que o Pai plantou possa
produzir dois tipos de frutos: o bem e o mau. Uma vez que os cristãos já
morreram com Cristo e a ressurreição é na semelhança da ressurreição de Cristo,
segue-se que aqueles que morrem juntamente com Cristo, de uma vez por todas
morrem para o pecado, já que tanto Cristo como os cristãos passaram a viver
para Deus por intermédio da ressurreição. Desta forma os cristãos estão
assentados nas regiões celestiais em Cristo, por causa da nova condição do
homem espiritual gerado em Cristo (v. 10).]
Você sabia?
Antinomismo
"Literalmente
significa contra a lei. Doutrina que assevera não haver mais necessidade de se
pregar nem de se observar as leis morais do Antigo Testamento. Calibrando esta
assertiva, alegam os antinomistas que, salvos pela fé em Cristo Jesus, já
estamos livres da tutela de Moisés. Ignoram, porém, serem as ordenanças morais
do Antigo Testamento pertencentes ao elenco do direito natural que o Criador
incrustara na alma de Adão. Como podemos desprezar os Dez Mandamentos? Todo
crente piedoso os observa, pois o Cristo não veio revogá-los; veio cumpri-los e
sublimá-los. Além do mais, as legislações modernas estão alicerçadas justamente
no Decálogo."
SÍNTESE DO TÓPICO I
O
antinomismo e o legalismo são inimigos da graça.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"[...]
É preciso compreender e comparar dois aspectos da salvação, que são: o aspecto
legal e o aspecto ético e moral No aspecto legal está a justificação, que trata
da quitação da pena do pecado, Significa que a exigência da Lei foi cumprida»
Porém, no aspecto moral, está a santificação que trata da vivência cotidiana
após a justificação, Como compreender então a relação entre a justificação e a
santificação?
Em
primeiro lugar, a santificação trata do nosso estado, assim como a justificação
trata da nossa posição em Cristo. Observe isto: Na justificação somos
declarados justos. Na santificação nos tornamos justos. A justificação é a obra
que Deus faz por nós como pecadores. A santificação diz respeito ao que Deus
faz em nós. Pela justificação somos colocados numa correta e legal relação com
Deus. Na santificação aparecem os frutos dessa relação com Deus. Pela
justificação nos é outorgada a segurança.
Pela
santificação nos é outorgada a confiança na segurança. Em segundo lugar, a
santificação envolve, também, o aspecto posicional.
Na
justificação o crente é visto em posição legal por causa do cumprimento da Lei,
na santificação o crente é visto em posição moral e espiritual.
Posicionalmente,
o crente é visto nesses dois aspectos abordados que são: o legal e o moral
Legalmente, ele se torna justo pela obra justificadora de Jesus Cristo.
Moralmente, ele se torna santo por obra do Espírito Santo [CABRAL, Elienai.
Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005,
pp.73,74].
II- A VITÓRIA DA GRAÇA
1. A graça destrói o domínio do
pecado. Para
Paulo, o pecado era como um tirano impiedoso que não poupava seus súditos. Ele
reinou desde que entrou no mundo e seu domínio parecia não ser ameaçado. O
pecado dominou os que não estavam debaixo da Lei e dominou também os que
estavam sob sua égide. Não havia escapatória. Por causa do "velho
homem", uma expressão que para Paulo é sinônimo de natureza caída e
pecaminosa, que esse iníquo tirano conseguia reinar. Como se libertar, então,
desse tirano? Paulo mostra que a solução de Deus foi aquilo que lhe servia de
base de sustentação, o corpo do pecado: "Sabendo isto: que o nosso velho
homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim
de que não sirvamos mais ao pecado" (Rm 6.6). O "corpo do
pecado" significa mais do que simplesmente o corpo físico, mas o corpo
como algo que instrumentaliza o pecado e que precisava ser destruído. A palavra
grega katargeo, traduzida em Romanos 6.6 como destruído, possui o sentido de
destronado ou tornado inoperante. Foi, portanto, através da cruz de Cristo que
esse tirano foi destronado e teve seu domínio desfeito. A graça de Deus
triunfou sobre o pecado. Glória a Deus pelo seu dom inefável (l Co 9.15). [Comentário: “Sabendo isto, que
o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja
desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado” (v. 6). Se o “velho homem”
abrange a vida antes da conversão, inclui também muito mais, e deveria ser
interpretado à luz de 5.12-21, dando a entender tudo quanto éramos em nossa
união com Adão. Devemos pensar que tudo isso foi encravado na cruz para morrer.
Não há como um cristão dizer que permanecerá no pecado com a ideia de que
aumentará a graça de Deus, visto que:
O velho homem (nosso) foi crucificado com
Cristo;
O corpo do pecado (carne) é desfeito, e;
Não serve mais ao pecado.
Como seria possível a
alguém que crê em Cristo permanecer no pecado, visto que os que crêem são
crucificados com Cristo e tiveram o corpo do pecado desfeito? Se o corpo do
pecado foi desfeito, como viver ou andar no pecado? O crente é crucificado e
sepultado com Cristo para que não mais sirva ao pecado, e segundo este saber,
as possíveis argumentações do verso 1 são inconsistentes.]
2. A graça destrói o reinado da
morte. O
apóstolo mostra que o reinado do pecado e seu domínio caracterizaram-se pela
morte. "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é
a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 6.23). Não há lugar
nesse mundo onde não se sinta as consequências do pecado. [Comentário: A união com Cristo em sua morte não destrói o nosso
corpo como tal, mas põe fim ao papel do corpo como o instrumento inescapável do
pecado, destruindo o reino do pecado no corpo. Os corpos dos crentes são agora
dedicados a Cristo e produzem fruto santo em seu serviço (6.13,22; 7.4; 12.1).
Não somos mais “escravos do pecado” visto que a vida no corpo, dominada pelo
desejo ardente de pecar, cedeu lugar à vida no corpo, dominada pela paixão pela
justiça e pela santidade (v.18). O tríplice contraste do salário do pecado e da
morte com o dom, Deus e a vida eterna leva o argumento de Paulo a um enfoque
memorável. No entender de Paulo, os cristãos não podem mais viver no pecado
porque morreram para o pecado. Foram identificados por Deus na morte de Cristo.
Morreram “com” Cristo e ressuscitaram “para” Deus.]
3. A graça e os efeitos do pecado. Os efeitos do pecado podem ser
vistos por toda parte. Podemos vê-los nas catástrofes naturais, nas guerras,
homicídios, estupros e abortos. O pecado traz a marca da morte. Tanto a morte
física, como a morte espiritual, o afastamento de Deus, são consequências do
pecado. Nada podia destruir esse domínio tenebroso do pecado e fazer parar seus
efeitos. Todavia, Paulo mostra que a Graça de Deus invadiu o domínio do pecado
e destruiu seu principal trunfo — o poder sobre a morte. A graça de Deus,
presente na ressurreição do Senhor Jesus, destruiu o poder sobre a morte física
e essa mesma graça, quando nos reconcilia com Deus, destrói o poder da morte
espiritual. [Comentário: Após saber ou conhecer que Cristo ressurgiu dentre os
mortos e que a morte não tem domínio sobre Ele, resta que o pecado não tem
domínio sobre os cristãos, uma vez que ressurgiram com Cristo (v. 9)
"Portanto, se fostes ressuscitados com Cristo..." (Cl 3.1). O fato de
os cristãos terem sido batizados com Cristo na sua morte, e ressurgido dentre
mos mortos para a glória do Pai (v. 4), tirou-os da condição de sujeição a lei,
para estabelecê-los debaixo da graça de Deus. A premissa é: o pecado não tem
domínio sobre o cristão. Mas, tal premissa é introduzida por um operador e
conectivo argumentativo: porque - conjunção coordenativa explicativa. Ou seja,
a premissa (o pecado não terá domínio sobre vós) do verso 14 é introduzida como
uma explicação sobre porque o cristão deve considerar-se morto para o pecado e
vivo para Deus.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
A
graça destrói o domínio do pecado na vida daqueles que pela fé aceitam a Jesus
Cristo.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
No
segundo tópico estudamos a respeito de dois inimigos da graça; o antinomismo e
o legalismo. Se desejar, leia para os alunos a seção "Conheça Mais"
que apresenta uma definição para o termo. Quando ao legalismo, se desejar leia
o subsídio abaixo a fim de que os alunos compreendam o termo.
[Do
lat legale + ísmo] Tendência a se reduzir a fé cristã aos aspectos puramente
materiais e formais das observâncias, práticas e obrigações eclesiásticas.
No
Novo Testamento, o legalismo foi introduzido na Igreja Cristã pelos crentes
oriundos do judaísmo que, interpretando erroneamente o Evangelho de Cristo,
forçavam os gentios a guardarem a Lei de Moisés.
Contra
o legalismo, insurgiu-se Paulo. Em suas epístolas aos gálatas e aos romanos, o
apóstolo deixou bem claro que o homem é salvo unicamente peia fé em Cristo
Jesus, e não pelas obras da Lei (ANDRADE, Claudionor Corrêa de Andrade.
Dicionário Teológico* 17.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.251).
III- OS FRUTOS DA GRAÇA
1. A graça liberta. A graça é libertadora (Rm 6.14)
e produz frutos para a nossa santificação: "Mas, agora, libertados do
pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por
fim a vida eterna" (Rm 6.22). Somente a graça seria capaz de desfazer o
domínio do pecado. A Bíblia afirma que quem comete pecado é escravo do pecado
(Jo 8.34). E mais, o escravo não possuía domínio sobre o seu arbítrio. Essa
situação mudou quando a graça, revelada na pessoa de Jesus Cristo, entrou na
história e desfez o domínio do pecado. Paulo afirmou que o "pecado não
terá domínio sobre nós". Somos livres em Cristo. Essa liberdade é uma
realidade na vida do crente: "Estai, pois, firmes na liberdade com que
Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão"
(Gl 5.1).
[Comentário: “o pecado não terá domínio sobre vos” (v.
14), temos aqui uma declaração indicativa, uma promessa, e não um imperativo ou
uma exortação. Paulo usa a analogia humana de escravidão ao apelar para a
santidade, lembrando o contraste entre a antiga vida pecaminosa e a nova vida
regenerada. A frase 'De nenhum modo' pede uma explicação da parte do apóstolo
sobre a impossibilidade de o homem pecar quando alcançado pela graça. Tal
explicação advém de elementos pertinente à figura do escavo, que é introduzida
através da argumentação seguinte "Não sabeis vós...?". Não sabeis vós
que é impossível servir a dois senhores? Não sabeis vós que a árvore só produz
fruto segundo a sua espécie? Ou não sabeis que um fonte não pode jorrar água
doce e salgada? (Tg 3.12). Todas estas figuras complementam-se e apontam para
os elementos apresentados por Cristo acerca das duas portas e dos dois
caminhos. Como o homem apresenta-se como servo para obedecer ao seu senhor
(...a quem vos apresentardes por servos...)? Ou seja, como o homem passa a
condição de servo daquele a quem ele obedece (pecado ou obediência)? A bíblia é
clara sobre este aspecto. Todos os homens quando vem ao mundo através do
nascimento natural, segundo Adão, apresentam-se ao pecado para o servir e
obedecer. Ou seja, o nascimento natural é a porta larga que dá acesso a um
caminho espaçoso que conduz a perdição "Entrai pela porta estreita; porque
larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os
que entram por ela" (Mt 7.13). O nascimento segundo a semente corruptível
de Adão (natural) é a maneira como o homem se apresenta como servo ao pecado. É
o nascimento segundo a vontade da carne, segundo a vontade do varão e do sangue
que coloca o homem em sujeição e em obediência ao pecado (Jo 1.13). Como o
homem se apresenta a Deus como servo? Através da obediência a palavra da
verdade (evangelho) "...obedecestes de coração a forma de doutrina a que
fostes entregues" (v. 17).]
2. Exigências da graça. A graça liberta, mas ao mesmo
tempo tem suas exigências. Isso fica claro pelo uso dos termos considerar
(6.11), que no original (logizomai) significa reconhecer, tomar consciência:
"Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para
Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 6.11). Em Romanos 6.13 a palavra
"apresentar" (gr. paristemi), significa colocar-se à disposição de
alguém: "Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por
instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre
mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça" (Rm
6.13).
[Comentário: Paulo procura
conscientizar os seus leitores a considerarem (Retórica perfeita) que estavam
mortos para o pecado e vivos para Deus. "Assim também..." remete as
considerações apresentadas anteriormente. Ou seja, da mesma maneira que
'conheciam' que Cristo morreu uma única vez por causa do pecado e foi
sepultado, os cristãos deveriam considerar estarem mortos para o pecado e vivos
para Deus em Cristo Jesus. Esta relação entre a morte de Cristo e a morte dos
cristãos, e a vida de Cristo e a nova vida dos cristãos Paulo Já havia
estabelecido no verso 8, porém, discorre de forma a não deixar dúvidas quando a
morte dos cristãos para o pecado, e ressurreição deles para vida, por meio de
Cristo Jesus. Considerar é ter em conta, ou seja, é andar conforme a nova vida
alcançada "...assim andemos nós também em novidade de vida" (v. 4).
Paulo não recomenda um faz de conta ao pedir que os cristãos considerassem
estarem mortos para o pecado e vivos para Deus. Eles deviam contar com a nova
vida e descansar por estarem de posse dela (regeneração), porém, andarem de
modo digno da nova condição alcançada graciosamente (comportamento).]
3. A graça santifica. Paulo revela que um dos efeitos
imediatos da graça é a justificação e o outro é a santificação: "Mas,
agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para
santificação, e por fim a vida eterna" (Rm 6.22). A palavra
"santificação", que traduz o grego hagiasmos mantém o sentido de
"separação". A graça nos libertou e nos separou para Deus. A
santificação aparece aqui nesse texto como um fruto da graça. No ensino de
Paulo a santificação ocorre em dois estágios. Primeiramente somos santificados
em Cristo quando o confessamos como Salvador de nossas vidas. Na teologia
bíblica isso é conhecido como santificação posicional. Por outro lado, não
podemos nos acomodar, mas procurar a cada dia nos santificar, isto é, nos
separar para Deus. Essa é a graça progressiva, aquilo que existe como um
processo na vida do crente. [Comentário: Santificação é o processo no qual os crentes crescem e
chegam à maturidade em Cristo (Ser Semelhantes a Cristo) e deve ser entendida
como: 1. Separação do mal (2Co 6.14-18; 1Pe 3.11); 2. Separação para Deus (2Co
5.15); É necessário saber que diferente da Salvação, a Santificação é um “processo”
que tem início no novo nascimento e só termina com a volta gloriosa de Cristo. A
Bíblia chama Noé, Jó, Ló, Davi e outras pessoas de "justo",
"'integro", "temente a Deus", "perfeito", ou
"sem culpa", mas isto não significa que chegaram a ser "absolutamente
sem pecado e incapazes de pecar", pois Noé se embriagou vergonhosamente
(Gn 9.20-27); Jó confessou pecado (Jó 42.6); Ló andou pela vista, quis viver em
terra idólatra, embriagou-se e caiu em incesto com as filhas; Davi adulterou,
depois providenciou a morte do marido; etc. Então, note que santificação não é
erradicação da natureza pecaminosa; perfeição impecável; impecabilidade. Santificação
(gr. hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e
“apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com Deus e servi-Lo com
alegria. Esses termos não subentendem uma perfeição absoluta, mas a retidão
moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante de Deus,
na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do mundo (Fp
2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão, pela graça que Deus lhe
deu, morreu com Cristo e foi liberto do poder e domínio do pecado (Rm 6.18);
por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a necessária vitória no seu
Salvador, Jesus Cristo. Mediante o Espírito Santo, temos a capacidade para não
pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de estarmos livres da
tentação e da possibilidade do pecado.]
SÍNTESE DO TÓPICO III
Dois
são os frutos do graça, a liberdade em Jesus Cristo e a santificação.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Consagração do
corpo mortal
'Não
reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às
suas paixões (Rm 6.1) Entendemos que o pecado opera por meio do corpo. Da mesma
forma que o corpo pode ser consagrado a Deus (Rm 12,1), pode também ser
dedicado ao pecado. É claro que o corpo, por si mesmo não pode fazer nada, pois
é controlado pela mente, Entretanto, quando o pecado domina a mente do homem,
ele controla as ações do corpo.
A
mente pertence ao domínio da alma humana, e quando a primeira alma inteligente
(Adão - Rm 5.12) pecou, todo o seu corpo foi dominado pelo pecado. Quando Paulo
exorta os que já haviam experimentado a regeneração dizendo: 'Não reine o
pecado em vosso corpo mortal', ele estava mostrando aos crentes, romanos que,
uma vez que foram justificados, resta-lhes agora viver como tais, na
santificação do Espírito" (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da
Justiça de Deus, 5.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.77).
CONCLUSÃO
Vimos
nesta lição quem são os inimigos da graça, conhecemos a vitória da graça e os
seus frutos. Tudo que temos e tudo que somos só foram possíveis pela graça de
Deus. Essa graça é que trouxe salvação. "Porque a graça salvadora de Deus
se há manifestado a todos os homens". Que venhamos viver segundo a
recomendação de Tito renunciando à impiedade e vivendo neste presente século de
forma sóbria, justa e piamente (Tt 2.11,12). [Comentário: Graça significa “favor divino não merecido.” O termo
grego no original é charis, que deriva do verbo charizomai. Esta palavra
significa “mostrar favor para” e assume a bondade do doador e a indignidade do
receptor. Quando charis é usada para indicar a atividade de Deus, significa
“favor não merecido.” “Para louvor da
glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado” (Ef 1.6).
Por conseguinte, qualquer ensino que ofereça fórmulas ou técnicas para obter a
aceitação de Deus, que não seja pela graça somente, é falso. O perdão de
pecados, a redenção por meio do sangue de Cristo, a sabedoria e o entendimento
e todas as bênçãos espirituais são concedidos somente pela graça (Veja Ef 1.1-5).
Pregar o evangelho significa pregar a graça - “...e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o
evangelho da graça de Deus.” (At 20.24). O ministério do evangelho não tem
outra mensagem senão a graça de Deus em Cristo. Se isto não é o que se prega,
então não estamos pregando o evangelho.]
“NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto
não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco
Barbosa
Hoje, em
Campina Grande-PB
Abril de 2016
PARA REFLETIR
A respeito da Carta
aos Romanos, responda:
Segundo a lição,
cite dois inimigos da graça.
Antinomismo e legalismo.
Em que os
antinomistas acreditavam?
Os que erroneamente aceitavam
tal pensamento acreditavam que quanto mais pecarmos mais graça receberemos. Em
outras palavras, a graça não impõe limite algum.
Para o legalista qual
era o único instrumento adequado para agradar a Deus?
Na mente do legalista, somente a
lei de Moisés era o instrumento adequado para agradara Deus.
Segundo a lição, o
que a graça de Deus destrói?
A graça destrói o domínio do
pecado.
Qual fruto a graça produz
no crente?
Os frutos da liberdade e da
santificação.
21 de abril de 2016
18 de abril de 2016
Lição 4: Os benefícios da Justificação
Lição 4: Os
benefícios da Justificação
Data: 24 de Abril de 2016
TEXTO ÁUREO
“Mas
Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós
ainda pecadores” (Rm 5.8). [Comentário: Tal como o trecho de 8.1-4, 32, esta passagem ilumina o
propósito especial e a eficácia que Paulo atribui regularmente à morte de
Cristo. Em outras palavras, Cristo morreu especificamente ‘por nós’ (v 8), os
quais agora cremos e estamos justificados mediante a nossa fé, pois a sua morte
realmente obteve para nós a ‘reconciliação’ que ‘recebemos, agora’ (v 11).]
VERDADE PRÁTICA
A
justificação pela fé em Cristo nos libertou de Adão, símbolo do velho homem,
para nos colocar em Cristo, onde fomos feitos uma nova criação.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Co
15.21 - O
pecado entrou no mundo mediante a Queda de um único homem
Terça — 1Co
15.22 - Todos
morreram em Adão e só podem ser vivificados em Jesus
Quarta — Rm 5.13
- O
pecado só pode ser imputado havendo a lei
Quinta — Rm 5.15
- A
suprema eficiência da redenção em Jesus Cristo
Sexta — Rm 5.17
- O
pecado trouxe morte, mas Cristo trouxe a graça divina
Sábado — Rm 5.21
- A
graça e a justiça reinam por intermédio de Cristo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 5.1-12.
1
— Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus
Cristo;
2
— pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes;
e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.
3
— E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a
tribulação produz a paciência;
4
— e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança.
5
— E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em
nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.
6
— Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
7
— Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom
alguém ouse morrer.
8
— Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo
nós ainda pecadores.
9
— Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele
salvos da ira.
10
— Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de
seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
11
— E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus
Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.
12
— Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte,
assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.
HINOS SUGERIDOS
90, 310 e 400 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Esclarecer
que a justificação pela fé em Cristo nos libertou da lei do pecado e nos fez
novas criaturas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Apresentar
as bênçãos decorrentes da justificação;
II. Mostrar
as bênçãos do amor trinitário;
III. Explicar
as bênçãos decorrentes na nova criação.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
I. A BÊNÇÃO DA GRAÇA JUSTIFICADORA (Rm
5.1-5)
1. A bênção da paz com Deus.
2. A bênção de esperar em Deus.
3. A bênção de sofrer por Jesus.
II. AS BÊNÇÃOS DO AMOR TRINITÁRIO (Rm
5.5-11)
1. O amor que o Pai outorga.
2. O amor que o Espírito distribui.
3. O amor que o Filho realiza.
III. AS BÊNÇÃOS DA NOVA CRIAÇÃO (Rm
5.12-21)
1. O homem em Adão.
2. O homem em Cristo.
CONCLUSÃO
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor,
você já parou para refletir a respeito das bênçãos decorrentes da justificação
pela fé? Pare e pense no que Cristo fez por você. Louve ao Salvador. Adore-o
pela sua graça e redenção. O Filho de Deus assumiu o castigo que era nosso. Ele
tomou sobre si a nossa condenação. Na cruz Cristo cumpriu a nossa pena nos
justificando perante o Pai e fazendo de nós novas criaturas. Ele nos libertou
da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé temos paz com Deus (Rm
5.1) e acesso à graça (Rm 5.2). Como pecadores jamais poderíamos pagar a nossa
dívida para com o Pai. Quando pela fé recebemos o perdão de Deus, a culpa que
perturbava as nossas consciências foi substituída pela graça e misericórdia
divina.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nos
quatro primeiros capítulos da Epístola aos Romanos, Paulo já havia escrito a
respeito das origens e das bases da nossa justificação. Faltava agora falar dos
resultados dessa justificação. Que benefícios ela nos trouxe? Quais seriam as
bênçãos a ela associada? Paz, alegria, esperança são algumas dessas bênçãos
associadas à justificação. Todavia, Paulo vai além, ele mostra que tudo isso só
foi possível porque Deus nos fez participante de uma bênção maior — sermos
parte da nova criação. Esse fato será mostrado através do contraste feito entre
Adão, símbolo da velha criação e Cristo, o segundo Adão, cabeça de uma nova
criação.
[Comentário: A primeira
abordagem de Paulo sobre a justiça de Deus pela fé em Cristo se dá no capítulo
1, versos 16 à 17. Em seguida, o apóstolo passa a demonstrar que todos os
homens pecaram e foram destituídos da glória de Deus em Adão (Rm 1.16 à Rm 3.20
). Após demonstrar que diante de Deus todos os homens tornaram-se escusáveis
(judeus e gregos), o apóstolo volta a abordagem inicial: a justificação pela
fé. No capítulo 4, o apóstolo apresenta exemplos de justificação pela fé no Antigo
Testamento: Abraão e Davi, ou seja, Paulo evoca a autoridade da Escritura para
dar sustentação a sua argumentação (Rm 4.1-25). Chegamos ao capítulo cinco. Este
pode ser chamado um capítulo de transição da qual passamos da doutrina da
justificação para a da santificação. Mas antes destra transição o Apóstolo
ainda apresenta de forma singular as vantagens únicas da justificação pela Fé
em Cristo Jesus. Vamos então analisar os benefícios da justificação. Após
estudar o capítulo cinco da carta de Paulo aos Romanos, será possível
divisarmos como todos os homens tornaram-se pecadores, e como é possível ser
participante da graça de Deus. Verificaremos, ainda, qual é a condição dos que
estão em Cristo, e a condição daqueles que continuam inimigos de Deus.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé
cristã?
PONTO CENTRAL
A justificação pela fé nos concede muitos
benefícios.
Paulo
argumenta que todos estão caídos e necessitam ouvir e crer no Evangelho para
obter salvação. O Auxílio ao Mestre
propõe a você o convite, seguindo este entendimento paulino, para apoiar o 1º Avanço Missionário patrocinado pelo AuxílioaoMestre.com. Seja nosso
Parceiro para evangelização do município de São José dos Ramos, interior da Paraíba, no próximo dia 1º de maio,
com uma pequena doação! O pecado afetou toda a raça humana, por isso, todos
precisam de salvação! Clique
aqui e veja como.
I. A BÊNÇÃO DA GRAÇA JUSTIFICADORA (Rm
5.1-5)
1. A bênção da
paz com Deus.
No capítulo cinco de Romanos, Paulo mostra os benefícios da justificação pela
fé logo no primeiro versículo: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz
com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo”. O uso que Paulo faz da palavra paz
aqui é diferente daquele usado no mundo antigo. No geral, o termo significava
ausência de guerra. Porém, Paulo se refere ao vocábulo paz conforme ele aparece
no Antigo Testamento e cujo significando era a salvação dos piedosos,
prosperidade e bem-estar. Embora os manuscritos mais aceitos do original grego
tragam a palavra tenhamos em vez de temos, os teólogos concordam que o
argumento de Paulo aqui é a paz como efeito imediato dessa justificação. Assim
sendo essa paz deve ser desfrutada aqui e agora. Robertson, erudito em grego bíblico,
traduz essa expressão como gozemos de paz com Deus. Portanto, uma paráfrase das
palavras de Paulo ficaria da seguinte forma: “Já que fomos justificados por
meio da fé, desfrutemos, pois, dessa paz com Deus”. Deus tem paz para todos os
que foram justificados em Cristo Jesus e deseja que desfrutemos dela. [Comentário: Não é correto nos pautarmos nas divisões de textos como
capítulos e versículos quando da interpretação das cartas bíblicas. Ao analisar
o texto, não podemos atrelar a análise tão somente a um capítulo ou a um, dois
ou três versículos. Antes, a análise de qualquer versículo ou frase deve ser
considerada dentro do contexto geral da carta. Precisamos estar atentos, pois
as divisões em versículos e capítulos acabam por influenciar a leitura bíblica.
As divisões em capítulos e versículos devem ser considerados somente como
auxilio para localização e referenciamos certos textos. A observação anterior é
válida na análise deste capítulo. Quando o apóstolo diz: "Tendo sido,
pois, justificados pela fé..." ( Rm 5:1 ), ele termina uma argumentação e
introduz uma nova ideia. Quando o apóstolo escreve 'Tendo sido, pois,
justificados pela fé...', ele dá por encerrada a discussão sobre a
superioridade dos judeus, ou que somente os gentios eram pecadores, ou que a
justiça de Deus era proveniente da lei mosaica. Ao ser justificado pela fé em
Deus, as questões abordadas anteriormente passam à segundo plano, uma vez que
não há distinção alguma entre gentios e judeus. "Sendo, pois, justificados
pela fé..." remete à versículos anteriores ( Rm 1:16 -17 e Rm 3:21 -22), e
apresenta um novo aspecto da justificação pela fé. Os cristãos pela fé
adquiriram paz com Deus, por intermédio de Cristo Jesus. Por meio da fé os
cristãos são declarados justos e obtiveram paz com Deus. A condição alcançada
em Cristo contrasta com a condição apresentada no verso 10. O homem por causa
do pecado tornou-se inimigo de Deus, e bem sabemos que por conta própria o
homem não buscou e nem busca tal reconciliação (Rm 3.10-12). Coube a Deus, em
seu infinito amor trazer e proporcionar ao homem tamanha reconciliação, ou
seja, a “Paz” que somente obtemos por meio da Fé salvadora em Cristo Jesus. http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/romanos-capitulo-5-196]
2. A bênção de
esperar em Deus. Antes
de falar da bênção de esperar em Deus, Paulo fala como se deu esse acesso:
“Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e
nos gloriamos na esperança da glória de Deus” (Rm 5.2). A fé no Cordeiro de
Deus nos abriu a porta da graça. Observe o comentário que William Barclay faz a
respeito desse texto: “O próprio Jesus nos introduz na presença de Deus; nos
abre a porta de acesso à presença do Rei dos reis. E quando se abre essa porta
o que encontramos é a graça; não condenação, nem juízo, nem vergonha; senão o
intocado e imerecido amor de Deus”. A porta se abriu para a esperança. No
contexto de Romanos, esperança significa enfrentar o tempo presente, com todos
os seus desafios, porque se tem certeza quanto ao futuro. O futuro não é algo
mais desconhecido, porque a fé em Jesus nos tornou participantes do seu reino. [Comentário: Desde já, vale observar que, ao falar da salvação em
Cristo, Paulo apresenta a condição dos cristãos (paz com Deus), para depois
apresentar como alcançaram tal condição (pelo qual também temos entrada pela fé
a esta graça). Ou seja, durante a análise da carta aos Romanos, demonstraremos
que, geralmente, o ponto de partida para o apóstolo apresentar o plano da
salvação é o da condição alcançada (paz com Deus), e em seguida, ele retroage
até demonstrar qual era a condição anterior (inimizade). Por intermédio de
Jesus os cristãos têm entrada a esta graça, ou seja, alcança a graça da
justificação e amizade com Deus pela fé. Este versículo demonstra que por Cristo
e pela fé os cristãos recebem a graça de Deus, e o verso anterior fixa-se em
demonstrar a graça alcançada: justificação e amizade com Deus. Paulo reitera
que ele e todos quantos estão em Cristo (...também temos...), estão firme na
graça proveniente do evangelho (...na qual estamos firmes...). Enquanto muitos
se gloriam das questões relativo à carne ( 2Co 11:18 ), os cristãos gloriam-se
na esperança proposta por meio do evangelho. Embora o apóstolo não volte a
falar que não há diferenças entre gentil e judeu explicitamente, ele acaba por
falar de modo velado destas distinções promovidas pelos homens, e não por Deus.
Gloriar-se na esperança da glória de Deus é uma das maneiras de trazer à
lembrança dos cristãos àqueles que se vangloriam da carne. Enquanto os da fé
gloriam-se na esperança proposta e nas tribulações, os segundo à carne
gloriam-se em questões meramente humanas "Pois que muitos se gloriam
segundo a carne, eu também me gloriarei" ( 2Co 11:18 ); "Se convém
gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza" ( 2Co
11:30 ). Enquanto os da carne buscavam elementos para gloriarem-se na carne dos
irmãos em Cristo "Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam
a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne"
( Gl 6:13 ), Paulo demonstra que o cristão deve gloriar-se tão somente na cruz
de Cristo, esperança da glória "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não
ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado
para mim e eu para o mundo" ( Gl 6:14 ). http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/romanos-capitulo-5-196]
3. A bênção de
sofrer por Jesus.
Na lista dos benefícios ou bênçãos vindos da cruz encontramos uma que, no
contexto atual, escandaliza muita gente. Paulo tem no sofrimento uma motivação
para se gloriar! “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações,
sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência; e a
experiência, a esperança” (Rm 5.3,4). A palavra grega thlipsis, traduzida em
português como tribulação, significa pressões, dificuldades e sofrimentos. Que
tipo de fé era essa que se alegrava no sofrimento? Era a fé pura, sem os
resquícios da Teologia da Prosperidade, sem os paliativos espirituais criados
para entreter os cristãos modernos. [Comentário: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas
tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência” (v. 3); Enquanto os
da fé gloriam-se na esperança proposta e nas tribulações, os segundo à carne
gloriam-se em questões meramente humanas "Pois que muitos se gloriam
segundo a carne, eu também me gloriarei" ( 2Co 11:18 ); "Se convém
gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza" ( 2Co
11:30 ). Enquanto os da carne buscavam elementos para gloriarem-se na carne dos
irmãos em Cristo "Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam
a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne"
( Gl 6:13 ), Paulo demonstra que o cristão deve gloriar-se tão somente na cruz
de Cristo, esperança da glória "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não
ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado
para mim e eu para o mundo" ( Gl 6:14 ). A fé é a 'entrada' à graça de
Deus, que pela esperança proposta concede forças para suportar as tribulações (
Hb 12:2 ). Quando o apóstolo diz que 'a esperança não traz confusão', ele
aponta para o Espírito Santo, que foi concedido através do amor de Deus. Ao
escrever este verso Paulo tinha em mente a declaração feita aos cristãos de
Éfeso: "Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade,
o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o
Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção
da possessão adquirida, para louvor da sua glória" ( Ef 1:13 -14). O
penhor geralmente é equivalente ao valor da dívida, e Paulo demonstra que os
cristãos já haviam recebido o que é infinitamente superior à herança: o
Espírito Santo de Deus. Esta relação entre tribulação, paciência, experiência e
esperança também foi abordado por Pedro e Tiago, porém, cada um à sua maneira
(Tg 1.2 -4; 1Pe 1.6 -7). http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/romanos-capitulo-5-196]
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Com a justificação pela fé recebemos a bênção da paz
com Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Inicie
o tópico fazendo a seguinte indagação: “Quais são as bênçãos decorrentes da
justificação?”. Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção.
Em seguida copie no quadro o esquema abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos
algumas das bênçãos decorrentes da justificação. Leia e discuta as referências
bíblicas com os alunos.
II. AS BÊNÇÃOS DO AMOR TRINITÁRIO (Rm
5.5-11)
1. O amor que o
Pai outorga. A
visão que Paulo possui a respeito do Senhor é muito diferente da do judaísmo
dos seus dias. O Deus que Paulo está revelando em suas epístolas é amor. Por
isso, muito diferente daquele que os judeus conheciam. A expressão amor de
Deus, que aparece em Romanos 5.5, no original está no caso genitivo, indicando
origem ou posse. Deus é a origem e a fonte do amor. Embora o antigo Israel
houvesse quebrado a aliança, sendo digno de punição, Deus em seu amor infinito
o procura para uma reconciliação. Esse é o amor que perdoa. O Deus da teologia
paulina ama suas criaturas e como prova maior desse amor enviou seu Filho para
morrer por elas (Jo 3.16). A justificação pela fé nos dá uma nova percepção da
pessoa de Deus e seus atributos, e essa percepção mostra que Ele é amor. [Comentário: Amor, ágape;
Strong 26: Uma palavra à qual a cristandade deu um novo significado. Fora do
Novo Testamento, ela raramente ocorre nos manuscritos gregos existentes no
período. Agape denota uma benevolência invicta e boa vontade inconquistável que
sempre procuram o bem maior da outra pessoa, independentemente do que ela faz.
É o amor autoconcedido que dá livremente sem pedir nada em troca e sem
considerar o valor de seu objeto. Agape é mais um amor por escolha do que philos, que é amor por acaso; e
refere-se à vontade, ao invés da emoção. Agape descreve o amor incondicional
que Deus tem pelo mundo. "Deus é amor" (1Jo 4.8,16): "Assim
conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor". Paulo diz:
"... Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo
que ele nos concedeu" (Rm 5.5). O amor de Deus é um exercício de sua
bondade para com os pecadores, individualmente, por meio do qual, tendo se
identificado com o bem-estar dessas pessoas, entregou seu Filho para ser o
Salvador delas, e agora as leva a conhecê-lo e a desfrutá-lo em uma relação de
aliança, assim, a natureza desse amor derramado é visto na cruz. Ali Deus agiu
‘no tempo certo’, tanto no sentido que a morte de Cristo teve lugar de acordo
com o tempo de Deus (Jo 17.1; At 2.23; Gl 4.4), como também porque essa benção
nos veio no momento de nossa mais profunda necessidade. Esse é o ponto tocado
por Paulo quando ele diz: ‘quando nós ainda éramos fracos’ (v 6), ‘sendo nós
ainda pecadores’ (v 8) e ‘quando inimigos’ (v 10).]
2. O amor que o
Espírito distribui. Deus
é a fonte do amor e o Espírito Santo é quem o instrumentaliza na vida do
crente. Paulo diz que o amor de Deus está “[...] derramado em nosso coração
pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5b). O apóstolo tem em mente a
profecia de Joel 2.28 e o evento de Pentecostes em Atos dos Apóstolos 2.4, onde
há a infusão do Espírito Santo sobre os crentes. Há alguns fatos interessantes
com o tempo verbal grego (tempo perfeito) da palavra ekchéo, traduzida aqui
como derramar. Esse verbo enfatiza uma ação passada, mas que continua com os
efeitos no presente. É como se ele dissesse, “o amor de Deus foi derramado em
nossos corações no passado quando cremos no Senhor, mas seus efeitos continuam
vivos no presente”. Temos, pois, razão para amarmos porque o Espírito Santo
faz-nos viver esse amor. [Comentário: Quando o apóstolo diz que 'a esperança não traz
confusão', ele aponta para o Espírito Santo, que foi concedido através do amor
de Deus. Ao escrever este verso Paulo tinha em mente a declaração feita aos
cristãos de Éfeso: "Em quem também vós estais, depois que ouvistes a
palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido,
fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa
herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória"
(Ef 1.13-14). O penhor geralmente é equivalente ao valor da dívida, e Paulo
demonstra que os cristãos já haviam recebido o que é infinitamente superior à
herança: o Espírito Santo de Deus.]
3. O amor que o
Filho realiza. O
amor é originário do Pai, operacionalizado pelo Espírito e realizado pelo
Filho. Cristo é a manifestação suprema do amor de Deus (Rm 5.6-8). Se quisermos
conhecer o amor de Deus, basta olharmos para Cristo, o bendito Filho de Deus. [Comentário: O amor é medido pelo que oferece; Deus deu seu único
Filho para morrer pelos pecadores, e assim tornar-se o único mediador que nos
pode levar a Deus; amor grande (ver Ef 2.4; 3.19). Jesus é a suprema revelação
de Deus ao homem. O amorável Salvador era Deus manifestado na carne quando veio
do Céu para revelar o Pai (Hb 1.2). Cristo, Deus Filho, estava com Deus Pai no
princípio e criou todas as coisas. Cristo é divino no mais pleno e absoluto
sentido da palavra. Ele é também humano no mesmo sentido, exceto porque não
conheceu o pecado. O apóstolo Paulo chega ao seguinte ponto em Efésios 5.1-3:
“Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como
também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma
agradável a Deus. Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade
sexual como também de nenhuma espécie de
impureza e de cobiça; pois essas coisas não são próprias para os santos.”]
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Com a justificação pela fé recebemos a bênção do
amor trinitário.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“O amor divino derramado em nós (5.5b)
Temos
a força que energiza a nossa esperança que é ‘o amor de Deus derramado em
nossos corações pelo Espírito Santo’. Esse amor só é derramado sobre um coração
justificado. O interessante desse versículo é o destaque ao amor que Deus tem
por nós, e não o amor que temos para com Ele. Descobrimos também neste
versículo a participação das três Pessoas da Trindade na nossa justificação.
Clifton J. Allen, em seu Comentário aos Romanos, escreve sobre isto: ‘As três
Pessoas da Trindade têm sua parte na nossa salvação. Deus nos justifica por
causa da nossa fé. Sua justiça se torna possível por causa da redenção dada por
Cristo. O Espírito Santo nos torna cônscios da nossa necessidade, faz com que
exerçamos a fé, e faz transbordar os nossos corações com o amor de Deus. O amor
de Deus satisfaz a terna afeição do coração ou corresponde ao desejo do
coração’. Portanto, recebemos o amor de Deus em nossos corações e somos
transbordados de alegria, graça, poder e vida nova” (CABRAL, Elienai. Romanos:
O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, pp.64,65).
III. AS BÊNÇÃOS DA NOVA CRIAÇÃO (Rm
5.12-21)
1. O homem em
Adão.
Os efeitos e as bênçãos da justificação são agora ilustrados por Paulo com as
figuras de Adão e Cristo. Primeiramente Paulo fala do “homem em Adão”, em
Romanos 5.12-14. Existem várias interpretações a respeito deste texto bíblico,
mas a ideia mais aceita pelos intérpretes é que Adão, como cabeça da raça
humana, representava toda a humanidade. Nesse aspecto, todos pecaram, pois,
todos descenderam de Adão. Para Paulo, o “homem em Adão”, símbolo da velha
criação, está condenado; em desobediência; dominado pelo pecado e vencido pela
morte. O homem em Adão é, portanto, um projeto falido. Não há nenhuma esperança
para ele.
[Comentário: É interessante
notar que a palavra ‘portanto’ usada no começo do versículo 12, indica que
aquilo que se segue está ligado, na mente de Paulo, com o que precedeu, pelo
que a comparação e o contraste que ele traça entre Adão e Cristo é sua elaboração
teológica do que já havia sido dito. Paulo salienta a idéia de ‘um só homem’
por toda essa passagem, e isso indica que ele encarava tanto Adão como Cristo
como indivíduos históricos. No caso de Adão, ele enfoca a atenção sobre a sua ‘ofensa’,
mediante a qual todos os homens se ‘tornaram pecadores’ (v 19). Eles
mostraram-se solidários com Adão, que foi o representante deles diante de Deus,
e isso os constitui pecadores, quando Adão pecou. Essa comparação que Paulo faz
só será concluída nos versículos 18-21. Paulo não explica como toda a
humanidade se viu envolvida com Adão em seu pecado, simplesmente assevera o
fato. Pecado é descrito na Bíblia como transgressão da lei de Deus (1Jo 3.4) e
rebelião contra Deus (Dt 9.7; Js 1.18). Quando Adão caiu (pecado original), isso resultou em seus descendentes sendo “contaminados”
pelo pecado. Davi lamentou esse fato em um de seus Salmos: “Eis que em
iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Note a
progressão em Romanos 5.12: O pecado entrou no mundo através de Adão, morte
segue o pecado, morte vem a todas as pessoas, todas as pessoas pecam porque
herdaram pecado de Adão. Porque “...todos pecaram e destituídos estão da glória
de Deus” (Rm 3.23), precisamos de um sacrifício perfeito e sem pecado para purificar
nosso pecado – isso é algo que somos incapazes de fazer sozinhos.]
2. O homem em
Cristo.
O contraste entre Adão e Cristo é feito com cores vivas pelo apóstolo em
Romanos 5.15-17. O “homem em Cristo”, símbolo da nova criação de Deus, é
justificado, obediente, dominado pela graça e dominado pela vida com Deus. O
primeiro Adão é alma vivente, o segundo Adão é Espírito vivificante; o primeiro
Adão é da terra, o segundo Adão é do céu; o primeiro Adão é pecador, o segundo
Adão é justo; o primeiro Adão é morte, o segundo Adão é vida. É exatamente isso
que o apóstolo ensina em outro lugar aos cristãos de Éfeso. Em Cristo, somos
abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais; escolhidos nEle antes da
fundação do mundo para sermos santos; fomos feitos filhos de Deus; temos a
redenção dos nossos pecados pelo seu sangue e fomos selados com o Espírito Santo
(Ef 1.1-13). [Comentário: A Bíblia apresenta Adão como o primeiro homem, e dá ao
Senhor Jesus Cristo, o curioso título de “o último Adão” (1Co 15.45). O que
significa esse termo e por que é que o deu? Quais são as semelhanças entre Adão
e Jesus que levam a Jesus ter este título? Quais são as diferenças? Enquanto Adão
foi feito à imagem de Deus, Cristo é “a imagem do Deus invisível” (Cl 1.15). A
Bíblia nos diz que o último Adão, Jesus Cristo, foi o único meio por quem Deus
criou todas as coisas (Jo 1.1–3, Cl 1.15–20, Hb 1.2). Assim, Jesus era
pré-existente com Deus Pai e Deus o Espírito Santo antes de Adão viver (Jo 8.58;
Mq 5.2). No entanto, na Sua humanidade, Ele também teve um começo miraculoso
quando foi encarnado como um ser humano sendo concebido pelo Espírito Santo e
nascido da virgem Maria (Mt 1.20–23, Lc 1.26–35). Adão foi criado um homem
perfeito, em plena posse de todas as faculdades humanas, e com a consciência de
Deus, que lhe permitiu ter comunhão espiritual com Deus. Inicialmente,
inocente, imaculado e santo, ele estava num relacionamento correto com Deus,
com a mulher, com si mesmo e com mundo natural ao seu redor. O último Adão,
Jesus, também era perfeitamente homem, um com Deus (Jo 10.30; 17.21–22),
inocente, imaculado e santo (Hb 7.26). O Evangelho de Jesus Cristo é o único
farol de esperança para a humanidade perdida. A sua integridade está
fundamentada na verdade histórica de ambos, do primeiro e do segundo Adão. Ao
contrário do primeiro Adão, o Senhor Jesus foi, para além disso, divino,
possuindo os atributos, ofícios, prerrogativas, e os nomes de divindade. Sendo
totalmente Deus, Ele é digno de adoração (Ap 5.11–14). Adão foi o cabeça da
raça humana. Jesus Cristo é o cabeça da humanidade redimida (ver, por exemplo,
Efésios 5.23). Uma vez que Cristo morreu uma vez por todas (Hb 7.27, 9.28, 10.10–14),
nunca haverá a necessidade de qualquer outro, portanto, ele é o último Adão. O
primeiro Adão deu vida a todos os seus descendentes. O último Adão, Jesus
Cristo, comunica ‘vida’ e ‘luz’ para todos os homens, e dá a vida eterna àqueles
que O recebem e creem no seu nome, dando-lhes “o poder de se tornarem filhos de
Deus” (Jo 1.1–14). A Adão, o que representa a humanidade, foi-lhe dado domínio
sobre o mundo criado (Gn 1.26). Depois de ser ressuscitado dentre os mortos,
Jesus Cristo foi elevado à mão direita de Deus, e dado o domínio sobre todas as
coisas, que foram (1Co 15.27, Ef 1.20–22) “colocadas sob os seus pés”. O
primeiro Adão era senhor de um domínio limitado, o último Adão é o Senhor de
todos (At 10.36). Um sono profundo produz uma linda noiva. Gn 2.21–23 diz-nos
que Deus colocou Adão num sono profundo, durante o qual Deus fez a noiva de
Adão, Eva, a partir do lado de Adão, uma ferida no lado de Adão produziu uma
noiva! O último Adão, Jesus, morreu na cruz, sofrendo o sono da morte por
todos. O Seu lado foi perfurado por uma lança (Jo 19.34). Na sua morte, ele
pagou a punição pelos pecados da humanidade (1Co 15.1–4). Aqueles que se
arrependem e colocam sua fé Nele estão unidos com Cristo num relacionamento que
a Bíblia compara ao de uma noiva com seu marido (2Co 11.02, Ef 5.27, Ap 19.6–8).
Assim, uma ferida no lado do último Adão também produziu uma noiva—a verdadeira
Igreja—“a noiva gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante … santa e
irrepreensível” (Ef 5.27). No início da vida de Adão, ele passou por um período
de teste para saber se iria ou não obedecer Deus. “E o Senhor Deus ordenou ao
homem, dizendo: Podes certamente comer de toda árvore do jardim, mas da árvore
da do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela
comeres certamente morrerás.” (Gn 2.16–17). No início do ministério, o último
Adão, Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado pelo
diabo (Mt 4.1, Lc 4.1–3). O primeiro Adão falhou no teste, e ao fazê-lo
envolveu toda a humanidade na sua derrota, arrastando a raça humana com ele na
sua queda. Como resultado, em Adão, todos estamos condenados, espiritualmente
falidos, escravos do pecado e expulsos do Paraíso (Rm 5.12 ss.). O último Adão,
Jesus, foi vitorioso sobre o pecado, a carne e o diabo. Como resultado, em
Cristo, os crentes estão justificados e redimidos, espiritualmente ricos,
libertos do pecado, e novamente incluídos no Paraíso de Deus (Rm 5.18 ss;. 1Co
15.21 ss; Ap 2.7). O primeiro Adão desobedeceu a Deus. O primeiro Adão
desobedeceu a Deus. O último Adão foi “obediente até à morte e morte de cruz”
(Fp 2.8). O primeiro Adão experimentou o juízo de Deus, no final ele morreu e
seu corpo tornou-se outra vez pó. Por causa do seu pecado, a morte veio para
todos os homens: “Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”
(Rm 3.23). O último Adão, Jesus Cristo, também morreu, na cruz, para expiar o
pecado (Is 53.5, 1Pe 3.18, Hb 2.9). Mas Ele não ficou morto, nem o seu corpo
“viu a corrupção” (At 2.27; 13.35–37). Ao terceiro dia, Ele ressuscitou,
vencendo, assim, o diabo e o poder da morte, ganhando isso, para todos aqueles
que creem nEle (Hb 2.14), trazendo a ressurreição dos mortos (1Co 15.22–23). Extraído de http://creation.com/first-adam-last-adam-portuguese]
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Com a justificação pela fé recebemos a bênção do
novo nascimento.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Reproduza
o quadro abaixo. Leia com os alunos Romanos 5.15-21 e em seguida, utilizando o
quadro faça um contraste entre Adão e Cristo.
CONCLUSÃO
O
capítulo cinco de Romanos mostra de que forma Deus amou os homens. Ele os
encontra pecadores, ímpios, e indiferentes ao seu propósito. Mas, mesmo assim
os ama. Numa demonstração inimaginável de amor, Ele os justifica pela fé na
pessoa bendita de Jesus Cristo e os abençoa com todas as bênçãos espirituais.
No capítulo 5 de Romanos o amor de Deus parece romper todos os limites. Não é
pelo que fazemos, mas pelo que Cristo fez por nós! Como disse certo autor: “Não
há nada que eu possa fazer para Deus me amar mais e não há nada que eu possa
fazer para Ele me amar menos”. [Comentário: “O grande amor de Deus para com a humanidade é
demonstrado pelo fato de o Filho de Deus não ter vindo à terra como um anjo, e,
sim, como homem, o homem Cristo Jesus, tendo a natureza humana como a nossa” OWEN,
John, A Glória de Cristo, p.8.. Estamos todos ligados ao primeiro Adão (o
cabeça natural e legal da raça humana) como pecadores e culpados, e por isso
sobre nós recai a sentença de morte que Deus pronunciou sobre ele. No entanto,
todos os que estão ligados com o último Adão, Jesus, através do arrependimento
e fé na Sua obra redentora, estão perdoados, e “receberam o dom gratuito da
justiça”, e assim “já passamos da morte para a vida” (Cl 1.14, Rm 5.17, 1Jo 3.14)] “NaquEle que me garante: "Pela graça
sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef
2.8)”,
Francisco Barbosa
Hoje, em Campina Grande-PB
Abril de 2016
PARA REFLETIR
A
respeito da Carta aos Romanos, responda:
Qual
era o significado da palavra paz no Antigo Testamento?
O uso que Paulo faz
da palavra paz é diferente daquele usado no mundo antigo. No geral, o termo
significava ausência de guerra. Porém, Paulo se refere ao vocábulo paz conforme
ele aparece no Antigo Testamento e cujo significado era a salvação dos
piedosos, prosperidade e bem-estar.
Qual
o primeiro benefício da justificação?
A paz com Deus.
Qual
o significado da palavra esperança no contexto de romanos?
No contexto de
Romanos, esperança significa enfrentar o tempo presente, com todos os seus
desafios, porque se tem certeza quanto ao futuro.
Quem
é a origem, fonte do amor?
Deus é a origem e a
fonte do amor.
Faça
um contraste entre Adão e Cristo.
O primeiro Adão é
alma vivente, o segundo Adão é Espírito vivificante; o primeiro Adão é da
terra, o segundo Adão é do céu; o primeiro Adão é pecador, o segundo Adão é
justo; o primeiro Adão é morte, o segundo Adão é vida.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Os
benefícios da justificação
Ora,
pode uma doutrina como a da justificação pela fé ter um benefício prático na
vida do crente? Há alguma consequência concreta quando o crente toma a
consciência de que foi justificado por Deus por intermédio da graça divina
mediante a fé em Jesus?
Professor,
é importante enfatizar aos alunos de que toda doutrina bíblica possui uma
aplicação para a vida. Doutrina não é apenas teoria; ela visa a amadurecer o
crente a fim de que ele caminhe de maneira segura no processo de amadurecimento
da fé no caminho de Cristo. Por isso, ao iniciar a aula desta semana, conforme
a sua possibilidade, reproduza resumidamente os benefícios da doutrina da
justificação pela fé com o objetivo de facilitar a reflexão em sala de aula:
O
quadro acima destaca uma série de bênçãos que o crente justificado por Deus tem
acesso ao Pai no momento em que abre o coração para a Palavra de Deus. Um dos
pontos mais importantes desse quadro são as imagens que o apóstolo Paulo usa
para destacar o “homem imperfeito em Adão” e o “ser humano perfeito em Jesus”.
A maior das bênçãos da justificação pela fé é que se por Adão entrou no mundo a
morte, o sofrimento, a traição etc, por Cristo chegou a vida, a paz, a esperança,
a alegria e tudo quanto é bom para aquele que está em Cristo Jesus, o nosso
Senhor (Rm 5.12-21).
Enfatizar
ao aluno a nova realidade de vida de uma pessoa justificada por Deus é
permitir-lhe conhecer uma das mais ricas e consoladoras doutrinas sobre a
condição do ser humano agora justificado por Cristo. Quantas são as pessoas que
chegam às nossas comunidades sofridas, cheias de condenação na alma e na
consciência? O contato, a assimilação e a fé nesta verdade bíblica quebrarão e
destruirão as amarras da alma e da consciência daqueles que se sentem acusados
e se tornam acuados pelo Inimigo de nossas almas. Ore a Deus, peça-o para cada
aluno viver a graça dessa verdade em nome de Jesus.
Assinar:
Postagens (Atom)